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Gestão-de-Custos-e-Finanças-1-P-1

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GESTÃO DE CUSTOS E FINANÇAS 
 
 
 
 
 
 
 
2 
FACULESTE 
 
A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um grupo 
de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e 
Pós-Graduação.Com isso foi criado a Faculeste, como entidade oferecendo serviços 
educacionais em nível superior. 
A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo 
no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1 - Gestão Financeira .................................................................................................... 4 
1.1 - A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que podem ser 
entendidas como tipos de meios de transações ou negócios financeiros. São estas: ........ 6 
2 - A importância e a responsabilidade da gestão financeira na empresa (Adaptado) ... 13 
2.1 - Introdução ........................................................................................................... 13 
2.2 - QUADRO REFERENCIAL BÁSICO ................................................................. 14 
2.3- GESTÃO FINANCEIRA E MECANISMO DE MENSURAÇÃO PROPOSTO .. 18 
2.4 - MECANISMO DE MENSURAÇÃO .................................................................. 23 
2.5 - Conclusão ........................................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
1 - Gestão Financeira 
Caro aluno para iniciar essa disciplina indicamos a palestra do Consultor de 
Negócios Rafael Ávila, que esclarece pontos importantes da Gestão Financeira, que 
podem ser aplicadas à qualquer empresa. Assista ao vídeo e bons estudos. 
Disponível em: 
https://youtu.be/Ifu4nQF-mwc 
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à 
administração das finanças de empresas e organizações. Trata-se de um ramo privativo 
à Administração. 
Deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças, que 
corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados 
em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há 
necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica 
dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos. 
Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, 
no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria 
existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, 
contabilidade e, principalmente no planejamento de nível estratégico, gerencial e 
operacional em que se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão na 
condução da empresa. 
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar 
da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, 
planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos 
para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, 
https://youtu.be/Ifu4nQF-mwc
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_(produto)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento
 
 
 
 
 
 
 
5 
evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a 
condução financeira da empresa. 
Tal área administrativa pode ser considerada como o “sangue” ou o combustível 
da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, 
passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular 
constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o 
lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e 
saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre 
outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não 
somente o crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização. 
É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento 
financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entra em falência até o quinto 
ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço 
patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser 
analisados detalhadamente para a tomada de decisão. 
Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo 
relacionamento de interdependência que ambas têm é que se confundem, muitas vezes, 
estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e geralmente se 
sobrepõem. 
É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover 
dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliando sua situação financeira perante 
os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando suas demonstrações, 
reconhecendo as receitas no momento em que são incorridos os gastos (este é o 
chamado regime de competência), mas o que diferencia as atividades financeiras das 
contábeis é que a administração financeira enfatiza o fluxo de caixa, que nada mais é do 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Recurso_financeiro&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Situa%C3%A7%C3%A3o_financeira&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gasto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_compet%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
 
 
 
 
 
 
 
6 
que a entrada e saída de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade 
financeira para satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de 
curto ou longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa. 
Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o 
administrador financeiro utiliza o regime de caixa, mas cada um tem suas especificidades 
e maneira de descrever a situação da empresa, sem menosprezar a importância de cada 
atividade já que uma depende da outra no que diz respeito à circulação de dados e 
informações necessárias para o exercício de cada uma delas. 
1.1 - A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que podem 
ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios financeiros. São estas: 
 Finanças Corporativas 
Abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades anônimas).As 
finanças corporativas abrangem todas as decisões da empresa que tenham implicações 
financeiras, não importando que área funcional reivindique responsabilidade sobre ela 
 Investimentos 
São recursos depositados de forma temporária ou permanente em certo negócioou atividade da empresa, em que se deve levar em conta os riscos e retornos potenciais 
ligados ao investimento em um ativo financeiro, o que leva a formar, determinar ou 
definir o preço ou valor agregado de um ativo financeiro, tal como a melhor composição 
para os tipos de ativos financeiros. Os ativos financeiros são classificados no Balanço 
Patrimonial em investimentos temporários e em ativo permanente (ou imobilizado), este 
último, deve ser investido com sabedoria e estratégia haja vista que o que traz mais 
resultados é se trabalhar com recursos circulantes por causa do alto índice de liquidez 
apresentado. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a_corporativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Investimentos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liquidez
 
 
 
 
 
 
 
7 
 Instituições financeiras 
São empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os diversos 
negócios disponíveis no mercado de capitais– podendo ser aplicações, investimentos 
ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará uma posição financeira 
suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, analisados por meio da avaliação 
dos riscos e benefícios do empreendimento, certificando-se sua viabilidade. 
 Finanças Internacionais 
Como o próprio nome supõe, são transações diversas podendo envolver 
cooperativas, investimentos ou instituições, mas que serão feitas no exterior, sendo 
preciso um analista financeiro internacional que conheça e compreenda este ramo de 
mercado. 
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser 
conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como base de 
estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas principalmente do fluxo de 
caixa da empresa já que daí, é que se percebe a quantia real de seu disponível circulante 
para financiamentos e novas atividades. As funções típicas do administrador financeiro 
são: 
 Análise, planejamento e controle financeiro 
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, 
por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de resultado, 
analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com relação ao rumo total 
da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, verificar não somente as contas de 
resultado por competência, mas a situação do fluxo de caixa desenvolver e implementar 
medidas e projetos com vistas ao crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_financeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_capitais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as_internacionais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
 
 
 
 
 
 
 
8 
retorno financeiro tal como oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance 
das metas da empresa. 
 Tomada de decisões de investimento 
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes 
(circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o 
administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos 
circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser 
adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca sempre o 
equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, observa e decide 
quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem ou direito, e sempre 
evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos irremediável, e ate mesmo a 
imobilização dos recursos correntes, com altíssimos gastos com imóveis e bens que trarão 
pouco retorno positivo e muita depreciação no seu valor, que impossibilitam o 
funcionamento do fenômeno imprescindível para a empresa, o 'capital de giro'. 
Como critérios de decisão de investimentos entre projetos mutuamente 
exclusivos, pode haver conflito entre o VAL (Valor Atual Líquido) e a TIR (Taxa Interna 
de Rendibilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério do VAL. 
 Tomada de decisões de financiamentos 
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos 
correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da empresa; 
operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de recurso necessário 
para a execução de metas ou planos da empresa. Leva-se sempre em conta a combinação 
dos financiamentos a curto e longo prazo com a estrutura de capital, ou seja, não se tomará 
emprestado mais do que a empresa é capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto 
ou a longo prazo. O administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_de_giro
 
 
 
 
 
 
 
9 
e viáveis, com ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem 
verdade que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até ao certo ponto, 
ante ao desespero), mas independente da situação de emergência é necessária uma análise 
e estudo profundo e minucioso dos prós e contras, a fim de se ter segurança e respaldo 
para decisões como estas. 
A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou 
grupos de pessoas que podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças 
(conhecido como Chief Financial Officer – CFO) diretor financeiro, controller e gerente 
financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador financeiro. 
Sendo que, independentemente da classificação, tem-se os mesmos objetivos e 
características, obedecendo aos níveis hierárquicos, portanto, o diretor financeiro 
coordena a as atividades de tesouraria e controladoria. 
Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um 
especifico organograma e divisões deste setor, dependendo bastante de seu tamanho. Em 
empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das finanças, são feitas somente 
no departamento contábil - até mesmo, por questão de encurtar custos e evitar exageros 
de departamentos, pelo fato de seu pequeno porte, não existindo necessidade de se dividir 
um setor que está inter-relacionado e, que dependendo do da capacitação do responsável 
desse setor, poderá muito bem arcar com as duas funções: de tesouraria e controladoria. 
Porém, à medida que a empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças 
evoluem e se desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao 
diretor-financeiro, associado à parte contábil da empresa, já que esta possibilita as 
informações para a análise e tomada de decisão. 
No caso de uma empresa de grande porte, é imprescindível esta divisão, para não 
ocorrer confusão e sobrecarga. Deste modo, a tesouraria (ou gerência financeira) cuida 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organograma
 
 
 
 
 
 
 
10 
da parte específica das finanças em espécie, da administração do caixa, do planejamento 
financeiro, da captação de recursos, da tomada de decisão de desembolso e despesas de 
capital, assim como o gerenciamento de crédito e fundo de pensão. Já a controladoria (ou 
contabilidade) é responsável com a contabilidade de finanças e custos, assim como, do 
gerenciamento de impostos - ou seja, cuida do controle contábil do patrimônio total da 
empresa. 
Como já foi dito, as finanças estão presentes em todas as áreas de uma empresa e 
auxiliam o seu bom funcionamento. É extremamente importante a administraçãoe 
controle eficaz da empresa, pois a correta administração do capital - recursos essenciais 
da organização - e as decisões hábeis, conduzirão ao sucesso e evitarão o fracasso. Deste 
modo, o administrador financeiro pode atuar em diversas áreas específicas, em alguns 
cargos ou funções como: 
 Analista Financeiro 
Tem como função principal, preparar os planos financeiros e orçamentários, ou 
seja, através da preparação de demonstrações financeiras e orçamentos diversos, 
estabelece os planos financeiros de curto e longo prazo para chegar às metas, analisando 
e realizando previsões futuras, avaliação de desempenho e o trabalho em conjunto com a 
contabilidade. 
 Gerente de Orçamento de Capital 
Neste caso, o responsável é incumbido de avaliar, recomendando ou não as 
propostas de investimentos em ativos, pois ele já terá feito um traçado futuro, verificando 
se certos investimentos ou transações trarão resultados positivos ou negativos no aspecto 
financeiro. 
 Gerente de Projetos de Financiamentos 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Em empresas de grande porte, conseguem financiamentos para investimentos em 
ativos. Deste modo, o Gerente de orçamento de capital e o Gerente de projetos de 
financiamentos trabalham juntos, podendo atuar num mesmo setor. Dependendo da 
empresa, sempre antes de fazer um grande investimento de capital, como a aquisição de 
um imóvel, será preciso avaliar se o custo inicial está dentro de sua capacidade de 
pagamento (gerente de orçamento de capital) e também estabelecer como financiá-lo 
(gerente de projetos de financiamentos), comparando alternativas como comprar à vista 
ou a prazo, ou ainda a conveniência de realizar um leasing, dependendo de cada situação. 
 Gerente de Caixa 
Responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da empresa. 
Geralmente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa e investimentos em 
curto prazo. 
 Analista/gerente de Crédito 
Gerencia as políticas de crédito da empresa. Avalia as solicitações de crédito, 
extensão, monitoramento e cobrança de contas a receber. 
 Gerente de Fundos de Pensão 
Em grandes empresas, supervisiona no geral a administração 
de ativos e passivos do fundo de pensão dos empregados, economizando e investindo o 
dinheiro para atender metas de longo prazo. 
Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos 
acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos. Pois 
conduzindo bem o negócio - cuidando eficazmente da parte financeira - 
consequentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de seus 
proprietários, sócios, colaboradores internos e externos – stakeholders (grupos de pessoas 
participantes internas ou externas do negócio da empresa, direta ou indiretamente) e, 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativos
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Passivos&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as
 
 
 
 
 
 
 
12 
logicamente, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro, mas principalmente a sua 
realização como profissional e pessoal). Podemos verificar que existem diversos 
objetivos e metas a serem alcançadas nesta área, dependendo da situação e necessidade, 
e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes objetivos. Mas, no geral, a 
administração financeira serve para manusear da melhor forma possível os recursos 
financeiros e tem como objetivo otimizar o máximo que se puder o valor agregado dos 
produtos e serviços da empresa, a fim de se ter uma posição competitiva diante de um 
mercado repleto de concorrência, proporcionando, deste modo, o retorno positivo a tudo 
o que foi investido para a realização das atividades da mesma, estabelecendo crescimento 
financeiro e satisfação aos investidores. Não se deixa de mencionar que não há 
necessidade de se agir sem ética profissional, ilegalmente ou de má-fé, pois o ambiente 
em que se trabalha sobre mentiras e falsas informações não é propicio ao sucesso - pois 
não haverá verdade, compromisso, motivação, respeito e lealdade dos que cercam à 
empresa. 
E este é um fator que merece reflexão, pois de nada vale se conseguir recursos e 
capital a partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e desilusão dos colaboradores, 
parceiros e agentes internos ou externos que de uma forma ou de outra são a razão da 
existência da empresa, e fazem o empreendimento “caminhar”. Faz-se referência desde o 
funcionário ao diretor, até o cliente; por isso deve-se ter responsabilidade e compromisso 
com todos os tipos de atividades, logicamente visionando a lucratividade, mas jamais 
decorrentes da dor e prejuízo de outrem, tendo sempre o compromisso com a 
responsabilidade e integridade do próprio nome da empresa. É claro que esta temática 
traz e trará muita contradição e divergência de ideias e concepções, já que muitas das 
vezes o “bolso fala muito mais alto”, mas há necessidade de se refletir sobre esta situação 
e apresentar a prática da responsabilidade social. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
2 - A importância e a responsabilidade da gestão financeira na empresa (Adaptado) 
Profa.Ângela Cheng - Professora do Departamento de Contabilidade e Atuaria 
da Faculdade de economia e administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP) 
Profa. Márcia Martins Mendes - Professora do Departamento de Contabilidade 
e Atuaria da faculdade de Economia e administração da Universidade de São 
Paulo(FEA / USP) 
2.1 - Introdução 
A empresa vista como um sistema aberto, possui uma missão, um modelo de 
gestão, uma estrutura organizacional, um processo de planejamento e controle e um 
sistema de informações, que se interrelacionam buscando atingir a eficácia. 
Entendemos como modelo de gestão os princípios de administração que influenciarão o 
processo decisório, a estrutura organizacional e o sistema de informações. 
Tendo sido definido os princípios, a empresa passará a delinear sua estrutura 
organizacional coerentemente com seu processo de decisão. 
Para avaliarmos o desempenho dos gestores acreditamos que a empresa deva ser dividida 
em áreas de responsabilidade. E de acordo com a necessidade, subdivididas em unidades 
de acumulação (centro de custos, resultados e investimentos). 
 
Para dar suporte ao processo decisório a empresa deve estruturar adequadamente o 
sistema de informações que, a margem de contribuição, preço de transferência e custo de 
oportunidade. Dentro deste contexto enfocamos a gestão financeira, pois entendemos que 
este é um aspecto importante e que, se bem conduzido, poderá contribuir para a eficácia 
gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
Gestão Financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos monetários 
derivados da atividade operacional, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. 
Entretanto que ela não é função exclusiva do gestor da... "Área financeira", mas de todos 
os gestores das diversas áreas de responsabilidade. 
Propusemos, então, um mecanismo capaz de mensurar o resultado de cada área 
pela gestão financeira. Neste mecanismo cada área seria vista como uma empresa, tendo 
seu planejamento e controle financeiro, assim como relatórios, possibilitando avaliar 
adequadamente o desempenho dos gestores. 
Entendemos que os gestores devem ser avaliados somente por aquilo sobre o que 
têm responsabilidade e autoridade e, neste sentido, tratamos o custo de oportunidade 
como um item efetivo de custo. Pois, sendo este o valor da melhor oportunidade 
desprezada nas mesmas condições de risco, é o retorno mínimo desejado pelos acionistas. 
Sob este enfoque de avaliação da gestão financeira, acreditamos que os gestores 
terão mais informações para a tomada de decisão e, portanto, menor risco de erro, dando 
mais um passo para atingir a eficácia gerencial e contribuindo para o crescimento da 
Empresa. 
2.2 - QUADRO REFERENCIALBÁSICO 
Estamos pressupondo um contexto em que uma dada empresa tem definidos sua 
missão e um dado modelo de gestão e, além disso, caracteriza-se como um sistema aberto. 
A partir do modelo de gestão, que deve considerar a missão determinada ou 
principal gestores da empresa, define-se uma estrutura organizacional, os contornos de 
um processo de tomada de decisão (Processo de planejamento e controle) e de um sistema 
de informação que o apoia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
No modelo de gestão devem estar definidos os princípios de administração da 
empresa, ou seja, o conjunto de regras básicas que orientam a gestão. Definição de 
indicadores de desempenho, grau de centralização ou descentralização, nível de controle 
são exemplos importantes de diretrizes que devem ser aqui determinados. 
A estrutura organizacional deve ser um elemento facilitador de consecução da 
missão, dados os processos de tomada de decisões. Assim, em função do modelo de 
gestão, os seguintes aspectos essenciais da estrutura organizacional precisam ser 
definidos. Grau de Centralização ou descentralização, amplitude de controle, natureza da 
divisionalização (Centros de custos, resultados, investimentos). 
Entendemos que para uma gestão atingir seus objetivos de forma satisfatória, a 
estrutura da empresa deve ser 
 Descentralizada; 
 O Controle deve ser exercido em cada área de responsabilidade, entendida esta 
como unidades administrativas, as quais possuem gestores com funções, 
responsabilidades e autoridades claramente definidas e compatíveis entre si; 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 Em termos de acumulação, deve estar dividida em três tipos de unidades: centros 
de custo, centros de resultados e centros de investimento, sendo utilizados de 
acordo com a necessidade de avaliação. 
O processo decisório diz respeito às etapas do ciclo de planejamento e a seleção 
entre alternativas de curso de ação futura tendo em vista um determinado cenário 
esperado. 
O planejamento costuma ser dividido em estratégico e operacional. O 
planejamento estratégico define as diretrizes, definidas planas, políticas e objetivos 
planejados os gestores necessitam exercer controle. O objetivo do processo de controle é 
detectar desvios dos planos e, em função disso, viabilizar a implantação de ações 
corretivas. Todo processo decisório da empresa está apoiado num elemento de 
fundamental importância, que é o sistema de informação. 
Sistema de informação é basicamente um conjunto de subsistemas de informações 
que integrarem na consecução de um objetivo comum, que é fornecer eficientemente 
informações úteis aos seus usuários. Assim sendo, informações são dados que foram 
selecionados e organizados, tornando-se relevantes e úteis para os tomadores de decisão. 
Para fins deste trabalho trataremos do usuário interno à empresa, ou seja, daqueles 
que necessitam da informação para gerir adequadamente os recursos disponíveis em suas 
atividades. 
O sistema de informações deve ser elaborado visando atender as necessidades dos 
gestores, tomadores de decisão e neste sentido acreditam que deva ser estruturado com 
conceitos de avaliação que permitam medir resultados e avaliar desempenhos de forma 
adequada. Alguns destes conceitos, a nosso ver, seriam: 
 Custeio variável: a utilização de métodos de custeio variável para a apropriação 
dos custos nos centros de acumulação apoia-se na ideia de analisar os custos em 
 
 
 
 
 
 
 
17 
função do seu comportamento, ou seja, somente os custos variáveis (diretamente 
relacionados com o nível de produção) são atribuídos aos produtos e serviços. 
 Margem de contribuição: Os resultados de uma área podem ser analisados através 
da demonstração (receitas, custos e despesas variáveis). A Margem de 
contribuição propícia a Análise e tomada de decisão em nível de produtos, 
divisões, filiais e outros, possibilitando ainda, uma clara visão sobra à formação 
dos resultados totais. 
Preço de transferência: pode ser definido como o valor da mensuração das 
transações que ocorrem entre as unidades administrativas de uma empresa. Através da 
utilização do conceito de preço de transferência é possível medir resultados de cada área 
para melhor avaliar o retorno sobre os recursos investidos. 
 Custo de oportunidade: Entendido este como valor da melhor oportunidade 
desprezada, nas mesmas condições de risco e deve ser encarado como item efetivo 
de custo. 
Em resumo, temos que a partir do modelo de gestão definem-se uma estrutura 
organizacional e o processo decisório, que devem ser suportados por um adequado 
sistema de informações. Além disto cada área de responsabilidade deve organizar-se, ter 
o seu planejamento e o seu controle, de forma que atinja seus objetivos e conduza a 
empresa a alcançar os melhores resultados possíveis. Portanto, para que a empresa 
consiga ser eficaz é necessário que todas as áreas participem com os seus melhores 
esforços. 
Analisamos, em seguida, um dos principais fatores que influenciam a eficácia 
gerencial, qual seja, a gestão financeira. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
2.3- GESTÃO FINANCEIRA E MECANISMO DE MENSURAÇÃO PROPOSTO 
Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários 
derivados da atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas ocorrências 
no tempo. Ela objetiva encontrar o equilíbrio entre a "rentabilidade" (maximização dos 
retornos dos proprietários da empresa) e a "liquidez"(que se refere à capacidade de a 
empresa honrar seus compromissos nos prazos contratados). Isto é, está implícita na 
necessidade da Gestão financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e manter caixa. 
Assim sendo, pode-se dizer que a gestão financeira esta preocupada com a 
administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da atividade 
operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de disponibilidade da 
empresa. 
Vejamos inicialmente como o fluxo de caixa da empresa é tradicionalmente 
apresentado (Figura 1). Ele constitui-se de colunas verticais referentes ao tempo (dias, 
meses, anos, etc.) e contas colocadas na horizontal, representativas dos diferentes tipos 
de entradas e saídas de dinheiro da empresa. Além dessas contas, dispõe-se na horizontal 
o saldo: 
 Inicial: Refere-se ao saldo remanescente do período imediatamente anterior ao 
analisado (dia, mês, ano, etc.) 
 Disponível: resulta da soma do salto inicial e o total de entradas, portanto é igual 
ao total que a empresa dispõe no momento para fazer face ás saída de caixa 
necessárias. 
 Final: é o resultado da subtração, saldo disponível menos total das saídas. 
Obrigatoriamente os três tipos de saldo devem ser positivos, dado que já se 
incluem nas entradas as operações financeiras (empréstimos/financiamento). 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02fig01.jpg
 
 
 
 
 
 
 
19 
Usualmente entende-se que o responsável pelo planejamento, operacionalização 
e controle do fluxo (receitas, despesas financeiras) é o gestor da área financeira. 
Entendemos ser esta uma visão simplista e equivocada do problema. Dado que o fluxo 
caixa nada mais é do que a distribuição no tempo de todas entradas e saídas de numerário 
geradas pelas atividades da empresa, conclui-se que o gestor da área financeira 
absolutamente não pode ser o único responsável por ele. Cada gestor das diversas áreas 
da empresa divide esta responsabilidade com o gestor financeiro a partir do momento em 
que cada decisão tomada impacta de alguma forma o fluxo de caixa. 
Pode-se visualizar melhor o problema, simplesmente alterando a forma de 
disposição das contas dos fluxos, como pode ser visto na (figura 2). 
Tendo em vista o que foi exposto acima, pode-se dizer que todos os gestores 
devem ser avaliados pelos seus envolvimentos com a gestão financeira. 
Na tentativa de melhor explicar o que foi dito até aqui, vamos relembrar o conceito 
de "ciclo de caixa".O ciclo de caixa é o "período de tempo que vai do ponto em que a empresa faz um 
desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é recebido o dinheiro da 
venda do produto acabado, feito com aquelas matérias primas".(1) 
(1) Gitman, Laurence J. - "Princípios de Administração Financeira"-Harbia 
Editora, 1.978 
Figura - 1 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 Assim o esquema do ciclo de caixa da empresa seria: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img04.jpg
 
 
 
 
 
 
 
21 
Figura - 2 
 
 
 
Observando o ciclo de caixa, visualiza-se que o montante de dinheiro em 
circulação, os prazos e os custos do dinheiro são importantes variáveis para analise da 
gestão financeira. E para que esta seja eficaz é necessário que as três variáveis sejam 
administradas de modo a atingir os melhores resultados possíveis. 
O fato de haver um montante de dinheiro disponível representa um custo que deve 
também ser coberto pela receita de vendas. Esse custo diz respeito à remuneração do 
capital utilizado, seja de terceiros ou próprio. 
Toda e qualquer decisão que afete uma dessas variáveis está impactando o fluxo 
de caixa e os resultados financeiro e econômico da empresa. Exemplificando, podemos 
dizer que, se a área de compras conseguir um prazo maior ou conseguir um desconto 
maior estará afetando positivamente o fluxo de caixa. Se a área de vendas conseguir 
diminuir o prazo dado aos clientes, estará influenciando positivamente o fluxo de caixa. 
Se a área de produção diminuir o tempo de produção ou aumentar a sua eficiência no 
consumo de insumos, também estará proporcionando melhores resultados. 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img02.jpg
 
 
 
 
 
 
 
22 
Portanto, é necessário mensurar, avaliar e controlar essas influências de acordo 
com as responsabilidades, tendo em vista a consecução da eficácia da gestão financeira. 
Assim sendo, acredita-se que para a gestão financeira ser eficaz é necessário que 
sejam feitas mensurações nas unidades contábeis de acumulação e consolidadas, de modo 
a identificar, os valores relativos a cada área de responsabilidade, visando à avaliação de 
seus gestores. 
Há três áreas na empresa que merecem atenção especial, visto desempenharem 
funções de captação e aplicação de recursos São elas: área financeira, compras e vendas. 
 Área financeira: Entende-se que sua função é administrar o fluxo de recursos 
monetários da empresa suprindo as necessidades e aplicando os excedentes, além 
de suas atividades de cobrança e tesouraria. 
 Área de compras: A área de compras pode ser entendida como um captador de 
recursos monetários quando ao negociar prazos com fornecedores, propicia ou 
não à área financeira um "empréstimo" a uma determinada taxa. 
 Área de vendas: vendas, por sua vez, funcionam como um aplicador na empresa, 
ao conceder prazos aos clientes. Pode-se pensar que, ao invés de realizar uma 
aplicação no mercado financeiro, a empresa aplica as contas a receber. 
Pode-se então imaginar que cada área de responsabilidade funciona como uma 
pequena empresa. 
Cada área possui seus ativos, recebes os insumos necessários, processa-os de 
modo a gerar produtos e/ou serviços acabados (do ponto de vista da área, podendo não 
ser acabado em termos da empresa), que serão repassados a clientes ou às outras áreas. 
Seguindo este raciocínio, cada área de responsabilidade deverá ter seu próprio 
orçamento e respectivos demonstrativos contábeis, através da subdivisão da área em 
 
 
 
 
 
 
 
23 
unidade de acumulação (Centros de custo, resultados e/ou investimentos) e sua 
consolidação. 
Desta forma, se cada área é uma pequena empresa há também um fluxo de caixa 
e resultados derivados da gestão financeira, que devem ser planejados e controlados, 
então para haver uma gestão financeira eficaz, a empresa deve reconhecer que ela é 
responsabilidade de todas as áreas e não só da área financeira. E sendo assim todas as 
áreas devem planejar e controlar seus recursos de forma que os parâmetros básicos da 
gestão financeira (montante de dinheiro, prazo e custo de capital) sejam bem 
administrados. 
Para que a empresa consiga mensurar e avaliar a gestão financeira de forma 
adequada, pode-se imaginar cada área como uma empresa com seu orçamento e demais 
relatórios contábeis. Estes dados serão acumulados em centros de custo, resultado ou 
investimento e deverão ser consolidados e uma área de responsabilidade, para que se 
possa avaliar o desempenho do gestor. 
É de fundamental importância que estes dados sejam informados de forma 
objetiva, clara e oportuna, a fim de dar o suporte adequado às tomadas de decisão e estas 
consigam auxiliar o crescimento da empresa. 
Sugere-se abaixo um mecanismo de mensuração da gestão financeira de cada área. 
2.4 - MECANISMO DE MENSURAÇÃO 
Para facilitar o raciocínio no desenvolvimento do mecanismo de mensuração, 
consideramos a utilização de uma moeda de poder aquisitivo constante. Na empresa as 
áreas de responsabilidade terão um fluxo de caixa e resultados derivados da gestão 
financeira, os quais devem ser planejados e controlados. 
 
 
 
 
 
 
 
24 
Sendo a área uma empresa, a cada instante de incursão de recursos a área deveria 
efetuar um pagamento. Mas como poderia faze-lo se seu único recebimento se daria no 
instante da venda (supondo que as áreas devam efetuar todas as compras e vendas a vista)? 
O fluxo de caixa da área de responsabilidade seria algo como: 
 Figura - 3 
 
 
Pode-se acoplar a esta ideia o fato de que existe um custo financeiro relativo a um 
determinado montante de recursos monetários mantidos à disposição das atividades 
produtivas da empresa. O custo financeiro é diretamente proporcional às três variáveis: 
Valor, tempo e taxa. 
Este custo financeiro pode ser definido como o custo do capital alocado à empresa 
(próprio + terceiros). Assim os resultados de cada área deverão ser analisados, incluindo-
se o custo do capital empregado. 
Dentro da ideia que cada área é uma empresa, ela necessita de empréstimos para 
suprir todas as necessidades existentes no período (t0-t0), sendo que no momento t0 a 
área estaria apta a devolver o empréstimo. 
A área financeira deve funcionar como um banco, concedendo a cada área 
empréstimos à taxa do custo de oportunidade do acionista, como já definimos. 
A cada instante de ocorrência de entrada de recursos em cada área, será 
contabilizado um empréstimo em uma conta credora na área solicitante e devedora na 
área financeira. É importante lembrar que todos os valores de custos devem 
necessariamente corresponder aos preços à vista dos bens/serviços, dados que diferenciais 
 
 
 
 
 
 
 
25 
entre preços à vista e os a prazo, eventualmente pagos pela empresa, serão custo 
financeiro da área de compras. 
Exemplos: 
Entrada de matéria-prima na área A, no valor de R$ 250,00 
 
2.4.1 - Área financeira 
 
 Em decorrência da conta empréstimo da Área A, haverá uma conta de custos 
financeiros internos, que receberá o lançamento relativo ao tempo em que os $250,00 
permanecerão à disposição da área, calculado com base na taxa cobrada pela área do 
produto elaborado com esta matéria prima, a área A estará apta a devolver o empréstimo, 
devendo o custo financeiro ser calculado até este instante. 
Dissemos que a ideia de custos financeiros derivados do ciclo de caixa pode ser 
comparada ao custo do capital alocado. 
Para fins de mensuração na empresa cabe dizer que, independentemente da 
composição do capital, da empresa entre terceiros e próprio, toda e qualquer operação 
deve ser avaliada com base no custo do capital próprio, dado que este é o retorno mínimo 
obrigatório esperado. 
Utilizaremos dessa forma o custo-oportunidade, servindo para avaliar a gestão 
financeira e completando os itens de custo dos produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
A área A desta forma terá inserido em seus custosum item a mais que intitulamos 
de custo financeiro interno e que equivale ao custo-oportunidade do acionista. 
Este custo poderá, se bem identificado, ser alocado diretamente aos produtos, visto 
que para cada item de custo incorrido há, em contrapartida, um valor de custo financeiro 
interno. 
O demonstrativo de resultado da área A, supondo-se que seja produzido apenas 
um produto X, poderá ser apresentado da seguinte forma: 
2.4.2 - Demonstrativos de resultados da área A 
Receita do produto X 
(-) Preço de transferência do produto X recebido da área anterior 
(-) Custo de mão-de-obra do produto X 
(-) Custo de matéria-prima do produto X 
(-) Custos financeiros internos do produto X 
(=) Margem de contribuição do produto X na área A 
(-) Outros custos da área A 
(-) Outros custos financeiros internos da área A 
(=) Resultado da área A 
O mecanismo ilustrado é indicado para todas as áreas da empresa, sendo que as 
áreas de apoio mensurarão o resultado dos serviços prestados às outras áreas. 
Devemos ainda acrescentar os casos particulares de compras e vendas, que como 
vimos funciona como captador e aplicador de recursos. 
Em compras existe o caso especial de compras a prazo. Compras serão oneradas 
pelo valor do diferencial pelo preço à vista e o preço a prazo, mas por outro lado deverá 
ser beneficiado, por um valor determinado pela área financeira, pelo fato de só ter 
disposto do dinheiro "X" dias após a compra. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Compras deverão ser informadas pela área financeira a respeito do dinheiro no 
mercado financeiro (padrão de caixa), para que possa balizar suas decisões de compra à 
vista ou a prazo. 
No caso de vendas, esta obterá os resultados do diferencial dos preços à vista e a 
prazo cobrado dos clientes. Em contrapartida a essa receita, será penalizada pela retenção, 
por um certo prazo, dos recursos alocados ao Contas a receber. 
Esta forma de apuração de resultados também é valida em economias 
inflacionarias, podendo ser associada ao mesmo mecanismo de atualização monetária. 
Neste caso deverão ser registrados os valores à vista, considerando-se não somente a taxa 
de inflação, mas também a taxa de juros embutida nas vendas e compras a prazo. 
 2.5 - Conclusão 
O presente trabalho teve como preocupação básica o estudo do problema de 
mensuração do ambiente de Gestão Financeira. 
Tendo em vista os aspectos ligados ao problema de mensuração, buscamos 
discutir e enfatizar a atribuição de responsabilidades pela Gestão Financeira, 
demonstrando que as mesmas não são exclusivas do que se costuma chamar "área 
financeira" mas ao contrario estão amplamente diluídas nas diferentes áreas de 
responsabilidade da empresa. 
Para ilustrar e reforçar essa ideia, nosso argumento se apoiou no conceito do ciclo 
de caixa, o qual permitiu visualizar claramente a influência das diversas áreas de 
responsabilidade sobre o nível de recursos monetário da empresa e, por consequência 
sobre seus efeitos econômicos. 
Desse modo, como forma de viabilizar a avaliação de desempenho dos diversos 
gestores no âmbito da Gestão Financeira, propusemos um mecanismo de mensuração 
 
 
 
 
 
 
 
28 
onde cada área seria vista como uma empresa e, desta forma teria seu próprio 
planejamento e controle financeiro e assim se poderia separar responsabilidade e 
identificar resultados de forma coerente. 
O Mecanismo apresentado tornou possível a separação dos resultados econômicos 
provocados pela gestão financeira dos resultados econômicos derivados das demais 
gestões (operacional e econômica). 
Com a doação deste mecanismo a informação, no âmbito da Gestão Financeira, 
fica mais transparente. Cada gestor será cobrado por aquilo que tem responsabilidade e 
autoridade, ou seja, também pelo impacto que sua área causa no resultado gerado pela 
administração dos recursos monetários. 
Consideramos importante incluirmos como item de custo o custo de oportunidade, 
pois sendo este o valor da melhor alternativa desprezada, nas mesmas condições de risco, 
entendemos que ele é o retorno mínimo desejado pelos acionistas e desta forma o 
resultado de cada área deverá cobrir este valor. 
A Partir do momento que cada área fizer seu planejamento e controle financeiro 
terá seu próprio fluxo de caixa, orçamento e relatório contábeis, as informações poderão 
ser mais precisas e oportunas, auxiliando na tomada de decisão, com maior grau de 
segurança e, portanto aumentando a eficácia gerencial e contribuindo para o crescimento 
da empresa. 
 REFERÊNCIAS 
Anchieta, A . C., Cammas, C.A . V.Mendes, M.M.,Paccez, J.D., Rosano, L.C. - Padrões 
na Mensuração do Resultado de Produções de Serviços - Trabalho da Disciplina Análise 
de Custos - FEA/USP, 1.988 
Bio, S.R. - Sistema de Informação - Um Enfoque Gerencial - São Paulo, Atlas, 1.985 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Cheng, A ., Francini, C.M.B., Dosvaldo, J. Godoy, L.C. Muccillo, J. - Padrões na 
Mensuração do Resultado Econômico da Gestão Financeira - Trabalho da Disciplina 
Análise de Custos - FEA/USP, 1.988 
Gitman, L. J. - Principios de Administração Financeira - Editora Harbra & Row do 
Brasil, 1.978 
Nakagawa, M. - Estudos de Alguns Aspectos de Controladoria que Contribuem para a 
eficácia Gerencial - Tese de Doutoramento - FEA/USP, 1.987

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