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Espaço arquitetônico - conceitos fundamentais

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Espaço arquitetônico: conceitos 
fundamentais
Apresentação
As arquiteturas nascem do desejo de criar um espaço até então inexistente para atender a 
determinada demanda pessoal ou social. O espaço projetado pelo arquiteto é a resposta a 
problemas relacionados a um conjunto de condições presentes em um contexto. Esses problemas 
podem ser de natureza funcional – em um espaço doméstico, por exemplo –, ou podem refletir, em 
diferentes níveis, os anseios de uma sociedade. Portanto, a criação de uma arquitetura – o seu 
projeto – é a tradução de um desejo em um contexto, no qual espaço, forma e função se conectam.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá os conceitos fundamentais que formam um espaço 
arquitetônico, a força plástica das formas e a importância das relações com as escalas e as 
proporções de uma arquitetura.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Conceituar espaço arquitetônico.•
Identificar a força plástica das formas em arquitetura.•
Definir as escalas e as proporções de um espaço arquitetônico.•
Infográfico
Arquitetura é mais do que a satisfação de exigências puramente funcionais de necessidades. 
Arquiteturas nascem do desejo de novos espaços, ainda inexistentes, dentro de contextos que 
gerem tais necessidades.
Assim, a maneira como determinada arquitetura é projetada e construída é sempre a resposta a 
uma necessidade. O modo como ela intervém no espaço comunica a natureza dessa resposta. Por 
conta disso, os aspectos sociais de uma arquitetura são tão importantes quanto a sua forma. Veja a 
seguir como, na arquitetura, tudo se interconecta. 
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/1d181c4b-8578-4825-8d9e-94a3d7cbd1bf/f78bb490-4a08-483d-9d6f-ca7d97298178.png
Conteúdo do livro
A arquitetura nasce do desejo de criar um espaço até então inexistente, em função 
de determinadas necessidades. O espaço projetado é a resposta a problemas que surgem de um 
conjunto de condições presentes em um contexto. A boa arquitetura nasce da organização e da 
contextualização de elementos e sistemas que, combinados, solucionam um problema em especial. 
Para isso, é necessário definir sua estrutura formal. 
No capítulo Espaço arquitetônico, conceitos fundamentais, da obra Maquetes, você vai 
aprender sobre a estrutura formal dos projetos arquitetônicos, a importância da força plástica das 
formas na arquitetura e, ainda, as escalas e as proporções do espaço arquitetônico. 
 
MAQUETES
Celma Paese
 
Espaço arquitetônico: 
conceitos fundamentais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Conceituar espaço arquitetônico.
 � Identificar a força plástica das formas em arquitetura.
 � Definir as escalas e as proporções de um espaço arquitetônico.
Introdução
As arquiteturas criam espaços para atender a determinadas demandas. 
O espaço projetado pelo arquiteto é a resposta a problemas e condições 
de um contexto. Tais problemas e condições podem estar restritos à 
funcionalidade de um espaço doméstico ou refletir, em diferentes níveis, 
os anseios de uma sociedade. Portanto, em uma arquitetura, espaço, 
forma e função se conectam.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos fundamentais do espaço 
arquitetônico. Para isso, vai ver as propriedades das formas em arquitetura 
e as escalas e proporções que definem o espaço arquitetônico.
O espaço arquitetônico
É no espaço que você vive: nele percebe formas, sons, cheiros, texturas e cores. 
As dimensões, escalas e demais qualidades são definidas pelos elementos que 
determinam a forma espacial. À medida que o espaço é projetado, definido e 
construído, surge a arquitetura.
As arquiteturas nascem do desejo de se criar um espaço até então inexis-
tente. O espaço projetado é a resposta a problemas e condições de um contexto, 
que podem ser de natureza funcional ou refletir, em diferentes níveis, os 
anseios de uma comunidade. A resposta é encontrada no projeto, que é o ato 
de criar em arquitetura. 
O projeto de um espaço arquitetônico é sempre uma criação proposital. 
Por isso, é essencial contextualizar as condições existentes, levantando dados 
para a resolução do problema espacial. Afinal, a solução proposta pelo projeto 
está ligada à maneira como o problema é percebido, definido e articulado. 
Portanto, a boa arquitetura nasce da organização e da contextualização de 
elementos e sistemas. Combinados, esses elementos e sistemas solucionam 
um problema espacial definindo a sua estrutura formal e o seu conceito, como 
você vai ver adiante.
Segundo Ching (2013, p. 95): “A forma arquitetônica ocorre na junção entre 
a massa e o espaço. Ao executar e ler os desenhos de um projeto devemos nos 
voltar tanto para a forma da massa que contém o volume no espaço quanto 
para a forma do volume espacial em si”.
Jan Gehl (1936) é um arquiteto e urbanista dinamarquês que construiu sua carreira 
buscando melhorar a qualidade da vida urbana. Para que isso acontecesse, priorizou 
em seus projetos a mobilidade dos pedestres e ciclistas. Seu livro mais famoso é 
Cidade para pessoas, traduzido para diversos idiomas (GEHL, 2013). No link a seguir, você 
encontra uma entrevista do arquiteto em que ele define o que é uma boa arquitetura.
https://goo.gl/skLqag
A forma arquitetônica
A palavra “forma” pode ter diversos significados. Para os estudos estéticos, a 
forma é a aparência externa característica do corpo humano ou de um animal. 
Esse termo também pode se referir ao volume de um objeto ou de um elemento 
da natureza. A seguir, você pode ver as propriedades da forma.
1. Formato: é o contorno que configura a superfície de uma forma em
particular. Segundo Ching (2013), a forma costuma carregar um sentido
de massa ou volume tridimensional, enquanto o formato se relaciona
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais2
à configuração das linhas ou contornos que delimitam uma figura ou 
forma.
2. Tamanho: são as dimensões físicas de comprimento, largura e profun-
didade de uma forma, que determinam a sua massa ou o seu volume. 
Quando relacionado com outras formas em um contexto, o tamanho 
determina a proporção e a escala, conceitos que você vai ver a seguir.
3. Cor: é um fenômeno de luz e percepção que distingue uma forma em 
um espaço. A percepção da cor é determinada pela incidência de luz e 
seu oposto, a sombra, no volume da forma.
4. Textura: é a qualidade táctil de uma superfície. A textura determina 
o grau de absorção e a reflexão de luz de uma superfície, agindo na 
percepção de uma forma.
Na Figura 1, a seguir, você pode ver as distinções entre as propriedades 
da forma.
Figura 1. Propriedades da forma.
Fonte: Ching (2013, p. 48).
3Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
As formas também têm propriedades que determinam como ocorre a sua 
composição, como você pode ver a seguir.
1. Posição: é a localização da forma em relação ao seu ambiente, espaço 
do entorno ou campo visual.
2. Orientação: é a direção de uma forma em relação ao plano do solo e 
aos pontos cardeais, a outras formas ou ao seu observador.
3. Inércia visual: é o grau de estabilidade e o modo como a forma é 
percebida como um todo. Essa percepção depende de sua geometria, 
da orientação em relação ao plano do solo, da estabilidade e do campo 
visual onde a forma está inserida.
Na Figura 2, a seguir, você pode ver as propriedades que determinam a 
composição da forma.
Figuras 2. Propriedades que afetam a composição da forma.
Fonte: Ching (2013, p. 49).
Em arquitetura, tudo está conectado. Por esse motivo, a palavra “forma” 
também significa “estrutura formal”, que é a maneira como o arquiteto dispõe 
e coordena os elementos de um projeto a fim de produzir uma imagem coerente 
com o contexto social, o desejo do cliente, o programa de necessidades e a 
técnica construtiva. 
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais4A estrutura formal define a materialidade da arquitetura. Segundo Ching 
(2013, p. 9): 
[...] enquanto arte, a arquitetura é mais do que a satisfação de exigências 
puramente funcionais de um programa de necessidades. Fundamentalmente, 
as manifestações físicas da arquitetura acomodam a atividade humana. Con-
tudo, o arranjo e a organização das formas e espaços também determinam a 
maneira como a arquitetura pode promover intervenções, sugerir respostas 
e comunicar significados. Dessa forma, embora este estudo se concentre nas 
ideias formais e espaciais, não pretende diminuir a importância dos aspec-
tos sociais, políticos e econômicos da arquitetura. A forma e o espaço são 
apresentados não como fins em si mesmos, mas como meios para solucionar 
um problema em resposta a condições de função, propósito e contexto — ou 
seja, arquitetonicamente.
O Centro Georges Pompidou, projetado por Rogers & Piano, foi inaugurado em Paris 
em 1977 e era considerado um edifício inovador na época. A sua arquitetura expõe 
toda a tubulação da edificação e ainda se vale de um intrigante contraste de formas: 
um tubo circular que serve para a circulação conecta e interliga os andares do edifício 
de forma retangular.
Figura 3. Centro Georges Pompidou — circulação externa.
Fonte: Toussaint (2012, documento on-line).
5Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
Escalas e proporções
A escala determina o tamanho de um espaço ou objeto comparando-o a um 
padrão de referência, como o corpo humano. Já a proporção é a relação har-
moniosa de uma parte com outra de um conjunto como um todo. Ela pode ser 
de magnitude, quantidade ou grau. As proporções podem ser determinadas 
pela natureza dos materiais, por técnicas construtivas ou por sistemas de 
fabricação (CHING, 2013).
A primeira intenção de um projeto sempre é atender às necessidades huma-
nas. Portanto, essa é a primeira escala e a primeira proporção a ser respeitada. 
Cabe ao projetista, em sua concepção, determinar as relações harmoniosas 
entre a escala e a proporção dos elementos envolvidos.
Sistemas de proporcionalidade
Os sistemas de proporcionalidade fundamentam os critérios estéticos lógicos 
da composição formal de um espaço arquitetônico. Segundo Ching (2013), 
são sistemas que podem unificar visualmente múltiplos elementos, conferir 
um sentido de ordem a uma sequência de espaços, assim como estabelecer 
relações entre os elementos internos e externos de um edifício.
Diversos sistemas de proporcionalidade foram desenvolvidos no decorrer 
da história. Entre eles, o mais utilizado até hoje é a escala, que determina 
medidas e dimensões.
Escala
A escala é a maneira como se determina e percebe o tamanho de um objeto 
em comparação a uma referência, que pode ser uma unidade de referência — 
como o corpo humano — ou um padrão de medida. O Brasil utiliza o sistema 
métrico internacional: metros, centímetros e milímetros. Já nos Estados Unidos 
a unidade utilizada é o sistema regular americano: pés e polegadas. 
A escala de um desenho arquitetônico interpreta o tamanho real de um 
edifício, uma sala, um objeto ou mesmo um detalhe construtivo. Dependendo 
da necessidade, o projetista determina a escala a ser utilizada na representação, 
sempre relacionando o objeto representado com o entorno.
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais6
A escala visual relacionada com o corpo humano — a escala humana
A escala visual refere-se à dimensão real das coisas. Ela determina ainda o 
quanto um objeto é maior ou menor em comparação ao tamanho normal ou 
em relação a outros objetos do contexto. Quando você diz que um objeto está 
em grande escala, por exemplo, normalmente quer dizer que o tamanho de 
determinado objeto está exagerado.
A escala humana se baseia nas dimensões e proporções do corpo humano. 
Obviamente, o tamanho dos indivíduos varia. Portanto, a escala humana não 
deve ser um recurso único de medida, e sim um auxiliar na representação e 
na percepção da arquitetura. Na Figura 4, você pode ver um exemplo.
Figura 4. O corpo humano pode ser utilizado como unidade de referência.
Fonte: Ching (2013, p. 329).
Na Figura 5, a seguir, não há medidas métricas. A escala é dada pelas 
relações entre os elementos arquitetônicos, as figuras humanas (calungas) e a 
vegetação representada no desenho. Ainda é possível observar a representação 
do campo visual humano em duas situações no interior do edifício. Portanto, 
a escala desse desenho é determinada e lida pela relação de proporção com 
o corpo humano. 
7Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
Figura 5. Escalas de um edifício a partir do corpo humano.
Fonte: Manual do Arquiteto (2014, documento on-line).
Na Figura 6, a seguir, você pode observar a diferença de escala quando um 
objeto é aumentado ou diminuído e relacionado com o corpo humano. No caso 
das janelas e portas do desenho, as proporções alteradas também modificam 
a percepção de escala do espaço representado.
Figura 6. Escalas de janelas e portas a partir do corpo humano.
Fonte: Ching (2013, p. 345).
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais8
A escala humana utiliza o ser humano como referência para a criação 
dos espaços de um projeto de arquitetura. É a partir das medidas do corpo 
humano que as dimensões são definidas. Porém, o significado da expressão 
“escala humana” vai além das medidas que um corpo humano ocupa em 
um espaço. 
Segundo o arquiteto alemão Ernest Neufert, também é preciso conhecer a 
relação entre uma pessoa e o espaço ocupado por ela, considerando diferentes 
posições, estando a pessoa parada e também em movimento. Neufert publicou 
seu livro A arte de projetar em arquitetura em 1936, na Alemanha. Até hoje, 
os conceitos fundamentais de seu estudo são utilizados, pois tomam o ser 
humano como unidade de medida, como você pode ver na Figura 7.
Figura 7. Estudos de Neufert. 
Fonte: Neufert (2013, p. 350).
Outros estudos de sistemas de proporcionalidade foram realizados no 
decorrer da história. Entre eles, a seção áurea, base da maioria dos estudos 
desde o Renascimento, e o modulor de Le Corbusier. 
Seção ou proporção áurea
Em 1202, Fibonacci (1175–1250) descreveu pela primeira vez a sua constante 
real algébrica irracional, denominada sequência de Fibonacci: ela começa 
9Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
geralmente por um número de 0 a 1 e cada termo subsequente corresponde 
à soma dos dois anteriores. A partir disso, o matemático estudou o número 
de ouro e o aplicou aos estudos de proporção áurea já desenvolvidos pelos 
gregos (Figura 8). Essa constante real algébrica, conhecida pela letra grega 
phi, possui o valor aproximado de 1,618 e é utilizada até hoje na busca da 
harmonia das proporções.
Figura 8. Exemplo de aplicação da proporção áurea.
Fonte: Furnari (2014, documento on-line). 
Na Figura 9, a partir da divisão em média e extrema grandezas, veja que 
a seção áurea pode ser definida como a razão em duas seções de uma reta. 
A menor das duas está para a maior assim como a maior está para a soma de 
ambas. Ou ainda: a parte menor sempre estará para a maior assim como esta 
estará para o todo.
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais10
Figura 9. A proporção áurea.
Fonte: Resumo Escolar (2018, documento on-line).
Modulor
A partir da seção áurea e dos estudos de Leonardo da Vinci sobre o corpo 
humano — homem vitruviano —, Le Corbusier desenvolveu o seu estudo 
sobre o modulor (Figuras 10 e 11). Esse sistema de proporcionalidade foi 
desenvolvido para organizar um sistema de medidas de comprimento, largura 
e altura que poderia manter a escala humana em qualquer lugar. 
Segundo Ching (2013, p. 332): 
Le Corbusier desenvolveu seu sistema de proporcionalidade, o Modulor, para 
ordenar “as dimensões daquilo que contém e daquilo que é contido”. Ele via 
os instrumentos de medição dos gregos, egípcios e outras grandes civilizações 
como “infinitamente ricos e sutis, pois fazia parte da matemática do corpo 
humano, gracioso, elegante e firme, a fonte daquela harmoniaque nos move: 
a beleza”. Baseou, portanto, seu instrumento de medição, o Modulor, tanto na 
matemática [...] como nas proporções do corpo humano [...].
11Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
Figura 10. O modulor. 
Fonte: Ching (2013, p. 332).
Figura 11. O modulor: estudo para a malha básica de medidas.
Fonte: Ching (2013, p. 333).
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais12
Ching (2013) ainda comenta que a principal obra em que Corbusier exem-
plificou o uso do modulor foi a sua unidade de habitação em Marselha. Nesse 
projeto de 1952, Corbusier utilizou 15 medidas do modulor, trazendo os estudos 
contemporâneos da escala humana para o edifício (Figura 12).
Figura 12. Le Corbusier: unidade de habitação em Marselha.
Fonte: Helm (2012, documento on-line).
No link a seguir, você pode ver uma maquete eletrônica em alta definição da Acró-
pole de Atenas e entender os elementos espaciais, formais e de escala aplicados na 
construção de maquetes contemporâneas.
https://goo.gl/zAnH5a
13Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
Proporções industriais, dos materiais e das estruturas
As proporções dos materiais são determinadas pelas suas propriedades — 
elasticidade, rigidez e durabilidade —, que definem sua força e sua fraqueza 
inerentes.
As proporções e os tamanhos das estruturas de uma arquitetura estão 
diretamente relacionados com as propriedades dos seus materiais. Portanto, 
esses materiais constituem indicadores visuais do tamanho, da proporção e 
da escala do espaço projetado: indicam se as vigas transmitem suas cargas na 
horizontal para os seus suportes verticais, que podem ser pilares, colunas ou 
ainda paredes de sustentação. Cada elemento aumenta de espessura à medida 
que sua carga e envergadura aumentam de tamanho.
O Memorial da América Latina, em São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer, apresenta 
elasticidade e transparência (Figura 13). Ele tem estrutura em concreto armado, abertura 
em vidro, grade e guarda-corpo no primeiro plano em metal.
Figura 13. Memorial da América Latina, de Oscar Niemeyer.
Fonte: Estrutura de Concreto Armado (2018, documento on-line).
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais14
No link a seguir, você encontra um vídeo muito interessante sobre uma fábrica de 
maquetes.
https://goo.gl/ZL3ojB
1. Algumas das propriedades das 
formas definem o objeto em si, 
outras definem as relações entre os 
objetos. Quais são as propriedades 
que relacionam as formas entre si?
a) Formato, tamanho, cor e textura.
b) Posição, orientação 
e inércia visual.
c) Formato, cor e posição.
d) Inércia visual, tamanho e formato.
e) Textura, cor e inércia visual.
2. A estrutura formal define a 
materialidade de uma arquitetura. 
A estrutura formal é composta de:
a) programa de necessidades, 
técnica construtiva e 
proporção das aberturas.
b) contexto social, desejo do cliente 
e programa de necessidades.
c) contexto social e definição 
de formas dos ambientes.
d) contexto social, desejo do 
cliente, composição de formas 
adequadas às necessidades, 
materiais e técnicas 
construtivas apropriadas 
à intenção de projeto.
e) materialidade, que já basta para 
definir a estrutura formal.
3. Qual é a diferença entre 
escala e proporção?
a) A proporção determina o 
tamanho de um espaço ou 
objeto comparando-o a um 
padrão de referência. Por sua vez, 
a escala é a relação harmoniosa 
de uma parte com outra de 
um conjunto de formas como 
um todo, que pode ser de 
magnitude, quantidade ou grau.
b) As escalas são definidas pela 
natureza dos materiais e por 
técnicas construtivas, enquanto 
as proporções são determinadas 
por sistemas de fabricação.
c) A escala fundamenta os 
critérios estéticos lógicos da 
composição formal, enquanto a 
proporção define suas medidas.
d) A escala determina o tamanho 
de um espaço ou objeto 
comparando-o a um padrão 
de referência. Por sua vez, 
a proporção é a relação 
15Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
harmoniosa de uma parte com 
outra de um conjunto de formas 
como um todo, que pode ser de 
magnitude, quantidade ou grau.
e) A escala é a maneira como 
se determina e percebe o 
tamanho de um objeto em 
comparação à sua proporção.
4. Qual é a finalidade do 
modulor de Corbusier?
a) Trazer para os dias de hoje os 
estudos sobre a seção áurea.
b) Organizar um sistema de 
medidas que poderiam 
manter a escala humana 
em qualquer lugar.
c) Continuar os estudos de 
Leonardo da Vinci.
d) Provar que a matemática 
resume a proporção 
humana na arquitetura.
e) Definir espaços arquitetônicos 
mais facilmente.
5. As proporções e os tamanhos das 
estruturas de uma arquitetura 
estão diretamente relacionados 
com as propriedades dos 
seus materiais. Portanto:
a) elasticidade, rigidez 
e durabilidade não 
determinam sua força e 
sua fraqueza inerentes.
b) não são indicadores visuais 
do tamanho e da escala 
do espaço projetado.
c) vigas transmitem suas 
cargas na vertical para 
as outras vigas. 
d) cada elemento diminui de 
espessura à medida que 
sua carga e envergadura 
aumentam de tamanho.
e) constituem indicadores 
visuais da proporção 
 e da escala do espaço 
projetado.
Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais16
CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO – Memorial da América Latina – São Paulo. Alta 
Arquitetura, 2018. Disponível em: <http://altaarquitetura.com.br/estrutura-concreto- 
armado-metalica-madeira/estrutura-de-concreto-armado-memorial-da-america- 
latina-sao-paulo/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
FURNARI, R. Proporção Áurea. Portal Furnari, 28 jan. 2014. Disponível em: <http://roberto- 
furnari.blogspot.com/2014/01/proporcao-aurea_28.html>. Acesso em: 24 ago. 2018.
GEHL, J. Cidade para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013.
HELM, J. Cité Radieuse de Le Corbusier sofreu um incêndio. Arch Daily Brasil, 10 fev. 
2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-30270/cite-radieuse-de-
le- corbusier-sofreu-um-incendio>. Acesso em: 24 ago. 2018.
MANUAL DO ARQUITETO. Projeto Arquitetônico: Cortes + download de blocos para 
cortes. 5 mar. 2014. Disponível em: <http://www.manualdoarquiteto.com.br/2014/03/
topico-35-cortes.html>. Acesso em: 24 ago. 2018. 
NEUFERT, E. A arte de projetar em Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gilli, 2013.
RESUMO ESCOLAR. Proporção Áurea. 2018. Disponível em: <https://www.resumoescolar.
com.br/matematica/resumo-proporcao-aurea/>. Acesso em: 24 ago. 2018.
TOUSSAINT, F. [Centro Georges Pompidou: circulação externa]. In: FRACALOSSI, I. Clás-
sicos da Arquitetura: Centro Georges Pompidou / Renzo Piano + Richard Rogers. Arch 
Daily Brasil, 7 abr. 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-41987/
classicos-da-arquitetura-centro-georges-pompidou-renzo-piano-mais-richard-rogers>. 
Acesso em: 24 ago. 2018. 
Leituras recomendadas
FRANCO, J. T. O ser humano como medida da Arquitetura. Arch Daily Brasil, 26 jun. 
2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/623095/o-ser-humano-como- 
medida-da-arquitetura>. Acesso em: 24 ago. 2018.
KROLL, A. Clássicos da Arquitetura: Unite d' Habitation / Le Corbusier. Arch Daily Brasil, 
14 mar. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/783522/classicos-da- 
arquitetura-unidade-de-habitacao-le-corbusier>. Acesso em: 24 ago. 2018.
ZILLIACUS, A. 16 dicas para melhorar sua habilidade com maquetes. Arch Daily Brasil, 
5 dez. 2016. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/800446/16-dicas-para- 
melhorar-suas-habilidades-com-maquetes>. Acesso em: 24 ago. 2018.
17Espaço arquitetônico: conceitos fundamentais
 
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
A expressão "escala humana" vai além das medidas que o corpo humano ocupa em determinado 
espaço. Uma vez que em arquitetura tudo está conectado, você verá algumas dicas de como criar, 
utilizar e respeitar a escalahumana em seus projetos.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/7ca0338d44b9f8af5d7080f523209768
Na prática
Na criação de uma arquitetura e sua representação, os elementos contextuais, espaciais, 
formais de escala e de proporção estão estreitamente ligados.
No exemplo do Centro Georges Pompidou de Rogers e Piano, um clássico da arquitetura do 
século XX, é possível ver a evolução da representação de um projeto até sua maquete e seus 
detalhes.
Confira a seguir.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b839d2e6-1f4f-4e99-ad9c-21ec460d7016/ce876e90-f455-443e-b38b-348691287443.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A imagem em movimento como forma de representar a 
arquitetura
Artigo composto por textos e vídeos comentando a tarefa da representação do espaço e alguns dos 
variados meios de representá-lo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
O cinema e a arquitetura
O edifício do Grande Hotel Budapeste é na verdade uma grande maquete de 1,5 metro de altura, 
criada pelo designer de produção Adam Stockhausen, indicado ao prêmio Oscar 2014.
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https://www.archdaily.com.br/br/868755/a-imagem-em-movimento-como-forma-de-representar-a-arquitetura
https://www.archdaily.com.br/br/01-184958/cinema-e-arquitetura-the-grand-budapest-hotel ����

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