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NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM ETAPA 3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE AUTOAPRENDIZAGEM CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Nivelamento de Gestão do Tempo na Autoaprendizagem Centro Universitário Leonardo da Vinci Organização Rodrigo Borsatto Sommer da Silva Autora Prof.ª Patrícia Cesário Pereira Offial Reitor da UNIASSELVI Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Diagramação e Capa Renan Willian Pacheco Revisão Aline Fernanda Guse APRESENTAÇÃO Os métodos e técnicas de aprendizagem numa perspectiva a distância, provêm de processos evolutivos que valorizam a construção da mente humana. Nesse sentido, diversos autores da área de educação, neurociência e psicologia vêm alertando para o conhecimento em rede, o qual não há mais fronteiras pela busca do saber, sendo este conduzido pelo próprio aluno, com bases na autonomia, criticidade e autoliderança. Portanto, discutiremos a seguir sobre a autoaprendizagem autônoma, autoaprendizagem dirigida, técnicas de aprendizagem e autoestudo, conceitos pertinentes para entendermos os métodos e as técnicas da autoaprendizagem. 2 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 1 AUTOAPRENDIZAGEM AUTÔNOMA A evolução do conhecimento humano vem demonstrando progressos nos diferentes contextos da sociedade. As mudanças tecnológicas e científi cas acontecem, hoje, numa proporção maior se compararmos com as do século passado. Temos mais da metade das descobertas e produções humanas neste século, especifi camente a partir do ano 1800. Porém, há muito por avançar, principalmente quando nos confl itamos com o paradoxo dos progressos tecnológicos, que nos desafi am, não só pelo saber inteligível, mas na busca de seres criativos, críticos, autônomos, que apresentem atitude proativa e dinâmica na resolução de problemas e elaboração de processos. É importante você identifi car a evolução tecnológica na linha do tempo a seguir, para entender como chegamos à autoaprendizagem autônoma. Acompanhando cada desenvolvimento você irá perceber a crescente tendência para uma aprendizagem autônoma, principalmente no ano de 1957, quando foi criado um dispositivo pelo psicólogo americano Burrhus Skinner, o qual permitia ao aluno avançar conforme seu próprio tempo e tinha como alvo liberar o professor para discutir os conteúdos. Veja essa evolução na linha do tempo a seguir. Entenda a legenda: Se refere às inovações Se refere às políticas públicas 1440 - Imprensa: conhecimento disseminado O alemão Johannes Gutenberg cria a prensa de tipo móvel com caracteres usados na escrita manual e inicia a impressão que temos hoje. Surge um mercado editorial e autores clássicos chegam às mãos de mais leitores.clássicos chegam às mãos de mais leitores. 1800 - Lousa: educação mais visual James Pillans, diretor da Escola Superior de Edimburgo (Escócia), uniu placas de ardósia para mostrar mapas na aula de geografi a.para mostrar mapas na aula de geografi a. 1876- Mimeógrafo: o bisavô da fotocopiadora O empresário americano Thomas Edison recebe a patente do equipamento que faz cópias com ajuda de uma manivela e usa álcool e um papel chamado estêncil.com ajuda de uma manivela e usa álcool e um papel chamado estêncil. 1950- Retroprojetor: aulas mais rápidas Usado para treinar militares na 2ª Guerra, o equipamento ajuda professores a escrever suas lições antes da aula, sem ter que preencher diversas lousas.suas lições antes da aula, sem ter que preencher diversas lousas. 1950- Laboratório de línguas: aprendizado por repetição Escolas nos EUA começam a instalar cabines individuais com fones de ouvido e fi tas com aulas pré-gravadas.com aulas pré-gravadas. 1957- Máquina de ensinar: gabarito instantâneo Dispositivo do psicólogo americano Burrhus Skinner permitia ao aluno progredir no Se refere às políticas públicas 3 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM seu próprio ritmo e tinha como intenção liberar o professor para debater os conteúdos.seu próprio ritmo e tinha como intenção liberar o professor para debater os conteúdos. 1959- Fotocopiadora: cópias automáticas A invenção da Xerox gradualmente substituiu o mimeógrafo e outros equipamentos semelhantes, diminuindo a sujeira e economizando tempo.semelhantes, diminuindo a sujeira e economizando tempo. 1960- Liquid Paper: segunda chance Uma secretaria cansada de cometer erros criou a fórmula da tinta corretiva na cozinha de sua casa. 1967- Calculadora portátil: resultados na mão Engenheiros da Texas Instrument reduziram as calculadoras que antes eram objetos de mesa a equipamentos que cabem na palma da mão. 1971- Computador: primeiro passo Brasil discute o uso de computadores para o ensino de física, em seminário promovido pela Universidade Federal de São Carlos (SP), com a presença de especialistas americanos. 1973 - Computador chega à UFRJ: primeiros simulados Informática começa a ser usada como tecnologia educacional para a avaliação. Alunos de química fazem simulados. 1973- Computador chega à UFRGS: avaliação digital Primeiro estudo utilizava terminais de teletipo em simulado de física para alunos do curso de graduação. O software Siscai era usado para a avaliação de alunos de pós em educação. 1975- Unicamp faz parceria com EUA: software para crianças Universidade recebe Seymour Papert e Marvin Minsky para ações de cooperação técnica e investigação do uso de computadores com linguagem LOGO na educação infantil. 1978-Telecurso: aulas na TV Programa de videoaulas começa com conteúdos para o ensino médio e, mais tarde, avança para o fundamental e para a população que não havia concluído os estudos. 1979- SEI: criação de ecossistema Governo lança a Secretaria Especial de Informática com o objetivo de desenvolver as atividades apoiadas pelo computador. 1981- Documento "Subsídios para a Implantação do Programa Nacional de Informática na Educação": regras de atuação Governo recomenda que as iniciativas nacionais devem estar centradas nas universidades e não diretamente nas secretarias de educação. 1983- NIED: base de estudos Unicamp cria o Núcleo Interdisciplinar de Informática Aplicada à Educação. 1984- Projeto EDUCOM: criação de base científi ca Governo fomenta a criação de núcleos interdisciplinares de pesquisa e formação de recursos humanos nas universidades federais. 1985- CD-ROM: enciclopédias em um disco Um único disco armazenava uma coleção inteira de enciclopédias, além de trazer recursos multimídia como vídeos e fotos. 4 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. 1985- Calculadora gráfi ca: gráfi cos na hora Facilitou a resolução de equações. 1987- Projeto Formar Iniciativo de formação de profi ssionais para atuar nos diversos centros de informática educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação. 1989- PRONINFE (Programa Nacional de Informática na Educação): informática no sistema público Governo lança o Programa Nacional de Informática na Educação com o objetivo de desenvolver a informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino. 1989- World Wide Web (www) - início da internet O britânico Tim Berners Lee cria o sistema que utiliza o hipertexto para funcionar na Internet e é usado para ligar páginas web e transferir dados. 1995- PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola): reforço fi nanceiro Ajuda fi nanceira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais,municipais e do DF e às privadas de educação especial mantidas por entidades sem fi ns lucrativos. 1996- TV Escola - aperfeiçoamento a distância Canal de televisão do MEC começa a capacitar e atualizar educadores da rede pública. 1997-Proinfo: equipando escolas Governo cria o Programa Nacional de Tecnologia Educacional para fomentar o uso pedagógico de ferramentas digitais na rede pública de ensino fundamental e médio. 1999- Lousa interativa: aula multimídia O modelo tradicional ganha um concorrente com computador e tela sensível ao toque. 2004- Facebook: a rede social Os americanos Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin criam a rede social na Universidade de Harvard. 2004- YouTube: popularização dos vídeos Site abre espaço para que educadores compartilhem conteúdo, incluindo o Khan Academy, com estudantes do mundo todo. 2006- Laptop XO - computador de US$ 100 Estrela do programa “Um Computador por Aluno”, custava US$ 100 e era distribuído gratuitamente por governos para crianças, inclusive no Brasil. 2008-PBLE - (Programa Banda Larga nas Escolas) - escolas conectadas Programa para conectar todas as escolas públicas urbanas à internet e incrementar o ensino público. 2007 – 2015 Smartphones e tablets: aprendizado móvel Dispositivos móveis permitem a interação, produção e consumo de material de fotos, textos e vídeos em tempo real. 2010- PROUCA (Programa Um Computador por Aluno): alunos conectados Projeto que destina a cada aluno um pequeno computador com material didático digital que pode ser levado para casa e trazido às aulas. Hoje- Aplicativos: aula personalizada 1985- Calculadora gráfi ca: gráfi cos na hora Facilitou a resolução de equações. 1987- Projeto Formar Iniciativo de formação de profi ssionais para atuar nos diversos centros de informática educativa dos sistemas estaduais e municipais de educação. 1989- PRONINFE (Programa Nacional de Informática na Educação): informática no sistema público Governo lança o Programa Nacional de Informática na Educação com o objetivo de desenvolver a informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de ensino. 1989- World Wide Web (www) - início da internet O britânico Tim Berners Lee cria o sistema que utiliza o hipertexto para funcionar na Internet e é usado para ligar páginas web e transferir dados. 1995- PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola): reforço fi nanceiro Ajuda fi nanceira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do DF e às privadas de educação especial mantidas por entidades sem fi ns lucrativos. 1996- TV Escola - aperfeiçoamento a distância Canal de televisão do MEC começa a capacitar e atualizar educadores da rede pública. 1997-Proinfo: equipando escolas Governo cria o Programa Nacional de Tecnologia Educacional para fomentar o uso pedagógico de ferramentas digitais na rede pública de ensino fundamental e médio. 1999- Lousa interativa: aula multimídia O modelo tradicional ganha um concorrente com computador e tela sensível ao toque. 2004- Facebook: a rede social Os americanos Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris Hughes e o brasileiro Eduardo Saverin criam a rede social na Universidade de Harvard. 2004- YouTube: popularização dos vídeos Site abre espaço para que educadores compartilhem conteúdo, incluindo o Khan Academy, com estudantes do mundo todo. 2006- Laptop XO - computador de US$ 100 Estrela do programa “Um Computador por Aluno”, custava US$ 100 e era distribuído gratuitamente por governos para crianças, inclusive no Brasil. 2008-PBLE - (Programa Banda Larga nas Escolas) - escolas conectadas Programa para conectar todas as escolas públicas urbanas à internet e incrementar o ensino público. 2007 – 2015 Smartphones e tablets: aprendizado móvel Dispositivos móveis permitem a interação, produção e consumo de material de fotos, textos e vídeos em tempo real. 2010- PROUCA (Programa Um Computador por Aluno): alunos conectados Projeto que destina a cada aluno um pequeno computador com material didático digital que pode ser levado para casa e trazido às aulas. Hoje- Aplicativos: aula personalizada 5 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Aplicativos permitem estudar a qualquer hora e em qualquer lugar, de acordo com o ritmo do aluno. Dados medem desempenho individual e traçam planos específi cos de aula. FONTE: Disponível em: <htt p://porvir.org/especiais/tecnologia/>. Acesso em: 25 maio 2017 As análises da linha do tempo trazem ainda as macrotendências que apontam no período de 1400 a 1900 a democratização do saber; no período de 1900 a 1970, a automatização dos processos, no período de 1970 a 2000 a informática na educação e inclusão digital nas escolas e no período de 2000 a 2015 o conhecimento nas mãos do usuário. Com todo esse cenário da evolução tecnológica podemos perceber uma forte tendência para a aprendizagem autônoma a partir das primeiras tentativas do ensino a distância. E se antes eram possibilidades, hoje se transformou numa realidade, sendo que o aluno pode buscar as mais abrangentes informações sem se locomover. Sua aprendizagem depende exclusivamente de um esforço pessoal, priorizando o compromisso no aperfeiçoamento de seus estudos. Na sequência surgem ainda as tendências da evolução que sinalizam para uma tecnologia que cria formas de avaliar o rendimento do aluno, monitorando assim as competências para o século XXI. Também haverá certifi cação, como microcertifi cações que validam competências adquiridas em espaços formais e informais de aprendizagem. Nesse sentido, conseguirão comprovar para instituições de ensino ou empregadores as suas habilidades por meio de fóruns de discussão ou em um curso on-line de programação. Leia um fragmento do texto a seguir, que apresenta tendência para mais avanços: Tecnologia vestível, novas formas de certifi car e de avaliar despontam como maiores tendências. As avaliações multimodais vão utilizar dispositivos que conseguem captar indicadores de emoções e expressões dos alunos enquanto eles participam de uma atividade maker ou um trabalho em grupo. Isso permite que o professor acompanhe processos, ao invés de focar apenas na avaliação de produtos. Os sensores, vídeos, gravações de áudio e detectores de movimento irão gerar um grande volume de dados que permite estabelecer padrões de comportamento dos alunos e consegue prever se eles completarão a próxima atividade. Eles irão identifi car os caminhos que os alunos percorrem enquanto desenvolvem atividades variadas. Aplicativos permitem estudar a qualquer hora e em qualquer lugar, de acordo com o ritmo do aluno. Dados medem desempenho individual e traçam planos específi cos de aula. Tecnologia vestível, novas formas de certifi car e de avaliar despontam como maiores tendências. As avaliações multimodais vão utilizar dispositivos que conseguem captar indicadores de emoções e expressões dos alunos enquanto eles participam de uma atividade maker ou um trabalho em grupo. Isso permite que o professor acompanhe processos, ao invés de focar apenas na avaliação de produtos. Os sensores, vídeos, gravações de áudio e detectores de movimento irão gerar um grande volume de dados que permite estabelecer padrões de comportamento dos alunos e consegue prever se eles completarão a próxima atividade. Eles irão identifi car os caminhos que os alunos percorrem enquanto desenvolvem atividades variadas. 6 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Com o uso de eyetracking, por exemplo, será possível monitorar para onde um aluno está olhando, qual é o seu nível de concentração e o que desvia a sua atenção durante a resolução de um problema.Os dispositivos vestíveis tendem a ganhar força. Os óculos, pulseiras, acessórios ou itens de vestuário conectados à internet poderão facilitar a comunicação entre professores e alunos. Será possível fazer pesquisas e interagir com conteúdos da aula em tempo real usando a tecnologia da realidade virtual. A tecnologia vestível, que em momentos de lazer já permite contar passos e gasto de calorias, chegará até a sala de aula para medir funções corporais enquanto os alunos estão aprendendo. Diversos dispositivos serão reunidos em uma única peça que pode ser transportada para qualquer lugar. Não existirão barreiras de tempo e espaço. Fonte: Disponível em: <htt p://porvir.org/especiais/tecnologia/> Acesso em: 25 mai. 2017 Considerando todo esse avanço trazido na linha do tempo e as tendências tecnológicas inovadoras para a educação, ainda assim, quando olhamos ao nosso entorno, nos deparamos com duas realidades bem distintas, uma que mostra o potencial da mente humana presente em suas grandes produções, a outra indicando a problemática do acesso da população a esses avanços. Isso porque o progresso impulsionado não chega a todos, a falta de acesso às tecnologias e informações, em alguns contextos regionais, marcada pelo descaso dos governos, ou mesmo pelo baixo nível de escolaridade de algumas pessoas, difi culta uma compreensão mais complexa do que se passa em seu meio. Nesse sentido, questionamos: Quais são os traços de universalidade existentes no mundo contemporâneo que caracterizam os novos cenários? Que mudanças estão ocorrendo no mundo, nas organizações e nos serviços? Que mudanças estão ocorrendo na produção e na transmissão do conhecimento? Que transformações socioculturais estão sendo apoiadas pelas tecnologias da informação? Até que ponto essas novas tecnologias poderão colocar para a construção das estruturas cognitivas? Com base nesses novos cenários, que mudanças educacionais estão sendo requeridas? (MORAES, 2010, p. 115). Tais indagações remetem à refl exão de que tecnologia, informação e valor humano devem caminhar e avançar juntos. No campo educacional quando indagamos quais sujeitos estamos educando e para qual sociedade estamos formando, as discussões em torno de todos esses avanços se estendem. Tecnologia sem informação adequada, nas mãos de pequenos grupos, pode causar agravantes no contexto social, como o exemplo a seguir: Com o uso de eyetracking, por exemplo, será possível monitorar para onde um aluno está olhando, qual é o seu nível de concentração e o que desvia a sua atenção durante a resolução de um problema. Os dispositivos vestíveis tendem a ganhar força. Os óculos, pulseiras, acessórios ou itens de vestuário conectados à internet poderão facilitar a comunicação entre professores e alunos. Será possível fazer pesquisas e interagir com conteúdos da aula em tempo real usando a tecnologia da realidade virtual. A tecnologia vestível, que em momentos de lazer já permite contar passos e gasto de calorias, chegará até a sala de aula para medir funções corporais enquanto os alunos estão aprendendo. Diversos dispositivos serão reunidos em uma única peça que pode ser transportada para qualquer lugar. Não existirão barreiras de tempo e espaço. 7 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM O jogo da baleia azul (publicado em 13 de abril de 2017). Um sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafi os macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a fi lmes de terror, automutilar-se, fi car doente e, na etapa fi nal, cometer suicídio. Tudo na internet se espalha muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. Neste caso não é diferente. O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação. As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos fi lhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias. FONTE: Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/blog/andrea-ramal/post/ entenda-o-jogo-da-baleia-azul-e-os-riscos-envolvidos.html>. Acesso em: 25 maio 2017. Este caso nos faz entender a atual conjuntura social, advinda de um mundo globalizado e tecnológico, que exige cada vez mais seres criativos, críticos e responsáveis; necessitando ainda mais do reconhecimento do sujeito em sua inteireza: corpo, mente e emoções; estimulando sua cognição, atitudes e valores, no respeito às diferentes culturas, à procura de um desenvolvimento integral e contínuo. Nessa corrente, trago à tona as indagações de Moraes (2010) quando questiona as bases desse novo cenário, e as mudanças educacionais frente às tecnologias. O novo cenário não pode ser mais sustentado por bases tradicionais, as quais posicionam o professor como principal agente do conhecimento. Nessa lógica, a aprendizagem autônoma, rompendo com uma prática conservadora, reconhece o aluno como potencial em processo de construção de seu saber, transformando-se de acordo com sua ação no mundo. Porém, essa ação deve ser pautada numa conduta crítica e responsável. O educando passa a ser o gestor de seu processo de aprendizagem. Não descartando, logicamente, a importância de um professor na organização de atividade de ensino. O jogo da baleia azul (publicado em 13 de abril de 2017). Um sinistro jogo viral tem causado alarme no mundo todo. É o jogo da Baleia Azul, disputado pelas redes sociais, que propõe desafi os macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a fi lmes de terror, automutilar-se, fi car doente e, na etapa fi nal, cometer suicídio. Tudo na internet se espalha muito rápido, mesmo as coisas mais inacreditáveis. Neste caso não é diferente. O fenômeno ganhou visibilidade e vem se alastrando pelo mundo. Em alguns países, como Inglaterra, França e Romênia, as escolas têm feito alertas às famílias, depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços, queimaduras e outros sinais de mutilação. As recomendações para as famílias são: monitorar o uso da internet, frequentar as redes sociais dos fi lhos, observar comportamentos estranhos e, sobretudo, conversar e conscientizar os adolescentes a respeito das consequências de práticas que nada têm de brincadeira. Atenção redobrada com os jovens que apresentem tendência a depressão, pois eles costumam ser especialmente atraídos por jogos como o da Baleia Azul. Também as escolas devem colocar o assunto em pauta e incorporar no currículo, cada vez mais, a educação para a valorização da vida, o respeito pela vida dos outros e o uso consciente das mídias e tecnologias. 8 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. É imprescindível que a postura do aluno e do professor nesta perspectiva de Ensino a Distância seja de gestor de seu próprio saber, desenvolvendo situações de investigação, pesquisa, análise, fugindo do senso comum de que o professor é o detentor do conhecimento. Com o desenvolvimento de uma aprendizagem autônoma, o educador necessita desapegar-se da posição de controle para assumir uma posturade mediador. Há exemplos de muitas escolas e instituições que conseguiram superar essa problemática do desafio das grandes tecnologias no dia a dia da escola. A Escola da Ponte, situada na Vila das Aves em Portugal, segundo pesquisa de Offial (2012), é uma referência para escolas em muitos países. Um modelo que se distancia de muitos padrões escolares. No entanto, nem sempre foi assim. Em 1976, no início de seu projeto, essa escola encontrou muitos desafios, um conjunto de problemas, dentre eles: indisciplina, exclusão escolar, agressão a professores, isolamento frente à comunidade de contexto. Eram múltiplas as necessidades diante de tantos e complexos problemas que envolviam não só questões comportamentais, como também a precariedade de uma estrutura escolar em um todo. Foi necessário repensar e transformar uma prática que não mais respondia as necessidades daquela comunidade escolar. Essa transformação não ocorreu de um dia para o outro, foram sucessivas tentativas em busca de soluções, e a determinação de todo corpo docente foi o que transformou uma escola de necessidades em uma escola de possibilidades. “A caminhada ensina que não há everestes definitivos. O limite dos mares, as arenas dos abismos onde imperavam os monstros de todas as mitologias, tudo o que aparenta ser o último e definitivo passo não é mais que o primeiro passo de cada recomeço” (PACHECO, 2006, p. 108). Essa escola enfrentou não só desafios no campo pedagógico, como também burocráticos. Precisou, e ainda precisa, provar ao sistema de educação que é possível obter bons resultados, mesmo não tendo um currículo pautado em uma concepção tradicional. A escola tem por referência uma política de direitos humanos que favorece a autonomia e a solidariedade, e suas práticas resultam do trabalho de uma equipe destinada a desenvolver “seres felizes, sociáveis, autônomos, criativos e críticos” (PACHECO, 2010, p. 73). Essa prática inovadora vem despertando o interesse de professores e pesquisadores de diversos países, pois alterou práticas centradas no professor e passou a inserir o aluno como protagonista de seu saber. Nesse percurso, aprender a aprender é o desígnio mais audacioso e ao mesmo tempo mais relevante da educação, pois lida com a habilidade de atingir aprendizagens significativas por si mesmo num leque de situações e de circunstâncias favoráveis. 9 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Mas o que é Aprendizagem Autônoma? É um tipo de aprendizagem em que o estudante desempenha todo controle sobre sua forma de aprender. Nesse processo, o aluno seleciona os materiais, livros, pesquisa, sem a orientação de um professor ou mediador. Quem adota este tipo de aprendizagem é um autodidata. Podemos dizer que ela está baseada nos princípios da Epistemologia Genética, teoria que explica a constituição do conhecimento nos seres humanos. Nesse sentido, explica Galeffi (2002, p. 17): “Só se aprende o que se mostra necessário no pensar-ser. Só o necessário pode ser aprendido em seu evento”. A perspectiva que concebe o aluno parte ativa de seu aprendizado, capaz de formular ideias, desenvolver conceitos e resolver problemas de vida prática por meio de suas capacidades mentais, estabelecendo, assim, seu próprio conhecimento, sua relação, está fundamentada numa formação para a autonomia dos saberes. Por outro lado, Tura e Souza (2002, p. 38) alerta para a “urgência da concretização de inovações pedagógicas que se fazem no sentido da formação humana mais autônoma e emancipada”. Isso porque a concepção do aluno como autônomo ultrapassa a relação unilateral, entre professor e conteúdo, e insere o educando numa perspectiva de liderança, como se ele fosse o gestor de todo seu processo de aprendizagem. Essa autonomia desenvolve no educando potencialidade de crescimento, independência, responsabilidade e autoafirmação, e a sua aprendizagem acontecerá de forma muito mais significativa, uma vez que foi construída por ele próprio. Corroborando com a ideia, Moraes (2010, p. 223) diz que: O desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da criticidade é o que há de mais fundamental num mundo em permanente evolução, onde a transitorie- dade, o incerto, o imprevisto e a mudança estão cada vez mais evidentes e são características que deverão estar presentes nos ambientes de aprendizagem, no que se refere ao perfil tanto do aluno quanto do professor. Dessa forma, os novos ambientes de aprendizagem, ao utilizar o enfoque reflexivo na prática pedagógica, podem colaborar para o desenvolvimento de pensadores autôno- mos, de indivíduos que pensam por si mesmos [...]. Vejamos alguns pontos discutidos por Moraes (2010, p. 223) quando traz a relevância da autonomia para a educação: 10 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. FIGURA 1 – APRENDIZADO AUTÔNOMO FONTE: Adaptado de Moraes (2010, p. 223) A partir dessa reflexão percebe-se a necessidade de uma mudança pedagógica que contribua para uma visão construtiva, oferecendo aos educandos qualidades adequadas para aquisição de seus saberes, proporcionando ao aluno compreender e aprofundar com mais significado os assuntos de seu interesse; cultivando o senso de responsabilidade e criticidade frente a seu processo de conhecimento. Nesse contexto, há três componentes favorecedores de uma aprendizagem autônoma: o componente do saber, o do saber fazer e o do querer. Componente do Saber Componente do Saber Fazer Componente do Querer Tanto o professor quanto o aluno possuem um duplo problema: o de entender o seu próprio conhecimento construído enquanto professor e aluno ao longo de sua vida, devendo dimensionar com clareza a forma de se concretizar uma melhor aprendizagem nas diversas situações. Partindo do pressuposto de que todo conhecimento sobre o processo de aprendizagem e s t á n a t u r a l m e n t e à disposição de uma aplicação prática, o saber sobre o seu processo de aprendizagem, deve ser convertido em um saber fazer. O d e s e j o , a v o n t a d e d e a p l i c a r a l g o é d e fundamental importância p a r a q u e s e o b t e n h a sucesso. Esse componente diz respeito à questão do aluno estar convencido da utilidade e vantagens dos procedimentos de aprendizagem autônoma e querer aplicá-los. QUADRO 1 – COMPONENTES PARA UMA APRENDIZAGEM AUTÔNOMA FONTE: Silva (2004) 11 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM De acordo com Silva (2004), o componente do saber se refere a um conhecimento relativo a si mesmo, reconhecendo o seu próprio processo de aprendizagem, identificando suas facilidades e dificuldades. Entretanto, para poder ser capaz de aplicar seus conhecimentos, é necessário “saber fazer”, e neste caso o conhecimento alia-se à habilidade do indivíduo. Citamos três condições básicas para o ensino ser desafiador ao aluno: • Autenticidade, sinceridade e coerência nas relações professor/aluno. • Aceitação do outro, o “saber ouvir”, respeitando o outro como ele é, com suas potencialidades e limitações. O professor não deve ficar na relação do “sabe tudo” e o aluno na posição de “tábua rasa”. Pelo contrário, deve haver o respeito das individualidades e potencialidades que cada um possui. • Empatia, compreender o outro e seus sentimentos, sem, com isso, envolver-se neles, pois acreditamos que só existe aprendizagem com afetividade. AUTOATIVIDADE 1 De acordo com Silva (2004), quais são os principais componentes para desenvolver uma aprendizagem autônoma? Assinale a alternativa correta: a) Componentes do saber, do saber fazer e do querer. b) Componentes do ser, do fazer e do executar. c) Componentesdo aprender, do ser e do fazer. d) Componentes do saber, do saber fazer e do ser. 2 AUTOAPRENDIZAGEM DIRIGIDA De acordo com Moulin e Pereira (2003), a autoaprendizagem dirigida insere o aluno como responsável e autônomo, agente de seu próprio processo de aprendizagem, que cumpre seus compromissos, contribuindo para sua formação, capaz de realizar trabalho independente. Assim, o aluno passa a ser gestor de sua trajetória, sua aprendizagem, responsabilidade, consciente de sua formação como indivíduo capaz de realizar trabalho independente. 12 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Todavia, é importante ressaltarmos a diferença entre a autoaprendizagem autônoma e a autoaprendizagem dirigida. Analise o quadro explicativo a seguir: FIGURA 2 – DIFERENÇA ENTRE AUTOAPRENDIZAGEM AUTÔNOMA E AUTOAPRENDIZAGEM DIRIGIDA FONTE: Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2003/docs/anais/TC44.htm>. Acesso em: 25 maio 2017. Percebeu a diferença entre as duas formas de autoaprendizagem? A autoaprendizagem dirigida envolve uma forma diferente de aprender, mas se apresenta como uma variante especial da aprendizagem e, no ensino a distância, acata os mesmos critérios básicos que devem constar no material instrucional que dirige o estudo. Este método de aprendizagem tem o aluno como foco de todo o processo. Nesse aspecto todo aprendiz deve procurar: • Desenvolver capacidades de estudo independente. • Construir conhecimentos relevantes significativamente aprendidos, enriquecidos, ampliando e modificando as estruturas cognitivas. • Exercitar operações de pensamento que propiciem o desenvolvimento de habilidades e capacidades necessárias ao cidadão profissional que está sendo formado. O material proposto à aprendizagem dirigida necessita apresentar condições que leve o aluno a executar essas três funções: • Deixar um amplo espaço para a iniciativa dos destinatários e sua exploração pessoal. 13 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM • Apresentar conteúdos, proporcionando a informação para que o aprendiz se aproxime, progressivamente, de um conhecimento verdadeiro, e não de fragmentos. • Propor e estimular exercícios e atividades de investigação, oferecer espaço para a redescoberta, propiciar momentos de reflexão encaminhados para o desenvolvimento do pensamento autônomo e de outras operações de pensamento. AUTOATIVIDADE 2 Sobre a diferença entre autoaprendizagem dirigida e autoaprendizagem autônoma, coloque V para verdadeiro e F para falso: ( ) A autoaprendizagem dirigida se refere à organização e sistematização. ( ) A autoaprendizagem autônoma necessita da presença do professor. ( ) Na autoaprendizagem dirigida o material instrutivo é apenas um apoio. ( ) Na autoaprendizagem autônoma, o estudante seleciona materiais por conta própria, pesquisa sem apoio externo. Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) V – V – F – F. b) F – F – F – V. c) V – F – V – V. d) V – F – F – V. 3 TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM Pesquisas na área da Neurociência discutem o funcionamento do cérebro humano, a forma como se constroem conhecimentos e se elaboram as informações. Estudos de Gardner (1995 apud MOULIN; PEREIRA, 2003) sobre a inteligência humana nos alertam para as possibilidades que têm todos os indivíduos de trabalhar diferentes tipos de inteligência, por meio do exercício de modalidades diversas de aprendizagens, que preparam para o desenvolvimento de operações mentais, tanto cognitivas, como afetivas e motoras. Desta forma, o material instrucional, na ausência do professor, deve estimular o pensar de forma crítica e criativa, propondo um estudo organizado e investigativo. Elencamos algumas técnicas de estudo que favorecem a modalidade a distância propostas por Moulin e Pereira (2003): 14 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. Observação Implica atenção direcionada a determinado fato ou fenômeno, com objetivo previamente estabelecido. O que se observa, ou deixa-se de observar, está diretamente relacionado aos nossos conhecimentos já construídos, à amplitude do objeto da observação, à capacidade de concentração/atenção, entre outros fatores. A observação, via de regra, é registrada por meio de um tipo de linguagem: oral, escrita, pictórica etc. Descrição A descrição tem relação com a observação, como forma de expressá- la. Estabelece categorias que constituem o objeto em estudo e enumerar características de cada uma das categorias. Num segundo momento, consiste em enumerar as características que distinguem um objeto de outros. Comparação Comparar não significa criticar ou julgar, o que leva à ideia de aceitação ou recusa de algum conceito. A sistemática proposta para efetuar esta operação de pensamento está voltada para a percepção quanto a semelhanças entre os fatos, fenômenos, ideias que estão sendo comparados; diferenças entre esses mesmos fatos, fenômenos ou ideias; igualdade entre eles; descrever o resultado da comparação. Relação Quando são estabelecidas ligações entre duas ou mais ideias, conceitos, fatos, fenômenos, entre outros; ou então, quando ligações são estabelecidas entre a ideia atual e as que já conhecemos. Análise e Síntese A análise está vinculada à decomposição de um todo em seus elementos mais significativos e ao exame minucioso de suas partes. Uma sistemática que pode ser adotada para realizar uma análise é determinar sob quais aspectos vai-se efetuar a análise; identificar os elementos significativos; estudar pormenorizadamente sua natureza, funções etc.; elaborar a síntese (recomposição das partes em um “novo” todo), sem esquecer a crítica e as relações estabelecidas; registrar a operação realizada. Crítica Utiliza-se julgamento e avaliação. É necessário, entretanto, fundamentar-se em provas e em qualidade de raciocínio para ressaltar qualidades positivas ou negativas, limitações, defeitos, omissões, entre outros. Fundamentação e Argumentação Ao fundamentar apresentamos as leis, princípios e pressupostos teóricos, técnicos ou legais que dão suporte às ideias que estão sendo discutidas. A argumentação é a arte do convencimento que mostra os raciocínios que constituem o argumento, com o objetivo de convencer, mostrando a consistência e a coerência da tese ou ideia defendida. QUADRO 2 – TÉCNICAS DE ESTUDO NA MODALIDADE A DISTÂNCIA FONTE: Adaptado de Moulin e Pereira (2003) Cada indivíduo tem uma maneira própria de aprender, e hoje já se tem o reconhecimento de três estilos de aprendizagem distintos. São eles: os visuais, os auditivos e os sinestésicos, que demonstram maneiras diferentes de aprendizagem. Portanto, é importante para a pessoa ao estudar, explorar melhor com seu estilo de aprendizagem, apesar de que poderá descobrir que pode se destacar em outras áreas, e isso evidencia a importância de abordar todos os estilos de aprendizagem, focando mais no estilo no qual se adaptar melhor. 15 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM AUTOATIVIDADE 3 Há uma técnica de estudos que sugere a ligação entre duas ou mais ideias, conceitos, fatos, fenômenos, entre outros; ou então, quando ligações são estabelecidas entre a ideia atual e as que já conhecemos. A qual técnica se refere? Assinale a alternativa correta: a) Análise e síntese. b) Fundamentação e argumentação. c) Relação. d) Crítica. 4 AUTOESTUDO Consideramos o autoestudo como o estudo do self, de suas ações, ideias. É um processo histórico, cultural e político e fundamenta-se na vida de cada um, mas vai alémdisso. O autoestudo também pode envolver uma análise crítica dos textos lidos, das experiências pelas quais se passou, das pessoas conhecidas e das ideias consideradas (SOUZA; FERNANDES, 2014). Nesse aspecto, ainda segundo as autoras, o autoestudo tem a sua constituição nos embasamentos subjacentes ao exercício reflexivo e à investigação, conduzindo para a necessidade de estudar e compreender o ensino. O autoestudo necessita que o aluno desenvolva uma visão crítica do ensino, para tanto é importante que faça a investigação do ensino e do conhecimento sobre o ensino através da pesquisa, incluindo a análise. Outro fator fundamental para o autoestudo é o processo de organização do tempo de estudos, sendo uma ação consciente e sistemática, em cujo centro está o trabalho efetivo de seus estudos. Seria um preparo cognitivo, ou seja, você está preparando seu cérebro para trabalhar no tempo que você “combinou” com ele. Por isso, é muito importante estar à mostra esse cumprimento, pode ser em forma de cartaz físico, planilha, ou como for melhor para sua visualização. Todavia, para que ocorra essa organização é importante que você conheça sua forma de aprender. Por exemplo, se você é uma pessoa mais auditiva, organize um momento para fazer leituras em voz alta, assistir a videoaulas, links sugeridos referentes a seus estudos, quanto mais explorar seu perfil de aprendizagem, melhor sua capacidade de compreensão. Por outro lado, o ideal é que todos busquem desenvolver os três estilos de aprendizagem, a fim de que possam aprender em qualquer situação de construção do conhecimento. 16 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. O aluno visual São os que aprendem com mais facilidade pela visão. O processo de aprendizagem ganha mais signifi cado quando visto, ou seja, utilizando leitura de texto, imagens, gráfi cos, diagramas etc. Usar mapas conceituais também ajuda a criar conexões sobre o material. O aluno auditivo São os que aprendem bem com música instrumental tocando ao fundo enquanto estudam. Benefi ciam-se repetindo as instruções recebidas, realizando avaliações orais, e usando associação de palavras para relembrar um conteúdo. Aprendem lendo um texto em voz alta, gravado em áudio, ou participando de uma discussão. Aluno sinestésico Aprendem melhor através de uma abordagem “mão na massa”. Eles aprendem movendo, tocando e fazendo, precisam trabalhar em curtos períodos de tempo e fazer pausas frequentes enquanto estiverem estudando. Eles tendem a precisar de espaço para ler ou escrever, como deitar no chão ou na cama, ao invés de se sentar em uma mesa. QUADRO 3 – ESTILOS DE APRENDIZAGEM FONTE: Adaptado de: <htt p://www.educacaodecriancas.com.br/desenvolvimento-infantil/estilos-de- aprendizagem-visual-auditivo-e-sinestesico>. Acesso em: 25 maio 2017. Descobrir o seu estilo de aprendizagem irá benefi ciá-lo no seu processo de aprendizagem. Leia mais sobre Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem. Conclusões da área sobre como o cérebro aprende trazem à tona questões tratadas por grandes teóricos da Psicologia, como Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel. Saiba como elas podem enriquecer as discussões sobre o ensino. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/217/neurociencia-aprendizagem>. Leia mais sobre Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem. DICA AUTOATIVIDADE 4 Pessoas neste estilo aprendem melhor através de uma abordagem “mão na massa”. Eles aprendem movendo, tocando e fazendo. Precisam trabalhar em curtos períodos de tempo e fazer pausas frequentes enquanto estiverem estudando. Eles tendem a precisar de espaço para ler ou escrever, como deitar no chão ou na cama, ao invés de se sentar em uma mesa. Sobre qual estilo a afi rmativa se refere? a) Sinestésico. b) Auditivo. c) Visual. d) Emocional. 17 Copyright © UNIASSELVI 2016. Todos os direitos reservados. NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM REFERÊNCIAS GALEFFI, D. A. O ser-sendo da filosofia. Salvador: Edufba, 2001. ______. Delineamentos de uma filosofia do educar polilógica: no caminho de uma ontologia radical. In: Encontro do GT de Filosofia da Educação do Norte e Nordeste, UFPE, 2002. MOULIN, N.; PEREIRA, V. Operações de pensamento no material instrucional para ensino a distância. 2003. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2003/docs/ anais/TC44.htm>. Acesso em: 12 maio 2017. MORAES, M.C. O paradigma educacional emergente. Campinas/SP: Papirus, 2010. OFFIAL, P. C. P. Formação de leitores do literário: uma experiência na Escola da Ponte. 2012. 67 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 14 de setembro de 2012. PACHECO, J. Escola da Ponte: formação e transformação de educação. São Paulo: Vozes, 2010. ______. Para os filhos de nossos filhos. Campinas, SP: Papirus, 2006. SILVA, R. C. A. Educação a distância e o seu grande desafio: o aluno como sujeito de sua própria aprendizagem. 2004. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2004/ por/htm/012-TC-A2.htm>. Acesso em: 2 maio 2017. SOUZA, M. I. G. F. M.; FERNANDES, M. F. O autoestudo e as abordagens narrativo- biográficas na formação de professores. Educação, Porto Alegre, v. 37, n. 2, p. 297-306, maio-ago. 2014. Disponível em: <revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/ download/13331/11742>. Acesso em: 10 abr. 2017. TURA, M. L. R.; SOUZA, M. I. M. Políticas educacionais, concepções pedagógicas e identidades profissionais. RBPAE, v. 18, n. 1, jan./jun. 2002. Disponível em: <http://seer. ufrgs.br/rbpae/article/viewFile/25473/14800>. Acesso em: 10 maio 2017. GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 1 – A 2 – C 3 – C 4 – A Centro Universitário Leonardo da Vinci Rodovia BR 470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000 - lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br