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NIVELAMENTO DE
GESTÃO DO TEMPO 
NA AUTOAPRENDIZAGEM
ETAPA 3
MÉTODOS E TÉCNICAS DE 
AUTOAPRENDIZAGEM
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Nivelamento de Gestão do Tempo na Autoaprendizagem
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva
Autora
Prof.ª Patrícia Cesário Pereira Offial
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância
Prof.ª Francieli Stano Torres
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Aline Fernanda Guse
APRESENTAÇÃO
Os métodos e técnicas de aprendizagem numa perspectiva a distância, provêm 
de processos evolutivos que valorizam a construção da mente humana. Nesse sentido, 
diversos autores da área de educação, neurociência e psicologia vêm alertando para o 
conhecimento em rede, o qual não há mais fronteiras pela busca do saber, sendo este 
conduzido pelo próprio aluno, com bases na autonomia, criticidade e autoliderança. 
Portanto, discutiremos a seguir sobre a autoaprendizagem autônoma, autoaprendizagem 
dirigida, técnicas de aprendizagem e autoestudo, conceitos pertinentes para entendermos 
os métodos e as técnicas da autoaprendizagem.
2 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados.
1 AUTOAPRENDIZAGEM AUTÔNOMA
A evolução do conhecimento humano vem demonstrando progressos nos 
diferentes contextos da sociedade. As mudanças tecnológicas e científi cas acontecem, 
hoje, numa proporção maior se compararmos com as do século passado. Temos mais da 
metade das descobertas e produções humanas neste século, especifi camente a partir do 
ano 1800. Porém, há muito por avançar, principalmente quando nos confl itamos com o 
paradoxo dos progressos tecnológicos, que nos desafi am, não só pelo saber inteligível, 
mas na busca de seres criativos, críticos, autônomos, que apresentem atitude proativa 
e dinâmica na resolução de problemas e elaboração de processos. 
É importante você identifi car a evolução tecnológica na linha do tempo a seguir, 
para entender como chegamos à autoaprendizagem autônoma. Acompanhando cada 
desenvolvimento você irá perceber a crescente tendência para uma aprendizagem 
autônoma, principalmente no ano de 1957, quando foi criado um dispositivo pelo 
psicólogo americano Burrhus Skinner, o qual permitia ao aluno avançar conforme seu 
próprio tempo e tinha como alvo liberar o professor para discutir os conteúdos. Veja 
essa evolução na linha do tempo a seguir. 
Entenda a legenda:
 Se refere às inovações
 Se refere às políticas públicas
1440 - Imprensa: conhecimento disseminado
O alemão Johannes Gutenberg cria a prensa de tipo móvel com caracteres usados na 
escrita manual e inicia a impressão que temos hoje. Surge um mercado editorial e autores 
clássicos chegam às mãos de mais leitores.clássicos chegam às mãos de mais leitores.
1800 - Lousa: educação mais visual
James Pillans, diretor da Escola Superior de Edimburgo (Escócia), uniu placas de ardósia 
para mostrar mapas na aula de geografi a.para mostrar mapas na aula de geografi a.
1876- Mimeógrafo: o bisavô da fotocopiadora
O empresário americano Thomas Edison recebe a patente do equipamento que faz cópias 
com ajuda de uma manivela e usa álcool e um papel chamado estêncil.com ajuda de uma manivela e usa álcool e um papel chamado estêncil.
1950- Retroprojetor: aulas mais rápidas
Usado para treinar militares na 2ª Guerra, o equipamento ajuda professores a escrever 
suas lições antes da aula, sem ter que preencher diversas lousas.suas lições antes da aula, sem ter que preencher diversas lousas.
1950- Laboratório de línguas: aprendizado por repetição
Escolas nos EUA começam a instalar cabines individuais com fones de ouvido e fi tas 
com aulas pré-gravadas.com aulas pré-gravadas.
1957- Máquina de ensinar: gabarito instantâneo
Dispositivo do psicólogo americano Burrhus Skinner permitia ao aluno progredir no 
 Se refere às políticas públicas
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
seu próprio ritmo e tinha como intenção liberar o professor para debater os conteúdos.seu próprio ritmo e tinha como intenção liberar o professor para debater os conteúdos.
1959- Fotocopiadora: cópias automáticas
A invenção da Xerox gradualmente substituiu o mimeógrafo e outros equipamentos 
semelhantes, diminuindo a sujeira e economizando tempo.semelhantes, diminuindo a sujeira e economizando tempo.
1960- Liquid Paper: segunda chance
Uma secretaria cansada de cometer erros criou a fórmula da tinta corretiva na cozinha 
de sua casa.
1967- Calculadora portátil: resultados na mão
Engenheiros da Texas Instrument reduziram as calculadoras que antes eram objetos de 
mesa a equipamentos que cabem na palma da mão.
1971- Computador: primeiro passo
Brasil discute o uso de computadores para o ensino de física, em seminário promovido 
pela Universidade Federal de São Carlos (SP), com a presença de especialistas americanos.
1973 - Computador chega à UFRJ: primeiros simulados
Informática começa a ser usada como tecnologia educacional para a avaliação. Alunos 
de química fazem simulados.
 1973- Computador chega à UFRGS: avaliação digital
Primeiro estudo utilizava terminais de teletipo em simulado de física para alunos do 
curso de graduação. O software Siscai era usado para a avaliação de alunos de pós em 
educação.
 1975- Unicamp faz parceria com EUA: software para crianças
Universidade recebe Seymour Papert e Marvin Minsky para ações de cooperação técnica 
e investigação do uso de computadores com linguagem LOGO na educação infantil.
 1978-Telecurso: aulas na TV
Programa de videoaulas começa com conteúdos para o ensino médio e, mais tarde, 
avança para o fundamental e para a população que não havia concluído os estudos.
 1979- SEI: criação de ecossistema
Governo lança a Secretaria Especial de Informática com o objetivo de desenvolver as 
atividades apoiadas pelo computador.
 1981- Documento "Subsídios para a Implantação do Programa Nacional de 
Informática na Educação": regras de atuação
Governo recomenda que as iniciativas nacionais devem estar centradas nas universidades 
e não diretamente nas secretarias de educação.
 1983- NIED: base de estudos
Unicamp cria o Núcleo Interdisciplinar de Informática Aplicada à Educação.
 1984- Projeto EDUCOM: criação de base científi ca
Governo fomenta a criação de núcleos interdisciplinares de pesquisa e formação de 
recursos humanos nas universidades federais.
 1985- CD-ROM: enciclopédias em um disco
Um único disco armazenava uma coleção inteira de enciclopédias, além de trazer 
recursos multimídia como vídeos e fotos.
4 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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 1985- Calculadora gráfi ca: gráfi cos na hora
Facilitou a resolução de equações.
 1987- Projeto Formar
Iniciativo de formação de profi ssionais para atuar nos diversos centros de informática 
educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação.
 1989- PRONINFE (Programa Nacional de Informática na Educação): informática 
no sistema público
Governo lança o Programa Nacional de Informática na Educação com o objetivo de 
desenvolver a informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino.
 1989- World Wide Web (www) - início da internet
O britânico Tim Berners Lee cria o sistema que utiliza o hipertexto para funcionar na 
Internet e é usado para ligar páginas web e transferir dados.
 1995- PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola): reforço fi nanceiro
Ajuda fi nanceira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais,municipais 
e do DF e às privadas de educação especial mantidas por entidades sem fi ns lucrativos.
 1996- TV Escola - aperfeiçoamento a distância
Canal de televisão do MEC começa a capacitar e atualizar educadores da rede pública.
 1997-Proinfo: equipando escolas
Governo cria o Programa Nacional de Tecnologia Educacional para fomentar o uso 
pedagógico de ferramentas digitais na rede pública de ensino fundamental e médio.
 1999- Lousa interativa: aula multimídia
O modelo tradicional ganha um concorrente com computador e tela sensível ao toque.
 2004- Facebook: a rede social
Os americanos Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes e o brasileiro 
Eduardo Saverin criam a rede social na Universidade de Harvard.
 2004- YouTube: popularização dos vídeos
Site abre espaço para que educadores compartilhem conteúdo, incluindo o Khan 
Academy, com estudantes do mundo todo.
 2006- Laptop XO - computador de US$ 100
Estrela do programa “Um Computador por Aluno”, custava US$ 100 e era distribuído 
gratuitamente por governos para crianças, inclusive no Brasil.
 2008-PBLE - (Programa Banda Larga nas Escolas) - escolas conectadas
Programa para conectar todas as escolas públicas urbanas à internet e incrementar o 
ensino público.
 2007 – 2015 Smartphones e tablets: aprendizado móvel
Dispositivos móveis permitem a interação, produção e consumo de material de fotos, 
textos e vídeos em tempo real.
 2010- PROUCA (Programa Um Computador por Aluno): alunos conectados
Projeto que destina a cada aluno um pequeno computador com material didático digital 
que pode ser levado para casa e trazido às aulas.
 Hoje- Aplicativos: aula personalizada
 1985- Calculadora gráfi ca: gráfi cos na hora
Facilitou a resolução de equações.
 1987- Projeto Formar
Iniciativo de formação de profi ssionais para atuar nos diversos centros de informática 
educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação.
 1989- PRONINFE (Programa Nacional de Informática na Educação): informática 
no sistema público
Governo lança o Programa Nacional de Informática na Educação com o objetivo de 
desenvolver a informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino.
 1989- World Wide Web (www) - início da internet
O britânico Tim Berners Lee cria o sistema que utiliza o hipertexto para funcionar na 
Internet e é usado para ligar páginas web e transferir dados.
 1995- PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola): reforço fi nanceiro
Ajuda fi nanceira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais 
e do DF e às privadas de educação especial mantidas por entidades sem fi ns lucrativos.
 1996- TV Escola - aperfeiçoamento a distância
Canal de televisão do MEC começa a capacitar e atualizar educadores da rede pública.
 1997-Proinfo: equipando escolas
Governo cria o Programa Nacional de Tecnologia Educacional para fomentar o uso 
pedagógico de ferramentas digitais na rede pública de ensino fundamental e médio.
 1999- Lousa interativa: aula multimídia
O modelo tradicional ganha um concorrente com computador e tela sensível ao toque.
 2004- Facebook: a rede social
Os americanos Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes e o brasileiro 
Eduardo Saverin criam a rede social na Universidade de Harvard.
 2004- YouTube: popularização dos vídeos
Site abre espaço para que educadores compartilhem conteúdo, incluindo o Khan 
Academy, com estudantes do mundo todo.
 2006- Laptop XO - computador de US$ 100
Estrela do programa “Um Computador por Aluno”, custava US$ 100 e era distribuído 
gratuitamente por governos para crianças, inclusive no Brasil.
 2008-PBLE - (Programa Banda Larga nas Escolas) - escolas conectadas
Programa para conectar todas as escolas públicas urbanas à internet e incrementar o 
ensino público.
 2007 – 2015 Smartphones e tablets: aprendizado móvel
Dispositivos móveis permitem a interação, produção e consumo de material de fotos, 
textos e vídeos em tempo real.
 2010- PROUCA (Programa Um Computador por Aluno): alunos conectados
Projeto que destina a cada aluno um pequeno computador com material didático digital 
que pode ser levado para casa e trazido às aulas.
 Hoje- Aplicativos: aula personalizada
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Aplicativos permitem estudar a qualquer hora e em qualquer lugar, de acordo com o 
ritmo do aluno. Dados medem desempenho individual e traçam planos específi cos de 
aula.
FONTE: Disponível em: <htt p://porvir.org/especiais/tecnologia/>. Acesso em: 25 maio 
2017
As análises da linha do tempo trazem ainda as macrotendências que apontam 
no período de 1400 a 1900 a democratização do saber; no período de 1900 a 1970, a 
automatização dos processos, no período de 1970 a 2000 a informática na educação e 
inclusão digital nas escolas e no período de 2000 a 2015 o conhecimento nas mãos do 
usuário.
Com todo esse cenário da evolução tecnológica podemos perceber uma forte 
tendência para a aprendizagem autônoma a partir das primeiras tentativas do ensino 
a distância. E se antes eram possibilidades, hoje se transformou numa realidade, 
sendo que o aluno pode buscar as mais abrangentes informações sem se locomover. 
Sua aprendizagem depende exclusivamente de um esforço pessoal, priorizando o 
compromisso no aperfeiçoamento de seus estudos. 
Na sequência surgem ainda as tendências da evolução que sinalizam para uma 
tecnologia que cria formas de avaliar o rendimento do aluno, monitorando assim as 
competências para o século XXI. Também haverá certifi cação, como microcertifi cações que 
validam competências adquiridas em espaços formais e informais de aprendizagem. 
Nesse sentido, conseguirão comprovar para instituições de ensino ou empregadores 
as suas habilidades por meio de fóruns de discussão ou em um curso on-line de 
programação. Leia um fragmento do texto a seguir, que apresenta tendência para mais 
avanços:
Tecnologia vestível, novas formas de certifi car e de avaliar despontam como 
maiores tendências. 
As avaliações multimodais vão utilizar dispositivos que conseguem captar 
indicadores de emoções e expressões dos alunos enquanto eles participam de 
uma atividade maker ou um trabalho em grupo. Isso permite que o professor acompanhe 
processos, ao invés de focar apenas na avaliação de produtos.
Os sensores, vídeos, gravações de áudio e detectores de movimento irão gerar 
um grande volume de dados que permite estabelecer padrões de comportamento dos 
alunos e consegue prever se eles completarão a próxima atividade. Eles irão identifi car 
os caminhos que os alunos percorrem enquanto desenvolvem atividades variadas. 
Aplicativos permitem estudar a qualquer hora e em qualquer lugar, de acordo com o 
ritmo do aluno. Dados medem desempenho individual e traçam planos específi cos de 
aula.
Tecnologia vestível, novas formas de certifi car e de avaliar despontam como 
maiores tendências. 
As avaliações multimodais vão utilizar dispositivos que conseguem captar 
indicadores de emoções e expressões dos alunos enquanto eles participam de 
uma atividade maker ou um trabalho em grupo. Isso permite que o professor acompanhe 
processos, ao invés de focar apenas na avaliação de produtos.
Os sensores, vídeos, gravações de áudio e detectores de movimento irão gerar 
um grande volume de dados que permite estabelecer padrões de comportamento dos 
alunos e consegue prever se eles completarão a próxima atividade. Eles irão identifi car 
os caminhos que os alunos percorrem enquanto desenvolvem atividades variadas. 
6 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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Com o uso de eyetracking, por exemplo, será possível monitorar para onde um aluno 
está olhando, qual é o seu nível de concentração e o que desvia a sua atenção durante 
a resolução de um problema.Os dispositivos vestíveis tendem a ganhar força. Os óculos, pulseiras, acessórios 
ou itens de vestuário conectados à internet poderão facilitar a comunicação entre 
professores e alunos. Será possível fazer pesquisas e interagir com conteúdos da aula 
em tempo real usando a tecnologia da realidade virtual.
A tecnologia vestível, que em momentos de lazer já permite contar passos e gasto 
de calorias, chegará até a sala de aula para medir funções corporais enquanto os alunos 
estão aprendendo. Diversos dispositivos serão reunidos em uma única peça que pode 
ser transportada para qualquer lugar. Não existirão barreiras de tempo e espaço.
Fonte: Disponível em: <htt p://porvir.org/especiais/tecnologia/> Acesso em: 25 mai. 2017
Considerando todo esse avanço trazido na linha do tempo e as tendências 
tecnológicas inovadoras para a educação, ainda assim, quando olhamos ao nosso 
entorno, nos deparamos com duas realidades bem distintas, uma que mostra o potencial 
da mente humana presente em suas grandes produções, a outra indicando a problemática 
do acesso da população a esses avanços. 
Isso porque o progresso impulsionado não chega a todos, a falta de acesso às 
tecnologias e informações, em alguns contextos regionais, marcada pelo descaso dos 
governos, ou mesmo pelo baixo nível de escolaridade de algumas pessoas, difi culta uma 
compreensão mais complexa do que se passa em seu meio. Nesse sentido, questionamos:
Quais são os traços de universalidade existentes no mundo contemporâneo que 
caracterizam os novos cenários? Que mudanças estão ocorrendo no mundo, 
nas organizações e nos serviços? Que mudanças estão ocorrendo na produção 
e na transmissão do conhecimento? Que transformações socioculturais estão 
sendo apoiadas pelas tecnologias da informação? Até que ponto essas novas 
tecnologias poderão colocar para a construção das estruturas cognitivas? Com 
base nesses novos cenários, que mudanças educacionais estão sendo requeridas? 
(MORAES, 2010, p. 115). 
Tais indagações remetem à refl exão de que tecnologia, informação e valor humano 
devem caminhar e avançar juntos. No campo educacional quando indagamos quais 
sujeitos estamos educando e para qual sociedade estamos formando, as discussões em 
torno de todos esses avanços se estendem. Tecnologia sem informação adequada, nas 
mãos de pequenos grupos, pode causar agravantes no contexto social, como o exemplo 
a seguir:
Com o uso de eyetracking, por exemplo, será possível monitorar para onde um aluno 
está olhando, qual é o seu nível de concentração e o que desvia a sua atenção durante 
a resolução de um problema. 
Os dispositivos vestíveis tendem a ganhar força. Os óculos, pulseiras, acessórios 
ou itens de vestuário conectados à internet poderão facilitar a comunicação entre 
professores e alunos. Será possível fazer pesquisas e interagir com conteúdos da aula 
em tempo real usando a tecnologia da realidade virtual.
A tecnologia vestível, que em momentos de lazer já permite contar passos e gasto 
de calorias, chegará até a sala de aula para medir funções corporais enquanto os alunos 
estão aprendendo. Diversos dispositivos serão reunidos em uma única peça que pode 
ser transportada para qualquer lugar. Não existirão barreiras de tempo e espaço.
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
O jogo da baleia azul (publicado em 13 de abril de 2017).
 
Um sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia 
Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafi os macabros aos adolescentes, 
como bater fotos assistindo a fi lmes de terror, automutilar-se, fi car doente e, na etapa 
fi nal, cometer suicídio.
 
Tudo na internet se espalha muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. 
Neste caso não é diferente. O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo 
mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas 
às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras 
e outros sinais de mutilação.
 
As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar 
as redes sociais dos fi lhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e 
conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de 
brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, 
pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também 
as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a 
educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente 
das mídias e tecnologias.
FONTE: Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/
entenda-o-jogo-da-baleia-azul-e-os-riscos-envolvidos.html>. Acesso em: 25 
maio 2017.
Este caso nos faz entender a atual conjuntura social, advinda de um mundo 
globalizado e tecnológico, que exige cada vez mais seres criativos, críticos e responsáveis; 
necessitando ainda mais do reconhecimento do sujeito em sua inteireza: corpo, mente 
e emoções; estimulando sua cognição, atitudes e valores, no respeito às diferentes 
culturas, à procura de um desenvolvimento integral e contínuo. Nessa corrente, trago 
à tona as indagações de Moraes (2010) quando questiona as bases desse novo cenário, 
e as mudanças educacionais frente às tecnologias.
O novo cenário não pode ser mais sustentado por bases tradicionais, as quais 
posicionam o professor como principal agente do conhecimento. Nessa lógica, a 
aprendizagem autônoma, rompendo com uma prática conservadora, reconhece o aluno 
como potencial em processo de construção de seu saber, transformando-se de acordo 
com sua ação no mundo. Porém, essa ação deve ser pautada numa conduta crítica e 
responsável. O educando passa a ser o gestor de seu processo de aprendizagem. Não 
descartando, logicamente, a importância de um professor na organização de atividade 
de ensino. 
O jogo da baleia azul (publicado em 13 de abril de 2017).
Um sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia 
Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafi os macabros aos adolescentes, 
como bater fotos assistindo a fi lmes de terror, automutilar-se, fi car doente e, na etapa 
fi nal, cometer suicídio.
 
Tudo na internet se espalha muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. 
Neste caso não é diferente. O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo 
mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas 
às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras 
e outros sinais de mutilação.
As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar 
as redes sociais dos fi lhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e 
conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de 
brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, 
pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também 
as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a 
educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente 
das mídias e tecnologias.
8 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
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É imprescindível que a postura do aluno e do professor nesta perspectiva de 
Ensino a Distância seja de gestor de seu próprio saber, desenvolvendo situações de 
investigação, pesquisa, análise, fugindo do senso comum de que o professor é o detentor 
do conhecimento. Com o desenvolvimento de uma aprendizagem autônoma, o educador 
necessita desapegar-se da posição de controle para assumir uma posturade mediador.
Há exemplos de muitas escolas e instituições que conseguiram superar essa 
problemática do desafio das grandes tecnologias no dia a dia da escola. 
A Escola da Ponte, situada na Vila das Aves em Portugal, segundo pesquisa de 
Offial (2012), é uma referência para escolas em muitos países. Um modelo que se distancia 
de muitos padrões escolares. No entanto, nem sempre foi assim. Em 1976, no início de seu 
projeto, essa escola encontrou muitos desafios, um conjunto de problemas, dentre eles: 
indisciplina, exclusão escolar, agressão a professores, isolamento frente à comunidade 
de contexto. Eram múltiplas as necessidades diante de tantos e complexos problemas 
que envolviam não só questões comportamentais, como também a precariedade de uma 
estrutura escolar em um todo. Foi necessário repensar e transformar uma prática que não 
mais respondia as necessidades daquela comunidade escolar. Essa transformação não 
ocorreu de um dia para o outro, foram sucessivas tentativas em busca de soluções, e a 
determinação de todo corpo docente foi o que transformou uma escola de necessidades 
em uma escola de possibilidades.
“A caminhada ensina que não há everestes definitivos. O limite dos mares, as 
arenas dos abismos onde imperavam os monstros de todas as mitologias, tudo 
o que aparenta ser o último e definitivo passo não é mais que o primeiro passo 
de cada recomeço” (PACHECO, 2006, p. 108). 
Essa escola enfrentou não só desafios no campo pedagógico, como também 
burocráticos. Precisou, e ainda precisa, provar ao sistema de educação que é possível 
obter bons resultados, mesmo não tendo um currículo pautado em uma concepção 
tradicional. A escola tem por referência uma política de direitos humanos que favorece 
a autonomia e a solidariedade, e suas práticas resultam do trabalho de uma equipe 
destinada a desenvolver “seres felizes, sociáveis, autônomos, criativos e críticos” 
(PACHECO, 2010, p. 73). Essa prática inovadora vem despertando o interesse de 
professores e pesquisadores de diversos países, pois alterou práticas centradas no 
professor e passou a inserir o aluno como protagonista de seu saber.
Nesse percurso, aprender a aprender é o desígnio mais audacioso e ao mesmo 
tempo mais relevante da educação, pois lida com a habilidade de atingir aprendizagens 
significativas por si mesmo num leque de situações e de circunstâncias favoráveis.
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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
Mas o que é Aprendizagem Autônoma?
É um tipo de aprendizagem em que o estudante desempenha todo controle sobre 
sua forma de aprender. Nesse processo, o aluno seleciona os materiais, livros, pesquisa, 
sem a orientação de um professor ou mediador. Quem adota este tipo de aprendizagem 
é um autodidata. Podemos dizer que ela está baseada nos princípios da Epistemologia 
Genética, teoria que explica a constituição do conhecimento nos seres humanos. Nesse 
sentido, explica Galeffi (2002, p. 17): “Só se aprende o que se mostra necessário no 
pensar-ser. Só o necessário pode ser aprendido em seu evento”. 
A perspectiva que concebe o aluno parte ativa de seu aprendizado, capaz de 
formular ideias, desenvolver conceitos e resolver problemas de vida prática por meio de 
suas capacidades mentais, estabelecendo, assim, seu próprio conhecimento, sua relação, 
está fundamentada numa formação para a autonomia dos saberes. Por outro lado, Tura 
e Souza (2002, p. 38) alerta para a “urgência da concretização de inovações pedagógicas 
que se fazem no sentido da formação humana mais autônoma e emancipada”. 
Isso porque a concepção do aluno como autônomo ultrapassa a relação unilateral, 
entre professor e conteúdo, e insere o educando numa perspectiva de liderança, como 
se ele fosse o gestor de todo seu processo de aprendizagem. Essa autonomia desenvolve 
no educando potencialidade de crescimento, independência, responsabilidade e 
autoafirmação, e a sua aprendizagem acontecerá de forma muito mais significativa, 
uma vez que foi construída por ele próprio. Corroborando com a ideia, Moraes (2010, 
p. 223) diz que:
O desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da criticidade é o que há de 
mais fundamental num mundo em permanente evolução, onde a transitorie-
dade, o incerto, o imprevisto e a mudança estão cada vez mais evidentes e são 
características que deverão estar presentes nos ambientes de aprendizagem, 
no que se refere ao perfil tanto do aluno quanto do professor. Dessa forma, os 
novos ambientes de aprendizagem, ao utilizar o enfoque reflexivo na prática 
pedagógica, podem colaborar para o desenvolvimento de pensadores autôno-
mos, de indivíduos que pensam por si mesmos [...].
Vejamos alguns pontos discutidos por Moraes (2010, p. 223) quando traz a 
relevância da autonomia para a educação:
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FIGURA 1 – APRENDIZADO AUTÔNOMO
FONTE: Adaptado de Moraes (2010, p. 223)
A partir dessa reflexão percebe-se a necessidade de uma mudança pedagógica 
que contribua para uma visão construtiva, oferecendo aos educandos qualidades 
adequadas para aquisição de seus saberes, proporcionando ao aluno compreender e 
aprofundar com mais significado os assuntos de seu interesse; cultivando o senso de 
responsabilidade e criticidade frente a seu processo de conhecimento. Nesse contexto, 
há três componentes favorecedores de uma aprendizagem autônoma: o componente 
do saber, o do saber fazer e o do querer.
Componente do Saber Componente do Saber Fazer Componente do Querer
Tanto o professor quanto 
o aluno possuem um 
duplo problema: o de 
entender o seu próprio 
conhecimento construído 
enquanto professor e 
aluno ao longo de sua vida, 
devendo dimensionar 
com clareza a forma 
de se concretizar uma 
melhor aprendizagem 
nas diversas situações.
Partindo do pressuposto de 
que todo conhecimento sobre 
o processo de aprendizagem 
e s t á n a t u r a l m e n t e à 
disposição de uma aplicação 
prática, o saber sobre o seu 
processo de aprendizagem, 
deve ser convertido em um 
saber fazer.
O d e s e j o , a v o n t a d e 
d e a p l i c a r a l g o é d e 
fundamental importância 
p a r a q u e s e o b t e n h a 
sucesso. Esse componente 
diz respeito à questão do 
aluno estar convencido 
da utilidade e vantagens 
dos procedimentos de 
aprendizagem autônoma e 
querer aplicá-los.
QUADRO 1 – COMPONENTES PARA UMA APRENDIZAGEM AUTÔNOMA
FONTE: Silva (2004)
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De acordo com Silva (2004), o componente do saber se refere a um conhecimento 
relativo a si mesmo, reconhecendo o seu próprio processo de aprendizagem, 
identificando suas facilidades e dificuldades. Entretanto, para poder ser capaz de aplicar 
seus conhecimentos, é necessário “saber fazer”, e neste caso o conhecimento alia-se à 
habilidade do indivíduo.
Citamos três condições básicas para o ensino ser desafiador ao aluno:
•	 Autenticidade, sinceridade e coerência nas relações professor/aluno.
•	 Aceitação do outro, o “saber ouvir”, respeitando o outro como ele é, com suas 
potencialidades e limitações. O professor não deve ficar na relação do “sabe tudo” 
e o aluno na posição de “tábua rasa”. Pelo contrário, deve haver o respeito das 
individualidades e potencialidades que cada um possui.
•	 Empatia, compreender o outro e seus sentimentos, sem, com isso, envolver-se neles, 
pois acreditamos que só existe aprendizagem com afetividade.
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com Silva (2004), quais são os principais componentes para desenvolver 
uma aprendizagem autônoma? Assinale a alternativa correta:
a) Componentes do saber, do saber fazer e do querer.
b) Componentes do ser, do fazer e do executar.
c) Componentesdo aprender, do ser e do fazer.
d) Componentes do saber, do saber fazer e do ser.
 2 AUTOAPRENDIZAGEM DIRIGIDA 
De acordo com Moulin e Pereira (2003), a autoaprendizagem dirigida insere o 
aluno como responsável e autônomo, agente de seu próprio processo de aprendizagem, 
que cumpre seus compromissos, contribuindo para sua formação, capaz de realizar 
trabalho independente. 
Assim, o aluno passa a ser gestor de sua trajetória, sua aprendizagem, 
responsabilidade, consciente de sua formação como indivíduo capaz de realizar trabalho 
independente. 
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Todavia, é importante ressaltarmos a diferença entre a autoaprendizagem 
autônoma e a autoaprendizagem dirigida. Analise o quadro explicativo a seguir:
FIGURA 2 – DIFERENÇA ENTRE AUTOAPRENDIZAGEM AUTÔNOMA E 
AUTOAPRENDIZAGEM DIRIGIDA
FONTE: Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2003/docs/anais/TC44.htm>. Acesso em: 
25 maio 2017.
Percebeu a diferença entre as duas formas de autoaprendizagem? A 
autoaprendizagem dirigida envolve uma forma diferente de aprender, mas se apresenta 
como uma variante especial da aprendizagem e, no ensino a distância, acata os mesmos 
critérios básicos que devem constar no material instrucional que dirige o estudo. Este 
método de aprendizagem tem o aluno como foco de todo o processo.
Nesse aspecto todo aprendiz deve procurar: 
•	 Desenvolver capacidades de estudo independente.
•	 Construir conhecimentos relevantes significativamente aprendidos, enriquecidos, 
ampliando e modificando as estruturas cognitivas.
•	 Exercitar operações de pensamento que propiciem o desenvolvimento de habilidades 
e capacidades necessárias ao cidadão profissional que está sendo formado.
 
O material proposto à aprendizagem dirigida necessita apresentar condições que 
leve o aluno a executar essas três funções:
•	 Deixar um amplo espaço para a iniciativa dos destinatários e sua exploração pessoal.
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•	 Apresentar conteúdos, proporcionando a informação para que o aprendiz se aproxime, 
progressivamente, de um conhecimento verdadeiro, e não de fragmentos.
•	 Propor e estimular exercícios e atividades de investigação, oferecer espaço para a 
redescoberta, propiciar momentos de reflexão encaminhados para o desenvolvimento 
do pensamento autônomo e de outras operações de pensamento.
 AUTOATIVIDADE
2 Sobre a diferença entre autoaprendizagem dirigida e autoaprendizagem autônoma, 
coloque V para verdadeiro e F para falso:
( ) A autoaprendizagem dirigida se refere à organização e sistematização.
( ) A autoaprendizagem autônoma necessita da presença do professor.
( ) Na autoaprendizagem dirigida o material instrutivo é apenas um apoio.
( ) Na autoaprendizagem autônoma, o estudante seleciona materiais por conta própria, 
pesquisa sem apoio externo.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V – V – F – F.
b) F – F – F – V.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – V.
3 TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM 
Pesquisas na área da Neurociência discutem o funcionamento do cérebro humano, 
a forma como se constroem conhecimentos e se elaboram as informações.
Estudos de Gardner (1995 apud MOULIN; PEREIRA, 2003) sobre a inteligência 
humana nos alertam para as possibilidades que têm todos os indivíduos de trabalhar 
diferentes tipos de inteligência, por meio do exercício de modalidades diversas de 
aprendizagens, que preparam para o desenvolvimento de operações mentais, tanto 
cognitivas, como afetivas e motoras.
Desta forma, o material instrucional, na ausência do professor, deve estimular 
o pensar de forma crítica e criativa, propondo um estudo organizado e investigativo.
Elencamos algumas técnicas de estudo que favorecem a modalidade a distância 
propostas por Moulin e Pereira (2003):
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Observação
Implica atenção direcionada a determinado fato ou fenômeno, com 
objetivo previamente estabelecido. O que se observa, ou deixa-se de 
observar, está diretamente relacionado aos nossos conhecimentos 
já construídos, à amplitude do objeto da observação, à capacidade 
de concentração/atenção, entre outros fatores. A observação, via de 
regra, é registrada por meio de um tipo de linguagem: oral, escrita, 
pictórica etc.
Descrição 
A descrição tem relação com a observação, como forma de expressá-
la. Estabelece categorias que constituem o objeto em estudo e 
enumerar características de cada uma das categorias. Num segundo 
momento, consiste em enumerar as características que distinguem 
um objeto de outros.
Comparação
Comparar não significa criticar ou julgar, o que leva à ideia de 
aceitação ou recusa de algum conceito. A sistemática proposta para 
efetuar esta operação de pensamento está voltada para a percepção 
quanto a semelhanças entre os fatos, fenômenos, ideias que estão 
sendo comparados; diferenças entre esses mesmos fatos, fenômenos 
ou ideias; igualdade entre eles; descrever o resultado da comparação.
Relação Quando são estabelecidas ligações entre duas ou mais ideias, conceitos, fatos, fenômenos, entre outros; ou então, quando ligações 
são estabelecidas entre a ideia atual e as que já conhecemos.
Análise e Síntese
A análise está vinculada à decomposição de um todo em seus 
elementos mais significativos e ao exame minucioso de suas partes.
Uma sistemática que pode ser adotada para realizar uma análise é 
determinar sob quais aspectos vai-se efetuar a análise; identificar os 
elementos significativos; estudar pormenorizadamente sua natureza, 
funções etc.; elaborar a síntese (recomposição das partes em um 
“novo” todo), sem esquecer a crítica e as relações estabelecidas; 
registrar a operação realizada.
Crítica
Utiliza-se julgamento e avaliação. É necessário, entretanto, 
fundamentar-se em provas e em qualidade de raciocínio para 
ressaltar qualidades positivas ou negativas, limitações, defeitos, 
omissões, entre outros. 
Fundamentação e 
Argumentação
Ao fundamentar apresentamos as leis, princípios e pressupostos 
teóricos, técnicos ou legais que dão suporte às ideias que estão 
sendo discutidas. A argumentação é a arte do convencimento que 
mostra os raciocínios que constituem o argumento, com o objetivo 
de convencer, mostrando a consistência e a coerência da tese ou ideia 
defendida.
QUADRO 2 – TÉCNICAS DE ESTUDO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA
FONTE: Adaptado de Moulin e Pereira (2003)
Cada indivíduo tem uma maneira própria de aprender, e hoje já se tem o 
reconhecimento de três estilos de aprendizagem distintos. São eles: os visuais, os 
auditivos e os sinestésicos, que demonstram maneiras diferentes de aprendizagem. 
Portanto, é importante para a pessoa ao estudar, explorar melhor com seu estilo de 
aprendizagem, apesar de que poderá descobrir que pode se destacar em outras áreas, 
e isso evidencia a importância de abordar todos os estilos de aprendizagem, focando 
mais no estilo no qual se adaptar melhor. 
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AUTOATIVIDADE
3 Há uma técnica de estudos que sugere a ligação entre duas ou mais ideias, conceitos, 
fatos, fenômenos, entre outros; ou então, quando ligações são estabelecidas entre a 
ideia atual e as que já conhecemos. A qual técnica se refere? Assinale a alternativa 
correta:
a) Análise e síntese.
b) Fundamentação e argumentação.
c) Relação.
d) Crítica.
4 AUTOESTUDO
Consideramos o autoestudo como o estudo do self, de suas ações, ideias. É um 
processo histórico, cultural e político e fundamenta-se na vida de cada um, mas vai alémdisso. O autoestudo também pode envolver uma análise crítica dos textos lidos, das 
experiências pelas quais se passou, das pessoas conhecidas e das ideias consideradas 
(SOUZA; FERNANDES, 2014). Nesse aspecto, ainda segundo as autoras, o autoestudo 
tem a sua constituição nos embasamentos subjacentes ao exercício reflexivo e à 
investigação, conduzindo para a necessidade de estudar e compreender o ensino. 
O autoestudo necessita que o aluno desenvolva uma visão crítica do ensino, para 
tanto é importante que faça a investigação do ensino e do conhecimento sobre o ensino 
através da pesquisa, incluindo a análise.
Outro fator fundamental para o autoestudo é o processo de organização do tempo 
de estudos, sendo uma ação consciente e sistemática, em cujo centro está o trabalho 
efetivo de seus estudos. Seria um preparo cognitivo, ou seja, você está preparando 
seu cérebro para trabalhar no tempo que você “combinou” com ele. Por isso, é muito 
importante estar à mostra esse cumprimento, pode ser em forma de cartaz físico, planilha, 
ou como for melhor para sua visualização. Todavia, para que ocorra essa organização 
é importante que você conheça sua forma de aprender. 
Por exemplo, se você é uma pessoa mais auditiva, organize um momento 
para fazer leituras em voz alta, assistir a videoaulas, links sugeridos referentes a seus 
estudos, quanto mais explorar seu perfil de aprendizagem, melhor sua capacidade de 
compreensão. Por outro lado, o ideal é que todos busquem desenvolver os três estilos 
de aprendizagem, a fim de que possam aprender em qualquer situação de construção 
do conhecimento. 
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O aluno visual
São os que aprendem com mais facilidade pela visão. O processo 
de aprendizagem ganha mais signifi cado quando visto, ou seja, 
utilizando leitura de texto, imagens, gráfi cos, diagramas etc. Usar 
mapas conceituais também ajuda a criar conexões sobre o material.
O aluno auditivo
São os que aprendem bem com música instrumental tocando ao 
fundo enquanto estudam. Benefi ciam-se repetindo as instruções 
recebidas, realizando avaliações orais, e usando associação de 
palavras para relembrar um conteúdo. Aprendem lendo um texto em 
voz alta, gravado em áudio, ou participando de uma discussão.
Aluno sinestésico
Aprendem melhor através de uma abordagem “mão na massa”. 
Eles aprendem movendo, tocando e fazendo, precisam trabalhar 
em curtos períodos de tempo e fazer pausas frequentes enquanto 
estiverem estudando. Eles tendem a precisar de espaço para ler ou 
escrever, como deitar no chão ou na cama, ao invés de se sentar em 
uma mesa.
QUADRO 3 – ESTILOS DE APRENDIZAGEM
FONTE: Adaptado de: <htt p://www.educacaodecriancas.com.br/desenvolvimento-infantil/estilos-de-
aprendizagem-visual-auditivo-e-sinestesico>. Acesso em: 25 maio 2017.
Descobrir o seu estilo de aprendizagem irá benefi ciá-lo no seu processo de 
aprendizagem. 
Leia mais sobre Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem.
Conclusões da área sobre como o cérebro aprende trazem à tona questões tratadas por grandes teóricos 
da Psicologia, como Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel. Saiba como elas podem enriquecer as discussões 
sobre o ensino. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/217/neurociencia-aprendizagem>.
Leia mais sobre Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem.
DICA
AUTOATIVIDADE
4 Pessoas neste estilo aprendem melhor através de uma abordagem “mão na massa”. 
Eles aprendem movendo, tocando e fazendo. Precisam trabalhar em curtos períodos 
de tempo e fazer pausas frequentes enquanto estiverem estudando. Eles tendem a 
precisar de espaço para ler ou escrever, como deitar no chão ou na cama, ao invés de 
se sentar em uma mesa. Sobre qual estilo a afi rmativa se refere?
a) Sinestésico.
b) Auditivo.
c) Visual.
d) Emocional.
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REFERÊNCIAS
GALEFFI, D. A. O ser-sendo da filosofia. Salvador: Edufba, 2001. 
______. Delineamentos de uma filosofia do educar polilógica: no caminho de uma 
ontologia radical. In: Encontro do GT de Filosofia da Educação do Norte e Nordeste, 
UFPE, 2002.
MOULIN, N.; PEREIRA, V. Operações de pensamento no material instrucional para 
ensino a distância. 2003. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2003/docs/
anais/TC44.htm>. Acesso em: 12 maio 2017.
MORAES, M.C. O paradigma educacional emergente. Campinas/SP: Papirus, 2010.
OFFIAL, P. C. P. Formação de leitores do literário: uma experiência na Escola da Ponte. 
2012. 67 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 
14 de setembro de 2012.
PACHECO, J. Escola da Ponte: formação e transformação de educação. São Paulo: 
Vozes, 2010.
______. Para os filhos de nossos filhos. Campinas, SP: Papirus, 2006.
SILVA, R. C. A. Educação a distância e o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua 
própria aprendizagem. 2004. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2004/
por/htm/012-TC-A2.htm>. Acesso em: 2 maio 2017.
SOUZA, M. I. G. F. M.; FERNANDES, M. F. O autoestudo e as abordagens narrativo-
biográficas na formação de professores. Educação, Porto Alegre, v. 37, n. 2, p. 297-306, 
maio-ago. 2014. Disponível em: <revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/
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TURA, M. L. R.; SOUZA, M. I. M. Políticas educacionais, concepções pedagógicas e 
identidades profissionais. RBPAE, v. 18, n. 1, jan./jun. 2002. Disponível em: <http://seer.
ufrgs.br/rbpae/article/viewFile/25473/14800>. Acesso em: 10 maio 2017.
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