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SemiologiaSemiologia
Maria Eduarda Cabral
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Quem sou eu?Quem sou eu?
Oi gente! Tudo bem com vocês?Oi gente! Tudo bem com vocês? 
Essa apostila de Semiologia de Animais de CompanhiaEssa apostila de Semiologia de Animais de Companhia
foi criada por mim, Maria Eduarda Cabral, com ofoi criada por mim, Maria Eduarda Cabral, com o
intuito de auxiliar vocês durante a sua jornadaintuito de auxiliar vocês durante a sua jornada
acadêmica.acadêmica.
Também sou a criadora do instagram @apostilavet queTambém sou a criadora do instagram @apostilavet que
possui diversas apostilas e resumos com base naspossui diversas apostilas e resumos com base nas
disciplinas da graduação.disciplinas da graduação.
Eu espero que você goste desse material, que ele teEu espero que você goste desse material, que ele te
acompanhe em diversos momentos da sua vidaacompanhe em diversos momentos da sua vida
acadêmica e profissional.acadêmica e profissional. 
Muito obrigada por ter adquirido e confiado no meuMuito obrigada por ter adquirido e confiado no meu
trabalho.trabalho. 
@apostilavet@apostilavet
PROIBIDO O COMPARTILHAMENTO SEM A
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DESSE MATERIAL
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
nome:
SumárioSumário
Exame Clínico e Contenção de Animais de Companhia p.1
Sistema Circulatório de Animais de Companhia p.12
Sistema Respiratório de Animais de Companhia p.22
Sistema Digestório de Animais de Companhia p.29
Semiologia do Sistema Urinário p.43
Semiologia do Sistema Reprodutor p.59
Semiologia Dermatológica p.66
Semiologia do Sistema Locomotor p.80
Semiologia do Sistema Neurológico p.86
Semiologia Oftálmica p.96
Semiologia do Conduto Auditivo p.103
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Página 1 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
Exame Clínico e Contenção de Animais de 
Companhia 
 A Semiologia é uma ciência que representa o estudo 
dos sinais, ou sintomas. 
 Aplicado à Medicina Veterinária, é a arte de habilidades 
investigatórias, por meio de análises diversas, com o 
intuito de se chegar aos mais variados diagnósticos. 
É 50% do diagnóstico. A primeira coisa a se 
fazer quando pega um animal é a resenha. 
ESPÉCIE. 
RAÇA. 
IDADE. 
SEXO. 
PESO. 
 Depois é realizado a anamnese, que são as perguntas, é 
50% do diagnóstico. 
 aferir a temperatura, frequência 
cardíaca e respiratória, TPC (tempo de preenchimento 
capilar), linfonodos... 
 patologia clínica e 
diagnóstico por imagem (RX e ultrassom). 
 Isso tudo é feito para chegar a um diagnóstico e fazer 
um tratamento. 
 : semiotécnica. 
 : 
clínica propedêutica. 
 : verbaliza o que sente. 
 : dado notado pelo examinador (inspeção, 
auscultação, percussão). 
 Os animais apresentam sinais, sintoma é o que 
verbaliza. 
 
 
1. exemplo é a dor em local de fratura no fêmur, 
o sinal é . 
2. é , por exemplo, neoplasia mamária 
com metástase pulmonar. 
3. um exemplo é a convulsão, sendo uma 
possível alteração neurológica. 
4. é algo , 
por exemplo, movimento de gaveta positivo em casos de 
ruptura de ligamento cruzado cranial. 
1. primeiros sinais observados. 
2. aparecem períodos de estabilização. 
3. após recuperação do animal. 
 sequela. 
1. alteração da forma do órgão. 
 ex.: esplenomegalia. 
2. alteração da função do órgão. 
 ex.: claudicação. 
3. consequência do principal sinal. 
 ex.: icterícia hepática/hepatite. 
Exame Clínico e Contenção de Animais de 
Companhia 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Página 2 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 É um conjunto de sinais clínicos, de múltiplas 
causas e que afetam diversos sistemas. 
 Um exemplo é a síndrome da dilatação vólvulo gástrica. 
SÍNDROME DA DILATAÇÃO VÓLVULO 
GÁSTRICO! 
No momento que o cachorro de raça grande come tudo 
e logo após começa a brincar, pulando e correndo, o 
estômago vira um pêndulo e pode ocasionar uma torção 
(vira em 360°), essa torção tem como principal fator de 
risco a oclusão da veia cava, bloqueando o fluxo 
sanguíneo, esse quadro leva a hipóxia. 
1. como por 
exemplo, hemoparasitose (doença do carrapato). 
 faz um exame de sangue (no caso, hemograma) e 
depois PCR, é quando faz um exame e fecha o 
diagnóstico. 
 ex. pneumonia, tétano, raiva e etc. 
2. não sabe o que o animal 
tem, mas acredita-se que o animal tenha uma 
determinada doença e começa o tratamento, 
realiza-se procedimento medicamentoso e tem o 
resultado. 
3. alterações anatômicas 
encontradas em exame macroscópico. 
 ex.: fratura do fêmur. 
4. tétano – Clostridium tetani. 
 ex.: botulismo pois o sinal é característico. 
5. lesões 
microscópicas. 
6. 
7. quando 
você acha que é uma doença, mas o diagnóstico 
laboratorial não mostra isso.
%
%
. 
1. Não seja demasiadamente sagaz. 
2. Não tenha pressa. 
3. Não tenha predileções. 
4. Não diagnostique raridades. Pense nas hipóteses mais 
simples. 
5. Não tome um rótulo por diagnóstico. 
6. Não seja parcial. 
7. Não seja demasiadamente seguro de si. 
8. Não hesite em rever seu diagnóstico, de tempo em 
tempo em casos crônicos. 
 O prognóstico, encontra-se entre o diagnóstico e o 
tratamento, prevê a evolução da doença e suas 
prováveis consequências. 
 Deve-se orientar o tutor sobre o prognóstico dos 
tratamentos que podem ser realizados. 
 
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Página 3 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 meio que combate a causa da doença. 
 ex.: hipocalcemia que realiza a administração de 
cálcio. 
 combater apenas os sinais (anorexia: 
orexigênicos, vitaminas) ou abrandar o sofrimento do 
animal (analgésicos, antipiréticos). 
 modificar o mecanismo de 
desenvolvimento da doença no organismo. 
 tétano: usa-se soro antitetânico antes que as 
toxinas atinjam os neurônios. 
 evitar o aparecimento de complicações que 
possam fazer o animal correr risco de morte. 
 transfusão sanguínea em pacientes com anemia 
grave. 
1. nome, espécie, raça, sexo, 
idade, pelagem, tutor. 
2. estado geral, comportamento, 
atitude, fascies. Analisar se é uma emergência ou 
urgência, ter olhar certeiro nessas horas. 
 emergência: circunstância que exige uma 
intervenção médica de imediato. 
 urgência: caráter menos imediatista. 
3. perguntas simples e 
objetivas, porém sempre sendo paciente, realizar 
perguntas do passado e atuais. 
 perguntas: simples para o tutor entender. 
 respostas: na ficha tudo em termo semiológico. 
 ser simpático para gerar uma confiança! 
O que o senhor costuma dar para o Bob comer? Ração 
fechada ou aquelas que pega por Kg? Deixa o dia todo 
a ração a vontade? E algum petisco? Carne? Restos de 
comida? Nem quando tem um churrasquinho em casa? 
A água o senhor costuma deixar em pote? Troca de vez 
em quando? 
4. 
 inspeção: direta e indireta. 
 palpação: propriamente dita, por pressão, tato e 
indireta. 
 analisa a consistência, se está dura, firme 
(resistência), pastosa (sinal de Godet), flutuante 
(líquido), crepitante (ar). 
 percussão: direta e indireta. 
 analisa a presença de sons timpânicos (alta 
intensidade, sugestivo de gases), maciço (pouca 
intensidade, presença de órgãos na região), claro 
(intensidade média), submaciço, metálico (órgão 
cavitário distendido). 
 auscultação: direta ou indireta (ruídos aéreos, 
ruídos líquidos, sólidos e crepitantes – esfregar 
cabelo com cabelo). 
 olfação: não faça diretamente -> concha coma 
mão, uso de swab. 
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Página 4 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 colheita de 
material de vários órgãos ou cavidade. 
 exame citológico, bacteriológico e físico. 
 colheita de pequenos fragmentos de tecido 
animal vivo – exames histopatológicos ou amostra 
celulares do tecido – citológico. 
 sangue, urina, fezes, líquor... 
 suspeita de doenças 
infectocontagiosas. 
 como por exemplo, teste de tuberculina. 
 
 
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Espécie Idade Temperatura retal 
CÃES jovens/adultos 
+38,5 
37,5 a 39,2 
GATOS 37,8 a 39,2 
EQUINOS 
jovens 
adultos 
37,2 a 38,9 
37,5 a 38,5 
BOVINOS 
jovens 
adultos 
38,5 a 39,5 
37,8 a 39,2 
CAPRINOS 
jovens 
adultos 
38,8 a 40,2 
38,6 a 40 
OVINOS 
jovens 
adultos 
39 a 40 
38,5 a 40 
 
 variação nictemeral (circadiana). 
 ingestão de alimentos. 
 ingestão de água fria. 
 idade (mais jovens > Tº). 
 sexo. 
 gestação. 
 estado nutricional. 
 tosquia. 
 esforços físicos. 
 
 
 alterações não inflamatórias – retenção 
calor, esforço. 
 resposta benéfica da produção de 
anticorpos, porém pode causar desidratação, perda 
eletrólitos, depleção glicogênio. 
Febre 
A febre é uma síndrome! 
 Congestão de mucosas, focinho seco, taquicardia, sopro 
(passagem rápida do sangue), taquipneia, dispneia (acima 
41º), polidipsia, oligúria, animal deprimido (sono), hiporexia. 
 febre séptica: relacionada a processo infeccioso. 
 febre asséptica: queimaduras, traumas, medicação, 
vacinação, processos alérgicos. 
 febre neurogênica: convulsão. 
 
 
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Página 6 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
Espécie/adulto Batimentos cardíacos (bpm)/min 
CÃES 60 – 160 
GATOS 120 – 240 
EQUINOS 28 – 40 
BOVINOS 60 – 80 
CAPRINOS 95 – 120 
OVINOS 90 – 115 
 FC: 60 – 160 bpm. 
 
 
 FR: 18 – 36 mpm. 
 
Espécie/adulto Movimentos respiratórios/min 
CÃES 18 – 36 
GATOS 20 – 40 
EQUINOS 8 – 16 
BOVINOS 10 - 30 
CAPRINOS 20 - 30 
OVINOS 20 – 30 
–
Reflete o estado circulatório do animal 
 Nota-se o tempo que demora para a palidez 
provocada pela impressão digital na mucosa volte a cor 
antes da compressão. 
 normal: 1 – 2 segundos. 
 desidratado: 2 – 4 segundos. 
 muito desidratado: > 5 segundos. 
 MAIOR TEMPO DE TPC: desidratação ou 
vasoconstrição periférica, associada a baixo débito 
cardíaco (volume de sangue bombeado pelo coração em 
um minuto). 
 
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Página 7 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 elasticidade da pele discreta 
ou sem alteração, enoftalmia (retração do globo ocular) 
ausente ou muito discreta, estado geral sem alteração 
ou livremente alterado, apetite preservado/sucção 
geralmente presente, animal alerta e em posição 
quadrupedal. 
 elasticidade da pele (2 a 4 
segundos), enoftalmia leve e animal ainda alerta. 
 elasticidade da pele (6 
a 10 segundos), enoftalmia evidente, reflexos 
palpebrais, temperatura das extremidades dos 
membros, de orelhas e focinho. Mucosas secas, 
mantém-se em posição quadrupedal e/ou decúbito 
esternal. Apatia de intensidade variável. 
 marcante da elasticidade da 
pele (>10 segundos), enoftalmia intensa. Extremidades, 
orelhas e focinhos frios, tônus muscular ou ausentes, 
mucosas ressecadas, reflexos muito o;u ausentes, 
decúbito lateral e apatia intensa. 
 possível óbito. 
 
 Mucosa oral, ocular, nasal, vaginal, prepucial. 
Avaliar o brilho e umidade das mucosas, tempo de 
preenchimento capilar (TPC). 
 rosadas. 
 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
 septicemia. 
 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
 
 distúrbio da hematose. 
 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
 retenção de bilirrubina nos tecidos, quebra 
(hemólise). 
 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
 hipocoradas. 
 anemia, hemorragia. 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
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Página 8 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
Pálida 
 esbranquiçada. 
 anemia. 
 ectoparasitas e endoparasitas, 
hemorragias/choque hipovolêmico. 
 aplasia medular. 
 insuficiência renal. 
 falência circular periférica. 
Congesta ou hiperêmica (febre) 
 avermelhada. 
 permeabilidade vascular. 
 inflamação e/ou infecção local, 
septicemia/bacteremia. 
 congestão pulmonar. 
 endocardite. 
 pericardite traumática. 
Cianótica 
 azulada. 
 transtorno na hematose. 
 anafilaxia, obstrução das vias 
respiratórias e edema pulmonar. 
 insuficiência cardíaca congestiva. 
 pneumopatias. 
 exposição ao frio. 
Ictéricas 
 amarelada. 
 hiperbilirrubina. 
 estase biliar (obstrução), anemia 
hemolítica imune. 
 isoeritrólise neonatal. 
 anemia hemolítica microangiopática (babesiose, 
anaplasmose e hemobartonelose). 
 hepatite tóxica e/ou infecciosa. 
 
 
 animal normal, ativo. 
 animal consciente, porém inativo. 
 estado no qual o paciente não está 
despertável estando também irresponsivo. 
 estado de não responsividade, do qual o 
paciente só pode ser despertado rapidamente por meio 
de estímulo vigoroso e repetido. 
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Página 9 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 
 Sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os 
líquidos podem fluir dos espaços intersticiais para o 
sangue. 
 Com exceção de alguns tecidos (partes superficiais da 
pele, sistema nervoso central, partes mais profundas 
dos nervos periféricos e ossos), quase todos os tecidos 
corporais possuem canais linfáticos que drenam o 
excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais. 
 O exame do sistema linfático (vasos linfáticos e 
linfonodos) é importante por participar dos processos 
patológicos que ocorrem nas áreas ou regiões por eles 
drenadas. 
 A DILATAÇÃO ou HIPERTROFIA ANORMAL 
dos linfonodos ocorre na maioria dos processos 
infecciosos e inflamatórios. 
 Deve-se avaliar o tamanho, consistência, 
sensibilidade, mobilidade e a temperatura 
de todos os linfonodos examináveis e sempre 
bilateralmente. 
 submandibulares, pré-escapulares 
(cervicais) e poplíteos superficiais. inguinais superficiais 
em cães machos. 
 
1. 
2. 
3. 
4. 
 
 Proteger o examinador, o auxiliar e o animal. 
 Facilitar o exame físico. 
 Evitar fugas e acidentes. 
 Permitir realização de procedimentos. 
 
 Sempre desconfiar do comportamento do animal. 
 Não manipular o animal antes da observação geral do 
animal e padrão respiratório. 
 Sempre tentar a socialização com o animal. 
 Evitar movimentos bruscos e violentos. 
 
 Comportamento do animal. 
 Método de abordagem do veterinário. 
 Ambiente. 
 Desconforto causado pelos procedimentos realizados. 
 
 Mordaças 
 Focinheiras. 
 Colar elisabetano. 
 Cambão. 
 
 
 
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Página 10 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 
 Panos. 
 Luvas. 
 Botinhas de esparadrapo. 
Mordaça 
 
Imagem: Internet 
Contra indicação 
 Impede o exame da cavidade oral. 
 Deve ser retirada em caso de dificuldade respiratória, 
cianose ou vômito. 
 
 um braço sob o pescoço e um sob o 
abdome. 
 prenda os membros pélvicos e 
torácicos com as mãos, colocando o dedo indicador entre 
os membros. 
 prenda o cabeça do animal com o antebraço. 
 
Fonte: Prof.ª Fabiane Sabino. 
 
 Mais ágeis. 
 Pequenos. 
 Se defendem com unhas e dentes.Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Página 11 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 Territoriais – cuidado com o estresse nesses 
animais. 
 Ambiente fechado para evitar fugas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Página 12 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
Sistema Circulatório de Animais de 
Companhia 
 As câmaras cardíacas são: 
1. Átrio direito. 
2. Átrio esquerdo. 
3. Ventrículo direito. 
4. Ventrículo esquerdo. 
 O coração possui a função de bombear o 
sangue, pois as células precisam de oxigênio, com isso, 
o sangue oxigenado é o responsável por encaminhar 
esse oxigênio para as células e o sangue desoxigenado é 
enviado para o pulmão para que ocorra o processo de 
hematose (trocas gasosas). 
 O sangue entra no coração pela veia cava, sendo um 
sangue desoxigenado que chega ao ÁTRIO 
DIREITO, a partir do momento que esse sangue está 
entrando no átrio direito, a valva tricúspide está 
fechada, preenchendo esse átrio a valva tricúspide se 
abre para a passagem do sangue para o ventrículo, para 
que ocorra essa passagem além da abertura da valva 
tricúspide, o átrio direito tem que sofrer uma sístole 
(contração) e o ventrículo direito uma diástole 
(relaxamento). 
 O sangue passando para o VENTRÍCULO 
DIREITO irá preenchê-lo e após isso, o ventrículo 
sofrerá uma sístole para ejetar esse sangue para as 
artérias pulmonares que o encaminhará para o 
PULMÃO, esse sangue que a artéria pulmonar está 
carregando é um sangue desoxigenado/venoso (com 
baixa concentração de oxigênio). 
 Chegando ao pulmão, esse sangue sofrerá uma 
hematose, ou seja, será oxigenado. 
 Esse sangue venoso sai do pulmão como sangue 
arterial/oxigenado e é carregado pelas veias 
pulmonares e desemboca no ÁTRIO 
ESQUERDO. 
Sistema Circulatório de Animais de 
Companhia 
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Página 13 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 O átrio sofrerá uma diástole para o sangue preencher 
a câmara e nesse momento a valva bicúspide ou 
mitral está fechada, quando esse sangue preencher 
toda a câmara, a valva mitral irá se abrir possibilitando 
a passagem desse sangue oxigenado para o 
VENTRÍCULO ESQUERDO, lembrando que, esse 
ventrículo irá sofrer uma diástole para receber esse 
sangue e o átrio esquerdo uma sístole para realizar a 
passagem do mesmo. 
 Após preencher o ventrículo esquerdo, esse sangue 
será ejetado para a artéria aorta que leva esse 
sangue para todo o corpo animal. 
 A câmara que possui a função de encaminhar o sangue 
oxigenado para todo o organismo animal é o ventrículo 
esquerdo. 
 Se a valva sofrer, por exemplo, uma endocartiose 
e esse sangue voltar, ou seja, sofrer esse refluxo, no 
momento da auscultação iremos presenciar um sopro 
cardíaco. 
 Se for uma ICC que está acometendo o lado direito 
do coração, então, esse sangue está voltando 
para o átrio direito ou para a veia cava, 
com isso, esse sangue que está sofrendo esse refluxo 
começa a voltar para o corpo, então, começa a 
apresentar como sinais clínicos: 
 ascite. 
 hepatomegalia. 
 edema de membros. 
 esplenomegalia... 
 Se está acometendo o lado esquerdo do 
coração, esse sangue voltará para o 
pulmão. 
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Página 14 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 a partir do momento que esse sangue volta para o 
pulmão, esses vasos sanguíneos pulmonares estarão 
hipertensos, ou seja, aumenta a pressão sanguínea 
nesses vasos pois o volume sanguíneo é maior, já que 
temos sangue voltando para o pulmão invés de ser 
ejetado para o corpo. 
 com essa hipertensão, o líquido plasmático começa a 
extravasar para o pulmão, resultando no edema 
pulmonar. 
 CACHORROS PEQUENOS: um exemplo são os 
poodles, sendo comum esses cachorros terem 
alteração na valva mitral/bicúspide, sendo uma 
insuficiência cardíaca congestiva 
esquerda, com base nisso, sabemos que esse animal 
apresentará edema pulmonar. 
 CACHORROS GRANDES: comum apresentarem 
insuficiência cardíaca congestiva direita, 
os sinais apresentados são ascite, hepatomegalia, 
edema de membros, esplenomegalia e etc. 
 terapêutica comumente 
empregada são os diuréticos. 
EDEMA PULMONAR = diuréticos! 
 SEMPRE identificar anormalidades, por isso sempre 
realizar o exame físico e a anamnese completa. 
INSPEÇÃO 
PALPAÇÃO 
PERCUSSÃO 
AUSCULTAÇÃO 
 Segundo o cardiologista americano Dr. Robert Halim: 
 85% das alterações cardíacas podem ser 
diagnosticadas com um exame físico adequado e boa 
experiência. 
 15% restantes e gravidade das doenças: 
 exames complementares: ECG 
(eletrocardiograma), RX torácico, 
Ecocardiografia, Holter...). 
 ECG: cada onda significa uma parte do coração, 
informa o que está acontecendo. 
 ENDOCARDIOGRAMA: ultrassom do coração. 
 HOLTER: grava por 24 horas todo o 
eletrocardiograma. 
 A resenha pode sim trazer informações importantes, 
como: 
1. endocardiose (degeneração mixomatosa) de 
mitral é mais comum em cães, enquanto miocardiopatia 
hipertrófica é mais comum em gatos. 
 cardiomiopatia hipertrófica: o músculo do 
coração fica maior, acontece nos casos de gatos 
que comem ração de cão. 
2. sopro em um filhote (cardiopatia congênita), 
enquanto em um animal mais velho (cardiopatia adquirida). 
 mais comum em cão idoso pela degeneração 
mixomatosa. 
3. poucos relatos estatísticos. 
4. 
 persistência do ducto arterioso é comum em 
cães da raça poodle, collies; 
 cardiomiopatia arritmogênica do boxer. 
 miocardiopatia dilatada em cães de raças 
grandes. 
 degeneração mixomatosa de válvula mitral 
comum em raças pequenas. 
5. região que vive, viagem. 
 dirofilariose: é o verme do coração, passa por 
picada de mosquito, presente principalmente no 
litoral. 
 doença de Chagas. 
 
Licenciado para Vitória Paiva de Souza, CPF: 469.986.818-52
Página 15 de 107 Maria Eduarda Cabral @apostilavet 
 
 Do lado esquerdo, teremos separando o átrio esquerdo 
do ventrículo esquerdo a valva bicúspide ou 
mitral. 
 na insuficiência cardíaca congestiva, teremos esse 
animal com edema pulmonar. 
 esse sangue que está sofrendo um refluxo e indo 
para a veia pulmonar, está aumentando a pressão 
deixando esse vaso hipertenso, esse aumento da 
pressão faz com que o plasma (líquido, parte que 
não possui os elementos figurativos, como hemácias 
e células de defesa – leucócitos) extravase para o 
pulmão. 
 esses casos de refluxo, auscultaremos o sopro 
cardíaco, que é o som do refluxo sanguíneo. 
 o cão chega dispneico, ou seja, com dificuldade 
respiratória. 
 as raças pequenas estão mais predispostas, como 
poodle. 
 Na insuficiência cardíaca direita, é mais 
comum em raças grandes e esse sangue voltará para a 
veia cava, tornando-o um sangue hipertenso e 
aumentando a pressão nos órgãos abdominais, isso gera 
condições como hepatomegalia, ascite, edema de 
membros, esplenomegalia e etc. 
 ICCE: sangue volta para os pulmões (edema pulmonar). 
 ICCD: sangue volta para abdome (efusões - ascite, 
hepato/esplenomegalia). 
 Animal apresenta tosse? – Se sim, em algum momento 
do dia? Após caminhar? Tosse seca ou produtiva? Há 
corrimento nasal? 
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 a tosse é um reflexo de quando o coração está tão 
grande e encosta no brônquio, fazendo o animal 
tossir. 
 Animal apresenta cansaço fácil após caminhar ou 
exercícios? Reluta ao caminhar? Já notouse a língua 
ficou roxa? 
 cansaço fácil pois o coração não está conseguindo 
bombear o sangue direito. 
 Animal já apresentou desmaio? Se sim, como foi? Teve 
algum episódio anterior? 
 se o coração não está conseguindo bombear o 
sangue direito, consequentemente, teremos uma 
redução de oxigênio circulante, faltando oxigênio no 
cérebro e esse animal desmaia. 
 Notou ruído ao respirar? Tem dificuldade para respirar? 
 Taquipneia (aumento da frequência respiratória) 
geralmente precede a dispneia (dificuldade 
respiratória). 
 dispneico também é taquipneico. 
F.R. DO CÃO EM REPOUSO: menor 30 mpm. 
 A taquipneia é o aumento da frequência 
respiratória. 
 não necessariamente esse animal está com dispneia, 
mas um animal dispneico tem taquipneia. 
 congestão, 
edema pulmonar, além disso, pode observar também 
cianose. 
 se tem edema pulmonar esse animal estará 
taquipneico. 
1. DISPNEIA: 
a) inspiratória: alterações vias aéreas superiores. 
 o animal não consegue puxar o ar, tem um ruído e o 
problema é na via aérea superior. 
 
b) expiratória: doenças pulmonares, bronquiais ou 
alveolares, edema pulmonar por ICCE. 
 dificuldade em expulsar o ar. 
 
c) ICC com efusão pleural concomitante, 
broncopneumonia, edema pulmonar. 
 dificuldade em inspirar e em expulsar esse ar. 
 O pug faz barulho para respirar pois é braquicefálico, 
apresenta uma dispneia inspiratória. 
 Troca de oxigênio: no edema pulmonar, o sangue 
volta para o pulmão e causa uma hipertensão, isso faz 
com que o plasma seja extravasado, através disso, não 
consegue fazer a hematose, sendo uma dispneia 
expiratória. 
 acomete os alvéolos pulmonares. 
 quando tem um edema pulmonar ausculta um ruído 
no pulmão. 
2. POSIÇÃO ORTOPNÉICA: animal sentado, com 
membros torácicos estendidos, cabeça esticada com 
narinas dilatadas – face de angústia. 
 cabeça alta, boca aberta e membros afastados. 
 
3. TOSSE: ato reflexo por estimulação da faringe, 
traqueia, brônquio, bronquíolos, pleura, pericárdio e 
diafragma. 
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 exemplo: compressão do brônquio principal 
esquerdo por degeneração mixomatosa da valva 
mitral, aumento pressão venosa pulmonar por ICCE. 
 tosse cardíaca: seca e ruidosa, após exercícios, 
tutores relatam que ela se torna mais intensa 
durante a noite, sendo que a tosse cardíaca é 
crônica. 
 em poucos casos a tosse em felinos é sinal de doença 
cardíaca. 
 
Imagem: FEITOSA, 2014. 
O músculo do coração trabalha mais para mandar o 
oxigênio para o corpo, pois o sangue está voltando, para 
compensar, o coração bate mais forte causando uma 
HIPERTROFIA, podendo dessa forma, tocar em uma 
árvore brônquica do pulmão. 
 tosse produtiva: brônquios? pneumonia? A tosse 
produtiva é sugestiva de uma infecção, como 
pneumonia. 
4. ASCITE: acúmulo de líquido no abdome. 
 ICCD (congênitas, adquiridas) ou secundária a efusões 
ou tamponamento cardíaco (aumento pressão 
intrapericárdica). 
 causa cardíaca: acúmulo lento e crônico. 
 pacientes com ascite: taquipneia e dispneia. 
 realizar abdominocentese e análise do líquido 
ascítico. 
 
Imagem: FEITOSA, 2014 
5. SÍNCOPE: perda súbita ou transitória da consciência 
e tônus postural, baixo fornecimento de oxigênio ao 
cérebro. 
 é um desmaio pela falta de oxigênio. 
 suas causas, são: 
a) congênita (estenose subaórtica, pulmonar, 
tetralogia de Fallot), adquirida (doença mixomatosa da 
mitral, arritmias (bradiarritmias ou taquiarritmias). 
b) colapso de traqueia, distúrbios 
neurológicos, hipoglicemia, anemia, hemorragia, síncope 
vasovagal, transtornos metabólicos. 
6. EMAGRECIMENTO PROGRESSIVO: 
cardiopatas crônicos – alterações metabólicas com 
aumento do catabolismo. 
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tosse, dispneia, síncope, ascite, perda de peso. 
1. 
 postura (ortopneica), padrão respiratório 
(se está dispneico ou não). 
 verificar se necessita de algum auxílio, por exemplo, 
oxigenioterapia. 
2. 
 cabeça => pescoço => tórax => abdome. 
a) cabeça: simetria. 
 narinas: secreção, umidade. 
 mucosa ocular: coloração (normocoradas/pálidas/ 
hipocoradas/ictéricas/congestas/cianóticas). 
 mucosa oral: coloração e TPC (tempo de 
preenchimento capilar – 2 segundos). 
 linfonodos submandibulares: tamanho, simetria, 
sensibilidade. 
b) pescoço: inspeção de aumento de volume, pulso jugular, 
reflexo de tosse (leve pressão na traqueia), linfonodos 
pré escapulares (tamanho, simetria, sensibilidade). 
c) tórax: auscultação cardíaca. 
 1º PASSO: estetoscópio, ambiente tranquilo e sem 
ruídos (conversas). 
 2º PASSO: localização do choque precordial 
cardíaco do lado esquerdo do tórax. 
 ponto de máxima intensidade cardíaca, sendo o 
ponto de ausculta do foco valvar mitral.. 
 A localização do choque precordial 
cardíaco é no lado esquerdo do tórax, próximo ao 
coração coloca dois dedos em cima e analisa onde o 
coração pulsa mais forte, sendo o local do choque 
precordial cardíaco, ou seja, é o local da valva mitral. 
 O choque precordial cardíaco sentimos ao toque a valva 
mitral. 
 PAM 345: o cachorro possui treze costelas, o 
espaço entre essas costelas é denominado de espaço 
intercostal. 
 a última costela é a 13ª e é a mais fácil de ser 
encontrada, após encontra-la, começa a subir e ir 
contando as costelas. 
 no 5º espaço intercostal está localizada a valva 
mitral, no 4º o foco aórtico e no 3º o foco pulmonar, 
sendo assim, no 4º a valva aórtica e no 3º a valva 
pulmonar. 
 A valva tricúspide está do lado direito, no quarto espaço 
intercostal direito. 
 
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 As bulhas cardíacas são o fechamento das 
valvas, quando fecha a mitral e a tricúspide são as 
bulhas cardíacas. 
 B1 ou S1 “TUM”: fechamento das valvas 
atrioventriculares mitral e tricúspide. 
 B2 ou S2 “TÁ”: fechamento das valvas semilunares 
aórticas e pulmonares. 
 
 S3 e S4: baixa frequência, difícil auscultação em 
pequenos animais, é o preenchimento ventricular 
anormal. 
 “som de galope”, ausculta em equinos. 
 
 O sangue do átrio direito e átrio esquerdo passam 
juntos, as valvas consequentemente, fecham juntas 
(mitral e tricúspide), as bulhas cardíacas desse 
fechamento auscultamos como “TUM”. 
 O “TÁ” é o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. 
O “TUM” e o “TÁ” são durante a sístole. 
 
 É a turbulência durante o ciclo cardíaco. 
 É um refluxo sanguíneo, o sopro anêmico é quando o 
sangue está tão fino que sofre uma turbulação quando 
ocorre a sua passagem. 
 Temos seis graus de sopro cardíaco: 
 GRAU I: sopro suave, detectado após longo período 
de auscultação. 
 GRAU II: sopro suave, auscultado em foco valvar 
(PAM 345). 
 GRAU III: sopro intensidade leve a moderada. 
 GRAU IV: sopro intensidade moderada a grave. 
 GRAU V: sopro claro à ausculta, com frêmito 
palpável, enquanto ausculta você sente o sopro na 
mão em cima do foco valvar. 
 GRAU VI: sopro grave, com frémito detectável e 
auscultado mesmo com estetoscópio afastado do 
tórax. 
O sopro não é doença, o sopro é um sinal, é um som 
anormal que acontece pela turbulência do sangue. 
 Com relação ao ciclo: 
 sopro sistólico (regurgitação mitral e tricúspide). 
 sopro diastólico (regurgitação aórtica ou 
pulmonar). 
 sístole e diástole (persistência ducto arterioso). 
 Foco de origem: aórtico, pulmonar, mitral ou 
tricúspide. 
1. SOPRO HOLOSSISTÓLICO: degeneração valvar 
mixomatosa. 
 
2. SOPRO EM DIAMANTE: estenose valvar. 
 
3. SOPRO CONTÍNUO OU DE MAQUINARIA: 
persistência do ducto arterioso. 
 
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4. SOPRO INOCENTE: sem cardiopatia, aumento 
força ejeção ventricular. 
5. SOPRO FISIOLÓGICO: processos febris, anemia, 
bradicardia extrema. 
 Auscultação junto com determinação do pulso femoral, 
o déficit do pulso está associado à arritmia. 
 pulso: hipercinético (mais proeminente) e 
hipocinéticos (fracos). 
 classificado em forte, fraco e filiforme (quase 
não sente). 
 relação: 1 batimento : 1 pulso palpável 
 coloca a mão na femoral, o pulso tem que estar no 
ritmo cardíaco, se não acontece junto você nota uma 
arritmia. 
FC CÃES: 60 a 180 bpm (230 bpm neonatos) 
FC FELINOS: 140 a 240 bpm 
SOM DAS BULHAS: normofonéticas, hiperfonéticas ou 
hipofonéticas 
 som normal (bulhas cardíacas 
normofonéticas). 
 som alto, animal magro. 
 som mais baixo/longe, casos de efusão 
pericárdica. 
Termos Semiológicos 
Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: 
Arritmia: 
Ascite: 
Bradicardia: 
Bulhas cardíacas: 
Bulhas normofonéticas: 
Bulhas hiperfonéticas: 
Bulhas hipofonéticas: 
Normocardia: 
Sopro: 
Síncope: 
Taquicardia: 
Tosse: 
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Sistema Respiratório de Animais de 
Companhia 
 ESQUELETO TORÁCICO: costelas, esterno e 
coluna vertebral. 
 Tem 13 pares de costelas. 
 A traqueia faz parte e uma das doenças que podem 
acomete-la é o colapso de traqueia ou estenose 
de traqueia. 
 Se o animal tiver uma alteração na traqueia ele terá uma 
dispneia inspiratória, tendo ronco/barulho 
durante a inspiração. 
 No caso de dispneia expiratória, é quando o 
problema está na hematose. 
 A última costela é flutuante, no animal você começa a 
contar da última costela, ou seja, de caudal para cranial 
para chegar nas primeiras costelas. 
Para contar e chegar na valva mitral, iremos no 5º 
espaço intercostal, porém, conseguimos acha-la pelo 
toque do choque precordial cardíaco, pelo PAM 345. 
 
 a primeira coisa na anamnese do sistema respiratório 
é analisarmos se tem mais cães na casa, dessa 
forma, podemos saber se tem mais cães com o 
mesmo problema ou se só ele que apresenta esse 
sinal clínico. 
Sistema Respiratório de Animais de 
Companhia 
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 se o problema for no coração e por isso está 
tossindo, o problema é individual, porém, se outros 
tiverem acometidos pode ser um processo infeccioso. 
 – evolução rápida ou lenta, 
progressiva? 
 analisar o início do processo, se teve uma evolução 
rápida ou lenta, se é progressiva. 
 
 se sim, quais? houve melhora? 
 Corrimento nasal, espirro, tosse, fadiga durante 
exercício, taquipneia, dispneia. 
Realiza-se anamnese junto com cardíaco. Faz a 
anamnese cardiopulmonar. 
 Observar lesões, modificações de colorações e umidade, 
procurar úlceras, pólipos, tumores, corpos estranhos. 
 unilateral ou bilateral. 
 seroso, mucoso, purulento ou hemorrágico. 
 seca (vias aéreas superiores) ou 
úmida/produtiva (por ex: broncopneumonias) - reflexo 
da tosse. 
A inspeção nasal é realizada visual, verifica-se a narina, 
se tem alguma úlcera, um pólipo (tipo um tumor só que 
de menor tamanho), corrimento nasal. 
Se tiver corrimento nas duas narinas, pode ser geral, 
agora se for em apenas uma das narinas, significa que o 
processo é local, mas se for geral pode estar vindo de 
dentro. 
 TIPO DE RESPIRAÇÃO: 
 toracoabdominal: a respiração normal de um cão 
e gato é toracoabdominal, o tórax e a barriga 
expandem juntos. 
 se tem um problema torácico relevante, você só vê 
a respiração abdominal, significa que algo está 
atrapalhando o tórax. 
 Quando se tem processos torácicos relevantes, a 
respiração é mais abdominal. 
Olhar animal sem muita manipulação. 
Animal dispneico não irritar mais ele, evitar a 
manipulação excessiva deste animal, se o paciente for 
atropelado é necessário a palpação do tórax, pois pode 
ter uma crepitação, por causa de um enfisema (ar no 
subcutâneo), quando aperta parece que tem uma espuma 
no lugar. 
 PALPAÇÃO TÓRAX: fratura costela, aumento de 
volume, enfisema de subcutâneo. 
 PERCUSSÃO TÓRAX: definição de áreas cardíacas 
e pulmonares, porém é mais difícil devido ao tamanho do 
animal (mais utilizado em grande porte). 
 pode ser por febre, dor, agitação e 
afins, sendo o aumento da frequência respiratória. 
 SNC, próximo à morte, baixa respiração. 
 ausência de respiração. 
 
 animal respirando normal. 
 dificuldade respiratória, o som que ausculta 
durante uma dispneia inspiratória é o estertor. 
 você percebe o aumento da amplitude 
respiratória, o tórax quase não expande, dificuldade 
expansão da caixa torácica - pneumotórax. 
1. INSPIRATÓRIA: alterações vias aéreas superiores. 
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2. EXPIRATÓRIA: doenças pulmonares, bronquiais ou 
alveolares, edema pulmonar por ICCE. 
 
3. MISTA: ICC com efusão pleural concomitante, 
broncopneumonia, edema pulmonar. 
 Palpar todas as partes externas do sistema respiratório 
a procura de depressões (afundamento osso nasal, 
fratura de costela), palpar espaço intercostais 
(inflamação). 
 FLAIL CHEST: fratura de costela, perde a 
sustentação, é quando o peito fica em movimento. 
 
 
 dígito digital. 
 Craniocaudal e dorsoventral. 
 som claro. 
 timpânico ou submaciço. 
 som submaciço. 
 
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Patológicos 
 enfisema 
pulmonar. 
 maior quantidade de ar, pneumotórax, 
hérnia diafragmática. 
 área central, pode ser por 
edema pulmonar, pneumonia (preenchimento com líquido, 
compressão pulmonar). 
 som claro para 
maciço ou submaciço em linha reta – líquido na cavidade. 
 Animal em estação e em repouso, ausculta-se todo o 
tórax: frente para trás, e de cima para baixo. 
 2 movimentos respiratórios em cada. 
 
 vibração parede laringo e 
traqueia (região traqueia cervical). 
 ruído rude, terço 
anterior do tórax. 
 produzido pela passagem de ar pelos brônquios. 
 ruído suave, terço 
posteriores do tórax – inspiração. 
 vibração das paredes dos brônquios menores e 
bronquíolos. 
 SONS AUMENTADOS OU DIMINUÍDOS: 
animais magros, obesos, pelo curto ou longo –fisiológico. 
 pneumotórax, efusões pleurais: diminuição ruído 
traqueobrônquico e bronco bronquiolar. 
 líquido interior dos brônquios, 
som como soprar ar em líquido. 
 edema pulmonar, broncopneumia. 
 
 som como estourar pequenas 
bolhas, esfregar cabelo próximo orelha. 
 edema pulmonar, pneumonia, enfisema pulmonar. 
 
 chiado ou assovio. 
 estreitamento vias aéreas. 
 compressão de traqueia, estenose de laringe ou 
bronquite (expiração). 
 
 ruído grave, alta intensidade. 
 produzido pela vibração de secreções viscosas. 
 broncopneumonia (tórax) ou laringite. 
 
 esfregar duas folhas de papel. 
 pleurite. 
 
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 Cateter ou escalpe + dispositivo de 3 vias + seringa. 
 Tricotomia e preparo do local assepticamente. 
 Realizado no 6º, 7º ou 8º espaço intercostal, próximo a 
junção costocondral. 
 Cuidado com vasos e nervos: 
 artérias intercostais, veia satélite e nervos 
caudalmente à costela adjacente. 
 Cuidado na introdução da agulha: 
 batimento cardíaco ou pulmão, redireciona a agulha. 
 Centese do líquido para a análise. 
 
 HEMOTÓRAX: presença de sangue na cavidade 
torácica. 
 faz uma toracocentese. 
 PNEUMOTÓRAX: é quando tem ar livre na cavidade 
pleural. 
 EFUSÃO PLEURAL: líquido livre na cavidade 
torácica. 
 MUCOSA CIANÓTICA: excesso de gás carbônico. 
Termos Semiológicos 
Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: 
Apneia: 
Bradipneia: 
Crepitação: 
Dispneia: 
Dispneia Expiratória: 
Dispneia Inspiratória: 
Dispneia Mista: 
Efusão pleural: 
Eupneia: 
Flail Chest: 
Hemotórax: 
Hiperpneia: 
Mucosa cianótica: 
Pneumotórax: 
Rocepleural: 
Ronco: 
Sibilo: 
Taquipneia: 
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Sistema Digestório de Animais de Companhia 
1. ingestão de alimento normal. 
2. aumento da ingestão de alimento. 
3. diminuição da ingestão 
de alimento. 
4. não está ingerindo alimento. 
5. quando come 
algo errado, que não é comum à sua dieta. 
 ex: cão comendo pedra. 
6. dificuldade na deglutição. 
7. ingestão de água normal. 
8. aumento da ingestão de água. 
9. diminuição da ingestão de água. 
10. sem ingestão alguma de água. 
 
Sistema Digestório de Animais de Companhia 
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 AD LIBITUM: oferta de água e alimento à vontade. 
 ANIMAIS JOVENS: alterações congênitas (fissura 
palatina), alterações na alimentação, doenças 
infecciosas, corpo estranho, verminoses. 
 fissura palatina: céu da boca aberto. 
 doenças infecciosas: cinomose, parvovírus (depois 
de um ano o cão não tem mais a doença, no caso, 
os sinais clínicos) e etc. 
 CÃES ADULTOS: doenças inflamatórias, neoplasias 
em idosos. 
 RAÇAS: Pastor Alemão (Insuficiência Pancreática 
Exócrina). 
 nos ácinos pancreáticos, temos a função exócrina do 
pâncreas, no caso da insuficiência pancreática 
exócrina, temos uma alteração na produção de suco 
pancreático, esse suco pancreático faz a 
emulsificação da gordura, ou seja, possibilita a sua 
digestão. 
 se não tem esse suco pancreático, não digere a 
gordura e o animal apresenta esteatorreia, que é 
a gordura nas fezes, essas fezes ficam amolecidas 
como diarreia. 
 sem digestão não absorve nada, então o pelo fica 
seco, sem brilho e caquético. 
 GESTAÇÃO: ingestão de alimentos diferente em cada 
fase. 
 Ingestão de petiscos? 
 muitas pessoas acham que não tem problema dar 
um pouco de chocolate para o cachorro, o animal 
pode apresentar êmese (vômito), diarreia, 
anorexia, disquezia (dificuldade em defecar). 
 Época do ano (datas festivas). 
 Crianças na casa? 
Deve-se diminuir o grau de ansiedade do 
tutor. Quais as principais queixas???? Como 
perguntar??? 
A semiologia serve para identificar o problema, para isso 
precisa da inspeção. 
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 A anamnese e o exame físico completo proporcionam a 
identificação de anormalidades, utilizaremos a 
inspeção, palpação, percussão, 
auscultação e olfação. 
 Observar o paciente: 
 andar, marcha, postura. 
 Estado nutricional: 
 normal, obeso ou magro. 
 Pelame, déficit massa muscular. 
CABEÇA => PESCOÇO => TÓRAX => ABDOME 
 observar todos os sistemas. 
 Inspeção da cavidade oral e palpação abdominal. 
 Odor alterado, desagradável ou fétido do ar expirado. 
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 doença periodontal (placas bacterianas), 
corpos estranhos impactados cavidade oral ou outras 
regiões. 
 HÁLITO URÊMICO: alterações renais. 
 HÁLITO ODOR CORPOS CETÔNICOS: 
cetoacidose (diabetes). 
 
AZOTEMIA: aumenta a creatinina e ureia na corrente 
sanguínea, se junto com os sinais clínicos tem halitose e 
úlcera é . 
UREMIA: creatinina e ureia que são compostos 
nitrogenados, estão altos quando tem alterações renais, 
na corrente sanguínea. Os sinais clínicos é halitose 
urêmica e úlcera. 
 Dificuldade de apreensão, mastigação, engasgos, 
sialorreia (salivação excessiva) e apetite voraz. 
 Deve ser realizado cuidadosamente INSPEÇÃO 
CAVIDADE ORAL, PALPAÇÃO REGIÃO CERVICAL. 
 Pode ser necessário fazer animal alimentar-se durante 
exame para observar deglutição. 
 Eliminação retrógrada e passiva (sem esforços 
abdominais) do conteúdo esofágico. 
 Antes da entrada alimento no estômago. 
 CAUSAS: alterações esôfago, laringe, faringe, 
megaesôfago, corpos estranhos esofágicos. 
 Deve-se saber a característica do conteúdo (líquido ou 
sólido), frequência, quanto tempo após ingestão alimento. 
 Observar outros sinais associados: 
 histórico. 
 exame físico. 
 condição corporal. 
 tosse. 
 dispneia. 
 sialorreia. 
 EXAMES COMPLEMENTARES: radiografia e 
endoscopia. 
É a volta do alimento que está no esôfago. o 
animal devolve passivamente o alimento que está no 
esôfago. 
 Ejeção forçada de conteúdo gástrico e, 
ocasionalmente, duodenal, pela boca. 
 É um reflexo complexo controlado pelo centro emético 
e requer a atuação combinada das atividades 
gastrointestinal, muscular, respiratória e neurológica. 
 REGURGITAÇÃO X VÔMITO (mímica do vômito). 
No vômito tem a mímica do vômito, que é a forma ativa, 
ou seja, faz a força para expulsão, a mímica são sinais 
prodrômicos, que o indivíduo sabe quando vai vomitar, 
são sinais que antecedem o vômito. 
 Regurgitação Vômito 
SINAIS PRODRÔMICOS AUSENTE PRESENTE 
MÍMICA DO VÔMITO AUSENTE PRESENTE 
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ATIVIDADE MUSCULAR ABDOMINAL 
AUSENTE (processo 
passivo) 
PRESENTE (processo 
ativo) 
RELAÇÃO COM A INGESTÃO VARIÁVEL VARIÁVEL 
CONTEÚDO ALIMENTAR NÃO DIGERIDO VARIÁVEL 
FORMATO BOLO OU TUBULAR VARIÁVEL (não tubular) 
MUCO PODE ESTAR PRESENTE PODE ESTAR PRESENTE 
SANGUE 
RARO (ulcerações ou 
neoplasias) 
PODE ESTAR PRESENTE 
BILE AUSENTE PODE ESTAR PRESENTE 
PH DO MATERIAL ELIMINADO ALCALINO 
VARIÁVEL (pode ser 
alcalino) 
 Inquietação ou ansiedade. 
 Náusea. 
 salivação, lambedura dos lábios e deglutições 
repetidas. 
 Aumento da frequência respiratória e superficialização 
dos movimentos respiratórios. 
 Contrações abdominais rítmicas e repetidas. 
 Extensão do pescoço, abertura da boca e expulsão do 
conteúdo gástrico (pode haver sons característicos). 
 HEMATÊMESE: sangue no vômito. 
NÃO É SÓ POR DOENÇA GÁSTRICA 
 Associação de um distúrbio gastrointestinal, intra-
abdominal, sistêmico, metabólico ou neurológico. 
 Infecções gerais podem causar vômito, como erliquiose. 
 até 2 semanas de duração. 
 indiscrição alimentar, mudança na dieta, 
gastroenterite viral, pancreatite, corpo estranho. 
 mais de 2 semanas de duração. 
 secundário doença metabólica, degenerativa ou 
inflamatória crônica. 
 presença de sangue no vômito(ulceração ou erosão gastroduodenal). 
 gastrite aguda, úlcera gástrica medicamentosa, 
neoplasia, corpos estranhos (C.E.) 
 exames laboratoriais, 
diagnóstico por imagem (RX, US, endoscopia), celiotomia 
exploratória (cirurgia), histopatológico. 
MEDICAMENTOS PROIBIDOS: paracetamol (em 
gatos provoca úlcera gástrica), diclofenaco. 
 Passagem de fezes dificultada, infrequente 
ou ausente, caracterizada pelo esforço ao defecar e 
retenção de fezes secas e endurecidas no cólon e reto. 
 CAUSAS: 
 administração de determinadas drogas: 
fenotiazínicos, opióides, anti-histamínicos. 
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 comportamentais ou ambientais, dietéticas: 
dietas ricas em fibras para animais desidratados. 
 obstrução intraluminal: tumores ou corpos 
estranhos. 
 obstrução extraluminal: prostatomegalia. 
 doenças neuromusculares. 
 desidratação grave. 
 megacólon. 
 fraturas pélvicas. 
 doenças ósseas degenerativas: displasia 
coxofemoral. 
 doenças de disco intervertebral. 
 DIFICULDADE EM ELIMINAR AS FEZES! 
 Gatos tem predisposição a fezes secas, pois costumam 
ingerir menos água. 
 Incapacidade de controlar a eliminação 
das fezes. 
 Usualmente é acompanhada pelo relaxamento do 
esfíncter anal e a descarga de material fecal ocorre a 
intervalos não regulares. 
 CAUSAS: doenças neuromusculares (S1 a S3). 
 Diferente de urgência em defecar (retocolites - 
diarreia). 
 Tenesmo e disquezia estão dentro de constipação. 
 TENESMO: esforços improdutivos e repetidos de 
defecação. 
 DISQUEZIA: defecação dolorosa. 
 lesão obstrutiva ou inflamatória do reto ou 
cólon distais. 
 colites e retocolites, constipação, hérnias perianais e 
doença prostática, tumores anais, obstrução uretral 
em gatos. 
 DICA: em geral, o animal que faz força e se agacha 
depois da defecação apresenta doença inflamatória ou 
irritativa, enquanto aquele que apresenta o tenesmo 
antes da defecação provavelmente sofre de obstrução, 
constipação ou diminuição da motilidade. 
 inspeção do ânus, região perianal, 
palpação abdominal e anal. 
 HEMATOQUEZIA: presença de sangue vivo nas 
fezes. 
 MELENA: coloração escura das fezes, resultante da 
presença de sangue digerido. 
 esse escurecimento resulta da oxidação da 
hemoglobina em hematina. 
 
Hematoquezia 
 Lesões hemorrágicas focais no cólon distal, reto e 
região do períneo. 
 Frequentemente estão associadas ao tenesmo e 
disquezia. 
Melena 
 Sangramentos gástrico e/ou duodenal. 
 Deglutição de sangue proveniente de lesões 
hemorrágicas na boca, nos lábios, nos dentes, na faringe 
e no trato respiratório. 
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 Aumento anormal do volume fecal, da 
frequência de defecação e do conteúdo de 
líquido nas fezes. 
 alterações podem ocorrer simultânea ou 
isoladamente. 
 A causa mais comum é a disbiose (troca da microbiota 
intestinal, aumentando a motilidade). 
 Doença intestinal primária: parasitismo, 
distúrbios inflamatórios ou infecciosos, neoplasias. 
 Distúrbios hepáticos ou pancreáticos: 
interferem em processos de absorção e digestão de 
alimentos. 
 Reações adversas à dieta, doenças sistêmicas: 
insuficiência renal, hipoadrenocorticismo. 
 Administração de drogas: antibióticos. 
Diarreia é um sinal clínico comum a 
inúmeras doenças. 
 Diferenciação entre as causas banais e autolimitantes, 
daquelas que exigem maiores esforços de diagnóstico ou 
terapia imediata. 
 Essa diferenciação deverá ser o objetivo da avaliação 
semiológica do paciente. 
 DIARREIAS AGUDAS: persistem por até duas 
semanas, geralmente são autolimitantes e respondem a 
tratamentos de suporte e sintomático. 
 DIARREIAS CRÔNICAS: persistem por períodos 
mais longos, refratárias aos tratamentos convencionais. 
ANAMNESE + EXAME FÍSICO METICULOSO 
 Pela anamnese e exame físico conseguimos saber se é 
de origem do intestino delgado ou grosso. 
 a giárdia, por exemplo, a diarreia é do intestino 
delgado. 
 Intestino delgado diminui a absorção de nutrientes 
e água. 
 No intestino grosso ocorre a formação do bolo 
fecal e a reabsorção de água. 
 O animal se desidrata em diarreias de intestino delgado. 
 Quando o animal apresenta vômito mais diarreia é 
intestino delgado. 
Hematoquezia, disquezia e tenesmo são do 
intestino grosso. 
 Decorrentes do acúmulo de substâncias osmoticamente 
ativas (carboidratos, fosfatos e ácidos graxos) na luz 
intestinal, secundário a má digestão ou má absorção de 
alimentos. 
 
interrupção com o jejum. 
 CAUSAS: evolução crônica. 
 parasitismo de intestino delgado (casos de giardíase, 
por exemplo). 
 doenças inflamatórias crônicas (enterite eosinofílica, 
linfocítica-plasmocitária). 
 linfangiectasia. 
 linfoma do trato digestório. 
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 alterações anatômicas, corpos estranhos. 
 insuficiência pancreática exócrina (IPE). 
 deficiências enzimáticas e de fatores de transporte 
de nutrientes. 
 Aumento da secreção de líquido por células 
indiferenciadas das criptas intestinais para a luz 
intestinal. 
 
 desencadeada por toxinas bacterianas (E. coli, 
Salmonella, Clostridium perfringens). 
 estimulação parassimpática (distensão de alças 
intestinais, processos dolorosos intraabdominais). 
 mediadores de inflamação. 
 hormônios gastrointestinais 
Aquosa e clara, não cessando com o jejum. 
 Aumento da pressão hidrostática dentro da parede 
intestinal (enterites e linfangiectasia intestinal) ou 
externa a ela, como na insuficiência cardíaca 
congestiva e a hipertensão portal. 
 A dor abdominal é vista na palpação e a 
distensão abdominal pode ser ascite ou 
esplenomegalia (é o aumento do baço do lado esquerdo). 
 Dor abdominal pode ter origem no trato digestório ou 
em outros órgãos, inclusive o peritônio. 
 
 distensão do estômago, intestino, útero, vesícula biliar 
ou urinária. 
 inflamação peritoneal (peritonites). 
 rupturas de vísceras e distúrbios vasculares 
(tromboses). 
 inflamação e a distensão de órgãos parenquimatosos 
- fígado, pâncreas e rins. 
 dores referidas (origem extra-abdominal) - afecções 
de coluna; dores metabólicas, endógenas (alergias) ou 
exógenas (tóxicas); ou biológicas (picada de cobra ou 
insetos). 
 Aumento do contorno abdominal. 
 
 prenhez. 
 hepatomegalia. 
 esplenomegalia. 
 cistos abdominais. 
 dilatação gástrica por gás. 
 obstrução intestinal. 
 peritonite. 
 obesidade. 
 retenção de fezes. 
 ascite. 
 Caracterizada pela coloração amarelada da pele, 
mucosas e esclera decorrente do acúmulo de bilirrubina 
nos tecidos. 
 A bilirrubina é um pigmento derivado da hemoglobina. 
A hemácia tem o grupo heme e ferro. O grupo heme tem 
a hemoglobina e dentro dela tem a bilirrubina, se tiver 
alguma doença, como tristeza parasitária bovina, a 
Babesia entra através da picada do carrapato e começa 
a se multiplicar até que haja o rompimento da hemácia, 
quando rompe a hemoglobina e o ferro caem na corrente 
sanguínea, e com isso, libera a bilirrubina. 
A Babesia causa hemólise e acumula várias bilirrubinas, 
esse pigmento se deposita na mucosa em cor amarelada, 
dando a icterícia. 
A bilirrubina é produzida pelo fígado, cães com 
leptospirose (bactéria que entra por mucosa e causa lesão 
hepática), vai ter um aumento da bilirrubina na mucosa, 
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a bilirrubina depois que é produzida será armazenada 
na vesícula biliar, se tem um problema na vesícula biliar, 
gera a icterícia.doenças hemolíticas: babesiose (icterícia pré-
hepática). 
 doenças hepáticas: leptospirose (icterícia intra-
hepática). 
 obstruções ao fluxo biliar (icterícia pós-
hepática). 
1. condição nutricional. 
2. 
 hipertermia (ex. infecciosos, como parvovírus). 
 hipotermia (ex. sepse) 
3. por exemplo, a 
ruptura diafragmática. 
 em casos de ruptura diafragmática, os órgãos 
abdominais vão para o tórax, alterando esses 
parâmetros. 
 Avaliação mucosas, lábios, gengiva, palato mole, língua e 
dentes. 
 Lesões, fístulas, úlceras, massas, cálculos dentários. 
 Em alguns casos necessita de contenção química – 
inspeção cavidade oral (por exemplo, suspeita de corpo 
estranho linear em gatos). 
 Palpação externa da faringe. 
 
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 Avaliação das glândulas salivares (halitose, sialorreia ou 
ptialismo). 
 Verificar mucocele, pode ser decorrente de trauma, 
corpo estranho, sialólito. 
 MUCOCELE: consistência flutuante. 
 
 
 
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Resumo 
 HÁLITO: normal, odor ácido ou azedo (possível má 
digestão), urêmico (doença renal), pútrido (resíduos 
alimentares, cáries, gastrite, etc), odor de maça verde 
(cetoacidose). 
 MUCOSA ORAL: coloração, umidade, presença de 
lesões (ulcerações), corpos estranhos, massas. 
 GENGIVAS: inflamação, ulceração, corpos estranhos 
ou massas. 
 DENTES: posicionamento, oclusão, coloração, 
qualidade do esmalte, presença de fraturas ou cálculos 
(tártaro). 
 LÍNGUA: mobilidade, consistência, presença de lesões, 
massas, corpos estranhos na base da língua. 
 PALATO DURO OU MOLE: presença de lesões, 
corpos estranhos, palato mole excessivamente longo, 
fissura palatina. 
 FARINGE E TONSILAS: inflamação, secreção 
purulenta, massas, corpos estranhos, simetria. 
 Transporte de ingesta e líquidos da cavidade oral ao 
abdome. 
 Cervical, torácico e abdominal. 
 Distúrbios de motilidade (megaesôfago). 
 Distúrbios obstrutivos (corpo estranho, neoplasias). 
 Distúrbios Inflamatórios (esofagite, divertículos). 
 Regurgitação, disfagia, odinofagia (dor deglutição), 
deglutições repetidas, engasgos, salivação excessiva. 
 Exames: radiografia e endoscopia. 
 Regiões epigástrica, mesogástrica e 
hipogástrica. 
 Dorsal, medial e ventral. 
 Região epigástrica: cranialmente pelo diafragma 
até 13ª costela. 
 fígado, estômago, pâncreas, rins e baço. 
 Região mesogástrica: última costela até crista 
ilíaca. 
 intestinos, ovários, ureter. 
 Região hipogástrica: da mesogástrica até limite 
inferior do abdome. 
 bexiga, próstata, uretra e reto. 
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 Inspeção direta, palpação, percussão, ausculta, exames 
complementares: avaliação do fluido abdominal e 
técnicas de imagem. 
 RIM ESQUERDO É MAIS CRANIAL. 
 PROLAPSO ANAL E RETAL: animal com muito 
verme, pois aumenta a motilidade. 
 (decúbito dorsal ou lateral): 
 som gerado pela percussão vai depender do 
conteúdo abdominal. 
 quando realizada sobre um órgão que contém ar 
(intestino, estômago), o som é claro a timpânico e, 
sobre órgãos maciços (fígado, baço), o som é mate 
ou maciço. 
 ruídos próprios do TGI, sendo os 
borborigmos (deslocamento de gás e líquido no tubo 
gastrointestinal). 
 trato gastrointestinal vazio: ausentes. 
 durante o processo de digestão: ruídos 
ininterruptos, baixos e pouco intensos. 
 borborigmos frequentes, fortes e com ruídos 
variáveis indicam motilidade intensa. 
 obstruções intestinais: ruído exagerado e por 
vezes sibilantes. 
 peritonites e inflamações crônicas: ruídos de 
atrito. 
 na prenhez adiantada: ruídos cardíacos do(s) 
coração(ões) do(s) feto(s). 
 posiciona-se 
atrás do animal, coloca uma das mãos sobre a parede 
abdominal e, com a outra mão, golpeia, com o dedo médio 
ou indicador, a parede contralateral. 
 produz uma onda que avança pelo líquido livre na 
caridade peritoneal e que é percebido com a outra 
mão. 
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 decúbito lateral. 
 preparo cirúrgico da pele (tricotomia e assepsia). 
 realizada na região mesogástrica ventral, próximo à 
cicatriz umbilical. 
 sempre coletar primeiramente para análise do líquido 
cavitário. 
 abdominoncentese é a coleta de líquido livre na 
cavidade abdominal. 
 RX. 
 US. 
 Endoscopia. 
Termos Semiológicos 
Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: 
Adipsia: 
Ad libitum: 
Anorexia: 
Apetite depravado: 
Azotemia: 
Constipação: 
Diarreia: 
Disfagia: 
Disquezia: 
Êmese: 
Esteatorreia: 
Halitose: 
Hematoquezia: 
Hiporexia ou inapetência: 
Icterícia: 
Incontinência fecal: 
Melena: 
Normorexia: 
Normodipsia: 
Oligodipsia: 
Polidipsia: 
Polifagia: 
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Regurgitação: 
Tenesmo: 
Uremia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Semiologia do Sistema Urinário 
 
O rim varia entre 2,5 e 3,2 vezes o comprimento da 2ª 
vértebra lombar no cão e entre 2,5 e 3,0 vezes no gato. 
 Constituído por dois rins, glândulas adrenais, 
ureteres, bexiga e uretra. 
 local de entrada dos dois ureteres e 
saída da uretra. 
 O rim direito está mais torácico que o esquerdo. 
 O rim tem como função a filtração, ou seja, faz a 
retirada das impurezas. Além disso, realiza o controle 
da pressão e produção de eritropoetina 
(precursor da hemácia). 
 pacientes com IRC (Insuficiência Renal Crônica) têm 
que aplicar eritropoetina, o animal estará anêmico 
por causa do rim. 
 IRA: insuficiência renal aguda. 
 IRC: insuficiência renal crônica. 
 até 75% dos rins filtra o que precisa. 
 
– ª
Semiologia do Sistema Urinário 
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 CÃO: pênis na região ventral. 
 GATOS: pênis na região perineal. 
 o pênis do felino é nessa região para urinar em jato 
e alto, dessa forma, marca território. 
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 A fêmea apresenta os ovários abaixo do rim e na vagina 
tem o óstio uretral para a saída de urina. 
 A micção é uma função reflexa que envolve ação 
integrada de vias parassimpáticas, simpáticas e 
somáticas, que se estendem desde o segmento sacral 
até o córtex cerebral. 
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 Idade, sexo, espécie. 
 gatos: obstrução uretral, cálculos menores em 
machos. 
 Analisa a frequência, cor, se sente dor, frequência de 
água, se tem algum incômodo. 
 URINA: qual o aspecto dessa urina? quantas vezes 
por dia? está urinando normalmente? 
 na cistite, a urina pode ter uma coloração 
avermelhadacom hematúria (hemácias na urina), 
dificuldade em urinar (disúria) ou sem urinar 
(anúria). 
 é palpável no gato novo. 
 palpável quando está cheia/repleta. 
 cachorros velhos, nos gatos não está 
desenvolvida. 
 animais que podem ter aumento de 
próstata: homem, macaco e cão. 
 não palpáveis. 
 hálito urêmico = uremia e creatinina com sinais 
clínicos. 
 aumento de ureia e creatinina sérica sem 
sinais clínicos. 
Itens investigados Aspectos enfocados 
URINA 
volume em cada micção, aspecto (coloração, transparência/ 
turvação, presença de material sólido ou semi-sólido, viscosidade, 
presença de sangue), 
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MICÇÃO 
frequência (número de vezes e intervalo), tipo (postura à 
micção, sinais de dificuldade, sinais de dor ou desconforto, 
tenesmo, incontinência) 
INGESTÃO DE ÁGUA frequência e volume 
DOENÇA URINÁRIA 
ANTERIOR 
histórico completo de doenças do trato urinário (com ou sem 
conclusão diagnóstica), incluindo tratamento feitos. 
SINAIS RELACIONADOS 
A OUTROS ÓRGÃOS 
detalhamento de informações referentes às manifestações que 
possam ter relação com as causas ou consequências da afecção 
urinária em curso. 
 
 Peso corporal, temperatura, frequência de pulso e 
respiratória, mucosas (coloração e estado dos vasos), 
grau de hidratação. 
 Boca (úlceras, alterações da língua, inserção dos dentes, 
aumento maxilar, hálito urêmico). 
 Exame geral dos demais órgãos e sistemas. 
Rins 
 Ambos são palpáveis? 
 Tamanho, simetria e posição? 
 Forma, contorno e consistência? 
 Dor? 
Bexiga 
 Posição? 
 Tamanho, formato, consistência? 
 Cálculos ou massas palpáveis? 
 Espessura da parede? 
 Dor? 
Próstata 
Importante em cães! 
 Posição, tamanho, simetria, consistência. 
 Dor? 
Uretra dos machos 
 Meato urinário. 
 Secreção uretral ou prepucial. 
 Tamanho, forma e consistência das porções palpáveis? 
 Anormalidades periuretrais? 
Micção 
 Frequência? 
 Disúria? 
 Retenção? 
 Incontinência? 
 Urinálise. 
 Cateterização vesical. 
 Técnicas para diagnóstico por imagem. 
 Provas de função renal. 
 Biopsia. 
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 Exame realizado de forma normal dando atenção 
especial para os órgãos do sistema urinário. 
 úlceras cavidade oral + hálito urêmico. 
 uremia: sinais clínicos + aumento dos exames 
bioquímicos: ureia e creatinina. 
 azotemia: apenas aumento dos bioquímicos. 
 só realizada em gatos devido a 
maior facilidade. 
 Utilizado mais exames complementares: 
 urinálise. 
 exames bioquímicos (azotemia). 
 RX (contrastado). 
 ultrassom (rim direito mais cranial). 
 biópsia. 
 cultura de urina. 
Cálculo de oxalato de cálcio dá para verificar com 
exames complementares. 
 
 
Causa ou origem Doença renal 
CONGÊNITAS 
rim policístico; 
síndrome de Fanconi; 
displasia renal; 
glomerulonefrite; 
nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) 
INFECCIOSAS 
nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) na leptospirose. 
pielonefrite. 
glomerulonefrite associada à infecção viral. 
AUTO-IMUNES glomerulonefrite 
SECUNDÁRIAS A 
DOENÇAS SISTÊMICAS 
glomerulonefrite (diabetes melito, lúpus eritematoso sistêmico, 
peritonite infecciosa felina, leucemia felina, erliquiose, 
dermatite crônica, brucelose, piometra, leishmaniose, cirrose 
hepática, dentre outras). 
nefropatia por pigmentos (hemoglobinúria, mioglobinúria). 
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DROGAS, AGENTES 
QUÍMICOS E ISQUEMIA 
RENAL 
necrose química ou isquêmica (necrose tubular aguda) 
nefrite intersticial (nefrite tubulointersticial) 
OBSTRUÇÃO URETERAL 
nefropatia obstrutiva 
hidronefrose 
PARASITÁRIAS destruição renal por Dioctophyma renale 
IDIOPÁTICAS 
glomerulonefrites 
lipidose glomerular 
OUTRAS CAUSAS 
neoplasia renal 
amiloidose renal 
nefropatia hipercalcêmica 
doença renal cística adquirida 
 Difícil palpação exame físico, auxílio exames 
complementares (raio X contrastado). 
 
 
 
Palpação 
 Localização, volume, forma, consistência, tensão e 
sensibilidade. 
 Consegue localizar através da palpação e analisar 
volume, consistência, sensibilidade e etc. 
 Usa mais a palpação, porém, também pode utilizar a 
percussão. 
Percussão dígito-digital 
 Grandes distensões de bexiga, causadas por retenção 
de urina conteúdo líquido pode ser identificado e 
delimitado. 
 som maciço. 
Exames complementares 
 Urinálise (sondagem ou cistocentese), RX, US. 
 
 
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Curiosidade!! 
Caninos 
As cadelas flexionam os membros pélvicos de modo que o períneo fique paralelo ao solo, faltando pouco para tocá-lo. Os 
cães levantam um dos membros pélvicos e direcionam o jato para um objeto selecionado. Quando filhotes, antes da 
maturidade sexual, os machos adotam a mesma postura de micção das fêmeas. Os cães adultos, principalmente os machos, 
podem urinar pequenas quantidades, muitas vezes seguidas, para marcar território. 
Felinos 
A postura adotada, tanto pelas fêmeas como pelos machos, é a mesma das cadelas. Os felinos fazem uma pequena cova 
onde depositam a urina, cobrindo - a após a micção. Machos e fêmeas sexualmente maduros podem ter o hábito (não 
desejado pelo proprietário) de eliminar urina sob a forma de spray (marcação de território). Primeiro o animal cheira o 
alvo, então se vira de costas e emite o jato. O alvo é sempre uma superfície vertical de cerca de 20cm acima do solo. 
1. ANÚRIA: não faz xixi. 
2. DISÚRIA: dificuldade ao urinar. 
3. ESTRANGÚRIA: é uma forma de disúria, animal faz 
pouco xixi e sente dor. 
4. MICÇÃO DOLOROSA: forma de disúria. 
5. TENESMO VESICAL: forma de disúria. Esforços 
improdutivos para fazer xixi. 
6. INCONTINÊNCIA URINÁRIA. 
7. OLIGÚRIA: pouco xixi. 
8. POLIÚRIA. 
9. NORMOÚRIA: urina normal. 
10. ISCÚRIA: não consegue segurar tanto a urina. 
11. POLAQUIÚRIA: faz xixi várias vezes, mas em 
poucas quantidades (alta frequência). 
12. CISTOCENTESE: punção da bexiga. 
13. HEMATÚRIA: hemácias na urina. 
14. HEMOGLOBINÚRIA: hemoglobina na urina. 
15. MIOGLOBINÚRIA: mioglobina na urina. 
16. GLICOSÚRIA: glicose na urina. 
 
 
 É uma dificuldade para urinar, caracteriza-se 
por sinais de desconforto ou de dor à micção, podendo 
haver dificuldade para eliminação da urina. 
 De acordo com a causa e intensidade do problema, as 
manifestações de disúria podem variar tanto quanto ao 
tipo como quanto à intensidade. Assim, a disúria pode ser 
classificada como micção dolorosa, 
estrangúria ou tenesmo vesical. 
 
 enfermidades dolorosas da bexiga, uretra, vagina ou 
prepúcio. 
 enfermidade dolorosa de outros órgãos comprimidos 
pela prensa abdominal durante a micção. 
 peritonite aguda. 
 tumores ou cálculos vesicais. 
 obstruções uretrais. 
Variações do estado de disúria 
MICÇÃO DOLOROSA 
 Durante os esforços de micção, o animal apresenta 
gemidos, desassossego, movimentos de um lado para o 
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outro, olhares dirigidos para o ventre, agitação da cauda, 
“sapateado”. 
ESTRANGÚRIA 
 Caracteriza-se por esforços prolongados, com 
intervenção enérgica da prensa abdominal, sem 
eliminação de urina, ou que acabam por produzir 
eliminação de poucas gotas ou de poucos jatos finos de 
urina, acompanhados de manifestação de dor (gemidos). 
TENESMOVESICAL 
 É um esforço constante, prolongado e doloroso para 
emissão de urina. 
 Nos casos extremos, o animal pode conservar 
constantemente a postura de micção. 
 Nesse quadro, a vontade de urinar é constante, mesmo 
que a bexiga contenha volume de urina pequeno ou 
esteja vazia. 
 
 
 Aumento do volume de urina produzida 
em 24 horas. 
 Neste caso, o paciente apresentará aumento da 
frequência de micções e o volume a cada micção será 
normal ou acima do usual. 
 A urina terá coloração bem clara, mas a densidade irá 
variar de acordo com a causa da poliúria. 
 De modo geral, o paciente poliúrico apresenta polidipsia 
compensatória (diferenciar de polaquiúria). 
 
 
 insuficiência renal crônica. 
 pielonefrite. 
 diabetes, distúrbios adrenocorticais e outros 
endocrinometabólicos. 
 piometra. 
 insuficiência hepática. 
 polidipsia psicogênica, encefalopatias, dor (a poliúria é 
compensatória ou secundária). 
 uso de diuréticos. 
 resposta fisiológica à ingestão excessiva de água (a 
poliúria é compensatória). 
 Diminuição do volume de urina produzida 
em 24 horas. 
 A densidade e a coloração da urina variam de acordo 
com a causa (diferenciar de oligosúria). 
 
 doença renal grave (densidade e coloração da urina 
variam de acordo com o tipo de doença renal). 
 desidratação (a urina terá densidade alta e coloração 
mais intensa). 
 distúrbios nervosos com transtorno da sede (a urina 
terá densidade alta e coloração mais intensa). 
 resposta fisiológica à privação de água (a urina terá 
densidade alta e coloração mais intensa). 
 febre. 
 Ausência de produção de urina ou produção 
de volume desprezível (diferenciar de iscúria). 
 
 doença renal aguda grave ou fase terminal de 
insuficiência renal crônica. 
 desidratação grave. 
 hipovolemia aguda. 
 hipotensão arterial sistêmica grave. 
 
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 Micção anormalmente frequente (o animal urina 
muitas vezes por dia), diferenciar de poliúria. 
 
 aumento da produção de urina, neste caso, o volume 
a cada micção será normal. 
 inflamação da bexiga (meningite, raiva, neurites), 
neste caso, o volume a cada micção será pequeno 
ou muito pequeno. 
 
 Micção rara em razão da diminuição da 
produção de urina (diferenciar de oligúria). 
 
 doença renal. 
 desidratação, privação de água ou transtornos da 
sede. 
 
 Retenção de urina. 
 Falta persistente de eliminação apropriada de urina, 
apesar da bexiga encontrar-se cheia e de poder haver 
tentativas e esforço a micção. 
 A iscúria pode ser completa, incompleta (eliminação de 
gotas de urina) ou paradoxal (pode haver eliminação de 
urina se for exercida pressão externa sobre a bexiga), 
diferenciar de anúria. 
 
 obstrução uretral (cálculos, tumores, inflamações 
graves, estenoses, tampões uretrais). 
 dissinergia reflexa. 
 paresia do detrusor. 
 
 Reflete perda total ou parcial da 
capacidade de conter (armazenar) a urina que 
é, então, eliminada sem a postura normal 
de micção. 
 A urina pode sair em gotas, em jorros breves ou 
escorrer constantemente. 
 Em muitos casos, o paciente apresenta incontinência 
urinária, mas, também, tem micções normais ao longo 
do dia. 
 
 comprometimento nervoso (medula sacra ou suas 
vias aferentes e/ou eferentes). 
 distúrbios hormonais em cadelas castradas. 
 inflamação crônica grave da bexiga (pode coexistir 
micção normal). 
 noctúria (a urina é eliminada enquanto o animal 
dorme) em razão da poliúria ou da infecção vesical. 
 ureter ectópico (se for unilateral, também existirá 
micção normal). 
 fístula vesicovaginal (pode coexistir micção normal). 
 fístula vesicoumbilical (persistência de uraco). 
 micção imprópria, causada por submissão (comum em 
cães). 
 
 Micção espontânea, cateterismo vesical ou 
cistocentese (pode ser guiado por US). 
 Urina sempre deve ser acondicionada em recipiente 
estéril, livre de resíduos químicos – frasco fechado e 
refrigerado (até 2 horas). 
Cateterismo uretral 
SONDA URETRAL (FÊMEA) 
 
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SONDA URETRAL (MACHO) 
 
 
 
 
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SONDAGEM FELINO – SONA TOM CAT 
 
DOENÇA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR 
FELINO (DTUIF) 
 
 
Cistocentese 
 Cistocentese ventral: animal imobilizado, a 
vesícula urinária deve ser palpada e a área limpa com 
álcool. Pode ser necessário remover o excesso de pelo. 
 A agulha deve ser inserida em um ângulo de 45º sobre 
a linha média em cadelas, gatos e gatas e lateral ao 
prepúcio em cães. 
 Recomenda-se o uso de agulha 22G. 
 
 
 
 
 
 
 
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GUIADO POR ULTRASSOM 
 
 
Urinálise – fita para exame 
 
 
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Termos Semiológicos 
Escreva o significado dos seguintes termos semiológicos: 
Anúria: 
Azotemia: 
Cistocentese: 
Disúria: 
Estrangúria: 
Glicosúria: 
Hematúria: 
Hemoglobinúria: 
Incontinência urinária: 
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Iscúria: 
Mioglobinúria: 
Normoúria: 
Oligúria: 
Polaquiúria: 
Poliúria: 
Uremia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Semiologia do Sistema Reprodutor 
 Composto por ovários, tuba uterina (ambos 
envoltos pela bursa ovariana, envolta de gordura, que é 
uma fonte de energia para manter o ovário ativo), 
cornos uterinos, cérvix, vagina, meato 
urinário (desemboca a uretra) e vulva. 
 
 
 
 HISTÓRICO CLÍNICO: completo. 
Geral 
 Idade. 
 Estado geral. 
 Alimentação. 
 Vacinação. 
Específico 
 Detalhes do ciclo estral: 
 idade. 
 1º cio. 
 inteira/castrada (idade). 
 intervalo interestral (IEE). 
 duração de cada fase do ciclo estral. 
 coberturas anteriores. 
 aceitação ou rejeição ao macho. 
 nulípara/uma cria ou mais. 
 gestações anteriores (número de filhotes, 
complicações). 
 abortos. 
 uso de anticoncepcionais e abortivos. 
 apresenta pseudogestação. 
 nódulos mamários. 
 Inspeção da vulva. 
 Palpação digital da vagina. 
 Palpação abdominal (útero). 
 Inspeção e palpação das glândulas mamárias. 
É castrada? caso não seja, perguntar quando oi o 
último cio, a duração, se é nulípara, se aceita cobertura, 
se já apresentou pseudociese e nódulos mamários. 
Semiologia do Sistema Reprodutor 
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1. NULÍPARA: nenhuma cria. 
2. PRIMÍPARA: uma cria. 
3. MULTÍPARA: mais de uma cria. 
4. PSEUDOCIESE: gestação psicológica. 
5. CICLO ESTRAL: 
 proestro: começa a sangrar, inicia-se a ação do 
estrogênio (média de 9 dias). 
 estro: é o cio propriamente dito, fêmea receptiva a 
monta (média de 9 dias), presença do estrogênio. 
 diestro: gestação, todo diestro a cadela acha que 
está gestando. 
 anestro: ausência de hormônios, fase de 
quiescência. 
6. PIOMETRA: pus no interior do útero. 
7. HIDROMETRA: acúmulo