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EBOOK CNU Bloco Temático: IV – Trabalho e Saúde do Trabalhador BANCA CESGRANRIO Direito do Trabalho Assuntos mais cobrados de Direito do Trabalho pela banca Cesgranrio Com base no edital lançado no dia 10/01/2024 para o esperado Concurso Nacional Unificado o Estratégica Concursos está elaborando alguns Ebooks de alguns assuntos com alta probabilidade de serem cobrados na sua prova. A intenção do material é auxiliar na preparação de alto nível dos nossos alunos. RESUMO Princípios: Fontes: 51 120 Direitos Constitucionais dos trabalhadores: 52 120 Renúncia e transação: 53 120 LISTA DE LEGISLAÇÃO, SÚMULAS E OJ DO TST RELACIONADOS À AULA CF/88 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 55 120 XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; 56 120 XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; Art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. CLT Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. CLT, art. 8º, § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. CLT, art. 8º, § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. 57 120 Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados Art. 459 - O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a 1 (um) mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo. Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. CLT, art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediantea sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. CLT, art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho. § 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho. CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: VI – regulamento empresarial; Legislação específica Lei 8.036/90, art. 14. Fica ressalvado o direito adquirido dos trabalhadores que, à data da promulgação da Constituição Federal de 1988, já tinham o direito à estabilidade no emprego nos termos do Capítulo V do Título IV da CLT. (...) 58 120 § 4º Os trabalhadores poderão a qualquer momento optar pelo FGTS com efeito retroativo a 1º de janeiro de 1967 ou à data de sua admissão, quando posterior àquela. TST SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999) SUM-199 BANCÁRIO. PRÉ-CONTRATAÇÃO DE HORAS EXTRAS I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré- contratação, se pactuadas após a admissão do bancário. SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. SUM-248 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DIREITO ADQUIRIDO A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. SUM-276 AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego. 59 120 1 QUESTÕES COMENTADAS - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 A obrigação de pagamento de horas extras a todos os empregados que não possam ser qualificados como ocupantes de cargos de gestão ou exercentes de atividades externas, nos termos do artigo 62 da CLT, é um exemplo da aplicação do princípio da a) norma de hierarquia b) primazia da realidade c) irrenunciabilidade de direitos d) prevalência da norma mais benéfica e) continuidade da relação de emprego Comentários: Há alguns trabalhadores que não fazem jus ao pagamento da jornada extraordinária, conforme mencionado art. 62 da CLT: Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou tarefa. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). 60 120 2 A par desta exceção, uma vez prestado o trabalho extraordinário e não sendo hipótese de compensação de jornada, o empregador tem o dever legal de remunerar tal trabalho na forma de uma hora extra, sendo que o empregado não pode renunciar a este direito. Apesar das críticas à redação deste item, é possível depreender que o intuito do examinador era questionar sobre qual princípio do Direito do Trabalho que obriga os empregadores a remunerarem seus empregados segundo dispõe o ordenamento legal, ressalvadas as exceções já explicitadas. Isso posto, dentre as alternativas, o princípio que mais se adequa é da irrenunciabilidade de direitos, visto que é de seu conteúdo que decorre a obrigação dos empregadores em cumprirem os direitos trabalhistas e, por sua vez, a impossibilidade dos empregados de renunciarem certos direitos próprios. A Letra (c) está correta. Gabarito (C) 2. CESGRANRIO/PETROBRÁS - PPNS - Direito - 2018 No exame de acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho balizará sua atuação pelo princípio da intervenção na autonomia da vontade coletiva a) efetiva b) positiva c) contributiva d) mínima e) protetiva Comentários: Inserido pela Reforma Trabalhista, o § 3º, do art. 8º, da CLT, prevê expressamente o princípio da intervenção mínima na autonomia coletiva: Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. Logo, a Letra (d) está correta. Gabarito (D) 61 120 ==8f5== 3 3. CESGRANRIO/TRANSPETRO - PTNS - Advocacia - 2018 De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho NÃO poderão a) analisar a essencialidade do negócio jurídico convencional. b) aplicar direitos previstos constitucionalmente. c) criar obrigações que não estejam previstas em lei. d) estabelecer intervenção mínima no acordo coletivo. e) interpretar benefícios constantes em Convenções Coletivas. Comentários: A Letra (a) está incorreta. Conforme prevê o art. 8º, § 3º da CLT, o TST e os TRTs não estão impedidos de analisar a essencialidade do negócio jurídico convencional, embora estejam limitados aos aspectos formais do negócio jurídico: CLT, art. 8º, § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Leino 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. A Letra (b) está incorreta. É evidente que a Justiça do Trabalho não está impedida de aplicar os direitos previstos constitucionalmente, visto a supremacia formal e material da Constituição sobre o ordenamento jurídico. A Letra (c) está correta. Criar obrigações que não estejam previstas em lei é expressamente vedado pelo art. 8º, § 2º da CLT, inserido pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que assim dispõe: CLT, art. 8º, § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. A Letra (d) está incorreta, pois a intervenção mínima no acordo coletivo da Justiça do Trabalho é estimulada pelo já mencionado § 3º do art. 8º da CLT, em sua parte final. Por fim, a Letra (e) está incorreta Novamente, a Justiça do Trabalho não é incapacitada de interpretar os benefícios constantes em convenções coletivas, sendo vedado somente que adentre no mérito das negociações coletivas, sob pena de exacerbar o ativismo judicial. Gabarito (C) 62 120 QUESTÕES COMENTADAS Princípios do Direito do Trabalho 1. CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa O princípio que veda o impedimento ou a restrição à livre disposição do salário pelo empregado e tem como noção a natureza alimentar do salário corresponde ao princípio da A irrenunciabilidade. B primazia da realidade. C intangibilidade salarial. D inalterabilidade contratual lesiva. E continuidade. Comentários: A alternativa (C) está correta, visto que o princípio da intangibilidade salarial impede que o empregador estabeleça restrições ao que o empregado fará com seu salário, até mesmo considerando a natureza alimentar do salário. A alternativa (A) está incorreta. O princípio da irrenunciabilidade não se relaciona com o enunciado da questão, visto que seu conteúdo indica pela impossibilidade de o empregado renunciar os seus direitos trabalhistas, tais como o direito de gozar de seu período de férias. A alternativa (B) está incorreta. Por meio do princípio da primazia da realidade, busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. A alternativa (D) está incorreta. O princípio da inalterabilidade contratual lesiva veda alterações do contrato de trabalho que causem prejuízos ao trabalhador, mesmo que após seu consentimento, como regra geral. 63 120 Por fim, a alternativa (E) está incorreta, vez que o princípio da continuidade não se relaciona com o enunciado e não configura elemento fático-jurídico da relação de emprego. Gabarito (C) 2. FCC/PGE-TO – Procurador - 2018 Os princípios exercem um papel constitutivo da ordem jurídica, cuja interpretação leva em consideração os valores que os compõem. Nesse sentido, o entendimento jurisprudencial adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho de que o encargo de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregador está embasado no princípio (A) da primazia da realidade. (B) da irrenunciabilidade. (C) da continuidade da relação de emprego. (D) da boa-fé contratual subjetiva. (E) protetor. Comentários: O princípio da continuidade da relação de emprego valoriza a permanência do empregado no mesmo vínculo empregatício, dadas as vantagens que isso representa ao obreiro. Assim, o entendimento jurisprudencial mencionado relaciona-se com tal princípio, consoante se observa expressamente da SUM-212 do TST: SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Gabarito (C) 3. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional - 2017 Sobre os princípios norteadores do Direito do Trabalho, considere: I. O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade autoriza a descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços, instrumentalizada em documento escrito, 64 120 desde que, no cumprimento do contrato, despontem, objetivamente, todos os elementos fático- jurídicos da relação de emprego. II. O princípio da intangibilidade salarial deve ser analisado de forma absoluta, admitindo-se exceção única quando se verificar a anuência expressa do trabalhador, por escrito, em razão da efetiva possibilidade de manutenção de seu emprego. III. O princípio da continuidade do qual o contrato de trabalho constitui presunção favorável ao empregador em razão da segurança jurídica contratual, razão pela o ônus da prova, quanto ao término do contrato de trabalho, é do trabalhador, nas hipóteses em que são negadas a prestação dos serviços e o despedimento. IV. Em consonância com o princípio da intangibilidade contratual objetiva, a mudança subjetiva perpetrada no sujeito empregador não se configura apta a produzir mudança no corpo do contrato, em seus direitos e obrigações. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e III. (C) I, III e IV. (D) I e IV. (E) II, III e IV. Comentários: A assertiva I, correta, porquanto a desconsideração de pretensa relação civil de prestação de serviços passando-se a reconhecer a verdadeira natureza do vínculo como empregatício é uma das consequências do princípio da primazia da realidade. A assertiva II, incorreta, já que a anuência do trabalhador, em geral, não é suficiente para autorizar que se disponha a respeito do salário. Trata-se de direito trabalhista irrenunciável. Para a redução salarial, por exemplo, a CF/88 exige a intervenção obrigatório do sindicato profissional, por meio de ACT/CCT. A assertiva III, incorreta, uma vez que o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado (não ao empregador), a exemplo do que menciona a SUM- 212 do TST: SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA 65 120 O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. A assertiva IV, correta, uma vez que o princípio da intangibilidade contratual objetiva, umbilicalmente ligado ao princípio da inalterabilidade contratual lesiva, resguarda o contrato de trabalho contra alterações na propriedade da empresa (alteração subjetiva). Nesse sentido, e nos termos dos artigos 10 e 448 da CLT, podemos dizer que a mudança perpetrada no sujeito empregador não é capaz de produzir mudança no corpo do contrato, em seus direitos e obrigações. Gabarito (D) 4. CESPE/TRT-7 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 Reclamatória foi ajuizada para pleitear o pagamento de adicional de horas extras. Na análise dos documentos instrutórios, notou-se que, no período em que se baseou o pedido, existia convenção coletiva da categoria fixando o referido adicional em 52% sobre a hora normal, contrato de trabalho entre as partes indicando adicional de 60% sobre a hora normal e regulamento da empresa determinando adicional de 65% sobre a hora normal. Considerando-se que a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê que o referido adicional deve ser pago no patamar mínimo de 50% sobre a hora normal, à luz da hierarquia das fontes de direitos na seara trabalhista, caso o pedido seja deferido, deve ser aplicado o adicional previsto A) no contrato de trabalho. B) na CF. C) na convenção coletiva da categoria. D) no regulamento da empresa. Comentários: Trata-se da incidência do princípio da norma mais favorável, aplicado no âmbito trabalhista, em detrimentoda hierarquia tradicional das fontes de direito. Portanto, será aplicado o regulamento da empresa (por ser mais favorável ao empregado), do que o próprio texto constitucional. Gabarito (D) 5. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 O advogado Hércules pretende fundamentar uma tese na petição inicial de reclamatória trabalhista utilizando o ditame segundo o qual, ainda que haja mudanças vertiginosas no aspecto 66 120 de propriedade ou de alteração da estrutura jurídica da empresa, não pode haver afetação quanto ao contrato de trabalho já estabelecido. Tal valor está previsto no princípio de Direito do Trabalho denominado (A) razoabilidade. (B) disponibilidade subjetiva. (C) responsabilidade solidária do empregador. (D) asserção empresarial negativa. (E) continuidade da relação de emprego. Comentários: Como estudamos, a sucessão de empregadores, prevista no art. 448 da CLT, se relaciona ao princípio da continuidade da relação de emprego. Vejam que a sucessão diz, grosso modo, que os contratos de trabalho continuam vigentes mesmo que haja mudança na propriedade na empresa, o que certamente privilegia a continuidade do vínculo de emprego. Gabarito (E) 6. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) A aplicação do in dubio pro operário decorre do princípio da proteção. (B) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar expressamente as normas jurídicas. (C) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado documentalmente nos autos processuais. (D) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre as partes. (E) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho. Comentários: A alternativa (A) está correta, já que o princípio da Proteção realmente se subdivide em três: princípios da norma mais favorável, da condição mais benéfica e in dubio pro operário. A alternativa (B), incorreta, confundiu o conceito de fontes formais com fontes materiais. 67 120 A alternativa (C) está incorreta, já que o Princípio da primazia da realidade, também chamado de princípio do contrato realidade, diz justamente o contrário: busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. A alternativa (D) também está incorreta, visto que o Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas (também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas) é uma limitação à autonomia das partes no direito do trabalho. Ou seja, em regra, as partes não podem dispor livremente a respeito, ainda que acordado expressamente. Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas. A letra (E), por fim, também está incorreta. O Princípio da razoabilidade, de fato, não é específico do Direito do Trabalho, mas vem do Direito Comum. Segundo Plá Rodriguez1, no Direito do Trabalho, o princípio da razoabilidade aplica-se de duas formas: a) para medir a verossimilhança de determinada explicação ou solução dada em certas situações; b) como obstáculo, como limite, como freio de certas faculdades do empregador, evitando possíveis arbitrariedades. Gabarito (A) 7. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se assim preferir. (B) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho. (C) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto, a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 1988 (CF). 1 RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3. ed. atual. São Paulo: LTr, 2000, p. 393-403 68 120 (D) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder Executivo. (E) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho, ainda que subsidiariamente. Comentários: Parte majoritária da doutrina enquadra os usos e costumes como fonte do direito do trabalho, com fundamento no artigo 8º da CLT, pelo que a alternativa (B) está correta. Pelo mesmo art. 8º da CLT, concluímos que a alternativa (E) está incorreta: CLT, art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. A alternativa (A) está incorreta. De fato, como regra geral, o empregado não pode renunciar seus direitos trabalhistas, inclusive as férias. Caso se permitisse o contrário, o trabalhador poderia abrir mão de direitos para conquistar ou manter seu emprego. Entretanto, esta conclusão não decorre do princípio da boa-fé, mas sim do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas (também chamado de princípio da imperatividade das normas trabalhistas). A alternativa (C) está incorreta. A segunda parte da afirmativa (“a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 1988”) está correta, já que é uma consequência direta do princípio da norma mais favorável. O erro, neste caso, foi relacionar esta afirmação com o princípio da especificidade (“por conter regras específicas”). Em outras palavras, a CLT pode se sobrepor à CF, em determinados casos (embora hierarquicamente inferior), mas isto se dá por ser a norma mais favorável nessas situações, não por ser mais específica. A alternativa (D) está incorreta. Tanto as sentenças normativas quanto os atos normativos do Poder Executivo (como, por exemplo, os Decretos) são fontes formais heterônomas. Gabarito (B) 8. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 69 120 O Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim, o postulado informando que na matéria trabalhista importa mais o que ocorre na prática do que o que está inserido em documentos é conhecido como princípio da (A) intangibilidade contratual. (B) primazia da realidade. (C) continuidade da relação de emprego. (D) integralidade salarial. (E) flexibilização. Comentários: Por meio do princípio da primazia da realidade busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio (veremos que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser reconhecida. Outro exemplo: determinada empresa contrata um “prestador de serviços” que, na realidade, é um autêntico empregado, pois na relação existem todos os elementos que configuram a relação de emprego: neste caso, por aplicação do princípio em estudo, será desconstituída a relação contratual de direito civil e reconhecida a relação de emprego. O Princípio da primazia da realidade também é chamado de princípio do contrato realidade. Gabarito (B) 9. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 A doutrina clássica conceitua os princípios como sendo “proposições que se colocam na base deuma ciência, informando-a”. Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que o Direito Individual do Trabalho adota como regra o princípio da (A) norma mais favorável ao trabalhador. (B) imperatividade das normas trabalhistas. (C) intangibilidade salarial. (D) disponibilidade dos direitos trabalhistas. (E) continuidade da relação de emprego. 70 120 Comentários: No Direito do Trabalho existe o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas. Este princípio, também chamado por alguns doutrinadores de princípio da imperatividade das normas trabalhistas, é uma limitação à autonomia das partes no direito do trabalho. No direito civil as partes têm autonomia para negociar cláusulas contratuais, o que, no direito do trabalho, poderia vir a fazer com que o trabalhador abrisse mão de direitos para conquistar ou manter seu emprego. Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas. O princípio em estudo está relacionado à impossibilidade, em regra, da renúncia no Direito do Trabalho (ato pelo qual o empregado, por simples vontade, abriria mão de direitos que lhe são assegurados pela legislação). Dessa forma, temos que nosso gabarito é a letra (D). As demais alternativas elencam princípios intrinsecamente relacionados ao Direito do Trabalho. Gabarito (D) 10. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprova a, em detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material. Tal assertiva, no Direito do Trabalho, refere-se ao princípio da (A) irrenunciabilidade. (B) intangibilidade salarial. (C) continuidade. (D) primazia da realidade. (E) proteção. Comentários: Por meio do princípio da primazia da realidade busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. Gabarito (D) 71 120 ==8f5== 11. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 O princípio que faz prevalecer a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais, é, especificamente, o princípio (A) da condição mais benéfica. (B) da imperatividade das normas trabalhistas. (C) da primazia da realidade sobre a forma. (D) da continuidade da relação de emprego. (E) do in dubio pro operatio. Comentários: Em regra, as normas trabalhistas são impositivas, não podendo ser afastadas por acordo entre as partes (empregador e empregado). Este princípio, também chamado de princípio da indisponibilidade das normas trabalhistas, é uma limitação à autonomia das partes no direito do trabalho. Assim, nosso gabarito é a letra (B). Como aprendemos na parte teórica da aula, no direito civil as partes têm soberania para negociar cláusulas contratuais, o que, no direito do trabalho, poderia vir a fazer com que o trabalhador abrisse mão de direitos para conquistar ou manter seu emprego. Assim, tendo em vista o já comentado desequilíbrio entre capital e trabalho, no âmbito trabalhista as partes não podem negociar livremente cláusulas trabalhistas. As demais alternativas da questão apresentam princípios do Direito do Trabalho, mas nenhum deles diz respeito a restrição de autonomia da vontade, conforme solicitado no enunciado. Gabarito (B) 12. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 O princípio da norma mais favorável ao trabalhador não deve ser entendido como absoluto, não sendo aplicado, por exemplo, quando existirem leis de ordem pública a respeito da matéria. Comentários: O princípio da norma mais favorável, assim como qualquer outro princípio, não deve ser aplicado de modo absoluto. 72 120 A aplicabilidade de determinada norma deve seguir os princípios trabalhistas, mas também respeitar a hermenêutica jurídica, o caráter lógico-sistemático do direito e leis de ordem pública, como sugeriu a questão. Gabarito: correta 13. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 No direito do trabalho, aplica-se o princípio da primazia da realidade, que concede aos fatos um valor maior que aos documentos. Comentários: Por meio do princípio da primazia da realidade busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. Assim, nos casos em que haja, por exemplo, típica relação de emprego mascarada por contrato de estágio (veremos que estagiário não é empregado), por aplicação deste princípio a relação empregatícia deverá ser reconhecida. Gabarito: correta 14. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Dentre os mais importantes princípios especiais do Direito Individual do Trabalho indicados pela doutrina, incluem-se o princípio da proteção, o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e o princípio da norma mais favorável. Comentários: A alternativa está correta. De fato, ela enumerou 3 princípios importantes da esfera trabalhista, sobre os quais comentamos na exposição teórica. Gabarito: correta 15. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 O princípio da primazia da realidade sobre a forma autoriza a descaracterização de um contrato de prestação civil de serviços, desde que despontem, ao longo de sua execução, todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego. Comentários: 73 120 Por meio deste princípio busca-se, no direito do trabalho, priorizar a realidade em detrimento da forma. No exemplo da alternativa podemos visualizar uma pessoa que é o típico empregado, laborando com pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade (são os elementos fático- jurídicos da relação de emprego, que estudaremos em outra aula), mas que tem um contrato de prestador de serviços com a empresa – seria uma relação de emprego mascarada por um contrato civil. Nestes casos, por aplicação do princípio da primazia da realidade sobre a forma, o contrato de direito civil seria desconstituído e a relação de emprego seria configurada. Gabarito: correta 16. MPT – 13° Concurso para Procurador do Trabalho - 2007 O princípio da continuidade da relação de emprego confere suporte teórico ao instituto da sucessão de empregadores. Comentários: A sucessão de empregadores está relacionada ao princípio da continuidade da relação de emprego. Conforme a CLT, os contratos de trabalho continuam vigentes mesmo que haja mudança na propriedade na empresa (sucessão de empregadores): CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Gabarito: correta 74 120 QUESTÕES COMENTADAS Fontes do Direito do Trabalho 1. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho - 2017 Analise as assertivas abaixo expostas: I - As Convenções da Organização Internacional do Trabalho ratificadas pelo Brasil são fontes formais heterônomas do Direito do Trabalho. Mesmo quando não ratificadas internamente, podem se enquadrar como fontes materiais do Direito do Trabalho. II - O critério hierárquico de normas jurídicas no Direito do Trabalho brasileiro é informado, de maneira geral, pelo princípio da norma mais favorável, harmonizado pela teoria do conglobamento. III - Na qualidade de fonte normativa autônoma do Direito do Trabalho, a sentença normativa somente pode ser prolatada, pelos Tribunais do Trabalho, em processos de dissídio coletivo de natureza econômica em que tenha havido comum acordo entre as partes relativamente ao ajuizamento da respectiva ação coletiva. IV - A doutrina jurídica e a equidade, por força da especificidade do Direito do Trabalho, consubstanciam fonte formal desse campo jurídico, submetendo-se, naturalmente, ao princípio justrabalhista da norma mais favorável. Assinale a alternativaCORRETA: (A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. (B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. (C) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. (D) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (E) Não respondida. Comentários: O item I, correto, tendo em vista que as convenções ratificadas passam a integrar o ordenamento jurídico. Já as não ratificadas, embora não sejam fontes formais, podem ser consideradas fontes materiais do Direito do Trabalho. O item II, correto, tendo em vista que o princípio da norma mais favorável tempera, no âmbito do Direito do Trabalho, o critério hierárquico tradicional. A proposição III está incorreta, já que sentença normativa é fonte formal heterônoma. 75 120 O item IV está incorreto, já que nem a doutrina nem a equidade constituem fontes formais do Direito do Trabalho. A equidade, todavia, é considerada fonte supletiva, com base no art. 8º da CLT: CLT, art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Gabarito (A) 2. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho – 2017 (adaptada) O poder regulamentar do empregador privado consiste na prerrogativa de ele instituir preceitos e diretrizes no âmbito da empresa e do estabelecimento, que se aplicam a seus empregados. Tais preceitos e diretrizes regulamentares internos se enquadram, para o Direito do Trabalho, como espécie de norma jurídica. Comentários: O tema é controverso, mas o examinador considerou a alternativa incorreta, adotando a corrente doutrinária majoritária segundo a qual o regulamento empresarial não é fonte formal, visto que, apesar de possuir generalidade, abstração e impessoalidade, é elaborado pela empresa, de forma unilateral. Gabarito: errada 3. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011 Maria, estudante de direito, está discutindo com o seu colega de classe, Denis, a respeito das Fontes do Direito do Trabalho. Para sanar a discussão, indagaram ao professor da turma sobre as fontes autônomas e heterônomas. O professor respondeu que as Convenções Coletivas de Trabalho, as Sentenças Normativas e os Acordos Coletivos são fontes (A) autônomas. (B) heterônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente (C) autônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente. (D) autônomas, heterônomas e autônomas, respectivamente. (E) heterônomas. Comentários: Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho são elaborados pelos próprios destinatários das normas, sendo, portanto, fontes autônomas. Já as sentenças normativas têm origem no Poder Judiciário, sendo exemplos de normas heterônomas. 76 120 Relembrando o esquema anterior: Fontes do Direito do Trabalho Fontes formais Fontes materiais Fontes Heterônomas Fontes Autônomas Movimento sindical Movimento político dos operários Constituição Leis Decretos Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) Gabarito (D) 77 120 LISTA DE QUESTÕES Fontes do Direito do Trabalho 1. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho - 2017 Analise as assertivas abaixo expostas: I - As Convenções da Organização Internacional do Trabalho ratificadas pelo Brasil são fontes formais heterônomas do Direito do Trabalho. Mesmo quando não ratificadas internamente, podem se enquadrar como fontes materiais do Direito do Trabalho. II - O critério hierárquico de normas jurídicas no Direito do Trabalho brasileiro é informado, de maneira geral, pelo princípio da norma mais favorável, harmonizado pela teoria do conglobamento. III - Na qualidade de fonte normativa autônoma do Direito do Trabalho, a sentença normativa somente pode ser prolatada, pelos Tribunais do Trabalho, em processos de dissídio coletivo de natureza econômica em que tenha havido comum acordo entre as partes relativamente ao ajuizamento da respectiva ação coletiva. IV - A doutrina jurídica e a equidade, por força da especificidade do Direito do Trabalho, consubstanciam fonte formal desse campo jurídico, submetendo-se, naturalmente, ao princípio justrabalhista da norma mais favorável. Assinale a alternativa CORRETA: (A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. (B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. (C) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. (D) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (E) Não respondida. 2. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho – 2017 (adaptada) O poder regulamentar do empregador privado consiste na prerrogativa de ele instituir preceitos e diretrizes no âmbito da empresa e do estabelecimento, que se aplicam a seus empregados. Tais preceitos e diretrizes regulamentares internos se enquadram, para o Direito do Trabalho, como espécie de norma jurídica. 3. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011 Maria, estudante de direito, está discutindo com o seu colega de classe, Denis, a respeito das Fontes do Direito do Trabalho. Para sanar a discussão, indagaram ao professor da turma sobre as fontes autônomas e heterônomas. O professor respondeu que as Convenções Coletivas de Trabalho, as Sentenças Normativas e os Acordos Coletivos são fontes (A) autônomas. (B) heterônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente (C) autônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente. (D) autônomas, heterônomas e autônomas, respectivamente. (E) heterônomas. 78 120 ==8f5== GABARITO 1. A 2. E 3. D 79 120 QUESTÕES COMENTADAS Direitos Constitucionais dos Trabalhadores 1. CESPE/PGM-Fortaleza – Procurador – 2017 Segundo o STF, o exercício do direito constitucional dos trabalhadores urbanos e rurais que trata da remuneração por serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50% depende de regulamentação específica. Comentários: O STF tem confirmando o entendimento doutrinário de que o direito previsto no inciso XVI do art. 7º da CF independe de regulamentação infraconstitucional (AI 642.528 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 25-9-2012, 1ª T, DJE de 15-10-2012): 1. O art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, que cuida do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em norma autoaplicável. Gabarito: errada 2. CESPE/PGE-AM – Procurador - 2016 Embora a CF garanta aos empregados o adicional de remuneração para atividades penosas, não há norma infraconstitucional que regulamente o respectivo adicional. Tal norma constitucional classifica-se como norma de eficácia limitada, cuja aplicação depende de regulamentação. Comentários: Primeiramente, vejam o inciso abaixo: CF/88, art. 7º, XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Como o adicional de penosidade depende de regulamentação infraconstitucional, trata-se de norma de eficácia limitada, como estudamos em Direito Constitucional. 80 120 Em outras palavras, por ausência de norma infraconstitucional, o adicional de penosidade não possui aplicação prática. Gabarito: correta 3. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho - 2016 Em relação exclusivamente à Constituição Federal, no que diz respeito aos direitos dos empregados, considere: I. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. II. proteção do mercado de trabalho da mulher. III. adicional para exercício de atividades penosas. IV. assistênciagratuita aos dependentes de até 5 anos de idade em creche e pré-escola. Não tem aplicação imediata o que consta APENAS em (A) I, II e IV. (B) III e IV. (C) IV. (D) II e III. (E) III. Comentários: Antes de mais nada, notem que o enunciado da questão fala exclusivamente em relação à Constituição Federal. A proposição I traz a regra da jornada para TIR prevista na Constituição Federal (CF, art. 7º, inciso XIV), a qual independe de regulamentação infraconstitucional para ter aplicação: CF, art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; A proposição II traz o inciso XX do art. 7º da CF: CF, art. 7º, XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; A proposição III traz o teor do inciso XXIII do mesmo art. 7º, o qual prevê adicionais de insalubridade, periculosidade e penosidade: CF, art. 7º, XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 81 120 Veja que a própria Constituição remeteu a uma lei, na qual estariam definidos percentuais, base de cálculo e atividades consideradas penosas. Portanto, trata-se de dispositivo sem aplicação imediata. Vale ressaltar, ainda, que a lei para regulamentar atividades penosas ainda não existe. A proposição IV refere-se ao inciso XXV do art. 7º, o qual possui aplicação imediata: CF, art. 7º, XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; Gabarito (D) 4. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Com base no disposto na CF, assinale a opção correta em relação aos direitos trabalhistas. (A) Admite-se o trabalho formal de menores de dezesseis anos de idade na condição de aprendiz. (B) Depende de previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno. (C) É assegurado ao empregado o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos. (D) O período do aviso prévio é sempre de trinta dias, cessando-se no dia do comparecimento do empregado ao seu respectivo sindicato. (E) O trabalhador rural não pode ser beneficiário do seguro-desemprego. Comentários: A alternativa (A) está correta, conforme inciso XXXIII do art. 7º: CF, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; A alternativa (B) está incorreta, já que tal previsão decorre diretamente da CF (art. 7º, IX) e da CLT, independendo de previsão em norma coletiva. A alternativa (C) está incorreta, já que o repouso semanal remunerado é apenas “preferencialmente” aos domingos (art. 7º, XV). A alternativa (D) está incorreta, já que 30 dias é o mínimo do aviso prévio, conforme previsão constitucional (CF, art. 7º, XXI). A alternativa (E) está incorreta, já que o trabalhador rural também tem direito ao seguro desemprego conforme previsão constitucional (art. 7º, II). 82 120 Gabarito (A) 5. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Assinale a opção correta de acordo com a CF. (A) O seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador rural somente será devido ao empregado nos casos em que o empregador estiver obrigado ao pagamento de indenização por ter incorrido em dolo ou culpa. (B) Por meio de negociação coletiva pode-se alterar a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. (C) É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos de idade e de qualquer trabalho a menores de dezessete anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir de dezesseis anos de idade. (D) Em virtude da complexidade, o trabalho intelectual necessariamente possui maior valor que o manual. (E) Conforme norma expressa na CF, os direitos dos trabalhadores com vínculo empregatício permanente e os dos trabalhadores avulsos são diferentes em virtude da situação peculiar de cada um. Comentários: A resposta pode ser encontrada no art. 7º, XIV, da CF. Nos turnos ininterruptos, a jornada é, como regra, de 06 horas. Entretanto, por meio de negociação coletiva, é possível se ampliar o limite para 08 horas diárias. Assim, a letra (B) está correta. A demais alternativas estão em claro desacordo com os seguintes incisos do art. 7º da CF: CF, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Gabarito (B) 83 120 6. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho - 2015 A partir da promulgação da Emenda Constitucional n. 72 o trabalhador doméstico obteve, independente de regulamentação, a equiparação aos trabalhadores urbanos e rurais quanto aos seguintes direitos: a) Seguro contra acidente de trabalho. b) Seguro desemprego e adicional noturno. c) Piso salarial e salário-família. d) Horas extras e proteção do salário contra sua retenção dolosa. e) Não respondida. Comentários: Vejam que a questão fala que o direito foi assegurado “independentemente de regulamentação”, ou seja, direito de aplicação imediata, que começou a valer mesmo antes da LC 150, de junho de 2015. A alternativa (A), incorreta, já que o SAT - Seguro contra Acidente de Trabalho –, previsto no art. 7º, XXVIII, da CF, dependia da regulamentação da LC 150 para começar a produzir efeitos. A alternativa (B), incorreta, já que ambos, seguro-desemprego (CF, art. 7º, II) e adicional noturno (inciso IX), dependiam de regulamentação para ter efeitos. A alternativa (C), incorreta, já que o piso salarial (CF, art. 7º, V) não foi estendido constitucionalmente aos domésticos. Além disso, o salário-família (inciso XII) só ganhou eficácia com a regulamentação na LC 150/2015, que alterou o art. 65 da Lei 8.213/1991. A alternativa (D), incorreta, já que ambos os direitos, horas extras (CF, art. 7º, inciso XVI) e proteção contra retenção dolosa (inciso X), foram estendidos pela EC 72 e não dependiam de regulamentação (aplicabilidade imediata). Gabarito (D) 7. CESPE/DPU – Defensor Público - 2015 Caso uma empregada doméstica na função de babá cuide de um recém-nascido todas as noites da semana e pretenda requerer judicialmente valor referente à remuneração do serviço extraordinário e ao adicional noturno, tal pretensão será legalmente correta, pois, segundo a CF, referidos direitos não dependem de regulamentação legal. Comentários: 84 120 A questão abordou as inovações trazidas por meio da EC 72/2013, a qual modificou os direitos constitucionais dos trabalhadores domésticos. Entretanto, a questão data de antes da publicação da LC 150/2015, que regulamentou diversos direitos trazidos com a Emenda Constitucional. Nesse sentido, deve-se ressaltar que é direito de aplicabilidade imediata a Remuneração do trabalho extraordinário ≥ 50% da hora normal (CF, art. 7º, inciso XVI). Ou seja, o recebimento de horas extras por parte dos trabalhadores domésticos independe de regulamentação e poderia ser exigido desde a época deste concurso (antes da LC 150/2015). A remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (CF, art. 7º, inciso IX), por sua vez, também foi estendida aos trabalhadores, todavia é norma constitucional de eficácia limitada (já que dependiade regulamentação para ter eficácia – em que pese atualmente já ter sido regulada na LC 150). Portanto, o erro na questão foi afirmar que a pretensão referente ao adicional noturno não depende de regulamentação legal (já que é norma constitucional de eficácia limitada). Gabarito: errada 8. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2013 A celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho constitui direito dos trabalhadores da iniciativa privada que não se estende aos servidores públicos, por exigir a presença de partes formalmente detentoras de autonomia negocial, característica não vislumbrada nas relações estatutárias. Comentários: Esta é mais uma questão que se situa na interseção entre Direito Administrativo e do Trabalho, mas que não deixaremos de comentar por interessar a todos os futuros servidores. O direito ao reconhecimento das convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho (inciso XXVI do art. 7º da CF) não foi estendido aos servidores públicos. Gabarito: correta 9. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho - 2013 A redução dos riscos inerentes ao trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais, sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta Magna, por meio de políticas públicas específicas. Comentários: Na CF/88 não há previsão expressa das mencionadas “políticas públicas específicas”: 85 120 CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; Gabarito: errada 10. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho - 2013 De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma infraconstitucional. Comentários: O item encontra respaldo no inciso XXIII do art. 7 º da CF/88: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; Por ausência de norma infraconstitucional, inclusive, o adicional de penosidade não possui aplicação prática. Gabarito: correta 11. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2013 No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização ao empregado. Comentários: A indenização pelo acidente a cargo do empregador, conforme previsto na CF/88, dar-se-á quando este incorrer em dolo ou culpa: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 86 120 (...) XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Gabarito: correta 12. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) Em relação aos direitos constitucionais dos trabalhadores, assinale a opção correta. (A) O constituinte federal assegurou aos empregados domésticos, independentemente de condições estabelecidas em lei, que a remuneração do trabalho noturno seja superior à do diurno. (B) A remuneração do serviço extraordinário deverá ser cinquenta por cento superior à do normal, podendo norma coletiva estabelecer percentual maior que o previsto constitucionalmente. (C) Segundo a CF, a relação de emprego é protegida contra a despedida sem justa causa, que ocorre quando o empregado pratica um ato faltoso que acarreta o rompimento do pacto de emprego. (D) O seguro-desemprego, direito trabalhista previsto na CF, tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, não se aplicando à despedida indireta. Comentários: Alternativa A (incorreta): a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (inciso IX), para os trabalhadores domésticos, depende de regulamentação de lei. Vejamos novamente o quadro: Direitos assegurados desde que atendidas as condições estabelecidas em lei - Proteção contra despedida arbitrária (inciso I) - Seguro-Desemprego (inciso II) - FGTS1 (inciso III) - Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno (inciso IX) - Salário-família (inciso XII) - Auxílio aos filhos e dependentes em creches e pré-escolas (inciso XXV) - Seguro contra acidentes de trabalho (inciso XXVIII) 1 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. 87 120 Alternativa B (correta): o inciso XVI, do art. 7º, da CF, prevê que a remuneração do serviço extraordinário deve ser superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal. Portanto, uma norma coletiva poderia perfeitamente estabelecer percentual superior a 50% (mas não inferior). Alternativa C (incorreta): a CF realmente protege a relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I). Entretanto, quando há ato faltoso do empregado há justa causa, de modo que a despedida é legítima. Alternativa D (incorreta): Despedida indireta ou rescisão indireta do contrato de trabalho é a situação de justa causa cometida pelo empregador, ou seja, neste caso o empregado é a vítima. Nessa situação, o empregado tem direito a pleitear judicialmente a rescisão do contrato do trabalho, pela falta do empregador, e os efeitos são equivalentes à rescisão por iniciativa do empregador. Portanto, o desemprego resultante dessa situação é involuntário. Nesse sentido, a CF prevê o seguro desemprego no caso de desemprego involuntário (art. 7º, II). Portanto, no caso de rescisão indireta do contrato de trabalho há sim direito ao seguro desemprego ao empregado. Gabarito (B) 13. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Constituição Federal, em seu artigo 7º, elenca uma série de direitos trabalhistas, EXCETO (A) a proteção em face da automação, na forma da lei. (B) o reajuste anual dos salários por índice nunca inferior ao dos rendimentos da caderneta de poupança. (C) a proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. (D) a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. (E) a licença paternidade, nos termos fixados em lei. Comentários: De acordo com a CF, temos o seguinte: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (...) 88 120 XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; (...) XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; (...) XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; (...) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Gabarito (B) 14. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 A Constituição Federal do Brasil relaciona em seu artigo 7º um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, dentre eles (A) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em creches e pré-escolas. (B) seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário. (C) repouso semanal obrigatório aos sábados ou domingos com remuneração dobrada. (D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, exceto para os que percebem remuneração variável. (E) aposentadoriacompulsória aos setenta anos de idade para o homem e sessenta e cinco para a mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Comentários: De acordo com a Carta Magna: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; (...) 89 120 VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; (...) XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; (...) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (...) XXIV - aposentadoria; Gabarito (B) 15. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 Considera-se menor, para os efeitos de proteção ao trabalho do menor previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, o trabalhador de (A) quatorze até dezoito anos. (B) dezesseis até dezoito anos. (C) quatorze até dezesseis anos. (D) doze até dezoito anos. (E) doze até dezesseis anos. Comentários: Antes de completar quatorze anos não há possibilidade de menores exercerem atividades laborais. Quando o menor completa quatorze anos, pode trabalhar apenas na condição de aprendiz. Seguem os dispositivos da CLT e da CF/88 aplicáveis: CLT, art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de quatorze até dezoito anos. CF/88, art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Gabarito (A) 90 120 16. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 A idade mínima para a celebração do contrato de trabalho é de 18 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de idade. Comentários: O trabalho é admitido a partir dos 16 anos, desde que não se trate de atividade noturna, perigosa ou insalubre: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Gabarito: errada 17. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2009 Um empregado com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período noturno, desde que não exista prejuízo para suas atividades escolares. Comentários: O trabalho noturno só é admitido a partir dos 18 anos. Gabarito: errada 18. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 A garantia da remuneração do trabalho noturno superior à do diurno é constitucional. Comentários: Conforme previsto na CF/88: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 91 120 É interessante notar que a CF/88 não estabeleceu o percentual do adicional noturno, mencionando apenas que sua remuneração será maior que a do labor diurno. Gabarito: correta 19. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 O salário-família é um direito assegurado na CF aos trabalhadores, inclusive à categoria dos empregados domésticos. Comentários: Alternativa correta após a EC 72/2013 (mas dada como incorreta à dada da prova, que é anterior à EC 72): CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; Gabarito: correta 20. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 O direito à licença paternidade também é assegurado à categoria dos empregados domésticos. Comentários: O direito à licença paternidade é direito do doméstico, e continuou sendo após a promulgação da EC 72/2013. Gabarito: correta 21. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2009 O adolescente pode trabalhar (A) em qualquer atividade lícita, a partir dos 18 anos de idade. (B) em qualquer atividade lícita, a partir dos 13 anos de idade, desde que autorizado pelo Ministério Público do Trabalho. (C) como aprendiz, desde que autorizado pelos pais, a partir de 13 anos de idade. (D) em atividades insalubres e perigosas, desde que autorizados pelos pais, a partir de 16 anos de idade. 92 120 (E) em quaisquer atividades, desde que autorizado pelos pais, a partir dos 15 anos de idade. Comentários: O gabarito da questão é a alternativa (A), lembrando-se das limitações comentadas anteriormente quanto ao trabalho de menores de 18 anos. Gabarito (A) 22. CESPE/Aracaju - SE – Procurador - 2008 O empregado doméstico distingue-se dos demais empregados em geral porque mantém vínculo de emprego com pessoa física e respectiva família para desempenhar serviços no âmbito da residência destes, possuindo, por conta de comando constitucional, direitos diferenciados ou reduzidos à conta dessa peculiaridade. Comentários: Com a Emenda Constitucional 72/2013 buscou-se igualar os direitos do doméstico aos dos demais trabalhadores. A ementa da referida EC é a seguinte: “Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.” Entretanto, ainda há direitos dos trabalhadores urbanos e rurais não conferidos constitucionalmente aos trabalhadores domésticos. Gabarito: correta 23. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 A Constituição Federal dispõe igualmente sobre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, distinguindo apenas os trabalhadores domésticos. Comentários: A EC 72/2013 alterou a redação do § único do art. 7º da CF/88, cuja redação agora é a seguinte: Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XVIII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. 93 120 Além disso, a ementa da referida EC é a seguinte: “Altera a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.” Apesar disso e de o rol de direitos dos domésticos ter sido ampliado, o que os aproxima dos trabalhadores urbanos e rurais, ainda há um tratamento distinto para os trabalhadores domésticos, de modo que entendemos que, ainda hoje, a questão se manteria correta. Gabarito: correta 24. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2007 A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista indenização compensatória de 40% do valor do saldo fundiário, a título de multa rescisória, enquanto outra base indenizatória não for fixada por lei complementar própria. Comentários: Como disposto na CF/88, CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; A referida lei complementar ainda não existe,e, de fato, a regra atual é indenização de 40% do montante dos depósitos fundiários, como previsto na Lei 8.036/902. Importante atentar para o fato de que a indenização não será devida na demissão com justa causa. Gabarito: correta 25. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 Enquanto não houver lei complementar disciplinando a proteção para a relação de emprego contra despedidas arbitrárias ou injustas, prevalecem as normas contidas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que regula, também, as estabilidades provisórias das gestantes e dos membros de comissão interna de prevenção de acidentes. 2 Lei 8.036/90 [Lei do FGTS], art. 17, § 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. 94 120 Comentários: Conforme previsto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT): ADCT, art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da Constituição: (...) II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa: a) do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas de prevenção de acidentes, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato; b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Gabarito: correta 26. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 O salário mínimo tem caráter nacional e deve ser fixado por lei complementar federal em valor capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. Comentários: A fixação de salário mínimo não demanda lei complementar: CF/88, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; Gabarito: errada 27. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional e unificado, podendo haver, em cada estado e no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo para a remuneração dos trabalhadores. 95 120 ==8f5== Comentários: De fato, a CF/88 prevê a possibilidade de pisos salariais: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; Gabarito: correta 28. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 O salário pode ser reduzido apenas por convenção coletiva de trabalho, em havendo contrapartida para a melhoria das condições de trabalho. Comentários: A redução pode ocorrer por meio de convenção coletiva de trabalho (CCT) ou acordo coletivo de trabalho (ACT): CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; Outro aspecto a ser destacado é que inexiste previsão de contrapartida para a referida redução, como sugeriu a questão. Gabarito: errada 29. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 Ao dispor sobre a jornada máxima de oito horas diárias de trabalho, a CF não impediu a extrapolação, desde que remunerada com adicional de, no mínimo, 50% do valor da hora normal, ou compensada a jornada suplementar com a redução de horários, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Comentários: De acordo com a Constituição: 96 120 CF/88, art. 7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (...) XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; Gabarito: correta 30. CESPE/Vitória - ES – Procurador Municipal - 2007 A Constituição Federal assegura a todos os trabalhadores urbanos e rurais o direito a férias de, no mínimo, trinta dias. Comentários: A CF/88 não prevê a quantidade de dias de férias a que os empregados terão direito. O que ela assegura é a remuneração com um terço a mais do que o salário normal: CF/88, art. 7º, XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Além disso, é de se ressaltar que faltas injustificadas também reduzem o período de férias do empregado faltoso. Gabarito: errada 31. CESPE/Vitória - ES – Procurador Municipal - 2007 De acordo com a Constituição Federal, a duração normal de trabalho é de oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais. Por acordo com o empregado, esse limite pode ser elevado, caso em que as horas excedentes serão remuneradas de forma simples, sem o adicional de 50%. Comentários: Não se admite alargamento da jornada ordinária máxima estipulada na CF/88 por acordo escrito, muito menos sem o pagamento do adicional. Gabarito: errada 32. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 97 120 O FGTS não se encontra, pela Constituição Federal, como direito devido aos empregados domésticos, podendo, contudo, nos termos de lei específica, ser recolhido por liberalidade dos respectivos empregadores. Comentários: A alternativa foi considerada correta à época da prova, e hoje seria incorreta. Havia a mencionada liberalidade do empregador para incluir o doméstico no regime do FGTS3, mas com a EC 72/2013 passou a ser direito assegurado ao doméstico. Gabarito: errada 33. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal: (A) repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos. (B) adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, na forma da lei. (C) seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário. (D) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. (E) jornada suplementar com adicional mínimo de 25%. Comentários: O repouso semanal deve ser concedido preferencialmente aos domingos; há previsão constitucional de adicional também para atividades penosas; seguro-desemprego não é devido caso o empregado peça demissão; e o adicional de jornada extraordinária é de, no mínimo, 50%. O inciso XXII do artigo 7º da CF/88 (redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança) é um dos fundamentos de validade das Normas Regulamentadoras (NR) expedidas pelo Ministério do Trabalho, que objetivam resguardar a segurança e saúde dos trabalhadores regidos pela CLT. Gabarito (D) 34. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 3 Lei 8.036/90, art. 15, § 3º Os trabalhadores domésticos poderão ter acesso ao regime do FGTS, na forma que vier a ser prevista em lei. 98 120 É assegurada a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Comentários: Deacordo com a Constituição, é assegurada: CF/88, art. 7º, XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. O trabalhador avulso é definido pela legislação previdenciária como quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento [da Previdência Social]. É o caso de ensacadores de café, amarradores de embarcações, estivadores, etc. Sendo assim, o trabalhador avulso não é empregado, mas a esta categoria foram estendidos os direitos assegurados ao trabalhador com vínculo empregatício. Gabarito: correta 35. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 A ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, tem prazo prescricional de 2 anos para os trabalhadores rurais e 5 para os urbanos, até o limite de 1 ano após a extinção do contrato de trabalho. Comentários: O limite de 2 anos se aplica após o término de contrato, e o de 5 anos durante a vigência do mesmo. Não há diferenciação entre os prazos do trabalhador urbano e rural. CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; Gabarito: errada Renúncia e Transação 36. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016 99 120 Trata-se de uma hipótese de renúncia INVÁLIDA: (A) Josiel, advogado de larga experiência profissional, é contratado para trabalhar com pessoalidade, subordinação e continuidade no departamento jurídico da empresa Indústrias Pantaneiras S/A, recebendo remuneração mensal fixa, mas se recusa a ser registrado como empregado, afirmando que tem conhecimento suficiente para exercer sua autonomia de vontade, escolhendo o regime jurídico de sua contratação. (B) Augusto, imediatamente após retornar de afastamento médico decorrente de acidente do trabalho sofrido, com a cessação do benefício previdenciário, pede demissão e, perante o sindicato que o representa, assina documento renunciando à estabilidade no emprego de que era detentor. (C) Euzébio, dirigente de sindicato com base territorial em Cuiabá − MT, solicita ao empregador transferência para Palmas − TO. A solicitação da transferência corresponde, nos termos da lei, a uma renúncia tácita à estabilidade do qual era detentor. (D) Na empresa Fortes & Fortes Indústrias Metalúrgicas Ltda. existem dois regulamentos empresariais em vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo, renunciando às regras do sistema do outro. (E) Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário. Comentários: O item (A) trata de renúncia inválida, pois o registro do empregado (com a consequente assinatura da sua CTPS) é absolutamente indisponível, até mesmo em decorrência do art. 444 da CLT. Todas as demais alternativas representam hipóteses válidas de renúncia trabalhista. Gabarito (A) 37. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016 Considere: I. Inobstante o princípio basilar do Direito Individual do Trabalho no tocante à indisponibilidade dos direitos trabalhistas, não há impedimento na supressão de direitos trabalhistas em face do exercício, pelo devedor trabalhista, da arguição da prescrição ou em face do não exercício, pelo credor trabalhista, de prerrogativa legal, como no caso da decadência. II. A renúncia e a transação são exemplos de supressão de direitos trabalhistas, operadas pelos titulares de seus direitos, sendo a renúncia ato unilateral da parte e a transação ato bilateral, pelo qual se acertam direitos e obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões recíprocas. III. Mesmo sendo titular de um direito indisponível, o trabalhador não pode dispor de todos os seus direitos trabalhistas, que estão acobertados pela indisponibilidade absoluta, como é o caso do direito ao registro em CTPS, ao salário mínimo e à incidência das normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador. Está correto o que se afirma em (A) I, II e III. 100 120 (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II, apenas. (E) I, apenas. Comentários: Todas as alternativas estão corretas. Apesar da redação rebuscada, a assertiva I está correta e não exiges profundos conhecimentos. O primeiro desafio é compreender o que está escrito. De fato, via de regra, os direitos trabalhistas são indisponíveis. Entretanto, admite-se a ocorrência de prescrição e de decadência no âmbito do Direito do Trabalho, mesmo sendo institutos em desfavor do empregado. Ou seja, quando uma verba que era devida ao empregado prescreve, por exemplo, o empregador não será mais obrigado a pagá-la, de modo que pode-se dizer que o empregado foi prejudicado, mas que não houve qualquer ofensa aos princípios trabalhistas. Em outras palavras, o enunciado afirma que prescrição e decadência geram supressão de direitos laborais, sem afrontar o princípio da indisponibilidade que caracteriza o Direito Individual do Trabalho. A assertiva II traz as definições de renúncia e transação segundo Godinho4: Renúncia Transação Ato unilateral da parte, através do qual ela se despoja de um direito de que é titular, sem correspondente concessão pela parte beneficiada da renúncia. Ato bilateral (ou plurilateral), pelo qual se acertam direitos e obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões recíprocas (despojamento recíproco), envolvendo questões fáticas ou jurídicas duvidosas (res dubia). A assertiva III está igualmente correta, pois traz direitos que não podem ser renunciados pelo trabalhador (direitos dos quais ele não pode dispor). Gabarito (A) 4 DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 209-210. 101 120 LISTA DE QUESTÕES - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 A obrigação de pagamento de horas extras a todos os empregados que não possam ser qualificados como ocupantes de cargos de gestão ou exercentes de atividades externas, nos termos do artigo 62 da CLT, é um exemplo da aplicação do princípio da a) norma de hierarquia b) primazia da realidade c) irrenunciabilidade de direitos d) prevalência da norma mais benéfica e) continuidade da relação de emprego 2. CESGRANRIO/PETROBRÁS - PPNS - Direito - 2018 No exame de acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho balizará sua atuação pelo princípio da intervenção na autonomia da vontade coletiva a) efetiva b) positiva c) contributiva d) mínima e) protetiva 3. CESGRANRIO/TRANSPETRO - PTNS - Advocacia - 2018 De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho NÃO poderão a) analisar a essencialidade do negócio jurídico convencional. b) aplicar direitos previstos constitucionalmente. c) criar obrigações que não estejam previstas em lei. d) estabelecer intervenção mínima no acordo coletivo. e) interpretar benefícios constantes em Convenções Coletivas. 102 120 GABARITO 1. C 2. D 3. C 103 120 ==8f5== LISTA DE QUESTÕES Princípios do Direito do Trabalho 1. CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa O princípio que veda o impedimento ou a restrição à livre disposição do salário pelo empregado e tem como noção a natureza alimentar do salário corresponde ao princípio da A irrenunciabilidade. B primazia da realidade. C intangibilidade salarial. D inalterabilidadecontratual lesiva. E continuidade. 2. FCC/PGE-TO – Procurador - 2018 Os princípios exercem um papel constitutivo da ordem jurídica, cuja interpretação leva em consideração os valores que os compõem. Nesse sentido, o entendimento jurisprudencial adotado pelo Tribunal Superior do Trabalho de que o encargo de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento é do empregador está embasado no princípio (A) da primazia da realidade. (B) da irrenunciabilidade. (C) da continuidade da relação de emprego. (D) da boa-fé contratual subjetiva. (E) protetor. 3. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional - 2017 Sobre os princípios norteadores do Direito do Trabalho, considere: I. O princípio da primazia da realidade ou do contrato realidade autoriza a descaracterização de uma pactuada relação civil de prestação de serviços, instrumentalizada em documento escrito, desde que, no cumprimento do contrato, despontem, objetivamente, todos os elementos fático- jurídicos da relação de emprego. 104 120 II. O princípio da intangibilidade salarial deve ser analisado de forma absoluta, admitindo-se exceção única quando se verificar a anuência expressa do trabalhador, por escrito, em razão da efetiva possibilidade de manutenção de seu emprego. III. O princípio da continuidade do qual o contrato de trabalho constitui presunção favorável ao empregador em razão da segurança jurídica contratual, razão pela o ônus da prova, quanto ao término do contrato de trabalho, é do trabalhador, nas hipóteses em que são negadas a prestação dos serviços e o despedimento. IV. Em consonância com o princípio da intangibilidade contratual objetiva, a mudança subjetiva perpetrada no sujeito empregador não se configura apta a produzir mudança no corpo do contrato, em seus direitos e obrigações. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e III. (C) I, III e IV. (D) I e IV. (E) II, III e IV. 4. CESPE/TRT-7 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 Reclamatória foi ajuizada para pleitear o pagamento de adicional de horas extras. Na análise dos documentos instrutórios, notou-se que, no período em que se baseou o pedido, existia convenção coletiva da categoria fixando o referido adicional em 52% sobre a hora normal, contrato de trabalho entre as partes indicando adicional de 60% sobre a hora normal e regulamento da empresa determinando adicional de 65% sobre a hora normal. Considerando-se que a Constituição Federal de 1988 (CF) prevê que o referido adicional deve ser pago no patamar mínimo de 50% sobre a hora normal, à luz da hierarquia das fontes de direitos na seara trabalhista, caso o pedido seja deferido, deve ser aplicado o adicional previsto A) no contrato de trabalho. B) na CF. C) na convenção coletiva da categoria. D) no regulamento da empresa. 5. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 O advogado Hércules pretende fundamentar uma tese na petição inicial de reclamatória trabalhista utilizando o ditame segundo o qual, ainda que haja mudanças vertiginosas no aspecto de propriedade ou de alteração da estrutura jurídica da empresa, não pode haver afetação quanto ao contrato de trabalho já estabelecido. Tal valor está previsto no princípio de Direito do Trabalho denominado 105 120 (A) razoabilidade. (B) disponibilidade subjetiva. (C) responsabilidade solidária do empregador. (D) asserção empresarial negativa. (E) continuidade da relação de emprego. 6. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Acerca dos princípios e das fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) A aplicação do in dubio pro operário decorre do princípio da proteção. (B) As fontes formais correspondem aos fatores sociais que levam o legislador a codificar expressamente as normas jurídicas. (C) Dado o princípio da realidade expressa, deve-se reconhecer apenas o que está demonstrado documentalmente nos autos processuais. (D) Em decorrência do princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, o empregador não pode interferir nos direitos dos seus empregados, salvo se expressamente acordado entre as partes. (E) O princípio da razoabilidade não se aplica ao direito do trabalho. 7. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Em relação aos princípios e às fontes do direito do trabalho, assinale a opção correta. (A) Em virtude do princípio da boa-fé, via de regra, o trabalhador pode renunciar a seu direito de férias, se assim preferir. (B) Na falta de disposições legais ou contratuais, a justiça do trabalho ou as autoridades administrativas poderão decidir o caso de acordo com os usos e costumes, que são fontes do direito do trabalho. (C) Por conter regras específicas acerca da maioria dos institutos trabalhistas, na análise de um caso concreto, a Consolidação das Leis do Trabalho pode se sobrepor aos dispositivos constantes da Constituição Federal de 1988 (CF). (D) A sentença normativa é fonte do direito do trabalho, mas não o são os atos normativos do Poder Executivo. (E) Os princípios gerais de direito não são aplicados na interpretação das normas do direito do trabalho, ainda que subsidiariamente. 8. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 O Direito do Trabalho possui princípios próprios que norteiam a sua aplicação. Assim, o postulado informando que na matéria trabalhista importa mais o que ocorre na prática do que o que está inserido em documentos é conhecido como princípio da 106 120 (A) intangibilidade contratual. (B) primazia da realidade. (C) continuidade da relação de emprego. (D) integralidade salarial. (E) flexibilização. 9. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 A doutrina clássica conceitua os princípios como sendo “proposições que se colocam na base de uma ciência, informando-a”. Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que o Direito Individual do Trabalho adota como regra o princípio da (A) norma mais favorável ao trabalhador. (B) imperatividade das normas trabalhistas. (C) intangibilidade salarial. (D) disponibilidade dos direitos trabalhistas. (E) continuidade da relação de emprego. 10. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 O Juiz do Trabalho pode privilegiar a situação de fato que ocorre na prática, devidamente comprova a, em detrimento dos documentos ou do rótulo conferido à relação de direito material. Tal assertiva, no Direito do Trabalho, refere-se ao princípio da (A) irrenunciabilidade. (B) intangibilidade salarial. (C) continuidade. (D) primazia da realidade. (E) proteção. 11. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 O princípio que faz prevalecer a restrição à autonomia da vontade no contrato trabalhista, em contraponto à diretriz civil de soberania das partes no ajuste das condições contratuais, é, especificamente, o princípio (A) da condição mais benéfica. (B) da imperatividade das normas trabalhistas. (C) da primazia da realidade sobre a forma. (D) da continuidade da relação de emprego. (E) do in dubio pro operatio. 107 120 12. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 O princípio da norma mais favorável ao trabalhador não deve ser entendido como absoluto, não sendo aplicado, por exemplo, quando existirem leis de ordem pública a respeito da matéria. 13. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 No direito do trabalho, aplica-se o princípio da primazia da realidade, que concede aos fatos um valor maior que aos documentos. 14. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Dentre os mais importantes princípios especiais do Direito Individual do Trabalho indicados pela doutrina, incluem-se o princípio da proteção, o princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e o princípio da norma mais favorável. 15. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 O princípio da primazia da realidade sobre a formaautoriza a descaracterização de um contrato de prestação civil de serviços, desde que despontem, ao longo de sua execução, todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego. 16. MPT – 13° Concurso para Procurador do Trabalho - 2007 O princípio da continuidade da relação de emprego confere suporte teórico ao instituto da sucessão de empregadores. 108 120 ==8f5== GABARITO 1. C 2. C 3. D 4. D 5. E 6. A 7. B 8. B 9. D 10. D 11. B 12. C 13. C 14. C 15. C 16. C 109 120 LISTA DE QUESTÕES Fontes do Direito do Trabalho 1. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho - 2017 Analise as assertivas abaixo expostas: I - As Convenções da Organização Internacional do Trabalho ratificadas pelo Brasil são fontes formais heterônomas do Direito do Trabalho. Mesmo quando não ratificadas internamente, podem se enquadrar como fontes materiais do Direito do Trabalho. II - O critério hierárquico de normas jurídicas no Direito do Trabalho brasileiro é informado, de maneira geral, pelo princípio da norma mais favorável, harmonizado pela teoria do conglobamento. III - Na qualidade de fonte normativa autônoma do Direito do Trabalho, a sentença normativa somente pode ser prolatada, pelos Tribunais do Trabalho, em processos de dissídio coletivo de natureza econômica em que tenha havido comum acordo entre as partes relativamente ao ajuizamento da respectiva ação coletiva. IV - A doutrina jurídica e a equidade, por força da especificidade do Direito do Trabalho, consubstanciam fonte formal desse campo jurídico, submetendo-se, naturalmente, ao princípio justrabalhista da norma mais favorável. Assinale a alternativa CORRETA: (A) Apenas as assertivas I e II estão corretas. (B) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. (C) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. (D) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. (E) Não respondida. 2. MPT – 20° Concurso para Procurador do Trabalho – 2017 (adaptada) O poder regulamentar do empregador privado consiste na prerrogativa de ele instituir preceitos e diretrizes no âmbito da empresa e do estabelecimento, que se aplicam a seus empregados. Tais preceitos e diretrizes regulamentares internos se enquadram, para o Direito do Trabalho, como espécie de norma jurídica. 3. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011 Maria, estudante de direito, está discutindo com o seu colega de classe, Denis, a respeito das Fontes do Direito do Trabalho. Para sanar a discussão, indagaram ao professor da turma sobre as fontes autônomas e heterônomas. O professor respondeu que as Convenções Coletivas de Trabalho, as Sentenças Normativas e os Acordos Coletivos são fontes (A) autônomas. (B) heterônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente (C) autônomas, autônomas e heterônomas, respectivamente. (D) autônomas, heterônomas e autônomas, respectivamente. (E) heterônomas. 110 120 ==8f5== GABARITO 1. A 2. E 3. D 111 120 LISTA DE QUESTÕES Direitos Constitucionais dos Trabalhadores 1. CESPE/PGM-Fortaleza – Procurador – 2017 Segundo o STF, o exercício do direito constitucional dos trabalhadores urbanos e rurais que trata da remuneração por serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50% depende de regulamentação específica. 2. CESPE/PGE-AM – Procurador - 2016 Embora a CF garanta aos empregados o adicional de remuneração para atividades penosas, não há norma infraconstitucional que regulamente o respectivo adicional. Tal norma constitucional classifica-se como norma de eficácia limitada, cuja aplicação depende de regulamentação. 3. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho - 2016 Em relação exclusivamente à Constituição Federal, no que diz respeito aos direitos dos empregados, considere: I. jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. II. proteção do mercado de trabalho da mulher. III. adicional para exercício de atividades penosas. IV. assistência gratuita aos dependentes de até 5 anos de idade em creche e pré-escola. Não tem aplicação imediata o que consta APENAS em (A) I, II e IV. (B) III e IV. (C) IV. (D) II e III. (E) III. 4. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 Com base no disposto na CF, assinale a opção correta em relação aos direitos trabalhistas. (A) Admite-se o trabalho formal de menores de dezesseis anos de idade na condição de aprendiz. (B) Depende de previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno. (C) É assegurado ao empregado o repouso semanal remunerado, obrigatoriamente aos domingos. (D) O período do aviso prévio é sempre de trinta dias, cessando-se no dia do comparecimento do empregado ao seu respectivo sindicato. (E) O trabalhador rural não pode ser beneficiário do seguro-desemprego. 5. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 112 120 Assinale a opção correta de acordo com a CF. (A) O seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador rural somente será devido ao empregado nos casos em que o empregador estiver obrigado ao pagamento de indenização por ter incorrido em dolo ou culpa. (B) Por meio de negociação coletiva pode-se alterar a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. (C) É proibido o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito anos de idade e de qualquer trabalho a menores de dezessete anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir de dezesseis anos de idade. (D) Em virtude da complexidade, o trabalho intelectual necessariamente possui maior valor que o manual. (E) Conforme norma expressa na CF, os direitos dos trabalhadores com vínculo empregatício permanente e os dos trabalhadores avulsos são diferentes em virtude da situação peculiar de cada um. 6. MPT – 19° Concurso para Procurador do Trabalho - 2015 A partir da promulgação da Emenda Constitucional n. 72 o trabalhador doméstico obteve, independente de regulamentação, a equiparação aos trabalhadores urbanos e rurais quanto aos seguintes direitos: a) Seguro contra acidente de trabalho. b) Seguro desemprego e adicional noturno. c) Piso salarial e salário-família. d) Horas extras e proteção do salário contra sua retenção dolosa. e) Não respondida. 7. CESPE/DPU – Defensor Público - 2015 Caso uma empregada doméstica na função de babá cuide de um recém-nascido todas as noites da semana e pretenda requerer judicialmente valor referente à remuneração do serviço extraordinário e ao adicional noturno, tal pretensão será legalmente correta, pois, segundo a CF, referidos direitos não dependem de regulamentação legal. 8. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2013 A celebração de convenções e acordos coletivos de trabalho constitui direito dos trabalhadores da iniciativa privada que não se estende aos servidores públicos, por exigir a presença de partes formalmente detentoras de autonomia negocial, característica não vislumbrada nas relações estatutárias. 9. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho - 2013 A redução dos riscos inerentes ao trabalho configura direito fundamental dos trabalhadores urbanos e rurais, sendo alcançada, segundo disposição expressa da Carta Magna, por meio de políticas públicas específicas. 10. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho - 2013 De acordo com a CF, a regulamentação sobre adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas deve ocorrer por norma infraconstitucional. 11. CESPE/INPI – Engenheiro de Segurança do Trabalho – 2013 113 120 No caso de inexistência de dolo ou culpa do empregador, o seguro contra acidentes de trabalho, sob sua responsabilidade, exclui eventual indenização ao empregado. 12. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) Em relação aos direitos constitucionais dos trabalhadores, assinale a opçãocorreta. (A) O constituinte federal assegurou aos empregados domésticos, independentemente de condições estabelecidas em lei, que a remuneração do trabalho noturno seja superior à do diurno. (B) A remuneração do serviço extraordinário deverá ser cinquenta por cento superior à do normal, podendo norma coletiva estabelecer percentual maior que o previsto constitucionalmente. (C) Segundo a CF, a relação de emprego é protegida contra a despedida sem justa causa, que ocorre quando o empregado pratica um ato faltoso que acarreta o rompimento do pacto de emprego. (D) O seguro-desemprego, direito trabalhista previsto na CF, tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, não se aplicando à despedida indireta. 13. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Constituição Federal, em seu artigo 7º, elenca uma série de direitos trabalhistas, EXCETO (A) a proteção em face da automação, na forma da lei. (B) o reajuste anual dos salários por índice nunca inferior ao dos rendimentos da caderneta de poupança. (C) a proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos. (D) a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. (E) a licença paternidade, nos termos fixados em lei. 14. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 A Constituição Federal do Brasil relaciona em seu artigo 7º um rol de direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, dentre eles (A) assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até sete anos de idade em creches e pré-escolas. (B) seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário. (C) repouso semanal obrigatório aos sábados ou domingos com remuneração dobrada. (D) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, exceto para os que percebem remuneração variável. (E) aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade para o homem e sessenta e cinco para a mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 15. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 Considera-se menor, para os efeitos de proteção ao trabalho do menor previsto na Consolidação das Leis do Trabalho, o trabalhador de (A) quatorze até dezoito anos. (B) dezesseis até dezoito anos. (C) quatorze até dezesseis anos. 114 120 (D) doze até dezoito anos. (E) doze até dezesseis anos. 16. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 A idade mínima para a celebração do contrato de trabalho é de 18 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos de idade. 17. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2009 Um empregado com 17 anos de idade pode desenvolver sua jornada de trabalho no período noturno, desde que não exista prejuízo para suas atividades escolares. 18. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 A garantia da remuneração do trabalho noturno superior à do diurno é constitucional. 19. CESPE/TRT17 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 O salário-família é um direito assegurado na CF aos trabalhadores, inclusive à categoria dos empregados domésticos. 20. CESPE/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa – 2009 O direito à licença paternidade também é assegurado à categoria dos empregados domésticos. 21. FCC/TRT3 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2009 O adolescente pode trabalhar (A) em qualquer atividade lícita, a partir dos 18 anos de idade. (B) em qualquer atividade lícita, a partir dos 13 anos de idade, desde que autorizado pelo Ministério Público do Trabalho. (C) como aprendiz, desde que autorizado pelos pais, a partir de 13 anos de idade. (D) em atividades insalubres e perigosas, desde que autorizados pelos pais, a partir de 16 anos de idade. (E) em quaisquer atividades, desde que autorizado pelos pais, a partir dos 15 anos de idade. 22. CESPE/Aracaju - SE – Procurador - 2008 O empregado doméstico distingue-se dos demais empregados em geral porque mantém vínculo de emprego com pessoa física e respectiva família para desempenhar serviços no âmbito da residência destes, possuindo, por conta de comando constitucional, direitos diferenciados ou reduzidos à conta dessa peculiaridade. 23. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 A Constituição Federal dispõe igualmente sobre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, distinguindo apenas os trabalhadores domésticos. 24. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2007 A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista indenização compensatória de 40% do valor do saldo fundiário, a título de multa rescisória, enquanto outra base indenizatória não for fixada por lei complementar própria. 25. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 115 120 Enquanto não houver lei complementar disciplinando a proteção para a relação de emprego contra despedidas arbitrárias ou injustas, prevalecem as normas contidas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que regula, também, as estabilidades provisórias das gestantes e dos membros de comissão interna de prevenção de acidentes. 26. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 O salário mínimo tem caráter nacional e deve ser fixado por lei complementar federal em valor capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. 27. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional e unificado, podendo haver, em cada estado e no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo para a remuneração dos trabalhadores. 28. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 O salário pode ser reduzido apenas por convenção coletiva de trabalho, em havendo contrapartida para a melhoria das condições de trabalho. 29. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2007 Ao dispor sobre a jornada máxima de oito horas diárias de trabalho, a CF não impediu a extrapolação, desde que remunerada com adicional de, no mínimo, 50% do valor da hora normal, ou compensada a jornada suplementar com a redução de horários, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 30. CESPE/Vitória - ES – Procurador Municipal - 2007 A Constituição Federal assegura a todos os trabalhadores urbanos e rurais o direito a férias de, no mínimo, trinta dias. 31. CESPE/Vitória - ES – Procurador Municipal - 2007 De acordo com a Constituição Federal, a duração normal de trabalho é de oito horas diárias e quarenta e quatro horas semanais. Por acordo com o empregado, esse limite pode ser elevado, caso em que as horas excedentes serão remuneradas de forma simples, sem o adicional de 50%. 32. CESPE/TRT9 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2007 O FGTS não se encontra, pela Constituição Federal, como direito devido aos empregados domésticos, podendo, contudo, nos termos de lei específica, ser recolhido por liberalidade dos respectivos empregadores. 33. FCC/TRT4 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 Constitui direito dos trabalhadores urbanos e rurais, previsto na Constituição Federal: (A) repouso semanal remunerado, exclusivamente aos domingos. (B) adicional de remuneração para as atividades insalubres ou perigosas, excetuadas as penosas, na forma da lei. (C) seguro-desemprego, em caso de pedido de dispensa ou desemprego involuntário. 116 120 (D) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio denormas de saúde, higiene e segurança. (E) jornada suplementar com adicional mínimo de 25%. 34. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 É assegurada a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 35. FCC/TRT20 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2006 A ação quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, tem prazo prescricional de 2 anos para os trabalhadores rurais e 5 para os urbanos, até o limite de 1 ano após a extinção do contrato de trabalho. Renúncia e Transação 36. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016 Trata-se de uma hipótese de renúncia INVÁLIDA: (A) Josiel, advogado de larga experiência profissional, é contratado para trabalhar com pessoalidade, subordinação e continuidade no departamento jurídico da empresa Indústrias Pantaneiras S/A, recebendo remuneração mensal fixa, mas se recusa a ser registrado como empregado, afirmando que tem conhecimento suficiente para exercer sua autonomia de vontade, escolhendo o regime jurídico de sua contratação. (B) Augusto, imediatamente após retornar de afastamento médico decorrente de acidente do trabalho sofrido, com a cessação do benefício previdenciário, pede demissão e, perante o sindicato que o representa, assina documento renunciando à estabilidade no emprego de que era detentor. (C) Euzébio, dirigente de sindicato com base territorial em Cuiabá − MT, solicita ao empregador transferência para Palmas − TO. A solicitação da transferência corresponde, nos termos da lei, a uma renúncia tácita à estabilidade do qual era detentor. (D) Na empresa Fortes & Fortes Indústrias Metalúrgicas Ltda. existem dois regulamentos empresariais em vigor. Ronaldo, empregado da empresa há quinze anos, opta por aderir ao regulamento mais novo, renunciando às regras do sistema do outro. (E) Não havendo previsão contratual ou legal expressa, a opção de Edmundo, funcionário público, pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime estatutário. 37. FCC/TRT23 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2016 Considere: I. Inobstante o princípio basilar do Direito Individual do Trabalho no tocante à indisponibilidade dos direitos trabalhistas, não há impedimento na supressão de direitos trabalhistas em face do exercício, pelo devedor trabalhista, da arguição da prescrição ou em face do não exercício, pelo credor trabalhista, de prerrogativa legal, como no caso da decadência. II. A renúncia e a transação são exemplos de supressão de direitos trabalhistas, operadas pelos titulares de seus direitos, sendo a renúncia ato unilateral da parte e a transação ato bilateral, pelo qual se acertam direitos e obrigações entre as partes acordantes, mediante concessões recíprocas. 117 120 ==8f5== III. Mesmo sendo titular de um direito indisponível, o trabalhador não pode dispor de todos os seus direitos trabalhistas, que estão acobertados pela indisponibilidade absoluta, como é o caso do direito ao registro em CTPS, ao salário mínimo e à incidência das normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador. Está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II, apenas. (E) I, apenas. 118 120 GABARITO 1. E 2. C 3. D 4. A 5. B 6. D 7. E 8. C 9. E 10. C 11. C 12. B 13. B 14. B 15. A 16. E 17. E 18. C 19. C* 20. C 21. A 22. C 23. C 24. C 25. C 26. E 27. C 28. E 29. C 30. E 31. E 32. E* 33. D 34. C 35. E 36. A 37. A 119 120 RESUMO Elementos fático-jurídicos da relação de emprego: Elementos que não afastam/caracterizam a relação de emprego: ➢ local de prestação dos serviços (CLT, art. 6º) ➢ exclusividade ➢ proibição legal ao policial militar (SUM-386) 68 200 Características de algumas modalidades de trabalho: Figura jurídica do empregado: CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 69 200 Características de algumas modalidades de emprego: 70 200 Figura jurídica do empregador: 71 200 72 200 73 200 LISTA DE LEGISLAÇÃO, SÚMULAS E OJ DO TST RELACIONADOS À AULA CF/88 CF/88, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. CF/88, art. 7º, parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; CLT Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 75 200 Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação salvo quando for em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplicam: a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que prestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas; b) aos trabalhadores rurais,assim considerados aqueles que, exercendo funções diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais; c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aos respectivos extranumerários em serviço nas próprias repartições; d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime próprio de proteção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionários públicos. (..) f) às atividades de direção e assessoramento nos órgãos, institutos e fundações dos partidos, assim definidas em normas internas de organização partidária. Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 76 200 CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo [Da Duração do Trabalho]: (...) II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). CLT, art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não se configure como trabalho externo. (Medida Provisória 1.108, de 2022) § 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a realização de atividades específicas, que exijam a presença do empregado no estabelecimento, não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto. (Medida Provisória 1.108, de 2022) 77 200 Art. 224 - § 2º - As disposições deste artigo [duração do trabalho] não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo. Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico- profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. § 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. § 2o Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. § 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. § 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 5o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. CLT, art. 428, § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. § 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. CLT, art. 428, § 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico- profissional metódica. Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por 78 200 cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional. § 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional. § 1o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à admissão de um aprendiz. CLT, art. 429, § 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o equivalente a até 10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-profissional metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à prestação de serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção, ampliação, recuperação e manutenção de instalações esportivas e à organização e promoção de eventos esportivos. § 2o Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessárioao desempenho de suas atividades; II – falta disciplinar grave; III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou IV – a pedido do aprendiz. § 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. 79 200 CLT, art. 442, §1º - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. § 2º Não existe vínculo empregatício entre entidades religiosas de qualquer denominação ou natureza ou instituições de ensino vocacional e ministros de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa, ou quaisquer outros que a eles se equiparem, ainda que se dediquem parcial ou integralmente a atividades ligadas à administração da entidade ou instituição a que estejam vinculados ou estejam em formação ou treinamento. CLT, art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação [requisitos da relação de emprego]. Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. CLT, art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato (...) § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança (...). Legislação específica Lei 5.889/73, art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Lei 5.889/73, art. 3º - Considera-se empregador rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1º Inclui-se na atividade econômica referida no caput deste artigo, além da exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho - 80 200 CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, a exploração do turismo rural ancilar à exploração agroeconômica. Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Lei 5.889/73, art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem. Lei 9.962/00, art. 1º O pessoal admitido para emprego público na Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (...) e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei não dispuser em contrário. Lei 11.101/05, art. 141, II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. Lei 11.101/05, art. 141, § 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato anterior. Lei 11.101/05, art. 161, §1º Estão sujeitos à recuperação extrajudicial todos os créditos existentes na data do pedido, exceto os créditos de natureza tributária e aqueles previstos no § 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 desta Lei, e a sujeição dos créditos de natureza trabalhista e por acidentes de trabalho exige negociação coletiva com o sindicato da respectiva categoria profissional (N.R.) Lei 11.788/08, art. 3º O estágio (...) não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. 81 200 Lei 11.788/08, art. 5º As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação. § 1º Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio: I – identificar oportunidades de estágio; II – ajustar suas condições de realização; III – fazer o acompanhamento administrativo; IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais; V – cadastrar os estudantes. § 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo. Lei 11.788/08, art. 13 É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. Lei 11.788/08, art. 15. A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Lei 11.788/08, art. 1º, § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Lei 12.815/2013, art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a: (..) Lei 12.023/09, art. 2º São atividades da movimentação de mercadorias em geral: I – cargas e descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostragem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paletização, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em secadores e caldeiras; 82 200 II – operações de equipamentos de carga e descarga; III – pré-limpeza e limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. Lei 9.608/98, art. 1º Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de finsnão lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. Decreto 9.579/2018, Art. 51. Estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos oferecidos pelos serviços nacionais de aprendizagem o número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento cujas funções demandem formação profissional. § 1º Para o cálculo da porcentagem a que se refere o caput, as frações de unidade serão arredondadas para o número inteiro subsequente, hipótese que permite a admissão de aprendiz. § 2º Para fins do disposto neste Capítulo, considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado para o exercício de atividade econômica ou social do empregador, que se submeta ao regime da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. Art. 52. Para a definição das funções que demandem formação profissional, deverá ser considerada a Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho. § 1º Ficam excluídas da definição a que se refere o caput as funções que demandem, para o seu exercício, habilitação profissional de nível técnico ou superior, ou, ainda, as funções que estejam caracterizadas como cargos de direção, de gerência ou de confiança, nos termos do disposto no inciso II do caput e no parágrafo único do art. 62 e no § 2º do art. 224 da CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1943. § 2º Deverão ser incluídas na base de cálculo todas as funções que demandem formação profissional, independentemente de serem proibidas para menores de dezoito anos. Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. Lei 6.019/74, art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. 83 200 Lei 8.666/93, art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. § 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. Lei 12.592/2012, art. 1º-A Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito, nos termos definidos nesta Lei, com os profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. § 1o Os estabelecimentos e os profissionais de que trata o caput, ao atuarem nos termos desta Lei, serão denominados salão-parceiro e profissional-parceiro, respectivamente, para todos os efeitos jurídicos. § 2o O salão-parceiro será responsável pela centralização dos pagamentos e recebimentos decorrentes das atividades de prestação de serviços de beleza realizadas pelo profissional- parceiro na forma da parceria prevista no caput. § 3o O salão-parceiro realizará a retenção de sua cota-parte percentual, fixada no contrato de parceria, bem como dos valores de recolhimento de tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro incidentes sobre a cota-parte que a este couber na parceria. § 4o A cota-parte retida pelo salão-parceiro ocorrerá a título de atividade de aluguel de bens móveis e de utensílios para o desempenho das atividades de serviços de beleza e/ou a título de serviços de gestão, de apoio administrativo, de escritório, de cobrança e de recebimentos de valores transitórios recebidos de clientes das atividades de serviços de beleza, e a cota-parte destinada ao profissional-parceiro ocorrerá a título de atividades de prestação de serviços de beleza. § 5o A cota-parte destinada ao profissional-parceiro não será considerada para o cômputo da receita bruta do salão-parceiro ainda que adotado sistema de emissão de nota fiscal unificada ao consumidor. § 6o O profissional-parceiro não poderá assumir as responsabilidades e obrigações decorrentes da administração da pessoa jurídica do salão-parceiro, de ordem contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do negócio. § 7o Os profissionais-parceiros poderão ser qualificados, perante as autoridades fazendárias, como pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores individuais. 84 200 § 8o O contrato de parceria de que trata esta Lei será firmado entre as partes, mediante ato escrito, homologado pelo sindicato da categoria profissional e laboral e, na ausência desses, pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego, perante duas testemunhas. § 9o O profissional-parceiro, mesmo que inscrito como pessoa jurídica, será assistido pelo seu sindicato de categoria profissional e, na ausência deste, pelo órgão local competente do Ministério do Trabalho e Emprego. § 10. São cláusulas obrigatórias do contrato de parceria, de que trata esta Lei, as que estabeleçam: I - percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço prestado pelo profissional-parceiro; II - obrigação, por parte do salão-parceiro, de retenção e de recolhimento dos tributos e contribuições sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro em decorrência da atividade deste na parceria; III - condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro, por tipo de serviço oferecido; IV - direitos do profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais necessários ao desempenho das atividades profissionais, bem como sobre o acesso e circulação nas dependências do estabelecimento; V - possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua continuidade, mediante aviso prévio de, no mínimo, trinta dias; VI - responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e equipamentos, das condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento dos clientes; VII - obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua inscrição perante as autoridades fazendárias. § 11. O profissional-parceiro não terá relação de emprego ou de sociedade com o salão-parceiro enquanto perdurar a relação de parceria tratada nesta Lei. Art. 1º-B Cabem ao salão-parceiro a preservação e a manutenção das adequadas condições de trabalho do profissional-parceiro, especialmente quanto aos seus equipamentos e instalações, possibilitando as condições adequadas ao cumprimento das normas de segurança e saúde estabelecidas no art. 4o desta Lei. Art. 1º-C Configurar-se-á vínculo empregatício entre a pessoa jurídica do salão-parceiro e o profissional-parceiro quando: 85 200 I - não existir contrato de parceria formalizado na forma descrita nesta Lei; e II – o profissional-parceiro desempenhar funções diferentes das descritas no contrato de parceria.” Art. 1º-D O processo de fiscalização, de autuação e de imposição de multas reger-se-á pelo disposto no Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. TST SUM-129 CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. SUM-269 DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇOO empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. SUM-363 - CONTRATO NULO. EFEITOS A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. 86 200 OJ-SDI1-38 EMPREGADO QUE EXERCE ATIVIDADE RURAL. EMPRESA DE REFLORESTAMENTO. PRESCRIÇÃO PRÓPRIA DO RURÍCOLA. O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matéria-prima, é rurícola e não industriário, (...) pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à indústria (...) OJ SDI-1 92. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. OJ 225. SDI-1. CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA. Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira concessionária) outorga a outra (segunda concessionária), no todo ou em parte, mediante arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens de sua propriedade: I - em caso de rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vigor da concessão, a segunda concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade subsidiária da primeira concessionária pelos débitos trabalhistas contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. OJ-SDI1-261 BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. OJ 411 – SDI-1. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. 87 200 OJ 191 - SDI-1. Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Tese firmada pelo TST (RR-190-53.2015.5.03.0090) I) A exclusão de responsabilidade solidária ou subsidiária por obrigação trabalhista a que se refere a Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 do TST não se restringe à pessoa física ou micro e pequenas empresas, compreende igualmente empresas de médio e grande porte e entes públicos; II) A excepcional responsabilidade por obrigações trabalhistas prevista na parte final da Orientação Jurisprudencial 191, por aplicação analógica do artigo 455 da CLT, alcança os casos em que o dono da obra de construção civil é construtor ou incorporador e, portanto, desenvolve a mesma atividade econômica do empreiteiro; III) Não é compatível com a diretriz sufragada na Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 do TST jurisprudência de Tribunal Regional do Trabalho que amplia a responsabilidade trabalhista do dono da obra, excepcionando apenas "a pessoa física ou micro e pequenas empresas, na forma da lei, que não exerçam atividade econômica vinculada ao objeto contratado"; IV) Exceto ente público da Administração Direta e Indireta, se houver inadimplemento das obrigações trabalhistas contraídas por empreiteiro que contratar, sem idoneidade econômico- financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais obrigações, em face de aplicação analógica do artigo 455 da CLT e culpa in eligendo. 88 200 1 QUESTÕES COMENTADAS - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018 A relação de emprego somente ocorre se estão presentes os elementos que a caracterizam; sem eles, não se pode configurá-la como tal. Assim, os elementos que caracterizam o vínculo empregatício estabelecido por essa relação, são o(a) a) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; as férias; o 13º salário; o seguro-desemprego; o salário-família b) contrato de trabalho; a pessoa jurídica; a convenção coletiva de trabalho; a habitualidade; a pessoalidade c) salário; a remuneração; o adicional noturno; a convenção coletiva de trabalho; o aviso-prévio d) pessoa física; a continuidade; a subordinação; a onerosidade; a pessoalidade e) pessoa jurídica; o empregado; a impessoalidade; a descontinuidade; a onerosidade Comentários: A Letra (a) está incorreta. O Fundo de Garantia, as férias, o 13º salário, o seguro-desemprego e o salário-família não são elementos caracterizadores do vínculo empregatício, embora constituam direitos garantidos aos trabalhadores. A Letra (b) está incorreta. O contrato de trabalho, uma pessoa jurídica, convenção coletiva de trabalho, não são elementos formadores do vínculo de emprego, embora a habitualidade e pessoalidade o sejam. A Letra (c) está incorreta, pois a remuneração é um dos elementos de formação do vínculo de emprego (o que inclui o salário), mas o adicional noturno, a convenção coletiva de trabalho e o aviso-prévio não são. A Letra (d) está correta. O enunciado da questão exige do candidato conhecimento dos elementos fático-jurídicos da relação de emprego, sejam eles o empregado ser pessoa física, pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade. Segundo o que dispõe a doutrina trabalhista, a relação de TRABALHO é gênero no qual se insere a relação de EMPREGO. As espécies mais comuns de trabalho são: emprego; trabalho autônomo; trabalho eventual; trabalho avulso; estágio; trabalho voluntário e servidores públicos estatutários. Sob essa perspectiva, as relações de trabalho que serão classificadas como de emprego são somente aquelas que possuem todos os elementos supramencionados. 89 200 2 Por fim, a Letra (e) está incorreta. Como visto no comentário da alternativa anterior, os elementos previstos nesta alternativa não se coadunam àqueles apontados pela doutrina como elementos fático-jurídicos da relação empregatícia. Gabarito (D) 2. CESGRANRIO/LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Direito - 2018 O contrato de trabalho individual, ao estabeleceruma remuneração mensal ao empregado, caracteriza o requisito contratual indicado pela doutrina atinente à: a) produtividade b) subordinação c) estruturação d) consensualidade e) onerosidade Comentários: A doutrina afirma que a relação de TRABALHO é gênero no qual se insere a relação de EMPREGO. As espécies mais comuns de trabalho são: emprego, trabalho autônomo, trabalho eventual, trabalho avulso, estágio, trabalho voluntário e servidores públicos estatutários. Nesses termos, para que uma relação de trabalho passe a ser classificada como de emprego, devem estar presentes os denominados elementos fático-jurídicos da relação de emprego, sejam eles a necessidade de o trabalho ser prestado por pessoa física; pessoalidade; não eventualidade ou habitualidade; onerosidade; e subordinação. • Trabalho prestado por pessoa física – o empregado deve ser necessariamente pessoa natural; • Pessoalidade – o contrato de emprego é pessoal em relação à figura do empregado, isto é, é contratado para prestar serviços pessoalmente, não podendo ser substituído, senão em situações excepcionais e com a concordância do empregador; • Não eventualidade ou habitualidade – o serviço é prestado em caráter contínuo, permanecendo de modo duradouro. Assim, uma pessoa que labora uma vez por semana, toda semana, tem o vínculo empregatício reconhecido; • Onerosidade – é esse elemento fático-jurídico que distingue o trabalho voluntário de outras espécies de trabalho; • Subordinação – representa, em suma, o poder diretivo do empregador sobre o empregado, em sua dimensão jurídica. Ante o exposto, é possível concluir que a resposta para a questão está na Letra (e). Gabarito (E) 3. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 90 200 3 Segundo a legislação previdenciária, caracteriza-se o trabalhador autônomo como aquele que a) está regulamentado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), independentemente de sua atividade, função ou cargo. b) está subordinado a quem contrata sua prestação de serviços, estando sujeito ao poder diretivo do empregador. c) é solicitado eventualmente para resolver problemas, com total autonomia na prestação de seus serviços. d) presta serviços de natureza não eventual, como pessoa física, a empregador, sob dependência deste e mediante salário. e) presta serviços sem fins lucrativos, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social. Comentários: Questão que se situa na interseção entre o direito do trabalho e o previdenciário, mas não vamos correr o risco de não comentá-la =) A Letra (a) está incorreta. Especificamente sobre o trabalho autônomo, este carece do elemento fático-jurídico da relação de emprego a subordinação, haja vista que o trabalhador atua fora do contexto de observância das diretrizes impostas pelo empregador. Assim, é possível concluir que o trabalhador autônomo não é regulamentado pela CLT, como regra geral, de modo que a alternativa está errada. A Letra (b) está incorreta. O comentário da alternativa (A) também exclui esta alternativa. Como visto, o trabalhador autônomo não se submete ao poder diretivo do empregador, isto é, à relação de subordinação a seu empregador. A Letra (c) foi dada como correta. A redação desta alternativa destaca a ausência de subordinação entre o trabalhador e o empregado ao transcrever “com total autonomia na prestação de serviços”. Todavia, seu enunciado faz o questionamento “segundo a legislação previdenciária”, para a qual não há trabalhadores autônomos, mas contribuintes individuais. Assim, o art. 11 da Lei 8212/91 prevê os segurados obrigatórios da Previdência social, dentre os quais havia o trabalhador autônomo até 1999, quando o inciso foi revogado pela Lei 9876/1999. Porém, a mesma lei incluiu a hipótese do “trabalhador autônomo” no rol de contribuintes individuais: Lei 8212/91, Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: IV - como trabalhador autônomo: b) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; (Revogado pela Lei nº 9.876, de 26.11.1999) V - como contribuinte individual: 91 200 4 h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não; A Letra (d) está incorreta, pois a alternativa enuncia perfeitamente as características de um empregado, não de um trabalhador autônomo: CLT, Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Por fim, a Letra (e) está incorreta. Esta alternativa dispõe definição de trabalho voluntário, não de trabalho autônomo. O trabalho voluntário é regido pela Lei 9608/1998, que prevê no art. 1º: Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa. Gabarito (C) 4. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Para que seja caracterizada a existência de vínculo de emprego, é necessária a presença concomitante de alguns requisitos. Entre tais requisitos, encontram-se: a) prestação eventual de serviço feita com pessoalidade; subordinação ao poder de direção e comando. b) retribuição pecuniária pelo serviço prestado pelo empregado; impossibilidade de o trabalhador transferir ao empregador o poder de direção sobre sua atividade laboral. c) gratuidade dos serviços prestados; contrato do trabalho de trato sucessivo com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão de obra. d) existência de pessoalidade, de não eventualidade, de subordinação do empregado ao poder de direção e comando e de onerosidade; retribuição pecuniária pelo serviço prestado pelo empregado. e) respeito à alteridade, que favorece que o empregado participe dos lucros da empresa; onerosidade na prestação de serviços por conta própria, comprometendo- se assim, com os riscos de sua atividade. Comentários: Os elementos são a necessidade de o trabalhado ser prestado por pessoa física; pessoalidade; não eventualidade ou habitualidade; onerosidade; e subordinação. A Letra (a) está incorreta. Como visto, a relação de emprego não está caracterizada quando a prestação de serviços ocorra de modo eventual, sendo requisito a não eventualidade ou habitualidade: 92 200 5 CLT, Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. A Letra (b) está incorreta. A parte final da alternativa não faz sentido, visto que enuncia a impossibilidade de o trabalhador transferir ao tomador de serviços o poder de direção (subordinação) sobre os serviços, quando, na verdade, o próprio empregador exerce o poder diretivo sobre os empregados, ao contrário do afirmado na alternativa. A Letra (c) está incorreta, pois não elenca nenhum dos elementos fático-jurídicos da relação de emprego. De início, a relação de emprego é necessariamente onerosa, não podendo se dar em caráter gratuito, visto que se assim fosse a relação seria desclassificada para um contrato de trabalho voluntário. Em seguida, a intermediação de um órgão gestor de mão de obra (OGMO) ou de sindicato também não se relaciona com o vínculo empregatício, sendo elemento dos contratos de trabalho avulso (quando intermediado por OGMO, é regido pelas Leis 12815/2013 e 9719/1998; quando intermediado por sindicato, pela Lei 12023/2009). A Letra (d) está correta. Esta alternativa elenca corretamente todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego, sendo, portanto,irretocável. Por fim, a Letra (e) está incorreta. A alternativa inverte completamente os conceitos. A alteridade não é considerada pela doutrina trabalhista como elemento fático-jurídico da relação de emprego, nada obstante constitua característica intrínseca. Segundo o princípio da alteridade, o empregador deve suportar o eventual prejuízo que a atividade possa causar, não podendo esse risco ser dividido com o empregado. Por outro lado, a onerosidade é o elemento da relação de emprego que impõe a necessidade de o vínculo empregatício ser remunerado, sob pena de desclassificação da relação para o trabalho voluntário. Gabarito (D) 5. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Mediante seleção pública, uma estagiária de órgão público onde todos os servidores são estatutários, obteve classificação para ali trabalhar. Nos termos da Lei nº 11.788, de 21 de setembro de 2008, o período de estágio é considerado a) obrigatório e gratuito. b) gerador de vínculo empregatício. c) ilimitado quanto à carga horária. d) ato educativo escolar. e) exclusivo de quem possui Ensino Superior. Comentários: 93 200 ==8f5== 6 A Letra (a) está incorreta. O estágio pode ser classificado como obrigatório ou não obrigatório, conforme art. 2º da Lei 11.788/2008: Art. 2o O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso. § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. § 2o Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. A Letra (b) está incorreta. Embora o vínculo do estagiário possua todos os requisitos da relação de emprego, o legislador o excluiu da proteção celetista. Conforme prevê o art. 3º da Lei 11.788/2008: Lei 11.788/2008, Art. 3o O estágio, tanto na hipótese do § 1o do art. 2o desta Lei quanto na prevista no § 2o do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: (...) A Letra (c) está incorreta, pois o vínculo de estágio deve prever limitação da carga horária, segundo art. 10 da Lei 11.788/2008: Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. § 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. A Letra (d) está correta. A alternativa encontra-se completamente de acordo com o art. 1º da Lei 11.788/2008, que conceitua o contrato de estágio: 94 200 7 Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Por fim, a Letra (e) está incorreta. Como visto na alternativa anterior, o estágio pode ocorrer com alunos desde o ensino fundamental até a educação superior, o que torna a alternativa errada. Gabarito (D) 6. CESGRANRIO/LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Direito - 2018 Nos termos da legislação de regência, o trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários a) autônomos b) especializados c) iniciantes d) estagiários e) avulsos Comentários: A Letra (a) está incorreta. O trabalhador autônomo não se submete à subordinação jurídica do empregador/tomador de serviços. Há profissionalidade e habitualidade, mas o trabalhador atua por sua própria conta e risco. São algumas características não essenciais do trabalho autônomo: liberdade de horário; fungibilidade na prestação de serviços; possibilidade de recusa na oferta de prestação de serviços sem penalidade; liberdade para contratação sem ajudantes; ausência de fiscalização direta pelo destinatário da prestação de serviços. CLT, Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. A Letra (b) está incorreta. Os trabalhadores especializados não são uma classificação atribuída pela legislação ou pela doutrina trabalhista, não se adequando ao enunciado da questão. A Letra (c) está incorreta, pois os trabalhadores iniciantes não são uma classificação atribuída pela legislação ou pela doutrina trabalhista, não se adequando ao enunciado da questão. A Letra (d) está incorreta. Os estagiários são uma categoria de trabalhadores regidos pela Lei 11.788/2008, segundo o qual o estágio é: 95 200 8 Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Por fim, a Letra (e) está correta. Os trabalhadores elencados pelo enunciado da questão são trabalhadores avulsos. No Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/99), há um rol de trabalhadores considerados como avulsos: Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: VI - como trabalhador avulso - aquele que: a) sindicalizado ou não, preste serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas, ou equiparados, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos do disposto na Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, ou do sindicato da categoria, assim considerados: 1. o trabalhador que exerça atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga e vigilância de embarcação e bloco; Gabarito (E) 7. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Considerando-se remuneração como o conjunto de parcelas devidas e pagas diretamente pelo empregador ao empregado, decorrente da relação de emprego (artigo 457 da CLT), os elementos da remuneração são: a) habitualidade, periodicidade, quantificação, essencialidade e reciprocidade b) habitualidade, comissões, diárias e essencialidade c) gratificações, comissões, bônus, diárias e gorjetas d) reciprocidade, gratificações, essencialidade, bônus e abonos e) periodicidade, quantificação, habitualidade, comissões e gratificações Comentários: Sérgio Pinto Martins atribui 5 elementos à remuneração, sendo eles a habitualidade, periodicidade, quantificação, essencialidade e reciprocidade. • Habitualidade: elemento preponderante para saber se o pagamento feito pode ou não ser considerado como salário ou remuneração; • Periodicidade: oempregador deve fixar critérios objetivos de periodicidade do pagamento, respeitados os prazos máximos que a norma fixa para o seu pagamento. Os salários deverão ser pagos após a prestação de serviços e nunca em intervalos superiores de 1 mês; 96 200 9 • Quantificação: decorre da necessidade do empregado saber exatamente o valor do trabalho e o valor da futura remuneração; • Essencialidade: a remuneração é um elemento essencial para a caracterização do vínculo de emprego; • Reciprocidade: último elemento da remuneração e decorre do caráter sinalagmático do contrato de trabalho, na medida em que o empregador tem de pagar salários em função dos serviços que foram prestados pelo empregado. Portanto, a Letra (a) está correta. Gabarito (A) 97 200 QUESTÕES COMENTADAS Distinção entre relação de trabalho e relação de emprego 1. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa Joana trabalha como assistente no escritório de advocacia de seu irmão Marcos às segundas-feiras, às quartas-feiras e às sextas-feiras, das 8 às 17 h, com uma hora de intervalo intrajornada, e recebe R$ 2.400,00 mensais a título salarial. Marcos confia muito em sua irmã e sente-se seguro ao tê-la trabalhando em seu escritório, pois ele tem receio de contratar outras pessoas para o trabalho, tendo em vista que a atividade exige o manuseio de documentos confidenciais de seus clientes. De acordo com as normas legais sobre as relações de emprego, nessa situação hipotética, A configura-se uma relação de emprego, uma vez que se verifica, nessa relação, o elemento da parassubordinação. B não se configura uma relação de emprego, pois, como Joana trabalha apenas três vezes por semana, essa relação carece do requisito habitualidade. C configura-se uma prestação de serviços regulada pelo direito civil, já que a jornada semanal de Joana é inferior a 44 h semanais. D configura-se uma relação de emprego, uma vez que estão presentes todos os elementos e todos os requisitos exigidos pela legislação trabalhista. E não se configura uma relação de emprego, já que não está presente o elemento pessoalidade. Comentários: A alternativa (A) está incorreta, por confundir alguns conceitos. A subordinação é que representa elemento fático-jurídico da relação de emprego e é esta que se encontra presente na situação enunciada. Apesar da relação de parentesco e do trabalho em apenas 3 dias na semana, a existência de horário fixo de trabalho e de salário, indicam a existência de subordinação. 98 200 Por outro lado, a parassubordinação é construção doutrinária diversa, na qual o trabalhador se encontraria em situação intermediária entre o empregado subordinado e o trabalhador autônomo. Nas palavras de Amauri Nascimento (2013): “a parassubordinação se concretiza nas relações de natureza contínua, nas quais os trabalhadores desenvolvem atividades que se enquadram nas necessidades organizacionais dos tomadores de seus serviços, contribuindo para atingir o objeto social do empreendimento, quando o trabalho pessoal deles seja colocado, de maneira predominante, à disposição do contratante, de forma contínua”. A alternativa (B) está incorreta. Inicialmente, não há um número mínimo de dias a serem trabalhados por semana para que seja caracterizada a relação empregatícia (com exceções específicas, como, por exemplo, o empregado doméstico). Por isso, é irrelevante o fato de Joana trabalhar apenas 3 vezes por semana. A alternativa (C) está incorreta. Igualmente, o fato de Joana laborar por período inferior a 44h semanais não impede o reconhecimento do vínculo de emprego, sendo plenamente possível haver um contrato de trabalho com jornada semanal inferior. A alternativa (D) está correta. Nos termos do art. 3º, caput, da CLT: Art. 3º. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Sendo assim, são elencados os elementos fático-jurídicos da relação de emprego no artigo celetista, sejam eles o fato de o empregado ser pessoa física, não eventualidade, subordinação e onerosidade, além do requisito da pessoalidade. Por fim, a alternativa (E) está incorreta, tendo em vista que o enunciado da questão não dá quaisquer indícios de que estaria ausente o elemento da pessoalidade. Pelo contrário, ele indica que há uma relação de confiança com a empregada, indicando que somente ela poderia desempenhar aquele trabalho. Gabarito (D) 2. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa Sabendo-se que a relação de trabalho se distingue da relação de emprego, é correto afirmar que, entre as diversas formas de trabalho, aquele que labora diariamente para uma família, de forma subordinada, onerosa, pessoal, de finalidade não lucrativa, sob a dependência deste e mediante salário, será empregado como A avulso. 99 200 B servidor público. C doméstico. D estagiário. E autônomo. Comentários: A alternativa (C) está correta. A relação de trabalho descrita no enunciado se adequa ao trabalho doméstico, regido pela Lei Complementar 150/2015, visto se tratar de âmbito familiar e finalidade não lucrativa: LC 150/2015, Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. As demais alternativas estão todas incorretas: A alternativa (A) está incorreta. Como disposto no enunciado da questão, a relação de trabalho é mais abrangente do que a relação empregatícia, sendo esta espécie daquela. Dessa forma, a relação descrita não se caracteriza como trabalho avulso, pois este tipo de vínculo é marcado pela prestação de serviços a diversos tomadores, sem se fixar a nenhum deles, sob intermediação de um sindicato (trabalhador avulso não portuário) ou de um Órgão Gestor de Mão de Obra (trabalhador avulso portuário). A alternativa (B) está incorreta. O servidor público não possui as características dispostas no enunciado, visto que seu vínculo é estatutário. Em sentido estrito, labora para a Administração Pública Direta ou para pessoas jurídicas de direito público, sendo regido por um regime jurídico próprio. No caso da esfera federal, os servidores públicos submetem-se à Lei 8.112/90. A alternativa (D) está incorreta. O estágio possui todos os elementos fático-jurídicos da relação de emprego, mas foi excluído do âmbito de proteção celetista. As relações de estágio são regidas pela Lei 11.788/2008, a qual dispõe: Art. 1o Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação 100 200 profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Por fim, a alternativa (E) está incorreta, pois no trabalho autônomo não há subordinação, mencionada no enunciado. Gabarito (C) 3. CEBRASPE - 2021 - PGE-MS - Procurador do Estado Tendo em vista o atual entendimento firmado pelo TST no tocante à responsabilidade da administração pública direta e indireta pelos encargos trabalhistas e contratos de subempreitada, assinale a opção correta, acerca das obrigações trabalhistas do subempreiteiro. A Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações pelo primeiro, salvo em caso de regular fiscalização da execução docontrato pelas administrações direta e indireta. B Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, não cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações pelo primeiro. C Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro, que responderá de forma subsidiária, desde que haja fraude ou insolvência do devedor principal. D Nos casos de entidades estatais, decidiu o STF que o simples inadimplemento do subempreiteiro implicará a automática responsabilização das entidades da administração direta e indireta, que responderão de forma solidária. E Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro, que responderá juridicamente sempre de forma solidária, independentemente de culpa. Comentários: Questão interessante sobre as hipóteses de terceirização admitidas pela legislação trabalhista e as responsabilidades exsurgidas em razão da realização de contratos de empreitada e subempreitada. 101 200 A alternativa (A) está correta, pois consiste na aplicação do disposto no caput do art. 455 da CLT, combinada com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmado no bojo do tema 6 de recursos repetitivos: Art. 455 - Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro. TST, IRR, item IV) Exceto ente público da Administração Direta e Indireta, se houver inadimplemento das obrigações trabalhistas contraídas por empreiteiro que contratar, sem idoneidade econômico-financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais obrigações, em face de aplicação analógica do artigo 455 da CLT e culpa in eligendo (decidido por maioria, vencido o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro). Portanto, no caso de ente da Administração Pública, o TST1 vem afastando sua responsabilidade “automática” simplesmente por ser dono da obra. Nesta linha, vale ressaltar também o julgamento do RE nº 760.931/DF, com repercussão geral reconhecida, em que o STF firmou a tese de que: o inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 Pelo mesmo raciocínio, percebemos que a alternativa (D) está incorreta. A alternativa (B) está incorreta, pois contraria o disposto no caput do art. 455 da CLT: “nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia, aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro”. A alternativa (C) está incorreta, pois, conforme entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, a responsabilidade do empreiteiro será subsidiária, independentemente de fraude ou insolvência do subempreiteiro (TST-SBDI-I, IRR 190- 53.2015.5.03.0090). Por fim, a alternativa (E) está incorreta. Nem sempre haverá responsabilidade do empreiteiro, de sorte que podemos citar a regra geral aplicada à Administração Pública. Gabarito (A) 4. CESPE/MPU – Analista - 2018 1 Ag-AIRR-5997-36.2014.5.01.0481, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 07/01/2022 102 200 Policial militar que preste, em empresa privada, serviço de natureza contínua, de maneira subordinada e mediante o recebimento de salário, poderá ter o reconhecimento do vínculo de emprego com a empresa, independentemente de eventual penalidade disciplinar prevista em estatuto. Comentários: A questão está correta, tendo cobrado o entendimento constante da SUM-386 do TST, pela possibilidade de reconhecimento do vínculo empregatício: Súmula nº 386 do TST POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 167 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Gabarito (C) 5. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração pública indireta, continua a existir após a sua privatização. Comentários: A proposição está de acordo com a jurisprudência consolidada do TST: SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. Gabarito (C) 103 200 ==8f5== 6. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2º, da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública. Comentários: De fato, a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbices no texto constitucional, sendo, portanto, nula. Todavia, algumas repercussões trabalhistas continuam asseguradas ao obreiro, uma vez que tais contratações geram efeitos, como o pagamento da remuneração e do FGTS: SUM-363 - CONTRATO NULO. EFEITOS A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. Gabarito (E) 7. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada não é legítimo, mesmo que presentes os requisitos previstos em lei trabalhista, em razão de exercício de trabalho ilícito por expressa vedação legal, cabendo penalidade disciplinar prevista no estatuto administrativo da corporação militar. Comentários: A proposição contraria a jurisprudência consolidada do TST: SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entrepolicial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. 104 200 Gabarito (E) 8. TRT-4 – Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada) A mera expectativa do trabalhador de perceber um ganho econômico pelo trabalho ofertado é suficiente para caracterizar a onerosidade. Comentários: A proposição está correta, já que o que vale é o animus contrahendi. Portanto, o inadimplemento do salário não retira o caráter oneroso da relação de emprego. Gabarito (C). 9. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho - 2016 Considere a Lei nº 11.788/2008 que regula o estágio: I. A carga horária da atividade do estagiário nunca pode ultrapassar a 20 horas semanais, sendo 4 horas diárias, sempre compatíveis com as atividades escolares. II. A duração do estágio para a mesma parte concedente, exceto para os portadores de deficiência, é de, no máximo, 2 anos. III. Na hipótese de estágio não obrigatório, a atividade do estagiário deve necessariamente ser remunerada, com a concessão de, pelo menos, bolsa e auxílio-transporte. IV. Nos estágios com duração superior a um ano, o estagiário tem direito a recesso por período de 30 dias, preferencialmente coincidente com as férias escolares, sendo a bolsa devida neste período acrescida de um terço. Está correto o que se afirma em (A) II e IV, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. Comentários: A assertiva I está incorreta, pois pode haver estágio de até 30 horas semanais: Lei 11.788/2008, art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante 105 200 legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. A assertiva II está correta, como dispõe a Lei do Estágio (art. 11). A assertiva III está correta. Apesar do trocadilho, podemos concluir que, sendo não obrigatório o estágio, a bolsa será obrigatória (assim como o auxílio-transporte): Lei 11.788/2008, art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. A assertiva IV está incorreta, já que não é direito do estagiário o recebimento do acréscimo de 1/3 quando do gozo do recesso. Portanto, percebam que o estagiário não tem direito a “férias”, mas sim a um “recesso”: Lei 11.788/2008, art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. Gabarito (B). 10. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 A respeito do contrato de emprego com o Estado (entes dotados de personalidade jurídica de direito público), é correto afirmar que: A) O contrato possui elementos gerais distintos do contrato firmado com entes de direito privado, tendo em vista o interesse público e a intensidade da intromissão do Estado no referido negócio jurídico. B) O Estado exerce o jus imperii, o que modifica substancialmente o elemento subordinação jurídica. C) O contrato mantém os mesmos elementos essenciais do contrato de emprego firmado com entes de direito privado. D) Constitui espécie de contrato administrativo. E) Prepondera a incidência dos princípios da legalidade e da primazia do interesse público sobre o princípio da tutela, porquanto a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) preceitua que “nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público”. 106 200 Comentários: A questão é clara em dizer que se trata de contrato de relação de emprego, regido, portanto, pela CLT. Dessa sorte, mesmo se for celebrado com entidade de direito público, ele continua sendo um vínculo de emprego como qualquer outro. Como o regime é celetista, não há derrogação de normas trabalhistas por normas do direito administrativo. Gabarito (C) 11. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 No que concerne à relação de emprego, aos poderes do empregador e ao contrato individual de trabalho, assinale a opção correta. (A) Na relação trabalhista, o poder de direção do empregador é ilimitado. (B) A prestação de serviços é o bem jurídico tutelado e, por isso, o objeto mediato do contrato individual de trabalho. (C) O termo “contrato de atividade” vincula-se ao fato de as prestações serem equivalentes. (D) Não se reconhece relação de emprego fundamentada em acordo tácito. (E) A continuidade e a subordinação são requisitos da relação empregatícia. Comentários: Apesar de controverso, o gabarito definitivo confirmou a alternativa (E) como correta. De fato, a subordinação é um requisito da relação de emprego (CLT, art. 3º). Entretanto, a continuidade é requisito apenas da relação de emprego doméstico (LC 150, art. 1º). Apesar da diferença conceitual entre as expressões não eventualidade e continuidade, muitas bancas têm utilizado a expressão continuidade como elemento fático-jurídico das relações de emprego em geral, motivo pelo qual inseri esta questão. A alternativa (A) está incorreta, já que o poder de direção do empregador é limitado. Ele encontra limites na própria legislação e nas demais fontes do Direito do Trabalho. A alternativa (B) está incorreta, já que o objeto imediato do contrato de trabalho é que consiste na prestação de serviços pelo empregado. Já o objeto mediato ou remoto é o bem jurídico tutelado, ou seja, o trabalho em si. A alternativa (C) está incorreta, já que o contrato de trabalho é de atividade porque representa uma prestação de fazer (o labor). A obrigação do empregado é dispor de sua energia nas tarefas designadas pelo empregador, não sendo possível se falar em contrato de resultado. O risco do empreendimento deve ser suportado pelo empregador, que assumirá lucros e prejuízos do negócio. A alternativa (D) está incorreta, já que, como regra geral, se admite o contrato de trabalho tácito: 107 200 CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Gabarito (E) 12. CESPE/AGU – Procurador - 2015 Conforme entendimento consolidado pelo TST, o contrato de trabalho celebrado sem concurso público por empresa pública que venha a ser privatizada será considerado válido e seus efeitos, convalidados. Comentários: A Súmula 430 do TST, publicada em 2012, afirma que se convalidam os efeitos do contrato de trabalho do admitido sem concurso quando o vínculo permanece após a privatização da entidade: SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA. CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE. ULTERIOR PRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO. INSUBSISTÊNCIA DO VÍCIO Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. É basicamente o seguinte: a Constituição exige aprovação prévia em concurso público para a investidura em cargo público (inclusive na Administração Indireta – autarquias, fundações, empresas públicas, etc.). O que a Súmula dispõe é que, quando o empregado é admitido sem concurso e a entidade é privatizada, convalidam-se os efeitos da admissão irregular. A convalidação significa regularizar o ato (a admissão, no caso), de modo que ele continueválido e produza seus efeitos regulares (seria a continuidade da existência do vínculo empregatício, nesta situação fática). Gabarito (C) 13. CESPE/AGU – Procurador - 2015 A aprendizagem é um contrato de trabalho especial que não gera vínculo empregatício entre as partes que o celebram, uma vez que o seu intento não é o exercício profissional em si, mas a formação educativa do menor. Comentários: No contrato de aprendizagem há sim vínculo empregatício. 108 200 Gabarito (E) 14. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2013 O contrato de aprendizagem, que pressupõe anotação na CTPS, será extinto por lei em várias hipóteses, incluindo aquela em que o aprendiz completa vinte e quatro anos de idade, exceto se portador de deficiência, situação em que a idade não será o fator determinante para o término do contrato. Comentários: A questão cobrou dos candidatos ao cargo de AFT conhecimento acerca das hipóteses de extinção do contrato de trabalho do aprendiz, dispostas no art. 433 da CLT, combinadas com o art. 428, § 5º. CLT, art. 433 - O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades; II – falta disciplinar grave; (AC) III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou (AC) IV – a pedido do aprendiz. (AC) § 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. CLT, art. 428, § 5º - A idade máxima prevista no caput deste artigo [de 24 anos] não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. Portanto, em regra, a idade máxima do aprendiz é de 24 anos. Entretanto, esta limitação etária desaparece quando este for portador de deficiência, como afirmado na assertiva. Gabarito (C) 15. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Os salários devem ser pagos ao empregado, independentemente da empresa ter auferido lucros ou prejuízos, uma vez que os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador. Tal assertiva baseia-se no requisito caracterizador da relação de emprego denominado 109 200 (A) pessoalidade. (B) alteridade. (C) não eventualidade. (D) onerosidade. (E) subordinação. Comentários: A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego. A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo empregador. Gabarito (B) 16. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Consolidação das Leis do Trabalho − CLT prevê requisitos indispensáveis para configuração do contrato individual de trabalho, que é o acordo tácito ou expresso, correspondente a uma relação de emprego. Assim, conforme normas legais, NÃO é requisito da relação de emprego: (A) exclusividade na prestação dos serviços. (B) não eventualidade dos serviços. (C) onerosidade dos serviços prestados. (D) prestação pessoal dos serviços. (E) subordinação jurídica do empregado ao empregador. Comentários: A relação de emprego se configura quando presentes os elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego, que são o trabalho prestado por pessoa física, a pessoalidade, subordinação, onerosidade e não eventualidade. A mesma pessoa física pode ter mais de uma relação de emprego, com empregadores distintos (mantendo com ambos, no caso, a não eventualidade). Neste contexto, nota-se que não se exige exclusividade na prestação de serviços para o reconhecimento do vínculo de emprego: estando presentes todos os elementos fático jurídicos da relação de emprego (entre eles a não eventualidade), a mesma pessoa física poderá ter relação de emprego com mais de um empregador. 110 200 Gabarito (A) 17. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Conforme previsto em lei, a existência da relação de emprego somente se verifica quando estiverem presentes algumas características, dentre as quais NÃO se inclui a (A) exclusividade. (B) continuidade. (C) pessoalidade. (D) onerosidade. (E) subordinação. Comentários: Nada impede que a mesma pessoa labore para mais de um empregador. Como mencionado anteriormente, existe diferenciação teórica entre não eventualidade e continuidade. Entretanto, a Banca FCC tem utilizado a expressão continuidade (prevista na Lei dos Domésticos) como elemento fático-jurídico das relações de emprego em geral. Gabarito (A) 18. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Analisando os requisitos e distinções entre os institutos da relação de trabalho e da relação de emprego, nos termos da doutrina e da legislação brasileira, (A) contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. (B) toda relação de trabalho é caracterizada como relação de emprego, sendo que o contrário não é verdadeiro. (C) trabalho realizado de forma eventual constitui-se em uma das modalidades de contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. (D) o vínculo formado entre empregado e empregador é uma relação de trabalho que não possui natureza jurídica contratual, conforme previsão expressa da Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. (E) o trabalhador avulso é uma das espécies de empregado, embora não haja igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Comentários: A letra (A) está correta, como previsto na CLT: 111 200 CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Sobre a alternativa (B), segue abaixo uma explicação. Relação de trabalho é uma expressão ampla, que engloba os mais diversos tipos de labor do ser humano. Conforme detalhado no sumário de nossa aula, a expressão abrange, por exemplo, as relações empregatícias, estagiários, trabalhadores avulsos, trabalhadores autônomos, etc. Já a relação de emprego tem lugar quando estão presentes os seus pressupostos (elementos) fático-jurídicos indispensáveis. É uma espécie de gênero relações de trabalho. A alternativa (C) está incorreta porque um dos elementos fático-jurídicos da relação de emprego é a não eventualidade; se o trabalho é eventual, tratar-se-á de relação de trabalho, mas não de emprego. A alternativa (D) está incorreta porque irá se tratar, sim, de relação contratual. Por fim, a alternativa (E) tem 2 erros: um porque o avulso não é empregado (é uma relação de trabalho em sentido amplo) e outro porque existe igualdade de direitos, como previsto na Constituição: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Gabarito (A) 19. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) Quanto aos sujeitos da relação de emprego, ou seja, empregado e empregador, conforme normas contidas na CLT, (A) a empresa individual e as instituições sem finalidade lucrativa não podem admitir trabalhadores como empregados, exceto na qualidade de domésticos, em razão da ausência de sua finalidade lucrativa. (B) poderá haver distinção relativa à espécie de emprego e à condição do trabalhador, bem como entre o trabalho intelectual, técnico e manual.(C) o empregador poderá, em algumas circunstâncias especiais previstas em lei, dividir os riscos da atividade econômica com o empregado, não os assumindo integralmente. 112 200 (D) haverá distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, mesmo que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (E) havendo formação de grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Comentários: A letra (E) é a alternativa correta, em face da seguinte previsão celetista: CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. A alternativa (A) está incorreta porque não se exige finalidade lucrativa para o reconhecimento da condição de empregador: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A alternativa (B) contrariou a CLT e a CF/88: CLT, art. 3º, parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; A alteridade, também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego. Sobre ela é que se fundamenta a alternativa (C), incorreta. 113 200 A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo empregador. A alteridade encontra-se presente no seguinte dispositivo da CLT: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Sobre a alternativa (D), não se admite tal distinção: CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Gabarito (E) 20. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Os contratos individuais de trabalho, quanto à duração, classificam-se em contratos por prazo determinado ou indeterminado. Sobre eles, é correto afirmar que (A) o prazo indeterminado para a contratação é a regra, constituindo-se em exceção legal a contratação por prazo determinado. (B) o contrato por prazo determinado poderá ser firmado por mero ajuste de vontade das partes, independentemente de sua finalidade. (C) os contratos por prazo determinado poderão ser firmados por, no máximo, quatro anos, sendo possíveis duas prorrogações dentro desse prazo. (D) o contrato a termo na modalidade de contrato de experiência não poderá ultrapassar 120 dias, podendo ser estipulado por até quatro períodos de 30 dias cada um. (E) a lei não prevê o pagamento de indenização para a hipótese de rescisão sem justa causa de forma antecipada, para o contrato por prazo determinado. Comentários: Já adiantando um dos assuntos da próxima aula, destacamos que é conferida ao contrato de trabalho a característica de trato permanente porque as obrigações das partes (realização das atividades laborais com a correspondente contraprestação remuneratória) ocorrem de forma continuada no tempo, havendo, em regra, a indeterminação do prazo dos contratos de trabalho. Este conceito está associado ao princípio da continuidade da relação de emprego. 114 200 Assim, a regra é que haja indeterminação de prazo nos contratos trabalhistas, sendo a contratação por prazo determinado exceção no ordenamento jurídico, conforme disposto na assertiva (A). Na próxima aula, veremos este assunto em detalhes! Gabarito (A) 21. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013 A doutrina que orienta a disciplina do Direito do trabalho prevê distinções entre os institutos da relação de trabalho e relação de emprego. Configura relação de emprego (A) o trabalho realizado de forma eventual. (B) a prestação de serviços autônomos. (C) o contrato individual de trabalho. (D) a realização do estágio não remunerado. (E) o serviço prestado por voluntários. Comentários: A questão versa sobre os pressupostos para configuração da relação de emprego, distinguindo-a da relação de trabalho. Vamos por eliminação! No trabalho realizado de forma eventual – letra (A) – falta o requisito da não-eventualidade para configuração da relação de emprego. Já no caso dos autônomos – letra (B) – falta o requisito da subordinação, impedindo a formação de vínculo empregatício. Notem que o próprio termo “autônomo” indica que esses profissionais possuem “autonomia”, isto é, presta serviços de forma não subordinada a outrem. Também no caso do estágio – letra (D) –, caso sejam respeitadas todas as condições impostas pela Lei 11.788/08, teremos efetivamente uma relação de trabalho sem formação de vínculo empregatício, visto que o objetivo é a preparação do estagiário para o mercado de trabalho. E, ainda, no caso do trabalho voluntário – letra (E) – não há igualmente formação de vínculo empregatício, visto que não se encontra presente o requisito da onerosidade, conforme Lei 9.608/98, art. 1º, parágrafo único. Portanto, como nas letras (A), (B), (D) e (E) faltam algum dos requisitos para formação do vínculo empregatício, por eliminação marcamos a letra (C). Além disso, o contrato de trabalho, ainda que tácito, ou verbal, dá origem à relação de emprego, caso presentes os requisitos formadores. Gabarito (C) 115 200 22. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 Considere: I. Prestação de trabalho por pessoa jurídica a um tomador. II. Prestação de trabalho efetuada com pessoalidade pelo trabalhador. III. Subordinação ao tomador dos serviços. IV. Prestação de trabalho efetuada com onerosidade. São elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego os indicados APENAS em (A) III e IV. (B) I, II e III. (C) I, III e IV. (D) II e IV. (E) II, III e IV. Comentários: Não há como considerar pessoa jurídica como empregado, e por isso a proposição I está errada. Empregado sempre é pessoa física. As demais proposições trazem elementos fático-jurídicos da relação de emprego. Gabarito (E) 23. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho - 2010 Preenchidos os requisitos da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada. Comentários: Presentes os elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego, estaremos diante de uma relação empregatícia. Segue a Súmula do TST que embasou a questão: SUM-386 POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA 116 200 Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinarprevista no Estatuto do Policial Militar. Relembrando o citado artigo 3º da CLT: CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Alternativa correta 24. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho – 2010 Leia e analise os itens abaixo: I – O contrato de aprendizagem compromete o empregador a assegurar formação técnico-profissional metódica, compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz. II – O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. III – Os agentes de integração, públicos e privados, não podem cobrar qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços de: identificação de oportunidades de estágio; ajustes das condições de realização do estágio; acompanhamento administrativo; encaminhamento de negociação de seguros contra acidentes pessoais e, cadastramento dos estudantes, salvo se ostentarem condições econômicas para arcar com tais custos. Marque a alternativa CORRETA: (a) todos os itens são corretos; (b) apenas os itens I e II são corretos; (c) apenas os itens I e III são corretos; (d) apenas os itens II e III são corretos; (e) não respondida Comentários: A proposição I, correta, fundamentou-se no art. 428 da CLT, sobre a aprendizagem. Já as proposições II e III têm a ver com o estágio, estando incorreta a ressalva constante desta última, que não existe na lei - “salvo se ostentarem condições econômicas para arcar com tais custos”: 117 200 Lei 11.788/08, art. 1º, § 2º O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Lei 11.788/08, art. 5º As instituições de ensino e as partes cedentes de estágio podem, a seu critério, recorrer a serviços de agentes de integração públicos e privados, mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado, devendo ser observada, no caso de contratação com recursos públicos, a legislação que estabelece as normas gerais de licitação. § 1º Cabe aos agentes de integração, como auxiliares no processo de aperfeiçoamento do instituto do estágio: I – identificar oportunidades de estágio; II – ajustar suas condições de realização; III – fazer o acompanhamento administrativo; IV – encaminhar negociação de seguros contra acidentes pessoais; V – cadastrar os estudantes. § 2º É vedada a cobrança de qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços referidos nos incisos deste artigo. Gabarito (B) 25. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho – 2009 Assinale a alternativa INCORRETA: (A) a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico- profissional metódica; (B) a inobservância dos requisitos legais necessários à configuração do estágio ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os efeitos da legislação trabalhista e previdenciária; (C) em nenhuma hipótese, a duração do estágio na mesma parte concedente, e do contrato de aprendizagem, poderá ultrapassar 2 (dois) anos; 118 200 (D) é assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares; (E) não respondida. Comentários: Esta questão abrangeu tanto o estágio quanto a aprendizagem, e o candidato precisa ficar atento para não confundir os conceitos. O gabarito é (C), pois existe previsão legal de duração de estágio superior a 2 anos na mesma concedente em caso de estagiário portador de deficiência: Lei 11.788/08, art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. A alternativa (A) está correta, tendo reproduzido o art. 428, § 1º, da CLT (sobre a aprendizagem). A alternativa (B), também correta, se relaciona ao texto da Lei 11.788/08 (Lei do Estágio), que indica a existência de vínculo empregatício caso suas disposições sejam descumpridas (matrícula e frequência do estagiário em escola, elaboração de termo de compromisso, etc.): Lei 11.788/08, art. 3º, § 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. A alternativa (D), correta, trata do recesso a que faz jus o estagiário: Lei 11.788/08, art. 13 É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares. Como o estagiário não é empregado regido pela CLT, é de se notar que a previsão normativa é de recesso de 30 (trinta) dias - e não de férias. Gabarito (C) 26. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 A relação empregatícia e a figura do empregado surgem como resultado da combinação de elementos fático- jurídicos que são: a) prestação de trabalho por pessoa física a um tomador qualquer; b) prestação efetuada com pessoalidade pelo trabalhador; c) prestação efetuada com não-eventualidade; d) efetuada sob subordinação ao tomador dos serviços; e) prestação de trabalho efetuada com onerosidade. 119 200 Comentários: A proposição fala em “tomador qualquer” (item 'a') porque, como estudamos, o empregado é necessariamente pessoa física, mas o empregador pode ser pessoa física ou jurídica. Os demais itens mencionam corretamente requisitos da relação de emprego. Alternativa correta 27. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Comentários: Esta questão exigiu o conhecimento da literalidade da CLT: CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Alternativa correta 28. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Não há distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que estejam presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego. Comentários: Mesmo nos casos em que o empregado preste serviços em sua residência, isto não obsta o reconhecimento da relação de emprego. Neste aspecto, a CLT foi alterada em 2011 e atualmente seu artigo 6º conta com a seguinte redação: CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Alternativa correta. 29. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 120 200 O Direito do Trabalho estende sua esfera normativa ao empregado adomicílio, não fazendo distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego. Comentários: Como vimos, há expressa previsão na CLT no sentido de que, estando presentes os elementos fático-jurídicos da relação de emprego estar-se-á diante de vínculo empregatício, mesmo que o trabalho seja prestado em residência: CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. Alternativa correta. 121 200 QUESTÕES COMENTADAS Figura jurídica do empregado 1. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 Um trabalhador prestou serviços de limpeza, de maneira subordinada, a determinado Município, por intermédio de contrato formal de emprego e com anotação de sua CTPS, no período de março de 2015 até julho de 2016, tendo ingressado com reclamatória, na qual postulou o pagamento de horas extras, repousos e feriados trabalhados, adicional de insalubridade, parcelas da extinção do contrato não adimplidas (gratificação natalina e férias proporcionais, indenização relativa ao período de aviso prévio e indenização de 40% sobre o FGTS), FGTS do período e seguro-desemprego. O Município, em sua defesa, comprova que a contratação foi efetuada sem concurso público. A pactuação efetuada, de acordo com entendimento pretoriano majoritário e os planos do mundo jurídico, é: A) Inexistente, pois não foi observada a forma legal. B) Existente, inválida e absolutamente ineficaz. C) Existente, inválida e com eficácia reduzida. D) Existente, inválida e eficaz. E) Existente, válida e eficaz. Comentários: Confirmando o entendimento da SUM-363 do TST1, o STF já assentou entendimento de que as contratações sem concurso público pela Administração Pública, embora não se possa negar sua existência, não geram quaisquer efeitos jurídicos válidos a não ser o direito à percepção dos salários do período trabalhado e ao levantamento dos depósitos efetuados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Gabarito (C) 2. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Em relação ao trabalho do menor, é correto afirmar: (A) É proibido o trabalho perigoso, insalubre e noturno do menor de vinte e um anos de acordo com a Constituição Federal. (B) O contrato de aprendizagem pode ser celebrado com aprendiz com idade entre quatorze e dezoito anos. 1 Súmula nº 363 do TST A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. 122 200 (C) É permitida a compensação de jornada para os aprendizes. (D) O contrato de aprendizagem não pode ser extinto antecipadamente, salvo se houver prática de falta grave por parte do aprendiz. (E) É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos pais ou responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento de indenização que lhe for devida. Comentários: A letra (E) está correta. De fato, o menor pode receber salário, mas, quando se tratar de quitação das verbas rescisórias, ele deve ser assistido pelo responsável legal: CLT, art. 439 - É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. A alternativa (A) está incorreta porque a CF/88 dispõe sobre proibição dos referidos trabalhos aos menores de 18 anos: CF/88, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; A alternativa (B) está incorreta porque o contrato de aprendizagem pode ser celebrado com o maior de 14 e menor de 24 (não se aplicando o limite máximo aos portadores de deficiência): CLT, art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional (...). Sobre a alternativa (C), a CLT não permite prorrogação e nem compensação de jornada de aprendizes: CLT, art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. 123 200 Por fim, a alternativa (D) está incorreta porque existem outras hipóteses legais de extinção antecipada do contrato de aprendizagem, a saber: CLT, art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5º do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades; II – falta disciplinar grave; III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou IV – a pedido do aprendiz. Gabarito (E) 3. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2013 Em relação ao trabalho temporário, é correto afirmar: (A) O trabalho temporário pode ser contratado para substituição do pessoal regular e permanente da empresa ou em caso de serviços excepcionais que não se inserem na atividade fim da empresa contratante. (B) Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica que tem por atividade colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores. (C) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviço ou cliente pode ser escrito ou verbal, desde que fique claro o motivo justificador da demanda de trabalho temporário. (D) É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no país. (E) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de cento e vinte dias, salvo autorização do Ministério do Trabalho. Comentários: Questão difícil que explorou alguns artigos da Lei 6.019/74 raramente - ou nunca antes - exigidos em concursos. Iniciando pelo gabarito, letra (D): Lei 6.019/74, art. 17 - É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no País. 124 200 A alternativa (A), mesmo antes da alteração na redação do art. 2º, já estava incorreta porque a Lei não restringe às atividades-meio a contratação dos temporários: Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. A alternativa (B) foi considerada incorreta, à época, por estar incompleta, já que não fazia menção, por exemplo, ao registro no MTb ou ao requisito exigido à época(antes da alteração pela Lei 13.429/2017) que restringia o trabalho temporário ao meio urbano. Atualmente, não há mais este requisito: Lei 6.019/74, art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. Sobre a alternativa (C), a lei exige formalização escrita do contrato (de natureza civil) entre a empresa terceirizante e a tomadora dos serviços: Lei 6.019/74, art. 9º - O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: (..) Por fim, a alternativa (E) está incorreta em face do limite máximo do contrato de trabalho temporário entre terceirizante e tomadora em relação a um mesmo trabalhador: Lei 6.019/74, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram Gabarito (D) 4. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Com fundamento nas disposições da CLT, em relação ao contrato de trabalho por prazo determinado, o mesmo (A) será considerado por prazo indeterminado se suceder, dentro de um ano, a outro contrato por prazo determinado. (B) não é admitido pelo ordenamento jurídico brasileiro. (C) pode ser prorrogado, tácita ou expressamente, por no máximo três vezes. 125 200 (D) pode ser celebrado livremente pelas partes, para qualquer tipo de atividade empresarial. (E) não poderá ser estipulado por mais de 2 anos, ou, no caso de contrato de experiência, não poderá ser estipulado por mais de 90 dias. Comentários: Iniciando pelo gabarito, letra (E). Em regra, os contratos de trabalho possuem indeterminação de prazo, em face do princípio da continuidade da relação de emprego. Entretanto, a legislação prevê os casos em que serão válidos contratos firmados a prazo determinado: CLT, art. 443, § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Do exposto, vê-se que as alternativas (B) e (D) estão incorretas. Sobre o prazo máximo dos contratos mencionados no artigo 443, eles são definidos no artigo 445, em conformidade com a alternativa (E): CLT, art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. Acerca de prorrogações do contrato a prazo determinado somente se admite uma, pelo que a alternativa (C) está incorreta: CLT, art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. A alternativa (A) está incorreta porque o lapso temporal que gera a indeterminação do contrato a prazo sucessivo é de 6 meses: CLT, art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Gabarito (E) 126 200 5. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Em relação ao trabalho temporário, com fundamento na legislação aplicável, é correto afirmar: (A) A jornada normal de trabalho do temporário não poderá exceder de 6 horas diárias, remuneradas as horas extras com adicional de 20% sobre o valor da hora normal. (B) A empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica, urbana ou rural, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por ela remunerados e assistidos. (C) Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. (D) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de seis meses, salvo mediante autorização do Ministério do Trabalho. (E) O contrato de trabalho celebrado entre a empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição da empresa tomadora ou cliente poderá ser celebrado verbalmente ou por escrito, sendo vedada a modalidade de contrato tácito. Comentários: A alternativa (C) está correta, tendo em vista que a Lei 6.019/74, que dispõe sobre o trabalho temporário, não admite tal cláusula nos contratos: Lei 6.019/74, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. Em relação à jornada do trabalhador temporário, citada na alternativa (A), a mesma é de 8 (oito) horas: Lei 6.019/74, art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: (...) b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); 127 200 Sobre este dispositivo legal é de notar que o mesmo deve ser interpretado de acordo com a atual Constituição Federal2, que prevê duração do trabalho diário de 08 (oito) horas e semanal de 44 (quarenta e quatro), além do adicional mínimo de 50%. Sobre a alternativa (B), incorreta, a Lei 6.019/74 conceitua a empresa de trabalho temporário como sendo necessariamente pessoa jurídica: Lei 6.019/74, art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente. A alternativa (D), também incorreta, errou no prazo máximo admitido para que um mesmo trabalhador da empresa de trabalho temporário preste serviço a uma tomadora: Lei 6.019/74, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram A alternativa (E), por fim, errou ao sugerir que o contrato de trabalho entre a empresa de trabalho temporário e o empregado temporário possa ser verbal: Lei 6.019/74, art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Este é, portanto, uma exceção à regra geral celetista que admite os contratos verbais ou escritos, expressos ou tácitos3. Gabarito (C) 6. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) 2 CF/88, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (...) XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo,em cinqüenta por cento à do normal; 3 CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. 128 200 O trabalho prestado por pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade de substituição transitória de seu pessoal regular e permanente ou a demanda complementar de serviços, é o conceito legal de trabalho (A) autônomo. (B) temporário. (C) cooperado. (D) eventual. (E) avulso. Comentários: O gabarito é a letra (B), que consiste em transcrição do dispositivo legal abaixo. Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. Gabarito (B) 7. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 O filho não poderá ser considerado empregado do pai em razão do grau de parentesco, ainda que presentes os requisitos caracterizadores da relação de emprego. Comentários: Não existe previsão legal neste sentido; estando presentes os pressupostos da relação de emprego, caracterizar-se-á o vínculo, independente de relação de parentesco: CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Esquematizando os pressupostos da relação de emprego: 129 200 Pessoa física Pessoalidade Onerosidade Empregado Não eventualidade Subordinação jurídica Alternativa incorreta 8. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 O empregado doméstico terá igualdade de direitos previstos na CLT em relação ao empregado urbano que atua no comércio. Comentários: Os domésticos eram, à época do concurso, regidos pela Lei 5.859/72. Existem direitos estendidos aos domésticos, como vimos em questões anteriores, mas isto não significava dizer que haja, genericamente, igualdade de direitos. Mesmo com a atual redação do art. 7º, § único da CLT a alternativa continuaria incorreta, tendo em vista que alguns direitos previstos na CF/88 e regulamentados pela CLT não foram estendidos aos domésticos. Alternativa incorreta 9. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2011 Com relação à proteção ao trabalho do menor, a Consolidação das Leis do Trabalho prevê o contrato de aprendizagem. Este contrato é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Este contrato pode ser celebrado com pessoa maior de 14 anos e menor de (A) 26 anos. 130 200 (B) 24 anos. (C) 22 anos. (D) 21 anos. (E) 18 anos. Comentários: O gabarito é a letra (B), pois aprendiz é o maior de 14 e menor de 24 anos que celebra contrato de aprendizagem (a idade máxima não se aplica a aprendizes portadores de deficiência). Conforme artigo 428 da CLT, contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação. Gabarito (B) 10. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011 Karina e Mariana residem no pensionato de Ester, local em que dormem e realizam as suas refeições, já que Gabriela, proprietária do pensionato, contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline reside em uma república estudantil que possui como funcionária Helena, responsável pela limpeza da república, além de cozinhar para os estudantes moradores. Abigail e Helena estão grávidas. Neste caso, (A) nenhuma das empregadas são domésticas, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (B) ambas são empregadas domésticas e terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (C) somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (D) somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (E) ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. Comentários: Helena labora em âmbito residencial do grupo estudantil, sem finalidade lucrativa, caracterizando vínculo doméstico. 131 200 Já as outras laboram para um pensionato (que é um empreendimento com fins lucrativos), e por isso não são domésticas. Falaremos sobre estabilidade em outra aula, mas quem conseguiu caracterizar o doméstico já teria condições de acertar a questão. Gabarito (C) 11. FCC/TRT16 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 Diana é empregada de uma república de estudantes; Danilo é vigia da residência de João, presidente de uma empresa multinacional; Magali é governanta da residência de Mônica; e Marcio é jardineiro da casa de praia de Ana. Nestes casos, (A) apenas Magali é considerada empregada doméstica. (B) apenas Marcio é considerado empregado doméstico. (C) apenas Magali e Marcio são considerados empregados domésticos. (D) apenas Diana, Magali e Marcio são considerados empregados domésticos. (E) todos são considerados empregados domésticos. Comentários: Todos os empregados citados no enunciado exercem suas atividades em âmbito residencial a pessoa física ou família, sem finalidade lucrativa. Gabarito (E) 12. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 O contrato de aprendizagem é contrato de trabalho especial, por prazo determinado de dois anos, prorrogáveis somente para os aprendizes portadores de deficiência, cuja idade máxima de 24 anos não se aplica. Comentários: Um contrato de trabalho em geral pode ser prorrogado, nos limites da CLT. A prorrogação pode, inclusive, culminar com a indeterminação de prazo, conforme previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (contratos de experiência e outras espécies de contratos a prazo determinado). Entretanto, o contrato de aprendizagem não pode ser livremente prorrogado, quer seja o aprendiz deficiente ou não. Tal contrato é de natureza especial, e possui peculiaridades. O contrato de aprendizagem está estritamente vinculado à duração do curso de aprendizagem. 132 200 ==8f5== Em vista dessa particularidade, não existe previsão legal de prorrogação de contrato de aprendizagem. No Decreto 9.579/2018 não existe previsão de prorrogação de tais contratos, o que é reforçado pelo Manual de Aprendizagem do MTb4: 36) O contrato de aprendizagem pode ser prorrogado? Não, porque o contrato de aprendizagem, embora pertencente ao gênero dos contratos de prazo determinado, é de natureza especial. A duração do contrato está vinculada à duração do curso de aprendizagem, cujo conteúdo é organizado em grau de complexidade progressiva, conforme previsão em programa previamente elaborado pela entidade formadora e validado no Cadastro Nacional de Aprendizagem, o que é incompatível com a prorrogação. Assim, a questão errou ao sugerir que o contrato poderia ser prorrogado no caso de aprendizes portadores de deficiência: ele não pode ser prorrogado. Alternativa incorreta. 13. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 A anotação na Carteira de Trabalho e Previdência constitui o único pressuposto para a validade do contrato de aprendizagem. Comentários: Como vimos, existem outrospressupostos indispensáveis para a caracterização da aprendizagem, que são: CLT, art. 428, § 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. Alternativa incorreta. 4 http://acesso.mte.gov.br/data/files/8A7C816A454D74C101459564521D7BED/manual_aprendizagem_miolo.pdf; página 34. 133 200 QUESTÕES COMENTADAS Figura jurídica do empregador 1. CEBRASPE - PGM - SP - Procurador do Município - 2023 No que concerne a sucessão trabalhista e grupos econômicos, assinale a opção correta, com base na consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a) Na sucessão de empresas, os débitos trabalhistas devidos por empresa sucessora que se encontre em liquidação extrajudicial não sofrem a incidência de juros de mora, ficando também a empresa sucedida desincumbida de tal ônus. b) Caracterizará necessariamente grupo econômico o fato de uma ou mais empresas estarem sob controle e administração de outra ou, ainda, o fato de haver identidade de sócios. c) Alterações na estrutura jurídica da empresa não afetam os direitos adquiridos dos empregados, mas os sócios retirantes respondem solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figuraram como sócios nas ações ajuizadas pelo prazo de até três anos depois de averbadas as modificações contratuais. d) Comprovada a fraude na sucessão empresarial, a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quanto às obrigações trabalhistas. e) Em regra, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico durante a mesma jornada de trabalho caracteriza a coexistência de mais de um contrato de emprego, conforme jurisprudência dominante Comentários A correta é a alternativa (D), conforme art. 448-A da CLT: “Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. “ 134 200 A alternativa (A) está incorreta, nos termos da OJ 408 da SDI-1 do TST: “É devida a incidência de juros de mora em relação aos débitos trabalhistas de empresa em liquidação extrajudicial sucedida nos moldes dos arts. 10 e 448 da CLT. O sucessor responde pela obrigação do sucedido, não se beneficiando de qualquer privilégio a este destinado.” A alternativa (B) está incorreta, conforme art. 2º, §3º, da CLT: “§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” A alternativa (C) está incorreta, conforme art. 10º-A, da CLT: “O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:” A alternativa (E) está incorreta, trata-se da teoria do grupo econômico como empregador único prevista na SUM-129 do TST: “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.” Gabarito (D) 2. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado Assinale a opção correta no que se refere ao ente responsável pelos direitos trabalhistas dos empregados, em caso de criação de novo município por desmembramento. A A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do município que for criado, já que o empregado migrará para seus quadros. 135 200 B A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será da União, já que a criação e o desmembramento de um município são disciplinados por lei federal, que estabelece normas e diretrizes também no que se refere às obrigações trabalhistas. C A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do município originário, já que os empregados foram contratados por ele. D A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do estado membro, uma vez que ficará configurado conflito entre os municípios. E A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que figurarem como real empregador será de cada município. Comentários: A alternativa (E) está correta. Neste caso, não haverá sucessão, de modo que cada Município responde pelas obrigações contraídas durante o período no qual figurou como real empregador: OJ 92 SDI-1 TST: Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. A alternativa (A) está incorreta, com base no mesmo raciocínio. A alternativa (B) está incorreta. A responsabilidade não será da União, visto que não mencionada pelo TST, tampouco do Estado- membro, de modo que a alternativa (D) também está incorreta. Por fim, a alternativa (C) está incorreta, pois a responsabilidade não será somente do Município originário. Gabarito (E) 3. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2014 Considere as assertivas: I. As instituições beneficentes, para os efeitos da relação de emprego, são equiparadas ao empregador quando admitirem trabalhadores como empregados. II. Não há solidariedade pelas obrigações trabalhistas entre as empresas de um grupo econômico quando cada qual é dotada de personalidade jurídica própria. 136 200 III. Embora o empregado doméstico não desempenhe atividade econômica, diversos direitos atribuídos aos trabalhadores urbanos são garantidos aos trabalhadores domésticos, como, por exemplo, férias, 13º salário, aviso-prévio. IV. O trabalho temporário difere da relação de emprego por ser exercido sem subordinação e sem onerosidade. V. O constituinte assegurou aos empregados rurais os mesmos direitos dos empregados urbanos. Está correto o que consta APENAS em (A) II, III e IV. (B) III, IV e V. (C) II e IV. (D) I, II, III e IV. (E) I, III e V. Comentários: A assertiva I, correta, nos traz praticamente a literalidade do art. 2º, § 1º, da CLT. Vejamos: CLT, art. 2º, § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A assertiva II está incorreta, pois dispõe exatamente no sentido contrário ao do art. 2º, § 2º, da CLT, que prevê a solidariedade das empresas de um mesmo grupo econômico pelos créditos trabalhistas. Vejamos: CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. A assertiva III, correta, tem como objeto os direitos sociais assegurados aos trabalhadores domésticos. A Constituição assegura vários direitos aos domésticos no parágrafo único do art. 7º, dentre os quais estão sim férias, décimo terceiro e aviso-prévio. 137 200 A assertiva IV está incorreta, uma vez que no trabalhotemporário estão sim presentes todos os requisitos da configuração da relação de emprego, inclusive subordinação e onerosidade. A assertiva V está correta porque o Constituinte realmente assegurou os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos aos rurais por meio do caput do art. 7º: CF, art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (..) Gabarito (E) 4. FCC/TRT5 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 O empregador é um dos sujeitos da relação de emprego, com definição legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho. Sobre tal figura do contrato de trabalho é correto afirmar que (A) havendo formação de grupo econômico, a responsabilidade da empresa controladora do grupo em relação aos direitos trabalhistas de empregados das empresas subordinadas é subsidiária. (B) em caso de sucessão de empregadores, os contratos de trabalho são interrompidos, iniciando- se novo vínculo de emprego com os sucessores. (C) o empregador deverá assumir, exclusivamente, todos os riscos da atividade econômica, não podendo transferi-los aos empregados. (D) tanto no caso de grupo econômico como em situação de sucessão de empregadores não incidirá responsabilidade solidária ou subsidiária por débitos trabalhistas. (E) as instituições de beneficência sem fins lucrativos, em nenhuma situação se equiparam ao empregador para efeitos da relação de emprego. Comentários: A alteridade, mencionada na letra (C), também chamada de princípio da alteridade, é um requisito existente nas relações de emprego. A alteridade se relaciona ao risco do negócio, que deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo empregador. A alternativa (A) está incorreta porque se trata de responsabilidade solidária de grupo econômico: 138 200 CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Na alternativa (D) há dois erros. Primeiramente, no grupo econômico existe a responsabilidade solidária, como visto acima. Em segundo lugar, na sucessão de empregadores, entre outras situações específicas, havendo fraude comprovada, haverá a responsabilidade solidária do empregador sucedido. Na alternativa (B) foi tratado de alteração subjetiva do empregador – sucessão trabalhista -, na qual os contratos permanecem inalterados: CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Por fim, a alternativa (E) colidiu com a previsão celetista da equiparação a empregador: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Gabarito (C) 5. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 A Consolidação das Leis do Trabalho prevê que o contrato individual de trabalho corresponde à relação de emprego, além de criar normas classificando e atribuindo características ao contrato. Segundo essas regras, (A) o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a seis meses no mesmo tipo de atividade, para fins de contratação. (B) o contrato individual de trabalho poderá ser acordado somente de forma expressa e por escrito, podendo, em qualquer situação ser firmado por prazo determinado ou indeterminado. 139 200 (C) o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de quatro anos, podendo ser prorrogado por até duas vezes, dentro desse período. (D) o contrato de experiência é uma das modalidades legais de contrato por prazo determinado e não poderá exceder seis meses. (E) a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados, se constituindo uma nova relação de emprego a partir da alteração. Comentários: A letra (A) está correta, em face de artigo inserido na CLT em 2008: CLT, art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. A alternativa (B) está incorreta porque os contratos a prazo determinado são uma exceção, somente sendo admitidos quando a lei autorizar. Além disso, eles podem ser tácitos ou expressos (neste último caso, escritos ou verbais): CLT, art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. A alternativa (C), por sua vez, errou no prazo máximo e na prorrogação dos contratos a termo: CLT, art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. CLT, art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. O prazo máximo do contrato de experiência (que é um contrato por prazo determinado) é de 90 dias, e por isso a alternativa (D) está errada: CLT, art. 445, parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. A alternativa (E) inverteu a regra do art. 448 da CLT, recorrente em provas de concurso público: 140 200 ==8f5== CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Gabarito (A) 6. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Consolidação das Leis do Trabalho apresenta normas que regulam os sujeitos do contrato individual de trabalho, conceituando e caracterizando o empregado e o empregador. Segundo essas normas, é INCORRETO afirmar: (A) A empresa principal será responsável subsidiária em relação às subordinadas, em caso de formação de grupo econômico para os efeitos da relação de emprego. (B) O empregador assume os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal dos serviços do empregado. (C) O empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual, sob a dependência do empregador que lhe remunera. (D) O empregador não poderá fazer distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. (E) As alterações na estrutura jurídica da empresa, como, por exemplo, a mudança do quadro societário, não afetarão os direitos adquiridos por seus empregados. Comentários: A assertiva (A) está incorreta, pois no caso do grupo econômico há solidariedade e não subsidiariedade. A assertiva (B) dispõe acerca do princípio da alteridade, o qual prevê que o risco do negócio deve ser assumido pelo empregador. Nesta linha, não se admite que sejam transferidos ao empregado os riscos do empreendimento, pois estes devem ser suportados pelo empregador. As assertivas (C) e (D) trazem o conceito de empregado e a vedação à discriminação da natureza do trabalho dispostos no art. 3º da CLT: CLT, art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espéciede emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 141 200 A assertiva (E) decorre da despersonalização do empregador, o qual mantém o contrato de trabalho válido mesmo quando há modificação do sujeito passivo (empregador), como ocorre na sucessão trabalhista: CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Gabarito (A) 7. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 Não se equipara ao empregador a instituição sem fins lucrativos que admita, assalaria, dirige a prestação pessoal dos serviços, assumindo o risco da atividade. Comentários: A alternativa está incorreta, pois existe, sim, a equiparação: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Gabarito (E) 8. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 As cooperativas não se igualam às demais empresas em relação aos seus empregados para fins de legislação trabalhista e previdenciária. Comentários: É possível que haja empregados na cooperativa, e em relação a estes a cooperativa será, sim, empregador. Cuidado para não fazerem confusão com a figura do cooperado. 142 200 Como estudamos na parte teórica do curso, o verdadeiro cooperado é um trabalhador autônomo, pois não é subordinado à cooperativa. Entretanto, a questão não falou de cooperados, e sim de eventuais empregados da cooperativa (pode ser um auxiliar administrativo, secretária, faxineira, etc.). Relembrando o dispositivo correlato da CLT: CLT, art. 442, parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. Alternativa incorreta 9. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho - 2008 O fato de o empregador ter permitido que o empregado execute as atividades em seu domicílio significa que renunciou ao poder diretivo. Comentários: Quando o trabalho é prestado em domicílio pode continuar havendo o poder diretivo (controle de produção, estabelecimento de prazos, definição das tarefas, etc.) e, nestes casos, pode se configurar o vínculo empregatício. Alternativa incorreta 143 200 1 QUESTÕES COMENTADAS - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/EPE - Analista de Gestão Corporativa - Recursos Humanos - 2014 O empregador, quando da admissão de empregados, assume determinadas obrigações legais advindas da CLT. NÃO é uma dessas obrigações a) proporcionar condições de gozo de férias anuais. b) remunerar de acordo com contrato individual de trabalho. c) realizar pagamento de 13º salário e demais direitos adquiridos. d) estabelecer jornada semanal de, no máximo, 40 horas de trabalho. e) oferecer condições de trabalho que não ofereçam risco à integridade física do trabalhador. Comentários: A Letra (a) está correta. Proporcionar condições de gozo de férias anuais para o empregado é garantia constitucional, imposta pelo art. 7º, XVII, da CF: Art. 7º, XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Além disso, o direito de férias também é previsto na CLT, nos arts. 129 a 133. Assim dispõe o art. 129 da CLT: Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. A Letra (b) está correta. Também é outra obrigação do empregador, evidentemente, remunerar o empregado de acordo com o contrato individual de trabalho. Isso posto, o tema do contrato individual de trabalho é disciplinado nos art. 442 a 510 da CLT, dispondo o art. 442 o seguinte: Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Ademais, o descumprimento do contrato por parte do empregador dá ensejo à rescisão indireta realizada pelo empregado, conforme art. 483 e incisos: 144 200 2 Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; A Letra (c) está correta. Novamente, o décimo terceiro salário, ou gratificação natalina, também é direito garantido pela CF, no art. 7º, VIII, e regulamentado pela Lei 4.090/1962, na qual prevê no art. 1º: CR, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; Lei 4.090/1962, Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. A Letra (d) está incorreta. Segundo o que institui a Constituição da República, a duração do trabalho normal não será superior a 44 horas semanais, observadas as disposições no que tangem à compensação de jornada e às horas extras: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; Por fim, a Letra (e) está correta. Oferecer condições de trabalho apresentem risco à integridade física do trabalhador é decorrência lógica do contrato de trabalho firmado. Sobre o tema, a CLT reserva capítulo exclusivo para tal disciplina (CAPÍTULO V – DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO (Arts. 154 a 223), sem obstar todos os outros dispositivos regentes dos direitos do trabalhador. Gabarito (D) 2. CESGRANRIO/TRANSPETRO – PTNS - Advocacia - 2018 O sócio retirante, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade, relativas ao período em que figurou como sócio, depois de averbada a modificação do contrato, somente em ações ajuizadas até a) um ano 145 200 3 b) dois anos c) três anos d) quatro anos e) cinco anos Comentários: O enunciado da alternativa exige conhecimento do art. 10-A, inserido na CLT pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), que assim dispõe: Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (...) Com efeito, o sócio retirante responderá pelas ações ajuizadas até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato. Portanto, o prazo questionado pela questão é de 2 anos. Gabarito (B) 3. CESGRANRIO/PETROBRÁS – PPNS - Direito - 2018 Segundo a nova perspectiva legal, NÃO caracteriza grupo econômico a demonstração de a) atuação conjunta b) mera identidade de sócios c) comunhão de interesses d) direção de outra pessoa jurídica e) interesse integrado Comentários: Conforme se depreende do enunciado da questão, o examinador deseja abordar conhecimento do disposto no art. 2º, § 3º, da CLT, que trata sobre o grupo econômico. Sendo assim, enquanto o § 2º do mesmo artigo prevê a configuração do grupo econômico, o § 3º institui uma exceção, seja ela a mera identidade de sócios: Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.§ 2o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 146 200 ==8f5== 4 § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Portanto, para que haja grupo econômico, segundo o texto celetista, é necessário que as empresas estejam sob direção, controle ou administração de outra, demonstrem interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas. Dessa forma, a mera identidade de sócios não autoriza a caracterização do grupo econômico. Gabarito (B) 147 200 QUESTÕES COMENTADAS Grupo econômico, sucessão empresarial e responsabilidade de sócio 1. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019 Para a justiça do trabalho, a existência de sócios em comum entre duas empresas basta para a configuração de grupo econômico e, consequentemente, para responsabilização solidária entre elas. Comentários: Sabemos que, de acordo com a CLT, a existência de sócios em comum não basta para a caracterização do grupo econômico para fins trabalhistas: CLT, art. 2º, § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. E este tem sido também o entendimento do TST, a exemplo do julgado a seguir: a mera existência de sócios em comum e de relação de coordenação entre as empresas não constituem fatores suficientes para a configuração de grupo econômico, revelando-se imprescindível a existência de vínculo hierárquico entre elas, isto é, de efetivo controle de uma empresa líder sobre as demais. (..) Tribunal Regional procedeu à interpretação do artigo 2°, § 2°, da CLT dissonante da consolidada no âmbito desta Corte Superior, o que impõe o provimento do recurso de revista para, afastada a caracterização de grupo econômico, absolver a Recorrente da responsabilidade solidária pelo pagamento das verbas trabalhistas reconhecidas na presente reclamação trabalhista. Recurso de revista conhecido e provido. RR - 2862-24.2014.5.02.0049/ DEJT 22/3/2019 Gabarito (E) 2. FCC /AFAP – Analista de Fomento – Advogado – 2019 Gustavo era proprietário de um posto de gasolina, tendo vendido o empreendimento para Paulo e Rafael, com a devida averbação da modificação do contrato nos órgãos competentes. Não se confirmou nenhuma fraude na alteração societária. Tendo em vista a responsabilidade de Gustavo por eventuais obrigações trabalhistas dos empregados do posto de gasolina, nos termos da legislação vigente, é correto afirmar que a responsabilidade do sócio retirante é 148 200 a) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. b) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. c) solidária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. d) solidária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. e) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos de sua saída, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. Comentários: O gabarito está na letra (a), consoante preceitua o art. 10-A da CLT, incluído pela Reforma Trabalhista: Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Em síntese: 149 200 Gabarito (A) 3. CESPE/EMAP - Analista Portuário – Contratos - 2018 Julgue o item que segue de acordo com a legislação e a jurisprudência trabalhista. A demonstração do interesse integrado e a atuação conjunta de empresas com identidade de sócios são requisitos a serem observados para a caracterização de grupo econômico. Comentários: A proposição está de acordo com o §3º do art. 2º da CLT, inserido pela reforma trabalhista, o qual exige elementos adicionais para a caracterização do grupo econômico: CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Reforçando: não basta a mera identidade de sócios para o surgimento do grupo econômico. Para que reste caracterizado o grupo, especialmente na modalidade de grupo por coordenação, deve haver: • demonstração do interesse integrado; • efetiva comunhão de interesses; e • atuação conjunta das empresas. Gabarito (C) 4. CESPE/PGE-PE – Procurador – 2018 Acerca dos grupos econômicos e da sucessão de empregadores, julgue os itens a seguir, considerando a reforma trabalhista de 2017. I Uma vez caracterizada a sucessão trabalhista, apenas a empresa sucessora responderá pelos débitos de natureza trabalhista, podendo-se acionar a empresa sucedida somente se comprovada fraude na operação societária que transferiu as atividades e os contratos de trabalho. II Para a justiça do trabalho, a mera identidade de sócios é suficiente para configurar a existência de um grupo econômico. III Configurado o grupo econômico, as empresas responderão subsidiariamente pelas obrigações decorrentes das relações de emprego. Assinale a opção correta. A Apenas o item I está certo. B Apenas o item III está certo. C Apenas os itens I e II estão certos. D Apenas os itens II e III estão certos. 150 200 E Todos os itens estão certos. Comentários: A proposição I, correta, consoante interpretação conjunta do caput e do parágrafo único do art. 448-A da CLT, inserido pela reforma trabalhista: CLT, art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. A proposição II, incorreta, na medida em que a mera identidade de sócios não é suficiente para a caracterização do grupo econômico: CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidadede sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. A proposição III, incorreta, na medida em que é solidária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (A) 5. FCC/PGE-TO – Procurador - 2018 Em relação aos sujeitos do contrato de trabalho, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, (A) o trabalho realizado no estabelecimento do empregador se distingue daquele executado no domicílio do empregado e do realizado a distância para efeitos da caracterização da relação de emprego, mesmo caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (B) não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 151 200 (C) as instituições de beneficência e as associações recreativas não se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, em razão da ausência de finalidade lucrativa. (D) a empresa que estiver sob a direção, controle ou administração de outra e integre grupo econômico, será responsável subsidiariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego da empresa controladora. (E) para caracterização da figura do empregado levar-se-ão em conta distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, bem como entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Comentários: A alternativa correta é a letra (B), consoante requisitos para a caracterização do grupo econômico previstos no §3º abaixo, inserido pela ‘lei da reforma trabalhista’: CLT, art. 2º, § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. A letra (A), incorreta, pois há expressa previsão na CLT no sentido de que, estando presentes os elementos fático-jurídicos da relação de emprego, estar-se-á diante de vínculo empregatício, mesmo que o trabalho seja prestado na residência do empregado: CLT, art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. A letra (C) está incorreta. Pelo contrário, as instituições de beneficência e as associações recreativas se equiparam ao empregador para os efeitos da relação de emprego: CLT, art. 2º, § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A letra (D), incorreta, já que tal responsabilidade é solidária: CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. A letra (E), incorreta, em sentido contrário ao que dispõe a legislação: 152 200 CLT, art. 3º, parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Gabarito (B) 6. FCC/TRT-RN – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017 Considerando as diversas hipóteses de responsabilização pelos direitos trabalhistas dos empregados, previstas em lei, (A) o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a ordem de preferência estabelecida em lei: a empresa devedora, os sócios atuais e os sócios retirantes. (B) as empresas integrantes do grupo econômico, por se caracterizarem como empregador único, com interesses e atuação conjunta, têm responsabilidade solidária pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (C) a empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas dos empregados da contratada, desde que os serviços terceirizados sejam determinados e específicos. (D) o sócio retirante responderá de forma exclusiva quando comprovada fraude na alteração societária para sua saída, ainda que tenha havido a correta averbação da modificação do contrato. (E) a empresa sucedida responderá subsidiariamente com a empresa sucessora, quando ficar comprovada fraude na transferência da empresa. Comentários: Gabarito é a letra (A), consoante ordem de preferência esculpida no art. 10-A da CLT (inserido pela ‘reforma trabalhista’): CLT, art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais; e III - os sócios retirantes. Saindo da ordem das alternativas, mas sem fugir do assunto, aproveito para comentar que a letra (D) está incorreta. Constatada fraude, o sócio retirante passa a responder de modo solidário (e não de forma exclusiva): 153 200 CLT, art. 10-A, parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. A letra (B) foi dada como incorreta, tendo em vista o que atualmente dispõe o art. 2º, §2º, da CLT. Após a ‘reforma trabalhista’, houve uma ampliação da caracterização do grupo econômico prevista na CLT, de forma que há grupo econômico decorrente da “direção, controle ou administração” de uma empresa em outra, mas também pela atuação conjunta de empresas que guardam a própria autonomia (“guardando cada uma sua autonomia”): CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. Portanto, nem sempre o grupo econômico caracteriza-se como empregador único, com atuação conjunta e comum, como dá a entender a alternativa. A letra (C) está incorreta em razão da sua parte final. De fato, é subsidiária a responsabilidade da contratante pelas obrigações trabalhistas em uma terceirização regular: Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 19911. No entanto, após a ‘reforma trabalhista’, os serviços terceirizados não mais necessitam ser determinadose específicos. Assim, não se requer que os serviços sejam determinados e específicos para implicar a responsabilidade subsidiária. Veja como era a redação anterior do dispositivo legal correlato: 1 Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei. 154 200 ==8f5== Lei 6.019, art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos. A letra (E), incorreta, uma vez que, no caso de sucessão fraudulenta, a empresa sucedida será alcançada de forma solidária com a sucessora: CLT, art. 448-A, parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. Gabarito (A) 7. CESPE/PGE-SE – Procurador - 2017 Com o desmembramento do município X, foi criado o município Y. Nessa situação hipotética, segundo o TST, a responsabilidade trabalhista quanto aos empregados municipais deverá ser suportada A pelo município Y, que deverá suceder os empregados do município X contratados antes da criação do novo município. B pelo estado-membro a que os municípios pertencem. C por cada um dos municípios pelo período em que cada um deles figurar como real empregador. D pelos dois municípios, solidariamente, independentemente do período de vinculação dos empregados. E pelo município X, subsidiariamente, em relação aos empregados contratados pelo município Y. Comentários: O TST tem entendido que o município que deu origem ao novo (“Município-mãe”) será o responsável pelos débitos até a emancipação, sendo que o novo município (“município-filho” – ou resultante do desmembramento), será responsável pelo período posterior em que figurou como empregador: OJ SDI-1 92. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. Gabarito (C) 8. CESPE/TRT-7 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 A empresa A adquiriu a empresa B, que pertencia ao mesmo grupo econômico da empresa C, a qual não foi adquirida pela empresa A. Meses depois, a empresa A foi surpreendida com reclamação trabalhista de um empregado da empresa C, o qual requereu a condenação solidária das empresas A e B sob o fundamento de que, na época da compra da empresa B pela empresa A, a empresa C era reconhecidamente inidônea. Nessa situação, o pedido de condenação está 155 200 A) correto, porque o simples fato de as empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico é suficiente para a condenação solidária em qualquer caso de sucessão trabalhista. B) errado, porque a empresa C não foi adquirida pela empresa A, de modo que esta não responde pelos débitos trabalhistas daquela. C) correto, porque as empresas A e B são responsáveis solidariamente pelas condenações da empresa C face à sucessão trabalhista operada. D) errado, porque a única hipótese de condenação solidária na sucessão trabalhista seria diante da comprovação de fraude na sucessão. Comentários: Trata-se da hipótese prevista na parte final da OJ 411 da SDI-1 do TST. Em regra, não responde a empresa que não adquire empresa integrante do mesmo grupo econômico da empresa adquirida. Entretanto, o enunciando mencionou que a empresa não adquirida (empresa “C”) era “reconhecidamente inidônea”, o que nos leva a entender que a sucessão operou-se com má-fé ou para fraudar os direitos dos empregados da empresa “C”. Assim, a empresa adquirente (empresa “A”) poderá responder pelos débitos trabalhistas de “C”. Segue abaixo a literalidade da OJ 411: OJ 411 – SDI-1. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. Gabarito (C) 9. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 Atenas foi empregada da empresa Delta Operadora Cambial que é dirigida, administrada e controlada pela empresa Delta Empreendimentos S/A, situação esta que caracteriza a existência de grupo econômico para fins trabalhistas. Após dois anos de contrato de trabalho Atenas foi dispensada sem justa causa, mas não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a responsabilidade pelo pagamento será (A) das empresas Delta Operadora Cambial e Delta Empreendimentos S/A de forma solidária. (B) da empresa empregadora Delta Operadora Cambial e subsidiariamente da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A. 156 200 (C) da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A e subsidiariamente da empresa empregadora Delta Operadora Cambial. (D) apenas da empresa Delta Operadora Cambial porque era a efetiva empregadora. (E) apenas a empresa Delta Empreendimentos S/A porque é a principal, que dirige, administra e controla. Comentários: Como a própria questão mencionou a existência de grupo econômico, concluímos que a responsabilidade será de ambas as empresas pertencentes ao grupo (“Delta Operadora Cambial” e “Delta Empreendimentos”), de forma solidária, segundo disposto na CLT: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (A) 10. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 Assinale a alternativa que contempla a correlação correta relativamente à responsabilidade pelo adimplemento dos créditos trabalhistas, considerando a lei, a doutrina e a jurisprudência majoritária. A) Grupo Econômico: Responsabilidade principal da empregadora e subsidiária das demais empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucedido; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade do Município-mãe até a emancipação e a responsabilidade do novo Município pelo período posterior. B) Grupo Econômico: Responsabilidade solidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade exclusiva do novo Município. C) Grupo Econômico: Responsabilidade principal da empregadora e subsidiária das demais empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade solidária entre empregador sucessor e sucedido; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade solidária dos Municípios. D) Grupo Econômico: Responsabilidade solidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade principal do empregador sucedido e subsidiária do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade exclusiva do Município-mãe. E) Grupo Econômico: Responsabilidadesolidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade do Município-mãe até a emancipação e a responsabilidade do novo Município pelo período posterior. 157 200 Comentários: Vamos lá! Grupo econômico: as empresas integrantes do grupo respondem solidariamente. Sucessão de empregadores: caso não seja fraudulenta, o sucessor é o devedor principal. Caso seja fraudulenta, a empresa sucedida poderá ser responsabilizada. Desmembramento de municípios: o município chamado de “Município-mãe” será o responsável pelos débitos até a emancipação. O município resultante do desmembramento será responsável pelo período posterior. Portanto, trata-se de exceção à sucessão trabalhista. Gabarito (E) 11. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) O conceito de grupo econômico, por pressupor a existência de duas ou mais empresas, é incompatível com a atividade e o meio rural. Comentários: Além da previsão celetista, há previsão do grupo econômico trabalhista também na Lei do Trabalho Rural (Lei 5.889/73): Lei 5.889/73, art. 3º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (E) 12. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) Quando uma ou mais empresas com personalidades jurídicas próprias estiverem sob a direção, o controle ou a administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, subsidiariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Comentários: 158 200 No caso de grupo econômico, a responsabilidade é solidária: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (E) 13. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) Em qualquer caso de aquisição de empresa pertencente a grupo econômico, o sucessor sempre responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida que pertença ao mesmo grupo de empresas. Comentários: Trata-se da OJ 411 da SDI-1 do TST: 411. SUCESSÃO TRABALHISTA. AQUISIÇÃO DE EMPRESA PERTENCENTE A GRUPO ECONÔMICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO SUCESSOR POR DÉBITOS TRABALHISTAS DE EMPRESA NÃO ADQUIRIDA. INEXISTÊNCIA. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010) O sucessor não responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida, integrante do mesmo grupo econômico da empresa sucedida, quando, à época, a empresa devedora direta era solvente ou idônea economicamente, ressalvada a hipótese de má-fé ou fraude na sucessão. Gabarito (E) 14. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) Na análise da existência de grupo econômico entre empresas, não se aplica a teoria da desconsideração da personalidade jurídica. Comentários: É plenamente possível a ocorrência da desconsideração da personalidade jurídica em caso de grupo econômico. Ou seja, os sócios da empresa da devedora poderiam ser cobrados pela dívida trabalhista da pessoa jurídica. 159 200 Assim como no grupo econômico, trata-se de mais uma forma que via a aumentar as chances de recebimento dos créditos trabalhistas. Gabarito (E) 15. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Após trabalhar como empregada para a empresa Gama Marketing por dois anos, Minerva foi dispensada sem justa causa e não recebeu verbas rescisórias. Em reclamação trabalhista Minerva acionou duas empresas, a sua empregadora Gama Marketing e a empresa controladora do grupo econômico Gama Participações, sendo que essa última, (A) não responderá por não ter sido empregadora da reclamante. (B) responderá de forma subsidiária se houver previsão contratual nesse sentido. (C) responderá subsidiariamente somente se for decretada falência da empresa empregadora. (D) será responsável solidariamente por força de disposição legal. (E) responderá solidariamente ou subsidiariamente apenas por metade das verbas rescisórias. Comentários: Trata-se de grupo econômico. O conceito de grupo econômico surgiu para que aumentassem as chances de garantir o crédito trabalhista (valores devidos aos empregados). Podemos identificar o conceito de grupo econômico no artigo 2º, § 2º, da CLT: CLT, art. 2º, § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (D) 16. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT: (A) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (B) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (C) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 160 200 (D) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos dos empregados é subsidiária. (E) Poderá ser solidária ou subsidiária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico não formalizado nos termos da lei, pelos direitos dos empregados. Comentários: Esta questão se resolve com o conhecimento de dois dispositivos da CLT que são estudados nos tópicos “Sucessão de empregadores” e “Grupo econômico”: CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (..) CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (A) 17. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 Afrodite foi empregada da empresa "Alfa Seguradora" por dois anos, sendo dispensada sem receber nenhuma verba rescisória. Ingressou com uma reclamação trabalhista acionando a sua empregadora e a empresa "Alfa Banco de Investimentos", que é empresa controladora do grupo econômico. Nessa situação: (A) não há responsabilidade da empresa controladora porque não foi empregadora de Afrodite. (B) haverá responsabilidade subsidiária da controladora pelos débitos trabalhistas das empresas do grupo econômico. (C) a Consolidação das Leis do Trabalho não possui regra própria para regular a situação, portanto, não haverá responsabilidade de empresa distinta. (D) a responsabilidadeda empresa do grupo econômico é solidária, conforme previsão expressa da Consolidação das Leis do Trabalho. (E) somente haveria responsabilidade solidária ou subsidiária por parte da empresa controladora do grupo em caso de decretação de falência da empresa controlada. Comentários: Mais uma questão que se resolve com base no art. 2º, § 2º da CLT (recorrente em provas): 161 200 CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (D) 18. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Diana trabalhou por dois anos para a empresa Delta Administradora de Créditos, controlada e administrada pelo Banco Delta, formando grupo econômico. Houve a dispensa sem justa causa e a empregada não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, quanto à dívida trabalhista é correto afirmar que (A) a CLT não prevê nenhum tipo de responsabilidade de empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico por débitos trabalhistas, ficando a critério do juiz a aplicação de normas do direito comum. (B) a empresa Delta Administradora de Crédito será a única responsável pelo pagamento por ser a real empregadora de Diana. (C) o Banco Delta somente responderá pelo débito de forma subsidiária, caso ocorra a falência da empresa Delta Administradora de Créditos. (D) o Banco Delta responderá solidariamente em razão da formação do grupo econômico por expressa determinação da CLT. (E) a responsabilidade do Banco Delta será subsidiária por determinação prevista na CLT, após esgotado o patrimônio da empresa Delta Administradora de Créditos. Comentários: Conforme comentado no tópico 4.1 desta aula, quando existe um grupo econômico, há solidariedade entre as empresas do mesmo grupo. Em decorrência desta solidariedade, não só o empregador responde pelos créditos trabalhistas, mas também todas as empresas integrantes daquele grupo. Portanto, no caso, o empregado pode cobrar seus créditos trabalhistas, tanto da Delta Administradora de Crédito, quanto do Banco Delta. Tudo isto decorre do seguinte dispositivo da CLT: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (D) 162 200 19. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 O empregado que não recebe os salários da empresa empregadora poderá pleitear o pagamento por parte de outra empresa que pertença ao mesmo grupo econômico de sua empregadora, embora não tenha prestado serviços a essa empresa? (A) Não, porque o empregado não prestou serviços para a outra empresa do grupo econômico. (B) Sim, desde que essa responsabilidade esteja expressamente prevista no contrato de trabalho. (C) Não, visto que são empresas com personalidade jurídica própria, não havendo previsão legal para tal responsabilidade. (D) Sim, respondendo a empresa do grupo de forma solidária, por força de dispositivo legal trabalhista. (E) Sim, havendo apenas a responsabilidade subsidiária da empresa do grupo que não foi empregadora. Comentários: Vejam que grupo econômico é tema BASTANTE exigido em provas! Conforme comentado no tópico 4.1 desta aula, quando existe um grupo econômico, há solidariedade entre as empresas do mesmo grupo. Em decorrência desta solidariedade, não só o próprio empregador responde pelos créditos trabalhistas, mas também todas as empresas integrantes daquele grupo. Tudo isto decorre do seguinte dispositivo da CLT: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (D) 20. FCC/TRT6 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 Por razões de interesse econômico, os proprietários da empresa Tetra Serviços Ltda. transferiram o negócio para terceiros. Houve alteração da razão social, mas não ocorreu alteração de endereço, do ramo de atividades, nem de equipamentos. Manteve-se o mesmo quadro de empregados. Tal situação caracterizou a sucessão de empregadores. Neste caso, quanto aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida, (A) os contratos de trabalho se manterão inalterados e seguirão seu curso normal. (B) a transferência de obrigações depende das condições em que a sucessão foi pactuada. 163 200 (C) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora. (D) todas as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser repactuadas entre os empregados e o novo empregador. (E) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais. Comentários: O gabarito é a letra (A), em questão que se relaciona sucessão de empregadores (artigos 10 e 448 da CLT): CLT, art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. CLT, art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Gabarito (A) 21. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2012 A empresa Gama foi sucedida pela empresa Delta, ocupando o mesmo local, utilizando as mesmas instalações e fundo de comércio, assim como mantendo as mesmas atividades e empregados. Em relação aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida é correto afirmar que (A) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais. (B) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora. (C) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho serão obrigatoriamente repactuadas entre os empregados e o novo empregador individual. (D) a transferência de obrigações trabalhistas dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada. (E) os contratos se manterão inalterados e seguirão seu curso normal. Comentários: É caso de sucessão trabalhista, em que os contratos continuam vigentes. Gabarito (E) 22. FCC/TST – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 Durante três anos Thor foi empregado da empresa Ajax Manutenção Industrial, que faz parte do grupo econômico Ajax, constituído por quatro empresas. Em razão de problemas financeiros, Thor foi dispensado 164 200 sem justa causa. Não houve pagamento de verbas rescisórias. Nesta situação, caberia algum tipo de responsabilidade para as demais empresas do grupo Ajax? (A) Depende da existência de contrato firmado entre as empresas do grupo prevendo a responsabilidade solidária, visto que Thor não prestou serviços para todas as empresas do grupo. (B) Sim, sendo qualquer uma das empresas do grupo responsável subsidiária pelas dívidas trabalhistas da outra empresa. (C) Não, porque cada empresa do grupo possui personalidade jurídica própria e responde apenas por dívidas com seus próprios empregados. (D) Sim, porque havendo a constituição de grupo econômico serão, para efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis as empresas do grupo. (E) Não, porque não há previsão legal para responsabilidade patrimonial de empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico, sendo que entre os sócios haverá responsabilidadesubsidiária. Comentários: Entre as empresas do mesmo grupo econômico a responsabilidade trabalhista é solidária: CLT, art. 2º, § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. Gabarito (D) 23. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 No grupo econômico entre empresas, apenas a empresa principal, que empregou o trabalhador, responderá por seus direitos trabalhistas, não havendo qualquer responsabilidade das demais empresas subordinadas. Comentários: O objetivo de se reconhecer o grupo econômico é justamente permitir que haja responsabilidade solidária entre as empresas, de modo a aumentar as possibilidades de cobrança dos créditos trabalhistas. Verificando-se no caso concreto que de fato existe o grupo econômico para fins trabalhistas (conforme definido no artigo 2º, § 2º, da CLT), os valores devidos ao empregado de uma empresa poderão ser exigidos de quaisquer das empresas integrantes do grupo. A alternativa está incorreta. 24. FCC/TRT19 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2008 165 200 Na sucessão de empresas, a estipulação contratual de cláusula de não -responsabilização (A) exclui a responsabilidade trabalhista do sucedido uma vez que o sucessor assume na integralidade os débitos cíveis, tributários e trabalhistas. (B) não possui qualquer valor para o Direito do Trabalho, respondendo a empresa sucedida solidariamente. (C) limita a responsabilidade trabalhista do sucedido até o valor da integralização de suas cotas sociais. (D) não possui qualquer valor para o Direito do Trabalho, respondendo a empresa sucedida subsidiariamente. (E) limita a responsabilidade trabalhista do sucedido até seis meses após a efetivação da sucessão das empresas. Comentários: Na sucessão de empresas a responsabilidade por créditos trabalhistas é subsidiária, e eventual ajuste em contrário (isentando o sucedido de responsabilidade, por exemplo), não possui qualquer valor para o Direito do Trabalho. Gabarito (D) 166 200 LISTA DE QUESTÕES - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/LIQUIGÁS – Assistente Administrativo I - 2018 A relação de emprego somente ocorre se estão presentes os elementos que a caracterizam; sem eles, não se pode configurá-la como tal. Assim, os elementos que caracterizam o vínculo empregatício estabelecido por essa relação, são o(a) a) Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; as férias; o 13º salário; o seguro-desemprego; o salário-família b) contrato de trabalho; a pessoa jurídica; a convenção coletiva de trabalho; a habitualidade; a pessoalidade c) salário; a remuneração; o adicional noturno; a convenção coletiva de trabalho; o aviso-prévio d) pessoa física; a continuidade; a subordinação; a onerosidade; a pessoalidade e) pessoa jurídica; o empregado; a impessoalidade; a descontinuidade; a onerosidade 2. CESGRANRIO/LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Direito - 2018 O contrato de trabalho individual, ao estabelecer uma remuneração mensal ao empregado, caracteriza o requisito contratual indicado pela doutrina atinente à: a) produtividade b) subordinação c) estruturação d) consensualidade e) onerosidade 3. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Segundo a legislação previdenciária, caracteriza-se o trabalhador autônomo como aquele que a) está regulamentado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), independentemente de sua atividade, função ou cargo. b) está subordinado a quem contrata sua prestação de serviços, estando sujeito ao poder diretivo do empregador. c) é solicitado eventualmente para resolver problemas, com total autonomia na prestação de seus serviços. d) presta serviços de natureza não eventual, como pessoa física, a empregador, sob dependência deste e mediante salário. e) presta serviços sem fins lucrativos, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social. 4. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Para que seja caracterizada a existência de vínculo de emprego, é necessária a presença concomitante de alguns requisitos. Entre tais requisitos, encontram-se: 167 200 a) prestação eventual de serviço feita com pessoalidade; subordinação ao poder de direção e comando. b) retribuição pecuniária pelo serviço prestado pelo empregado; impossibilidade de o trabalhador transferir ao empregador o poder de direção sobre sua atividade laboral. c) gratuidade dos serviços prestados; contrato do trabalho de trato sucessivo com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão de obra. d) existência de pessoalidade, de não eventualidade, de subordinação do empregado ao poder de direção e comando e de onerosidade; retribuição pecuniária pelo serviço prestado pelo empregado. e) respeito à alteridade, que favorece que o empregado participe dos lucros da empresa; onerosidade na prestação de serviços por conta própria, comprometendo- se assim, com os riscos de sua atividade. 5. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Mediante seleção pública, uma estagiária de órgão público onde todos os servidores são estatutários, obteve classificação para ali trabalhar. Nos termos da Lei nº 11.788, de 21 de setembro de 2008, o período de estágio é considerado a) obrigatório e gratuito. b) gerador de vínculo empregatício. c) ilimitado quanto à carga horária. d) ato educativo escolar. e) exclusivo de quem possui Ensino Superior. 6. CESGRANRIO/LIQUIGÁS - Profissional Júnior - Direito - 2018 Nos termos da legislação de regência, o trabalho portuário de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de carga, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício por prazo indeterminado e por trabalhadores portuários a) autônomos b) especializados c) iniciantes d) estagiários e) avulsos 7. CESGRANRIO/IBGE – Analista - Recursos Humanos - Administração de Pessoal - 2013 Considerando-se remuneração como o conjunto de parcelas devidas e pagas diretamente pelo empregador ao empregado, decorrente da relação de emprego (artigo 457 da CLT), os elementos da remuneração são: a) habitualidade, periodicidade, quantificação, essencialidade e reciprocidade b) habitualidade, comissões, diárias e essencialidade c) gratificações, comissões, bônus, diárias e gorjetas d) reciprocidade, gratificações, essencialidade, bônus e abonos e) periodicidade, quantificação, habitualidade, comissões e gratificações 168 200 ==8f5== GABARITO 1. Gabarito (D) 2. Gabarito (E) 3. Gabarito (C) 4. Gabarito (D) 5. Gabarito (D) 6. Gabarito (E) 7. Gabarito (A) 169 200 LISTA DE QUESTÕES Distinção entre relação de trabalho e relação de emprego 1. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário - Área Administrativa Joana trabalha como assistente no escritório de advocacia de seu irmão Marcos às segundas- feiras, às quartas-feiras e às sextas-feiras, das 8 às 17 h, com uma hora de intervalo intrajornada, e recebe R$ 2.400,00 mensais a título salarial. Marcos confia muito em sua irmã e sente-se seguro ao tê-la trabalhando em seu escritório, pois ele tem receio de contratar outras pessoas para o trabalho, tendo em vista que a atividade exige o manuseio de documentos confidenciais de seus clientes. De acordo com as normas legais sobre as relações de emprego, nessa situação hipotética, A configura-se uma relação de emprego, uma vez que se verifica, nessa relação, o elemento da parassubordinação.B não se configura uma relação de emprego, pois, como Joana trabalha apenas três vezes por semana, essa relação carece do requisito habitualidade. C configura-se uma prestação de serviços regulada pelo direito civil, já que a jornada semanal de Joana é inferior a 44 h semanais. D configura-se uma relação de emprego, uma vez que estão presentes todos os elementos e todos os requisitos exigidos pela legislação trabalhista. E não se configura uma relação de emprego, já que não está presente o elemento pessoalidade. 2. CESPE / CEBRASPE - 2022 - TRT - 8ª Região - Analista Judiciário - Área Administrativa Sabendo-se que a relação de trabalho se distingue da relação de emprego, é correto afirmar que, entre as diversas formas de trabalho, aquele que labora diariamente para uma família, de forma subordinada, onerosa, pessoal, de finalidade não lucrativa, sob a dependência deste e mediante salário, será empregado como A avulso. B servidor público. C doméstico. D estagiário. 170 200 E autônomo. 3. CEBRASPE - 2021 - PGE-MS - Procurador do Estado Tendo em vista o atual entendimento firmado pelo TST no tocante à responsabilidade da administração pública direta e indireta pelos encargos trabalhistas e contratos de subempreitada, assinale a opção correta, acerca das obrigações trabalhistas do subempreiteiro. A Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações pelo primeiro, salvo em caso de regular fiscalização da execução do contrato pelas administrações direta e indireta. B Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, não cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações pelo primeiro. C Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro, que responderá de forma subsidiária, desde que haja fraude ou insolvência do devedor principal. D Nos casos de entidades estatais, decidiu o STF que o simples inadimplemento do subempreiteiro implicará a automática responsabilização das entidades da administração direta e indireta, que responderão de forma solidária. E Nos contratos de subempreitada, responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo aos empregados o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro, que responderá juridicamente sempre de forma solidária, independentemente de culpa. 4. CESPE/MPU – Analista - 2018 Policial militar que preste, em empresa privada, serviço de natureza contínua, de maneira subordinada e mediante o recebimento de salário, poderá ter o reconhecimento do vínculo de emprego com a empresa, independentemente de eventual penalidade disciplinar prevista em estatuto. 5. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) se convalidam os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração pública indireta, continua a existir após a sua privatização. 6. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) 171 200 A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) a contratação de servidor público, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no art. 37, II e § 2º, da Constituição Federal, sendo afastada a teoria trabalhista das nulidades e restando negada qualquer repercussão justrabalhista, porque o valor protegido é a realização da ordem pública. 7. FCC/Juiz do Trabalho – 1º Concurso Nacional – 2017 (adaptada) A respeito das formas de invalidade do contrato de emprego, considerando a doutrina e a jurisprudência prevalentes, julgue o item abaixo: ( ) o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada não é legítimo, mesmo que presentes os requisitos previstos em lei trabalhista, em razão de exercício de trabalho ilícito por expressa vedação legal, cabendo penalidade disciplinar prevista no estatuto administrativo da corporação militar. 8. TRT-4 – Juiz do Trabalho – 2016 (adaptada) A mera expectativa do trabalhador de perceber um ganho econômico pelo trabalho ofertado é suficiente para caracterizar a onerosidade. 9. FCC/TRT1 - Juiz do Trabalho - 2016 Considere a Lei nº 11.788/2008 que regula o estágio: I. A carga horária da atividade do estagiário nunca pode ultrapassar a 20 horas semanais, sendo 4 horas diárias, sempre compatíveis com as atividades escolares. II. A duração do estágio para a mesma parte concedente, exceto para os portadores de deficiência, é de, no máximo, 2 anos. III. Na hipótese de estágio não obrigatório, a atividade do estagiário deve necessariamente ser remunerada, com a concessão de, pelo menos, bolsa e auxílio-transporte. IV. Nos estágios com duração superior a um ano, o estagiário tem direito a recesso por período de 30 dias, preferencialmente coincidente com as férias escolares, sendo a bolsa devida neste período acrescida de um terço. Está correto o que se afirma em (A) II e IV, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. 10. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 172 200 A respeito do contrato de emprego com o Estado (entes dotados de personalidade jurídica de direito público), é correto afirmar que: A) O contrato possui elementos gerais distintos do contrato firmado com entes de direito privado, tendo em vista o interesse público e a intensidade da intromissão do Estado no referido negócio jurídico. B) O Estado exerce o jus imperii, o que modifica substancialmente o elemento subordinação jurídica. C) O contrato mantém os mesmos elementos essenciais do contrato de emprego firmado com entes de direito privado. D) Constitui espécie de contrato administrativo. E) Prepondera a incidência dos princípios da legalidade e da primazia do interesse público sobre o princípio da tutela, porquanto a própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) preceitua que “nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público”. 11. CESPE/TRT8 – TJAA - 2016 No que concerne à relação de emprego, aos poderes do empregador e ao contrato individual de trabalho, assinale a opção correta. (A) Na relação trabalhista, o poder de direção do empregador é ilimitado. (B) A prestação de serviços é o bem jurídico tutelado e, por isso, o objeto mediato do contrato individual de trabalho. (C) O termo “contrato de atividade” vincula-se ao fato de as prestações serem equivalentes. (D) Não se reconhece relação de emprego fundamentada em acordo tácito. (E) A continuidade e a subordinação são requisitos da relação empregatícia. 12. CESPE/AGU – Procurador - 2015 Conforme entendimento consolidado pelo TST, o contrato de trabalho celebrado sem concurso público por empresa pública que venha a ser privatizada será considerado válido e seus efeitos, convalidados. 13. CESPE/AGU – Procurador - 2015 A aprendizagem é um contrato de trabalho especial que não gera vínculo empregatício entre as partes que o celebram, uma vez que o seu intento não é o exercício profissional em si, mas a formação educativa do menor. 14. CESPE/MTE – Auditor Fiscal do Trabalho - 2013 O contrato de aprendizagem, que pressupõe anotaçãona CTPS, será extinto por lei em várias hipóteses, incluindo aquela em que o aprendiz completa vinte e quatro anos de idade, exceto se portador de deficiência, situação em que a idade não será o fator determinante para o término do contrato. 173 200 15. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Os salários devem ser pagos ao empregado, independentemente da empresa ter auferido lucros ou prejuízos, uma vez que os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador. Tal assertiva baseia-se no requisito caracterizador da relação de emprego denominado (A) pessoalidade. (B) alteridade. (C) não eventualidade. (D) onerosidade. (E) subordinação. 16. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Consolidação das Leis do Trabalho − CLT prevê requisitos indispensáveis para configuração do contrato individual de trabalho, que é o acordo tácito ou expresso, correspondente a uma relação de emprego. Assim, conforme normas legais, NÃO é requisito da relação de emprego: (A) exclusividade na prestação dos serviços. (B) não eventualidade dos serviços. (C) onerosidade dos serviços prestados. (D) prestação pessoal dos serviços. (E) subordinação jurídica do empregado ao empregador. 17. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Conforme previsto em lei, a existência da relação de emprego somente se verifica quando estiverem presentes algumas características, dentre as quais NÃO se inclui a (A) exclusividade. (B) continuidade. (C) pessoalidade. (D) onerosidade. (E) subordinação. 18. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Analisando os requisitos e distinções entre os institutos da relação de trabalho e da relação de emprego, nos termos da doutrina e da legislação brasileira, (A) contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. 174 200 ==8f5== (B) toda relação de trabalho é caracterizada como relação de emprego, sendo que o contrário não é verdadeiro. (C) trabalho realizado de forma eventual constitui-se em uma das modalidades de contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. (D) o vínculo formado entre empregado e empregador é uma relação de trabalho que não possui natureza jurídica contratual, conforme previsão expressa da Consolidação das Leis do Trabalho − CLT. (E) o trabalhador avulso é uma das espécies de empregado, embora não haja igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 19. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) Quanto aos sujeitos da relação de emprego, ou seja, empregado e empregador, conforme normas contidas na CLT, (A) a empresa individual e as instituições sem finalidade lucrativa não podem admitir trabalhadores como empregados, exceto na qualidade de domésticos, em razão da ausência de sua finalidade lucrativa. (B) poderá haver distinção relativa à espécie de emprego e à condição do trabalhador, bem como entre o trabalho intelectual, técnico e manual. (C) o empregador poderá, em algumas circunstâncias especiais previstas em lei, dividir os riscos da atividade econômica com o empregado, não os assumindo integralmente. (D) haverá distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, mesmo que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (E) havendo formação de grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 20. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Os contratos individuais de trabalho, quanto à duração, classificam-se em contratos por prazo determinado ou indeterminado. Sobre eles, é correto afirmar que (A) o prazo indeterminado para a contratação é a regra, constituindo-se em exceção legal a contratação por prazo determinado. (B) o contrato por prazo determinado poderá ser firmado por mero ajuste de vontade das partes, independentemente de sua finalidade. (C) os contratos por prazo determinado poderão ser firmados por, no máximo, quatro anos, sendo possíveis duas prorrogações dentro desse prazo. (D) o contrato a termo na modalidade de contrato de experiência não poderá ultrapassar 120 dias, podendo ser estipulado por até quatro períodos de 30 dias cada um. 175 200 (E) a lei não prevê o pagamento de indenização para a hipótese de rescisão sem justa causa de forma antecipada, para o contrato por prazo determinado. 21. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Oficial Avaliador - 2013 A doutrina que orienta a disciplina do Direito do trabalho prevê distinções entre os institutos da relação de trabalho e relação de emprego. Configura relação de emprego (A) o trabalho realizado de forma eventual. (B) a prestação de serviços autônomos. (C) o contrato individual de trabalho. (D) a realização do estágio não remunerado. (E) o serviço prestado por voluntários. 22. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2011 Considere: I. Prestação de trabalho por pessoa jurídica a um tomador. II. Prestação de trabalho efetuada com pessoalidade pelo trabalhador. III. Subordinação ao tomador dos serviços. IV. Prestação de trabalho efetuada com onerosidade. São elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego os indicados APENAS em (A) III e IV. (B) I, II e III. (C) I, III e IV. (D) II e IV. (E) II, III e IV. 23. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho - 2010 Preenchidos os requisitos da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada. 24. MPT – 16° Concurso para Procurador do Trabalho – 2010 Leia e analise os itens abaixo: I – O contrato de aprendizagem compromete o empregador a assegurar formação técnico- profissional metódica, compatível com o desenvolvimento físico, moral e psicológico do aprendiz. II – O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular de educandos que estejam freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação 176 200 especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. III – Os agentes de integração, públicos e privados, não podem cobrar qualquer valor dos estudantes, a título de remuneração pelos serviços de: identificação de oportunidades de estágio; ajustes das condições de realização do estágio; acompanhamento administrativo; encaminhamento de negociação de seguros contra acidentes pessoais e, cadastramento dos estudantes, salvo se ostentarem condições econômicas para arcar com tais custos. Marque a alternativa CORRETA: (a) todos os itens são corretos; (b) apenas os itens I e II são corretos; (c) apenas os itens I e III são corretos; (d) apenas os itens II e III são corretos; (e) não respondida 25. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho – 2009 Assinale a alternativa INCORRETA: (A) a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e freqüência do aprendiz na escola, caso não haja concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica; (B) a inobservância dos requisitos legais necessários à configuração do estágio ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os efeitos da legislação trabalhista e previdenciária; (C) em nenhuma hipótese, a duração do estágio na mesma parte concedente, e do contrato de aprendizagem, poderá ultrapassar 2 (dois) anos; (D) é assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenhaduração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares; (E) não respondida. 26. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 A relação empregatícia e a figura do empregado surgem como resultado da combinação de elementos fático-jurídicos que são: a) prestação de trabalho por pessoa física a um tomador qualquer; b) prestação efetuada com pessoalidade pelo trabalhador; c) prestação efetuada com não-eventualidade; d) efetuada sob subordinação ao tomador dos serviços; 177 200 e) prestação de trabalho efetuada com onerosidade. 27. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 28. MPT – 15° Concurso para Procurador do Trabalho - 2009 Não há distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que estejam presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego. 29. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 O Direito do Trabalho estende sua esfera normativa ao empregado a domicílio, não fazendo distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego. 178 200 GABARITO 1. D 2. C 3. A 4. C 5. C 6. E 7. E 8. C 9. B 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. B 16. A 17. A 18. A 19. E 20. A 21. C 22. E 23. C 24. B 25. C 26. C 27. C 28. C 29. C 179 200 LISTA DE QUESTÕES Figura jurídica do empregado 1. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 Um trabalhador prestou serviços de limpeza, de maneira subordinada, a determinado Município, por intermédio de contrato formal de emprego e com anotação de sua CTPS, no período de março de 2015 até julho de 2016, tendo ingressado com reclamatória, na qual postulou o pagamento de horas extras, repousos e feriados trabalhados, adicional de insalubridade, parcelas da extinção do contrato não adimplidas (gratificação natalina e férias proporcionais, indenização relativa ao período de aviso prévio e indenização de 40% sobre o FGTS), FGTS do período e seguro-desemprego. O Município, em sua defesa, comprova que a contratação foi efetuada sem concurso público. A pactuação efetuada, de acordo com entendimento pretoriano majoritário e os planos do mundo jurídico, é: A) Inexistente, pois não foi observada a forma legal. B) Existente, inválida e absolutamente ineficaz. C) Existente, inválida e com eficácia reduzida. D) Existente, inválida e eficaz. E) Existente, válida e eficaz. 2. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Em relação ao trabalho do menor, é correto afirmar: (A) É proibido o trabalho perigoso, insalubre e noturno do menor de vinte e um anos de acordo com a Constituição Federal. (B) O contrato de aprendizagem pode ser celebrado com aprendiz com idade entre quatorze e dezoito anos. (C) É permitida a compensação de jornada para os aprendizes. (D) O contrato de aprendizagem não pode ser extinto antecipadamente, salvo se houver prática de falta grave por parte do aprendiz. (E) É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos pais ou responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento de indenização que lhe for devida. 3. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2013 Em relação ao trabalho temporário, é correto afirmar: (A) O trabalho temporário pode ser contratado para substituição do pessoal regular e permanente da empresa ou em caso de serviços excepcionais que não se inserem na atividade fim da empresa contratante. (B) Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica que tem por atividade colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores. (C) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviço ou cliente pode ser escrito ou verbal, desde que fique claro o motivo justificador da demanda de trabalho temporário. 180 200 (D) É defeso às empresas de prestação de serviço temporário a contratação de estrangeiros com visto provisório de permanência no país. (E) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de cento e vinte dias, salvo autorização do Ministério do Trabalho. 4. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Com fundamento nas disposições da CLT, em relação ao contrato de trabalho por prazo determinado, o mesmo (A) será considerado por prazo indeterminado se suceder, dentro de um ano, a outro contrato por prazo determinado. (B) não é admitido pelo ordenamento jurídico brasileiro. (C) pode ser prorrogado, tácita ou expressamente, por no máximo três vezes. (D) pode ser celebrado livremente pelas partes, para qualquer tipo de atividade empresarial. (E) não poderá ser estipulado por mais de 2 anos, ou, no caso de contrato de experiência, não poderá ser estipulado por mais de 90 dias. 5. FCC/TRT9 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Em relação ao trabalho temporário, com fundamento na legislação aplicável, é correto afirmar: (A) A jornada normal de trabalho do temporário não poderá exceder de 6 horas diárias, remuneradas as horas extras com adicional de 20% sobre o valor da hora normal. (B) A empresa de trabalho temporário é a pessoa física ou jurídica, urbana ou rural, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por ela remunerados e assistidos. (C) Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. (D) O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de seis meses, salvo mediante autorização do Ministério do Trabalho. (E) O contrato de trabalho celebrado entre a empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição da empresa tomadora ou cliente poderá ser celebrado verbalmente ou por escrito, sendo vedada a modalidade de contrato tácito. 6. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2013 (adaptada) O trabalho prestado por pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade de substituição transitória de seu pessoal regular e permanente ou a demanda complementar de serviços, é o conceito legal de trabalho (A) autônomo. (B) temporário. (C) cooperado. (D) eventual. (E) avulso. 181 200 ==8f5== 7. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 O filho não poderá ser considerado empregado do pai em razão do grau de parentesco, ainda que presentes os requisitos caracterizadores da relação de emprego. 8. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 O empregado doméstico terá igualdade de direitos previstos na CLT em relação ao empregado urbano que atua no comércio. 9. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados – 2011 Com relação à proteção ao trabalho do menor, a Consolidação das Leis do Trabalho prevê o contrato de aprendizagem. Este contrato é um contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico. Este contrato pode ser celebrado com pessoa maior de 14 anos e menor de (A) 26 anos. (B) 24 anos. (C) 22 anos. (D) 21 anos.(E) 18 anos. 10. FCC/TRT14 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2011 Karina e Mariana residem no pensionato de Ester, local em que dormem e realizam as suas refeições, já que Gabriela, proprietária do pensionato, contratou Abigail para exercer as funções de cozinheira. Jaqueline reside em uma república estudantil que possui como funcionária Helena, responsável pela limpeza da república, além de cozinhar para os estudantes moradores. Abigail e Helena estão grávidas. Neste caso, (A) nenhuma das empregadas são domésticas, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (B) ambas são empregadas domésticas e terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (C) somente Helena é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (D) somente Abigail é empregada doméstica, mas ambas terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. (E) ambas são empregadas domésticas, mas não terão direito a estabilidade provisória decorrente da gestação. 11. FCC/TRT16 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2009 Diana é empregada de uma república de estudantes; Danilo é vigia da residência de João, presidente de uma empresa multinacional; Magali é governanta da residência de Mônica; e Marcio é jardineiro da casa de praia de Ana. Nestes casos, (A) apenas Magali é considerada empregada doméstica. 182 200 (B) apenas Marcio é considerado empregado doméstico. (C) apenas Magali e Marcio são considerados empregados domésticos. (D) apenas Diana, Magali e Marcio são considerados empregados domésticos. (E) todos são considerados empregados domésticos. 12. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 O contrato de aprendizagem é contrato de trabalho especial, por prazo determinado de dois anos, prorrogáveis somente para os aprendizes portadores de deficiência, cuja idade máxima de 24 anos não se aplica. 13. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 A anotação na Carteira de Trabalho e Previdência constitui o único pressuposto para a validade do contrato de aprendizagem. 183 200 GABARITO 1. C 2. E 3. D 4. E 5. C 6. B 7. E 8. E 9. B 10. C 11. E 12. E 13. E 184 200 LISTA DE QUESTÕES Figura jurídica do empregador 1. CEBRASPE - PGM - SP - Procurador do Município - 2023 No que concerne a sucessão trabalhista e grupos econômicos, assinale a opção correta, com base na consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a) Na sucessão de empresas, os débitos trabalhistas devidos por empresa sucessora que se encontre em liquidação extrajudicial não sofrem a incidência de juros de mora, ficando também a empresa sucedida desincumbida de tal ônus. b) Caracterizará necessariamente grupo econômico o fato de uma ou mais empresas estarem sob controle e administração de outra ou, ainda, o fato de haver identidade de sócios. c) Alterações na estrutura jurídica da empresa não afetam os direitos adquiridos dos empregados, mas os sócios retirantes respondem solidariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figuraram como sócios nas ações ajuizadas pelo prazo de até três anos depois de averbadas as modificações contratuais. d) Comprovada a fraude na sucessão empresarial, a empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quanto às obrigações trabalhistas. e) Em regra, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico durante a mesma jornada de trabalho caracteriza a coexistência de mais de um contrato de emprego, conforme jurisprudência dominante 2. CESPE / CEBRASPE - 2023 - PGE-ES - Procurador do Estado Assinale a opção correta no que se refere ao ente responsável pelos direitos trabalhistas dos empregados, em caso de criação de novo município por desmembramento. A A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do município que for criado, já que o empregado migrará para seus quadros. B A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será da União, já que a criação e o desmembramento de um município são disciplinados por lei federal, que estabelece normas e diretrizes também no que se refere às obrigações trabalhistas. C A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do município originário, já que os empregados foram contratados por ele. D A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas será do estado membro, uma vez que ficará configurado conflito entre os municípios. 185 200 E A responsabilidade pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que figurarem como real empregador será de cada município. 3. FCC/TRT2 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2014 Considere as assertivas: I. As instituições beneficentes, para os efeitos da relação de emprego, são equiparadas ao empregador quando admitirem trabalhadores como empregados. II. Não há solidariedade pelas obrigações trabalhistas entre as empresas de um grupo econômico quando cada qual é dotada de personalidade jurídica própria. III. Embora o empregado doméstico não desempenhe atividade econômica, diversos direitos atribuídos aos trabalhadores urbanos são garantidos aos trabalhadores domésticos, como, por exemplo, férias, 13º salário, aviso-prévio. IV. O trabalho temporário difere da relação de emprego por ser exercido sem subordinação e sem onerosidade. V. O constituinte assegurou aos empregados rurais os mesmos direitos dos empregados urbanos. Está correto o que consta APENAS em (A) II, III e IV. (B) III, IV e V. (C) II e IV. (D) I, II, III e IV. (E) I, III e V. 4. FCC/TRT5 – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 O empregador é um dos sujeitos da relação de emprego, com definição legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho. Sobre tal figura do contrato de trabalho é correto afirmar que (A) havendo formação de grupo econômico, a responsabilidade da empresa controladora do grupo em relação aos direitos trabalhistas de empregados das empresas subordinadas é subsidiária. (B) em caso de sucessão de empregadores, os contratos de trabalho são interrompidos, iniciando- se novo vínculo de emprego com os sucessores. (C) o empregador deverá assumir, exclusivamente, todos os riscos da atividade econômica, não podendo transferi-los aos empregados. (D) tanto no caso de grupo econômico como em situação de sucessão de empregadores não incidirá responsabilidade solidária ou subsidiária por débitos trabalhistas. (E) as instituições de beneficência sem fins lucrativos, em nenhuma situação se equiparam ao empregador para efeitos da relação de emprego. 186 200 5. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 A Consolidação das Leis do Trabalho prevê que o contrato individual de trabalho corresponde à relação de emprego, além de criar normas classificando e atribuindo características ao contrato. Segundo essas regras, (A) o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a seis meses no mesmo tipo de atividade, para fins de contratação. (B) o contrato individual de trabalho poderá ser acordado somente de forma expressa e por escrito, podendo, em qualquer situação ser firmado por prazo determinado ou indeterminado. (C) o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de quatro anos, podendo ser prorrogado por até duas vezes, dentro desse período. (D) o contrato de experiência é uma das modalidades legais de contrato por prazo determinado e não poderá exceder seis meses. (E) a mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados, se constituindo uma nova relação de emprego a partir da alteração. 6. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 A Consolidação das Leis doTrabalho apresenta normas que regulam os sujeitos do contrato individual de trabalho, conceituando e caracterizando o empregado e o empregador. Segundo essas normas, é INCORRETO afirmar: (A) A empresa principal será responsável subsidiária em relação às subordinadas, em caso de formação de grupo econômico para os efeitos da relação de emprego. (B) O empregador assume os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal dos serviços do empregado. (C) O empregado é a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual, sob a dependência do empregador que lhe remunera. (D) O empregador não poderá fazer distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. (E) As alterações na estrutura jurídica da empresa, como, por exemplo, a mudança do quadro societário, não afetarão os direitos adquiridos por seus empregados. 7. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 Não se equipara ao empregador a instituição sem fins lucrativos que admita, assalaria, dirige a prestação pessoal dos serviços, assumindo o risco da atividade. 8. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho – 2008 As cooperativas não se igualam às demais empresas em relação aos seus empregados para fins de legislação trabalhista e previdenciária. 9. MPT – 14° Concurso para Procurador do Trabalho - 2008 187 200 ==8f5== O fato de o empregador ter permitido que o empregado execute as atividades em seu domicílio significa que renunciou ao poder diretivo. GABARITO 1. D 2. D 3. E 4. C 5. A 6. A 7. E 8. E 9. E 188 200 LISTA DE QUESTÕES - CESGRANRIO 1. CESGRANRIO/EPE - Analista de Gestão Corporativa - Recursos Humanos - 2014 O empregador, quando da admissão de empregados, assume determinadas obrigações legais advindas da CLT. NÃO é uma dessas obrigações a) proporcionar condições de gozo de férias anuais. b) remunerar de acordo com contrato individual de trabalho. c) realizar pagamento de 13º salário e demais direitos adquiridos. d) estabelecer jornada semanal de, no máximo, 40 horas de trabalho. e) oferecer condições de trabalho que não ofereçam risco à integridade física do trabalhador. 2. CESGRANRIO/TRANSPETRO – PTNS - Advocacia - 2018 O sócio retirante, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade, relativas ao período em que figurou como sócio, depois de averbada a modificação do contrato, somente em ações ajuizadas até a) um ano b) dois anos c) três anos d) quatro anos e) cinco anos 3. CESGRANRIO/PETROBRÁS – PPNS - Direito - 2018 Segundo a nova perspectiva legal, NÃO caracteriza grupo econômico a demonstração de a) atuação conjunta b) mera identidade de sócios c) comunhão de interesses d) direção de outra pessoa jurídica e) interesse integrado 189 200 ==8f5== GABARITO 1. D 2. B 3. B 190 200 LISTA DE QUESTÕES Grupo econômico, sucessão empresarial e responsabilidade de sócio 1. CESPE/PGM-Campo Grande – Procurador – 2019 Para a justiça do trabalho, a existência de sócios em comum entre duas empresas basta para a configuração de grupo econômico e, consequentemente, para responsabilização solidária entre elas. 2. FCC /AFAP – Analista de Fomento – Advogado – 2019 Gustavo era proprietário de um posto de gasolina, tendo vendido o empreendimento para Paulo e Rafael, com a devida averbação da modificação do contrato nos órgãos competentes. Não se confirmou nenhuma fraude na alteração societária. Tendo em vista a responsabilidade de Gustavo por eventuais obrigações trabalhistas dos empregados do posto de gasolina, nos termos da legislação vigente, é correto afirmar que a responsabilidade do sócio retirante é a) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. b) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. c) solidária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. d) solidária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até cinco anos depois de averbada a modificação do contrato, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. e) subsidiária, relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos de sua saída, desde que observada a ordem de preferência de cobrança, primeiramente, da empresa devedora, depois dos sócios atuais e por último dos sócios retirantes. 3. CESPE/EMAP - Analista Portuário – Contratos - 2018 Julgue o item que segue de acordo com a legislação e a jurisprudência trabalhista. A demonstração do interesse integrado e a atuação conjunta de empresas com identidade de sócios são requisitos a serem observados para a caracterização de grupo econômico. 4. CESPE/PGE-PE – Procurador – 2018 Acerca dos grupos econômicos e da sucessão de empregadores, julgue os itens a seguir, considerando a reforma trabalhista de 2017. I Uma vez caracterizada a sucessão trabalhista, apenas a empresa sucessora responderá pelos débitos de natureza trabalhista, podendo-se acionar a empresa sucedida somente se comprovada fraude na operação societária que transferiu as atividades e os contratos de trabalho. 191 200 II Para a justiça do trabalho, a mera identidade de sócios é suficiente para configurar a existência de um grupo econômico. III Configurado o grupo econômico, as empresas responderão subsidiariamente pelas obrigações decorrentes das relações de emprego. Assinale a opção correta. A Apenas o item I está certo. B Apenas o item III está certo. C Apenas os itens I e II estão certos. D Apenas os itens II e III estão certos. E Todos os itens estão certos. 5. FCC/PGE-TO – Procurador - 2018 Em relação aos sujeitos do contrato de trabalho, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, (A) o trabalho realizado no estabelecimento do empregador se distingue daquele executado no domicílio do empregado e do realizado a distância para efeitos da caracterização da relação de emprego, mesmo caracterizados os pressupostos da relação de emprego. (B) não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (C) as instituições de beneficência e as associações recreativas não se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, em razão da ausência de finalidade lucrativa. (D) a empresa que estiver sob a direção, controle ou administração de outra e integre grupo econômico, será responsável subsidiariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego da empresa controladora. (E) para caracterização da figura do empregado levar-se-ão em conta distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, bem como entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 6. FCC/TRT-RN – Analista Judiciário–Área Judiciária - 2017 Considerando as diversashipóteses de responsabilização pelos direitos trabalhistas dos empregados, previstas em lei, (A) o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a ordem de preferência estabelecida em lei: a empresa devedora, os sócios atuais e os sócios retirantes. (B) as empresas integrantes do grupo econômico, por se caracterizarem como empregador único, com interesses e atuação conjunta, têm responsabilidade solidária pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (C) a empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas dos empregados da contratada, desde que os serviços terceirizados sejam determinados e específicos. (D) o sócio retirante responderá de forma exclusiva quando comprovada fraude na alteração societária para sua saída, ainda que tenha havido a correta averbação da modificação do contrato. 192 200 ==8f5== (E) a empresa sucedida responderá subsidiariamente com a empresa sucessora, quando ficar comprovada fraude na transferência da empresa. 7. CESPE/PGE-SE – Procurador - 2017 Com o desmembramento do município X, foi criado o município Y. Nessa situação hipotética, segundo o TST, a responsabilidade trabalhista quanto aos empregados municipais deverá ser suportada A pelo município Y, que deverá suceder os empregados do município X contratados antes da criação do novo município. B pelo estado-membro a que os municípios pertencem. C por cada um dos municípios pelo período em que cada um deles figurar como real empregador. D pelos dois municípios, solidariamente, independentemente do período de vinculação dos empregados. E pelo município X, subsidiariamente, em relação aos empregados contratados pelo município Y. 8. CESPE/TRT-7 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 A empresa A adquiriu a empresa B, que pertencia ao mesmo grupo econômico da empresa C, a qual não foi adquirida pela empresa A. Meses depois, a empresa A foi surpreendida com reclamação trabalhista de um empregado da empresa C, o qual requereu a condenação solidária das empresas A e B sob o fundamento de que, na época da compra da empresa B pela empresa A, a empresa C era reconhecidamente inidônea. Nessa situação, o pedido de condenação está A) correto, porque o simples fato de as empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico é suficiente para a condenação solidária em qualquer caso de sucessão trabalhista. B) errado, porque a empresa C não foi adquirida pela empresa A, de modo que esta não responde pelos débitos trabalhistas daquela. C) correto, porque as empresas A e B são responsáveis solidariamente pelas condenações da empresa C face à sucessão trabalhista operada. D) errado, porque a única hipótese de condenação solidária na sucessão trabalhista seria diante da comprovação de fraude na sucessão. 9. FCC/TRT24 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2017 Atenas foi empregada da empresa Delta Operadora Cambial que é dirigida, administrada e controlada pela empresa Delta Empreendimentos S/A, situação esta que caracteriza a existência de grupo econômico para fins trabalhistas. Após dois anos de contrato de trabalho Atenas foi dispensada sem justa causa, mas não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a responsabilidade pelo pagamento será (A) das empresas Delta Operadora Cambial e Delta Empreendimentos S/A de forma solidária. (B) da empresa empregadora Delta Operadora Cambial e subsidiariamente da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A. (C) da empresa controladora Delta Empreendimentos S/A e subsidiariamente da empresa empregadora Delta Operadora Cambial. (D) apenas da empresa Delta Operadora Cambial porque era a efetiva empregadora. (E) apenas a empresa Delta Empreendimentos S/A porque é a principal, que dirige, administra e controla. 193 200 10. FUNDATEC/PGM-POA – Procurador - 2016 Assinale a alternativa que contempla a correlação correta relativamente à responsabilidade pelo adimplemento dos créditos trabalhistas, considerando a lei, a doutrina e a jurisprudência majoritária. A) Grupo Econômico: Responsabilidade principal da empregadora e subsidiária das demais empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucedido; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade do Município-mãe até a emancipação e a responsabilidade do novo Município pelo período posterior. B) Grupo Econômico: Responsabilidade solidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade exclusiva do novo Município. C) Grupo Econômico: Responsabilidade principal da empregadora e subsidiária das demais empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade solidária entre empregador sucessor e sucedido; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade solidária dos Municípios. D) Grupo Econômico: Responsabilidade solidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade principal do empregador sucedido e subsidiária do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade exclusiva do Município-mãe. E) Grupo Econômico: Responsabilidade solidária entre as empresas do grupo; Sucessão de Empregadores Típica (sem fraude): Responsabilidade exclusiva do empregador sucessor; Desmembramento de Municípios (emancipação): Responsabilidade do Município-mãe até a emancipação e a responsabilidade do novo Município pelo período posterior. 11. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) O conceito de grupo econômico, por pressupor a existência de duas ou mais empresas, é incompatível com a atividade e o meio rural. 12. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) Quando uma ou mais empresas com personalidades jurídicas próprias estiverem sob a direção, o controle ou a administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, subsidiariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 13. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. ( ) Em qualquer caso de aquisição de empresa pertencente a grupo econômico, o sucessor sempre responde solidariamente por débitos trabalhistas de empresa não adquirida que pertença ao mesmo grupo de empresas. 14. CESPE/TRT8 – Analista Judiciário – Área Judiciária OJAF - 2016 (adaptada) Assinale a opção correta de acordo com a legislação vigente e a jurisprudência do TST. 194 200 ( ) Na análise da existência de grupo econômico entre empresas, não se aplica a teoria da desconsideração da personalidade jurídica. 15. FCC/TRT5 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 Após trabalhar como empregada para a empresa Gama Marketing por dois anos, Minerva foi dispensada sem justa causa e não recebeu verbas rescisórias. Em reclamação trabalhista Minerva acionou duas empresas, a sua empregadora Gama Marketing e a empresa controladora do grupo econômico Gama Participações, sendo que essa última, (A) não responderá por não ter sido empregadora da reclamante. (B) responderá de forma subsidiária se houver previsão contratual nesse sentido. (C) responderá subsidiariamente somente se for decretada falência da empresaempregadora. (D) será responsável solidariamente por força de disposição legal. (E) responderá solidariamente ou subsidiariamente apenas por metade das verbas rescisórias. 16. FCC/TRT1 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 Em relação ao contrato individual de trabalho, de acordo com a CLT: (A) A mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (B) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. (C) A alteração na estrutura jurídica da empresa afetará os direitos adquiridos por seus empregados. (D) A responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico em relação aos direitos dos empregados é subsidiária. (E) Poderá ser solidária ou subsidiária a responsabilidade das empresas integrantes de grupo econômico não formalizado nos termos da lei, pelos direitos dos empregados. 17. FCC/TRT12 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador Federal - 2013 Afrodite foi empregada da empresa "Alfa Seguradora" por dois anos, sendo dispensada sem receber nenhuma verba rescisória. Ingressou com uma reclamação trabalhista acionando a sua empregadora e a empresa "Alfa Banco de Investimentos", que é empresa controladora do grupo econômico. Nessa situação: (A) não há responsabilidade da empresa controladora porque não foi empregadora de Afrodite. (B) haverá responsabilidade subsidiária da controladora pelos débitos trabalhistas das empresas do grupo econômico. (C) a Consolidação das Leis do Trabalho não possui regra própria para regular a situação, portanto, não haverá responsabilidade de empresa distinta. (D) a responsabilidade da empresa do grupo econômico é solidária, conforme previsão expressa da Consolidação das Leis do Trabalho. (E) somente haveria responsabilidade solidária ou subsidiária por parte da empresa controladora do grupo em caso de decretação de falência da empresa controlada. 18. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2013 195 200 Diana trabalhou por dois anos para a empresa Delta Administradora de Créditos, controlada e administrada pelo Banco Delta, formando grupo econômico. Houve a dispensa sem justa causa e a empregada não recebeu as verbas rescisórias devidas. Nessa situação, quanto à dívida trabalhista é correto afirmar que (A) a CLT não prevê nenhum tipo de responsabilidade de empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico por débitos trabalhistas, ficando a critério do juiz a aplicação de normas do direito comum. (B) a empresa Delta Administradora de Crédito será a única responsável pelo pagamento por ser a real empregadora de Diana. (C) o Banco Delta somente responderá pelo débito de forma subsidiária, caso ocorra a falência da empresa Delta Administradora de Créditos. (D) o Banco Delta responderá solidariamente em razão da formação do grupo econômico por expressa determinação da CLT. (E) a responsabilidade do Banco Delta será subsidiária por determinação prevista na CLT, após esgotado o patrimônio da empresa Delta Administradora de Créditos. 19. FCC/TRT18 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2013 O empregado que não recebe os salários da empresa empregadora poderá pleitear o pagamento por parte de outra empresa que pertença ao mesmo grupo econômico de sua empregadora, embora não tenha prestado serviços a essa empresa? (A) Não, porque o empregado não prestou serviços para a outra empresa do grupo econômico. (B) Sim, desde que essa responsabilidade esteja expressamente prevista no contrato de trabalho. (C) Não, visto que são empresas com personalidade jurídica própria, não havendo previsão legal para tal responsabilidade. (D) Sim, respondendo a empresa do grupo de forma solidária, por força de dispositivo legal trabalhista. (E) Sim, havendo apenas a responsabilidade subsidiária da empresa do grupo que não foi empregadora. 20. FCC/TRT6 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 Por razões de interesse econômico, os proprietários da empresa Tetra Serviços Ltda. transferiram o negócio para terceiros. Houve alteração da razão social, mas não ocorreu alteração de endereço, do ramo de atividades, nem de equipamentos. Manteve-se o mesmo quadro de empregados. Tal situação caracterizou a sucessão de empregadores. Neste caso, quanto aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida, (A) os contratos de trabalho se manterão inalterados e seguirão seu curso normal. (B) a transferência de obrigações depende das condições em que a sucessão foi pactuada. (C) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora. (D) todas as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho deverão ser repactuadas entre os empregados e o novo empregador. (E) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais. 196 200 21. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Execução de Mandados - 2012 A empresa Gama foi sucedida pela empresa Delta, ocupando o mesmo local, utilizando as mesmas instalações e fundo de comércio, assim como mantendo as mesmas atividades e empregados. Em relação aos contratos de trabalho dos empregados da empresa sucedida é correto afirmar que (A) serão automaticamente extintos, fazendo surgir novas relações contratuais. (B) as obrigações anteriores recairão sobre a empresa sucedida, e as posteriores sobre a sucessora. (C) as cláusulas e condições estabelecidas no contrato de trabalho serão obrigatoriamente repactuadas entre os empregados e o novo empregador individual. (D) a transferência de obrigações trabalhistas dependerá das condições em que a sucessão foi pactuada. (E) os contratos se manterão inalterados e seguirão seu curso normal. 22. FCC/TST – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2012 Durante três anos Thor foi empregado da empresa Ajax Manutenção Industrial, que faz parte do grupo econômico Ajax, constituído por quatro empresas. Em razão de problemas financeiros, Thor foi dispensado sem justa causa. Não houve pagamento de verbas rescisórias. Nesta situação, caberia algum tipo de responsabilidade para as demais empresas do grupo Ajax? (A) Depende da existência de contrato firmado entre as empresas do grupo prevendo a responsabilidade solidária, visto que Thor não prestou serviços para todas as empresas do grupo. (B) Sim, sendo qualquer uma das empresas do grupo responsável subsidiária pelas dívidas trabalhistas da outra empresa. (C) Não, porque cada empresa do grupo possui personalidade jurídica própria e responde apenas por dívidas com seus próprios empregados. (D) Sim, porque havendo a constituição de grupo econômico serão, para efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis as empresas do grupo. (E) Não, porque não há previsão legal para responsabilidade patrimonial de empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico, sendo que entre os sócios haverá responsabilidade subsidiária. 23. FCC/TRT11 – Analista Judiciário – Área Administrativa - 2012 No grupo econômico entre empresas, apenas a empresa principal, que empregou o trabalhador, responderá por seus direitos trabalhistas, não havendo qualquer responsabilidade das demais empresas subordinadas. 24. FCC/TRT19 – Analista Judiciário – Área Judiciária - 2008 Na sucessão de empresas, a estipulação contratual de cláusula de não -responsabilização (A) exclui a responsabilidade trabalhista do sucedido uma vez que o sucessor assume na integralidade os débitos cíveis, tributários e trabalhistas. (B) não possui qualquer valor para o Direito do Trabalho, respondendo a empresa sucedida solidariamente. (C) limita a responsabilidade trabalhista do sucedido até o valor da integralização de suas cotas sociais. (D) não possui qualquer valor para o Direito do Trabalho, respondendo a empresa sucedida subsidiariamente. 197 200 (E) limita a responsabilidade trabalhista do sucedido até seis meses após a efetivaçãoda sucessão das empresas. 198 200 GABARITO 1. E 2. A 3. C 4. A 5. B 6. A 7. C 8. C 9. A 10. E 11. E 12. E 13. E 14. E 15. D 16. A 17. D 18. D 19. D 20. A 21. E 22. D 23. E 24. D 199 200