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Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Apresentação As arquiteturas nascem do desejo de criar um espaço até então inexistente para atender a determinada demanda pessoal ou social. O espaço projetado pelo arquiteto é a resposta a problemas relacionados a um conjunto de condições presentes em um contexto. Esses problemas podem ser de natureza funcional – em um espaço doméstico, por exemplo –, ou podem refletir, em diferentes níveis, os anseios de uma sociedade. Portanto, a criação de uma arquitetura – o seu projeto – é a tradução de um desejo em um contexto, no qual espaço, forma e função se conectam. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os conceitos fundamentais que formam um espaço arquitetônico, a força plástica das formas e a importância das relações com as escalas e as proporções de uma arquitetura. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar espaço arquitetônico.• Identificar a força plástica das formas em arquitetura.• Definir as escalas e as proporções de um espaço arquitetônico.• Infográfico Arquitetura é mais do que a satisfação de exigências puramente funcionais de necessidades. Arquiteturas nascem do desejo de novos espaços, ainda inexistentes, dentro de contextos que gerem tais necessidades. Assim, a maneira como determinada arquitetura é projetada e construída é sempre a resposta a uma necessidade. O modo como ela intervém no espaço comunica a natureza dessa resposta. Por conta disso, os aspectos sociais de uma arquitetura são tão importantes quanto a sua forma. Veja a seguir como, na arquitetura, tudo se interconecta. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1d181c4b-8578-4825-8d9e-94a3d7cbd1bf/f78bb490-4a08-483d-9d6f-ca7d97298178.png Conteúdo do livro A arquitetura nasce do desejo de criar um espaço até então inexistente, em função de determinadas necessidades. O espaço projetado é a resposta a problemas que surgem de um conjunto de condições presentes em um contexto. A boa arquitetura nasce da organização e da contextualização de elementos e sistemas que, combinados, solucionam um problema em especial. Para isso, é necessário definir sua estrutura formal. No capítulo Espaço arquitetônico, conceitos fundamentais, da obra Maquetes, você vai aprender sobre a estrutura formal dos projetos arquitetônicos, a importância da força plástica das formas na arquitetura e, ainda, as escalas e as proporções do espaço arquitetônico. MAQUETES Celma Paese Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Conceituar espaço arquitetônico. � Identificar a força plástica das formas em arquitetura. � Definir as escalas e as proporções de um espaço arquitetônico. Introdução As arquiteturas criam espaços para atender a determinadas demandas. O espaço projetado pelo arquiteto é a resposta a problemas e condições de um contexto. Tais problemas e condições podem estar restritos à funcionalidade de um espaço doméstico ou refletir, em diferentes níveis, os anseios de uma sociedade. Portanto, em uma arquitetura, espaço, forma e função se conectam. Neste capítulo, você vai estudar os conceitos fundamentais do espaço arquitetônico. Para isso, vai ver as propriedades das formas em arquitetura e as escalas e proporções que definem o espaço arquitetônico. O espaço arquitetônico É no espaço que você vive: nele percebe formas, sons, cheiros, texturas e cores. As dimensões, escalas e demais qualidades são definidas pelos elementos que determinam a forma espacial. À medida que o espaço é projetado, definido e construído, surge a arquitetura. As arquiteturas nascem do desejo de se criar um espaço até então inexis- tente. O espaço projetado é a resposta a problemas e condições de um contexto, que podem ser de natureza funcional ou refletir, em diferentes níveis, os anseios de uma comunidade. A resposta é encontrada no projeto, que é o ato de criar em arquitetura. O projeto de um espaço arquitetônico é sempre uma criação proposital. Por isso, é essencial contextualizar as condições existentes, levantando dados para a resolução do problema espacial. Afinal, a solução proposta pelo projeto está ligada à maneira como o problema é percebido, definido e articulado. Portanto, a boa arquitetura nasce da organização e da contextualização de elementos e sistemas. Combinados, esses elementos e sistemas solucionam um problema espacial definindo a sua estrutura formal e o seu conceito, como você vai ver adiante. Segundo Ching (2013, p. 95): “A forma arquitetônica ocorre na junção entre a massa e o espaço. Ao executar e ler os desenhos de um projeto devemos nos voltar tanto para a forma da massa que contém o volume no espaço quanto para a forma do volume espacial em si”. Jan Gehl (1936) é um arquiteto e urbanista dinamarquês que construiu sua carreira buscando melhorar a qualidade da vida urbana. Para que isso acontecesse, priorizou em seus projetos a mobilidade dos pedestres e ciclistas. Seu livro mais famoso é Cidade para pessoas, traduzido para diversos idiomas (GEHL, 2013). No link a seguir, você encontra uma entrevista do arquiteto em que ele define o que é uma boa arquitetura. https://goo.gl/skLqag A forma arquitetônica A palavra “forma” pode ter diversos significados. Para os estudos estéticos, a forma é a aparência externa característica do corpo humano ou de um animal. Esse termo também pode se referir ao volume de um objeto ou de um elemento da natureza. A seguir, você pode ver as propriedades da forma. 1. Formato: é o contorno que configura a superfície de uma forma em particular. Segundo Ching (2013), a forma costuma carregar um sentido de massa ou volume tridimensional, enquanto o formato se relaciona Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais2 à configuração das linhas ou contornos que delimitam uma figura ou forma. 2. Tamanho: são as dimensões físicas de comprimento, largura e profun- didade de uma forma, que determinam a sua massa ou o seu volume. Quando relacionado com outras formas em um contexto, o tamanho determina a proporção e a escala, conceitos que você vai ver a seguir. 3. Cor: é um fenômeno de luz e percepção que distingue uma forma em um espaço. A percepção da cor é determinada pela incidência de luz e seu oposto, a sombra, no volume da forma. 4. Textura: é a qualidade táctil de uma superfície. A textura determina o grau de absorção e a reflexão de luz de uma superfície, agindo na percepção de uma forma. Na Figura 1, a seguir, você pode ver as distinções entre as propriedades da forma. Figura 1. Propriedades da forma. Fonte: Ching (2013, p. 48). 3Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais As formas também têm propriedades que determinam como ocorre a sua composição, como você pode ver a seguir. 1. Posição: é a localização da forma em relação ao seu ambiente, espaço do entorno ou campo visual. 2. Orientação: é a direção de uma forma em relação ao plano do solo e aos pontos cardeais, a outras formas ou ao seu observador. 3. Inércia visual: é o grau de estabilidade e o modo como a forma é percebida como um todo. Essa percepção depende de sua geometria, da orientação em relação ao plano do solo, da estabilidade e do campo visual onde a forma está inserida. Na Figura 2, a seguir, você pode ver as propriedades que determinam a composição da forma. Figuras 2. Propriedades que afetam a composição da forma. Fonte: Ching (2013, p. 49). Em arquitetura, tudo está conectado. Por esse motivo, a palavra “forma” também significa “estrutura formal”, que é a maneira como o arquiteto dispõe e coordena os elementos de um projeto a fim de produzir uma imagem coerente com o contexto social, o desejo do cliente, o programa de necessidades e a técnica construtiva. Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais4A estrutura formal define a materialidade da arquitetura. Segundo Ching (2013, p. 9): [...] enquanto arte, a arquitetura é mais do que a satisfação de exigências puramente funcionais de um programa de necessidades. Fundamentalmente, as manifestações físicas da arquitetura acomodam a atividade humana. Con- tudo, o arranjo e a organização das formas e espaços também determinam a maneira como a arquitetura pode promover intervenções, sugerir respostas e comunicar significados. Dessa forma, embora este estudo se concentre nas ideias formais e espaciais, não pretende diminuir a importância dos aspec- tos sociais, políticos e econômicos da arquitetura. A forma e o espaço são apresentados não como fins em si mesmos, mas como meios para solucionar um problema em resposta a condições de função, propósito e contexto — ou seja, arquitetonicamente. O Centro Georges Pompidou, projetado por Rogers & Piano, foi inaugurado em Paris em 1977 e era considerado um edifício inovador na época. A sua arquitetura expõe toda a tubulação da edificação e ainda se vale de um intrigante contraste de formas: um tubo circular que serve para a circulação conecta e interliga os andares do edifício de forma retangular. Figura 3. Centro Georges Pompidou — circulação externa. Fonte: Toussaint (2012, documento on-line). 5Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Escalas e proporções A escala determina o tamanho de um espaço ou objeto comparando-o a um padrão de referência, como o corpo humano. Já a proporção é a relação har- moniosa de uma parte com outra de um conjunto como um todo. Ela pode ser de magnitude, quantidade ou grau. As proporções podem ser determinadas pela natureza dos materiais, por técnicas construtivas ou por sistemas de fabricação (CHING, 2013). A primeira intenção de um projeto sempre é atender às necessidades huma- nas. Portanto, essa é a primeira escala e a primeira proporção a ser respeitada. Cabe ao projetista, em sua concepção, determinar as relações harmoniosas entre a escala e a proporção dos elementos envolvidos. Sistemas de proporcionalidade Os sistemas de proporcionalidade fundamentam os critérios estéticos lógicos da composição formal de um espaço arquitetônico. Segundo Ching (2013), são sistemas que podem unificar visualmente múltiplos elementos, conferir um sentido de ordem a uma sequência de espaços, assim como estabelecer relações entre os elementos internos e externos de um edifício. Diversos sistemas de proporcionalidade foram desenvolvidos no decorrer da história. Entre eles, o mais utilizado até hoje é a escala, que determina medidas e dimensões. Escala A escala é a maneira como se determina e percebe o tamanho de um objeto em comparação a uma referência, que pode ser uma unidade de referência — como o corpo humano — ou um padrão de medida. O Brasil utiliza o sistema métrico internacional: metros, centímetros e milímetros. Já nos Estados Unidos a unidade utilizada é o sistema regular americano: pés e polegadas. A escala de um desenho arquitetônico interpreta o tamanho real de um edifício, uma sala, um objeto ou mesmo um detalhe construtivo. Dependendo da necessidade, o projetista determina a escala a ser utilizada na representação, sempre relacionando o objeto representado com o entorno. Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais6 A escala visual relacionada com o corpo humano — a escala humana A escala visual refere-se à dimensão real das coisas. Ela determina ainda o quanto um objeto é maior ou menor em comparação ao tamanho normal ou em relação a outros objetos do contexto. Quando você diz que um objeto está em grande escala, por exemplo, normalmente quer dizer que o tamanho de determinado objeto está exagerado. A escala humana se baseia nas dimensões e proporções do corpo humano. Obviamente, o tamanho dos indivíduos varia. Portanto, a escala humana não deve ser um recurso único de medida, e sim um auxiliar na representação e na percepção da arquitetura. Na Figura 4, você pode ver um exemplo. Figura 4. O corpo humano pode ser utilizado como unidade de referência. Fonte: Ching (2013, p. 329). Na Figura 5, a seguir, não há medidas métricas. A escala é dada pelas relações entre os elementos arquitetônicos, as figuras humanas (calungas) e a vegetação representada no desenho. Ainda é possível observar a representação do campo visual humano em duas situações no interior do edifício. Portanto, a escala desse desenho é determinada e lida pela relação de proporção com o corpo humano. 7Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Figura 5. Escalas de um edifício a partir do corpo humano. Fonte: Manual do Arquiteto (2014, documento on-line). Na Figura 6, a seguir, você pode observar a diferença de escala quando um objeto é aumentado ou diminuído e relacionado com o corpo humano. No caso das janelas e portas do desenho, as proporções alteradas também modificam a percepção de escala do espaço representado. Figura 6. Escalas de janelas e portas a partir do corpo humano. Fonte: Ching (2013, p. 345). Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais8 A escala humana utiliza o ser humano como referência para a criação dos espaços de um projeto de arquitetura. É a partir das medidas do corpo humano que as dimensões são definidas. Porém, o significado da expressão “escala humana” vai além das medidas que um corpo humano ocupa em um espaço. Segundo o arquiteto alemão Ernest Neufert, também é preciso conhecer a relação entre uma pessoa e o espaço ocupado por ela, considerando diferentes posições, estando a pessoa parada e também em movimento. Neufert publicou seu livro A arte de projetar em arquitetura em 1936, na Alemanha. Até hoje, os conceitos fundamentais de seu estudo são utilizados, pois tomam o ser humano como unidade de medida, como você pode ver na Figura 7. Figura 7. Estudos de Neufert. Fonte: Neufert (2013, p. 350). Outros estudos de sistemas de proporcionalidade foram realizados no decorrer da história. Entre eles, a seção áurea, base da maioria dos estudos desde o Renascimento, e o modulor de Le Corbusier. Seção ou proporção áurea Em 1202, Fibonacci (1175–1250) descreveu pela primeira vez a sua constante real algébrica irracional, denominada sequência de Fibonacci: ela começa 9Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais geralmente por um número de 0 a 1 e cada termo subsequente corresponde à soma dos dois anteriores. A partir disso, o matemático estudou o número de ouro e o aplicou aos estudos de proporção áurea já desenvolvidos pelos gregos (Figura 8). Essa constante real algébrica, conhecida pela letra grega phi, possui o valor aproximado de 1,618 e é utilizada até hoje na busca da harmonia das proporções. Figura 8. Exemplo de aplicação da proporção áurea. Fonte: Furnari (2014, documento on-line). Na Figura 9, a partir da divisão em média e extrema grandezas, veja que a seção áurea pode ser definida como a razão em duas seções de uma reta. A menor das duas está para a maior assim como a maior está para a soma de ambas. Ou ainda: a parte menor sempre estará para a maior assim como esta estará para o todo. Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais10 Figura 9. A proporção áurea. Fonte: Resumo Escolar (2018, documento on-line). Modulor A partir da seção áurea e dos estudos de Leonardo da Vinci sobre o corpo humano — homem vitruviano —, Le Corbusier desenvolveu o seu estudo sobre o modulor (Figuras 10 e 11). Esse sistema de proporcionalidade foi desenvolvido para organizar um sistema de medidas de comprimento, largura e altura que poderia manter a escala humana em qualquer lugar. Segundo Ching (2013, p. 332): Le Corbusier desenvolveu seu sistema de proporcionalidade, o Modulor, para ordenar “as dimensões daquilo que contém e daquilo que é contido”. Ele via os instrumentos de medição dos gregos, egípcios e outras grandes civilizações como “infinitamente ricos e sutis, pois fazia parte da matemática do corpo humano, gracioso, elegante e firme, a fonte daquela harmoniaque nos move: a beleza”. Baseou, portanto, seu instrumento de medição, o Modulor, tanto na matemática [...] como nas proporções do corpo humano [...]. 11Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Figura 10. O modulor. Fonte: Ching (2013, p. 332). Figura 11. O modulor: estudo para a malha básica de medidas. Fonte: Ching (2013, p. 333). Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais12 Ching (2013) ainda comenta que a principal obra em que Corbusier exem- plificou o uso do modulor foi a sua unidade de habitação em Marselha. Nesse projeto de 1952, Corbusier utilizou 15 medidas do modulor, trazendo os estudos contemporâneos da escala humana para o edifício (Figura 12). Figura 12. Le Corbusier: unidade de habitação em Marselha. Fonte: Helm (2012, documento on-line). No link a seguir, você pode ver uma maquete eletrônica em alta definição da Acró- pole de Atenas e entender os elementos espaciais, formais e de escala aplicados na construção de maquetes contemporâneas. https://goo.gl/zAnH5a 13Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Proporções industriais, dos materiais e das estruturas As proporções dos materiais são determinadas pelas suas propriedades — elasticidade, rigidez e durabilidade —, que definem sua força e sua fraqueza inerentes. As proporções e os tamanhos das estruturas de uma arquitetura estão diretamente relacionados com as propriedades dos seus materiais. Portanto, esses materiais constituem indicadores visuais do tamanho, da proporção e da escala do espaço projetado: indicam se as vigas transmitem suas cargas na horizontal para os seus suportes verticais, que podem ser pilares, colunas ou ainda paredes de sustentação. Cada elemento aumenta de espessura à medida que sua carga e envergadura aumentam de tamanho. O Memorial da América Latina, em São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer, apresenta elasticidade e transparência (Figura 13). Ele tem estrutura em concreto armado, abertura em vidro, grade e guarda-corpo no primeiro plano em metal. Figura 13. Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer. Fonte: Estrutura de Concreto Armado (2018, documento on-line). Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais14 No link a seguir, você encontra um vídeo muito interessante sobre uma fábrica de maquetes. https://goo.gl/ZL3ojB 1. Algumas das propriedades das formas definem o objeto em si, outras definem as relações entre os objetos. Quais são as propriedades que relacionam as formas entre si? a) Formato, tamanho, cor e textura. b) Posição, orientação e inércia visual. c) Formato, cor e posição. d) Inércia visual, tamanho e formato. e) Textura, cor e inércia visual. 2. A estrutura formal define a materialidade de uma arquitetura. A estrutura formal é composta de: a) programa de necessidades, técnica construtiva e proporção das aberturas. b) contexto social, desejo do cliente e programa de necessidades. c) contexto social e definição de formas dos ambientes. d) contexto social, desejo do cliente, composição de formas adequadas às necessidades, materiais e técnicas construtivas apropriadas à intenção de projeto. e) materialidade, que já basta para definir a estrutura formal. 3. Qual é a diferença entre escala e proporção? a) A proporção determina o tamanho de um espaço ou objeto comparando-o a um padrão de referência. Por sua vez, a escala é a relação harmoniosa de uma parte com outra de um conjunto de formas como um todo, que pode ser de magnitude, quantidade ou grau. b) As escalas são definidas pela natureza dos materiais e por técnicas construtivas, enquanto as proporções são determinadas por sistemas de fabricação. c) A escala fundamenta os critérios estéticos lógicos da composição formal, enquanto a proporção define suas medidas. d) A escala determina o tamanho de um espaço ou objeto comparando-o a um padrão de referência. Por sua vez, a proporção é a relação 15Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais harmoniosa de uma parte com outra de um conjunto de formas como um todo, que pode ser de magnitude, quantidade ou grau. e) A escala é a maneira como se determina e percebe o tamanho de um objeto em comparação à sua proporção. 4. Qual é a finalidade do modulor de Corbusier? a) Trazer para os dias de hoje os estudos sobre a seção áurea. b) Organizar um sistema de medidas que poderiam manter a escala humana em qualquer lugar. c) Continuar os estudos de Leonardo da Vinci. d) Provar que a matemática resume a proporção humana na arquitetura. e) Definir espaços arquitetônicos mais facilmente. 5. As proporções e os tamanhos das estruturas de uma arquitetura estão diretamente relacionados com as propriedades dos seus materiais. Portanto: a) elasticidade, rigidez e durabilidade não determinam sua força e sua fraqueza inerentes. b) não são indicadores visuais do tamanho e da escala do espaço projetado. c) vigas transmitem suas cargas na vertical para as outras vigas. d) cada elemento diminui de espessura à medida que sua carga e envergadura aumentam de tamanho. e) constituem indicadores visuais da proporção e da escala do espaço projetado. Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais16 CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO – Memorial da América Latina – São Paulo. Alta Arquitetura, 2018. Disponível em: <http://altaarquitetura.com.br/estrutura-concreto- armado-metalica-madeira/estrutura-de-concreto-armado-memorial-da-america- latina-sao-paulo/>. Acesso em: 24 ago. 2018. FURNARI, R. Proporção Áurea. Portal Furnari, 28 jan. 2014. Disponível em: <http://roberto- furnari.blogspot.com/2014/01/proporcao-aurea_28.html>. Acesso em: 24 ago. 2018. GEHL, J. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. HELM, J. Cité Radieuse de Le Corbusier sofreu um incêndio. Arch Daily Brasil, 10 fev. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-30270/cite-radieuse-de- le- corbusier-sofreu-um-incendio>. Acesso em: 24 ago. 2018. MANUAL DO ARQUITETO. Projeto Arquitetônico: Cortes + download de blocos para cortes. 5 mar. 2014. Disponível em: <http://www.manualdoarquiteto.com.br/2014/03/ topico-35-cortes.html>. Acesso em: 24 ago. 2018. NEUFERT, E. A arte de projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gilli, 2013. RESUMO ESCOLAR. Proporção Áurea. 2018. Disponível em: <https://www.resumoescolar. com.br/matematica/resumo-proporcao-aurea/>. Acesso em: 24 ago. 2018. TOUSSAINT, F. [Centro Georges Pompidou: circulação externa]. In: FRACALOSSI, I. Clás- sicos da Arquitetura: Centro Georges Pompidou / Renzo Piano + Richard Rogers. Arch Daily Brasil, 7 abr. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-41987/ classicos-da-arquitetura-centro-georges-pompidou-renzo-piano-mais-richard-rogers>. Acesso em: 24 ago. 2018. Leituras recomendadas FRANCO, J. T. O ser humano como medida da Arquitetura. Arch Daily Brasil, 26 jun. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/623095/o-ser-humano-como- medida-da-arquitetura>. Acesso em: 24 ago. 2018. KROLL, A. Clássicos da Arquitetura: Unite d' Habitation / Le Corbusier. Arch Daily Brasil, 14 mar. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783522/classicos-da- arquitetura-unidade-de-habitacao-le-corbusier>. Acesso em: 24 ago. 2018. ZILLIACUS, A. 16 dicas para melhorar sua habilidade com maquetes. Arch Daily Brasil, 5 dez. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/800446/16-dicas-para- melhorar-suas-habilidades-com-maquetes>. Acesso em: 24 ago. 2018. 17Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: Dica do professor A expressão "escala humana" vai além das medidas que o corpo humano ocupa em determinado espaço. Uma vez que em arquitetura tudo está conectado, você verá algumas dicas de como criar, utilizar e respeitar a escalahumana em seus projetos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7ca0338d44b9f8af5d7080f523209768 Na prática Na criação de uma arquitetura e sua representação, os elementos contextuais, espaciais, formais de escala e de proporção estão estreitamente ligados. No exemplo do Centro Georges Pompidou de Rogers e Piano, um clássico da arquitetura do século XX, é possível ver a evolução da representação de um projeto até sua maquete e seus detalhes. Confira a seguir. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b839d2e6-1f4f-4e99-ad9c-21ec460d7016/ce876e90-f455-443e-b38b-348691287443.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: A imagem em movimento como forma de representar a arquitetura Artigo composto por textos e vídeos comentando a tarefa da representação do espaço e alguns dos variados meios de representá-lo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O cinema e a arquitetura O edifício do Grande Hotel Budapeste é na verdade uma grande maquete de 1,5 metro de altura, criada pelo designer de produção Adam Stockhausen, indicado ao prêmio Oscar 2014. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.archdaily.com.br/br/868755/a-imagem-em-movimento-como-forma-de-representar-a-arquitetura https://www.archdaily.com.br/br/01-184958/cinema-e-arquitetura-the-grand-budapest-hotel ����
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