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Direito Constitucional PRIMEIRO SEM�TRE DE 2023 INSTRUTOR: Denise Auad no_reply@example.com Constitucionalismo Movimento político ideológico do século XVIII: ○ Limitar o poder Estatal ○ pacto social escrito (carta magna) ○ fornecer proteção aos direitos fundamentais humanos ● Movimentos precedentes ○ Independência dos EUA ○ Revolução Francesa ● Documentos precedentes ○ Magna carta ○ Bill of rights ○ Declaração dos direitos do homem e do cidadão ● Pilares do Constitucionalismo ○ Constituição escrita ○ Divisão dos 3 poderes ○ Reconhecimento de direitos individuais ○ Segurança jurídica Poder Constituinte Poder Constituinte é o poder de criar ou atualizar uma constituição - O titular do poder constituinte é o povo - Nem sempre o poder é realizado diretamente pelo povo 1 ● Originário: - Poder de criar uma constituição, seja ela a primeira ou uma nova - Assembleia nacional constituinte, em países democráticos, são eleitas pelo povo - Promulgada: resultantes das assembleias populares e imposta pelo próprio povo, através de seus representantes (democrática) - Outorgada: aquela que parte do soberano e é imposta ao povo (ditatorial) - O poder é inicial, pois dá início a uma nova ordem jurídica - É ilimitado juridicamente, pois não precisa respeitar qualquer limite imposto pela constituição anterior - É incondicionado, pois não possui pré condições - É permanente, pois nada impede que a qualquer momento surja um novo movimento constitucionalista - Ex: 1988 - Histórico: nova constituição - Revolucionário: todas as outras ● Derivado - Secundário - limitado - condicionado - subordinado - visto que deve seguir o direito constitucional originário - Decorrente: poder conferido aos estados membros de ter suas próprias constituições estaduais (assembleia decorrente) - Municípios: lei orgânica - Poder reformador: possibilita mudanças na constituição por meio de emendas constitucionais - Constituição Imutável, flexível ou rígida (como é o caso da nossa de 88, visto que seu processo de aprovação é mais rígido do que aquele utilizado para aprovar uma lei ordinária) - Processo de aprovação da revisão: (A revisão se dá após 5 anos, para conferir se o poder constituinte está dando certo, a análise é ampla) 2 - Pelo voto da maioria absoluta do congresso nacional (50%+1) - em sessão unicameral (câmara dos deputados+senado) - Processo de aprovação da EMENDA CONSTITUCIONAL 1. PEC (proposta de emenda constitucional) - Pode impor emenda: - ⅓ no mínimo dos deputados federais ou senadores - Presidente da República - Mais da metade das Assembleias das unidades da federação, pela maioria relativa de seus membros 2. A proposta de emenda será discutida e votada em 2 turnos em cada casa do CN - Casa Inicial: Câmara dos deputados - Casa Revisora: Senado - Será ao contrário quando a pec for do Senado 3. Proposta da Pec será aprovada quando obtiver 3 - Tanto a câmara dos deputados, quanto o senado federal, devem aprovar o conteúdo da emenda por ⅗ (60%) em 2 turnos nas 2 casas, ou seja, há a primeira votação na casa inicial (câmara dos deputados), se obtiver quórum, vota-se uma 2 vez e se obtiver quórum dnv é passada para a Casa Revisora (Senado) e se obtiver quórum 2 vezes, é aprovada. - A emenda é PONTUAL - Não pode haver emendas constitucionais durante Estado de Sítio e intervenção federal - Uma emenda não pode reduzir CLÁUSULA PÉTREA - Limite material da constituição - Explícitas: aquelas presentes diretamente no plano constitucional - Implícitas: Encontradas através de um processo interpretativo . Ex: forma republicana de governo e a dignidade da pessoa humana 3 SEGUNDO BIM�TRE ● Neoconstitucionalismo ○ Antecedentes: ■ Atrocidades causadas pelo nazismo e apoiados no Direito ■ Separação entre direito e valores morais (igualdade, liberdade, dignidade) ■ direito puramente positivo ○ Novidade: Inclusão de valores e princípios na Constituição ○ Neoconstitucionalismo no Brasil ■ Redemocratização na década de 80 ■ A constituição federal de 1988 foi o marco inaugural do neoconstitucionalismo no Brasil ■ Traz uma nova realidade interpretativa: Aproximação da Lei e Moral ○ Teorias: ■ Jusnaturalismo: Direito natural ou inerente à condição humana, independentemente de estar escrito ou não. Acredita em leis superiores, direito como produto de ideais (metafísico), valores como pressuposto a existência de leis naturais ■ Positivismo: É direito aquilo que está positivado, ou seja, escrito. Tendo elementos empíricos como base do Direito→ produto da vontade humana ■ Pós-positivismo: Lei + valores. Aplicação de valores as leis escrita ○ Fundamento do Neoconstitucionalismo (SUPERAÇÃO DO FORMALISMO JURÍDICO) ■ A Constituição tem força normativa e contempla princípios de status constitucional ■ Influência das Teorias da Justiça no Direito 4 ■ Judicialização: casos relacionados à efetivação de Direitos Fundamentais passam a ser demandados na Justiça. Ex: temas de políticas públicas (tratamento médico), debate de “hard cases” decisões com teor político, grande repercussão ■ Empoderamento do Poder Judiciário ● ativismo judicial: participação mais ampla e intensa do Judiciário na concretização de valores e fins constitucionais com maior interferência no espaço de atuação dos outros Poderes (judiciário interfere nos outros Poderes com base nas regras e princípios constitucionais). ○ Obs: Judicialização e Ativismo Judicial andam juntos ■ Filtragem constitucional: as normas devem ser lidas e compreendidas por meio das “lentes” da Constituição ■ Importância da interpretação em decorrência da polissemia dos termos e da subjetividade dos princípios ○ Desafios do Neoconstitucionalismo: ■ Ativismo jurídico: ● Contexto: A chegada dos chamados Hard Cases no judiciário. Ex: Eutanásea, direito ao esquecimento, etc, ● Conceito: Participação mais ampla e intensa do Judiciário na concretização de valores e fins constitucionais com maior interferência no espaço de atuação dos outros poderes. ● O ativismo judicial refere-se à prática dos juízes de interpretar e aplicar a lei de maneira mais ampla ou proativa do que estritamente determinada pelo texto da lei. Em vez de se limitarem a tomar decisões baseadas apenas nas leis existentes e na jurisprudência, os juízes ativistas tendem a considerar fatores políticos, sociais e morais na formulação de suas decisões. ■ Consequências: ● Fortalecimento do STF (responsável pela interpretação da CF); ● STF faz controle concentrado de constitucionalidade; 5 ● Surgimento de súmulas vinculantes (reiteradas decisões sobre matéria constitucional que, após devida aprovação pelo STF, a partir de sua publicação, vinculará os demais órgãos do Poder Judiciário e a administração pública). ○ A constituição é reescrita em muitos países, pós guerra mundial para a valorização dos princípios do direito (Europa). Constituição como documento que vai ser um repositório de diversos valores escritos que ampliam a visualização de moralidade jurídica, do direito não ser simplesmente uma ferramenta cega de injustiças (direito objetivo) ○ Ampliação da chegada do Direito, o tornando mais subjetivo (levado em consideração a opinião de Juíz x ou Y→ Ativismo jurídico) ○ Judicialização: Efetivação de direitos fundamentais. Ex: temas de políticas públicas ○ Final da segunda guerra: valores dos tratados internacionais passam para as constituições ○ BRASIL: fortalecimento do STF; súmulas vinculantes; efeito das decisões do stf são supremas ○ Hermenêutica jurídica ○ ● Hermenêutica Constitucional ○ Hermenêutica: ➢ Regras para a obtenção de uma interpretação ➢ Ciência responsável pela interpretação ➢ Não podemos falar em interpretações definitivas, já que valores se modificam numa sociedade ➢ Interpretação do enunciado normativo: ● Interpretar é descobrir o sentido e o alcance da norma jurídica ● Norma= enunciado + contexto→ concretização das normas constitucionais ○ Métodos clássicos de hermenêutica6 ➢ Técnicas aplicadas no caso de incompatibilidade de normas ● Lei superior revoga Lei inferior (critério da hierarquia) ● Lei especial revoga Lei geral (critério da especialidade) ● Lei mais nova revoga Lei anterior (critério cronológico) ➢ Influência de Savigny ● Interpretação gramatical: Se inicia pelo valor semântico das palavras, levando em consideração apenas os aspectos gramaticais da Lei. Ex: emprego da vírgula e das demais pontuações, posição do sujeito ou do objeto da frase etc. ● Interpretação Lógica: Busca entender a intenção do Legislador por meio de raciocínio lógicos e científicos→ relações de conteúdo entre as estruturas das frases ● Interpretação sistemática: consiste na análise da norma por meio do sistema jurídico em que ela faz parte. Ex: compreender uma norma tributária por meio do próprio Direito tributário, sistema em que essa norma está inserida. ● Interpretação Histórica: Interpretar a Lei analisando a situação da época em que foi projetada ➙ Remota: buscam-se as origens da Lei (valores da época, circunstâncias específicas, intenção do legislador em seu contexto social, etc.) ➙ Próxima: busca-se o sentido e alcance da Lei conjugando o seu processo histórico de formação com os valores mais contemporâneos ● Interpretação sociológica ou teleológica: Fundamenta-se na análise da finalidade da regra, no seu objetivo social, no fim a ser alcançado. Art. 5 da LINDB: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”. ○ Mutação Constitucional ➢ Hermenêutica Constitucional ● “Axiomas” (dicionário: verdades inquestionáveis universalmente válidas, muitas vezes utilizadas como 7 princípios na construção de uma teoria ou como base para uma argumentação) ➙ A Constituição é a Lei maior do ordenamento jurídico ➙ A Constituição é formada por princípios e regras (densidade normativa dos princípios) ➙ Os princípios constitucionais podem estar em conflito e a interpretação deve garantir harmonia à Constituição. ➙ Não existem lacunas na Constituição; as lacunas são aparentes, pois o intérprete deve preenchê-las. ● Princípio da unidade Constitucional ➙ A Constituição não pode ser compreendida parcialmente, deve ser interpretada de maneira que não existam contradições entre suas normas. Ex: propriedade vs. função social ➙ Princípio do efeito integrador ■ Na solução de problemas jurídicos relacionados à interpretação da Constituição, deve ser dada preferência aos critérios que favorecem a integração da Ordem Política, Social e Econômica com a Constituição. ■ É um critério que atualiza o texto Constitucional com a realidade social. ➙ Princípio da máxima eficácia e efetividade da constituição ■ Para uma norma constitucional, deve ser dado o sentido que lhe traga o maior grau de aplicação ■ Relação entre o mundo do dever ser com o mundo do ser ➙ Princípio da justeza ou da conformidade funcional: O órgão responsável pela hermenêutica constitucional, deve ser fiel aos valores contidos na constituição e atuar conforme a competência que a própria lhe concedeu→ Questão do ativismo judicial 8 ➙ Princípio da força normativa da constituição: : as técnicas de interpretação devem garantir força normativa à Constituição, ou seja, que ela seja considerada a norma suprema do ordenamento jurídico ➙ Princípio da concordância prática ou da Harmonização: os bens jurídicos em conflito devem ser coordenados para se evitar o sacrifício total de uns em detrimento de outros. ➙ Princípio da ponderação: Deve haver uma justa medida na aplicação dos princípios constitucionais, para o caso de colisão ■ Equilíbrio e ordenação de bens em conflito, especialmente diante de um caso concreto (prevalência de interesses). ■ Necessidade de fundamentação ➙ Princípio da proporcionalidade: Otimização das possibilidades de fato e jurídicas numa situação concreta. Noção de razoabilidade. ■ Subprincípios: ● Idoneidade ou adequação: ○ Uma medida é idônea ou adequada se os fins que busca são realizados quando aplicada ● Necessidade; ○ A restrição é necessária: Uma medida é necessária se não houver outra que, ao mesmo tempo, seja menos gravosa e tão eficiente quanto a medida tomada ● Proporcionalidade em sentido estrito. ○ Ex. colisão entre o direito fundamental A com o direito fundamental B 9 ○ A restrição de A só se justifica se a preservação de B gerar mais benefício à sociedade e não atingir seu núcleo central. ● Solução conciliatória no caso de colisão ● entre Direitos Fundamentais Hard Case - Candomblé, o Batuque, o Omolokô, a Santeria e a Umbanda. - https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/di reitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioe s-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270 - As religiões de origem afro têm todas uma norma muito clara: o animal precisa ser morto de forma rápida e que não provoque dor. - EssaUsando uma faca, o sacerdote abre a garganta do animal. Na sequência, degola o bicho, que ainda se debate. Algumas partes específicas, como o coração e os genitais, são colocadas sobre um alguidar - uma bacia de barro. Esses pedaços serão oferecidos para o orixá que vai “comer”. O sangue é recolhido e utilizado para sacramentar imagens e instrumentos utilizados no terreiro. Todo o restante do corpo é aproveitado. O couro será usado para fazer atabaques. A carne vira churrasco: os terreiros fazem grandes almoços para os filhos de santo e os visitantes - galinhas, patos, pombos, bodes, carneiros e até mesmo bois inteiros. Mas não se mata animal silvestre nem animal doméstico. 10 https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270 https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270 https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2023-01/casos-de-ataques-religioes-de-matriz-africana-crescem-acima-de-270 - Trata-se de um sistema mítico de restituição que coloca as energias em ação, provocando o movimento e a Vida - “Óbvio que faz sentido, é parte integrante dos cultos afrobrasileiros”, responde o arqueólogo e antropólogo Rodrigo Pereira, pesquisador do Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “O sacrifício se constitui em um momento de congregação entre deuses e homens. Merece, por isso, respeito e compreensão.” - Apenas 0,3% da população brasileira se declarar integrante de religião de matriz africana, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia - São muitos, dependendo do orixá (ou do guia de umbanda) que vai “comer”: galinhas, patos, pombos, bodes, carneiros e até mesmo bois inteiros. Mas não se mata animal silvestre nem animal doméstico. Muitas vezes, são mortos vários bichos para um mesmo ritual. O primeiro bicho, obrigatoriamente, é dedicado ao orixá Exu, que abre os caminhos e garante que os demais orixás recebam suas oferendas. SEGUNDO SEM�TRE Terceiro Bimestre O Estado Federal Brasileiro ● O que são formas de Estado (território, povo e soberania)? ○ Como um Estado está organizado, dividido, centralizado ou descentralizado 11 ■ Unitário: o poder parte de um órgão central e é homogêneo em toda a parte do território ■ Regional: Quanto maior o tamanho do Estado mais difícil é um órgão central deliberar comandos homogêneos (leva a descentralização)→ Estado intermediário→ algumas regiões possuem autonomia ■ Federal: Os estados possuem maior autonomia, inclusive com a presença de governadores eleitos pelo povo, com a presença de políticas públicas diversas (divisão e descentralização)→ Brasil: autonomia municipal (câmara de vereadores, órgão administrativos próprios) ● Confederação: Cada Estado tinha poder soberano sobre sua área e continha um vínculo com o outro de acordo com a necessidade(“pactos de convivência”)→ Estados independentes→ trocam sua independência e soberania pela autonomia, formando uma constituição com vínculo obrigatório com o Estado em si (Federação) ● aprovamos uma constituição em 1891 ● As unidades federativas, possuem autonomia (política, administrativa, legislativa e financeira) entretanto, não estão no mesmo nível ou em nível superior em relação a soberania do Estado. Pelo contrário, são subjugados a esta pois este é o poder máximo ● A União não decide tudo, ela recebe da constituição competências que ela pode cuidar ○ Federação brasileira: ■ União ■ Estados-membros, DF ■ Municípios 12 ■ Sendo estes indissolúveis e pessoas jurídicas de direito Público - unidades federativas ○ República Federativa do Brasil = Soberania ○ Unidades federativas = autonomia→ política; legislativa; administrativa; financeiro ● Poder constituinte derivado decorrente→ É a possibilidade dos Estados membros da federação terem uma constituição própria que os auto organiza ○ Princípio da simetria→ é aquele que exige que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotem, sempre que possível, em suas respectivas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas (Lei Orgânica é como se fosse a “Constituição do Município”--> não é fruto do P. const. D. decorrente), os princípios fundamentais e as regras de organização existentes na Constituição ○ O território Art. 33→ pode se dividir em municípios ○ O DF não se divide em municípios competências estaduais e municipais Art. 32 / lei orgânica ● Competências Federativas ○ Art. 21 - Competência administrativa da União→ Quais são os serviços e atividades que a união deve prestar→ Órgãos do poder executivo→ atividades gerais (estão na mão da União pois são serviços estratégicos e de alta importância, garantindo que cheguem aos cidadãos brasileiros de forma homogênea, sendo a União a titular do serviço)→ De natureza exclusiva, não podendo ser delegadas a nenhuma outra unidade federativa Ex. estado membro ou municípios → possui 26 competências (26 artigos)→ ou competência material da União→ predominância de interesses é a lógica geral que passa a união de interesses institucionais (competência união vs. municipal), 13 dizer que cabe a união atividades de âmbito mais geral (EX. serviços de telecomunicação) ■ Nos municípios as competências que estão mais locais, com a necessidade de especificidade para o cidadão que mora naquele local ○ Art. 22 - Competência legislativa da União→ privativa ■ Pode ser delegada por meio de Lei complementar (congresso nacional)→ parágrafo único→ Se eu quero uma lei de abrangência geral a lei deve sair do Congresso Nacional (Ex. Lei Eleitoral, do Trabalho→ âmbito nacional→ se fosse por município teria diferença no tratamento entre a população)→ COMPETÊNCIA PARA FAZER UMA LEI SOBRE DETERMINADO TEMA→ O artigo 22 não é mais exclusivo, por existir uma forma de delegar (para Estados por meio de Lei complementar)→ a competência privativa para direito penal é da União, mas sob Lei complementar pode delegar para os Estados Membros ○ Art 30 - Municípios - predominância de interesses é Local ■ Competências legislativas e administrativas ■ compete aos municípios legislar sobre assuntos de interesses locais (tema aberto, gerando debates) ● Ex. Linha de ônibus municipal, Saúde básica local, creches, plano diretor (crescimento da cidade, como pode ser os prédios, meio ambiente, etc.). Ex: tributário ○ Art 25 - Estados membros - Nem gerais e nem especificamente locais, com abrangência de certa forma ampla ■ Estados têm competência remanescente (todas as competências que não forem da União e dos Municípios) 14 ■ PRINCÍPIO DA AUTONOMIA→ PERMITE QUE OS ESTADOS SE ORGANIZEM→ por exemplo, em relação a organização política (governadores) ■ Gás e organização das regiões metropolitanas ○ Art 23 (competência comum→ administrativa→ parágrafo único - leis complementares) e 24 (competências concorrentes - legislativo)→ Federalismo Cooperativo ○ Soberania = República Federativa do Brasil (Art 1º I) ○ Autonomia = Unidades Federativas (Art. 18) ■ Política; ■ legislativa; ■ Administrativa; ■ Financeira. ○ Art 24 - leis sobre educação→ LDB→ condomínios legislativos = União (normas gerais), Estados (suplementar), municípios (suplementar) ■ parágrafo 4: o termo jurídico correto é suspende a eficácia (não é revogação) Quarto Bimestre ● Federalismo e competências tributárias: ● o tributo envolve uma perspectiva de autonomia das entidades federativas → sistema solidário em que cada um de nós contribui para que o Estado acumule os tributos e reverta em políticas públicas ■ Imposto: (atividades de interesse coletivo) ■ Taxa: conta de luz ■ contribuições sociais: tributos retirados do campo do trabalho para sustentar atividades sociais ■ contribuições atividade econômica: ex. carteirinha da OAB ○ A constituição organiza o sistema tributário 15 ○ Descentralização: competências para tributar (art. 145 a 156 da CF/88) e repartição das receitas tributárias (art. 157 a 162 da CF/88). ○ Competência tributária: instituir, cobrar e fiscalizar um tributo unidades federativas podem criar benefícios, isenções e incentivos (pode gerar a guerra fiscal). Somente a Constituição pode criar tributos, os entes federativos os instituem conforme competência constitucional ■ Cada ente usa seu tributo de acordo com a competência de cada um (DIVISÃO CONSTITUCIONAL)→ orçamento municipal para competência municipal e assim por diante ■ Impostos de competência da União (importação, exportação, de renda (física e jurídica), IPI, propriedade territorial rural, sobre grandes fortunas (depende de lei complementar) etc.), estados e municípios ○ Art.155 da CF/88 (Estados e DF): ■ Transmissão causa mortir e doação, de quaisquer bens ou direitos (ex. herança) ■ ICMS: Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. aomda qie as operações e prestações se iniciem no exterior (guerra fiscal→ oferta para empresas se instalarem na região por benfícios fiscais) ■ IPVA: Propriedade de veículos automotes ○ Art. 156 da CF/88 (Municípios) ■ propriedade predial e territorial urbana ■ transmissão intervivos, a qualquer título (compra e venda de imóveis) serviço de qualquer natureza (presta o serviço e tem um desconto) 16 ○ Formação do Orçamento público ○ Uma gestão não pode do nada querer construir um hospital, por exemplo, existe toda uma amarração legislativa (autorização orçamentária de gastos)→ o gasto passa por pelo menos três leis(CN, assembleia legislativa, câmara de vereadores)→ não é escolhido livremente pelo executivo (projetos de gastos que devem ser autorizados pelo legislativo)→ programa autorizado para gasto (lógica de orçamento) ■ PPA - Plano plurianual (prevê uma regra de investimento de médio prazo (mais ou menos 4 anos)→ impedir que toda vez que tenhamos um governo novo, tal obra ou projeto simplesmente pare→ tentativa constitucional de planejar em médio prazo um investimento publico para que não haja uma surpresa de demarteamento público (governo de 27 tem que seguir o de 23)→ planejamento ■ LDO → Lei de diretrizes orçamentarias→ comanda os princípios dos gastos→ prioridades do governo para o próximo ano ■ LOA→ Lei orçamentária anual→ instrumento que possibilita a realização de metase das prioridades estabelecidas pela LDO (anteriormente)→ previsão de todas as receitas a serem arrecadadas no anoe fixa os gastos que os Poderes e os órgãos estão autorizados a executar 17 A Intervenção é um mecanismo presente na Constituição Federal de caráter excepcional, de natureza extrema, sendo utilizada apenas em momentos específicos previstos na CF/88, quando não houver mais nenhum outro recurso para resolver a situação. Quando, por exemplo, uma intervenção federal é decretada em um estado, a autonomia desse ente federativo é limitada temporariamente,de maneira parcial ou total. Iremos ver mais adiante alguns exemplos, como no caso da intervenção federal no Rio de Janeiro, na área da segurança, em que a União assumiu, de forma temporária, o controle de todas as forças de segurança do estado. Dentre os motivos para a acionamento de uma intervenção estão: garantir a integridade constitucional; manter a ordem pública; reorganizar as finanças dos estados e dos municípios, entre outras que serão discutidas nesse artigo. A intervenção pode ser realizada a nível federal, ou seja, quando a União intervém nos Estados ou no Distrito Federal; ou a nível estadual, quando os Estados intervêm nos seus municípios. Atenção: Há a previsão de que a União intervenha em municípios, mas apenas naqueles localizados em territórios federais. Desse modo, não há a possibilidade de que a União intervenha nos municípios dos Estados Federados. Intervenção Federal e Estadual 18 Intervenção Federal e Estadual A Intervenção não viola o Estado Democrático de Direito, ou seja, mesmo que os entes federativos tenham autonomia, ela pode ser limitada em determinados casos, de modo a garantir a ordem e o cumprimento das normas constitucionais e legais por parte de todos os Estados e Municípios. Há alguns princípios que precisam ser seguidos em caso de intervenção: Excepcionalidade: será realizada apenas em casos extremos; Necessidade: deve haver motivação plausível para a intervenção; Temporariedade: a intervenção não pode ser definitiva, precisa haver um prazo definido; Formalidade: é preciso seguir as formalidades constitucionais para que ela seja decretada. A partir de agora, iremos detalhar um pouco mais sobre as hipóteses previstas na Constituição Brasileira para a decretação da Intervenção Federal e da Estadual. Intervenção Federal Situações A intervenção federal é realizada pela União nos Estados, no Distrito Federal, ou nos Municípios de Territórios Federais. 19 Em regra, a União não realizará intervenção, salvo se for para: manter a integridade nacional; repelir invasão estrangeira ou de um estado em outro; encerrar grave comprometimento da ordem pública; garantir o livre exercício dos Poderes; reorganizar as finanças do estado que suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, ou quando o estado deixar de entregar aos seus Municípios as receitas tributárias dentro dos prazos; garantir a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis, como a forma republicana, o regime democrático, os direitos da pessoa humana, a autonomia municipal, a prestação de contas da administração pública e a aplicação do mínimo exigido da receita estadual em saúde e educação. Por exemplo, caso o estado da Bahia se recuse a prestar as devidas contas da sua administração, a União poderá realizar uma intervenção federal nesse estado. A intervenção federal será formalizada através de Decreto Federal, o qual especificará a amplitude, o prazo e, se for o caso, um interventor. Este decreto será submetido ao Congresso Nacional em até 24 horas para apreciação. Classificações das Hipóteses Há 4 maneiras de decretar uma intervenção federal: 20 Por Solicitação: Ocorre quando é necessário garantir o livre exercício dos Poderes Legislativo e Executivo nos Estados. Desse modo, o poder coagido pode solicitar a intervenção ao Presidente da República, que tem a opção de aceitar ou não a solicitação da intervenção federal. Por Requisição: Esta ocorre quando é necessário garantir o livre exercício do Poder Judiciário, em que o STF, STJ ou TSE, a depender da situação, poderá requisitar a intervenção ao presidente da república. Além disso, quando houver a necessidade de prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, o STF, e apenas ele, poderá requisitar ao presidente a intervenção. Nesses casos, o presidente da república estará vinculado a esta requisição. Por provimento do STF, de representação do PGR: Essa situação é quando há o desrespeito aos Princípios Constitucionais Sensíveis por parte de algum ente da federação, além da situação de quando houver a recusa ao cumprimento de lei federal. Assim, o Procurador-Geral da República (PGR), através da Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, poderá representar ao STF sobre a situação, que decidirá pelo provimento ou não da representação, obrigando o Presidente a decretar a intervenção federal, em caso de provimento. 21 Espontânea: Ocorre nas demais hipóteses, em que o presidente que decide pela intervenção federal, escutando antes o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. Intervenção Estadual A Intervenção Estadual é realizada pelos Estados em seus Municípios. Em regra, os Estados não realizarão intervenção, salvo quando o município: não pagar, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; não prestar as contas devidas; ou não tiver aplicado o mínimo exigido da receita municipal em saúde e educação; não assegurar a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Nesses casos, será o governador do estado que irá decretar a intervenção estadual. Sendo que, nas hipóteses presentes no segundo ponto acima, é necessário que o Tribunal de Justiça do Estado dê provimento à representação. Percebe-se que todas as hipóteses acima são casos similares a algumas ocorrências da intervenção federal. 22 A Intervenção Estadual será formalizada através de decreto estadual, nos mesmos moldes do decreto na Intervenção Federal. Atenção: A intervenção estadual será declarada através da publicação do decreto interventivo pelo governador (ou presidente, na federal). Desse modo, o Poder Legislativo apenas apreciará o decreto, não sendo competente para decretar a intervenção. Mas, caso o Congresso ou a Assembleia Legislativa não aprove o decreto, a intervenção deverá ser imediatamente cessada.ati Poder constituinte originário/ derivado Art 60 - § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Limite circunstancial Federação competência Competência estado Competência município 21,22,23,24,25,30 Conceito de federação Diferença de desmembramento interno e sesecao externa (pegadinha) Art 18 34,35,36 - intervenção (fazer a tabela) Hermenêutica constitucional (estudar pelos slides) 23 Neoconstitucionalismo Adequação 24
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