Buscar

Resumo de constitucional I (FDSBC)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Constitucional
PRIMEIRO SEM�TRE DE 2023
INSTRUTOR: Denise Auad
no_reply@example.com
Constitucionalismo
Movimento político ideológico do século XVIII:
○ Limitar o poder Estatal
○ pacto social escrito (carta magna)
○ fornecer proteção aos direitos fundamentais humanos
● Movimentos precedentes
○ Independência dos EUA
○ Revolução Francesa
● Documentos precedentes
○ Magna carta
○ Bill of rights
○ Declaração dos direitos do homem e do cidadão
● Pilares do Constitucionalismo
○ Constituição escrita
○ Divisão dos 3 poderes
○ Reconhecimento de direitos individuais
○ Segurança jurídica
Poder Constituinte
Poder Constituinte é o poder de criar ou atualizar uma constituição
- O titular do poder constituinte é o povo
- Nem sempre o poder é realizado diretamente pelo povo
1
● Originário:
- Poder de criar uma constituição, seja ela a primeira ou uma nova
- Assembleia nacional constituinte, em países democráticos, são eleitas pelo
povo
- Promulgada: resultantes das assembleias populares e imposta pelo próprio
povo, através de seus representantes (democrática)
- Outorgada: aquela que parte do soberano e é imposta ao povo (ditatorial)
- O poder é inicial, pois dá início a uma nova ordem jurídica
- É ilimitado juridicamente, pois não precisa respeitar qualquer limite imposto
pela constituição anterior
- É incondicionado, pois não possui pré condições
- É permanente, pois nada impede que a qualquer momento surja um novo
movimento constitucionalista
- Ex: 1988
- Histórico: nova constituição
- Revolucionário: todas as outras
● Derivado
- Secundário
- limitado
- condicionado
- subordinado
- visto que deve seguir o direito constitucional originário
- Decorrente: poder conferido aos estados membros de ter suas próprias
constituições estaduais (assembleia decorrente) - Municípios: lei orgânica
- Poder reformador: possibilita mudanças na constituição por meio de
emendas constitucionais
- Constituição Imutável, flexível ou rígida (como é o caso da nossa de 88, visto
que seu processo de aprovação é mais rígido do que aquele utilizado para
aprovar uma lei ordinária)
- Processo de aprovação da revisão: (A revisão se dá após 5 anos, para conferir
se o poder constituinte está dando certo, a análise é ampla)
2
- Pelo voto da maioria absoluta do congresso nacional (50%+1)
- em sessão unicameral (câmara dos deputados+senado)
- Processo de aprovação da EMENDA CONSTITUCIONAL
1. PEC (proposta de emenda constitucional)
- Pode impor emenda:
- ⅓ no mínimo dos deputados federais ou senadores
- Presidente da República
- Mais da metade das Assembleias das unidades da federação, pela maioria
relativa de seus membros
2. A proposta de emenda será discutida e votada em 2 turnos em cada casa do CN
- Casa Inicial: Câmara dos deputados
- Casa Revisora: Senado
- Será ao contrário quando a pec for do Senado
3. Proposta da Pec será aprovada quando obtiver 3
- Tanto a câmara dos deputados, quanto o senado federal, devem aprovar o
conteúdo da emenda por ⅗ (60%) em 2 turnos nas 2 casas, ou seja, há a
primeira votação na casa inicial (câmara dos deputados), se obtiver quórum,
vota-se uma 2 vez e se obtiver quórum dnv é passada para a Casa Revisora
(Senado) e se obtiver quórum 2 vezes, é aprovada.
- A emenda é PONTUAL
- Não pode haver emendas constitucionais durante Estado de Sítio e
intervenção federal
- Uma emenda não pode reduzir CLÁUSULA PÉTREA
- Limite material da constituição
- Explícitas: aquelas presentes diretamente no plano constitucional
- Implícitas: Encontradas através de um processo interpretativo . Ex: forma
republicana de governo e a dignidade da pessoa humana
3
SEGUNDO BIM�TRE
● Neoconstitucionalismo
○ Antecedentes:
■ Atrocidades causadas pelo nazismo e apoiados no Direito
■ Separação entre direito e valores morais (igualdade, liberdade,
dignidade)
■ direito puramente positivo
○ Novidade: Inclusão de valores e princípios na Constituição
○ Neoconstitucionalismo no Brasil
■ Redemocratização na década de 80
■ A constituição federal de 1988 foi o marco inaugural do
neoconstitucionalismo no Brasil
■ Traz uma nova realidade interpretativa: Aproximação da Lei e Moral
○ Teorias:
■ Jusnaturalismo: Direito natural ou inerente à condição humana,
independentemente de estar escrito ou não. Acredita em leis
superiores, direito como produto de ideais (metafísico), valores como
pressuposto a existência de leis naturais
■ Positivismo: É direito aquilo que está positivado, ou seja, escrito.
Tendo elementos empíricos como base do Direito→ produto da
vontade humana
■ Pós-positivismo: Lei + valores. Aplicação de valores as leis escrita
○ Fundamento do Neoconstitucionalismo (SUPERAÇÃO DO FORMALISMO
JURÍDICO)
■ A Constituição tem força normativa e contempla princípios de status
constitucional
■ Influência das Teorias da Justiça no Direito
4
■ Judicialização: casos relacionados à efetivação de Direitos
Fundamentais passam a ser demandados na Justiça. Ex: temas de
políticas públicas (tratamento médico), debate de “hard cases”
decisões com teor político, grande repercussão
■ Empoderamento do Poder Judiciário
● ativismo judicial: participação mais ampla e intensa do
Judiciário na concretização de valores e fins constitucionais
com maior interferência no espaço de atuação dos outros
Poderes (judiciário interfere nos outros Poderes com base nas
regras e princípios constitucionais).
○ Obs: Judicialização e Ativismo Judicial andam juntos
■ Filtragem constitucional: as normas devem ser lidas e compreendidas
por meio das “lentes” da Constituição
■ Importância da interpretação em decorrência da polissemia dos
termos e da subjetividade dos princípios
○ Desafios do Neoconstitucionalismo:
■ Ativismo jurídico:
● Contexto: A chegada dos chamados Hard Cases no judiciário.
Ex: Eutanásea, direito ao esquecimento, etc,
● Conceito: Participação mais ampla e intensa do Judiciário na
concretização de valores e fins constitucionais com maior
interferência no espaço de atuação dos outros poderes.
● O ativismo judicial refere-se à prática dos juízes de interpretar
e aplicar a lei de maneira mais ampla ou proativa do que
estritamente determinada pelo texto da lei. Em vez de se
limitarem a tomar decisões baseadas apenas nas leis
existentes e na jurisprudência, os juízes ativistas tendem a
considerar fatores políticos, sociais e morais na formulação de
suas decisões.
■ Consequências:
● Fortalecimento do STF (responsável pela interpretação da CF);
● STF faz controle concentrado de constitucionalidade;
5
● Surgimento de súmulas vinculantes (reiteradas decisões sobre
matéria constitucional que, após devida aprovação pelo STF, a
partir de sua publicação, vinculará os demais órgãos do Poder
Judiciário e a administração pública).
○ A constituição é reescrita em muitos países, pós guerra mundial para a
valorização dos princípios do direito (Europa). Constituição como documento
que vai ser um repositório de diversos valores escritos que ampliam a
visualização de moralidade jurídica, do direito não ser simplesmente uma
ferramenta cega de injustiças (direito objetivo)
○ Ampliação da chegada do Direito, o tornando mais subjetivo (levado em
consideração a opinião de Juíz x ou Y→ Ativismo jurídico)
○ Judicialização: Efetivação de direitos fundamentais. Ex: temas de políticas
públicas
○ Final da segunda guerra: valores dos tratados internacionais passam para as
constituições
○ BRASIL: fortalecimento do STF; súmulas vinculantes; efeito das decisões do
stf são supremas
○ Hermenêutica jurídica
○
● Hermenêutica Constitucional
○ Hermenêutica:
➢ Regras para a obtenção de uma interpretação
➢ Ciência responsável pela interpretação
➢ Não podemos falar em interpretações definitivas, já que valores se
modificam numa sociedade
➢ Interpretação do enunciado normativo:
● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica
● Norma= enunciado + contexto→ concretização das normas
constitucionais
○ Métodos clássicos de hermenêutica6
➢ Técnicas aplicadas no caso de incompatibilidade de normas
● Lei superior revoga Lei inferior (critério da hierarquia)
● Lei especial revoga Lei geral (critério da especialidade)
● Lei mais nova revoga Lei anterior (critério cronológico)
➢ Influência de Savigny
● Interpretação gramatical: Se inicia pelo valor semântico das
palavras, levando em consideração apenas os aspectos
gramaticais da Lei. Ex: emprego da vírgula e das demais
pontuações, posição do sujeito ou do objeto da frase etc.
● Interpretação Lógica: Busca entender a intenção do
Legislador por meio de raciocínio lógicos e científicos→
relações de conteúdo entre as estruturas das frases
● Interpretação sistemática: consiste na análise da norma por
meio do sistema jurídico em que ela faz parte. Ex:
compreender uma norma tributária por meio do próprio
Direito tributário, sistema em que essa norma está inserida.
● Interpretação Histórica: Interpretar a Lei analisando a
situação da época em que foi projetada
➙ Remota: buscam-se as origens da Lei (valores da época,
circunstâncias específicas, intenção do legislador em
seu contexto social, etc.)
➙ Próxima: busca-se o sentido e alcance da Lei
conjugando o seu processo histórico de formação com
os valores mais contemporâneos
● Interpretação sociológica ou teleológica: Fundamenta-se na
análise da finalidade da regra, no seu objetivo social, no fim a
ser alcançado. Art. 5 da LINDB: “Na aplicação da lei, o juiz
atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do
bem comum”.
○ Mutação Constitucional
➢ Hermenêutica Constitucional
● “Axiomas” (dicionário: verdades inquestionáveis
universalmente válidas, muitas vezes utilizadas como
7
princípios na construção de uma teoria ou como base para
uma argumentação)
➙ A Constituição é a Lei maior do ordenamento jurídico
➙ A Constituição é formada por princípios e regras
(densidade normativa dos princípios)
➙ Os princípios constitucionais podem estar em conflito e
a interpretação deve garantir harmonia à Constituição.
➙ Não existem lacunas na Constituição; as lacunas são
aparentes, pois o intérprete deve preenchê-las.
● Princípio da unidade Constitucional
➙ A Constituição não pode ser compreendida
parcialmente, deve ser interpretada de maneira que
não existam contradições entre suas normas. Ex:
propriedade vs. função social
➙ Princípio do efeito integrador
■ Na solução de problemas jurídicos relacionados
à interpretação da Constituição, deve ser dada
preferência aos critérios que favorecem a
integração da Ordem Política, Social e Econômica
com a Constituição.
■ É um critério que atualiza o texto Constitucional
com a realidade social.
➙ Princípio da máxima eficácia e efetividade da
constituição
■ Para uma norma constitucional, deve ser dado o
sentido que lhe traga o maior grau de aplicação
■ Relação entre o mundo do dever ser com o
mundo do ser
➙ Princípio da justeza ou da conformidade funcional: O
órgão responsável pela hermenêutica constitucional,
deve ser fiel aos valores contidos na constituição e
atuar conforme a competência que a própria lhe
concedeu→ Questão do ativismo judicial
8
➙ Princípio da força normativa da constituição: : as
técnicas de interpretação devem garantir força
normativa à Constituição, ou seja, que ela seja
considerada a norma suprema do ordenamento jurídico
➙ Princípio da concordância prática ou da Harmonização:
os bens jurídicos em conflito devem ser coordenados
para se evitar o sacrifício total de uns em detrimento de
outros.
➙ Princípio da ponderação: Deve haver uma justa medida
na aplicação dos princípios constitucionais, para o caso
de colisão
■ Equilíbrio e ordenação de bens em conflito,
especialmente diante de um caso concreto
(prevalência de interesses).
■ Necessidade de fundamentação
➙ Princípio da proporcionalidade: Otimização das
possibilidades de fato e jurídicas numa situação
concreta. Noção de razoabilidade.
■ Subprincípios:
● Idoneidade ou adequação:
○ Uma medida é idônea ou
adequada se os fins que busca são
realizados quando aplicada
● Necessidade;
○ A restrição é necessária: Uma
medida é necessária se não
houver outra que, ao mesmo
tempo, seja menos gravosa e tão
eficiente quanto a medida tomada
● Proporcionalidade em sentido estrito.
○ Ex. colisão entre o direito
fundamental A com o direito
fundamental B
9
○ A restrição de A só se justifica se a
preservação de B gerar mais
benefício à sociedade e não atingir
seu núcleo central.
● Solução conciliatória no caso de colisão
● entre Direitos Fundamentais
Hard Case
- Candomblé, o Batuque, o Omolokô, a Santeria e a
Umbanda.
- https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/di
reitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioe
s-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270
- As religiões de origem afro têm todas uma norma muito
clara: o animal precisa ser morto de forma rápida e que
não provoque dor.
- EssaUsando uma faca, o sacerdote abre a garganta do
animal. Na sequência, degola o bicho, que ainda se
debate. Algumas partes específicas, como o coração e os
genitais, são colocadas sobre um alguidar - uma bacia de
barro. Esses pedaços serão oferecidos para o orixá que
vai “comer”. O sangue é recolhido e utilizado para
sacramentar imagens e instrumentos utilizados no
terreiro. Todo o restante do corpo é aproveitado. O couro
será usado para fazer atabaques. A carne vira churrasco:
os terreiros fazem grandes almoços para os filhos de
santo e os visitantes
- galinhas, patos, pombos, bodes, carneiros e até mesmo
bois inteiros. Mas não se mata animal silvestre nem
animal doméstico.
10
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270
- Trata-se de um sistema mítico de restituição que coloca as
energias em ação, provocando o movimento e a Vida
- “Óbvio que faz sentido, é parte integrante dos cultos
afrobrasileiros”, responde o arqueólogo e antropólogo
Rodrigo Pereira, pesquisador do Laboratório de História das
Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. “O sacrifício se constitui em um momento de
congregação entre deuses e homens. Merece, por isso,
respeito e compreensão.”
- Apenas 0,3% da população brasileira se declarar integrante
de religião de matriz africana, segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia
- São muitos, dependendo do orixá (ou do guia de umbanda)
que vai “comer”: galinhas, patos, pombos, bodes, carneiros
e até mesmo bois inteiros. Mas não se mata animal silvestre
nem animal doméstico. Muitas vezes, são mortos vários
bichos para um mesmo ritual. O primeiro bicho,
obrigatoriamente, é dedicado ao orixá Exu, que abre os
caminhos e garante que os demais orixás recebam suas
oferendas.
SEGUNDO SEM�TRE
Terceiro Bimestre
O Estado Federal Brasileiro
● O que são formas de Estado (território, povo e soberania)?
○ Como um Estado está organizado, dividido, centralizado ou
descentralizado
11
■ Unitário: o poder parte de um órgão central e é homogêneo em
toda a parte do território
■ Regional: Quanto maior o tamanho do Estado mais difícil é um
órgão central deliberar comandos homogêneos (leva a
descentralização)→ Estado intermediário→ algumas regiões
possuem autonomia
■ Federal: Os estados possuem maior autonomia, inclusive com a
presença de governadores eleitos pelo povo, com a presença de
políticas públicas diversas (divisão e descentralização)→ Brasil:
autonomia municipal (câmara de vereadores, órgão
administrativos próprios)
● Confederação: Cada Estado tinha poder soberano sobre
sua área e continha um vínculo com o outro de acordo
com a necessidade(“pactos de convivência”)→ Estados
independentes→ trocam sua independência e soberania
pela autonomia, formando uma constituição com vínculo
obrigatório com o Estado em si (Federação)
● aprovamos uma constituição em 1891
● As unidades federativas, possuem autonomia (política,
administrativa, legislativa e financeira) entretanto, não
estão no mesmo nível ou em nível superior em relação a
soberania do Estado. Pelo contrário, são subjugados a
esta pois este é o poder máximo
● A União não decide tudo, ela recebe da constituição
competências que ela pode cuidar
○ Federação brasileira:
■ União
■ Estados-membros, DF
■ Municípios
12
■ Sendo estes indissolúveis e pessoas jurídicas de direito Público -
unidades federativas
○ República Federativa do Brasil = Soberania
○ Unidades federativas = autonomia→ política; legislativa;
administrativa; financeiro
● Poder constituinte derivado decorrente→ É a possibilidade dos Estados
membros da federação terem uma constituição própria que os auto organiza
○ Princípio da simetria→
é aquele que exige que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotem, sempre que possível, em suas respectivas Constituições
Estaduais e Leis Orgânicas (Lei Orgânica é como se fosse a
“Constituição do Município”--> não é fruto do P. const. D. decorrente),
os princípios fundamentais e as regras de organização existentes na
Constituição
○ O território Art. 33→ pode se dividir em municípios
○ O DF não se divide em municípios competências estaduais e
municipais Art. 32 / lei orgânica
● Competências Federativas
○ Art. 21 - Competência administrativa da União→ Quais são os
serviços e atividades que a união deve prestar→ Órgãos do poder
executivo→ atividades gerais (estão na mão da União pois são
serviços estratégicos e de alta importância, garantindo que cheguem
aos cidadãos brasileiros de forma homogênea, sendo a União a titular
do serviço)→ De natureza exclusiva, não podendo ser delegadas a
nenhuma outra unidade federativa Ex. estado membro ou municípios
→ possui 26 competências (26 artigos)→ ou competência material da
União→ predominância de interesses é a lógica geral que passa a
união de interesses institucionais (competência união vs. municipal),
13
dizer que cabe a união atividades de âmbito mais geral (EX. serviços de
telecomunicação)
■ Nos municípios as competências que estão mais locais, com a
necessidade de especificidade para o cidadão que mora
naquele local
○ Art. 22 - Competência legislativa da União→ privativa
■ Pode ser delegada por meio de Lei complementar (congresso
nacional)→ parágrafo único→ Se eu quero uma lei de
abrangência geral a lei deve sair do Congresso Nacional (Ex. Lei
Eleitoral, do Trabalho→ âmbito nacional→ se fosse por
município teria diferença no tratamento entre a população)→
COMPETÊNCIA PARA FAZER UMA LEI SOBRE DETERMINADO
TEMA→ O artigo 22 não é mais exclusivo, por existir uma forma
de delegar (para Estados por meio de Lei complementar)→ a
competência privativa para direito penal é da União, mas sob
Lei complementar pode delegar para os Estados Membros
○ Art 30 - Municípios - predominância de interesses é Local
■ Competências legislativas e administrativas
■ compete aos municípios legislar sobre assuntos de interesses
locais (tema aberto, gerando debates)
● Ex. Linha de ônibus municipal, Saúde básica local,
creches, plano diretor (crescimento da cidade, como pode
ser os prédios, meio ambiente, etc.). Ex: tributário
○ Art 25 - Estados membros - Nem gerais e nem especificamente locais,
com abrangência de certa forma ampla
■ Estados têm competência remanescente (todas as
competências que não forem da União e dos Municípios)
14
■ PRINCÍPIO DA AUTONOMIA→ PERMITE QUE OS ESTADOS SE
ORGANIZEM→ por exemplo, em relação a organização política
(governadores)
■ Gás e organização das regiões metropolitanas
○ Art 23 (competência comum→ administrativa→ parágrafo único - leis
complementares) e 24 (competências concorrentes - legislativo)→
Federalismo Cooperativo
○ Soberania = República Federativa do Brasil (Art 1º I)
○ Autonomia = Unidades Federativas (Art. 18)
■ Política;
■ legislativa;
■ Administrativa;
■ Financeira.
○ Art 24 - leis sobre educação→ LDB→ condomínios legislativos = União
(normas gerais), Estados (suplementar), municípios (suplementar)
■ parágrafo 4: o termo jurídico correto é suspende a eficácia (não
é revogação)
Quarto Bimestre
● Federalismo e competências tributárias:
● o tributo envolve uma perspectiva de autonomia das entidades federativas
→ sistema solidário em que cada um de nós contribui para que o Estado
acumule os tributos e reverta em políticas públicas
■ Imposto: (atividades de interesse coletivo)
■ Taxa: conta de luz
■ contribuições sociais: tributos retirados do campo do trabalho
para sustentar atividades sociais
■ contribuições atividade econômica: ex. carteirinha da OAB
○ A constituição organiza o sistema tributário
15
○ Descentralização: competências para tributar (art. 145 a 156 da CF/88)
e repartição das receitas tributárias (art. 157 a 162 da CF/88).
○ Competência tributária: instituir, cobrar e fiscalizar um tributo
unidades federativas podem criar benefícios, isenções e incentivos
(pode gerar a guerra fiscal). Somente a Constituição pode criar
tributos, os entes federativos os instituem conforme competência
constitucional
■ Cada ente usa seu tributo de acordo com a competência de
cada um (DIVISÃO CONSTITUCIONAL)→ orçamento municipal
para competência municipal e assim por diante
■ Impostos de competência da União (importação, exportação, de
renda (física e jurídica), IPI, propriedade territorial rural, sobre
grandes fortunas (depende de lei complementar) etc.), estados
e municípios
○ Art.155 da CF/88 (Estados e DF):
■ Transmissão causa mortir e doação, de quaisquer bens ou
direitos (ex. herança)
■ ICMS: Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação. aomda qie as operações e
prestações se iniciem no exterior (guerra fiscal→ oferta para
empresas se instalarem na região por benfícios fiscais)
■ IPVA: Propriedade de veículos automotes
○ Art. 156 da CF/88 (Municípios)
■ propriedade predial e territorial urbana
■ transmissão intervivos, a qualquer título (compra e venda de
imóveis)
serviço de qualquer natureza (presta o serviço e tem um
desconto)
16
○ Formação do Orçamento público
○ Uma gestão não pode do nada querer construir um hospital, por
exemplo, existe toda uma amarração legislativa (autorização
orçamentária de gastos)→ o gasto passa por pelo menos três leis(CN,
assembleia legislativa, câmara de vereadores)→ não é escolhido
livremente pelo executivo (projetos de gastos que devem ser
autorizados pelo legislativo)→ programa autorizado para gasto (lógica
de orçamento)
■ PPA - Plano plurianual (prevê uma regra de investimento de
médio prazo (mais ou menos 4 anos)→ impedir que toda vez
que tenhamos um governo novo, tal obra ou projeto
simplesmente pare→ tentativa constitucional de planejar em
médio prazo um investimento publico para que não haja uma
surpresa de demarteamento público (governo de 27 tem que
seguir o de 23)→ planejamento
■ LDO → Lei de diretrizes orçamentarias→ comanda os
princípios dos gastos→ prioridades do governo para o próximo
ano
■ LOA→ Lei orçamentária anual→ instrumento que possibilita a
realização de metase das prioridades estabelecidas pela LDO
(anteriormente)→ previsão de todas as receitas a serem
arrecadadas no anoe fixa os gastos que os Poderes e os órgãos
estão autorizados a executar
17
A Intervenção é um mecanismo presente na Constituição Federal de caráter
excepcional, de natureza extrema, sendo utilizada apenas em momentos
específicos previstos na CF/88, quando não houver mais nenhum outro recurso
para resolver a situação.
Quando, por exemplo, uma intervenção federal é decretada em um estado, a
autonomia desse ente federativo é limitada temporariamente,de maneira parcial
ou total. Iremos ver mais adiante alguns exemplos, como no caso da intervenção
federal no Rio de Janeiro, na área da segurança, em que a União assumiu, de forma
temporária, o controle de todas as forças de segurança do estado.
Dentre os motivos para a acionamento de uma intervenção estão: garantir a
integridade constitucional; manter a ordem pública; reorganizar as finanças dos
estados e dos municípios, entre outras que serão discutidas nesse artigo.
A intervenção pode ser realizada a nível federal, ou seja, quando a União intervém
nos Estados ou no Distrito Federal; ou a nível estadual, quando os Estados intervêm
nos seus municípios.
Atenção: Há a previsão de que a União intervenha em municípios, mas apenas
naqueles localizados em territórios federais. Desse modo, não há a possibilidade
de que a União intervenha nos municípios dos Estados Federados.
Intervenção Federal e Estadual
18
Intervenção Federal e Estadual
A Intervenção não viola o Estado Democrático de Direito, ou seja, mesmo que os
entes federativos tenham autonomia, ela pode ser limitada em determinados
casos, de modo a garantir a ordem e o cumprimento das normas constitucionais e
legais por parte de todos os Estados e Municípios.
Há alguns princípios que precisam ser seguidos em caso de intervenção:
Excepcionalidade: será realizada apenas em casos extremos;
Necessidade: deve haver motivação plausível para a intervenção;
Temporariedade: a intervenção não pode ser definitiva, precisa haver um prazo
definido;
Formalidade: é preciso seguir as formalidades constitucionais para que ela seja
decretada.
A partir de agora, iremos detalhar um pouco mais sobre as hipóteses previstas na
Constituição Brasileira para a decretação da Intervenção Federal e da Estadual.
Intervenção Federal
Situações
A intervenção federal é realizada pela União nos Estados, no Distrito Federal, ou
nos Municípios de Territórios Federais.
19
Em regra, a União não realizará intervenção, salvo se for para:
manter a integridade nacional;
repelir invasão estrangeira ou de um estado em outro;
encerrar grave comprometimento da ordem pública;
garantir o livre exercício dos Poderes;
reorganizar as finanças do estado que suspender o pagamento da dívida fundada
por mais de dois anos consecutivos, ou quando o estado deixar de entregar aos
seus Municípios as receitas tributárias dentro dos prazos;
garantir a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis, como a forma
republicana, o regime democrático, os direitos da pessoa humana, a autonomia
municipal, a prestação de contas da administração pública e a aplicação do mínimo
exigido da receita estadual em saúde e educação.
Por exemplo, caso o estado da Bahia se recuse a prestar as devidas contas da sua
administração, a União poderá realizar uma intervenção federal nesse estado.
A intervenção federal será formalizada através de Decreto Federal, o qual
especificará a amplitude, o prazo e, se for o caso, um interventor. Este decreto será
submetido ao Congresso Nacional em até 24 horas para apreciação.
Classificações das Hipóteses
Há 4 maneiras de decretar uma intervenção federal:
20
Por Solicitação:
Ocorre quando é necessário garantir o livre exercício dos Poderes Legislativo e
Executivo nos Estados. Desse modo, o poder coagido pode solicitar a intervenção
ao Presidente da República, que tem a opção de aceitar ou não a solicitação da
intervenção federal.
Por Requisição:
Esta ocorre quando é necessário garantir o livre exercício do Poder Judiciário, em
que o STF, STJ ou TSE, a depender da situação, poderá requisitar a intervenção ao
presidente da república. Além disso, quando houver a necessidade de prover a
execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, o STF, e apenas ele, poderá
requisitar ao presidente a intervenção. Nesses casos, o presidente da república
estará vinculado a esta requisição.
Por provimento do STF, de representação do PGR:
Essa situação é quando há o desrespeito aos Princípios Constitucionais Sensíveis
por parte de algum ente da federação, além da situação de quando houver a
recusa ao cumprimento de lei federal. Assim, o Procurador-Geral da República
(PGR), através da Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, poderá
representar ao STF sobre a situação, que decidirá pelo provimento ou não da
representação, obrigando o Presidente a decretar a intervenção federal, em caso
de provimento.
21
Espontânea:
Ocorre nas demais hipóteses, em que o presidente que decide pela intervenção
federal, escutando antes o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional.
Intervenção Estadual
A Intervenção Estadual é realizada pelos Estados em seus Municípios.
Em regra, os Estados não realizarão intervenção, salvo quando o município:
não pagar, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida
fundada; não prestar as contas devidas; ou não tiver aplicado o mínimo exigido da
receita municipal em saúde e educação;
não assegurar a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual, ou
para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
Nesses casos, será o governador do estado que irá decretar a intervenção estadual.
Sendo que, nas hipóteses presentes no segundo ponto acima, é necessário que o
Tribunal de Justiça do Estado dê provimento à representação.
Percebe-se que todas as hipóteses acima são casos similares a algumas
ocorrências da intervenção federal.
22
A Intervenção Estadual será formalizada através de decreto estadual, nos mesmos
moldes do decreto na Intervenção Federal.
Atenção: A intervenção estadual será declarada através da publicação do decreto
interventivo pelo governador (ou presidente, na federal). Desse modo, o Poder
Legislativo apenas apreciará o decreto, não sendo competente para decretar a
intervenção. Mas, caso o Congresso ou a Assembleia Legislativa não aprove o
decreto, a intervenção deverá ser imediatamente cessada.ati
Poder constituinte originário/ derivado
Art 60 - § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida
e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Limite circunstancial
Federação competência
Competência estado
Competência município
21,22,23,24,25,30
Conceito de federação
Diferença de desmembramento interno e sesecao externa (pegadinha) Art 18
34,35,36 - intervenção (fazer a tabela)
Hermenêutica constitucional (estudar pelos slides)
23
Neoconstitucionalismo
Adequação
24

Continue navegando