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HIGIENE-E-SEGURANÇA-DO-TRABALHO

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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 CONCEITOS ............................................................................................... 4 
2.1 Higiene ocupacional ............................................................................. 4 
2.2 Risco .................................................................................................... 6 
3 AGENTES FíSICOS ................................................................................... 8 
3.1 Ruído .................................................................................................... 9 
3.2 Vibrações ........................................................................................... 11 
3.3 Pressões anormais ............................................................................. 14 
3.4 Temperaturas extremas ..................................................................... 15 
3.4.1 Calor ............................................................................................ 15 
3.4.2 Frio............................................................................................... 19 
3.5 Radiações Ionizantes ......................................................................... 20 
3.6 Radiações não ionizantes .................................................................. 22 
3.7 Umidade ............................................................................................. 26 
4 AGENTES QUíMICOS .............................................................................. 26 
5 AGENTES BIOLóGICOS .......................................................................... 30 
6 AGENTES ERGONÔMICOS .................................................................... 34 
7 PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ....... 39 
8 PCMSO ..................................................................................................... 41 
9 CIPA.......................................................................................................... 44 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 49 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 CONCEITOS 
2.1 Higiene ocupacional 
 
FONTE: WWW.CIDMED.MED.BR 
 
No Brasil para definir a ciência que dedica ao estudo dos ambientes de trabalho 
e à prevenção das doenças causadas os principais termos utilizados são: Higiene 
ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho. 
A Higiene Ocupacional é uma ciência, porque está baseada em fatos 
comprováveis, empíricos e analisáveis por método cientifico por meio da Física, 
Química, Bioquímica, Toxicologia, Medicina, Engenharia e Saúde Pública. Por outro 
lado, também são consideradas a individualidade de cada trabalhador e as 
características da atividade e do local de trabalho. (FUNDACENTRO, 2004) 
Para a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) 
Higiene Ocupacional é a ciência e a arte do reconhecimento, da avaliação e do 
controle de fatores ou tensões ambientais originadas do ou no local de trabalho e que 
podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e 
ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade. 
Outra definição conhecida para Higiene do Trabalho é da American Industrial 
Hygiene Association – AIHA que diz: “ciência que trata da antecipação, 
reconhecimento, avaliação e controle de riscos originados nos locais de trabalho e 
que podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista 
também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente. ” 
http://www.cidmed.med.br/
 
A Higiene do Trabalho é constituída por três etapas: Reconhecimento, 
Avaliação e Controle dos agentes ambientais (agentes físicos, químicos e biológicos). 
(SALIBA, 2011) 
Na primeira etapa chamada Reconhecimento, é realizado o reconhecimento 
dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores. É importante observar 
que se um agente tóxico não for reconhecido, ele não será avaliado e nem controlado. 
Desta forma, para que esta etapa seja bem-sucedida, devemos ter conhecimento 
profundo do processo produtivo, ou seja, dos produtos envolvidos no processo, dos 
métodos de trabalho, do fluxo do processo, do arranjo físico das instalações, do 
número de trabalhadores expostos, dentre outros fatores relevantes. 
Na etapa de Avaliação, realiza uma avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos 
agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de trabalho. É nesta fase 
que deve detectar os contaminantes, fazer a coleta das amostras, realizar medições 
e análises das intensidades e das concentrações dos agentes, realizar cálculos e 
interpretações dos dados levantados no campo, comparando os resultados com os 
limites de exposição estabelecidos pelas normas vigentes. 
Com base nos dados obtidos nas etapas anteriores, na etapa de Controle deve-
se propor e adotar medidas que visem à eliminação ou minimização do risco presente 
no ambiente. 
De acordo com SALIBA (2011) deve-se ter em mente uma ordem relativa ao 
controle de agentes ambientais, são elas: 
 
- Adoção de medidas relativas ao ambiente ou medidas coletivas: são medidas 
aplicadas na fonte ou trajetória, como: substituição do produto tóxico usado no 
processo, isolamento das partes poluentes, ventilação local exaustora, ventilação 
geral diluidora, dentre outros. 
 
- Medidas administrativas: compreendem, entre outras, a limitação do tempo 
de exposição do trabalhador, educação e treinamento, exames médicos (pré-
admissional, periódico e demissional). Os exames médicos, além de avaliar a saúde 
dos trabalhadores expostos aos agentes ambientais, avaliam a eficácia das medidas 
de controle adotadas. 
 
 
- Medidas relativas ao trabalhador (EPI): não sendo possível o controle coletivo 
ou administrativo, ou enquanto essas medidas estiverem sendo implantadas, ou 
ainda, como complemento às medidas já adotadas, devemos utilizar o Equipamento 
de Proteção Individual adequado ao risco. Perceba que essa medida é a última linha 
de defesa a ser empregada e não a primeira como muitos pensam. 
 
Logo, pode-se compreender que os objetivos de um programa de higiene do 
trabalho são reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais presentes nos 
ambientes de trabalho. 
A figura abaixo ajuda a compreender melhor o funcionamento das atividades 
de higiene do trabalho: 
 
 
FONTE: GROSS, 2008. 
 
2.2 Risco 
O risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e a gravidade de um 
evento indesejado, como na expressão: 
 
 
O dano ocorre sempre sobre os seres vivos, como o ser humano, animais, 
vegetais ou sobre materiais, como edifício, equipamentos e automóveis. Há danos 
Obs.: É importante lembrar que devemos adotar, como prioridade,medidas de controle relativas à fonte, pois assim estaremos eliminando o 
risco do ambiente. 
 
 
RISCO = PROBABILIDADE DE OCORRER O DANO X 
GRAVIDADE DO DANO 
 
 
 
 
 
 
que são visíveis e mensuráveis, como efeito de um terremoto sobre uma cidade, 
outros, como o dano moral que são difíceis de medir. (FUNDACENTRO, 2004) 
Os eventos ocorridos antes do dano são chamados de causas quando 
apresentam certa ligação de causalidade (causa-efeito). Esta relação de causalidade 
nem sempre é clara pois os acontecimentos não acontecem exclusivamente após o 
outro, e sim simultaneamente. 
Além disso, uma causa pode gerar várias consequências, assim como o inverto 
também é verdadeiro. As causas são denominadas de fatores ou situações de risco. 
(FUNDACENTRO, 2004) 
Como exemplo na tabela: 
 
 
FONTE: FUNDACENTRO, 2004. 
 
Sempre pode-se observar que existe uma causa predominante que é chamado 
agente de risco ou fator de risco principal. Há também os fatores de risco secundário 
que que são fatos que ocorrem além dos predominantes, mas que colaboram para o 
acontecimento do dano. 
Os fatores de risco estão geralmente relacionados entre si. Muitas vezes, 
eliminando se um dos fatores de risco o evento indesejado não ocorre. Por exemplo, 
a ausência de faísca elétrica previne o incêndio; a manutenção de uma ponte previne 
seu desmoronamento. Assim, quando não é possível eliminar a causa principal do 
dano, investe-se na prevenção, reduzindo os fatores de risco secundário. 
(FUNDACENTRO,2004) 
Exemplos de fatores de risco e danos: 
 
 
 
FONTE: FUNDACENTRO, 2004 
 
ATENÇÃO: FATORES DE RISCO SECUNDÁRIOS PODEM ESTAR 
PRESENTES FORA DO AMBIENTE DE TRABALHO. Ex.: questão de saúde pública, 
hábitos alimentares, uso e abuso de medicamentos, fatores genéticos, sociais e 
econômicos. 
 
Os agentes de risco também chamados de fatores de risco são classificados: 
- Agentes físicos. 
- Agentes químicos. 
- Agentes biológicos. 
- Agentes ergonômicos. 
3 AGENTES FÍSICOS 
De acordo com a Norma regulamentadora n° 9 consideram-se agentes físicos 
as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais 
como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade, 
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 
 
3.1 Ruído 
 
FONTE: SESI – DN (2005) 
 
A norma regulamentadora n°15 classifica ruído como contínuo ou intermitente 
e como ruído de impacto. Sendo as definições: 
 
 Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de 
Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. 
 Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) 
segundo. 
 
Lembrete: Limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou 
mínima relacionada à natureza e tempo de exposição ao agente. 
 
De acordo com o Anexo I da NR 15 os níveis de ruído continuo ou intermitente 
devem ser medidos em decibéis (dB) e os tempos de exposição aos níveis de ruído 
não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro abaixo: 
 
 
 
FONTE: NR 15 - (ANEXO N° 1) 
 
Caso a jornada de trabalho acontecerem em dois ou mais períodos de 
exposição a ruído de diferentes níveis, deverá considerar os seus efeitos combinados, 
sendo a soma das seguintes frações: 
 
 
 
Onde: Cn = tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído 
específico. 
Tn = a máxima exposição diária permissível a este nível. 
 
Já o limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear) e nos 
intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
Segundo os anexos I e II da Norma Regulamentadora n° 15 as atividades ou 
operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, oferecerão risco 
grave e iminente, caso o risco contínuo ou intermitente for superior a 115 dB (A) e a 
níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de 
resposta para impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta 
rápida (FAST). 
 
3.2 Vibrações 
Um corpo vibra quando realiza um movimento oscilatório em relação a um 
corpo de referência (BREVIGLIERO, POSSEBON E SPINELLI, 2012). O número de 
ciclos do movimento por segundo é denominado frequência e sua unidade é o Hertz 
(Hz). (Apud Beltrami e Stumm, 2013) 
Podemos citar dois tipos de vibração: 
- Vibrações de corpo inteiro que acontecem quando todo ou a maior parte do 
corpo está exposto a movimentos vibratórios e geralmente são de baixa frequência. 
Exemplos de equipamentos que provocam esse tipo de vibração são a 
retroescavadeira e o trator. 
 
 
FONTE: NAOMETOQUERS.COM.BR 
- Vibrações localizadas que são conduzidas somente às mãos e aos braços 
através de marteletes pneumáticos, rompedores, lixadeiras e motosserras. Vale 
lembrar que esse tipo de vibração pode também ser chamado de vibrações de 
extremidade. 
 
 
 
FONTE: DETRONIC.COM.BR 
 
Cada uma dessas vibrações traz consequências à saúde do trabalhador. Um 
trabalhador diariamente exposto à vibração de corpo inteiro poderá apresentar desde 
reações mais comuns, mas que após um período de descanso desaparecem, são a 
fadiga, a insônia, tremores e dores de cabeça ou reações que podem ser ainda piores 
se a exposição for contínua, como problemas na região dorsal e lombar, no aparelho 
digestivo e intestino, no sistema reprodutivo, na visão e degeneração da coluna 
vertebral. 
Já um trabalhador exposto a vibrações localizadas poderá dar origem a 
Síndrome de Vibração de Mãos e Braços, conhecida como HAVS (Hand and Arm 
Vibration Syndrome) e à Síndrome do Canal Cárpico. 
 De acordo com Brevigliero, Possebon e Spinelli (2012) a HAVS afeta nervos, 
vasos sanguíneos, músculos e articulações da mão, pulso e braço, incluindo, ainda, a 
Síndrome dos Dedos Brancos (quando as artérias digitais se fecham). E a Síndrome 
do Canal é uma perturbação nervosa com dores, dormência e, ainda, fraqueza em 
partes da mão. (Apud Beltrami e Stumm, 2013). 
SALIBA (2011) diz que é possível controlar a vibração com medidas coletivas, 
administrativas ou de organização do trabalho. 
Podemos citar quanto a vibrações de corpo inteiro: 
 
- Como medidas coletivas: Usar assentos com amortecedor; calibrar os 
pneus do veículo; pavimentação de vias de percurso; controlar a velocidade do 
veículo; usar bancos com descanso para os braços e usar cabines com suspensão. 
 
http://detronic.com.br/
 
- Como medidas administrativas e de organização do trabalho: Limitar o 
tempo de exposição; monitorar a exposição e controle médico frequente. 
 
Quanto às vibrações localizadas algumas medidas serão: 
 
- Como medidas coletivas: Usar ferramentas com características 
antivibratórias; substituir o equipamento por outro e executar práticas adequadas de 
trabalho para que as mãos e o corpo se mantenham aquecidos. 
 
- Como medidas administrativas e de organização do trabalho, poderá ser 
as mesmas utilizadas na exposição à vibração de corpo inteiro. 
 
 
O anexo VIII da NR 15 diz que as atividades e operações que exponham os 
trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, 
serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de 
trabalho. 
Esta perícia visa à comprovação ou não da exposição e deve tomar por base 
os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização 
- ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. 
Também de acordo com o anexo VIII, no laudo da perícia obrigatoriamente 
deverá constar: 
a) o critério adotado; 
b) o instrumental utilizado; 
c) a metodologia de avaliação; 
d) a descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações; 
e) o resultado da avaliação quantitativa;f) as medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando 
houver. 
 
IMPORTANTE: A insalubridade, quando for constatada, será de grau médio. 
 
 
3.3 Pressões anormais 
As pressões anormais são também chamadas condições hiperbáricas onde os 
trabalhadores estão expostos a pressões muito acima do normal, tem como 
características as atividades de mergulho e trabalhos realizados em tubulões de ar 
comprimido. 
 
 
FONTE: SITES.GOOGLE.COM 
 
 
 
FONTE: SINDIPETROALSE.ORG.BR 
O anexo VI da Norma Regulamentadora n°15 trata dos trabalhos 
sob ar comprimido e dos trabalhos submersos. 
A mesma se refere a tubulão de ar comprimido como uma estrutura vertical que 
se estende abaixo da superfície da água ou solo através da qual os trabalhadores 
devem descer, entrando pela campânula (câmara) para uma pressão maior que a 
atmosférica e trabalho submerso como qualquer trabalho 
realizado ou conduzido por um mergulhador em meio líquido. 
Os riscos das atividades realizadas sob condições hiperbáricas estão 
relacionados com o momento de compressão e descompressão do trabalhador. 
Como medidas de controle, o Anexo VI da NR-15 estabelece critérios para o 
planejamento das compressões e descompressões. Neste anexo, existem diversas 
tabelas de descompressão para os mais variados períodos de trabalho em função da 
pressão, no caso de trabalhos sob ar comprimido; e tabelas em função da 
profundidade e do tempo, para os mergulhadores. Essas tabelas devem ser 
rigorosamente respeitadas a fim de se evitar as doenças anteriormente explicadas. 
http://sindipetroalse.org.br/
 
Outra medida de controle importante são os exames médicos que devem ser 
pré-admissionais e periódicos. 
3.4 Temperaturas extremas 
Temperaturas extremas são situações térmicas rigorosas onde atividades 
profissionais podem ser realizadas, dentre elas podemos destacar o calor e o frio 
intenso. 
 
3.4.1 Calor 
 
Conforme SALIBA (2011) o calor constitui um fator de risco relevante do ponto 
de vista da saúde ocupacional. A exposição a este agente físico pode ocorrer em 
diversos ambientes de trabalho, tais como: siderúrgicas, fundições, indústrias têxteis, 
padarias, entre outros (Apud Beltrami e Stumm, 2013) 
As pessoas que trabalham em ambientes onde a temperatura é muito alta estão 
sujeitas a sofrer de fadiga, ocorrendo falhas na percepção e no raciocínio, e sérias 
perturbações psicológicas que podem produzir esgotamento físico e prostrações 
(BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012). 
Uma pessoa, quando exposta a diferenças de temperatura, pode: 
 
• Ganhar ou perder calor por condução, convecção e radiação, dependendo 
se a temperatura da sua pele está mais alta ou mais baixa que a 
temperatura do ar; 
• Ganhar calor por metabolismo (gerado pelo seu próprio organismo, 
dependendo da atividade física que está realizando); 
• Perder calor por evaporação (por meio do suor). 
 
O Anexo III da NR-15, que trata dos limites de tolerância para exposição ao 
calor, determina que devemos empregar na avaliação da exposição do calor o Índice 
de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), a partir das equações a seguir: 
 
- Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 
 
 
- Ambientes externos com carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
 
Onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
 tg = temperatura de globo 
 tbs = temperatura de bulbo seco. 
 
O anexo III da Norma Regulamentadora n°15 também cita os aparelhos que 
são usados nesta avaliação que são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro 
de globo e termômetro de mercúrio comum. 
O IBUTG também considera o tipo de atividade desenvolvida (leve, moderada, 
pesada), e a NR-15 prevê um regime de trabalho (envolvendo trabalho e descanso) 
para duas situações distintas: 
- Regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local 
de prestação de serviço. 
- Regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local 
(local de descanso). 
 
Nas situações que o descanso e o trabalho ocorrem no mesmo local, a 
avaliação da exposição ao calor é realizada de acordo com o Quadro 1 do Anexo 3 
da NR-15: 
 
 
 
Observação: A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) 
é feita consultando-se o Quadro n. º 3. 
 
 
Já quando o trabalhador descansa em local diferente (termicamente mais 
ameno) do lugar em que trabalha, é utilizado outro critério para avaliar a exposição ao 
calor, então calcula-se o IBUTG do ambiente de trabalho e o IBUTG do ambiente de 
descanso e com esses valores é calculado o IBUTG médio, ponderado por hora. 
 Para este cálculo o Anexo III da Norma Regulamentadora 15 fornece 
através do quadro 2 os limites de tolerância e usa-se a formula abaixo: 
 
 
 
 
 
Onde: 
 
M = a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora 
Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho 
Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. 
Md = taxa de metabolismo no local de descanso. 
Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de 
descanso. 
 
De acordo com BELTRAMI E STUMM (2013) a segunda coluna do Quadro 2 
do Anexo 3 da NR15 equivalem ao maior valor do IBUTG médio ponderado, que é 
admissível ao respectivo metabolismo. 
O IBUTG médio ponderado para uma hora, chamado de , é determinado 
pela seguinte fórmula: 
 
 
Onde: 
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. 
 
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. 
Tt e Td = como anteriormente definidos. 
São exemplos de instrumentos de medição empregados para determinar o 
IBUTG: 
- Termômetro de Bulbo Seco: é um termômetro de mercúrio comum, cujo bulbo 
fica em contato com o ar. Portanto, por meio dele obtemos a temperatura do ar (tbs). 
- Termômetro de Bulbo Úmido Natural: é um termômetro cujo bulbo é recoberto 
por um pavio em forma tubular, de cor branca, de tecido de algodão, com alto poder 
de absorção de água. Esse pavio deve ser mantido úmido em água destilada, no 
mínimo meia hora antes de fazer a leitura da temperatura (tbn). 
- Termômetro de Globo: é um aparato que possui um termômetro posicionado 
no centro de uma esfera oca de cobre de diâmetro de seis polegadas. A esfera é 
preenchida naturalmente com ar e a abertura é fechada pela rolha do termômetro. A 
esfera é pintada externamente de preto fosco, um acabamento altamente absorvedor 
de radiação infravermelha (SESI, 2007). A leitura deste instrumento corresponde à 
temperatura média de radiação do ambiente (calor radiante). 
 
Há um conjunto de medidas que podem ser utilizadas ao trabalhador visando 
reduzir a sobrecarga térmica. Dentre elas, tem as medidas de caráter administrativo e 
outras específicas ao pessoal, como: 
 
- Exames médicos 
- Aclimatização 
- Reposição hídrica e salina 
- Limitação do tempo de exposição 
- Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
- Educação e treinamento 
 
 Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais 
desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos. 
 
3.4.2 Frio 
 
A exposição do trabalho ao frio pode ser observada em atividades ou 
operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que 
apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio. 
Além da hipotermia (queda excessiva da temperatura corporal), vários outros 
estados patogênicos, conhecidos como lesões do frio, podem afetar nosso organismo. 
Dentre estas lesões, podemos citar (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012, 
Apud Beltrami e Stumm, 2013): 
- Enregelamento dos membros: que pode levar à gangrena (apodrecimento do 
tecido) e amputação dos mesmos. 
- Pés de imersão: quando os trabalhadores permanecem com os pés 
umedecidos ou imersos em água fria por longos períodos, provocando estagnação do 
sangue e paralisação dos pés e pernas. 
- Ulcerações do frio:feridas, bolhas radiadoras e necrose poderão ocorrer 
devido à exposição ao frio intenso. 
 
Podemos citar algumas medidas de controle que alteram os fatores que 
influenciam as trocas térmicas, são elas: 
- Aclimatização. 
- Vestimentas de trabalho e EPIs. 
- Limitação do tempo de exposição. 
- Exames médicos. 
- Educação e treinamento. 
 
O Anexo 9 da NR-15 que trata do agente físico frio apenas diz: as atividades 
ou operação executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em condições que 
apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a 
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de 
inspeção realizada no local de trabalho. 
Para complementar temos a NR-29, que trata da segurança e saúde no 
trabalho portuário, onde no item 29.3.16 estabelece que a jornada de trabalho em 
locais frigorificados deve obedecer a seguinte tabela: 
 
 
Faixa de 
Temperatura de Bulbo 
Seco (°C) 
Máxima Exposição Diária 
Permissível para Pessoas 
Adequadamente Vestidas para 
Exposição ao Frio 
+15,0 a -17,9* 
+12,0 a -17,9** 
+10,0 a -17,9*** 
Tempo total de trabalho no ambiente frio 
de 6 horas e 40 minutos, sendo quatro períodos 
de 1 hora e 40 minutos alternados com 20 
minutos de repouso e recuperação térmica fora 
do ambiente de trabalho. 
-18,0 a -33, 9 
Tempo total de trabalho no ambiente frio de 
4 horas alternando-se 1 hora de trabalho com 1 
hora de recuperação térmica fora do ambiente 
frio. 
-34,0 a -56,9 
Tempo total de trabalho no ambiente frio 
de 1 hora, sendo dois períodos de 30 minutos 
com separação mínima de 4 horas para 
recuperação térmica fora do ambiente frio. 
-57,0 a -73, 0 
Tempo total de trabalho no ambiente frio 
de 5 minutos sendo o restante da jornada 
cumprida obrigatoriamente fora de ambiente 
frio. 
Abaixo de -73,0 
Não é permitida a exposição 
ao ambiente frio, seja qual for a 
vestimenta utilizada. 
 
3.5 Radiações Ionizantes 
Para SALIBA (2011) as radiações ionizantes são largamente utilizadas na área 
da saúde para diagnóstico médico e odontológico e para tratamento de doenças. Elas, 
também, são empregadas em atividades industriais para medição de nível de silos, 
radiografia industrial, análises laboratoriais, dentre outros (Apud Beltrami e Stumm, 
2013). 
São vários os efeitos das radiações ionizantes no organismo, dentre eles 
podemos citar: 
 
 
- Perda de leucócitos, diminuição do número de plaquetas, anemia. 
- Inibição da proliferação celular, diminuição ou supressão de secreções. 
- Inflamação, eritema e descamação. 
- Redução da fertilidade ou esterilidade. 
- Pericardites. 
- Fibrose renal. 
- Hepatite de radiação. 
 
Na norma CNEN-NN-3.01 consta os limites de tolerância, os princípios, as 
obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente 
contra possíveis efeitos indevidos causados pela radiação ionizante. 
A avaliação da radiação ionizante deve ser feita pelo método quantitativo, 
conforme estabelece a norma da CNEN que determina a implantação de um programa 
de monitoramento individual e de área. Para as medições de área utiliza-se o contador 
GEIGER e para o monitoramento individual, os dos metros de filme. Quando não for 
possível realizar o monitoramento individual, recomenda-se que a avaliação 
ocupacional tome como base os resultados obtidos nas medições de área (SALIBA, 
2011). 
A norma CNEN – NN 3.01 também estabelece, para fins de gerenciamento de 
proteção radiológica, que áreas de trabalho com radiação ou com material radioativo 
devem ser classificadas em áreas controladas, áreas supervisionadas ou áreas livres. 
Uma área deve ser classificada como controlada quando for preciso adotar 
medidas específicas de proteção e segurança para garantir que as exposições 
ocupacionais estejam em conformidade com os requisitos (princípios) de otimização e 
limitação da dose, bem como prevenir ou reduzir a magnitude das exposições 
potenciais. Estas áreas devem estar sinalizadas com o símbolo internacional de 
radiação ionizante acompanhado de um texto que descreve o tipo de material, 
equipamento ou uso relacionado à radiação ionizante. 
Já as áreas classificadas em supervisionadas são aquelas que, embora não 
requeiram a adoção de medidas específicas de proteção e segurança, devem ter as 
condições de exposições ocupacionais reavaliadas regularmente com o objetivo de 
determinar se a classificação continua adequada. 
Assim como para os demais agentes, as medidas de controle da radiação 
ionizante podem ser realizadas por meio de medidas coletivas, administrativas e no 
 
trabalhador. Dentre essas, podemos destacar as seguintes (SALIBA, 2011, Apud 
Beltrami e Stumm, 2013): 
I - Blindagem das fontes de radiação ionizante. 
II - Uso de barreiras ou paredes revestidas com chumbo. 
III - Controle de distância entre o trabalhador e a fonte, devendo ser as áreas, 
isoladas e sinalizadas. 
IV - Limitação do tempo de exposição em área controlada. 
V - Monitoramento individual de todos os trabalhadores ocupacionalmente 
expostos à radiação ionizante. 
VI - As mulheres ocupacionalmente expostas, em caso de gravidez, tão logo 
tomem conhecimento devem comunicar ao seu empregador. 
VII - Controle médico de todos os trabalhadores ocupacionalmente expostos. 
3.6 Radiações não ionizantes 
Caracterizam-se por radiações de natureza eletromagnética que, quando 
absorvidas, o efeito mais importante é a excitação dos átomos, aumentando sua 
energia interna. Produzem aquecimento do corpo, podendo conduzir a efeitos 
eritêmicos (queimaduras), catarata, fadiga, efeitos carcinogênicos (câncer de pele), 
conforme seu comprimento de onda. (Peixoto e Ferreira, 2012) 
Para o anexo VII da norma regulamentadora n°15 são radiações não ionizantes 
as micro-ondas, ultravioletas e laser. 
 
3.6.1 Micro-ondas - Produzidas em estações de radar, radiotransmissão e em 
alguns processos industriais e medicinais. Causam aquecimento localizado na pele 
quando absorvida pelo corpo. A exposição às micro-ondas resulta perigosa, 
principalmente, quando são emitidas elevadas densidades de radiação. O maior risco 
ocorre quando a absorção é feita pelos olhos ou pelo cérebro. 
Além de nossos fornos domésticos, a radiação de micro-ondas é utilizada em 
esterilização, vulcanização, radiodifusão FM, ressonância magnética e muitas outras 
atividades. 
 
 
 
FONTE: BRASILESCOLA.UOL.COM.BR 
 
O anexo VII da NR-15 que determina que a avaliação da insalubridade 
decorrente da radiação de micro-onda seja avaliada por inspeção realizada no 
ambiente de trabalho (avaliação qualitativa). 
Entre as medidas de controle das radiações de micro-onda, podemos destacar 
(SALIBA, 2011): 
- As fontes de produção devem ser blindadas de forma a evitar o escapamento 
para o ambiente, e as possíveis aberturas, como nos fornos de micro-ondas, devem 
ser seladas. 
- Na operação de um forno, o operador não deve permanecer com a porta 
aberta e nem colocar o rosto na abertura da porta. 
- Deve-se controlar a distância da fonte de micro-ondas para reduzir a 
exposição. 
- Utilizar roupas de proteção para a pele e para os olhos. 
- Controle médico. 
 
3.6.2 Ultravioletas - De origem natural (sol – UVA e UVB) ou artificial (arco 
voltaico em operações de solda, lâmpadas ultravioletas). A radiação ultravioleta é 
pouco penetrante e seus efeitos serão sempre superficiais, normalmente envolvendo 
a pele e os olhos. Um efeito importante e reconhecido da radiação ultravioleta é o 
câncer de pele. 
 
 
 
FONTE: WWW.METALICA.COM.BR 
 
O anexo VII da NR-15 diz que a avaliação da insalubridade decorrente da 
radiação ultravioleta deve ser feita por meio de laudo de inspeção. Mas, como o anexo 
não define um limite de tolerância, esta quantificação pode ser feita com base nos 
limites da ACGIH. 
Como medidas de controle para a radiação UV, podemos citar: 
 
- Uso de barreirasde forma a impedir a propagação da radiação. 
- Controle da distância da fonte. 
- EPIs: óculos com lentes filtrantes de radiação, roupas apropriadas para 
proteção do braço e do tórax (principalmente em operações de soldagem). 
- Protetor solar e chapéu de aba larga em trabalhos a céu aberto. 
- EPIs apropriados 
- Controle médico periódico. 
 
 
3.6.3 Laser - O laser tem como característica a grande quantidade de energia 
concentrada em uma área muito pequena (grande perigo de queimaduras graves). 
Um laser comum (os vendidos para apresentações) pode causar lesões nos 
olhos, se apontado direta e frontalmente. Quanto maior a potência do laser, mais 
perigosa é sua radiação. Os lasers verdes vendidos em camelôs podem ter potência 
cem vezes maior que os lasers vermelhos mais comuns. 
http://www.metalica.com.br/
 
Os raios laser são classificados de acordo com o seu potencial de provocar 
danos biológicos à saúde. Assim, são divididos em cinco classes (BREVIGLIERO, 
POSSEBON, SPINELLI, 2012): 
• Classe I: é composta de lasers que não emitem radiação em níveis 
considerados perigosos. 
• Classe IA: é composta de lasers com limite superior de energia de 4mW e não 
devem ser olhados diretamente. 
• Classe II: é composta de lasers visíveis de baixa energia, com limite superior 
de 1 mW. 
• Classe IIIA: é composta de lasers de energia intermediária e são perigosos se 
olhados de frente. Os apontadores a laser se encaixam nesta classificação. 
• Classe IV: é composta de lasers de alta energia (os contínuos de 500 mW e 
os pulsados de 10 J/cm2). Há risco para visão, diretamente ou pulsados. 
 
 
 FONTE: MUNDOEDUCACAO.BOL.UOL.COM.BR 
 
De acordo com a NR-15 as operações ou atividades que exponham os 
trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão 
consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de 
trabalho. 
De acordo com SALIBA (2011) as medidas de controle, as exposições 
perigosas podem ser minimizadas com a aplicação de medidas apropriadas a cada 
classe de risco do laser, por exemplo (Apud Beltrami e Stumm, 2013): 
 
 
- Os feixes de laser devem ser totalmente protegidos em seu trajeto, e quando 
isso não ocorrer, deve-se definir a área controlada e sinalizá-la 
- Treinamento do operador 
- Limitar a presença de pessoas em áreas controladas 
- Os EPIs recomendados são óculos com fator de proteção adequado, roupas 
apropriadas e barreiras para a proteção dos raios laser 
3.7 Umidade 
O anexo X da Norma Regulamentadora n˚ 15 apenas diz que as atividades ou 
operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, 
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres 
em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. 
Doenças respiratórias, como pneumonia e resfriados, doenças circulatórias, 
reumáticas, quedas e doenças de pele são exemplos de como a umidade pode afetar 
no organismo do trabalhador. 
Temos diversos trabalhos onde há presenca de umidade, como: Lavanderias, 
Lava á Jato, Frigoríficos, Cozinhas, Pesca, Areais, dentre outros. 
 
4 AGENTES QUÍMICOS 
 
FONTE: GESTAOSST.COM 
 
A NR 9 considera agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos 
que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, 
 
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de 
exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou 
por ingestão. 
Poeiras, fumos, névoas, neblinas e fibras são chamados de aerodispersoides 
que nada mais é que dispersões de partículas sólidas ou líquidas no ar em forma de 
partículas de tamanho reduzido geradas e projetadas no ambiente de trabalho. 
Exemplos de cada aerodispersoides: 
 
- Poeira: lixamento, explosão, carvão. 
- Fumos: Fumos de soldagem e de fusão de metais. 
- Névoas: névoas de água, de inseticidas, pintura com pistola e outros tipos de 
pulverizações. 
- Neblina: neblina ácida. 
- Fibras: Lã, algodão, asbesto são exemplos de fibras. 
 
Obs.: Classificamos as névoas e neblinas como particulados líquidos e as 
poeiras, fibras e fumo como particulados sólidos. 
 
 
Já os Gases e vapores podem ser classificados como irritantes, anestésicos e 
asfixiantes conforme sua atuação no organismo do homem. 
 
- Irritantes: atacam nossas vias respiratórias, tanto o nariz e a garganta quanto 
os bronquíolos e alvéolos. Esse fato está diretamente ligado à solubilidade do agente. 
Dividem-se, ainda, em gases irritantes primários, que causam somente irritação local, 
e secundários, que além da irritação são altamente tóxicos (BREVIGLIERO, 
POSSEBON, SPINELLI, 2012, Apud Beltrami e Stumm, 2013) 
 
a) Primários: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, formaldeído, cloro, 
bromo, ozônio, gases nitrosos. 
b) Secundários: produtos químicos, gás sulfídrico, álcoois, éteres. 
 
- Anestésicos: De acordo com SESI (2007) o efeito anestésico é causado 
devido à ação depressiva que acontece no SNC, ou seja, diminui a atividade do 
cérebro. Quando isso acontece, o indivíduo fica mais “lento”. As substâncias que 
 
causam esse efeito chegam ao nosso organismo por meio das vias respiratórias e, 
em alguns casos, pela pele (Apud Beltrami e Stumm, 2013). Eles se dividem em: 
 
a) Primários: butano, propano, etileno, éteres, aldeídos, acetonas. 
b) De efeitos sobre as vísceras (fígado e rins): tetracloreto de carbono, 
diclorometileno. 
c) De ação sobre o sistema formador de sangue: benzeno, tolueno, xileno. 
d) De ação sobre o sistema nervoso central: álcool etílico, álcool metílico. 
e) De ação sobre o sistema circulatório e o sangue: nitrobenzeno, nitrotolueno, 
nitrato de etila, anilina. 
 
- Asfixiantes: São dois os tipos de asfixiantes: 
 
a) Simples: sem efeito tóxico. 
 
b) Químicos: interferem nas trocas gasosas (oxigênio e dióxido de carbono) nos 
nossos pulmões. 
 
A insalubridade nos ambientes de trabalho que utilizam agentes químicos se 
caracteriza em função do limite de tolerância (LT) e da inspeção do ambiente. 
A NR 15, no anexo XI diz que a caracterização de insalubridade ocorrerá 
quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n° 1, 
lembrando que os valores fixados no quadro são válidos para absorção apenas por 
via respiratória. 
Os limites de tolerância fixados no Quadro n° 1 são válidos para jornadas de 
trabalho de até 48 horas por semana, já para jornadas de trabalho que excedam as 
48 horas semanais será obrigatório o cumprimento do disposto no art. 60 da CLT. 
Quanto a realização da avaliação deve-se primeiramente saber se realmente 
existe o agente agressivo, para que depois comece a avaliação propriamente dita 
sendo ela quantitativa ou qualitativa. 
- Quantitativa: para cada agente há um método de coleta e/ou análise. As 
técnicas utilizadas são caras e sofisticadas. 
- Qualitativa: realiza-se quando os agentes são visíveis devido à alta 
concentração das partículas. Faz-se o mapa de riscos e a avaliação de índices de 
risco. 
 
Na realização de uma avaliação, precisamos ter em mente alguns parâmetros 
fundamentais ao processo, como o tamanho das partículas, o limite de tolerância, o 
limite de exposição, o valor-teto, a contagem de partículas e outros. (SALIBA, 2011, 
Apud Beltrami e Stumm, 2013). 
 
 
FONTE: (BELTRAMI E STUMM, 2013) 
 
OBS.: A partícula inalável fica depositada em qualquer lugar do trato 
respiratório e a respirável, que é a de mais alto risco, pode penetrar nos alvéolos 
pulmonares. 
São vários os aspectos relevantes em se tratando de avaliação, podendo o 
processo ser diferente para cada tipo de material e para cada tipo de agente. 
O controle dos agentes químicos pode ser feito, adotando-se as seguintes 
medidas: relativas ao ambiente (adotadas na fonte e/ou na trajetória), administrativas 
e relativas ao trabalhador. 
De acordo com SALIBA (2009)primeiramente, devem-se adotar medidas que 
eliminem ou diminuam o uso de agentes prejudiciais à saúde. Em seguida, que 
previnam a liberação de tais agentes e por último, medidas que reduzam os níveis dos 
agentes químicos no ambiente de trabalho. (Apud Beltrami e Stumm, 2013) 
São exemplos de algumas medidas: Substituir o produto tóxico por outro menos 
tóxico, alterar o processo usando pintura por imersão ao invés de pistola, por exemplo, 
enclausurar a operação por meio de confinamento, umidificação, ventilação diluidora 
fazendo a insuflação e exaustão do ar, ventilação exaustora captando os poluentes 
na fonte e outras mais. 
A prioridade para o controle dos agentes químicos recai primeiramente sobre o 
controle na fonte, depois, no percurso e por último, no trabalhador, como exemplifica 
a imagem abaixo: 
 
 
 
FONTE: (BELTRAMI E STUMM, 2013) 
 
5 AGENTES BIOLÓGICOS 
 
FONTE: VALORCRUCIAL.COM.BR 
 
Segundo a Norma Regulamentadora (NR 9) consideram-se agentes biológicos 
as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 
Geralmente, estes microrganismos estão presentes em hospitais, 
estabelecimentos de serviços de saúde em geral, cemitérios, matadouros, laboratórios 
de análises e pesquisas, frigoríficos, indústrias – como a farmacêutica e alimentícia, 
empresas de coleta e reciclagem de lixo, estações de tratamento de esgotos, 
incineradores, dentre outros. (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012). 
O acesso dos agentes biológicos ao corpo humano pode ocorrer pelo sistema 
respiratório (nariz), pela pele (também por feridas e arranhões), pelo sistema digestivo 
(boca) e pela mucosa dos olhos. Podem, ainda, ser transportados por partículas de 
pó ou estar em suspensão no meio ambiente. Desta forma, podemos encontrá-los no 
ar, na água, nas matérias primas, em equipamentos utilizados nas indústrias, na 
superfície da pele dos trabalhadores, nas superfícies de trabalho etc. 
 
De acordo com o anexo I da Norma Regulamentadora n° 32 os agentes 
biológicos são classificados em: 
 
Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, 
com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. 
Obs: Não demonstraram capacidade comprovada de causar doença no homem 
ou em animais sadios. 
Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa 
probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser 
humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 
Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com 
probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e 
infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes 
de profilaxia ou tratamento. 
Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com 
probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder 
de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser 
humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. 
 
Já no anexo II da NR 32 é apresentado uma tabela dos agentes biológicos, 
classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com os critérios citados no Anexo 
I. E se caso necessitar de algumas informações adicionais, é usado os seguintes 
símbolos: 
A: possíveis efeitos alérgicos 
E: agente emergente e oportunista 
O: agente oncogênico de baixo risco 
O+: agente oncogênico de risco moderado 
T: produção de toxinas 
 V: vacina eficaz disponível 
(*): normalmente não é transmitido através do ar 
“spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo 
constituir um risco para a saúde. 
 
 
A NR-15 no anexo XIV regulamenta que a insalubridade por exposição ao 
agente biológico deve ser feita através da avaliação qualitativa mediante inspeção nos 
locais de trabalho, considera-se: 
 
 Insalubridade de grau máximo 
 
Trabalho ou operações, em contato permanente com: 
- Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos 
de seu uso, não previamente esterilizados; 
- Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de 
animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, 
tuberculose); 
- Esgotos (galerias e tanques); 
- Lixo urbano (coleta e industrialização). 
 Insalubridade de grau médio 
 
Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com 
material infecto-contagiante, em: 
- Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de 
vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana 
(aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos 
que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados); 
- Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que 
tenha contato com tais animais); 
- Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas 
e outros produtos; - laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só 
ao pessoal técnico); 
- Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se 
somente ao pessoal técnico); 
- Cemitérios (exumação de corpos); 
- Estábulos e cavalariças; 
- Resíduos de animais deteriorados. 
 
 
Existem várias técnicas para coletar os microrganismos presentes no ar de um 
ambiente de trabalho, como (SALIBA, 2011): 
- Sedimentação: consiste na exposição de Placas de Petri contendo meios de 
cultura adequados (superfície aderente) colocados nas zonas escolhidas para a 
amostragem durante um tempo controlado. As vantagens deste método são seu baixo 
custo, pois não necessita de equipamentos de sucção (bombas), e a facilidade de 
manipulação. Como desvantagens, podemos citar: a impossibilidade de fazer uma 
avaliação quantitativa do número de microrganismos e o fato de alguns 
microrganismos morrerem por secagem quando o tempo de coleta é superior a vinte 
minutos. 
- Coleta em meio líquido (impínger): o ar é aspirado por uma bomba e passa 
através de um líquido contido dentro de um recipiente chamado impínger. As 
partículas impactadas neste líquido são, posteriormente, transferidas para meio 
adequado para contagem. As vantagens deste método são a possibilidade de 
determinar a quantidade de microrganismos e a inexistência do risco de morte desses 
agentes por secagem. Já a desvantagem é a possibilidade de erros por contaminação 
do líquido. 
- Filtração: o ar é aspirado por meio de uma bomba e passa através de um filtro 
de gelatina. Posteriormente, o filtro é colocado em uma placa com um meio de cultura, 
ou dissolvido por um líquido apropriado, fazendo- -se a contagem por métodos 
específicos. É um método adequado para coleta de microrganismos 
aerotransportados e permite a avaliação quantitativa. Porém, ele permite um volume 
de coleta de no máximo 250 litros. 
- Impactação: o ar é aspirado por uma bomba de vácuo passando por um 
orifício até o meio de cultura que contém uma placa adequada. Equipamentos como 
o coletor de Andersen e o coletor de fenda trabalham com este princípio. 
- Centrifugação: neste método, utiliza-se a força centrífuga para separar as 
partículas das correntes de ar. O ar é aspirado por uma bomba e as partículas, com a 
inércia, ficam impactadas no meio de cultura. 
 
Os controles dos agentes biológicos seguem o mesmo critério dos agentes 
químicos sendo feito, adotando-se as medidas: relativas ao ambiente (adotadas na 
fonte e/ou trajetória), administrativas e relativas ao trabalhador. 
 
 
6 AGENTES ERGONÔMICOS 
Os agentes ergonômicos estão relacionados à execução de tarefas, à 
organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e 
transporte manual de peso, mobiliárioinadequado, posturas incorretas, controle rígido 
de tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e 
noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações 
causadoras de estresse. 
Para ajudar no controle e eliminação desses agentes foi criada a norma 
regulamentadora (NR) nº 17 que tem como objetivo estabelecer os parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente. 
A norma regulamentadora (NR) 17 expõe a seguinte estrutura: 
 
I) Levantamento, transporte e descarga individual de materiais 
 
 
FONTE: WWW.APROVACONCURSOS.COM.BR 
 
Para a norma entende-se como transporte de carga todo transporte no qual o 
peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o 
levantamento e a deposição da carga. 
Não deve ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um 
trabalhador cujo peso possa comprometer sua saúde ou sua segurança. 
Todo trabalhador tem que receber treinamento ou instruções quanto aos 
métodos de trabalho que deverá utilizar quando este for designado para o transporte 
http://www.aprovaconcursos.com.br/
 
manual regular de cargas, que não as leves, a fim de proteger sua saúde e prevenir 
acidentes. 
Ainda segundo a NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens forem 
designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá 
ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua 
saúde ou a sua segurança. 
 
II) Mobiliário dos postos de trabalho 
 
O trabalho sendo manual sentado ou que deva ser feito em pé as bancadas, 
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de 
boa postura, visualização e operação e deve atender alguns requisitos mínimos como: 
 
 Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de 
atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a 
altura do assento; 
 Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; 
 Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e 
movimentação adequados dos segmentos corporais. 
 
A norma regulamentadora 17 também diz que os assentos utilizados nos postos 
de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: 
 Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; 
 Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; 
 Borda frontal arredondada; 
 Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região 
lombar. 
 
Em atividades que os trabalhadores devem realizar em pé, deverão ser 
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos 
os trabalhadores durante as pausas. Já em atividades onde o trabalho deve ser 
realizado sentado, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao 
comprimento da perna do trabalhador (a partir da análise ergonômica do trabalho). 
 
 
III) Equipamentos dos postos de trabalho 
 
Para a norma regulamentadora 17 todos os equipamentos que compõem o 
local de trabalho devem estar adequados de acordo com as características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
Para atividades onde é feito leitura de documentos para digitação, datilografia 
ou mecanografia deve ser fornecido suporte adequado para documentos que possa 
ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando 
movimentação frequente do pescoço e fadiga visual, e deve ser utilizado documento 
de fácil legibilidade sempre que possível (não sendo permitido a utilização do papel 
brilhante ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento). 
Sobre os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com 
terminais de vídeo terá que ser observado: 
 
 As condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do 
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e 
proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; 
 Se o teclado é independente e tem mobilidade, permitindo ao trabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; 
 Se a tela, o teclado e o suporte para documentos estão colocados de maneira 
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam 
aproximadamente iguais; 
 Se os equipamentos estão posicionados em superfícies de trabalho com altura 
ajustável. 
 
IV) Condições ambientais de trabalho 
 
Segundo a Norma Regulamentadora n°17, subitem 17.5.2, nos locais de 
trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção 
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de 
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as 
seguintes condições de conforto: 
 
 
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma 
brasileira registrada no INMETRO; 
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC e 23oC; 
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 por cento. 
 
Observação: Para as atividades que tem as características apresentadas 
acima, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na 
NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e 
a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 Db. 
 
A NR 17 diz também que em todos os locais de trabalho deve ter iluminação 
adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da 
atividade. No caso da iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
E a iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar 
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
 
V) Organização do trabalho. 
 
 De acordo com a norma regulamentadora 17 a organização do trabalho, deve 
levar em consideração: 
 
a) as normas de produção; 
b) o modo operatório; 
c) a exigência de tempo; 
d) a determinação do conteúdo de tempo; 
e) o ritmo de trabalho; 
f) o conteúdo das tarefas. 
 
A respeito das atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica 
do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise 
ergonômica do trabalho, a NR 17 diz que deve ser observado o seguinte: 
 
 
a) Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração 
as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; 
b) Devem ser incluídas pausas para descanso; 
c) Quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um 
retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao 
afastamento. 
 
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, exceto o 
determinado em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: 
 
a) O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos 
trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número 
individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie; 
b) O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser 
superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para 
efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; 
c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite 
máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da 
jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto 
no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam 
movimentos repetitivos,nem esforço visual; 
d) Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 
minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal 
de trabalho; 
e) Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número 
de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na 
alínea "b" e ser ampliada progressivamente. 
 
 
Além dessa estrutura, há também na norma regulamentadora nº 17 dois anexos 
sobre as condições ergonômicas nas áreas de Operadores de Checkouts e Tele 
atendimento/Telemarketing. 
 
Os agentes ergonômicos podem causar alguns riscos à saúde, podemos citar: 
- LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios osteomusculares 
relacionados ao Trabalho) 
- Cansaço físico 
- Dores musculares 
- Hipertensão arterial 
- Alteração do sono 
- Diabetes 
- Doenças nervosas 
- Taquicardia 
- Doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera) 
- Tensão 
- Ansiedade 
- Problemas de coluna, entre outras. 
 
7 PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 
 
FONTE: WWW.MEGATRAB.COM.BR 
 
 
Um dos desafios da Higiene Ocupacional é o de acompanhar o avanço do 
gerenciamento de riscos por sistemas. Uma vez que os sistemas são organizados de 
modo que facilitam a tomada de decisões quanto à correção de um ambiente de 
trabalho, da mesma maneira que são os métodos que que pode antecipar a avaliação 
dos riscos de acidentes ou doenças que é o objetivo principal da Higiene Ocupacional. 
(FUNDACENTRO, 2004) 
O Programa de Prevenção de Acidente (PPRA) é um exemplo de guia para 
elaboração de sistemas de gerenciamento de riscos ambientais. 
O PPRA é regido pela Norma Regulamentadora NR 9 foi instituído pela Portaria 
n.º 25 de 29 de Dezembro de 1994, e visa à preservação da saúde e da integridade 
dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequentemente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que 
venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio 
ambiente e dos recursos naturais. 
De acordo com a NR 9 o PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das 
iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos 
trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial 
com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-
7. 
O programa de prevenção de Riscos Ambientais de acordo com a Norma 
Regulamentadora n°9 deverá estar disposta da seguinte maneira: 
- Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e 
cronograma; 
- Estratégia e metodologia de ação; 
- Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; 
- Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. 
 
Uma análise global do programa deve ser feita ao menos uma vez por ano ou 
quando necessário para avaliar seu desenvolvimento e realizar ajustes necessários e 
também estabelecer novas metas e prioridades. 
O PPRA deve estar detalhado num documento-base, sendo este, suas 
alterações e complementações mostrados e discutidos pela CIPA, de acordo com a 
NR-5, onde sua cópia deve anexada no livro de atas. 
 
A Norma Regulamentadora n° 9 estabelece que o Programa de Prevenção de 
riscos ambientais (PPRA) deve incluir as etapas a seguir: 
 
- Antecipação e reconhecimentos dos riscos; 
- Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; 
- Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; 
- Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; 
- Monitoramento da exposição aos riscos; 
- Registro e divulgação dos dados. 
 
Os dados deverão ser mantidos arquivados durante no mínimo 20 (vinte) anos, 
juntamente com o histórico administrativo e técnico do desenvolvimento do PPRA. 
De acordo com a NR 9 o empregador deve estabelecer, implementar e 
assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou 
instituição. Já os trabalhadores devem colaborar e participar na implantação e 
execução do PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos 
dentro do PPRA e informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que possam 
implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 
 
8 PCMSO 
 
FONTE: ALTURAANDAIMES.COM.BR 
 
http://alturaandaimes.com.br/
 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), é um 
programa médico que deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico 
precoce dos danos à saúde relacionados ao trabalho. 
O PCMSO possui extrema intimidade com o Programa de Prevenção dos 
Riscos Ambientais – PPRA (NR-09) e a ele vincula a partir de interesses definidos 
pela NR-09, da portaria n° 24 de 29/12/94. 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional terá que ser criado e 
executado baseado nos riscos à saúde dos trabalhadores. Portanto, o PPRA servirá 
de base na elaboração do PCMSO. 
A NR-7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de 
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
De acordo com a Norma regulamentadora n°7 é de competência do 
empregador: 
- Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar 
pela sua eficácia; 
- Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados 
ao PCMSO; 
- Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho – SES0MT, da empresa, um coordenador 
responsável pela execução do PCMSO; 
- No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de 
acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou 
não da empresa, para coordenar o PCMSO; 
- Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar 
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. 
 
O médico do trabalho indicado para coordenar o PCMSO deve realizar os 
exames médicos previstos no item 7.4.1 da Norma Regulamentadora n° 7 ou 
encarregar os mesmos a um profissional médico familiarizado com os princípios da 
patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de 
trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser 
examinado. 
Dentre esses exames podemos citar: 
 
- Admissional; 
- Periódico; 
- De retorno ao trabalho; 
- De mudança de função; 
- Demissional. 
 
Para cada exame médico realizado o médico deverá emitir o Atestado de 
Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias, sendo a primeira via do arquivada no 
local de trabalho do trabalhador e a segunda via obrigatoriamente entregue ao 
trabalhador, mediante recibo. 
A Norma Regulamentadora n°7 apresenta as seguintes informações que 
devem conter no Atestado de Saúde Ocupacional: 
 
I - Nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e 
sua função; 
II - Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na 
atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de 
Segurança e Saúde no Trabalho-SSST; 
III - Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, 
incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; 
IV - O nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; 
V - Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai 
exercer, exerce ou exerceu; 
VI - Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; 
VII - Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo 
seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. 
 
 
Por fim a NR-7 estabelece que todo estabelecimento deverá estar equipado 
com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as 
características da atividade desenvolvida e manter essematerial guardado em local 
adequado, aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 
9 CIPA 
 
FONTE: WWW.OCUPACIONAL.COM.BR 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi criada com o objetivo 
de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível 
a atividade laboral com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
É composta por representantes do empregador e representantes do empregado em 
número par de representações, cabendo ao empregador escolher entre seus 
funcionários de confiança sua representatividade e aos trabalhadores, por processo 
eleitoral, escolherem seus representantes através de voto secreto. (TAVARES, 2009) 
 A CIPA é regulamentada pela Norma Regulamentadora n° 5 (NR-5) da 
portaria do MTB nº3.214 de 08 de junho de 1978. 
IMPORTANTE! 
Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e 
exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser 
registradas em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do 
médico-coordenador do PCMSO e deverão ser mantidos por período mínimo de 
20 anos após o desligamento do trabalhador. 
 
 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é obrigatória para as empresas 
seja ela privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração 
direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, e 
instituições que possuam empregados com vínculo de emprego 
A composição da CIPA é feita por de representantes do empregador e dos 
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR-05, em 
função do agrupamento de setores econômicos definidos pela CNAE (Classificação 
Nacional de Atividades Econômicas), nos Quadros II (Agrupamento de setores 
econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e III (Relação da 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e o número de empregados da 
empresa. 
De acordo com a Norma Regulamentadora n° 5 os representantes dos 
empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. Já os representantes 
dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual 
participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados 
interessados. 
 A duração do mandato dos membros eleitos para a Comissão Interna 
de Prevenção de Acidentes (CIPA) é de um ano, sendo permitida uma reeleição. 
De acordo com TAVARES (2009), procurando prevenir acidentes e doenças 
decorrentes do trabalho, a CIPA tem as seguintes atribuições: 
 
a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, 
com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, 
onde houver; 
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho; 
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais 
de trabalho; 
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho 
visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e 
saúde dos trabalhadores; 
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em 
seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; 
 
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no 
trabalho; 
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo 
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de 
trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; 
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de 
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde 
dos trabalhadores; 
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de 
outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem 
como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança 
e saúde no trabalho; 3 
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, 
da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de 
solução dos problemas identificados; 
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que 
tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; 
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; 
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana 
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; 
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de 
Prevenção da AIDS. 
 
As reuniões ordinárias da CIPA serão mensais, de acordo com o calendário já 
preestabelecido, sendo realizadas durante o expediente normal da empresa e em 
local apropriado designado para este fim. As reuniões da CIPA terão suas atas 
assinadas pelos presentes com encaminhamentos de cópias para todos os membros. 
As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho 
– AIT. No caso de reuniões extraordinárias, as mesmas deverão acontecer quando 
houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine a aplicação de 
medidas corretivas de emergências, no caso de acidente do trabalho grave ou fatal e 
quando houver solicitação expressa dos representantes do empregador ou dos 
empregados (NR-5). (TAVARES, 2009) 
 
 
A Norma Regulamentadora 5 compete o empregador a convocar as eleições 
para escolha dos representantes dos empregados na CIPA com prazo mínimo de 60 
dias antes do término do mandato em curso. 
A NR 5 também diz que nos estabelecimentos onde houver CIPA, caberá ao 
Presidente e ao Vice-Presidente designar, entre seus membros, com no mínimo 55 
(cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral 
– CE, que será responsável pela organização e acompanhamento do processo 
eleitoral, e quando não houver CIPA, a comissão eleitoral será constituída pela 
empresa. 
O processo eleitoral observará as seguintes condições: 
 
- Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, 
no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso; 
- Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será 
de quinze dias; 
- Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, 
independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de 
comprovante; 
- Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; 
- Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do 
mandato da CIPA, quando houver; 
- Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de 
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. 
- Voto secreto; 
- Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento 
de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela 
comissão eleitoral; 
- Faculdade de eleição por meios eletrônicos; 
- Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por 
um período mínimo de cinco anos. 
 Importante lembrar que havendo participação inferior a cinquenta por cento 
dos empregados na votação, não terá a apuração dos votos e a comissão eleitoral 
deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. 
 
Em caso de denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas 
na unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos 
membros da CIPA. 
Deverá assumir os cargos de membros titulares e suplentes, os candidatos 
mais votados e em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço 
no estabelecimento.Os eleitos e designados a membros da CIPA serão empossados no primeiro 
dia útil após o término do mandato anterior, quando a empresa já possuir CIPA. No 
caso da primeira CIPA, os membros serão empossados imediatamente após a sua 
composição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BELTRAMI, Monica; STUMM, Silvana Stumm. Higiene no Trabalho. Curitiba-PR: 
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ, 2013. 
BREVIGLIERO, E; POSSEBON, J; SPINELLI, R. Higiene Ocupacional: Agentes 
biológicos, químicos e físicos. 6ª Edição: reimpressão. São Paulo: Editora Senac 
São Paulo, 2012. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-5 – Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes. 2011. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-7 – Programa de Controle Médico 
de Saúde Ocupacional. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-9 – Programa de Prevenção de 
Riscos Ambientais. 2017. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-15 – Atividades e Operações 
Insalubres. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 – Ergonomia. 2018. 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-32 – Segurança e Saúde no 
Trabalho em Serviços de Saúde. 2011. 
FUNDACENTRO. Introdução à Higiene Ocupacional. São Paulo, 2004. 
GROSS, Sergio. Higiene e Segurança no Trabalho: Um programa para a empresa 
Contactsul Ltda. 2008. Trabalho de Conclusão (Curso de Administração do Centro 
de Ciências Sociais Aplicadas) - Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí - SC, 2008. 
SALIBA, T. M. Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA. Avaliação e 
Controle de Riscos Ambientais. 3ª Edição. São Paulo: LTR, 2011. 
SALIBA, TUFFI MESSIAS; CORRÊA, MÁRCIA ANGELIM 
CHAVES. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - Aspectos Técnicos e 
Práticos. São Paulo, SP: EDITORA LTDA., 2015. 
 
TAVARES, Cláudia Régia Gomes. SEGURANÇA DO TRABALHO I - CIPA – 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. RIO GRANDE DO NORTE: SEDIS, 
2009. 
PEIXOTO, Neverton Hofstadler; FERREIRA, Leandro Silveira. Higiene Ocupacional 
I. Santa Maria-RS: UFSM, 2012.

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