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Lei em Questão OAB - DIREITO FINANCEIRO

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DIREITO FINANCEIRO
Exame de Ordem
Prof. Rodrigo Martins
LEI EM QUESTÃO
DIREITO FINANCEIRO
Prof. Rodrigo Martins
LEIS ORÇAMENTÁRIAS, 
ORÇAMENTAÇÃO E PRINCÍPIOS
ORÇAMENTÁRIOS
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.
(...)
DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) O Presidente da Assembleia Legislativa do Estado
E deu início a um Projeto de Lei objetivando alterar o orçamento anual
do Estado, em execução no corrente exercício financeiro, para incluir
despesas referentes à manutenção dos veículos oficiais utilizados pelos
Deputados Estaduais, despesas essas que não foram consideradas
quando da aprovação da lei do orçamento. Sobre a hipótese, é correto
afirmar que:
DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
A) Cabe ao Poder Legislativo dar início a Projeto de Lei Orçamentária.
B) Cabe exclusivamente ao Poder Executivo dar início a Projeto de Lei
Orçamentária.
C) Não é possível modificar a Lei Orçamentária Anual que já estiver em
execução no exercício financeiro.
D) O Poder Legislativo só poderia dar início a Projeto de Lei
Orçamentária se a execução do orçamento do corrente exercício ainda
não estivesse sendo executada.
DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
(...)
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
(...).
PLANO PLURIANUAL (PPA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 167. São vedados:
(...)
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
(...).
PLANO PLURIANUAL (PPA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
ADCT da CF/88: Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de
forma progressiva (...).
(...)
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art.
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro
exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será
encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa;
PLANO PLURIANUAL (PPA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Prazo para encaminhamento, pelo Poder Executivo, ao Poder legislativo,
para votação e aprovação: até 31/08 do 1º ano de mandato.
Prazo para devolução, pelo Poder Legislativo, ao Poder Executivo para
sanção: até 22/12 do 1º ano de mandato.
Vigência: 4 anos, da sua aprovação até o final do primeiro ano (31/12) do
mandato presidencial subseqüente.
PLANO PLURIANUAL (PPA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
(...)
II - as diretrizes orçamentárias;
(...)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, estabelecerá as diretrizes
de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021).
(...).
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 169. (...)
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
poderão ser feitas:
(...)
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. .
(...).
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
ADCT da CF/88: Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de
forma progressiva (...).
(...)
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art.
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
(...)
II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito
meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido
para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa;
(...).;
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Prazo para encaminhamento, pelo Poder Executivo, ao Poder legislativo,
para votação e aprovação: até 15/04 de cada ano.
Prazo para devolução, pelo Poder Legislativo, ao Poder Executivo para
sanção: até 17/07 de cada ano.
Vigência: da data que entrar em vigor até 31/12 do ano seguinte.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
(...)
III - os orçamentos anuais.
(...).
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
(...)
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
(...)
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
(...)
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.
(...)
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para
exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e
daquele s em andamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 102,
de 2019)
(...).
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
ADCT da CF/88: Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de
forma progressiva (...).
(...)
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art.
165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintesnormas:
(...)
III - o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro
meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para
sanção até o encerramento da sessão legislativa.
(...)
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Prazo para encaminhamento, pelo Poder Executivo, ao Poder legislativo,
para votação e aprovação: até 31/08 de cada ano.
Prazo para devolução, pelo Poder Legislativo, ao Poder Executivo para
sanção: até 22/12 de cada ano.
Vigência: 1 ano, de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano seguinte ao
da sua aprovação.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Lei Federal nº 4.320/64: Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária
no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios,
o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento
vigente.
(...)
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Exame de Ordem
Prof. Rodrigo Martins
Leis Orçamentárias
QUADRO COMPARATIVO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS
PPA LDO LOA
Tipo de norma Lei Ordinária Lei Ordinária Lei Ordinária
Iniciativa Iniciativa privativa do Poder Executivo
Iniciativa privativa do 
Poder Executivo
Iniciativa privativa do 
Poder Executivo
Aprovação Aprovação privativa peloPoder Legislativo
Aprovação privativa pelo
Poder Legislativo
Aprovação privativa pelo
Poder Legislativo
Origem
Deve ser aprovada em
âmbito Federal, em
âmbito Estadual, no
Distrito Federal e pelos
Municípios, por cada uma
das entidades federativas
Deve ser aprovada em
âmbito Federal, em
âmbito Estadual, no
Distrito Federal e pelos
Municípios, por cada uma
das entidades federativas
Deve ser aprovada em
âmbito Federal, em
âmbito Estadual, no
Distrito Federal e pelos
Municípios, por cada uma
das entidades federativas
Prazo limite de
envio ao
Legislativo
31/08
(4 meses antes do 
encerramento do primeiro 
exercício financeiro após o 
início do mandato)
15/04
(8 meses e meio antes do 
encerramento do exercício 
financeiro)
31/08
(quatro meses antes do 
encerramento do exercício 
financeiro)
Exame de Ordem
Prof. Rodrigo Martins
Leis Orçamentárias
Prazo limite de
devolução ao
Executivo para
Sanção
22/12
(encerramento da sessão 
legislativa)
17/07
(do primeiro período da
sessão legislativa).
22/12
(encerramento da sessão 
legislativa)
Início de vigência Data da Publicação Data da Publicação 1º/01 do ano a que serefere
Final de vigência
31/12 do ano seguinte ao
do término do mandato do
chefe do Poder Executivo
31/12 do ano a que se
refere
31/12 do ano a que se
refere
Periodicidade Quadrienal Anual Anual
Objetivos Planejamento estratégicode longo prazo
Indicar as programações
que devem ser
comtempladas na LOA
seguinte
Planejamento operacional
de curto prazo
(XXXVIII EXAME UNIFICADO DA OAB/FGV) O Presidente da República
está elaborando projeto de lei que estabelece, de forma regionalizada,
as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada. Diante desse cenário, assinale a
afirmativa correta.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
A) A matéria tratada em tal projeto de lei objetiva instituir a Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a qual deve ser aprovada por quórum de
maioria simples no Congresso Nacional.
B) Tal projeto versa sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias e se submete
à reserva de lei complementar.
C) Embora institua o Plano Plurianual, tal projeto de lei necessita ser
aprovado por quórum de maioria absoluta no Congresso Nacional.
D) Trata-se de projeto de lei que institui o Plano Plurianual, a ser
veiculado por meio de lei ordinária.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) No final do ano de 2023, foi sancionada e publicada
pelo Presidente da República a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o
Exercício de 2024. Sobre a hipótese, considerando o conteúdo do
orçamento anual, é correto afirmar que essa lei:
A) Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro
de 2024.
B) Estima a receita e fixa a despesa da União e dos Estados para o
exercício financeiro de 2024.
C) Estima a receita e fixa a despesa da União, dos Estados e do Distrito
Federal para o exercício financeiro de 2024.
D) Estima a receita e fixa a despesa da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios para o exercício financeiro de 2024.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Lei Federal nº 4.320/64: Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
CRÉDITOS ADICIONAIS AO ORÇAMENTO ANULA (LOA)
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 167. São vedados:
(...)
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto
no art. 62.
(...).
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo
submetê-las de imediato ao Congresso Nacional:
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
I - relativa a:
(...)
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos
adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
(...).
CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) Durante o exercício financeiro de 2023 o Prefeito
do Município M percebeu que os valores previstos na dotação existente
na LOA - Lei Orçamentária Anual daquele exercício para a construção de
uma creche não seria suficiente para a conclusão da obra. Por isso o
Prefeito elaborou um Projeto de Lei para ser enviado à Câmara de
Vereadores por meio do qual objetiva abrir créditos adicionais para
reforçar essa dotação orçamentária. Com base na hipótese e de acordo
com a Lei n° 4.320/1964, o crédito adicional que se pretende abrir é um:
A) Crédito extraordinário.
B) Crédito suplementar.
C) Crédito especial.
D) Crédito quirografário.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(XXXIX EXAME UNIFICADO DA OAB/FGV) Em um determinado ano,
diante de grave impasse entre o Poder Executivo federal e o Congresso
Nacional, o que vem dificultando a aprovação das leis orçamentárias, e
em face da relevância e urgência em autorizar a realização de uma série
de despesas públicas, o chefe do Poder Executivo avalia a hipótese de
adotar Medidas Provisórias para legislar sobre o tema, especialmente
sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual,
abertura de créditos suplementares, especiais e extraordinários. Diante
desse cenário, à luz da CRFB/88, assinale a afirmativa correta.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
A) A Medida Provisória pode ser usada apenas para abrir crédito
suplementar ou especial voltado a atender a despesas de saúde e
educação.
B) A instituição da lei de diretrizes orçamentárias e da lei do orçamento
anual, em caso de urgência e relevância, pode ser feita por Medida
Provisória, mas não a instituição do Plano Plurianual.
C) A abertura de crédito extraordinário por meio de Medida Provisória
somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
D) A Medida Provisória para dispor sobre qualquer matéria orçamentária,
pode ser editada, desde que haja relevância e urgência, e que seja
aprovada pelo Congresso Nacional no prazo de 60 (sessenta)dias.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão
da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.
PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA EXCLUSIVIDADE
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) Um dos artigos da Lei Orçamentária Anual (LOA)
do Município M permite a abertura de crédito suplementar por meio de
Decreto do Poder Executivo, desde que até determinado valor, fixado na
própria lei orçamentária. Sobre essa hipótese, é possível afirmar que tal
permissão:
A) Afronta o princípio orçamentário da legalidade.
B) Decorre de uma exceção ao princípio orçamentário da exclusividade.
C) Decorre de uma exceção ao princípio orçamentário da unidade.
D) Afronta o princípio orçamentário da anualidade.
PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA EXCLUSIVIDADE
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) O Prefeito do Município M pretende aprovar uma
lei, junto à Câmara de Vereadores, aumentando seu período de férias
anuais para 60 dias. Para acelerar a votação e posterior aprovação dessa
proposta, o Prefeito inseriu esse dispositivo no Projeto da Lei
Orçamentária Anual (LOA) do Município para o próximo exercício, de sua
autoria. Sobre essa hipótese, é correto afirmar:
A) Que a inclusão do referido dispositivo está em conformidade com a
Constituição Federal.
B) O Prefeito não pode dar início ao Projeto de Lei Orçamentária do
Município.
C) Que tal prática afronta o princípio orçamentário da anualidade.
D) Que tal prática afronta o princípio orçamentário da exclusividade.
PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA EXCLUSIVIDADE
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
RECEITAS PÚBLICAS
Prof. Rodrigo Martins
Diversas classificações:
✓ Quanto à periodicidade (ou regularidade): ordinária (receita constante) ou
extraordinária (receita inconstante, esporádica e excepcional).
✓ Quanto ao sentido: amplo (ingresso público) ou restrito (receita pública).
✓ Quanto à competência do ente da federação: Federal, Estadual, do
Distrito Federal ou Municipal.
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
✓ Quanto às fonte ou origem: originárias ou derivadas.
✓ Quanto à natureza ou previsão orçamentária: orçamentária ou
extraorçamentária.
✓ Quanto à categoria econômica (classificação legal): receitas correntes ou
receitas de capital.
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Lei Federal nº 4.320/64: Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes
categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
(...).
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições,
patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as
provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em
Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital
e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS PÚBLICAS
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF): Art. 44. É vedada a aplicação da
receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram
o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se
destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos.
“REGRA DE OURO” DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
(QUESTÃO INÉDITA) Devidamente autorizado por lei, o Prefeito do
Município X pretende vender um imóvel pertencente ao Município.
Nesse caso, a receita de capital derivada da alienação desse bem que
integra o patrimônio público pode ser destinada à seguinte finalidade:
A) Ao pagamento de fornecedores de bens e serviços.
B) Ao pagamento de remuneração dos servidores estatutários.
C) À aquisição de material escolar e insumos médicos.
D) Ao custeio dos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos.
“REGRA DE OURO” DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Direito Financeiro
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CF/88: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
(...)
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as
matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
(...).
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
(...)
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.
(...).
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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Lei Complementar nº 101/2000 (LRF): Art. 14. A concessão ou ampliação
de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia
de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e
nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias
e a pelo menos uma das seguintes condições:
(...)
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que
não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da
lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da
elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou
criação de tributo ou contribuição.
(...).
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de
que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II,
o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas
referidas no mencionado inciso.
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
Prof. Rodrigo Martins
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica:
I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e
V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1º;
II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos
respectivos custos de cobrança.
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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(QUESTÃO INÉDITA) O Estado X pretende aprovar uma lei concedendo isenção
de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para veículos
elétricos, o que ocasionará a renúncia de receitas tributárias. Com base nas
disposições da Lei Complementar nº 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal,
considerando que o Estado X não demonstrou que essa renúncia foi consideradana estimativa de receita da lei orçamentária, é correto afirmar, sobre tal hipótese,
que:
A) A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da
qual decorra renúncia de receita não precisará estar acompanhada de estimativa
do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência
e nos dois seguintes.
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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B) Poderá estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado na Lei, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição.
C) Deverá estar acompanhada de medidas de compensação, no período
mencionado na Lei, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação
de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou
contribuição.
D) Acaso adotadas medidas de compensação, no período mencionado na Lei,
por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas,
ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição, a
isenção só entrará em vigor dois anos após implementadas tais medidas de
compensação.
RENÚNCIA DE RECEITA
Direito Financeiro
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DESPESAS PÚBLICAS
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CF/88: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para
este fim.
(...)
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de
precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis
como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude
de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 62, de 2009).
(...).
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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ADCT da CF/88: Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da
Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação
oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o
disposto no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações
consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito
Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
II - trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
(...).
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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Lei Federal nº 10.259/02: Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível
processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor
de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.
Lei Federal nº 10.259/02: Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia
certa, após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será efetuado no
prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisição, por ordem do Juiz, à
autoridade citada para a causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica
Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório.
§ 1o Para os efeitos do § 3o do art. 100 da Constituição Federal, as obrigações
ali definidas como de pequeno valor, a serem pagas independentemente de
precatório, terão como limite o mesmo valor estabelecido nesta Lei para a
competência do Juizado Especial Federal Cível (art. 3o, caput).
(...).
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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Portanto, serão considerados de pequeno valor (até que os Estados, Distrito
Federal e Municípios publiquem suas próprias leis definidoras), os débitos
decorrentes de sentenças condenatórias transitadas em julgado que tenham valor
igual ou inferior a:
➢ União: 60 salários mínimos;
➢ Estados e Distrito Federal: 40 salários mínimos; e
➢ Municípios: 30 salários mínimos.
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
Direito Financeiro
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CF/88: Art. 100. (...).
(...)
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias,
valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes
capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do
regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 62, de 2009).
(...).
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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Atenção: de acordo com o STF, além das autarquias e fundações públicas, as
empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram serviços
públicos de competência típica do Estado (serviço público em sentido estrito)
também são beneficiadas por esses sistemas de pagamento de débitos
judiciais decorrentes de sentenças transitadas em julgado.
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
Direito Financeiro
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EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA
BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. IMPENHORABILIDADE DE
SEUS BENS, RENDAS E SERVIÇOS. RECEPÇÃO DO ARTIGO 12 DO
DECRETO-LEI Nº 509/69. EXECUÇÃO.OBSERVÂNCIA DO REGIME DE
PRECATÓRIO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. 1. À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica
equiparada à Fazenda Pública, é aplicável o privilégio da impenhorabilidade
de seus bens, rendas e serviços. Recepção do artigo 12 do Decreto-lei nº
509/69 e não-incidência da restrição contida no artigo 173, § 1º, da
Constituição Federal, que submete a empresa pública, a sociedade de
economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao
regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações
trabalhistas e tributárias.
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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(...). 2. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço
público da competência da União Federal e por ela mantido. Execução.
Observância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do disposto
no artigo 100 da Constituição Federal. Recurso extraordinário conhecido e
provido. (RE 220906, Relator(a): MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno,
julgado em 16/11/2000, DJ 14-11-2002 PP-00015 EMENT VOL-02091-03
PP-00430).
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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Atenção: contrario sensu, não se submetem aos referidos regimes as
empresas públicas e sociedades de economia mista dotadas de
personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e
autonomia administrativa, que exerçam atividade econômica sem
monopólio, com finalidade de lucro:
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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EMENTA AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA - APPA.
EMPRESA PÚBLICA. LEI Nº 17.895/2013 DO ESTADO DO PARANÁ.
PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. EXPLORAÇÃO DE
ATIVIDADE ECONÔMICA. REGIME DE CONCORRÊNCIA. EXECUÇÃO
DIRETA. ART. 173, §§ 1º, II, E § 2º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIOS. A Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina - APPA ostenta personalidade jurídica de
direito privado, exerce atividade econômica em regime concorrencial, sem
monopólio e com vista a auferir lucro (Lei nº 17.895/2013, do Estado do
Paraná).
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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(...). Sujeita-se, pois, ao regime jurídico constitucional das empresas privadas
– execução direta –, na forma do art. 173, §§ 1º, II, e 2º, da Constituição
Federal, a ela não se aplicando o regime de precatórios previsto no art. 100
da Constituição Federal. Precedentes.Agravo regimental provido. (RE
892727 AgR, Relator(a): ALEXANDRE DE MORAES, Relator(a) p/ Acórdão:
ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 05/06/2018, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-242 DIVULG 14-11-2018 PUBLIC 16-11-2018)
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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(FGV/IMBEL/Advogado/Reaplicação/2021) A empresa pública federal Beta,
dotada de personalidade jurídica de direito privado com patrimônio próprio
e autonomia administrativa, exerce atividade econômica sem monopólio e
com finalidade de lucro. A empresa pública Beta foi condenada à obrigação
de pagar quantia certa, no valor de trezentos mil reais, à sociedade
empresária Gama. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, os gestores
da estatal Beta consultaram seu advogado sobre a possibilidade de adoção
do regime de precatório. Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, o advogado da estatal Beta esclareceu que:
A) não se aplica o regime de precatório, pois se trata de estatal exploradora
de atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro.
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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B) não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva dos
entes da Administração Direta, que são pessoas jurídicas de direito público
interno.
C) se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva e inerente a
todos os entes da Administração Direta e entidades da Administração
Indireta.
D) se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva e inerente a
todos os entes da Administração Direta e Indireta, assim como ao terceiro
setor.
E) não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva dos
entes da Administração Direta e entidades da Administração Indireta com
personalidade jurídica de direito público.
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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(QUESTÃO INÉDITA) João, servidor público federal, moveu ação judicial em face
da União objetivando sua condenação à obrigação de pagar quantia certa no
valor de R$ 30.000,00, referente à diferenças salariais a que tem direito. O
pedido foi julgado totalmente procedente e a sentença acabou de transitar em
julgado, condenando a Ré ao pagamento de R$ 30.000,00 para João e R$
3.000,00 à título de honorários advocatícios de sucumbência em favor de seu
Advogado. Com base na hipótese, assinale a afirmativa correta sobre a forma de
pagamento pelo ente público:
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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A) O crédito do servidor público e os honorários advocatícios devem ser pagos
mediante precatório.
B) O crédito do servidor público e os honorários advocatícios devem ser pagos
mediante RPV - Requisição de Pequeno Valor.
C) Os honorários advocatícios devem ser pagos mediante RPV - Requisição de
Pequeno Valor e o crédito do servidor público deve ser pago mediante
precatório.
D) O juiz que determinará se a forma de pagamento será por meio de RPV -
Requisição de Pequeno Valor ou por meio de precatório de acordo com a
condição financeira da União.
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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ADCT da CF/88: Art. 87. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da
Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação
oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o
disposto no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações
consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
(...)
POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA A CRÉDITO DO VALOR
EXCEDENTE PARA FINS DE ENQUADRAMENTO COMO
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
Direito Financeiro
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Parágrafo único. Se o valor da execução ultrapassar o estabelecido neste artigo,
o pagamento far-se-á, sempre, por meio de precatório, sendo facultada à parte
exeqüente a renúncia ao crédito do valor excedente, para que possa optar pelo
pagamento do saldo sem o precatório, da forma prevista no § 3º do art. 100.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 37, de 2002)
POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA A CRÉDITO DO VALOR
EXCEDENTE PARA FINS DE ENQUADRAMENTO COMO
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
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CF/88: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios (...).
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte
ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência
sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º
deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
(...).
ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
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CPC: Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao
advogado do vencedor.
(...)
§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza
alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação
do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência
parcial.
(...).
ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
Direito Financeiro
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Súmula Vinculante nº 47: Os honorários advocatícios incluídos na
condenação ou destacados do montante principal devido ao credor
consubstanciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com
a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada
ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.
ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
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CF/88: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal,
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios (...).
(...)
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por
sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam
portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim definidos na
forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até
o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º
deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o
restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016)
(...).
ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
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Portanto, são superpreferenciais os precatórios de natureza alimentícia cujos
titulares (originários ou herdeiros):
➢ Tenham 60 anos de idade ou mais; ou
➢ Sejam portadores de doença grave; ou
➢ Sejam pessoas com deficiência.
Nesses casos, serão pagos com preferência sobre todos os demais
precatórios, inclusive sobre os preferenciais.
ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
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ORDEM (“FILA”) DE PAGAMENTO
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ORDEM DE PAGAMENTO
1º Requisições de Pequeno Valor (RPV's)
2º
Precatórios
Alimentar (decorrentes de salários, vencimentos,
proventos, pensões e suas complementações, benefícios
previdenciários e indenizações por morte ou por
invalidez, fundadas em responsabilidade civil)
superpreferencial (cujos titulares, originários ou por
sucessão hereditária, tenham no mínimo 60 anos de
idade, portadores de doença grave ou pessoas com
deficiência)
Alimentar OU preferencial (decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas
complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em
responsabilidade civil)3º
Comum (não alimentar) e o saldo dos alimentares(QUESTÃO INÉDITA) Paulo, portador de doença grave, que já tem 66 anos
de idade, ganhou ação judicial ajuizada em face da União, que foi
condenada a indenizá-lo por danos materiais ao seu imóvel, decorrentes de
uma obra pública federal. O valor da condenação totaliza R$ 100.000,00 na
data do trânsito em julgado da ação, quando o salário mínimo nacional
estava fixado em R$ 1.320,00. Com base nessa hipótese, é correto afirmar
que o pagamento a ser feito pela União deverá ocorrer:
A) Por meio de precatório comum sem nenhuma prioridade.
B) Por meio de Requisição de Pequeno Valor (RPV).
C) No mesmo ano do trânsito em julgado da ação de indenização, pois o
vencedor é portador de doença grave e tem mais do que 60 anos de idade.
D) Por meio de precatório preferencial, por ser verba alimentar.
PRECATÓRIOS E REQUISIÇÕES DE PEQUENO VALOR
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(XXXVIII EXAME UNIFICADO DA OAB/FGV) João ganhou uma ação movida em
face do Estado Gama, na qual este foi condenado a pagar o equivalente a 30
salários mínimos a título de danos morais pelo uso indevido de sua imagem em
uma publicidade institucional do governo estadual. A ação transitou em julgado
em 15 de julho de 2022. Seu advogado verifica que não há legislação específica
estadual acerca de prazos e limites de valores sobre pagamentos pela Fazenda
Pública em caso de condenação judicial. Diante desse cenário, e à luz da
Constituição Federal de 1988, João receberá o valor a que tem direito
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
Direito Financeiro
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A) por meio de precatório alimentar, que tem prioridade em relação aos demais,
dentro do próprio ano do trânsito em julgado.
B) por meio de Requisição de Pequeno Valor (RPV).
C) por meio de precatório comum, a ser pago no ano seguinte ao do trânsito em
julgado da condenação judicial.
D) em dinheiro, no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados da intimação da
Fazenda Pública do trânsito em julgado da ação, através de transferência
bancária entre a instituição financeira que administra o tesouro estadual e o
banco em que João tem sua conta.
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR (RPV)
Direito Financeiro
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CF/88: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais (...).
(...)
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em
precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor,
não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 62, de 2009).
§ 14. A cessão de precatórios, observado o disposto no § 9º deste artigo,
somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente federativo devedor.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
(...).
CESSÃO DE PRECATÓRIO
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Os §§ 13 e 14 acima permitem identificar que a cessão de precatórios
deve observar as seguintes regras:
1) Não precisa da concordância da Fazenda Pública devedora do
precatório;
2) Mas, muito embora não necessite dessa concordância, produzirá
efeitos somente após a comunicação, por meio de petição devidamente
protocolizada, ao Tribunal de origem e também ao ente federativo
devedor; e
CESSÃO DE PRECATÓRIO
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3) Se o precatório cedido não tiver natureza alimentar e se o cessionário
(aquele que adquiriu o direito ao precatório, por meio do ato de cessão)
for pessoa com 60 anos de idade ou mais, portador de doença grave ou
com deficiência, nos termos da lei, a esse precatório cedido NÃO SERÃO
atribuídos os privilégios preferenciais previstos na CF/88 para os
precatórios alimentares especiais, uma vez que a cessão não altera a
própria natureza do precatório (o precatório já "nasce" ou não
preferencial).
CESSÃO DE PRECATÓRIO
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(QUESTÃO INÉDITA) Pedro é credor de um precatório federal, decorrente de ação
judicial já transitada em julgado. Ao invés de aguardar o momento do pagamento
na fila dos precatórios, Pedro quer realizar a cessão onerosa desse seu crédito a
terceiro interessado em adquiri-lo. Sobre a hipótese, é correto afirmar que:
A) É vedada a cessão de crédito de precatório a terceiros.
B) Ele só poderá ceder o crédito do precatório a terceiros se houver a expressa
concordância do ente federativo devedor.
C) Ele poderá ceder o crédito do precatório a terceiros independentemente da
concordância da devedora, mas essa cessão só produzirá efeitos após
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao Tribunal de origem e ao ente
federativo devedor.
D) A cessão de crédito de precatório a terceiros só pode ser realizada antes do
trânsito em julgado da ação do qual se origina.
CESSÃO DE PRECATÓRIO
Direito Financeiro
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Que é “despesa com pessoal”?
LRF: Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como
despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação
com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos,
cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com
quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas
e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,
inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de
qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas
pelo ente às entidades de previdência.
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se
referem à substituição de servidores e empregados públicos serão
contabilizados como "Outras Despesas de Pessoal".
§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no
mês em referência com as dos 11 (onze) imediatamente anteriores,
adotando-se o regime de competência, independentemente de empenho.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a
remuneração bruta do servidor, sem qualquer dedução ou retenção,
ressalvada a redução para atendimento ao disposto no art. 37, inciso XI, da
Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021).
(...).
.
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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Quais as regras constitucionais quanto às despesas com pessoal”?
CF/88: Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder
os limites estabelecidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas:
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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Quais os limites dispostos em Lei Complementar quanto às despesas com
pessoal”?
LRF: Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados:
I - União: 50%(cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
(...).
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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(QUESTÃO INÉDITA) O Prefeito do Município “X” lhe consulta querendo
saber qual o limite legal de gastos com folha de pagamento do Município. A
tua resposta estará correta se você responder que a despesa total com
pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder o seguinte
percentual, calculado sobre a receita corrente líquida do Município:
A) 40%.
B) 50%.
C) 60%.
D) 70%.
LIMITES ESPECÍFICOS RELATIVOS ÀS DESPESAS COM
PESSOAL
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ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
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CC: Art. 586. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é
obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo
gênero, qualidade e quantidade.
➢ O poder público por tomar ou conceder crédito
➢ Basicamente há 2 formas pelas quais o Governo pode tomar dinheiro
emprestado: (i) de forma coercitiva, forçada (empréstimo compulsório –
art. 148 da CF/88); ou (ii) de forma voluntária (contratual).
➢ Quanto o Governo toma crédito, gera ou aumenta a dívida pública (que
possui limites)
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
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LRF: Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as
seguintes definições:
(...)
III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de
mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada
de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo
de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;
(...)
§ 1o Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a
confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento
das exigências dos arts. 15 e 16.
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
Direito Financeiro
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LRF: Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:
I - captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou
contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do
disposto no § 7o do art. 150 da Constituição;
II - recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público
detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a
voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;
III - assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação
assemelhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante
emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a
empresas estatais dependentes;
IV - assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com
fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
Direito Financeiro
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(QUESTÃO INÉDITA) O Prefeito do Município M deseja obter receita para a
realização de obras de recapeamento asfáltico nas vias urbanas do
Município. Para tanto, ele pretende formalizar um contrato cujo objeto é o
recebimento antecipado de valores devidos pela empresa XPTO Transporte
S.A., sociedade de economia mista responsável pela gestão do sistema de
transporte público de passageiros da cidade, cujo acionista majoritário é o
Município. Com base nessa situação hipotética e de acordo com as normas
de direito financeiro, a pretensão do Prefeito é:
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
Direito Financeiro
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A) Juridicamente admitida, uma vez que a operação decorre de dívida
líquida e certa devida pela sociedade de economia mista cujo acionista
majoritário é o próprio Município.
B) Juridicamente admitida, pois esse contrato não se enquadra como
operação de crédito.
C) Juridicamente vedada, pois apesar de não se tratar de operação de
crédito, os recursos destinados a investimentos devem originar-se sempre da
receita tributária.
D) Juridicamente vedada, pois o contrato a ser firmado equipara-se a uma
operação de crédito que não é permitida pelo ordenamento jurídico em
vigor.
OPERAÇÃO DE CRÉDITO
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OBRIGADO!
PROF. RODRIGO MARTINS
@professorrodrigomartins
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