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Gestão de Custos e Formação de Preços

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Empreendedorismo 
Disciplina: Gestão de Custos e Formação de Preços 
Pedagógico do Instituto Souza 
atendimento@institutosouza.com.br 
Modalidade de Curso 
Curso livre de capacitação profissional 
 
Página 1 de 25 
 
 
 
1 - Gestão de Custos e Formação de Preços 
Caro aluno para iniciar essa disciplina indicamos a palestra do Consultor de 
Negócios Rafael Ávila, que esclarece pontos importantes da Gestão Financeira, que 
podem ser aplicadas à qualquer empresa. Assista ao vídeo e bons estudos. 
 
Disponível em: 
https://youtu.be/Ifu4nQF-mwc 
 
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à 
administração das finanças de empresas e organizações. Trata-se de um ramo 
privativo à Administração. 
 
Deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças, que 
corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão 
usados em transações e negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo 
que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica 
dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos. 
 
Analisando-se apuradamente verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, 
no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e 
própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, 
produção, contabilidade e, principalmente no planejamento de nível estratégico, 
gerencial e operacional em que se toma dados e informações financeiras para a 
tomada de decisão na condução da empresa. 
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para controlar da 
forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de credito para clientes, 
https://youtu.be/Ifu4nQF-mwc
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_(produto)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fundo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marketing
https://pt.wikipedia.org/wiki/Planejamento
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planejamento, analise de investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de 
recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o 
desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os 
melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa. 
 
Tal área administrativa pode ser considerada como o “sangue” ou o combustível da 
empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, 
passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular 
constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando 
o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da 
entrada e saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, 
empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que 
proporcionem não somente o crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização. 
 
É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento 
financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entra em falência até o 
quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações 
do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que 
devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão. 
 
Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo íntimo 
relacionamento de interdependência que ambas têm é que se confundem, muitas 
vezes, estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam proximamente e 
geralmente se sobrepõem. 
 
É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover 
dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliando sua situação 
financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando suas 
demonstrações, reconhecendo as receitas no momento em que são incorridos 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Recurso_financeiro&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Situa%C3%A7%C3%A3o_financeira&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Situa%C3%A7%C3%A3o_financeira&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_(economia)
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os gastos (este é o chamado regime de competência), mas o que diferencia as 
atividades financeiras das contábeis é que a administração financeira enfatiza 
o fluxo de caixa, que nada mais é do que a entrada e saída de dinheiro, que 
demonstrará realmente a situação e capacidade financeira para satisfazer suas 
obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de curto ou longo prazo) a fim 
de atingir as metas da empresa. 
 
Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o 
administrador financeiro utiliza o regime de caixa, mas cada um tem suas 
especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem menosprezar a 
importância de cada atividade já que uma depende da outra no que diz respeito à 
circulação de dados e informações necessárias para o exercício de cada uma delas. 
 
1.1 - A administração financeira pode ser dividida em áreas de atuação, que 
podem ser entendidas como tipos de meios de transações ou negócios 
financeiros. São estas: 
 
• Finanças Corporativas 
Abrangem na maioria, relações com cooperações (sociedades anônimas).As 
finanças corporativas abrangem todas as decisões da empresa que tenham 
implicações financeiras, não importando que área funcional reivindique 
responsabilidade sobre ela 
• Investimentos 
São recursos depositados de forma temporária ou permanente em certo negócio ou 
atividade da empresa, em que se deve levar em conta os riscos e retornos 
potenciais ligados ao investimento em um ativo financeiro, o que leva a formar, 
determinar ou definir o preço ou valor agregado de um ativo financeiro, tal como a 
melhor composição para os tipos de ativos financeiros. Os ativos financeiros são 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gasto
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_compet%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7a_corporativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B3nima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Investimentos
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classificados no Balanço Patrimonial em investimentos temporários e em ativo 
permanente (ou imobilizado), este último, deve ser investido com sabedoria e 
estratégia haja vista que o que traz mais resultados é se trabalhar com recursos 
circulantes por causa do alto índice de liquidez apresentado. 
• Instituições financeiras 
São empresas intimamente ligadas às finanças, onde analisam os diversos negócios 
disponíveis no mercado de capitais– podendo ser aplicações, investimentos 
ou empréstimos, entre outros – determinando qual apresentará uma posição 
financeira suficiente à atingir determinados objetivos financeiros, analisados por 
meio da avaliação dos riscos e benefícios do empreendimento, certificando-se sua 
viabilidade. 
• Finanças Internacionais 
Como o próprio nome supõe, são transações diversas podendo envolver 
cooperativas, investimentos ou instituições, mas que serão feitas no exterior, sendo 
preciso um analista financeiro internacional que conheça e compreenda este ramo 
de mercado. 
Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser 
conduzidas para a obtenção de lucro. As atividades do porte financeiro têm como 
base de estudo e análise dados retirados do Balanço Patrimonial, mas 
principalmente do fluxo de caixa da empresa já que daí, é que se percebe a quantia 
real de seu disponível circulante para financiamentose novas atividades. As funções 
típicas do administrador financeiro são: 
• Análise, planejamento e controle financeiro 
Baseia-se em coordenar as atividades e avaliar a condição financeira da empresa, 
por meio de relatórios financeiros elaborados a partir dos dados contábeis de 
resultado, analisar a capacidade de produção, tomar decisões estratégicas com 
relação ao rumo total da empresa, buscar sempre alavancar suas operações, 
verificar não somente as contas de resultado por competência, mas a situação 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liquidez
https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_financeira
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_de_capitais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empr%C3%A9stimo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as_internacionais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balan%C3%A7o_Patrimonial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
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do fluxo de caixa desenvolver e implementar medidas e projetos com vistas ao 
crescimento e fluxos de caixa adequados para se obter retorno financeiro tal como 
oportunidade de aumento dos investimentos para o alcance das metas da empresa. 
• Tomada de decisões de investimento 
Consiste na decisão da aplicação dos recursos financeiros em ativos correntes 
(circulantes) e não correntes (ativo realizável a longo prazo e permanente), o 
administrador financeiro estuda a situação na busca de níveis desejáveis de ativos 
circulantes , também é ele quem determina quais ativos permanentes devem ser 
adquiridos e quando os mesmos devem ser substituídos ou liquidados, busca 
sempre o equilíbrio e níveis otimizados entre os ativos correntes e não-correntes, 
observa e decide quando investir, como e quanto, se valerá a pena adquirir um bem 
ou direito, e sempre evita desperdícios e gastos desnecessários ou de riscos 
irremediável, e ate mesmo a imobilização dos recursos correntes, com altíssimos 
gastos com imóveis e bens que trarão pouco retorno positivo e muita depreciação no 
seu valor, que impossibilitam o funcionamento do fenômeno imprescindível para a 
empresa, o 'capital de giro'. 
Como critérios de decisão de investimentos entre projetos mutuamente exclusivos, 
pode haver conflito entre o VAL (Valor Atual Líquido) e a TIR (Taxa Interna de 
Rendibilidade). Estes conflitos devem ser resolvidos usando o critério do VAL. 
• Tomada de decisões de financiamentos 
Diz respeito à captação de recursos diversos para o financiamento dos ativos 
correntes e não correntes, no que tange a todas as atividades e operações da 
empresa; operações estas que necessitam de capital ou de qualquer outro tipo de 
recurso necessário para a execução de metas ou planos da empresa. Leva-se 
sempre em conta a combinação dos financiamentos a curto e longo prazo com a 
estrutura de capital, ou seja, não se tomará emprestado mais do que a empresa é 
capaz de pagar e de se responsabilizar, seja a curto ou a longo prazo. O 
administrador financeiro pesquisa fontes de financiamento confiáveis e viáveis, com 
ênfase no equilíbrio entre juros, benefícios e formas de pagamento. É bem verdade 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxo_de_caixa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_de_giro
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que muitas dessas decisões são feitas ante a necessidade (e até ao certo ponto, 
ante ao desespero), mas independente da situação de emergência é necessária 
uma análise e estudo profundo e minucioso dos prós e contras, a fim de se ter 
segurança e respaldo para decisões como estas. 
 
A administração financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou 
grupos de pessoas que podem ser denominadas como: vice-presidente de finanças 
(conhecido como Chief Financial Officer – CFO) diretor financeiro, controller e 
gerente financeiro, sendo também denominado simplesmente como administrador 
financeiro. Sendo que, independentemente da classificação, tem-se os mesmos 
objetivos e características, obedecendo aos níveis hierárquicos, portanto, o diretor 
financeiro coordena a as atividades de tesouraria e controladoria. 
 
Mas, é necessário deixar bem claro que, cada empresa possui e apresenta um 
especifico organograma e divisões deste setor, dependendo bastante de seu 
tamanho. Em empresas pequenas, o funcionamento, controle e análise das 
finanças, são feitas somente no departamento contábil - até mesmo, por questão de 
encurtar custos e evitar exageros de departamentos, pelo fato de seu pequeno 
porte, não existindo necessidade de se dividir um setor que está inter-relacionado e, 
que dependendo do da capacitação do responsável desse setor, poderá muito bem 
arcar com as duas funções: de tesouraria e controladoria. Porém, à medida que a 
empresa cresce, o funcionamento e gerenciamento das finanças evoluem e se 
desenvolvem para um departamento separado, conectado diretamente ao diretor-
financeiro, associado à parte contábil da empresa, já que esta possibilita as 
informações para a análise e tomada de decisão. 
 
No caso de uma empresa de grande porte, é imprescindível esta divisão, para não 
ocorrer confusão e sobrecarga. Deste modo, a tesouraria (ou gerência financeira) 
cuida da parte específica das finanças em espécie, da administração do caixa, do 
planejamento financeiro, da captação de recursos, da tomada de decisão de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organograma
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desembolso e despesas de capital, assim como o gerenciamento de crédito e fundo 
de pensão. Já a controladoria (ou contabilidade) é responsável com a contabilidade 
de finanças e custos, assim como, do gerenciamento de impostos - ou seja, cuida do 
controle contábil do patrimônio total da empresa. 
 
Como já foi dito, as finanças estão presentes em todas as áreas de uma empresa e 
auxiliam o seu bom funcionamento. É extremamente importante a administração e 
controle eficaz da empresa, pois a correta administração do capital - recursos 
essenciais da organização - e as decisões hábeis, conduzirão ao sucesso e evitarão 
o fracasso. Deste modo, o administrador financeiro pode atuar em diversas áreas 
específicas, em alguns cargos ou funções como: 
• Analista Financeiro 
Tem como função principal, preparar os planos financeiros e orçamentários, ou seja, 
através da preparação de demonstrações financeiras e orçamentos diversos, 
estabelece os planos financeiros de curto e longo prazo para chegar às metas, 
analisando e realizando previsões futuras, avaliação de desempenho e o trabalho 
em conjunto com a contabilidade. 
• Gerente de Orçamento de Capital 
Neste caso, o responsável é incumbido de avaliar, recomendando ou não as 
propostas de investimentos em ativos, pois ele já terá feito um traçado futuro, 
verificando se certos investimentos ou transações trarão resultados positivos ou 
negativos no aspecto financeiro. 
• Gerente de Projetos de Financiamentos 
Em empresas de grande porte, conseguem financiamentos para investimentos em 
ativos. Deste modo, o Gerente de orçamento de capital e o Gerente de projetos de 
financiamentos trabalham juntos, podendo atuar num mesmo setor. Dependendo da 
empresa, sempre antes de fazer um grande investimento de capital, como a 
aquisição de um imóvel, será preciso avaliar se o custo inicial está dentro de sua 
Página 8 de 25 
 
 
 
capacidade de pagamento (gerente de orçamento de capital) e também estabelecer 
como financiá-lo (gerente de projetos de financiamentos), comparando alternativas 
como comprar à vista ou a prazo, ou ainda a conveniência de realizar um leasing, 
dependendo de cada situação. 
• Gerente de Caixa 
Responsável por manter e controlar os saldos diários do caixa da empresa. 
Geralmente cuida das atividades de cobrança e desembolso do caixa e 
investimentos em curto prazo. 
• Analista/gerente de Crédito 
Gerencia as políticas de crédito da empresa. Avalia as solicitações de crédito, 
extensão, monitoramentoe cobrança de contas a receber. 
• Gerente de Fundos de Pensão 
Em grandes empresas, supervisiona no geral a administração 
de ativos e passivos do fundo de pensão dos empregados, economizando e 
investindo o dinheiro para atender metas de longo prazo. 
Todo administrador da área de finanças deve levar em conta, os objetivos dos 
acionistas e donos da empresa, para daí sim, alcançar seus próprios objetivos. Pois 
conduzindo bem o negócio - cuidando eficazmente da parte financeira - 
consequentemente ocasionará o desenvolvimento e prosperidade da empresa, de 
seus proprietários, sócios, colaboradores internos e externos – stakeholders (grupos 
de pessoas participantes internas ou externas do negócio da empresa, direta ou 
indiretamente) e, logicamente, de si próprio (no que tange ao retorno financeiro, mas 
principalmente a sua realização como profissional e pessoal). Podemos verificar que 
existem diversos objetivos e metas a serem alcançadas nesta área, dependendo da 
situação e necessidade, e de que ponto de vista e posição serão escolhidos estes 
objetivos. Mas, no geral, a administração financeira serve para manusear da melhor 
forma possível os recursos financeiros e tem como objetivo otimizar o máximo que 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A9dito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativos
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Passivos&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as
Página 9 de 25 
 
 
 
se puder o valor agregado dos produtos e serviços da empresa, a fim de se ter uma 
posição competitiva diante de um mercado repleto de concorrência, proporcionando, 
deste modo, o retorno positivo a tudo o que foi investido para a realização das 
atividades da mesma, estabelecendo crescimento financeiro e satisfação aos 
investidores. Não se deixa de mencionar que não há necessidade de se agir sem 
ética profissional, ilegalmente ou de má-fé, pois o ambiente em que se trabalha 
sobre mentiras e falsas informações não é propicio ao sucesso - pois não haverá 
verdade, compromisso, motivação, respeito e lealdade dos que cercam à empresa. 
E este é um fator que merece reflexão, pois de nada vale se conseguir recursos e 
capital a partir de mentiras e trabalho “sujo”, sofrimento e desilusão dos 
colaboradores, parceiros e agentes internos ou externos que de uma forma ou de 
outra são a razão da existência da empresa, e fazem o empreendimento “caminhar”. 
Faz-se referência desde o funcionário ao diretor, até o cliente; por isso deve-se ter 
responsabilidade e compromisso com todos os tipos de atividades, logicamente 
visionando a lucratividade, mas jamais decorrentes da dor e prejuízo de outrem, 
tendo sempre o compromisso com a responsabilidade e integridade do próprio nome 
da empresa. É claro que esta temática traz e trará muita contradição e divergência 
de ideias e concepções, já que muitas das vezes o “bolso fala muito mais alto”, mas 
há necessidade de se refletir sobre esta situação e apresentar a prática da 
responsabilidade social. 
 
2 - A importância e a responsabilidade da gestão financeira na empresa 
(Adaptado) 
Profa.Ângela Cheng - Professora do Departamento de Contabilidade e Atuaria da 
Faculdade de economia e administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP) 
 
Profa. Márcia Martins Mendes - Professora do Departamento de Contabilidade e Atuaria da 
faculdade de Economia e administração da Universidade de São Paulo(FEA / USP) 
Página 10 de 25 
 
 
 
2.1 - Introdução 
A empresa vista como um sistema aberto, possui uma missão, um modelo de 
gestão, uma estrutura organizacional, um processo de planejamento e controle e um 
sistema de informações, que se interrelacionam buscando atingir a eficácia. 
Entendemos como modelo de gestão os princípios de administração que 
influenciarão o processo decisório, a estrutura organizacional e o sistema de 
informações. 
Tendo sido definido os princípios, a empresa passará a delinear sua estrutura 
organizacional coerentemente com seu processo de decisão. 
Para avaliarmos o desempenho dos gestores acreditamos que a empresa deva ser 
dividida em áreas de responsabilidade. E de acordo com a necessidade, 
subdivididas em unidades de acumulação (centro de custos, resultados e 
investimentos). 
 
Para dar suporte ao processo decisório a empresa deve estruturar adequadamente 
o sistema de informações que, a margem de contribuição, preço de transferência e 
custo de oportunidade. Dentro deste contexto enfocamos a gestão financeira, pois 
entendemos que este é um aspecto importante e que, se bem conduzido, poderá 
contribuir para a eficácia gerencial. 
Gestão Financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos monetários derivados 
da atividade operacional, em termos de suas respectivas ocorrências no tempo. 
Entretanto que ela não é função exclusiva do gestor da... "Área financeira", mas de 
todos os gestores das diversas áreas de responsabilidade. 
Propusemos, então, um mecanismo capaz de mensurar o resultado de cada área 
pela gestão financeira. Neste mecanismo cada área seria vista como uma empresa, 
tendo seu planejamento e controle financeiro, assim como relatórios, possibilitando 
avaliar adequadamente o desempenho dos gestores. 
Página 11 de 25 
 
 
 
Entendemos que os gestores devem ser avaliados somente por aquilo sobre o que 
têm responsabilidade e autoridade e, neste sentido, tratamos o custo de 
oportunidade como um item efetivo de custo. Pois, sendo este o valor da melhor 
oportunidade desprezada nas mesmas condições de risco, é o retorno mínimo 
desejado pelos acionistas. 
Sob este enfoque de avaliação da gestão financeira, acreditamos que os gestores 
terão mais informações para a tomada de decisão e, portanto, menor risco de erro, 
dando mais um passo para atingir a eficácia gerencial e contribuindo para o 
crescimento da Empresa. 
2.2 - QUADRO REFERENCIAL BÁSICO 
Estamos pressupondo um contexto em que uma dada empresa tem definidos sua 
missão e um dado modelo de gestão e, além disso, caracteriza-se como um sistema 
aberto. 
A partir do modelo de gestão, que deve considerar a missão determinada ou 
principal gestores da empresa, define-se uma estrutura organizacional, os contornos 
de um processo de tomada de decisão (Processo de planejamento e controle) e de 
um sistema de informação que o apoia. 
 
 
 
Página 12 de 25 
 
 
 
No modelo de gestão devem estar definidos os princípios de administração da 
empresa, ou seja, o conjunto de regras básicas que orientam a gestão. Definição de 
indicadores de desempenho, grau de centralização ou descentralização, nível de 
controle são exemplos importantes de diretrizes que devem ser aqui determinados. 
A estrutura organizacional deve ser um elemento facilitador de consecução da 
missão, dados os processos de tomada de decisões. Assim, em função do modelo 
de gestão, os seguintes aspectos essenciais da estrutura organizacional precisam 
ser definidos. Grau de Centralização ou descentralização, amplitude de controle, 
natureza da divisionalização (Centros de custos, resultados, investimentos). 
Entendemos que para uma gestão atingir seus objetivos de forma satisfatória, a 
estrutura da empresa deve ser 
• Descentralizada; 
• O Controle deve ser exercido em cada área de responsabilidade, entendida 
esta como unidades administrativas, as quais possuem gestores com 
funções, responsabilidades e autoridades claramente definidas e compatíveis 
entre si; 
• Em termos de acumulação, deve estar dividida em três tipos de unidades: 
centros de custo, centros de resultados e centros de investimento, sendo 
utilizados de acordo com a necessidade de avaliação. 
O processo decisório diz respeito às etapas do ciclo de planejamento e a seleção 
entre alternativas de curso de ação futura tendo em vista um determinado cenário 
esperado. 
O planejamento costuma ser dividido em estratégico e operacional. Oplanejamento 
estratégico define as diretrizes, definidas planas, políticas e objetivos planejados os 
gestores necessitam exercer controle. O objetivo do processo de controle é detectar 
desvios dos planos e, em função disso, viabilizar a implantação de ações corretivas. 
Todo processo decisório da empresa está apoiado num elemento de fundamental 
importância, que é o sistema de informação. 
Página 13 de 25 
 
 
 
Sistema de informação é basicamente um conjunto de subsistemas de informações 
que integrarem na consecução de um objetivo comum, que é fornecer 
eficientemente informações úteis aos seus usuários. Assim sendo, informações são 
dados que foram selecionados e organizados, tornando-se relevantes e úteis para 
os tomadores de decisão. 
Para fins deste trabalho trataremos do usuário interno à empresa, ou seja, daqueles 
que necessitam da informação para gerir adequadamente os recursos disponíveis 
em suas atividades. 
O sistema de informações deve ser elaborado visando atender as necessidades dos 
gestores, tomadores de decisão e neste sentido acreditam que deva ser estruturado 
com conceitos de avaliação que permitam medir resultados e avaliar desempenhos 
de forma adequada. Alguns destes conceitos, a nosso ver, seriam: 
• Custeio variável: a utilização de métodos de custeio variável para a 
apropriação dos custos nos centros de acumulação apoia-se na ideia de 
analisar os custos em função do seu comportamento, ou seja, somente os 
custos variáveis (diretamente relacionados com o nível de produção) são 
atribuídos aos produtos e serviços. 
• Margem de contribuição: Os resultados de uma área podem ser analisados 
através da demonstração (receitas, custos e despesas variáveis). A Margem 
de contribuição propícia a Análise e tomada de decisão em nível de produtos, 
divisões, filiais e outros, possibilitando ainda, uma clara visão sobra à 
formação dos resultados totais. 
Preço de transferência: pode ser definido como o valor da mensuração das 
transações que ocorrem entre as unidades administrativas de uma empresa. Através 
da utilização do conceito de preço de transferência é possível medir resultados de 
cada área para melhor avaliar o retorno sobre os recursos investidos. 
Página 14 de 25 
 
 
 
• Custo de oportunidade: Entendido este como valor da melhor oportunidade 
desprezada, nas mesmas condições de risco e deve ser encarado como item 
efetivo de custo. 
Em resumo, temos que a partir do modelo de gestão definem-se uma estrutura 
organizacional e o processo decisório, que devem ser suportados por um adequado 
sistema de informações. Além disto cada área de responsabilidade deve organizar-
se, ter o seu planejamento e o seu controle, de forma que atinja seus objetivos e 
conduza a empresa a alcançar os melhores resultados possíveis. Portanto, para que 
a empresa consiga ser eficaz é necessário que todas as áreas participem com os 
seus melhores esforços. 
Analisamos, em seguida, um dos principais fatores que influenciam a eficácia 
gerencial, qual seja, a gestão financeira. 
 
2.3- GESTÃO FINANCEIRA E MECANISMO DE MENSURAÇÃO PROPOSTO 
Gestão financeira pode ser definida como a gestão dos fluxos Monetários derivados 
da atividade operacional da empresa, em termos de suas respectivas ocorrências no 
tempo. Ela objetiva encontrar o equilíbrio entre a "rentabilidade" (maximização dos 
retornos dos proprietários da empresa) e a "liquidez"(que se refere à capacidade de 
a empresa honrar seus compromissos nos prazos contratados). Isto é, está implícita 
na necessidade da Gestão financeira a busca do equilíbrio entre gerar lucros e 
manter caixa. 
Assim sendo, pode-se dizer que a gestão financeira esta preocupada com a 
administração das entradas e saídas de recursos monetários provenientes da 
atividade operacional da empresa, ou seja, com a administração do fluxo de 
disponibilidade da empresa. 
Vejamos inicialmente como o fluxo de caixa da empresa é tradicionalmente 
apresentado (Figura 1). Ele constitui-se de colunas verticais referentes ao tempo 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02fig01.jpg
Página 15 de 25 
 
 
 
(dias, meses, anos, etc.) e contas colocadas na horizontal, representativas dos 
diferentes tipos de entradas e saídas de dinheiro da empresa. Além dessas contas, 
dispõe-se na horizontal o saldo: 
• Inicial: Refere-se ao saldo remanescente do período imediatamente anterior 
ao analisado (dia, mês, ano, etc.) 
• Disponível: resulta da soma do salto inicial e o total de entradas, portanto é 
igual ao total que a empresa dispõe no momento para fazer face ás saída de 
caixa necessárias. 
• Final: é o resultado da subtração, saldo disponível menos total das saídas. 
Obrigatoriamente os três tipos de saldo devem ser positivos, dado que já se incluem 
nas entradas as operações financeiras (empréstimos/financiamento). 
Usualmente entende-se que o responsável pelo planejamento, operacionalização e 
controle do fluxo (receitas, despesas financeiras) é o gestor da área financeira. 
Entendemos ser esta uma visão simplista e equivocada do problema. Dado que o 
fluxo caixa nada mais é do que a distribuição no tempo de todas entradas e saídas 
de numerário geradas pelas atividades da empresa, conclui-se que o gestor da área 
financeira absolutamente não pode ser o único responsável por ele. Cada gestor das 
diversas áreas da empresa divide esta responsabilidade com o gestor financeiro a 
partir do momento em que cada decisão tomada impacta de alguma forma o fluxo de 
caixa. 
Pode-se visualizar melhor o problema, simplesmente alterando a forma de 
disposição das contas dos fluxos, como pode ser visto na (figura 2). 
Tendo em vista o que foi exposto acima, pode-se dizer que todos os gestores devem 
ser avaliados pelos seus envolvimentos com a gestão financeira. 
Na tentativa de melhor explicar o que foi dito até aqui, vamos relembrar o conceito 
de "ciclo de caixa". 
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O ciclo de caixa é o "período de tempo que vai do ponto em que a empresa faz um 
desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é recebido o dinheiro 
da venda do produto acabado, feito com aquelas matérias primas".(1) 
(1) Gitman, Laurence J. - "Princípios de Administração Financeira"-Harbia 
Editora, 1.978 
Figura - 1 
 
 
 Assim o esquema do ciclo de caixa da empresa seria: 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img04.jpg
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Figura - 2 
 
 
 
Observando o ciclo de caixa, visualiza-se que o montante de dinheiro em circulação, 
os prazos e os custos do dinheiro são importantes variáveis para analise da gestão 
financeira. E para que esta seja eficaz é necessário que as três variáveis sejam 
administradas de modo a atingir os melhores resultados possíveis. 
O fato de haver um montante de dinheiro disponível representa um custo que deve 
também ser coberto pela receita de vendas. Esse custo diz respeito à remuneração 
do capital utilizado, seja de terceiros ou próprio. 
Toda e qualquer decisão que afete uma dessas variáveis está impactando o fluxo de 
caixa e os resultados financeiro e econômico da empresa. Exemplificando, podemos 
dizer que, se a área de compras conseguir um prazo maior ou conseguir um 
desconto maior estará afetando positivamente o fluxo de caixa. Se a área de vendas 
conseguir diminuir o prazo dado aos clientes, estará influenciando positivamente o 
fluxo de caixa. Se a área de produção diminuir o tempo de produção ou aumentar a 
sua eficiência no consumo de insumos, também estará proporcionando melhores 
resultados. 
http://www.scielo.br/img/revistas/cest/n1/a02img02.jpg
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Portanto, é necessário mensurar, avaliar e controlar essas influências de acordo 
com as responsabilidades, tendo em vista a consecução da eficácia da gestão 
financeira. 
Assim sendo, acredita-se que para a gestão financeira ser eficaz é necessário que 
sejam feitas mensurações nasunidades contábeis de acumulação e consolidadas, 
de modo a identificar, os valores relativos a cada área de responsabilidade, visando 
à avaliação de seus gestores. 
Há três áreas na empresa que merecem atenção especial, visto desempenharem 
funções de captação e aplicação de recursos São elas: área financeira, compras e 
vendas. 
• Área financeira: Entende-se que sua função é administrar o fluxo de recursos 
monetários da empresa suprindo as necessidades e aplicando os excedentes, 
além de suas atividades de cobrança e tesouraria. 
• Área de compras: A área de compras pode ser entendida como um captador 
de recursos monetários quando ao negociar prazos com fornecedores, 
propicia ou não à área financeira um "empréstimo" a uma determinada taxa. 
• Área de vendas: vendas, por sua vez, funcionam como um aplicador na 
empresa, ao conceder prazos aos clientes. Pode-se pensar que, ao invés de 
realizar uma aplicação no mercado financeiro, a empresa aplica as contas a 
receber. 
Pode-se então imaginar que cada área de responsabilidade funciona como uma 
pequena empresa. 
Cada área possui seus ativos, recebes os insumos necessários, processa-os de 
modo a gerar produtos e/ou serviços acabados (do ponto de vista da área, podendo 
não ser acabado em termos da empresa), que serão repassados a clientes ou às 
outras áreas. 
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Seguindo este raciocínio, cada área de responsabilidade deverá ter seu próprio 
orçamento e respectivos demonstrativos contábeis, através da subdivisão da área 
em unidade de acumulação (Centros de custo, resultados e/ou investimentos) e sua 
consolidação. 
Desta forma, se cada área é uma pequena empresa há também um fluxo de caixa e 
resultados derivados da gestão financeira, que devem ser planejados e controlados, 
então para haver uma gestão financeira eficaz, a empresa deve reconhecer que ela 
é responsabilidade de todas as áreas e não só da área financeira. E sendo assim 
todas as áreas devem planejar e controlar seus recursos de forma que os 
parâmetros básicos da gestão financeira (montante de dinheiro, prazo e custo de 
capital) sejam bem administrados. 
Para que a empresa consiga mensurar e avaliar a gestão financeira de forma 
adequada, pode-se imaginar cada área como uma empresa com seu orçamento e 
demais relatórios contábeis. Estes dados serão acumulados em centros de custo, 
resultado ou investimento e deverão ser consolidados e uma área de 
responsabilidade, para que se possa avaliar o desempenho do gestor. 
É de fundamental importância que estes dados sejam informados de forma objetiva, 
clara e oportuna, a fim de dar o suporte adequado às tomadas de decisão e estas 
consigam auxiliar o crescimento da empresa. 
Sugere-se abaixo um mecanismo de mensuração da gestão financeira de cada área. 
 
2.4 - MECANISMO DE MENSURAÇÃO 
Para facilitar o raciocínio no desenvolvimento do mecanismo de mensuração, 
consideramos a utilização de uma moeda de poder aquisitivo constante. Na empresa 
as áreas de responsabilidade terão um fluxo de caixa e resultados derivados da 
gestão financeira, os quais devem ser planejados e controlados. 
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Sendo a área uma empresa, a cada instante de incursão de recursos a área deveria 
efetuar um pagamento. Mas como poderia faze-lo se seu único recebimento se daria 
no instante da venda (supondo que as áreas devam efetuar todas as compras e 
vendas a vista)? 
O fluxo de caixa da área de responsabilidade seria algo como: 
 Figura - 3 
 
 
Pode-se acoplar a esta ideia o fato de que existe um custo financeiro relativo a um 
determinado montante de recursos monetários mantidos à disposição das atividades 
produtivas da empresa. O custo financeiro é diretamente proporcional às três 
variáveis: Valor, tempo e taxa. 
Este custo financeiro pode ser definido como o custo do capital alocado à empresa 
(próprio + terceiros). Assim os resultados de cada área deverão ser analisados, 
incluindo-se o custo do capital empregado. 
Dentro da ideia que cada área é uma empresa, ela necessita de empréstimos para 
suprir todas as necessidades existentes no período (t0-t0), sendo que no momento 
t0 a área estaria apta a devolver o empréstimo. 
A área financeira deve funcionar como um banco, concedendo a cada área 
empréstimos à taxa do custo de oportunidade do acionista, como já definimos. 
A cada instante de ocorrência de entrada de recursos em cada área, será 
contabilizado um empréstimo em uma conta credora na área solicitante e devedora 
na área financeira. É importante lembrar que todos os valores de custos devem 
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necessariamente corresponder aos preços à vista dos bens/serviços, dados que 
diferenciais entre preços à vista e os a prazo, eventualmente pagos pela empresa, 
serão custo financeiro da área de compras. 
Exemplos: 
Entrada de matéria-prima na área A, no valor de R$ 250,00 
 
2.4.1 - Área financeira 
 
 Em decorrência da conta empréstimo da Área A, haverá uma conta de custos 
financeiros internos, que receberá o lançamento relativo ao tempo em que os 
$250,00 permanecerão à disposição da área, calculado com base na taxa cobrada 
pela área do produto elaborado com esta matéria prima, a área A estará apta a 
devolver o empréstimo, devendo o custo financeiro ser calculado até este instante. 
Dissemos que a ideia de custos financeiros derivados do ciclo de caixa pode ser 
comparada ao custo do capital alocado. 
Para fins de mensuração na empresa cabe dizer que, independentemente da 
composição do capital, da empresa entre terceiros e próprio, toda e qualquer 
operação deve ser avaliada com base no custo do capital próprio, dado que este é o 
retorno mínimo obrigatório esperado. 
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Utilizaremos dessa forma o custo-oportunidade, servindo para avaliar a gestão 
financeira e completando os itens de custo dos produtos. 
A área A desta forma terá inserido em seus custos um item a mais que intitulamos 
de custo financeiro interno e que equivale ao custo-oportunidade do acionista. 
Este custo poderá, se bem identificado, ser alocado diretamente aos produtos, visto 
que para cada item de custo incorrido há, em contrapartida, um valor de custo 
financeiro interno. 
O demonstrativo de resultado da área A, supondo-se que seja produzido apenas um 
produto X, poderá ser apresentado da seguinte forma: 
 
2.4.2 - Demonstrativos de resultados da área A 
Receita do produto X 
(-) Preço de transferência do produto X recebido da área anterior 
(-) Custo de mão-de-obra do produto X 
(-) Custo de matéria-prima do produto X 
(-) Custos financeiros internos do produto X 
(=) Margem de contribuição do produto X na área A 
(-) Outros custos da área A 
(-) Outros custos financeiros internos da área A 
(=) Resultado da área A 
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O mecanismo ilustrado é indicado para todas as áreas da empresa, sendo que as 
áreas de apoio mensurarão o resultado dos serviços prestados às outras áreas. 
Devemos ainda acrescentar os casos particulares de compras e vendas, que como 
vimos funciona como captador e aplicador de recursos. 
Em compras existe o caso especial de compras a prazo. Compras serão oneradas 
pelo valor do diferencial pelo preço à vista e o preço a prazo, mas por outro lado 
deverá ser beneficiado, por um valor determinado pela área financeira, pelo fato de 
só ter disposto do dinheiro "X" dias após a compra. 
Compras deverão ser informadas pela área financeira a respeito do dinheiro no 
mercado financeiro (padrão de caixa), para que possa balizar suas decisões de 
compra à vista ou a prazo. 
No caso de vendas, esta obterá os resultados do diferencial dos preços à vista e a 
prazo cobrado dos clientes. Em contrapartida a essa receita, será penalizada pela 
retenção, por um certo prazo, dos recursos alocados ao Contas a receber. 
Esta forma de apuração de resultados também é valida em economias inflacionarias, 
podendo ser associadaao mesmo mecanismo de atualização monetária. Neste caso 
deverão ser registrados os valores à vista, considerando-se não somente a taxa de 
inflação, mas também a taxa de juros embutida nas vendas e compras a prazo. 
 
2.5 - Conclusão 
O presente trabalho teve como preocupação básica o estudo do problema de 
mensuração do ambiente de Gestão Financeira. 
Tendo em vista os aspectos ligados ao problema de mensuração, buscamos discutir 
e enfatizar a atribuição de responsabilidades pela Gestão Financeira, demonstrando 
que as mesmas não são exclusivas do que se costuma chamar "área financeira" 
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mas ao contrario estão amplamente diluídas nas diferentes áreas de 
responsabilidade da empresa. 
Para ilustrar e reforçar essa ideia, nosso argumento se apoiou no conceito do ciclo 
de caixa, o qual permitiu visualizar claramente a influência das diversas áreas de 
responsabilidade sobre o nível de recursos monetário da empresa e, por 
consequência sobre seus efeitos econômicos. 
Desse modo, como forma de viabilizar a avaliação de desempenho dos diversos 
gestores no âmbito da Gestão Financeira, propusemos um mecanismo de 
mensuração onde cada área seria vista como uma empresa e, desta forma teria seu 
próprio planejamento e controle financeiro e assim se poderia separar 
responsabilidade e identificar resultados de forma coerente. 
O Mecanismo apresentado tornou possível a separação dos resultados econômicos 
provocados pela gestão financeira dos resultados econômicos derivados das demais 
gestões (operacional e econômica). 
Com a doação deste mecanismo a informação, no âmbito da Gestão Financeira, fica 
mais transparente. Cada gestor será cobrado por aquilo que tem responsabilidade e 
autoridade, ou seja, também pelo impacto que sua área causa no resultado gerado 
pela administração dos recursos monetários. 
Consideramos importante incluirmos como item de custo o custo de oportunidade, 
pois sendo este o valor da melhor alternativa desprezada, nas mesmas condições 
de risco, entendemos que ele é o retorno mínimo desejado pelos acionistas e desta 
forma o resultado de cada área deverá cobrir este valor. 
A Partir do momento que cada área fizer seu planejamento e controle financeiro terá 
seu próprio fluxo de caixa, orçamento e relatório contábeis, as informações poderão 
ser mais precisas e oportunas, auxiliando na tomada de decisão, com maior grau de 
segurança e, portanto aumentando a eficácia gerencial e contribuindo para o 
crescimento da empresa. 
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 REFERÊNCIAS 
Anchieta, A . C., Cammas, C.A . V.Mendes, M.M.,Paccez, J.D., Rosano, L.C. - 
Padrões na Mensuração do Resultado de Produções de Serviços - Trabalho da 
Disciplina Análise de Custos - FEA/USP, 1.988 
Bio, S.R. - Sistema de Informação - Um Enfoque Gerencial - São Paulo, Atlas, 1.985 
Cheng, A ., Francini, C.M.B., Dosvaldo, J. Godoy, L.C. Muccillo, J. - Padrões na 
Mensuração do Resultado Econômico da Gestão Financeira - Trabalho da Disciplina 
Análise de Custos - FEA/USP, 1.988 
Gitman, L. J. - Principios de Administração Financeira - Editora Harbra & Row do 
Brasil, 1.978 
Nakagawa, M. - Estudos de Alguns Aspectos de Controladoria que Contribuem para 
a eficácia Gerencial - Tese de Doutoramento - FEA/USP, 1.987

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