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Atividade 8

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Universidade Federal Fluminense – UFF
Curso: Administração Pública
Disciplina: Filosofia e Ética
Polo: Itaocara
Matrícula: 19113110040
Aluna: Keila Jorge Barbosa
Atividade 8
1) Explique as três experiências totalitárias do século XX apontadas nos textos:
R- O totalitarismo caracteriza-se pela subordinação da sociedade ao Estado, pois este é 
agente supremo responsável por todas as esferas da vida social da economia à cultura.
As três experiências totalitárias, também conhecidas como regimes totalitários são: 
fascismo, nazismo e Stalinismo.
 O Nazismo liderado por Hitler, foi decorrente das grandes dívidas acumuladas na derrota 
da I guerra mundial, Hitler, financiado por ideais marxistas, porém sem a revolta do 
proletariado, propõe o fortalecimento do Estado, o nacionalismo geopolítico, e a aliança 
com setores conservadores do capital industrial e do capital financeiro. Eleito, em eleições
diretas e livres, Hitler se desfaz do parlamento e institui o Nazismo. Já o Fascismo 
liderado por Mussolini, mesmo do lado vencedor na Primeira Guerra Mundial, a Itália não 
considerava gratificada pelos gastos e tentava se manter as custas das colônias 
africanas. Mussolini, assim como Hitler, se apoiava ao marxismo na crítica ao liberalismo, 
porém também se impõe a luta do proletariado. Propôs então fortalecimento do Estado, 
um nacionalismo através da glória do Império Romano, e a aliança com setores industriais
e financeiros. O Nazismo e o fascismo tiverem início após a Primeira Guerra Mundial, 
ainda que tenham tido pontos inicias divergentes e significados também, ambos tinham 
aparências semelhantes, como: antiliberalismo, colaboração de classe, aliança com o 
capital industrial monopolista e financeiro, nacionalismo, propaganda de massa, prática da
censura e da delação, racismo, estatismo e totalitarismo.
 Já o terceiro regime totalitário, Stalinismo, foi um regime totalitário de governo liderado 
por Stálin, líder da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Stalinismo era 
baseado na doutrina do socialismo em um único país. Entre os principais objetivos de 
Stálin, estava o desenvolvimento do poder industrial da União Soviética, transformando-a 
numa potência imperialista militar, os ideais socialistas, inicialmente defendidos por Stálin,
foram se perdendo conforme o governo centralizava em suas mãos todos os poderes. 
Muitos traços do stalinismo são semelhantes aos do nazifascismo (centralização estatal, 
partido único com controle total sobre a sociedade, militarização, nacionalismo, 
imperialismo, censura do pensamento e da expressão, propaganda estatal no lugar da 
informação, campos de concentração, invenção contínua dos inimigos internos), mas a 
diferença fundamental e trágica entre eles está no fato de que o stalinismo sufocou a 
primeira revolução proletária e deformou profundamente o marxismo, marcando com o 
selo totalitário os partidos comunistas do mundo inteiro.
2) Como a democracia foi fundamental (segundo o texto) para a reconstrução do 
Estado Democrático de Direito?
R- Apesar das formações dos regimes totalitários terem criado uma ideia ruim da 
democracia, passando a ideia de que ela é causadora de desordem e o caos 
socioeconômico. No entanto, na luta contra esses regimes totalitários, combate a 
opressão e a liberdade de população. A reconstrução da democracia é fundamental 
por 4 aspectos, segundo o texto de Marilene Chauí “Em primeiro lugar, que identificam 
liberdade e competição, tanto a competição econômica da chamada “livre iniciativa”, 
quanto a competição política entre partidos que disputam eleições. Em segundo lugar, 
que identificam a lei com a potência judiciária para limitar o poder político, defendendo a 
sociedade contra a tirania, a lei garantindo os governos escolhidos pela vontade da 
maioria. Em terceiro lugar, que identificam a ordem com a potência do executivo e do 
judiciário para conter e limitar os conflitos sociais, impedindo o desenvolvimento da luta de
classes, seja pela repressão, seja pelo atendimento das demandas por direitos sociais 
(emprego, boas condições de trabalho e salário, educação, moradia, saúde, transporte, 
lazer). Em quarto lugar, que, embora a democracia apareça justificada como 
“valor” ou como “bem”, é encarada, de fato, pelo critério da eficácia. Em outras palavras, 
defendem a democracia porque lhes parece um regime favorável à apatia política – a 
política seria assunto dos representantes, que são políticos profissionais, que, por seu 
turno, favorece a formação de uma elite de técnicos competentes aos quais cabe a 
direção do Estado, evitando, dessa maneira, uma participação política que traria à cena 
os “extremistas” e “radicais” da sociedade. A democracia é, assim, reduzida a um regime 
político eficaz, baseado na ideia de cidadania organizada em partidos políticos e 
manifestando-se no processo eleitoral de escolha dos representantes, na rotatividade dos 
governantes e nas soluções técnicas (e não políticas) para os problemas sociais. Vista 
por esse prisma, é realmente uma ideologia política e justifica a crítica que lhe dirigiu Marx
ao referir-se ao formalismo jurídico que preside a ideia de direitos do cidadão. Em outras 
palavras, desde a Revolução Francesa de 1789, essa democracia declara os direitos 
universais do homem e do cidadão, mas a sociedade está estruturada de tal maneira que 
tais direitos não podem existir concretamente para a maioria da população. A democracia 
é formal, não é concreta.”
3) De que modo os filósofos Habermas e Hannah Arendt resgatam a experiência 
originária de Política?
R- Segundo Hannah Arendt, seu conceito está ligado ao pluralismo político, 
resguardando a ideia de existir igualdade política e liberdade, com transigência e respeito 
às diferenças, tencionando à inclusão. O que sustentava a tradição do pensamento 
político, foi o poder e o domínio do homem pelo homem, o poder não como uma coisa ou 
propriedade de um único indivíduo, sem o povo ou o grupo não há poder. Viu no 
surgimento do totalitarismo, a destruição radical do toda esfera pública e uma invasão na 
esfera privada do homem. Existiam três p
Já Para Habermas, a política para ele era uma ciência, ele achava que através da técnica 
chegaria onde almejavam. Ele mostrava a preocupação com o Estado tecnocrático e o 
surgimento de uma forma de ideologia que faz desaparecer da consciência humana a 
diferença entre as esferas do trabalho e a interação, a partir da análise do trabalho e das 
regras que definem o agir humano, é possível determinar o agir humano como um todo. 
Vê nas interações sociais, realizações cooperativas com objetivo de sucesso de uma 
ação.
4) Explique Michel de Foucault e as Relações de Poder:
R- Michel de Foucault, revolucionou o pensamento filosófico contemporâneo, ele 
questionou os temas tradicionais da filosofia, o próprio proceder e agir humano, onde as 
sociedades modernas mostravam uma nova relação de poder. O poder é uma forma de é 
uma força invisível, rude e grosseira de acordo com a primeira definição de Foucault. Se 
tradicionalmente o poder era conhecido de forma repressiva, na forma moderna do 
capitalismo seria ineficaz, pois considera que se a forma de dominação fosse violenta, os 
movimentos de libertação teriam maior êxito, porém reconhece novos e sutis modos de 
dominação. Para Michel, o poder é resultado do saber. O poder é produto de 
conhecimento e saber. O conhecimento(poder) é produtivo, construtivo e positivo, não 
estando nunca separados, onde a verdade é fruto do exercício do poder. O poder não 
pertence a ninguém, sendo portanto de todos e acontecem entre pessoas.
Referências Bibliográficas: 
REZENDE, Antônio (org). Curso de Filosofia – para professores e alunos dos cursos do 
ensino médio e de graduação. 15ª reimpressão. Editora Zahar. Rio de Janeiro, 2012.
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.

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