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SemiologiaSemiologia Maria Eduarda Cabral Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Quem sou eu?Quem sou eu? Oi gente! Tudo bem com vocês?Oi gente! Tudo bem com vocês? Essa apostila de Semiologia de Animais de CompanhiaEssa apostila de Semiologia de Animais de Companhia foi criada por mim, Maria Eduarda Cabral, com ofoi criada por mim, Maria Eduarda Cabral, com o intuito de auxiliar vocês durante a sua jornadaintuito de auxiliar vocês durante a sua jornada acadêmica.acadêmica. Também sou a criadora do instagram @apostilavet queTambém sou a criadora do instagram @apostilavet que possui diversas apostilas e resumos com base naspossui diversas apostilas e resumos com base nas disciplinas da graduação.disciplinas da graduação. Eu espero que você goste desse material, que ele teEu espero que você goste desse material, que ele te acompanhe em diversos momentos da sua vidaacompanhe em diversos momentos da sua vida acadêmica e profissional.acadêmica e profissional. Muito obrigada por ter adquirido e confiado no meuMuito obrigada por ter adquirido e confiado no meu trabalho.trabalho. @apostilavet@apostilavet PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO SEM A AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DESSE MATERIAL Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 nome: SumárioSumário Exame Clínico e Contenção de Animais de Companhia p.1 Sistema Circulatório de Animais de Companhia p.12 Sistema Respiratório de Animais de Companhia p.22 Sistema Digestório de Animais de Companhia p.29 Semiologia do Sistema Urinário p.43 Semiologia do Sistema Reprodutor p.59 Semiologia Dermatológica p.66 Semiologia do Sistema Locomotor p.80 Semiologia do Sistema Neurológico p.86 Semiologia Oftálmica p.96 Semiologia do Conduto Auditivo p.103 Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 1 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Exame Clínico e Contenção de Animais de Companhia A Semiologia é uma ciência que representa o estudo dos sinais, ou sintomas. Aplicado à Medicina Veterinária, é a arte de habilidades investigatórias, por meio de análises diversas, com o intuito de se chegar aos mais variados diagnósticos. É 50% do diagnóstico. A primeira coisa a se fazer quando pega um animal é a resenha. ESPÉCIE. RAÇA. IDADE. SEXO. PESO. Depois é realizado a anamnese, que são as perguntas, é 50% do diagnóstico. aferir a temperatura, frequência cardíaca e respiratória, TPC (tempo de preenchimento capilar), linfonodos... patologia clínica e diagnóstico por imagem (RX e ultrassom). Isso tudo é feito para chegar a um diagnóstico e fazer um tratamento. : semiotécnica. : clínica propedêutica. : verbaliza o que sente. : dado notado pelo examinador (inspeção, auscultação, percussão). Os animais apresentam sinais, sintoma é o que verbaliza. 1. exemplo é a dor em local de fratura no fêmur, o sinal é . 2. é , por exemplo, neoplasia mamária com metástase pulmonar. 3. um exemplo é a convulsão, sendo uma possível alteração neurológica. 4. é algo , por exemplo, movimento de gaveta positivo em casos de ruptura de ligamento cruzado cranial. 1. primeiros sinais observados. 2. aparecem períodos de estabilização. 3. após recuperação do animal. sequela. 1. alteração da forma do órgão. ex.: esplenomegalia. 2. alteração da função do órgão. ex.: claudicação. 3. consequência do principal sinal. ex.: icterícia hepática/hepatite. Exame Clínico e Contenção de Animais de Companhia Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 2 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet É um conjunto de sinais clínicos, de múltiplas causas e que afetam diversos sistemas. Um exemplo é a síndrome da dilatação vólvulo gástrica. SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÓLVULO GÁSTRICO! No momento que o cachorro de raça grande come tudo e logo após começa a brincar, pulando e correndo, o estômago vira um pêndulo e pode ocasionar uma torção (vira em 360°), essa torção tem como principal fator de risco a oclusão da veia cava, bloqueando o fluxo sanguíneo, esse quadro leva a hipóxia. 1. como por exemplo, hemoparasitose (doença do carrapato). faz um exame de sangue (no caso, hemograma) e depois PCR, é quando faz um exame e fecha o diagnóstico. ex. pneumonia, tétano, raiva e etc. 2. não sabe o que o animal tem, mas acredita-se que o animal tenha uma determinada doença e começa o tratamento, realiza-se procedimento medicamentoso e tem o resultado. 3. alterações anatômicas encontradas em exame macroscópico. ex.: fratura do fêmur. 4. tétano – Clostridium tetani. ex.: botulismo pois o sinal é característico. 5. lesões microscópicas. 6. 7. quando você acha que é uma doença, mas o diagnóstico laboratorial não mostra isso. % % . 1. Não seja demasiadamente sagaz. 2. Não tenha pressa. 3. Não tenha predileções. 4. Não diagnostique raridades. Pense nas hipóteses mais simples. 5. Não tome um rótulo por diagnóstico. 6. Não seja parcial. 7. Não seja demasiadamente seguro de si. 8. Não hesite em rever seu diagnóstico, de tempo em tempo em casos crônicos. O prognóstico, encontra-se entre o diagnóstico e o tratamento, prevê a evolução da doença e suas prováveis consequências. Deve-se orientar o tutor sobre o prognóstico dos tratamentos que podem ser realizados. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 3 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet meio que combate a causa da doença. ex.: hipocalcemia que realiza a administração de cálcio. combater apenas os sinais (anorexia: orexigênicos, vitaminas) ou abrandar o sofrimento do animal (analgésicos, antipiréticos). modificar o mecanismo de desenvolvimento da doença no organismo. tétano: usa-se soro antitetânico antes que as toxinas atinjam os neurônios. evitar o aparecimento de complicações que possam fazer o animal correr risco de morte. transfusão sanguínea em pacientes com anemia grave. 1. nome, espécie, raça, sexo, idade, pelagem, tutor. 2. estado geral, comportamento, atitude, fascies. Analisar se é uma emergência ou urgência, ter olhar certeiro nessas horas. emergência: circunstância que exige uma intervenção médica de imediato. urgência: caráter menos imediatista. 3. perguntas simples e objetivas, porém sempre sendo paciente, realizar perguntas do passado e atuais. perguntas: simples para o tutor entender. respostas: na ficha tudo em termo semiológico. ser simpático para gerar uma confiança! O que o senhor costuma dar para o Bob comer? Ração fechada ou aquelas que pega por Kg? Deixa o dia todo a ração a vontade? E algum petisco? Carne? Restos de comida? Nem quando tem um churrasquinho em casa? A água o senhor costuma deixar em pote? Troca de vez em quando? 4. inspeção: direta e indireta. palpação: propriamente dita, por pressão, tato e indireta. analisa a consistência, se está dura, firme (resistência), pastosa (sinal de Godet), flutuante (líquido), crepitante (ar). percussão: direta e indireta. analisa a presença de sons timpânicos (alta intensidade, sugestivo de gases), maciço (pouca intensidade, presença de órgãos na região), claro (intensidade média), submaciço, metálico (órgão cavitário distendido). auscultação: direta ou indireta (ruídos aéreos, ruídos líquidos, sólidos e crepitantes – esfregar cabelo com cabelo). olfação: não faça diretamente -> concha coma mão, uso de swab. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 4 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet colheita de material de vários órgãos ou cavidade. exame citológico, bacteriológico e físico. colheita de pequenos fragmentos de tecido animal vivo – exames histopatológicos ou amostra celulares do tecido – citológico. sangue, urina, fezes, líquor... suspeita de doenças infectocontagiosas. como por exemplo, teste de tuberculina. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 5 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Espécie Idade Temperatura retal CÃES jovens/adultos +38,5 37,5 a 39,2 GATOS 37,8 a 39,2 EQUINOS jovens adultos 37,2 a 38,9 37,5 a 38,5 BOVINOS jovens adultos 38,5 a 39,5 37,8 a 39,2 CAPRINOS jovens adultos 38,8 a 40,2 38,6 a 40 OVINOS jovens adultos 39 a 40 38,5 a 40 variação nictemeral (circadiana). ingestão de alimentos. ingestão de água fria. idade (mais jovens > Tº). sexo. gestação. estado nutricional. tosquia. esforços físicos. alterações não inflamatórias – retenção calor, esforço. resposta benéfica da produção de anticorpos, porém pode causar desidratação, perda eletrólitos, depleção glicogênio. Febre A febre é uma síndrome! Congestão de mucosas, focinho seco, taquicardia, sopro (passagem rápida do sangue), taquipneia, dispneia (acima 41º), polidipsia, oligúria, animal deprimido (sono), hiporexia. febre séptica: relacionada a processo infeccioso. febre asséptica: queimaduras, traumas, medicação, vacinação, processos alérgicos. febre neurogênica: convulsão. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 6 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Espécie/adulto Batimentos cardíacos (bpm)/min CÃES 60 – 160 GATOS 120 – 240 EQUINOS 28 – 40 BOVINOS 60 – 80 CAPRINOS 95 – 120 OVINOS 90 – 115 FC: 60 – 160 bpm. FR: 18 – 36 mpm. Espécie/adulto Movimentos respiratórios/min CÃES 18 – 36 GATOS 20 – 40 EQUINOS 8 – 16 BOVINOS 10 - 30 CAPRINOS 20 - 30 OVINOS 20 – 30 – Reflete o estado circulatório do animal Nota-se o tempo que demora para a palidez provocada pela impressão digital na mucosa volte a cor antes da compressão. normal: 1 – 2 segundos. desidratado: 2 – 4 segundos. muito desidratado: > 5 segundos. MAIOR TEMPO DE TPC: desidratação ou vasoconstrição periférica, associada a baixo débito cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração em um minuto). Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 7 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet elasticidade da pele discreta ou sem alteração, enoftalmia (retração do globo ocular) ausente ou muito discreta, estado geral sem alteração ou livremente alterado, apetite preservado/sucção geralmente presente, animal alerta e em posição quadrupedal. elasticidade da pele (2 a 4 segundos), enoftalmia leve e animal ainda alerta. elasticidade da pele (6 a 10 segundos), enoftalmia evidente, reflexos palpebrais, temperatura das extremidades dos membros, de orelhas e focinho. Mucosas secas, mantém-se em posição quadrupedal e/ou decúbito esternal. Apatia de intensidade variável. marcante da elasticidade da pele (>10 segundos), enoftalmia intensa. Extremidades, orelhas e focinhos frios, tônus muscular ou ausentes, mucosas ressecadas, reflexos muito o;u ausentes, decúbito lateral e apatia intensa. possível óbito. Mucosa oral, ocular, nasal, vaginal, prepucial. Avaliar o brilho e umidade das mucosas, tempo de preenchimento capilar (TPC). rosadas. Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. septicemia. Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. distúrbio da hematose. Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. retenção de bilirrubina nos tecidos, quebra (hemólise). Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. hipocoradas. anemia, hemorragia. Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 8 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Pálida esbranquiçada. anemia. ectoparasitas e endoparasitas, hemorragias/choque hipovolêmico. aplasia medular. insuficiência renal. falência circular periférica. Congesta ou hiperêmica (febre) avermelhada. permeabilidade vascular. inflamação e/ou infecção local, septicemia/bacteremia. congestão pulmonar. endocardite. pericardite traumática. Cianótica azulada. transtorno na hematose. anafilaxia, obstrução das vias respiratórias e edema pulmonar. insuficiência cardíaca congestiva. pneumopatias. exposição ao frio. Ictéricas amarelada. hiperbilirrubina. estase biliar (obstrução), anemia hemolítica imune. isoeritrólise neonatal. anemia hemolítica microangiopática (babesiose, anaplasmose e hemobartonelose). hepatite tóxica e/ou infecciosa. animal normal, ativo. animal consciente, porém inativo. estado no qual o paciente não está despertável estando também irresponsivo. estado de não responsividade, do qual o paciente só pode ser despertado rapidamente por meio de estímulo vigoroso e repetido. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 9 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o sangue. Com exceção de alguns tecidos (partes superficiais da pele, sistema nervoso central, partes mais profundas dos nervos periféricos e ossos), quase todos os tecidos corporais possuem canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. O exame do sistema linfático (vasos linfáticos e linfonodos) é importante por participar dos processos patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles drenadas. A DILATAÇÃO ou HIPERTROFIA ANORMAL dos linfonodos ocorre na maioria dos processos infecciosos e inflamatórios. Deve-se avaliar o tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura de todos os linfonodos examináveis e sempre bilateralmente. submandibulares, pré-escapulares (cervicais) e poplíteos superficiais. inguinais superficiais em cães machos. 1. 2. 3. 4. Proteger o examinador, o auxiliar e o animal. Facilitar o exame físico. Evitar fugas e acidentes. Permitir realização de procedimentos. Sempre desconfiar do comportamento do animal. Não manipular o animal antes da observação geral do animal e padrão respiratório. Sempre tentar a socialização com o animal. Evitar movimentos bruscos e violentos. Comportamento do animal. Método de abordagem do veterinário. Ambiente. Desconforto causado pelos procedimentos realizados. Mordaças Focinheiras. Colar elisabetano. Cambão. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 10 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Panos. Luvas. Botinhas de esparadrapo. Mordaça Imagem: Internet Contra indicação Impede o exame da cavidade oral. Deve ser retirada em caso de dificuldade respiratória, cianose ou vômito. um braço sob o pescoço e um sob o abdome. prenda os membros pélvicos e torácicos com as mãos, colocando o dedo indicador entre os membros. prenda o cabeça do animal com o antebraço. Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. Mais ágeis. Pequenos. Se defendem com unhas e dentes.Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 11 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Territoriais – cuidado com o estresse nesses animais. Ambiente fechado para evitar fugas. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 12 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Sistema Circulatório de Animais de Companhia As câmaras cardíacas são: 1. Átrio direito. 2. Átrio esquerdo. 3. Ventrículo direito. 4. Ventrículo esquerdo. O coração possui a função de bombear o sangue, pois as células precisam de oxigênio, com isso, o sangue oxigenado é o responsável por encaminhar esse oxigênio para as células e o sangue desoxigenado é enviado para o pulmão para que ocorra o processo de hematose (trocas gasosas). O sangue entra no coração pela veia cava, sendo um sangue desoxigenado que chega ao ÁTRIO DIREITO, a partir do momento que esse sangue está entrando no átrio direito, a valva tricúspide está fechada, preenchendo esse átrio a valva tricúspide se abre para a passagem do sangue para o ventrículo, para que ocorra essa passagem além da abertura da valva tricúspide, o átrio direito tem que sofrer uma sístole (contração) e o ventrículo direito uma diástole (relaxamento). O sangue passando para o VENTRÍCULO DIREITO irá preenchê-lo e após isso, o ventrículo sofrerá uma sístole para ejetar esse sangue para as artérias pulmonares que o encaminhará para o PULMÃO, esse sangue que a artéria pulmonar está carregando é um sangue desoxigenado/venoso (com baixa concentração de oxigênio). Chegando ao pulmão, esse sangue sofrerá uma hematose, ou seja, será oxigenado. Esse sangue venoso sai do pulmão como sangue arterial/oxigenado e é carregado pelas veias pulmonares e desemboca no ÁTRIO ESQUERDO. Sistema Circulatório de Animais de Companhia Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 13 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet O átrio sofrerá uma diástole para o sangue preencher a câmara e nesse momento a valva bicúspide ou mitral está fechada, quando esse sangue preencher toda a câmara, a valva mitral irá se abrir possibilitando a passagem desse sangue oxigenado para o VENTRÍCULO ESQUERDO, lembrando que, esse ventrículo irá sofrer uma diástole para receber esse sangue e o átrio esquerdo uma sístole para realizar a passagem do mesmo. Após preencher o ventrículo esquerdo, esse sangue será ejetado para a artéria aorta que leva esse sangue para todo o corpo animal. A câmara que possui a função de encaminhar o sangue oxigenado para todo o organismo animal é o ventrículo esquerdo. Se a valva sofrer, por exemplo, uma endocartiose e esse sangue voltar, ou seja, sofrer esse refluxo, no momento da auscultação iremos presenciar um sopro cardíaco. Se for uma ICC que está acometendo o lado direito do coração, então, esse sangue está voltando para o átrio direito ou para a veia cava, com isso, esse sangue que está sofrendo esse refluxo começa a voltar para o corpo, então, começa a apresentar como sinais clínicos: ascite. hepatomegalia. edema de membros. esplenomegalia... Se está acometendo o lado esquerdo do coração, esse sangue voltará para o pulmão. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 14 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet a partir do momento que esse sangue volta para o pulmão, esses vasos sanguíneos pulmonares estarão hipertensos, ou seja, aumenta a pressão sanguínea nesses vasos pois o volume sanguíneo é maior, já que temos sangue voltando para o pulmão invés de ser ejetado para o corpo. com essa hipertensão, o líquido plasmático começa a extravasar para o pulmão, resultando no edema pulmonar. CACHORROS PEQUENOS: um exemplo são os poodles, sendo comum esses cachorros terem alteração na valva mitral/bicúspide, sendo uma insuficiência cardíaca congestiva esquerda, com base nisso, sabemos que esse animal apresentará edema pulmonar. CACHORROS GRANDES: comum apresentarem insuficiência cardíaca congestiva direita, os sinais apresentados são ascite, hepatomegalia, edema de membros, esplenomegalia e etc. terapêutica comumente empregada são os diuréticos. EDEMA PULMONAR = diuréticos! SEMPRE identificar anormalidades, por isso sempre realizar o exame físico e a anamnese completa. INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTAÇÃO Segundo o cardiologista americano Dr. Robert Halim: 85% das alterações cardíacas podem ser diagnosticadas com um exame físico adequado e boa experiência. 15% restantes e gravidade das doenças: exames complementares: ECG (eletrocardiograma), RX torácico, Ecocardiografia, Holter...). ECG: cada onda significa uma parte do coração, informa o que está acontecendo. ENDOCARDIOGRAMA: ultrassom do coração. HOLTER: grava por 24 horas todo o eletrocardiograma. A resenha pode sim trazer informações importantes, como: 1. endocardiose (degeneração mixomatosa) de mitral é mais comum em cães, enquanto miocardiopatia hipertrófica é mais comum em gatos. cardiomiopatia hipertrófica: o músculo do coração fica maior, acontece nos casos de gatos que comem ração de cão. 2. sopro em um filhote (cardiopatia congênita), enquanto em um animal mais velho (cardiopatia adquirida). mais comum em cão idoso pela degeneração mixomatosa. 3. poucos relatos estatísticos. 4. persistência do ducto arterioso é comum em cães da raça poodle, collies; cardiomiopatia arritmogênica do boxer. miocardiopatia dilatada em cães de raças grandes. degeneração mixomatosa de válvula mitral comum em raças pequenas. 5. região que vive, viagem. dirofilariose: é o verme do coração, passa por picada de mosquito, presente principalmente no litoral. doença de Chagas. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 15 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Do lado esquerdo, teremos separando o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo a valva bicúspide ou mitral. na insuficiência cardíaca congestiva, teremos esse animal com edema pulmonar. esse sangue que está sofrendo um refluxo e indo para a veia pulmonar, está aumentando a pressão deixando esse vaso hipertenso, esse aumento da pressão faz com que o plasma (líquido, parte que não possui os elementos figurativos, como hemácias e células de defesa – leucócitos) extravase para o pulmão. esses casos de refluxo, auscultaremos o sopro cardíaco, que é o som do refluxo sanguíneo. o cão chega dispneico, ou seja, com dificuldade respiratória. as raças pequenas estão mais predispostas, como poodle. Na insuficiência cardíaca direita, é mais comum em raças grandes e esse sangue voltará para a veia cava, tornando-o um sangue hipertenso e aumentando a pressão nos órgãos abdominais, isso gera condições como hepatomegalia, ascite, edema de membros, esplenomegalia e etc. ICCE: sangue volta para os pulmões (edema pulmonar). ICCD: sangue volta para abdome (efusões - ascite, hepato/esplenomegalia). Animal apresenta tosse? – Se sim, em algum momento do dia? Após caminhar? Tosse seca ou produtiva? Há corrimento nasal? Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 16 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet a tosse é um reflexo de quando o coração está tão grande e encosta no brônquio, fazendo o animal tossir. Animal apresenta cansaço fácil após caminhar ou exercícios? Reluta ao caminhar? Já notouse a língua ficou roxa? cansaço fácil pois o coração não está conseguindo bombear o sangue direito. Animal já apresentou desmaio? Se sim, como foi? Teve algum episódio anterior? se o coração não está conseguindo bombear o sangue direito, consequentemente, teremos uma redução de oxigênio circulante, faltando oxigênio no cérebro e esse animal desmaia. Notou ruído ao respirar? Tem dificuldade para respirar? Taquipneia (aumento da frequência respiratória) geralmente precede a dispneia (dificuldade respiratória). dispneico também é taquipneico. F.R. DO CÃO EM REPOUSO: menor 30 mpm. A taquipneia é o aumento da frequência respiratória. não necessariamente esse animal está com dispneia, mas um animal dispneico tem taquipneia. congestão, edema pulmonar, além disso, pode observar também cianose. se tem edema pulmonar esse animal estará taquipneico. 1. DISPNEIA: a) inspiratória: alterações vias aéreas superiores. o animal não consegue puxar o ar, tem um ruído e o problema é na via aérea superior. b) expiratória: doenças pulmonares, bronquiais ou alveolares, edema pulmonar por ICCE. dificuldade em expulsar o ar. c) ICC com efusão pleural concomitante, broncopneumonia, edema pulmonar. dificuldade em inspirar e em expulsar esse ar. O pug faz barulho para respirar pois é braquicefálico, apresenta uma dispneia inspiratória. Troca de oxigênio: no edema pulmonar, o sangue volta para o pulmão e causa uma hipertensão, isso faz com que o plasma seja extravasado, através disso, não consegue fazer a hematose, sendo uma dispneia expiratória. acomete os alvéolos pulmonares. quando tem um edema pulmonar ausculta um ruído no pulmão. 2. POSIÇÃO ORTOPNÉICA: animal sentado, com membros torácicos estendidos, cabeça esticada com narinas dilatadas – face de angústia. cabeça alta, boca aberta e membros afastados. 3. TOSSE: ato reflexo por estimulação da faringe, traqueia, brônquio, bronquíolos, pleura, pericárdio e diafragma. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 17 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet exemplo: compressão do brônquio principal esquerdo por degeneração mixomatosa da valva mitral, aumento pressão venosa pulmonar por ICCE. tosse cardíaca: seca e ruidosa, após exercícios, tutores relatam que ela se torna mais intensa durante a noite, sendo que a tosse cardíaca é crônica. em poucos casos a tosse em felinos é sinal de doença cardíaca. Imagem: FEITOSA, 2014. O músculo do coração trabalha mais para mandar o oxigênio para o corpo, pois o sangue está voltando, para compensar, o coração bate mais forte causando uma HIPERTROFIA, podendo dessa forma, tocar em uma árvore brônquica do pulmão. tosse produtiva: brônquios? pneumonia? A tosse produtiva é sugestiva de uma infecção, como pneumonia. 4. ASCITE: acúmulo de líquido no abdome. ICCD (congênitas, adquiridas) ou secundária a efusões ou tamponamento cardíaco (aumento pressão intrapericárdica). causa cardíaca: acúmulo lento e crônico. pacientes com ascite: taquipneia e dispneia. realizar abdominocentese e análise do líquido ascítico. Imagem: FEITOSA, 2014 5. SÍNCOPE: perda súbita ou transitória da consciência e tônus postural, baixo fornecimento de oxigênio ao cérebro. é um desmaio pela falta de oxigênio. suas causas, são: a) congênita (estenose subaórtica, pulmonar, tetralogia de Fallot), adquirida (doença mixomatosa da mitral, arritmias (bradiarritmias ou taquiarritmias). b) colapso de traqueia, distúrbios neurológicos, hipoglicemia, anemia, hemorragia, síncope vasovagal, transtornos metabólicos. 6. EMAGRECIMENTO PROGRESSIVO: cardiopatas crônicos – alterações metabólicas com aumento do catabolismo. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 18 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet tosse, dispneia, síncope, ascite, perda de peso. 1. postura (ortopneica), padrão respiratório (se está dispneico ou não). verificar se necessita de algum auxílio, por exemplo, oxigenioterapia. 2. cabeça => pescoço => tórax => abdome. a) cabeça: simetria. narinas: secreção, umidade. mucosa ocular: coloração (normocoradas/pálidas/ hipocoradas/ictéricas/congestas/cianóticas). mucosa oral: coloração e TPC (tempo de preenchimento capilar – 2 segundos). linfonodos submandibulares: tamanho, simetria, sensibilidade. b) pescoço: inspeção de aumento de volume, pulso jugular, reflexo de tosse (leve pressão na traqueia), linfonodos pré escapulares (tamanho, simetria, sensibilidade). c) tórax: auscultação cardíaca. 1º PASSO: estetoscópio, ambiente tranquilo e sem ruídos (conversas). 2º PASSO: localização do choque precordial cardíaco do lado esquerdo do tórax. ponto de máxima intensidade cardíaca, sendo o ponto de ausculta do foco valvar mitral.. A localização do choque precordial cardíaco é no lado esquerdo do tórax, próximo ao coração coloca dois dedos em cima e analisa onde o coração pulsa mais forte, sendo o local do choque precordial cardíaco, ou seja, é o local da valva mitral. O choque precordial cardíaco sentimos ao toque a valva mitral. PAM 345: o cachorro possui treze costelas, o espaço entre essas costelas é denominado de espaço intercostal. a última costela é a 13ª e é a mais fácil de ser encontrada, após encontra-la, começa a subir e ir contando as costelas. no 5º espaço intercostal está localizada a valva mitral, no 4º o foco aórtico e no 3º o foco pulmonar, sendo assim, no 4º a valva aórtica e no 3º a valva pulmonar. A valva tricúspide está do lado direito, no quarto espaço intercostal direito. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 19 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet As bulhas cardíacas são o fechamento das valvas, quando fecha a mitral e a tricúspide são as bulhas cardíacas. B1 ou S1 “TUM”: fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide. B2 ou S2 “TÁ”: fechamento das valvas semilunares aórticas e pulmonares. S3 e S4: baixa frequência, difícil auscultação em pequenos animais, é o preenchimento ventricular anormal. “som de galope”, ausculta em equinos. O sangue do átrio direito e átrio esquerdo passam juntos, as valvas consequentemente, fecham juntas (mitral e tricúspide), as bulhas cardíacas desse fechamento auscultamos como “TUM”. O “TÁ” é o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. O “TUM” e o “TÁ” são durante a sístole. É a turbulência durante o ciclo cardíaco. É um refluxo sanguíneo, o sopro anêmico é quando o sangue está tão fino que sofre uma turbulação quando ocorre a sua passagem. Temos seis graus de sopro cardíaco: GRAU I: sopro suave, detectado após longo período de auscultação. GRAU II: sopro suave, auscultado em foco valvar (PAM 345). GRAU III: sopro intensidade leve a moderada. GRAU IV: sopro intensidade moderada a grave. GRAU V: sopro claro à ausculta, com frêmito palpável, enquanto ausculta você sente o sopro na mão em cima do foco valvar. GRAU VI: sopro grave, com frémito detectável e auscultado mesmo com estetoscópio afastado do tórax. O sopro não é doença, o sopro é um sinal, é um som anormal que acontece pela turbulência do sangue. Com relação ao ciclo: sopro sistólico (regurgitação mitral e tricúspide). sopro diastólico (regurgitação aórtica ou pulmonar). sístole e diástole (persistência ducto arterioso). Foco de origem: aórtico, pulmonar, mitral ou tricúspide. 1. SOPRO HOLOSSISTÓLICO: degeneração valvar mixomatosa. 2. SOPRO EM DIAMANTE: estenose valvar. 3. SOPRO CONTÍNUO OU DE MAQUINARIA: persistência do ducto arterioso. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52Página 20 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 4. SOPRO INOCENTE: sem cardiopatia, aumento força ejeção ventricular. 5. SOPRO FISIOLÓGICO: processos febris, anemia, bradicardia extrema. Auscultação junto com determinação do pulso femoral, o déficit do pulso está associado à arritmia. pulso: hipercinético (mais proeminente) e hipocinéticos (fracos). classificado em forte, fraco e filiforme (quase não sente). relação: 1 batimento : 1 pulso palpável coloca a mão na femoral, o pulso tem que estar no ritmo cardíaco, se não acontece junto você nota uma arritmia. FC CÃES: 60 a 180 bpm (230 bpm neonatos) FC FELINOS: 140 a 240 bpm SOM DAS BULHAS: normofonéticas, hiperfonéticas ou hipofonéticas som normal (bulhas cardíacas normofonéticas). som alto, animal magro. som mais baixo/longe, casos de efusão pericárdica. Termos Semiológicos Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: Arritmia: Ascite: Bradicardia: Bulhas cardíacas: Bulhas normofonéticas: Bulhas hiperfonéticas: Bulhas hipofonéticas: Normocardia: Sopro: Síncope: Taquicardia: Tosse: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 21 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 22 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Sistema Respiratório de Animais de Companhia ESQUELETO TORÁCICO: costelas, esterno e coluna vertebral. Tem 13 pares de costelas. A traqueia faz parte e uma das doenças que podem acomete-la é o colapso de traqueia ou estenose de traqueia. Se o animal tiver uma alteração na traqueia ele terá uma dispneia inspiratória, tendo ronco/barulho durante a inspiração. No caso de dispneia expiratória, é quando o problema está na hematose. A última costela é flutuante, no animal você começa a contar da última costela, ou seja, de caudal para cranial para chegar nas primeiras costelas. Para contar e chegar na valva mitral, iremos no 5º espaço intercostal, porém, conseguimos acha-la pelo toque do choque precordial cardíaco, pelo PAM 345. a primeira coisa na anamnese do sistema respiratório é analisarmos se tem mais cães na casa, dessa forma, podemos saber se tem mais cães com o mesmo problema ou se só ele que apresenta esse sinal clínico. Sistema Respiratório de Animais de Companhia Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 23 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet se o problema for no coração e por isso está tossindo, o problema é individual, porém, se outros tiverem acometidos pode ser um processo infeccioso. – evolução rápida ou lenta, progressiva? analisar o início do processo, se teve uma evolução rápida ou lenta, se é progressiva. se sim, quais? houve melhora? Corrimento nasal, espirro, tosse, fadiga durante exercício, taquipneia, dispneia. Realiza-se anamnese junto com cardíaco. Faz a anamnese cardiopulmonar. Observar lesões, modificações de colorações e umidade, procurar úlceras, pólipos, tumores, corpos estranhos. unilateral ou bilateral. seroso, mucoso, purulento ou hemorrágico. seca (vias aéreas superiores) ou úmida/produtiva (por ex: broncopneumonias) - reflexo da tosse. A inspeção nasal é realizada visual, verifica-se a narina, se tem alguma úlcera, um pólipo (tipo um tumor só que de menor tamanho), corrimento nasal. Se tiver corrimento nas duas narinas, pode ser geral, agora se for em apenas uma das narinas, significa que o processo é local, mas se for geral pode estar vindo de dentro. TIPO DE RESPIRAÇÃO: toracoabdominal: a respiração normal de um cão e gato é toracoabdominal, o tórax e a barriga expandem juntos. se tem um problema torácico relevante, você só vê a respiração abdominal, significa que algo está atrapalhando o tórax. Quando se tem processos torácicos relevantes, a respiração é mais abdominal. Olhar animal sem muita manipulação. Animal dispneico não irritar mais ele, evitar a manipulação excessiva deste animal, se o paciente for atropelado é necessário a palpação do tórax, pois pode ter uma crepitação, por causa de um enfisema (ar no subcutâneo), quando aperta parece que tem uma espuma no lugar. PALPAÇÃO TÓRAX: fratura costela, aumento de volume, enfisema de subcutâneo. PERCUSSÃO TÓRAX: definição de áreas cardíacas e pulmonares, porém é mais difícil devido ao tamanho do animal (mais utilizado em grande porte). pode ser por febre, dor, agitação e afins, sendo o aumento da frequência respiratória. SNC, próximo à morte, baixa respiração. ausência de respiração. animal respirando normal. dificuldade respiratória, o som que ausculta durante uma dispneia inspiratória é o estertor. você percebe o aumento da amplitude respiratória, o tórax quase não expande, dificuldade expansão da caixa torácica - pneumotórax. 1. INSPIRATÓRIA: alterações vias aéreas superiores. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 24 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 2. EXPIRATÓRIA: doenças pulmonares, bronquiais ou alveolares, edema pulmonar por ICCE. 3. MISTA: ICC com efusão pleural concomitante, broncopneumonia, edema pulmonar. Palpar todas as partes externas do sistema respiratório a procura de depressões (afundamento osso nasal, fratura de costela), palpar espaço intercostais (inflamação). FLAIL CHEST: fratura de costela, perde a sustentação, é quando o peito fica em movimento. dígito digital. Craniocaudal e dorsoventral. som claro. timpânico ou submaciço. som submaciço. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 25 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 26 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Patológicos enfisema pulmonar. maior quantidade de ar, pneumotórax, hérnia diafragmática. área central, pode ser por edema pulmonar, pneumonia (preenchimento com líquido, compressão pulmonar). som claro para maciço ou submaciço em linha reta – líquido na cavidade. Animal em estação e em repouso, ausculta-se todo o tórax: frente para trás, e de cima para baixo. 2 movimentos respiratórios em cada. vibração parede laringo e traqueia (região traqueia cervical). ruído rude, terço anterior do tórax. produzido pela passagem de ar pelos brônquios. ruído suave, terço posteriores do tórax – inspiração. vibração das paredes dos brônquios menores e bronquíolos. SONS AUMENTADOS OU DIMINUÍDOS: animais magros, obesos, pelo curto ou longo –fisiológico. pneumotórax, efusões pleurais: diminuição ruído traqueobrônquico e bronco bronquiolar. líquido interior dos brônquios, som como soprar ar em líquido. edema pulmonar, broncopneumia. som como estourar pequenas bolhas, esfregar cabelo próximo orelha. edema pulmonar, pneumonia, enfisema pulmonar. chiado ou assovio. estreitamento vias aéreas. compressão de traqueia, estenose de laringe ou bronquite (expiração). ruído grave, alta intensidade. produzido pela vibração de secreções viscosas. broncopneumonia (tórax) ou laringite. esfregar duas folhas de papel. pleurite. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 27 de 107Maria Eduarda Cabral @apostilavet Cateter ou escalpe + dispositivo de 3 vias + seringa. Tricotomia e preparo do local assepticamente. Realizado no 6º, 7º ou 8º espaço intercostal, próximo a junção costocondral. Cuidado com vasos e nervos: artérias intercostais, veia satélite e nervos caudalmente à costela adjacente. Cuidado na introdução da agulha: batimento cardíaco ou pulmão, redireciona a agulha. Centese do líquido para a análise. HEMOTÓRAX: presença de sangue na cavidade torácica. faz uma toracocentese. PNEUMOTÓRAX: é quando tem ar livre na cavidade pleural. EFUSÃO PLEURAL: líquido livre na cavidade torácica. MUCOSA CIANÓTICA: excesso de gás carbônico. Termos Semiológicos Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: Apneia: Bradipneia: Crepitação: Dispneia: Dispneia Expiratória: Dispneia Inspiratória: Dispneia Mista: Efusão pleural: Eupneia: Flail Chest: Hemotórax: Hiperpneia: Mucosa cianótica: Pneumotórax: Rocepleural: Ronco: Sibilo: Taquipneia: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 28 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 29 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Sistema Digestório de Animais de Companhia 1. ingestão de alimento normal. 2. aumento da ingestão de alimento. 3. diminuição da ingestão de alimento. 4. não está ingerindo alimento. 5. quando come algo errado, que não é comum à sua dieta. ex: cão comendo pedra. 6. dificuldade na deglutição. 7. ingestão de água normal. 8. aumento da ingestão de água. 9. diminuição da ingestão de água. 10. sem ingestão alguma de água. Sistema Digestório de Animais de Companhia Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 30 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet AD LIBITUM: oferta de água e alimento à vontade. ANIMAIS JOVENS: alterações congênitas (fissura palatina), alterações na alimentação, doenças infecciosas, corpo estranho, verminoses. fissura palatina: céu da boca aberto. doenças infecciosas: cinomose, parvovírus (depois de um ano o cão não tem mais a doença, no caso, os sinais clínicos) e etc. CÃES ADULTOS: doenças inflamatórias, neoplasias em idosos. RAÇAS: Pastor Alemão (Insuficiência Pancreática Exócrina). nos ácinos pancreáticos, temos a função exócrina do pâncreas, no caso da insuficiência pancreática exócrina, temos uma alteração na produção de suco pancreático, esse suco pancreático faz a emulsificação da gordura, ou seja, possibilita a sua digestão. se não tem esse suco pancreático, não digere a gordura e o animal apresenta esteatorreia, que é a gordura nas fezes, essas fezes ficam amolecidas como diarreia. sem digestão não absorve nada, então o pelo fica seco, sem brilho e caquético. GESTAÇÃO: ingestão de alimentos diferente em cada fase. Ingestão de petiscos? muitas pessoas acham que não tem problema dar um pouco de chocolate para o cachorro, o animal pode apresentar êmese (vômito), diarreia, anorexia, disquezia (dificuldade em defecar). Época do ano (datas festivas). Crianças na casa? Deve-se diminuir o grau de ansiedade do tutor. Quais as principais queixas???? Como perguntar??? A semiologia serve para identificar o problema, para isso precisa da inspeção. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 31 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet A anamnese e o exame físico completo proporcionam a identificação de anormalidades, utilizaremos a inspeção, palpação, percussão, auscultação e olfação. Observar o paciente: andar, marcha, postura. Estado nutricional: normal, obeso ou magro. Pelame, déficit massa muscular. CABEÇA => PESCOÇO => TÓRAX => ABDOME observar todos os sistemas. Inspeção da cavidade oral e palpação abdominal. Odor alterado, desagradável ou fétido do ar expirado. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 32 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet doença periodontal (placas bacterianas), corpos estranhos impactados cavidade oral ou outras regiões. HÁLITO URÊMICO: alterações renais. HÁLITO ODOR CORPOS CETÔNICOS: cetoacidose (diabetes). AZOTEMIA: aumenta a creatinina e ureia na corrente sanguínea, se junto com os sinais clínicos tem halitose e úlcera é . UREMIA: creatinina e ureia que são compostos nitrogenados, estão altos quando tem alterações renais, na corrente sanguínea. Os sinais clínicos é halitose urêmica e úlcera. Dificuldade de apreensão, mastigação, engasgos, sialorreia (salivação excessiva) e apetite voraz. Deve ser realizado cuidadosamente INSPEÇÃO CAVIDADE ORAL, PALPAÇÃO REGIÃO CERVICAL. Pode ser necessário fazer animal alimentar-se durante exame para observar deglutição. Eliminação retrógrada e passiva (sem esforços abdominais) do conteúdo esofágico. Antes da entrada alimento no estômago. CAUSAS: alterações esôfago, laringe, faringe, megaesôfago, corpos estranhos esofágicos. Deve-se saber a característica do conteúdo (líquido ou sólido), frequência, quanto tempo após ingestão alimento. Observar outros sinais associados: histórico. exame físico. condição corporal. tosse. dispneia. sialorreia. EXAMES COMPLEMENTARES: radiografia e endoscopia. É a volta do alimento que está no esôfago. o animal devolve passivamente o alimento que está no esôfago. Ejeção forçada de conteúdo gástrico e, ocasionalmente, duodenal, pela boca. É um reflexo complexo controlado pelo centro emético e requer a atuação combinada das atividades gastrointestinal, muscular, respiratória e neurológica. REGURGITAÇÃO X VÔMITO (mímica do vômito). No vômito tem a mímica do vômito, que é a forma ativa, ou seja, faz a força para expulsão, a mímica são sinais prodrômicos, que o indivíduo sabe quando vai vomitar, são sinais que antecedem o vômito. Regurgitação Vômito SINAIS PRODRÔMICOS AUSENTE PRESENTE MÍMICA DO VÔMITO AUSENTE PRESENTE Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 33 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet ATIVIDADE MUSCULAR ABDOMINAL AUSENTE (processo passivo) PRESENTE (processo ativo) RELAÇÃO COM A INGESTÃO VARIÁVEL VARIÁVEL CONTEÚDO ALIMENTAR NÃO DIGERIDO VARIÁVEL FORMATO BOLO OU TUBULAR VARIÁVEL (não tubular) MUCO PODE ESTAR PRESENTE PODE ESTAR PRESENTE SANGUE RARO (ulcerações ou neoplasias) PODE ESTAR PRESENTE BILE AUSENTE PODE ESTAR PRESENTE PH DO MATERIAL ELIMINADO ALCALINO VARIÁVEL (pode ser alcalino) Inquietação ou ansiedade. Náusea. salivação, lambedura dos lábios e deglutições repetidas. Aumento da frequência respiratória e superficialização dos movimentos respiratórios. Contrações abdominais rítmicas e repetidas. Extensão do pescoço, abertura da boca e expulsão do conteúdo gástrico (pode haver sons característicos). HEMATÊMESE: sangue no vômito. NÃO É SÓ POR DOENÇA GÁSTRICA Associação de um distúrbio gastrointestinal, intra- abdominal, sistêmico, metabólico ou neurológico. Infecções gerais podem causar vômito, como erliquiose. até 2 semanas de duração. indiscrição alimentar, mudança na dieta, gastroenterite viral, pancreatite, corpo estranho. mais de 2 semanas de duração. secundário doença metabólica, degenerativa ou inflamatória crônica. presença de sangue no vômito(ulceração ou erosão gastroduodenal). gastrite aguda, úlcera gástrica medicamentosa, neoplasia, corpos estranhos (C.E.) exames laboratoriais, diagnóstico por imagem (RX, US, endoscopia), celiotomia exploratória (cirurgia), histopatológico. MEDICAMENTOS PROIBIDOS: paracetamol (em gatos provoca úlcera gástrica), diclofenaco. Passagem de fezes dificultada, infrequente ou ausente, caracterizada pelo esforço ao defecar e retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e reto. CAUSAS: administração de determinadas drogas: fenotiazínicos, opióides, anti-histamínicos. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 34 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet comportamentais ou ambientais, dietéticas: dietas ricas em fibras para animais desidratados. obstrução intraluminal: tumores ou corpos estranhos. obstrução extraluminal: prostatomegalia. doenças neuromusculares. desidratação grave. megacólon. fraturas pélvicas. doenças ósseas degenerativas: displasia coxofemoral. doenças de disco intervertebral. DIFICULDADE EM ELIMINAR AS FEZES! Gatos tem predisposição a fezes secas, pois costumam ingerir menos água. Incapacidade de controlar a eliminação das fezes. Usualmente é acompanhada pelo relaxamento do esfíncter anal e a descarga de material fecal ocorre a intervalos não regulares. CAUSAS: doenças neuromusculares (S1 a S3). Diferente de urgência em defecar (retocolites - diarreia). Tenesmo e disquezia estão dentro de constipação. TENESMO: esforços improdutivos e repetidos de defecação. DISQUEZIA: defecação dolorosa. lesão obstrutiva ou inflamatória do reto ou cólon distais. colites e retocolites, constipação, hérnias perianais e doença prostática, tumores anais, obstrução uretral em gatos. DICA: em geral, o animal que faz força e se agacha depois da defecação apresenta doença inflamatória ou irritativa, enquanto aquele que apresenta o tenesmo antes da defecação provavelmente sofre de obstrução, constipação ou diminuição da motilidade. inspeção do ânus, região perianal, palpação abdominal e anal. HEMATOQUEZIA: presença de sangue vivo nas fezes. MELENA: coloração escura das fezes, resultante da presença de sangue digerido. esse escurecimento resulta da oxidação da hemoglobina em hematina. Hematoquezia Lesões hemorrágicas focais no cólon distal, reto e região do períneo. Frequentemente estão associadas ao tenesmo e disquezia. Melena Sangramentos gástrico e/ou duodenal. Deglutição de sangue proveniente de lesões hemorrágicas na boca, nos lábios, nos dentes, na faringe e no trato respiratório. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 35 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Aumento anormal do volume fecal, da frequência de defecação e do conteúdo de líquido nas fezes. alterações podem ocorrer simultânea ou isoladamente. A causa mais comum é a disbiose (troca da microbiota intestinal, aumentando a motilidade). Doença intestinal primária: parasitismo, distúrbios inflamatórios ou infecciosos, neoplasias. Distúrbios hepáticos ou pancreáticos: interferem em processos de absorção e digestão de alimentos. Reações adversas à dieta, doenças sistêmicas: insuficiência renal, hipoadrenocorticismo. Administração de drogas: antibióticos. Diarreia é um sinal clínico comum a inúmeras doenças. Diferenciação entre as causas banais e autolimitantes, daquelas que exigem maiores esforços de diagnóstico ou terapia imediata. Essa diferenciação deverá ser o objetivo da avaliação semiológica do paciente. DIARREIAS AGUDAS: persistem por até duas semanas, geralmente são autolimitantes e respondem a tratamentos de suporte e sintomático. DIARREIAS CRÔNICAS: persistem por períodos mais longos, refratárias aos tratamentos convencionais. ANAMNESE + EXAME FÍSICO METICULOSO Pela anamnese e exame físico conseguimos saber se é de origem do intestino delgado ou grosso. a giárdia, por exemplo, a diarreia é do intestino delgado. Intestino delgado diminui a absorção de nutrientes e água. No intestino grosso ocorre a formação do bolo fecal e a reabsorção de água. O animal se desidrata em diarreias de intestino delgado. Quando o animal apresenta vômito mais diarreia é intestino delgado. Hematoquezia, disquezia e tenesmo são do intestino grosso. Decorrentes do acúmulo de substâncias osmoticamente ativas (carboidratos, fosfatos e ácidos graxos) na luz intestinal, secundário a má digestão ou má absorção de alimentos. interrupção com o jejum. CAUSAS: evolução crônica. parasitismo de intestino delgado (casos de giardíase, por exemplo). doenças inflamatórias crônicas (enterite eosinofílica, linfocítica-plasmocitária). linfangiectasia. linfoma do trato digestório. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 36 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet alterações anatômicas, corpos estranhos. insuficiência pancreática exócrina (IPE). deficiências enzimáticas e de fatores de transporte de nutrientes. Aumento da secreção de líquido por células indiferenciadas das criptas intestinais para a luz intestinal. desencadeada por toxinas bacterianas (E. coli, Salmonella, Clostridium perfringens). estimulação parassimpática (distensão de alças intestinais, processos dolorosos intraabdominais). mediadores de inflamação. hormônios gastrointestinais Aquosa e clara, não cessando com o jejum. Aumento da pressão hidrostática dentro da parede intestinal (enterites e linfangiectasia intestinal) ou externa a ela, como na insuficiência cardíaca congestiva e a hipertensão portal. A dor abdominal é vista na palpação e a distensão abdominal pode ser ascite ou esplenomegalia (é o aumento do baço do lado esquerdo). Dor abdominal pode ter origem no trato digestório ou em outros órgãos, inclusive o peritônio. distensão do estômago, intestino, útero, vesícula biliar ou urinária. inflamação peritoneal (peritonites). rupturas de vísceras e distúrbios vasculares (tromboses). inflamação e a distensão de órgãos parenquimatosos - fígado, pâncreas e rins. dores referidas (origem extra-abdominal) - afecções de coluna; dores metabólicas, endógenas (alergias) ou exógenas (tóxicas); ou biológicas (picada de cobra ou insetos). Aumento do contorno abdominal. prenhez. hepatomegalia. esplenomegalia. cistos abdominais. dilatação gástrica por gás. obstrução intestinal. peritonite. obesidade. retenção de fezes. ascite. Caracterizada pela coloração amarelada da pele, mucosas e esclera decorrente do acúmulo de bilirrubina nos tecidos. A bilirrubina é um pigmento derivado da hemoglobina. A hemácia tem o grupo heme e ferro. O grupo heme tem a hemoglobina e dentro dela tem a bilirrubina, se tiver alguma doença, como tristeza parasitária bovina, a Babesia entra através da picada do carrapato e começa a se multiplicar até que haja o rompimento da hemácia, quando rompe a hemoglobina e o ferro caem na corrente sanguínea, e com isso, libera a bilirrubina. A Babesia causa hemólise e acumula várias bilirrubinas, esse pigmento se deposita na mucosa em cor amarelada, dando a icterícia. A bilirrubina é produzida pelo fígado, cães com leptospirose (bactéria que entra por mucosa e causa lesão hepática), vai ter um aumento da bilirrubina na mucosa, Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 37 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet a bilirrubina depois que é produzida será armazenada na vesícula biliar, se tem um problema na vesícula biliar, gera a icterícia.doenças hemolíticas: babesiose (icterícia pré- hepática). doenças hepáticas: leptospirose (icterícia intra- hepática). obstruções ao fluxo biliar (icterícia pós- hepática). 1. condição nutricional. 2. hipertermia (ex. infecciosos, como parvovírus). hipotermia (ex. sepse) 3. por exemplo, a ruptura diafragmática. em casos de ruptura diafragmática, os órgãos abdominais vão para o tórax, alterando esses parâmetros. Avaliação mucosas, lábios, gengiva, palato mole, língua e dentes. Lesões, fístulas, úlceras, massas, cálculos dentários. Em alguns casos necessita de contenção química – inspeção cavidade oral (por exemplo, suspeita de corpo estranho linear em gatos). Palpação externa da faringe. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 38 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Avaliação das glândulas salivares (halitose, sialorreia ou ptialismo). Verificar mucocele, pode ser decorrente de trauma, corpo estranho, sialólito. MUCOCELE: consistência flutuante. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 39 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Resumo HÁLITO: normal, odor ácido ou azedo (possível má digestão), urêmico (doença renal), pútrido (resíduos alimentares, cáries, gastrite, etc), odor de maça verde (cetoacidose). MUCOSA ORAL: coloração, umidade, presença de lesões (ulcerações), corpos estranhos, massas. GENGIVAS: inflamação, ulceração, corpos estranhos ou massas. DENTES: posicionamento, oclusão, coloração, qualidade do esmalte, presença de fraturas ou cálculos (tártaro). LÍNGUA: mobilidade, consistência, presença de lesões, massas, corpos estranhos na base da língua. PALATO DURO OU MOLE: presença de lesões, corpos estranhos, palato mole excessivamente longo, fissura palatina. FARINGE E TONSILAS: inflamação, secreção purulenta, massas, corpos estranhos, simetria. Transporte de ingesta e líquidos da cavidade oral ao abdome. Cervical, torácico e abdominal. Distúrbios de motilidade (megaesôfago). Distúrbios obstrutivos (corpo estranho, neoplasias). Distúrbios Inflamatórios (esofagite, divertículos). Regurgitação, disfagia, odinofagia (dor deglutição), deglutições repetidas, engasgos, salivação excessiva. Exames: radiografia e endoscopia. Regiões epigástrica, mesogástrica e hipogástrica. Dorsal, medial e ventral. Região epigástrica: cranialmente pelo diafragma até 13ª costela. fígado, estômago, pâncreas, rins e baço. Região mesogástrica: última costela até crista ilíaca. intestinos, ovários, ureter. Região hipogástrica: da mesogástrica até limite inferior do abdome. bexiga, próstata, uretra e reto. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 40 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Inspeção direta, palpação, percussão, ausculta, exames complementares: avaliação do fluido abdominal e técnicas de imagem. RIM ESQUERDO É MAIS CRANIAL. PROLAPSO ANAL E RETAL: animal com muito verme, pois aumenta a motilidade. (decúbito dorsal ou lateral): som gerado pela percussão vai depender do conteúdo abdominal. quando realizada sobre um órgão que contém ar (intestino, estômago), o som é claro a timpânico e, sobre órgãos maciços (fígado, baço), o som é mate ou maciço. ruídos próprios do TGI, sendo os borborigmos (deslocamento de gás e líquido no tubo gastrointestinal). trato gastrointestinal vazio: ausentes. durante o processo de digestão: ruídos ininterruptos, baixos e pouco intensos. borborigmos frequentes, fortes e com ruídos variáveis indicam motilidade intensa. obstruções intestinais: ruído exagerado e por vezes sibilantes. peritonites e inflamações crônicas: ruídos de atrito. na prenhez adiantada: ruídos cardíacos do(s) coração(ões) do(s) feto(s). posiciona-se atrás do animal, coloca uma das mãos sobre a parede abdominal e, com a outra mão, golpeia, com o dedo médio ou indicador, a parede contralateral. produz uma onda que avança pelo líquido livre na caridade peritoneal e que é percebido com a outra mão. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 41 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet decúbito lateral. preparo cirúrgico da pele (tricotomia e assepsia). realizada na região mesogástrica ventral, próximo à cicatriz umbilical. sempre coletar primeiramente para análise do líquido cavitário. abdominoncentese é a coleta de líquido livre na cavidade abdominal. RX. US. Endoscopia. Termos Semiológicos Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: Adipsia: Ad libitum: Anorexia: Apetite depravado: Azotemia: Constipação: Diarreia: Disfagia: Disquezia: Êmese: Esteatorreia: Halitose: Hematoquezia: Hiporexia ou inapetência: Icterícia: Incontinência fecal: Melena: Normorexia: Normodipsia: Oligodipsia: Polidipsia: Polifagia: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 42 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Regurgitação: Tenesmo: Uremia: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 43 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Semiologia do Sistema Urinário O rim varia entre 2,5 e 3,2 vezes o comprimento da 2ª vértebra lombar no cão e entre 2,5 e 3,0 vezes no gato. Constituído por dois rins, glândulas adrenais, ureteres, bexiga e uretra. local de entrada dos dois ureteres e saída da uretra. O rim direito está mais torácico que o esquerdo. O rim tem como função a filtração, ou seja, faz a retirada das impurezas. Além disso, realiza o controle da pressão e produção de eritropoetina (precursor da hemácia). pacientes com IRC (Insuficiência Renal Crônica) têm que aplicar eritropoetina, o animal estará anêmico por causa do rim. IRA: insuficiência renal aguda. IRC: insuficiência renal crônica. até 75% dos rins filtra o que precisa. – ª Semiologia do Sistema Urinário Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 44 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet CÃO: pênis na região ventral. GATOS: pênis na região perineal. o pênis do felino é nessa região para urinar em jato e alto, dessa forma, marca território. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 45 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 46 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet A fêmea apresenta os ovários abaixo do rim e na vagina tem o óstio uretral para a saída de urina. A micção é uma função reflexa que envolve ação integrada de vias parassimpáticas, simpáticas e somáticas, que se estendem desde o segmento sacral até o córtex cerebral. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 47 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Idade, sexo, espécie. gatos: obstrução uretral, cálculos menores em machos. Analisa a frequência, cor, se sente dor, frequência de água, se tem algum incômodo. URINA: qual o aspecto dessa urina? quantas vezes por dia? está urinando normalmente? na cistite, a urina pode ter uma coloração avermelhadacom hematúria (hemácias na urina), dificuldade em urinar (disúria) ou sem urinar (anúria). é palpável no gato novo. palpável quando está cheia/repleta. cachorros velhos, nos gatos não está desenvolvida. animais que podem ter aumento de próstata: homem, macaco e cão. não palpáveis. hálito urêmico = uremia e creatinina com sinais clínicos. aumento de ureia e creatinina sérica sem sinais clínicos. Itens investigados Aspectos enfocados URINA volume em cada micção, aspecto (coloração, transparência/ turvação, presença de material sólido ou semi-sólido, viscosidade, presença de sangue), Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 48 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet MICÇÃO frequência (número de vezes e intervalo), tipo (postura à micção, sinais de dificuldade, sinais de dor ou desconforto, tenesmo, incontinência) INGESTÃO DE ÁGUA frequência e volume DOENÇA URINÁRIA ANTERIOR histórico completo de doenças do trato urinário (com ou sem conclusão diagnóstica), incluindo tratamento feitos. SINAIS RELACIONADOS A OUTROS ÓRGÃOS detalhamento de informações referentes às manifestações que possam ter relação com as causas ou consequências da afecção urinária em curso. Peso corporal, temperatura, frequência de pulso e respiratória, mucosas (coloração e estado dos vasos), grau de hidratação. Boca (úlceras, alterações da língua, inserção dos dentes, aumento maxilar, hálito urêmico). Exame geral dos demais órgãos e sistemas. Rins Ambos são palpáveis? Tamanho, simetria e posição? Forma, contorno e consistência? Dor? Bexiga Posição? Tamanho, formato, consistência? Cálculos ou massas palpáveis? Espessura da parede? Dor? Próstata Importante em cães! Posição, tamanho, simetria, consistência. Dor? Uretra dos machos Meato urinário. Secreção uretral ou prepucial. Tamanho, forma e consistência das porções palpáveis? Anormalidades periuretrais? Micção Frequência? Disúria? Retenção? Incontinência? Urinálise. Cateterização vesical. Técnicas para diagnóstico por imagem. Provas de função renal. Biopsia. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 49 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Exame realizado de forma normal dando atenção especial para os órgãos do sistema urinário. úlceras cavidade oral + hálito urêmico. uremia: sinais clínicos + aumento dos exames bioquímicos: ureia e creatinina. azotemia: apenas aumento dos bioquímicos. só realizada em gatos devido a maior facilidade. Utilizado mais exames complementares: urinálise. exames bioquímicos (azotemia). RX (contrastado). ultrassom (rim direito mais cranial). biópsia. cultura de urina. Cálculo de oxalato de cálcio dá para verificar com exames complementares. Causa ou origem Doença renal CONGÊNITAS rim policístico; síndrome de Fanconi; displasia renal; glomerulonefrite; nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) INFECCIOSAS nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) na leptospirose. pielonefrite. glomerulonefrite associada à infecção viral. AUTO-IMUNES glomerulonefrite SECUNDÁRIAS A DOENÇAS SISTÊMICAS glomerulonefrite (diabetes melito, lúpus eritematoso sistêmico, peritonite infecciosa felina, leucemia felina, erliquiose, dermatite crônica, brucelose, piometra, leishmaniose, cirrose hepática, dentre outras). nefropatia por pigmentos (hemoglobinúria, mioglobinúria). Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 50 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet DROGAS, AGENTES QUÍMICOS E ISQUEMIA RENAL necrose química ou isquêmica (necrose tubular aguda) nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) OBSTRUÇÃO URETERAL nefropatia obstrutiva hidronefrose PARASITÁRIAS destruição renal por Dioctophyma renale IDIOPÁTICAS glomerulonefrites lipidose glomerular OUTRAS CAUSAS neoplasia renal amiloidose renal nefropatia hipercalcêmica doença renal cística adquirida Difícil palpação exame físico, auxílio exames complementares (raio X contrastado). Palpação Localização, volume, forma, consistência, tensão e sensibilidade. Consegue localizar através da palpação e analisar volume, consistência, sensibilidade e etc. Usa mais a palpação, porém, também pode utilizar a percussão. Percussão dígito-digital Grandes distensões de bexiga, causadas por retenção de urina conteúdo líquido pode ser identificado e delimitado. som maciço. Exames complementares Urinálise (sondagem ou cistocentese), RX, US. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 51 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Curiosidade!! Caninos As cadelas flexionam os membros pélvicos de modo que o períneo fique paralelo ao solo, faltando pouco para tocá-lo. Os cães levantam um dos membros pélvicos e direcionam o jato para um objeto selecionado. Quando filhotes, antes da maturidade sexual, os machos adotam a mesma postura de micção das fêmeas. Os cães adultos, principalmente os machos, podem urinar pequenas quantidades, muitas vezes seguidas, para marcar território. Felinos A postura adotada, tanto pelas fêmeas como pelos machos, é a mesma das cadelas. Os felinos fazem uma pequena cova onde depositam a urina, cobrindo - a após a micção. Machos e fêmeas sexualmente maduros podem ter o hábito (não desejado pelo proprietário) de eliminar urina sob a forma de spray (marcação de território). Primeiro o animal cheira o alvo, então se vira de costas e emite o jato. O alvo é sempre uma superfície vertical de cerca de 20cm acima do solo. 1. ANÚRIA: não faz xixi. 2. DISÚRIA: dificuldade ao urinar. 3. ESTRANGÚRIA: é uma forma de disúria, animal faz pouco xixi e sente dor. 4. MICÇÃO DOLOROSA: forma de disúria. 5. TENESMO VESICAL: forma de disúria. Esforços improdutivos para fazer xixi. 6. INCONTINÊNCIA URINÁRIA. 7. OLIGÚRIA: pouco xixi. 8. POLIÚRIA. 9. NORMOÚRIA: urina normal. 10. ISCÚRIA: não consegue segurar tanto a urina. 11. POLAQUIÚRIA: faz xixi várias vezes, mas em poucas quantidades (alta frequência). 12. CISTOCENTESE: punção da bexiga. 13. HEMATÚRIA: hemácias na urina. 14. HEMOGLOBINÚRIA: hemoglobina na urina. 15. MIOGLOBINÚRIA: mioglobina na urina. 16. GLICOSÚRIA: glicose na urina. É uma dificuldade para urinar, caracteriza-se por sinais de desconforto ou de dor à micção, podendo haver dificuldade para eliminação da urina. De acordo com a causa e intensidade do problema, as manifestações de disúria podem variar tanto quanto ao tipo como quanto à intensidade. Assim, a disúria pode ser classificada como micção dolorosa, estrangúria ou tenesmo vesical. enfermidades dolorosas da bexiga, uretra, vagina ou prepúcio. enfermidade dolorosa de outros órgãos comprimidos pela prensa abdominal durante a micção. peritonite aguda. tumores ou cálculos vesicais. obstruções uretrais. Variações do estado de disúria MICÇÃO DOLOROSA Durante os esforços de micção, o animal apresenta gemidos, desassossego, movimentos de um lado para o Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 52 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet outro, olhares dirigidos para o ventre, agitação da cauda, “sapateado”. ESTRANGÚRIA Caracteriza-se por esforços prolongados, com intervenção enérgica da prensa abdominal, sem eliminação de urina, ou que acabam por produzir eliminação de poucas gotas ou de poucos jatos finos de urina, acompanhados de manifestação de dor (gemidos). TENESMOVESICAL É um esforço constante, prolongado e doloroso para emissão de urina. Nos casos extremos, o animal pode conservar constantemente a postura de micção. Nesse quadro, a vontade de urinar é constante, mesmo que a bexiga contenha volume de urina pequeno ou esteja vazia. Aumento do volume de urina produzida em 24 horas. Neste caso, o paciente apresentará aumento da frequência de micções e o volume a cada micção será normal ou acima do usual. A urina terá coloração bem clara, mas a densidade irá variar de acordo com a causa da poliúria. De modo geral, o paciente poliúrico apresenta polidipsia compensatória (diferenciar de polaquiúria). insuficiência renal crônica. pielonefrite. diabetes, distúrbios adrenocorticais e outros endocrinometabólicos. piometra. insuficiência hepática. polidipsia psicogênica, encefalopatias, dor (a poliúria é compensatória ou secundária). uso de diuréticos. resposta fisiológica à ingestão excessiva de água (a poliúria é compensatória). Diminuição do volume de urina produzida em 24 horas. A densidade e a coloração da urina variam de acordo com a causa (diferenciar de oligosúria). doença renal grave (densidade e coloração da urina variam de acordo com o tipo de doença renal). desidratação (a urina terá densidade alta e coloração mais intensa). distúrbios nervosos com transtorno da sede (a urina terá densidade alta e coloração mais intensa). resposta fisiológica à privação de água (a urina terá densidade alta e coloração mais intensa). febre. Ausência de produção de urina ou produção de volume desprezível (diferenciar de iscúria). doença renal aguda grave ou fase terminal de insuficiência renal crônica. desidratação grave. hipovolemia aguda. hipotensão arterial sistêmica grave. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 53 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Micção anormalmente frequente (o animal urina muitas vezes por dia), diferenciar de poliúria. aumento da produção de urina, neste caso, o volume a cada micção será normal. inflamação da bexiga (meningite, raiva, neurites), neste caso, o volume a cada micção será pequeno ou muito pequeno. Micção rara em razão da diminuição da produção de urina (diferenciar de oligúria). doença renal. desidratação, privação de água ou transtornos da sede. Retenção de urina. Falta persistente de eliminação apropriada de urina, apesar da bexiga encontrar-se cheia e de poder haver tentativas e esforço a micção. A iscúria pode ser completa, incompleta (eliminação de gotas de urina) ou paradoxal (pode haver eliminação de urina se for exercida pressão externa sobre a bexiga), diferenciar de anúria. obstrução uretral (cálculos, tumores, inflamações graves, estenoses, tampões uretrais). dissinergia reflexa. paresia do detrusor. Reflete perda total ou parcial da capacidade de conter (armazenar) a urina que é, então, eliminada sem a postura normal de micção. A urina pode sair em gotas, em jorros breves ou escorrer constantemente. Em muitos casos, o paciente apresenta incontinência urinária, mas, também, tem micções normais ao longo do dia. comprometimento nervoso (medula sacra ou suas vias aferentes e/ou eferentes). distúrbios hormonais em cadelas castradas. inflamação crônica grave da bexiga (pode coexistir micção normal). noctúria (a urina é eliminada enquanto o animal dorme) em razão da poliúria ou da infecção vesical. ureter ectópico (se for unilateral, também existirá micção normal). fístula vesicovaginal (pode coexistir micção normal). fístula vesicoumbilical (persistência de uraco). micção imprópria, causada por submissão (comum em cães). Micção espontânea, cateterismo vesical ou cistocentese (pode ser guiado por US). Urina sempre deve ser acondicionada em recipiente estéril, livre de resíduos químicos – frasco fechado e refrigerado (até 2 horas). Cateterismo uretral SONDA URETRAL (FÊMEA) Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 54 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet SONDA URETRAL (MACHO) Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 55 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet SONDAGEM FELINO – SONA TOM CAT DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR FELINO (DTUIF) Cistocentese Cistocentese ventral: animal imobilizado, a vesícula urinária deve ser palpada e a área limpa com álcool. Pode ser necessário remover o excesso de pelo. A agulha deve ser inserida em um ângulo de 45º sobre a linha média em cadelas, gatos e gatas e lateral ao prepúcio em cães. Recomenda-se o uso de agulha 22G. Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 56 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet GUIADO POR ULTRASSOM Urinálise – fita para exame Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 57 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Termos Semiológicos Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: Anúria: Azotemia: Cistocentese: Disúria: Estrangúria: Glicosúria: Hematúria: Hemoglobinúria: Incontinência urinária: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 58 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Iscúria: Mioglobinúria: Normoúria: Oligúria: Polaquiúria: Poliúria: Uremia: Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 59 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet Semiologia do Sistema Reprodutor Composto por ovários, tuba uterina (ambos envoltos pela bursa ovariana, envolta de gordura, que é uma fonte de energia para manter o ovário ativo), cornos uterinos, cérvix, vagina, meato urinário (desemboca a uretra) e vulva. HISTÓRICO CLÍNICO: completo. Geral Idade. Estado geral. Alimentação. Vacinação. Específico Detalhes do ciclo estral: idade. 1º cio. inteira/castrada (idade). intervalo interestral (IEE). duração de cada fase do ciclo estral. coberturas anteriores. aceitação ou rejeição ao macho. nulípara/uma cria ou mais. gestações anteriores (número de filhotes, complicações). abortos. uso de anticoncepcionais e abortivos. apresenta pseudogestação. nódulos mamários. Inspeção da vulva. Palpação digital da vagina. Palpação abdominal (útero). Inspeção e palpação das glândulas mamárias. É castrada? caso não seja, perguntar quando oi o último cio, a duração, se é nulípara, se aceita cobertura, se já apresentou pseudociese e nódulos mamários. Semiologia do Sistema Reprodutor Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52 Página 60 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 1. NULÍPARA: nenhuma cria. 2. PRIMÍPARA: uma cria. 3. MULTÍPARA: mais de uma cria. 4. PSEUDOCIESE: gestação psicológica. 5. CICLO ESTRAL: proestro: começa a sangrar, inicia-se a ação do estrogênio (média de 9 dias). estro: é o cio propriamente dito, fêmea receptiva a monta (média de 9 dias), presença do estrogênio. diestro: gestação, todo diestro a cadela acha que está gestando. anestro: ausência de hormônios, fase de quiescência. 6. PIOMETRA: pus no interior do útero. 7. HIDROMETRA: acúmulo