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_UNIDADE 3 - SNP

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Unidade 3
Sistema cardiovascular e suas 
relações
Convite para Explorar o Sistema Cardiovascular
Neste convite ao estudo, a ênfase recai sobre a exploração do sistema cardiovascular. O 
enfoque se direciona, de forma mais específica, para compreender a organização do sistema 
cardiovascular, circulatório, sanguíneo e linfático, além de examinar a estrutura anatômica, 
histológica e fisiológica do coração, sua parede cardíaca, câmaras cardíacas, valvas, ruídos 
cardíacos, o ciclo cardíaco, o sistema Especializado de Excitação e condução cardíaca, e a análise 
do eletrocardiograma. Adicionalmente, a exploração abrangerá tópicos como hemorragias, 
coagulação sanguínea, pressão arterial, seus fatores determinantes e os mecanismos de 
controle da pressão arterial.
Este convite visa permitir aos estudantes, Thiago, Lucas e Gustavo, que estão no terceiro 
semestre de um curso na área da saúde, aprofundar seus conhecimentos sobre a estrutura 
morfofuncional do sistema cardiovascular, incentivando reflexões sobre os processos 
fisiopatológicos. Eles também terão a oportunidade de se familiarizar com a organização do 
sistema cardiovascular em suas diferentes dimensões, compreendendo a anatomia, histologia e 
fisiologia do coração, bem como a análise do ciclo cardíaco, sistema de condução, 
eletrocardiograma, anatomia e histologia dos vasos sanguíneos, e o intricado tema da pressão 
arterial, incluindo seus determinantes e os mecanismos que a controlam. A busca por uma 
abordagem interdisciplinar e pela aplicação prática desses conhecimentos no cotidiano deles é 
um estímulo constante para esse grupo de estudantes.
A cada aula, você terá a oportunidade de se envolver nas jornadas educacionais dos três 
estudantes, Thiago, Lucas e Gustavo, enquanto eles enfrentam situações desafiadoras dentro da 
sala de aula. Juntos, vocês irão embarcar em uma jornada para descobrir respostas para todas 
as dúvidas que surgirem ao longo do caminho, utilizando o conhecimento adquirido a partir da 
leitura do livro didático e das webaulas.
Este convite é um convite para mergulhar nessa emocionante aventura de aprendizado. Está 
preparado para iniciar a terceira unidade? Que os estudos sejam repletos de sucesso e 
descobertas enriquecedoras para todos! Boa sorte na sua jornada de aprendizado!
Seção 3.1
Organização do sistema 
cardiovascular e circulatório
Thiago, Lucas e Gustavo embarcaram recentemente na exploração do sistema cardiovascular, e 
durante uma das aulas, o professor introduziu o tópico da hemofilia. Ele propôs uma pesquisa 
na internet com o objetivo de encontrar pessoas afetadas por essa condição.
Os três estudantes realizaram a pesquisa e se depararam com o caso de Herbert José de Souza, 
mais conhecido como Betinho, que foi um renomado sociólogo e defensor dos direitos 
humanos. Intrigante foi o fato de que tanto Betinho quanto seus irmãos, Henfil e Chico Mário, 
eram portadores de hemofilia. No entanto, durante a pesquisa, eles também descobriram que 
os três irmãos haviam falecido. Betinho nos deixou em 1986, enquanto Henfil e Chico Mário 
perderam suas vidas em 1988, todos vítimas da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
Essa descoberta levanta a questão da relação entre a hemofilia e a AIDS. Quais são as formas de 
tratamento para os pacientes hemofílicos e como a hemofilia se relaciona com a AIDS?
No contexto do estudo sobre a organização do sistema cardiovascular e circulatório, é 
importante compreender que este sistema é um sistema fechado, onde o sangue circula 
exclusivamente dentro dos vasos e não há mistura entre o sangue arterial e o venoso. 
Conforme os vasos se distanciam do coração, eles diminuem de tamanho, enquanto os vasos 
próximos ao coração têm um diâmetro maior.
O sistema sanguíneo desempenha três funções principais: transporte, regulação e 
proteção. O sangue é responsável por transportar oxigênio dos pulmões para todas as 
células do corpo e eliminar dióxido de carbono dos tecidos através da expiração. Além 
disso, ele transporta produtos residuais para órgãos como os pulmões, rins e a pele. O 
sangue também desempenha um papel crucial na regulação do pH, manutenção da 
temperatura corporal e proteção contra perda excessiva de sangue após lesões, além de 
proteger contra doenças por meio de mecanismos como a fagocitose e a presença de 
anticorpos.
É essencial notar que o sangue é composto por plasma sanguíneo e células, incluindo 
glóbulos vermelhos (eritrócitos) e glóbulos brancos (leucócitos). O volume de eritrócitos no 
sangue, denominado hematócrito, normalmente varia entre 38% e 42%, enquanto o restante é 
composto por plasma. O plasma sanguíneo é composto principalmente por água e solutos, 
como proteínas plasmáticas, eletrólitos, nutrientes, enzimas, hormônios e produtos residuais.
O sistema de grupos sanguíneos ABO e o sistema Rh são amplamente conhecidos. Os 
indivíduos com eritrócitos que produzem o antígeno A são do tipo sanguíneo A, aqueles que 
produzem o antígeno B são do tipo B, enquanto os que produzem ambos os antígenos A e B são 
do tipo AB, e aqueles que não produzem nenhum antígeno são do tipo O. O sistema Rh é 
baseado na presença (Rh+) ou ausência (Rh-) do antígeno Rh (antígeno D) nos eritrócitos.
Essas informações são de grande importância, especialmente em situações de transfusão 
sanguínea, quando é essencial garantir compatibilidade sanguínea para evitar reações adversas. 
Toda essa compreensão é fundamental no contexto da saúde, onde a transfusão de sangue 
pode ser necessária para corrigir deficiências sanguíneas, tratar a anemia ou enfrentar baixos 
níveis de plaquetas.
SISTEMA SANGUÍNEO
O sistema sanguíneo possui três principais funções, que são: transporte, regulação e 
proteção.
Transporte: o sangue transporta o oxigênio dos pulmões para todas as células do organismo e 
o dióxido de carbono é eliminado das células corporais pelos pulmões através da expiração. O 
sangue também transporta os produtos residuais pelos pulmões, rins e a pele.
Regulação: o sangue que está circulante ajuda a manter a homeostasia, regula o pH através dos 
tampões, auxilia na manutenção da temperatura corporal através da absorção de calor e o 
resfriamento da água que está presente no plasma sanguíneo.
Proteção: a coagulação do sangue ajuda na proteção contra a perda excessiva de sangue após 
uma lesão, e os leucócitos ajudam na proteção de doenças através da fagocitose. Existem 
também diversas proteínas no sangue, como os anticorpos que protegem contra várias 
patologias.
HEMORRAGIAS
As hemorragias são caracterizadas pela perda de sangue devido à ruptura de um vaso 
sanguíneo, sendo classificadas em dois tipos: externas e internas.
A hemorragia externa ocorre quando o sangue se derrama para fora do corpo devido a uma 
lesão visível. Existem dois tipos principais de hemorragia externa: venosa e arterial. Embora 
os procedimentos para controlar ambos os tipos sejam semelhantes, em hemorragias arteriais, 
a compressão da área afetada deve ser mantida por um período maior do que em hemorragias 
venosas. Para estancar o sangramento, a região afetada deve ser comprimida com um tecido 
seco e limpo, e o membro afetado deve ser elevado para diminuir o fluxo sanguíneo naquela 
área.Por outro lado, as hemorragias internas ocorrem quando há sangramento no interior 
do corpo, muitas vezes sem sinais visíveis externos. Essas lesões podem ser causadas por 
traumas que não resultam em perda de sangue visível, mas envolvem o rompimento de vasos 
sanguíneos ou artérias dentro do corpo. A detecção de hemorragias internas é mais 
desafiadora. Alguns sintomas comuns incluem pulso fraco, suor frio, palidez intensa da pele, 
sede, vômitos e inconsciência.
Em casos de hemorragia interna, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente 
devido à gravidade do quadro. A conduta inicial é colocar a vítima em decúbito dorsal. Se o 
ferimento ocorrer na cabeça, a cabeça da vítima deve ser levemente elevada para evitar a 
coagulação do sangue na região encefálica.Geralmente, a intervenção cirúrgica é necessária na 
maioria dos casos, e o paciente deve ser encaminhado para o hospital com urgência.
É crucial destacar a importância desse conhecimento, pois em muitos casos, como acidentes 
automobilísticos, a presença de uma hemorragia interna pode passar despercebida, levando a 
complicações graves e até mesmo à morte. Portanto, em situações de trauma, é fundamental 
que as vítimas busquem atendimento médico imediatamente para avaliar a presença de 
hemorragia interna por meio de exames como endoscopia, tomografia computadorizada e 
ultrassom, a fim de garantir a detecção precoce e intervenção adequada, quando necessário.
COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Para manter a homeostasia, o organismo responde à hemorragia liberando células com a 
finalidade de tamponar o local onde ocorreu o sangramento. Essas células incluem plaquetas, 
hemácias e fibrinas, que atuam rapidamente para controlar a hemorragia.
Durante o processo de estancamento hemorrágico, as hemácias, plaquetas e fibrinas se 
deslocam para a área da hemorragia, onde formam um coágulo sanguíneo, também conhecido 
como trombo ou êmbolo. Geralmente, esses coágulos são posteriormente dissolvidos pelo 
organismo, restaurando a circulação normal.
No entanto, há situações em que as vítimas não conseguem realizar esse processo de 
tamponamento natural de maneira eficaz. Isso pode resultar no deslocamento do coágulo na 
corrente sanguínea, o que, por sua vez, pode levar a problemas mais graves, como o infarto 
(quando o coágulo bloqueia o suprimento sanguíneo para o coração) ou o acidente vascular 
cerebral (quando o coágulo bloqueia o suprimento sanguíneo para o cérebro). Portanto, a 
capacidade do organismo de formar e dissolver coágulos de maneira adequada desempenha 
um papel fundamental na manutenção da saúde e prevenção de complicações graves 
associadas a hemorragias. É importante observar os sinais e sintomas de coágulos sanguíneos 
inadequadamente formados e buscar atendimento médico imediatamente quando necessário 
para evitar consequências graves.
HEMOFILIA
A hemofilia é uma condição hereditária, na qual o organismo é incapaz de produzir 
quantidades adequadas dos fatores de coagulação necessários para a coagulação do sangue. 
Essa condição afeta principalmente os homens, pois os genes que controlam a produção de 
fatores de coagulação estão localizados no cromossomo X. As mulheres são geralmente 
portadoras da doença, o que significa que elas não manifestam a hemofilia, mas podem 
transmiti-la aos seus filhos do sexo masculino.
O diagnóstico da hemofilia é baseado nos sinais clínicos, mas também pode ser confirmado por 
meio de exames de sangue que medem a concentração dos fatores de coagulação. Os sintomas 
da hemofilia variam de acordo com a gravidade da condição. Em casos leves, os sangramentos 
podem ocorrer durante cirurgias, extrações dentárias ou traumas. Nas formas graves a 
moderadas, os sangramentos podem ocorrer espontaneamente, resultando em hemorragias 
intramusculares e intra-articulares. Isso pode levar ao desgaste das cartilagens e, em casos mais 
graves, a lesões ósseas.
Os principais sintomas da hemofilia incluem aumento da temperatura, dor intensa e restrição 
de movimento. As articulações mais frequentemente afetadas são o joelho, tornozelo e 
cotovelo. Além disso, as mucosas, como nariz e gengivas, podem sangrar, e os cortes na pele 
demoram mais para parar de sangrar.
O tratamento da hemofilia envolve a reposição do fator de coagulação deficiente. Pacientes 
com hemofilia A recebem a reposição do fator VIII, enquanto aqueles com hemofilia B recebem 
o fator IX. O tratamento é contínuo, e os pacientes devem fazer exames regulares para 
monitorar os níveis de fatores de coagulação no sangue. É fundamental que o paciente tenha 
em casa uma dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para o seu tipo de hemofilia. 
Isso permite que eles possam aplicá-la imediatamente em caso de sintomas de sangramento 
para evitar complicações e minimizar as sequelas. O tratamento precoce é crucial para reduzir 
as consequências dos sangramentos em pacientes com hemofilia. É importante seguir as 
orientações do médico e utilizar apenas os medicamentos recomendados por ele para garantir 
um tratamento eficaz e uma melhor qualidade de vida para os pacientes com essa condição.
SISTEMA LINFÁTICO
Os sistemas imune e linfático desempenham um papel fundamental na manutenção da saúde 
do organismo. Eles são compostos por um fluido chamado linfa, que auxilia na circulação 
dos líquidos corporais e na defesa do corpo contra os agentes causadores de doenças.A 
maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, que é o fluido que compõe o sangue, 
penetra nas paredes dos capilares sanguíneos, formando assim o líquido intersticial. À 
medida que o líquido intersticial passa para os vasos linfáticos, ele passa a ser chamado de linfa.
As principais funções do sistema imune e linfático incluem:
1. Drenagem do excesso de líquido intersticial: Os vasos linfáticos desempenham um papel 
essencial na remoção do excesso de líquido intersticial dos tecidos, ajudando a evitar o inchaço 
e mantendo um equilíbrio adequado nos fluidos corporais.
2. Transporte de lipídeos dietéticos: O sistema linfático é responsável por absorver lipídeos 
(gorduras) do trato digestivo após a ingestão de alimentos. Esses lipídeos são transportados 
pela linfa até o sistema circulatório para serem utilizados pelo corpo.
3. Condução das respostas imunes: O sistema imune é composto por células, tecidos e órgãos 
que trabalham em conjunto para proteger o organismo contra invasores, como bactérias, vírus 
e outros agentes patogênicos. Os linfócitos, um tipo de glóbulo branco, desempenham um 
papel central na resposta imune, ajudando a identificar e combater esses invasores.
Em resumo, o sistema imune e linfático desempenham um papel crucial na defesa do 
organismo contra doenças, além de manter o equilíbrio dos fluidos corporais e auxiliar na 
absorção de lipídeos após a digestão. Esses sistemas desempenham funções interligadas que 
garantem a saúde e o funcionamento adequado do corpo.
FORMAÇÃO E FLUXO DA LINFA
A maioria dos componentes do plasma sanguíneo atravessa livremente as paredes dos capilares 
e forma o líquido intersticial. No entanto, a quantidade de líquido que é filtrado pelos capilares é 
significativamente maior do que a quantidade que retorna ao sistema circulatório por meio da 
reabsorção. O excesso desse líquido, que corresponde a cerca de 3 litros por dia, é 
direcionado para os vasos linfáticos, transformando-se em linfa.Assim como as veias, os 
vasos linfáticos também possuem válvulas que asseguram o movimento unidirecional da linfa. A 
linfa é drenada para o sistema venoso por meio do ducto linfático direito e do ducto torácico, 
localizados na junção entre as veias subclávia e jugular direita. A sequência do fluxo do líquido é 
a seguinte: capilares sanguíneos (sangue), espaços intersticiais (líquido intersticial), capilares 
linfáticos (linfa), vasos linfáticos (linfa), ductos linfáticos (linfa) e junção entre as veias subclávia e 
jugular interna (sangue). Esse sistema complexo de fluxo de líquidos desempenha um papel 
essencial na circulação e na manutenção do equilíbrio dos fluidos no organismo.
TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÁTICOS
O sistema linfático inclui tecidos e órgãos distribuídos em todo o corpo, e eles são classificados 
em dois grupos com base em suas funções. Os órgãos linfáticos primários compreendem a 
medula óssea vermelha, que é encontrada em ossos planos e nas extremidades de ossos longos 
em adultos, juntamente com o timo. Os órgãos e tecidos linfáticos secundários incluem o 
baço.
O termo "linfoma" é utilizado para descrever cânceres que afetam o sistema linfático. Alguns 
tipos de linfoma estão associados a infecções crônicas, enquanto outros podem ser 
desencadeados por fatores ambientais, como a exposição a produtos químicos.Essas categorias 
de órgãos linfáticos, juntamente com oconhecimento sobre o linfoma, são componentes 
importantes para entender o sistema linfático e suas funções. O sistema linfático desempenha 
um papel vital na defesa imunológica do corpo e na circulação dos fluidos corporais, e 
compreender sua anatomia e função é essencial para a saúde e a medicina.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Durante a terceira semana de gestação, começam a ser formadas as células sanguíneas e os 
vasos sanguíneos no embrião. O sistema nervoso é o primeiro sistema a se desenvolver. O 
desenvolvimento do coração começa por volta do 18º ao 19º dia após a fertilização. Em torno do 
21º dia, o tubo cardíaco primitivo começa a se formar, e no 22º dia, o coração primitivo se divide 
em cinco regiões distintas, incluindo o seio venoso, o átrio primitivo, o ventrículo, o bulbo 
cardíaco e o tronco arterial. Nesse mesmo período, o coração começa a bombear sangue.
No 23º dia, o tubo cardíaco primitivo alonga-se, e no 28º dia, os átrios e ventrículos adquirem 
suas posições finais de adultos. O restante do desenvolvimento cardíaco envolve a formação de 
câmaras, septos e válvulas para criar as quatro câmaras do coração. Entre a 5ª e a 8ª semana, as 
válvulas atrioventriculares começam a se formar, enquanto as válvulas semilunares se 
desenvolvem entre a 5ª e a 9ª semana.
Defeitos cardíacos congênitos podem estar presentes no nascimento e variam em gravidade. 
Alguns deles passam despercebidos durante toda a vida, enquanto outros requerem 
intervenção cirúrgica devido ao risco para a vida, como coarctação da aorta, persistência do 
canal arterial, defeito do septo e tetralogia de Fallot.
A coarctação da aorta ocorre quando o estreitamento de um vaso sanguíneo causa uma 
redução significativa no fluxo sanguíneo, sobrecarregando o ventrículo esquerdo e levando ao 
desenvolvimento de hipertensão. O tratamento envolve cirurgia ou dilatação com um stent.
A persistência do canal arterial acontece quando o canal arterial, um vaso sanguíneo 
temporário que liga a artéria aorta e a artéria pulmonar esquerda, não fecha após o 
nascimento, aumentando a pressão no tronco pulmonar e sobrecarregando os ventrículos. O 
tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da gravidade.
Defeito do septo refere-se à abertura no septo que separa as câmaras direita e esquerda do 
coração, e geralmente requer correção cirúrgica.
A Tetralogia de Fallot é uma condição cardíaca congênita que envolve quatro defeitos no 
coração, resultando em baixa oxigenação do sangue. Os principais defeitos incluem 
estreitamento da artéria pulmonar, hipertrofia do ventrículo direito, um orifício no septo 
ventricular e a aorta posicionada sobre o defeito. Isso leva a sintomas como cianose (coloração 
azulada da pele), dificuldade respiratória e desnutrição. O tratamento principal é a cirurgia 
corretiva realizada na infância para restaurar a circulação sanguínea normal.
O ultrassom morfológico no segundo trimestre da gravidez é usado para identificar 
malformações cardíacas. O tratamento da hemofilia envolve terapia de reposição para 
aumentar as concentrações de fatores de coagulação ausentes. Isso é feito por meio de 
infusões regulares desses fatores, que podem ser preventivas para evitar hemorragias. A 
relação entre a hemofilia e a AIDS está ligada ao histórico de controle nos bancos de sangue, 
onde alguns pacientes hemofílicos contraiam a AIDS através de transfusões. Hoje em dia, a 
produção de fatores de coagulação é muito mais segura, com controle rigoroso nos bancos de 
sangue e a produção de fatores de coagulação recombinantes que não usam sangue humano. 
Portanto, o risco de contrair doenças infecciosas é mínimo.
Patologia da Sessão: Hemofilia
Seção 3.2
Estrutura anatômica, histológica e 
fisiológica do coração
 Durante a aula de Ciências Morfológicas, o professor introduziu o tópico sobre as estruturas 
cardíacas e sua relação com patologias, desafiando gradualmente os alunos a explorar o tema. 
Ele abordou a importância da artéria aorta, que é responsável por distribuir o sangue oxigenado 
pelo corpo. Em seguida, discutiu a síndrome de Marfan, uma condição genética caracterizada 
por diversos sintomas devido a mutações no cromossomo 15. Essas mutações são consideradas 
dominantes e podem afetar indivíduos mesmo quando presente em apenas um dos 
cromossomos do par.
O professor destacou exemplos notáveis de pessoas afetadas pela síndrome de Marfan, como 
Abraham Lincoln, Niccolò Paganini, Joey Ramone e Vincent Schiavelli, enfatizando que a maioria 
dos pacientes com essa síndrome enfrenta problemas cardíacos, e cerca de 75% deles morre 
devido a complicações cardíacas. Em seguida, o professor lançou um desafio aos alunos Thiago, 
Lucas e Gustavo, pedindo que pesquisassem sobre a síndrome de Marfan e suas implicações 
cardiovasculares em crianças e adolescentes, além de identificar o tipo de atividade física 
apropriada para esse grupo de pacientes. Todos os alunos, incluindo você, foram encorajados a 
buscar informações sobre o assunto para posterior discussão e compreensão do tema. Vamos 
continuar a exploração desse desafio?
ESTRUTURA ANATÔMICA, HISTOLÓGICA E FISIOLÓGICA DO CORAÇÃO
 O coração apresenta dimensões aproximadas de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura e 6 
cm de espessura, com um peso médio de cerca de 300 g nos homens e 250 g nas mulheres. Ele 
ocupa sua posição no mediastino, uma região do tórax entre os pulmões, apoiando-se no 
músculo diafragma, próxima à linha média da cavidade torácica. Sua extensão abrange desde o 
esterno até a coluna vertebral, com aproximadamente 2/3 da massa cardíaca localizados no 
lado esquerdo da linha média do corpo.
PAREDE CARDÍACA (PERICÁRDIO, MIOCÁRDIO E ENDOCÁRDIO)
Claro, continuando a paráfrase descritiva. O coração é envolto pelo pericárdio, uma membrana 
que desempenha um papel crucial na proteção e suporte do coração, permitindo sua 
movimentação vigorosa. O pericárdio consiste em duas partes principais: o pericárdio fibroso e 
o pericárdio seroso.
O pericárdio fibroso é a camada superficial, formada por tecido conjuntivo irregular, resistente e 
inelástico. Sua função principal é evitar o estiramento excessivo do coração, além de fornecer 
proteção e ancoragem ao órgão no mediastino. Já o pericárdio seroso é mais profundo e 
composto por uma membrana mais delicada e fina que cria uma camada dupla em torno do 
coração, consistindo na lâmina parietal e na lâmina visceral.
A parede do coração é constituída por três camadas distintas: epicárdio, miocárdio e 
endocárdio. O epicárdio é a camada mais externa, fina e transparente. O miocárdio é composto 
por tecido muscular cardíaco e constitui a maior parte do coração, sendo responsável por sua 
função de bombeamento. A espessura do miocárdio varia entre as quatro câmaras cardíacas, 
com átrios apresentando paredes mais finas e ventrículos possuindo paredes mais espessas. 
Isso ocorre devido à necessidade do ventrículo esquerdo de bombear o sangue para todo o 
corpo, o que exige maior esforço em comparação com o ventrículo direito, que envia o sangue 
apenas aos pulmões. Portanto, o ventrículo esquerdo possui uma parede mais espessa.
O endocárdio é composto por uma fina camada de endotélio que reveste o interior das câmaras 
cardíacas e as válvulas cardíacas.
CÂMARAS CARDÍACAS
O coração possui quatro câmaras, divididas em duas partes distintas: o coração direito, 
responsável por bombear o sangue para os pulmões, e o coração esquerdo, encarregado de 
enviar o sangue para os órgãos periféricos. Cada parte do coração é composta por duas 
câmaras, um átrio e um ventrículo. A principal função dos ventrículos é atuar como bombas, 
enquanto os átrios funcionam como reservatórios de sangue.
Além disso, é importante destacar que o Brasil já possui um coração artificial desenvolvido após 
14 anos de pesquisa liderada pelo Dr. Aron de Andrade e sua equipe do Instituto de Cardiologia 
Dante Pazzanese. Esse avanço promete reduzir significativamente o tempo de esperapor 
transplantes cardíacos, beneficiando pacientes que necessitam desse procedimento.
VALVAS E RUÍDOS CARDÍACOS
As válvulas cardíacas têm a função crucial de regular o fluxo sanguíneo, permitindo que o 
sangue flua em uma direção e evitando o refluxo. Quando essas válvulas estão abertas, é devido 
a um gradiente de pressão que força o sangue a seguir adiante, e quando estão fechadas, é 
devido a um gradiente de pressão que impede o sangue de voltar na direção oposta. A 
capacidade das válvulas em fechar corretamente é essencial para o funcionamento adequado 
do coração, e qualquer falha nesse processo é considerada uma condição patológica, muitas 
vezes indicando insuficiência cardíaca.
Existem dois tipos principais de válvulas no coração: as válvulas atrioventriculares e as válvulas 
semilunares. As válvulas atrioventriculares, que são compostas pela válvula tricúspide (entre o 
átrio direito e o ventrículo direito) e a válvula mitral (entre o átrio esquerdo e o ventrículo 
esquerdo), evitam o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios. Por outro lado, as válvulas 
semilunares, que incluem a válvula aórtica (entre a artéria aorta e o ventrículo esquerdo) e a 
válvula pulmonar (entre a artéria pulmonar e o ventrículo direito), impedem o refluxo de sangue 
das artérias para os ventrículos.É importante notar que há diferenças entre as válvulas 
atrioventriculares e semilunares, principalmente devido às grandes pressões nas artérias ao 
final da sístole, o que exige que as válvulas semilunares se fechem de forma mais suave, em 
contraste com o fechamento mais rápido das válvulas atrioventriculares. Isso ocorre porque as 
válvulas semilunares têm que lidar com uma velocidade de ejeção de sangue muito maior.
Patologias, como doenças inflamatórias sistêmicas agudas e febre reumática após infecções 
estreptocócicas na garganta, podem danificar ou destruir as válvulas cardíacas. O processo de 
abertura das válvulas não é audível, não produzindo nenhum som, mas o fechamento dessas 
válvulas, devido às diferenças de pressão, cria um ruído que pode ser auscultado e é propagado 
do tórax em várias direções.
Ao iniciar a contração ventricular, o som auscultado está relacionado com o fechamento das 
válvulas atrioventriculares e corresponde à primeira bulha cardíaca. Quando as válvulas 
semilunares se fecham, produzem um ruído relativamente rápido correspondente à segunda 
bulha cardíaca.Além desses sons, durante a contração atrial, um ruído pode estar presente 
devido ao grande volume de sangue fluindo para os ventrículos que já estão quase cheios, 
correspondendo à terceira bulha cardíaca.
Agora, você pode realizar uma pesquisa na internet para encontrar e salvar os sons associados 
ao fechamento das válvulas atrioventriculares e semilunares. Isso ajudará na compreensão dos 
sons cardíacos e na identificação de possíveis problemas cardíacos em ausculta cardíaca.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA
A circulação sistêmica, também conhecida como grande circulação, descreve o caminho que o 
sangue percorre após entrar no coração. O sangue oxigenado, que retorna ao coração através 
das veias pulmonares, entra no átrio esquerdo. A seguir, o sangue flui através da valva mitral 
para o ventrículo esquerdo. A pressão no ventrículo esquerdo aumenta durante a diástole, e 
quando atinge um certo ponto, a valva aórtica se abre.
A valva aórtica é responsável por permitir que o sangue seja ejetado do ventrículo esquerdo 
para a artéria aorta. Essa artéria é a maior do corpo e está encarregada de distribuir o sangue 
rico em oxigênio sob alta pressão para todas as partes do corpo. A pressão é fundamental aqui, 
pois o sistema circulatório precisa garantir que o oxigênio e os nutrientes sejam fornecidos de 
maneira eficaz a todos os tecidos e órgãos.
É por meio da circulação sistêmica que o corpo recebe o oxigênio e os nutrientes necessários 
para suas funções vitais. Portanto, a artéria aorta é a estrada principal pela qual o coração 
bombeia o sangue oxigenado e essencial para todas as partes do organismo. Essa complexa 
rede de vasos sanguíneos e artérias é vital para manter a vida.
CIRCULAÇÃO PULMONAR
A circulação pulmonar, também conhecida como pequena circulação, representa o trajeto que o 
sangue segue após ser coletado de todo o corpo e retornar ao coração. O sangue, que agora 
possui uma alta concentração de dióxido de carbono e produtos finais do metabolismo, é 
coletado pelas veias cavas superior e inferior e entra no átrio direito do coração. A partir daí, flui 
através da valva tricúspide para o ventrículo direito.Durante a diástole, o sangue se acumula no 
ventrículo direito e, quando a pressão atinge um nível suficiente, a valva pulmonar se abre. A 
valva pulmonar é responsável por permitir que o sangue seja ejetado do ventrículo direito para 
a artéria pulmonar.
A artéria pulmonar é a estrada principal pela qual o sangue é impulsionado para os pulmões. Lá, 
ocorre o processo de hematose, no qual o sangue é oxigenado e o dióxido de carbono é 
eliminado. A velocidade do fluxo sanguíneo é muito baixa nos capilares pulmonares, o que 
torna essa região ideal para a troca de substâncias difusíveis, como a absorção de oxigênio e a 
liberação de dióxido de carbono.Assim, o sistema cardiovascular compreende a estrutura de 
uma bomba (o coração), tubos de distribuição (artérias) e de coleta (veias), bem como uma vasta 
rede de vasos com paredes finas, que permitem trocas rápidas de substâncias entre o sangue e 
os tecidos do corpo. Esse sistema é essencial para manter a circulação sanguínea eficiente e 
fornecer oxigênio e nutrientes a todas as células, ao mesmo tempo em que remove produtos 
metabólicos e dióxido de carbono para eliminação.
CIRCULAÇÃO CORONARIANA
A circulação coronariana é essencial para fornecer sangue aos tecidos do próprio coração, 
garantindo que o próprio órgão receba o oxigênio e os nutrientes de que necessita para 
funcionar corretamente. As artérias coronárias são as primeiras ramificações da aorta, a 
principal artéria do corpo, que se originam logo acima da válvula aórtica. O nome "coronárias" é 
uma referência à sua aparência que lembra uma coroa, uma vez que contornam o 
coração.Essas artérias coronárias se dividem em ramos cada vez menores à medida que se 
aproximam do coração. Esses ramos penetram profundamente nos tecidos cardíacos, 
assegurando um suprimento de sangue rico em oxigênio para todas as áreas do músculo 
cardíaco. 
É importante destacar que esses vasos estão interligados e possuem múltiplos caminhos para o 
suprimento sanguíneo do coração. Isso significa que, se houver algum problema que prejudique 
o fluxo sanguíneo através de uma rota específica, o sangue pode encontrar vias alternativas 
para continuar fluindo e fornecer os nutrientes necessários para as células cardíacas. Essa rede 
de vasos colaterais ajuda a garantir que o coração continue a receber sangue mesmo quando há 
obstruções ou bloqueios parciais em uma das artérias coronárias. Isso é fundamental para a 
saúde do coração e sua capacidade de continuar funcionando de maneira eficaz.
SÍNDROME DE MARFAN
A síndrome de Marfan é uma condição médica que resulta de uma alteração genética, 
envolvendo uma mutação no cromossomo 15, que é um cromossomo não sexual. Essa mutação 
é considerada dominante, o que significa que a síndrome se manifesta mesmo quando a 
mutação ocorre em apenas um dos cromossomos de um par.Essa síndrome é caracterizada por 
uma série de sintomas e características que resultam dessas alterações genéticas. Afeta cerca 
de uma em cada cinco mil pessoas e não possui correlação com raça ou localização geográfica. 
Cerca de um quarto dos pacientes não tem histórico familiar da condição. O diagnóstico pode 
ser desafiador devido à grande variabilidade de sinais entre os afetados e à possibilidade de que 
algumas características se confundam com outras anomalias.Alguns dos principais sintomas da 
síndrome de Marfan incluem estatura avantajada, membros e dedos alongados devido à faltade controle do crescimento causada por problemas nas fibras elásticas. Além disso, os tecidos e 
órgãos desses pacientes tendem a ser mais vulneráveis a rupturas e têm dificuldade em ajustar-
se a diferentes pressões, resultando em problemas ósseos, ruptura da retina e afetando órgãos 
como fígado, baço, pulmões e coração.
No que diz respeito ao coração, os pacientes com síndrome de Marfan frequentemente 
apresentam alterações nas válvulas cardíacas, dissecações ou aneurismas na aorta. Esses 
problemas cardíacos são uma preocupação significativa devido à maior pressão hidrostática 
cardíaca a que a aorta é submetida.Para o tratamento e manejo da síndrome de Marfan, são 
utilizadas estratégias como a colocação de próteses aórticas e o uso de betabloqueadores para 
controlar o fluxo sanguíneo, o que tem contribuído para aumentar a expectativa de vida dos 
pacientes. É importante que esses pacientes realizem exames cardiológicos anualmente, e a 
prescrição de exercícios deve ser feita de forma individualizada, levando em consideração o 
grau da doença, a medicação betabloqueadora e as condições hemodinâmicas de cada 
paciente. Os esportes de contato e aqueles com alto risco de colisões devem ser evitados devido 
aos riscos cardiovasculares e oftalmológicos. Para pacientes que já passaram por cirurgias 
aórticas ou estão em tratamento com anticoagulantes, a prática de atividades físicas deve ser 
restrita. O manejo dos pacientes com síndrome de Marfan é um processo contínuo que exige 
monitoramento cuidadoso e uma abordagem individualizada para garantir a saúde e bem-estar 
dessas pessoas.
Patologia da Sessão: Síndrome de Marfan
Seção 3.3
Ciclo cardíaco e anatomia dos vasos 
sanguíneos
A morte súbita de José Wilker, decorrente de uma parada cardíaca, está relacionada ao sistema 
especializado de excitação e condução cardíaca, que foi abordado na aula de Ciências 
Morfológicas. O sistema de condução cardíaca é responsável por regular o ritmo dos batimentos 
cardíacos e garantir que o coração funcione adequadamente. Qualquer falha nesse sistema 
pode resultar em arritmias cardíacas, incluindo fibrilação ventricular, que é uma causa comum 
de morte súbita.A morte súbita ocorre quando o coração entra em fibrilação ventricular, um 
ritmo cardíaco anormal e caótico no qual as câmaras cardíacas não se contraem efetivamente. 
Isso impede que o coração bombeie sangue de forma eficaz para o corpo, privando os órgãos 
vitais de oxigênio. A morte pode ocorrer em questão de minutos, antes que a assistência médica 
adequada possa ser prestada.
Para evitar a morte súbita, é importante realizar exames médicos regulares para identificar 
precocemente qualquer problema no sistema cardíaco. Além disso, medidas de prevenção 
incluem evitar fatores de risco para doenças cardíacas, como o tabagismo, dietas não saudáveis, 
falta de exercícios e estresse excessivo. Também é fundamental que as pessoas com histórico 
de doenças cardíacas na família ou com outros fatores de risco conheçam bem sua saúde 
cardíaca e sigam as orientações médicas.Em relação ao sistema especializado de excitação e 
condução cardíaca, a educação sobre os sintomas de arritmias cardíacas e a promoção de um 
estilo de vida saudável são medidas que podem contribuir para a prevenção da morte súbita. O 
rápido atendimento médico em casos de emergência cardíaca é crucial, e a disseminação do 
conhecimento sobre reanimação cardiopulmonar (RCP) também desempenha um papel 
fundamental na melhoria das taxas de sobrevivência em casos de parada cardíaca.
É importante estar ciente de que a morte súbita cardíaca pode ocorrer em qualquer momento e 
a qualquer idade, portanto, a prevenção e a prontidão são essenciais.
CICLO CARDÍACO
O ciclo cardíaco é essencial para o funcionamento do coração e, consequentemente, para o 
bombeamento de sangue no organismo. Ele é dividido em quatro fases, cada uma com suas 
características:
Fase I – Enchimento Rápido e Lento:
- Nesta fase, parte do volume de sangue (aproximadamente 2/3) entra do átrio esquerdo para o 
ventrículo esquerdo quando a valva mitral se abre. 
- Posteriormente, o átrio esquerdo se contrai, empurrando o restante do volume 
(aproximadamente 1/3) para o ventrículo esquerdo. 
- O volume inicial é de 45 ml, o volume final é de 115 ml, a pressão inicial é próxima de 0 mmHg, 
e a pressão final é de 10 mmHg.
Fase II – Contração Isovolumétrica:
- Nesta fase, todas as valvas (mitral e aórtica) estão fechadas.
- Não há alteração de volume, permanecendo em 115 ml.
- A pressão inicial é de 10 mmHg, e a pressão final aumenta para 80 mmHg para que a valva 
mitral seja aberta.
Fase III – Fase de Ejeção Rápida e Lenta:
- Após a abertura da valva aórtica, o sangue começa a ser ejetado em duas etapas: primeiro, 
70% do volume são ejetados rapidamente (enchimento rápido), seguidos pelos 30% restantes 
(enchimento lento).
- A soma desses volumes corresponde a aproximadamente 70 ml.
- O volume inicial é de 115 ml, o volume final é de 45 ml, a pressão inicial é de 80 mmHg, e a 
pressão final é de 100 mmHg.
- A fase termina quando a valva aórtica se fecha.
Fase IV – Relaxamento Isovolumétrico:
- Nesta fase, a valva aórtica está fechada, e não ocorre alteração de volume.
- O que ocorre são diminuições de pressão.
- Quando a pressão se aproxima de 0 mmHg, a valva mitral se abre, terminando essa fase e 
iniciando a fase I do ciclo cardíaco seguinte.
- O volume inicial e final são de 45 ml, a pressão inicial é de 100 mmHg, e a pressão final é 
próxima de 0 mmHg.
A figura 3.4, chamada de curva de volume por pressão, representa todas as alterações de 
volume e pressão durante essas quatro fases do ciclo cardíaco, demonstrando as mudanças que 
ocorrem no coração a cada batimento, permitindo a circulação eficaz do sangue pelo 
organismo.
SISTEMA ESPECIALIZADO DE EXCITAÇÃO E CONDUÇÃO CARDÍACA
O sistema especializado de excitação e condução cardíaca é responsável por controlar todas as 
contrações do coração, garantindo o ritmo cardíaco. Ele é constituído por várias partes, cada 
uma desempenhando um papel fundamental:
1. Nodo Sinoatrial (Nodo Sinusal):
 - O nodo sinoatrial é uma pequena região localizada na parede superior lateral do átrio direito, 
próxima à veia cava superior.
 - É conhecido como o "marca-passo cardíaco" porque, em condições normais, é o local onde o 
impulso cardíaco é gerado.
 - Ele inicia o impulso elétrico que desencadeia as contrações cardíacas.
2. Vias Internodais:
 - Após a geração do impulso no nodo sinusal, esse impulso é conduzido através das vias 
internodais.
 - As vias internodais transmitem o impulso do nodo sinusal para o nodo atrioventricular, 
passando por ambos os átrios (direito e esquerdo).
3. Nodo Atrioventricular (Nodo AV):
 - O nodo atrioventricular é o ponto de transição entre o átrio e o ventrículo.
 - O impulso elétrico sofre um atraso na condução ao chegar a esse ponto antes de passar para 
os ventrículos.
 - Esse atraso permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos, otimizando o 
enchimento de sangue no momento da contração ventricular.
4. Feixe de His e Fibras de Purkinje:
 - Quando o estímulo elétrico atinge o ventrículo, ele passa para o feixe de His.
 - Em seguida, esse estímulo é conduzido pelas fibras de Purkinje, que se ramificam em dois 
ramos: direito e esquerdo.
 - O ramo direito estimula o ventrículo direito, enquanto o ramo esquerdo estimula o ventrículo 
esquerdo.
 - Essa condução eficaz é fundamental para a sincronização das contrações ventriculares.
Além disso, o texto menciona o "marca-passo cardíaco", um dispositivo implantado em 
pacientes com frequência cardíaca lenta (bradicardia) devido ao desgaste do sistema elétrico do 
coração. Esse dispositivo emite estímulos elétricos para garantir uma frequência cardíaca 
adequada, substituindo a função do nodo sinoatrial. Isso é recomendado em casos de 
bradicardia associada ao envelhecimento ou a doenças cardíacas, cujos sintomas incluemfraqueza, tontura e desmaios devido à diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro.
PRINCÍPIOS DO ELETROCARDIOGRAMA
Na análise de um eletrocardiograma (ECG), que é um registro gráfico da atividade elétrica do 
coração. Cada parte do ECG fornece informações essenciais sobre a função cardíaca. Aqui estão 
as principais características mencionadas:
1. Onda P: A onda P representa a despolarização atrial, que indica a contração dos átrios. Ela 
começa com a primeira deflexão ascendente e termina com o retorno à linha de base. Uma 
medida normal da onda P é menor do que 0,11 segundos ou não passa de três quadrados.
2. Complexo QRS: O complexo QRS representa a despolarização ventricular, ou seja, a 
contração dos ventrículos. É medido a partir da primeira deflexão do complexo QRS na linha de 
base até o retorno final do QRS à linha de base. O complexo QRS deve ter uma duração normal 
menor do que 0,10 segundos ou dois quadrados e meio.
3. Onda T: A onda T representa a repolarização ventricular, indicando o relaxamento dos 
ventrículos.
4. Intervalo PR:O intervalo PR é a medida da primeira deflexão ascendente da onda P até a 
primeira deflexão do complexo QRS a partir da linha de base. Ele reflete o tempo entre o início 
da contração atrial e o início da contração ventricular. O intervalo PR normal varia de 0,12 a 0,20 
segundos ou de três a cinco quadrados.
5. Intervalo QT: O intervalo QT é medido desde o início do complexo QRS até o final da onda T, 
voltando à linha de base. O intervalo QT varia normalmente de 0,32 a 0,44 segundos ou de 8 a 
11 quadrados. O intervalo QT pode variar em resposta a diferentes fatores e é importante na 
avaliação de problemas cardíacos.
6. Segmento PR: O texto menciona que o segmento PR não é medido. O segmento PR é, na 
verdade, uma parte importante do ECG e é a porção que inclui o intervalo PR. Ele é relevante na 
avaliação de ritmos cardíacos e bloqueios cardíacos.
7. Segmento ST: O segmento ST é a parte que se estende do retorno do QRS à linha de base até 
a primeira deflexão ascendente ou descendente da onda T. Alterações no segmento ST podem 
indicar problemas cardíacos e são cruciais para o diagnóstico de infarto do miocárdio.
Esses parâmetros do ECG são essenciais para avaliar a atividade elétrica do coração e identificar 
possíveis anormalidades cardíacas. A interpretação do ECG é uma habilidade fundamental para 
médicos e profissionais de saúde na detecção e diagnóstico de doenças cardíacas.
HISTOLOGIA DOS VASOS SANGUÍNEOS
Os vasos sanguíneos desempenham um papel fundamental no sistema circulatório, 
transportando sangue para várias partes do corpo e desempenhando funções específicas. Aqui 
está a continuação do texto:
 Artérias
As artérias são responsáveis por transportar o sangue para longe do coração, levando-o para os 
tecidos e órgãos do corpo. O sangue circula sob alta pressão nas artérias, e elas possuem 
paredes vasculares fortes para suportar essa pressão. À medida que as artérias se afastam do 
coração, elas se ramificam em artérias menores conhecidas como arteríolas.
As arteríolas atuam como válvulas de controle para regular o fluxo sanguíneo para os capilares 
que atendem aos tecidos. A parede muscular das arteríolas é particularmente forte, permitindo 
a vasoconstrição (estreitamento) e vasodilatação (alargamento) para controlar o fluxo sanguíneo 
com base nas necessidades dos tecidos.
Capilares
Os capilares são vasos sanguíneos microscópicos e são responsáveis por realizar trocas vitais de 
líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido 
intersticial que banha as células dos tecidos. A parede dos capilares é extremamente fina e 
permeável, o que permite a rápida troca de substâncias.
Vênulas
As vênulas coletam o sangue dos capilares e gradualmente aumentam seu diâmetro, 
transformando-se em veias maiores. Sua principal função é atuar como condutores para o 
transporte de sangue dos tecidos de volta para o coração. Além disso, as vênulas desempenham 
um papel importante como reservatórios de sangue, contribuindo para a capacidade de ajustar 
o volume sanguíneo de acordo com as necessidades do organismo.
As paredes das veias são mais finas em comparação com as artérias, e a pressão no sistema 
venoso é muito mais baixa. Para evitar que o sangue retorne aos tecidos, as veias possuem 
válvulas unidirecionais, especialmente nas extremidades inferiores, que auxiliam no retorno 
eficiente do sangue de volta ao coração.A maior parte do volume sanguíneo, cerca de 85%, está 
nas veias sistêmicas, tornando-as um importante reservatório de sangue. A circulação sistêmica 
contém aproximadamente 65% do sangue nas veias, 13% nas artérias e 7% nas arteríolas e 
capilares sistêmicos. O coração contém cerca de 7% do volume sanguíneo, e os vasos 
pulmonares têm 8% em sua circulação específica.
Essa divisão do sistema vascular em artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias desempenha 
um papel crítico no fornecimento de oxigênio, nutrientes e outros produtos essenciais a todas 
as partes do corpo, bem como na remoção de produtos residuais do metabolismo e transporte 
de sangue de volta ao coração para ser bombeado novamente para a circulação sistêmica.
MORTE SÚBITA
A morte súbita é uma tragédia que ocorre de forma repentina e inesperada, frequentemente 
nas primeiras horas do dia, afetando pessoas de diferentes idades, incluindo aquelas 
aparentemente saudáveis. A sua incidência aumenta com a idade, com a maioria dos casos 
acontecendo após os 40 anos. Essa triste realidade se traduz em um alto número de mortes 
anuais no Brasil, cerca de 160 mil.Em muitos casos, as pessoas estão indo sobre suas atividades 
diárias quando ocorre uma parada cardíaca repentina e inesperada. Esse evento é muitas vezes 
testemunhado por familiares, amigos ou pessoas ao redor, o que torna a situação ainda mais 
impactante, já que a morte ocorre em questão de minutos.Essa situação é agravada pelo fato de 
que a probabilidade de sobrevivência diminui rapidamente com o tempo após a ocorrência da 
parada cardíaca. Cada minuto que passa sem intervenção aumenta a probabilidade de morte 
em 10%. Isso significa que, após apenas 10 minutos sem tratamento adequado, as chances de 
sobrevivência se tornam extremamente reduzidas.
A relação entre o sistema especializado de excitação e condução cardíaca e a morte súbita é 
crucial para entender essa condição. A morte súbita geralmente ocorre devido a uma doença 
nas artérias coronárias do coração, onde a deposição de gorduras leva à obstrução do fluxo 
sanguíneo. A falta de suprimento de oxigênio e nutrientes ao músculo cardíaco pode levar a 
uma instabilidade nos batimentos cardíacos, resultando em arritmias, como taquicardia, 
fibrilação ventricular ou bradicardia. Essas arritmias, por sua vez, podem evoluir para uma 
parada cardíaca.A grande maioria dos pacientes que sofrem morte súbita apresenta obstrução 
em duas ou mais artérias coronárias do coração, o que implica um comprometimento 
significativo do suprimento sanguíneo. Em casos de morte súbita em pessoas jovens, a causa 
mais provável é uma condição cardíaca congênita.
É importante ressaltar que, em muitos casos, os pacientes poderiam sobreviver se recebessem 
tratamento imediato, como a aplicação de choques elétricos com um desfibrilador. No entanto, 
o tempo é um fator crítico, e a janela para uma intervenção eficaz é bastante curta. A morte 
cerebral e a morte permanente ocorrem em poucos minutos após a parada cardíaca, com um 
tempo limite de cerca de 4 a 6 minutos para a reversão do quadro. Após 10 minutos, a reversão 
se torna praticamente impossível.Portanto, a prontidão na resposta a uma parada cardíaca, a 
disponibilidade de desfibriladores e a capacidade de realizar manobras de ressuscitação 
cardíaca de maneira imediata são cruciais para aumentar as chances de sobrevivência em casos 
de morte súbita.
 
Patologia da Sessão: Morte Súbita
Seção 3.4
Pressão arterial, hipertensão e 
fármacos anti-hipertensivosDesenvolver hipertensão durante a gravidez é uma condição médica conhecida como 
"hipertensão gestacional" ou "pré-eclâmpsia." Essa condição pode ocorrer em mulheres que 
nunca tiveram problemas com a pressão arterial antes da gravidez. A pré-eclâmpsia é um 
distúrbio específico da gravidez que afeta cerca de 5-8% das gestantes, geralmente após a 20ª 
semana de gestação. As causas exatas da pré-eclâmpsia não são completamente 
compreendidas, mas existem fatores de risco e hipóteses associados a essa condição.Alguns 
dos fatores de risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia incluem:
1. Primeira gravidez: Mulheres grávidas pela primeira vez têm um risco maior de desenvolver 
pré-eclâmpsia.
2. Histórico familiar: Se a mãe, irmã ou avó da gestante teve pré-eclâmpsia, o risco é 
aumentado.
3. Idade: Mulheres muito jovens ou mais velhas podem ter maior probabilidade de desenvolver 
pré-eclâmpsia.
4. Doenças prévias à gravidez: Algumas condições médicas preexistentes, como hipertensão, 
diabetes e doenças renais, aumentam o risco.
5. Gravidezes múltiplas: Mulheres grávidas de gêmeos, trigêmeos ou mais têm um risco maior.
A pré-eclâmpsia é caracterizada por um aumento significativo da pressão arterial e pela 
presença de proteína na urina após a 20ª semana de gravidez. Pode causar complicações graves 
para a mãe e o feto, incluindo restrição de crescimento, parto prematuro, insuficiência de 
órgãos e, em casos graves, pode levar a convulsões, condição conhecida como eclâmpsia, que 
coloca a vida da mãe e do feto em risco.O mecanismo exato pelo qual a pré-eclâmpsia ocorre 
não é completamente compreendido, mas acredita-se que envolva disfunções no 
desenvolvimento dos vasos sanguíneos da placenta. A placenta é um órgão temporário 
essencial durante a gravidez, responsável pela nutrição do feto. Distúrbios no desenvolvimento 
das artérias uterinas que fornecem sangue à placenta e problemas no sistema imunológico e 
inflamatório podem estar envolvidos.
O tratamento da pré-eclâmpsia pode envolver monitoramento rigoroso da pressão arterial, 
repouso, dieta, medicação anti-hipertensiva e, em casos graves, o parto prematuro para 
proteger a mãe e o feto. Geralmente, a pressão arterial volta ao normal após o parto.
É importante destacar que o pré-natal regular e o acompanhamento médico são essenciais para 
identificar precocemente a pré-eclâmpsia e monitorar a saúde da mãe e do feto durante a 
gravidez. É um desafio clínico significativo, mas o diagnóstico e o tratamento adequados podem 
ajudar a prevenir complicações graves.
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial (PA) é um indicador crítico da saúde cardiovascular, uma vez que representa a 
força com a qual o sangue flui através das artérias do corpo. A PA é influenciada por vários 
fatores, incluindo o volume de sangue circulante, a resistência dos vasos sanguíneos e a 
contratilidade cardíaca.
Existem dois componentes principais da PA:
1. Pressão Arterial Sistólica (PAS): A PAS é o valor mais alto da pressão arterial e ocorre 
durante a contração ventricular esquerda do coração. Reflete a pressão exercida sobre as 
paredes das artérias quando o coração bombeia sangue para o resto do corpo. A PAS é 
essencial para garantir que o sangue seja adequadamente distribuído para todos os órgãos e 
tecidos.
2. Pressão Arterial Diastólica (PAD): A PAD é o valor mais baixo da pressão arterial e ocorre 
durante o relaxamento ventricular esquerdo do coração. Reflete a pressão nas artérias quando 
o coração está em repouso entre as batidas. A PAD é importante porque garante que as artérias 
permaneçam abertas, permitindo um fluxo sanguíneo contínuo e evitando o colapso dos vasos 
sanguíneos.
A medição da PA é frequentemente realizada na artéria braquial, geralmente no braço, usando 
um esfigmomanômetro. A leitura da PA é expressa em milímetros de mercúrio (mmHg) e é 
apresentada na forma de PAS/PAD.
Os valores normais da pressão arterial podem variar ligeiramente entre indivíduos, mas, de 
acordo com o III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial, uma faixa considerada fisiológica 
para adultos é:
- PAS abaixo de 130 mmHg e PAD abaixo de 85 mmHg.
Essa classificação pode ajudar a determinar o estado da pressão arterial e identificar condições 
como a hipertensão arterial, onde a PA sistólica e/ou diastólica se mantém consistentemente 
acima dos níveis normais.
Manter a pressão arterial dentro da faixa normal é fundamental para a saúde cardiovascular e 
geral. A hipertensão arterial, quando não controlada, pode levar a uma série de complicações, 
incluindo doenças cardíacas, acidente vascular cerebral, doença renal e mais. Portanto, é 
importante monitorar regularmente a pressão arterial e adotar medidas para controlá-la, como 
mudanças na dieta, atividade física e medicação, quando necessário. A prevenção e o 
tratamento adequado da hipertensão são cruciais para evitar complicações graves.
A pressão arterial (PA) é controlada por mecanismos que atuam tanto a curto prazo quanto a 
longo prazo, garantindo que a pressão sanguínea permaneça dentro dos limites fisiológicos.
Regulação da pressão arterial a curto prazo:
Os barorreceptores desempenham um papel fundamental na regulação da pressão arterial a 
curto prazo. Esses receptores são localizados principalmente no arco aórtico e no seio carotídeo 
e são sensíveis às mudanças na pressão arterial. Quando a pressão arterial se desvia dos 
valores normais, os barorreceptores detectam essa alteração e enviam sinais ao sistema 
nervoso autônomo para corrigir a pressão. Esse processo ocorre em questão de segundos ou 
minutos.A ação dos barorreceptores leva a ajustes na frequência cardíaca, no débito cardíaco, 
na contratilidade do miocárdio e na resistência vascular periférica, garantindo que a pressão 
arterial seja mantida em uma faixa estreita, mesmo durante atividades cotidianas de baixo 
esforço.
Regulação da pressão arterial a longo prazo:
A regulação a longo prazo da pressão arterial envolve um conjunto de mecanismos que operam 
ao longo de horas, dias e semanas. Esses mecanismos proporcionam uma regulação mais 
completa e incluem ajustes na vascularização dos tecidos. Quando a pressão arterial está 
persistentemente elevada, o organismo pode remodelar os vasos sanguíneos, diminuindo seu 
número e calibre. Isso resulta em uma redução na vascularização dos tecidos e, quando a 
pressão arterial diminui, a vascularização é restaurada.
A regulação a longo prazo também envolve a alteração do grau de vascularização dos tecidos de 
acordo com as necessidades. Em resposta a mudanças na pressão arterial, o organismo pode 
rapidamente reorganizar sua vasculatura para garantir que os tecidos recebam o fluxo 
sanguíneo adequado. Esse processo é mais rápido em animais jovens do que em pessoas 
idosas.
A hipertensão arterial é uma condição em que a pressão arterial se mantém cronicamente 
elevada. No Brasil, a prevalência da hipertensão tem aumentado, afetando mais de 30% da 
população, com uma incidência maior em homens. A idade, a hereditariedade, a raça, a 
obesidade, o consumo excessivo de álcool, o sedentarismo, o tabagismo, o excesso de sal e o 
estresse são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão arterial. A 
hipertensão arterial é considerada um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, 
aumentando o risco de aterosclerose, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, doença 
renal e outras complicações. O diagnóstico e o tratamento adequados são essenciais para 
prevenir complicações graves.
Os sintomas da hipertensão arterial podem ser assintomáticos ou incluir cefaleia, dor na nuca, 
alterações visuais, zumbido, tonturas, dispneia, distúrbios gastrintestinais, hemorragia retiniana, 
angina, falha de memória, retenção de líquidos e edema.
É importante estar ciente dos fatores de risco e procurar um profissional de saúde regularmente 
para monitorar a pressão arterial e adotar medidas para prevenir ou controlar a hipertensão, 
como a adoção de umestilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática de 
atividades físicas.
FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
Os fármacos anti-hipertensivos desempenham um papel fundamental no tratamento da 
hipertensão arterial, ajudando a controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e 
prevenir eventos cardiovasculares adversos. Geralmente, o tratamento começa com doses 
baixas para minimizar os efeitos colaterais, e a dose é ajustada com base na resposta do 
paciente.A maioria dos fármacos anti-hipertensivos age reduzindo a pressão arterial, 
diminuindo o débito cardíaco e reduzindo a resistência periférica. Em casos de hipertensão 
moderada, um único fármaco pode ser suficiente para controlar a pressão arterial. No entanto, 
muitos pacientes com hipertensão precisam de uma combinação de fármacos para alcançar um 
controle adequado da pressão arterial.
As recomendações médicas atuais frequentemente incluem o início do tratamento com um 
diurético, geralmente combinado com um segundo fármaco, que pode ser um β-bloqueador. Se 
o paciente não responder adequadamente a essa combinação, um terceiro fármaco, como um 
vasodilatador, pode ser adicionado ao tratamento.A escolha do fármaco ou da combinação de 
fármacos pode depender de fatores como a resposta individual do paciente, a presença de 
condições médicas adicionais e a raça do paciente. Por exemplo, pacientes da raça negra podem 
responder melhor aos diuréticos e aos bloqueadores de cálcio do que aos β-bloqueadores ou 
inibidores da enzima conversora da angiotensina.
Os principais tipos de fármacos anti-hipertensivos incluem:
1. Diuréticos: Promovem a excreção de sódio e água pelos rins, reduzindo o volume sanguíneo 
e a pressão arterial.
2. Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs): Agem bloqueando a ação da 
angiotensina II, um hormônio que causa constrição dos vasos sanguíneos e aumento da pressão 
arterial.
3. Antagonistas de angiotensina II/aldosterona: Atuam bloqueando os receptores da 
angiotensina II ou inibindo a ação da aldosterona, outro hormônio que regula o equilíbrio de 
sódio e potássio no organismo.
4. Bloqueadores adrenérgicos: Afetam os receptores adrenérgicos no corpo, reduzindo a 
frequência cardíaca e a força da contração cardíaca.
5. Bloqueadores de canais de cálcio: Diminuem a entrada de cálcio nas células do músculo 
cardíaco e nos vasos sanguíneos, o que resulta em relaxamento dos vasos e redução da pressão 
arterial.
6. Vasodilatadores: Causam dilatação dos vasos sanguíneos, reduzindo a resistência periférica 
e, assim, a pressão arterial.
A escolha do fármaco específico ou da combinação de fármacos deve ser baseada na avaliação 
médica individual de cada paciente e em suas necessidades clínicas. O objetivo do tratamento é 
manter a pressão arterial dentro dos limites fisiológicos e reduzir o risco de complicações 
cardiovasculares associadas à hipertensão arterial.
A gestação é geralmente um período fisiológico na vida das mulheres, mas em algumas 
gestantes, pode ocorrer o desenvolvimento de uma condição conhecida como hipertensão 
induzida pela gravidez, a qual pode ser extremamente grave tanto para a mãe quanto para o 
feto.
A hipertensão induzida pela gravidez pode ser subdividida em três categorias:
1. Hipertensão gestacional: Nesse caso, ocorre hipertensão durante a gravidez, mas não há a 
presença de proteínas na urina (proteinúria).
2. Pré-eclâmpsia: Essa é uma forma mais grave da hipertensão induzida pela gravidez, 
caracterizada por hipertensão e a presença de proteínas na urina (proteinúria). A pré-eclâmpsia 
é uma condição que pode afetar gravemente o funcionamento dos órgãos da mãe, como o 
fígado e os rins.
3. Eclâmpsia: A eclâmpsia é a forma mais grave e potencialmente fatal da condição, que ocorre 
quando a pré-eclâmpsia é acompanhada de convulsões. Esta é uma emergência médica e pode 
ser letal para a mãe e o feto.
A hipertensão induzida pela gravidez é responsável por altas taxas de morbidade e mortalidade 
materno-infantil. Suas complicações podem ser graves para o feto, incluindo restrição do 
crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e parto prematuro.É fundamental que a 
hipertensão arterial seja abordada com atenção pela população e pelos órgãos de saúde, uma 
vez que é uma doença silenciosa que afeta atualmente mais de 30% da população brasileira. 
Durante a gestação, o acompanhamento pré-natal rigoroso e regular é essencial para identificar 
precocemente a hipertensão e outras complicações, garantindo um tratamento adequado e o 
bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.
Patologia da Sessão: Hipertensão Arterial

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