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Legislacao Especial - 220 questoes com gabarito comentado

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Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES DE 
LEGISLAÇÃO 
ESPECIAL 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
1 – Segundo recente entendimento do STF, é atípica a conduta de importação de pequena 
quantidade de sementes de maconha. 
 
2 - A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura 
o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada segundo o STJ. 
 
3 - Para que fique caracterizado o crime de associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
11.343/2006) não se exige que o agente tenha o dolo de se associar com permanência e 
estabilidade. 
 
4 – João foi preso com grande quantidade de maconha. Ao ser elaborado laudo pericial, 
constatou-se que a droga era muito pura. Assim, o Juiz ao proferir sentença, majorou a 
pena, usando a pureza como causa para tal majoração. Nesta situação, agiu corretamente 
o magistrado, pois, segundo o STF, a pureza da droga é deve ser levada em consideração 
na dosimetria da pena. 
 
5 - O art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a 
infração ser cometida em transportes públicos. Se o agente leva a droga em transporte 
público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, não incidirá essa 
majorante. 
 
6 - Se o agente vende a droga nas imediações de um presídio, mas o comprador não era 
um dos detentos nem qualquer pessoa que estava frequentando o presídio, ainda assim 
deverá incidir a causa de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006. 
 
7 – Segundo entendimento sumulado do STJ, para aplicação da causa de aumento 
prevista no inciso I do art. 40 não exige a efetiva transposição da fronteira. 
 
 
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8 – Segundo jurisprudência consolidada, o crime de tráfico privilegiado de drogas não 
tem natureza hedionda. 
 
9 - O estrangeiro que cumpre pena no Brasil e que já tem contra si um processo de 
expulsão instaurado, pode mesmo assim ser beneficiado com a progressão de regime. 
 
10 - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de fiança. 
 
11 – De acordo com a Lei 10.826/03, é obrigatório o registro de arma de fogo no órgão 
competente. Sabendo disso, pode-se afirmar que o órgão competente para o registro de 
arma de fogo de uso restrito é a Polícia Federal. 
 
12 - O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território 
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior 
de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de 
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou 
empresa. 
 
13 - O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito 
da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. Logo, o certificado de 
registro de arma de fogo somente será expedido pela Polícia Federal se precedido de 
autorização do Sinarm. 
 
14 - Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, poderão portar arma de 
fogo apenas quando estiverem em serviço. 
 
 
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15 - É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os 
casos previstos em legislação própria e para os integrantes das guardas municipais das 
capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. 
 
16 - Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem 
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar 
será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para 
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) 
canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado 
comprove a efetiva necessidade. 
 
17 – Nos termos da Lei nº 10.826/03, compete ao Comando do Exército a autorização do 
porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita 
ou sediados no Brasil. 
 
18 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território 
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização 
do Sinarm. 
 
19 – Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata 
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, mesmo depois do recebimento da denúncia 
e ouvido o Ministério Público. 
 
As 5 questões a seguir devem ser respondidas nos termos da jurisprudência do STJ. 
 
20 - O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos 
arts. 2,14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo abstrato e de mera 
 
 
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conduta, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem 
jurídico tutelado, que é a incolumidade pública. 
 
21 - A apreensão de ínfima quantidade de munição desacompanhada de arma de fogo, 
excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar ao 
reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de exposição de risco ao 
bem jurídico tutelado pela norma. 
 
22 - Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica 
a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem 
jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta 
do meio. 
 
23 - A conduta de possuir, portar, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo, seja 
de uso permitido, restrito ou proibido, com numeração, marca ou qualquer outro sinal 
de identificação raspado, suprimido ou adulterado, implica a condenação pelo crime 
estabelecido no art. 16, parágrafo único, IV, do Estatuto do Desarmamento. 
 
24 - O crime de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição (art. 17 da Lei n. 
10.826/2003) é delito de tipo misto alternativo e de perigo abstrato, bastando para sua 
caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo prescindível a 
demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a 
incolumidadepública. 
 
25 - A Lei n. 10.259/01, ao considerar como infrações de menor potencial ofensivo as 
contravenções e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, 
não alterou o requisito objetivo exigido para a concessão da suspensão condicional do 
processo prevista no art. 89 da Lei n. 9.099/95, que continua sendo aplicado apenas aos 
crimes cuja pena mínima não seja superior a 1 (um) ano. 
 
 
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26 – Nos termos da jurisprudência do STJ, aos delitos que preveem a pena de multa 
alternativamente à privativa de liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal 
comine pena mínima superior a 1 ano, caberá suspensão condicional do processo. 
 
27 - Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão 
condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado 
o prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua vigência. 
 
28 – Nos termos da Le n. 9.099/95, consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 4 (quatro) anos, cumulada ou não com multa. 
 
29 – O princípio da formalidade faz parte dos cinco princípios que regem a Lei dos 
juizados especiais criminais. 
 
30 – A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal. 
 
31 – Nos juizados especiais criminais os atos processuais serão públicos e poderão 
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, inclusive aos fins de 
semana, em caso de extrema necessidade. 
 
32 – De acordo com entendimento sumulado do STJ, o benefício da suspensão do 
processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, 
concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo 
somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. 
 
 
 
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33 – João responde a ação penal por um crime de furto. Ao analisar o processo, o Juiz 
abre vista ao Ministério Público para verificar a possibilidade de designação de audiência 
para oferecimento de proposta de suspensão condicional do processo. Instado a se 
manifestar, o representante ministerial foi contrário a suspensão, sob o argumento de 
que João está sendo investigado em inquérito policial em curso. Assim, de acordo com 
a jurisprudência do STJ, pode-se afirmar que o Ministério Público agiu corretamente. 
 
34 - Com o advento da Lei n. 11.343/2006, não houve descriminalização da conduta de 
porte de substância entorpecente para consumo pessoal, mas mera despenalização. 
 
35 – Nos termos da lei de drogas, constituem atividades de reinserção social do usuário 
ou do dependente de drogas e respectivos familiares, aquelas direcionadas para sua 
integração ou reintegração em redes sociais. 
 
36 – Dentre as penas previstas para a pessoa que porta drogas para consumo pessoal, 
temos a de comparecimento a programa ou curso educativo sobre o uso da droga. 
 
37 - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se 
desenvolveu a ação, descartando-se às circunstâncias sociais e pessoais do agente. 
 
38 – As penas previstas no artigo 28 terão duração de 5 meses para réus primários e 10 
meses para reincidentes. 
 
39 - Prescrevem em 04 (quatro) anos a imposição e a execução das penas definidas no 
artigo 28 da Lei de Drogas. 
 
 
 
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40 – As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que 
recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de 
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as 
medidas necessárias para a preservação da prova. 
 
41 – Em caso de destruição da droga por meio de queimada, não poderá o Delegado 
incinerar a droga antes de retirar licença no órgão ambiental responsável. 
 
42 – O prazo que o delegado de policia tem para destruir a droga é de 20 dias, contadas 
da data da apreensão. 
 
43 – As amostras retiradas para elaboração do laudo pericial e contraprova nunca 
poderão ser destruídas, haja vista a possibilidade de produção de prova após o trânsito 
em julgado de sentença condenatória, através de revisão criminal. 
 
44 - A progressão de regime para os condenados por tráfico de entorpecentes e drogas 
afins dar-se-á, se o sentenciado for reincidente, após o cumprimento de 3/5 da pena, 
ainda que a reincidência não seja específica em crime hediondo ou equiparado. 
 
45 - Para fins da Lei de drogas, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos 
capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas 
atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
 
46 - Ora, a lei descreveu que para que uma substância seja considerada “Droga” ela deve 
ser especificada em outra lei ou relacionadas em listas do Poder Executivo. Ou seja, as 
substâncias consideradas como “Drogas” estarão descriminadas em outra norma. Essa 
técnica utilizada pela Lei de Drogas é bastante comum no Direito Penal, ela é chamada 
de a norma penal em branco. 
 
 
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47 - A retirada de uma substância considerada droga da Lista da ANVISA gera abolitio 
criminis. 
 
48 - O tipo do art. 28 é misto alternativo, o que significa que a realização de mais de 
uma conduta, dentro do mesmo contexto fático, não resulta em pluralidade de crimes, 
mas de crime único. 
 
49 – De acordo com o entendimento emanado pelo STJ, não se aplica o princípio da 
insignificância ao crime de posse de drogas para consumo pessoal. 
 
50 – Acerca da Lei de Abuso de autoridade, Lei 4.898/65, podemos dizer que o conceito 
de "autoridade" é abrangente, abarcando todo e qualquer agente público quem exerce 
cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que 
transitoriamente e sem remuneração. 
 
51 – Ainda sobre a Lei de abuso de autoridade, julgue o item a seguir. É correto afirmar 
que o agente público aposentado pode cometer crime de abuso de autoridade. 
 
52 - Nos termos da Lei 4.898/65, é essencial estar em “horário de serviço” para que o 
agente público possa cometer abuso de autoridade. 
 
53 – De acordo com a Lei 4.989/65, é perfeitamente possível um particular responder por 
abuso de autoridade. 
 
54 - As armas de fogo de uso restrito devem ser registradas no Comando do Exército. 
 
 
 
 
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55 - A conduta de uma pessoa que disparar arma de fogo, devidamente registrada e com 
porte, em local ermo e desabitado será considerada atípica. 
 
56 - Compete exclusivamente ao Comando do Exército a identificação das alterações 
feitas nas características ou no funcionamento de armas de fogo. 
 
57 - De acordo com o Estatuto do Desarmamento, constitui circunstância qualificadora 
do crime de posse ou porte de arma de fogo ou munição o fato de ser o agente 
reincidente em crimes previstos nesse estatuto. 
 
58 - Compete à Polícia Federal, por intermédio do Sistema Nacional de Armas, destruir 
armas de fogo e munições que forem apreendidas e encaminhadas pelo juiz competente, 
quando não mais interessarem à persecução penal. 
 
59 - O agente encontrado portando arma de uso permitido com numeração, marca ou 
qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado estará sujeito à 
sanção prevista para o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. 
 
60 - Talesfoi preso em flagrante delito quando transportava, sem autorização legal ou 
regulamentar, dois revólveres de calibre 38 desmuniciados e com numerações raspadas. 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base na jurisprudência 
dominante dos tribunais superiores relativa a esse tema. A apreensão das armas de fogo 
configurou concurso formal de crimes. 
 
61 - Equipara-se à figura delitiva do tráfico ilícito de substância entorpecente a conduta 
daquele que oferece droga, sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento para 
juntos a consumirem. 
 
 
 
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62 - No que concerne aos aspectos penais e processuais da Lei de Drogas e das normas 
de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam 
ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que 
determinem dependência física ou psíquica, julgue o item seguinte. 
Considere que determinado cidadão esteja sendo processado e julgado por vender 
drogas em desacordo com determinação legal. Nessa situação, se o réu for primário e 
tiver bons antecedentes, sua pena poderá ser reduzida, respeitados os limites 
estabelecidos na lei. 
 
63 - Um indivíduo que consuma maconha e a ofereça aos seus amigos durante uma festa 
deverá ser considerado usuário, em face da eventualidade e da ausência de objetivo de 
lucro. 
 
64 - Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte drogas, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu relacionamento, para juntos a 
consumirem, não sendo estabelecida distinção entre a oferta dirigida a pessoa imputável 
ou inimputável. 
 
65 - Nos crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, 
em razão da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, 
de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal 
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento. 
 
66 - Com relação à Lei n.° 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção 
não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, e à Lei n.° 10.446/2002, que dispõe a respeito 
de infrações penais de repercussão interestadual ou internacional que exijam repressão 
uniforme, julgue o item subsequente. 
 
 
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Considere que a Polícia Federal tenha realizado operação para combater ilícitos 
transnacionais e tenha encontrado extensa plantação de maconha, em território 
brasileiro, sem a ocorrência de prisão em flagrante. Nessa situação, mesmo que não haja 
autorização judicial, a referida plantação será destruída pelo delegado de polícia, que 
deverá recolher quantidade suficiente para exame pericial. 
 
67 - Julgue o item a seguir, considerando o disposto na CF e na legislação aplicável aos 
direitos da criança e do adolescente. 
A garantia, com absoluta prioridade, ao jovem e ao adolescente, do direito à vida, saúde 
e à educação, entre outros direitos, compreende destinação privilegiada de recursos 
públicos municipais necessários ao funcionamento dos conselhos tutelares e à 
remuneração e formação continuada dos conselheiros tutelares. 
 
68 - Julgue o item que se segue, relativo à política de atendimento, à família substituta 
e ao acesso à justiça da criança e do adolescente. Para que haja pleno acesso à justiça, a 
assistência judiciária gratuita será prestada aos que dela necessitarem, por meio de DP 
ou advogado nomeado. Nesse sentido, as ações judiciais da competência da justiça da 
infância e da juventude serão sempre isentas de custas e emolumentos. 
 
69 - A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo, a 
qualquer tempo, ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, com a oitiva 
do MP. 
 
70 - As medidas socioeducativas aplicadas aos adolescentes em razão da prática de fatos 
análogos às infrações penais não se submetem aos prazos prescricionais estabelecidos 
no Código Penal, visto que possuem finalidades distintas da sanção penal. 
 
71 - O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069/1990, dispõe sobre a 
proteção integral da criança e do adolescente, que devem gozar de todos os direitos 
 
 
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fundamentais inerentes à pessoa humana. Com referência a essa lei, julgue o item a 
seguir. Pena de detenção, de seis meses a dois anos, pode ser aplicada ao responsável 
por estabelecimento de ensino que privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, 
sem que o indivíduo estivesse em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem 
escrita da autoridade judiciária competente. 
 
72 - Com base nas disposições do Estatuto do Desarmamento, da Lei Maria da Penha, do 
Estatuto da Criança e do Adolescente e do Estatuto do Idoso, julgue o item subsequente. 
Consoante o que dispõe a Lei Maria da Penha, a ação penal para apurar qualquer crime 
perpetrado nas circunstâncias descritas nessa lei será pública incondicionada, devendo o 
feito tramitar obrigatoriamente em segredo de justiça. 
 
73 - É irrelevante a existência, ou não, de fundamentação cautelar para a prisão em 
flagrante por crimes hediondos ou equiparados. 
 
74 - Comete o crime de tortura aquele que, tendo o dever de evitar a conduta, se mantém 
omisso ao tomar ciência ou presenciar pessoa presa ser submetida a sofrimento físico ou 
mental, por meio da prática de ato não previsto legalmente. 
 
75 - Será interditado do exercício da atividade pública por igual período ao da pena 
privativa de liberdade prevista no Código Penal para o crime de lavagem de dinheiro o 
indivíduo que, exercendo cargo ou função pública de qualquer natureza, for condenado 
pela prática de tal crime. 
 
76 - Sendo o servidor público condenado por crime de abuso de autoridade, será 
decretada a perda do cargo e a sua inabilitação para o exercício de qualquer outra função 
pública pelo prazo de até cinco anos. 
 
 
 
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77 - Em qualquer hipótese, configura-se o crime de disparo de arma de fogo disparar 
arma de fogo com a finalidade de praticar outro crime. 
 
78 - O fato de o agente constranger um indivíduo mediante violência ou grave ameaça, 
em razão da orientação sexual desse indivíduo, causando-lhe sofrimento físico ou mental, 
caracteriza o crime de tortura na modalidade discriminação. 
 
79 - O delegado que se omite em relação à conduta de agente que lhe é subordinado, 
não impedindo que este torture preso que esteja sob a sua guarda, incorre em pena mais 
branda do que a aplicável ao torturador. 
 
80 - A babá que, mediante grave ameaça e como forma de punição por mau 
comportamento durante uma refeição, submeter menor que esteja sob sua 
responsabilidade a intenso sofrimento mental não praticará crime de tortura por falta de 
tipicidade, podendo ser acusada apenas de maus tratos. 
 
81 - O crime de tortura admite qualquer pessoa como sujeitos ativo ou passivo; assim, 
pelo fato de não exigirem qualidade especial do agente, os crimes de tortura são 
classificados como crimes comuns. 
 
82 - Antônio foi parado em operação de fiscalização de trânsito e entregou sua carteira 
de identidade ao policial, que, na verdade, havia lhe solicitado sua CNH. Tal fato gerou 
suspeita no policial, que decidiu vistoriar o veículo de Antônio e acabou por encontrar 
uma CNH falsa. Nessa situação hipotética, não se pode falar em flagrante delito; deve 
ser instaurado inquérito para apurar o crime de falsificação de documento público. 
 
83 - A falsificação de um documento emanado de sociedade de economia mista federal 
caracteriza o crime de falsificaçãode documento público. 
 
 
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84 - Equipara-se a documento público para caracterização do crime de falsificação de 
documento público o cartão de crédito ou débito. 
 
85 - Se o autor do crime de falsificação de selo ou sinal público é funcionário público e 
comete o crime prevalecendo-se do cargo, a pena é aumentada de um terço. 
 
86 - Aquele que faz inserir na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado 
declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado estará sujeito às penas cominadas 
ao crime de falsidade ideológica. 
 
87 - O médico que dá, no exercício de sua função, atestado falso com o fim lucrativo 
estará sujeito à pena privativa de liberdade cominada ao delito de falsidade de atestado 
médico aumentada de metade. 
 
88 – As penas do art. 28 prescrevem em 2 anos. 
 
89 - Os crimes de porte para uso próprio serão sempre submetidos ao procedimento da 
Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), sendo, portanto, uma infração de 
menor potencial ofensivo. 
 
90 – No que tange ao artigo 33 da lei de drogas (tráfico), é correto afirmar que quem 
pratica mais de um verbo pratica mais de um crime. 
 
91 - Para que haja tráfico de drogas é necessário que haja intenção de lucro. 
 
 
 
 
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92 - Em alguns verbos do tipo previsto no art. 33 da lei de drogas, a ação do autor se 
prolonga no tempo. Aquele que armazena drogas em sua residência, por exemplo, está 
sob permanente estado de flagrante. Quando o verbo dá essa ideia de continuidade no 
tempo (armazenar, portar, transportar) estamos falando de “crime permanente”, ou seja, 
aquele que a ação se protrai (se prolonga) no tempo. Pode, então, nesses casos, a polícia 
ingressar na residência a qualquer momento para efetuar a prisão daquele que armazena 
drogas. 
 
93 – É correto afirmar que o tráfico de drogas é um crime hediondo. 
 
94 - As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de 
plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao 
assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, 
sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em 
lei. 
 
95 – Ainda sobre o assunto da questão anterior, podemos afirmar que a expropriação, 
segundo o STF deve ser der toda a gleba e não de parte dela. 
 
96 - Ceder estabelecimento para traficante de drogas é crime previsto na lei de drogas. 
 
97 - O STF entende que o REGIME INICIAL de pena do tráfico - a despeito do determinado 
pela Lei de Crimes Hediondos – pode se dar no fechado, semiaberto ou aberto. 
 
98 - A autoridade militar pratica o crime de abuso de autoridade, uma vez que não existe 
crime de abuso de autoridade no código penal militar. 
 
 
 
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99 - O crime de violência arbitrária (art. 322 do CP) foi revogado pela Lei de Abuso de 
Autoridade. 
 
100 - O crime de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio só é possível na sua 
modalidade consumada, uma vez que, no mínimo devem restar lesões graves. 
 
101 - O carcereiro João deixa o detento José nu em uma cela com a intenção de que este 
passe por constrangimento perante os demais internos. Pois bem. Durante esse ato, o 
carcereiro, ainda, passa xingar o detento com palavras de baixo calão. Acerca do caso 
hipotético, é correto afirmar que o crime contra a honra fica absorvido pelo crime de 
abuso. 
 
102 - O termo inicial da prescrição de pretensão indenizatória decorrente de suposta 
tortura e morte de preso custodiado pelo Estado, nos casos em que não chegou a ser 
ajuizada ação penal para apurar os fatos, é a data do início do inquérito policial. 
 
103 - O fato de o crime de tortura, praticado contra brasileiros, ter ocorrido no exterior 
torna, obrigatoriamente, a Justiça Federal competente para processar e julgar os agentes 
estrangeiros. 
 
104 - Conforme dispõe o § 5º do art. 1º da lei de tortura, a perda do cargo, função ou 
emprego público não é efeito automático da condenação. 
 
105 - É obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena 
no regime prisional fechado. 
 
106 - A Tortura é crime hediondo. 
 
 
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107 - A Tortura é crime imprescritível. 
 
108 - Os crimes de tortura, quando praticados por agentes públicos, absorvem o abuso 
de autoridade. 
 
109 - Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante 
emprego de grave ameaça e causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter 
informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa. 
 
110 - Se a confissão for obtida mediante tortura durante interrogatório policial, aquela 
prova poderá ser afastada, por ser considerada ilícita. 
 
111 – Situação hipotética: Assaltantes restringem a liberdade da família do gerente do 
banco com ameaças de morte, exigindo desse que consiga determinada quantia do cofre 
da instituição. Nesse caso, os assaltantes devem responder pelo delito de Tortura. 
 
112 – Situação hipotética: Se José agredir João pelo fato deste ser homossexual, José 
responderá pelo crime de tortura, por expressa previsão legal na lei de tortura. 
 
113 - Imagine a hipótese de um técnico penitenciário que deixa o detento sem comida e 
águas por vários dias seguidos. Nesse caso, deverá responder pelo crime de Tortura. 
 
114 - Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura, tendo 
o dever de evitá-la ou apurá-la, é punido com as mesmas penas do autor do crime de 
tortura. 
 
 
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115 - Como os crimes de Tortura, em regra, são praticados por meio de violência, é bem 
possível que a vítima saia lesionada fisicamente. Nesse sentido, a pena será maior caso a 
tortura cause lesões graves/gravíssimas ou mesmo a morte da vítima. 
 
116 - A perda do cargo não é efeito automático da sentença condenatória por crime de 
tortura. 
 
117 - Com fundamento na legislação que define os crimes de tortura e de tráfico de 
pessoas, julgue os itens a seguir. O crime de tráfico de pessoas poderá ser caracterizado 
ainda que haja consentimento da vítima. 
 
118 - Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, é necessária a 
estabilidade do vínculo entre 3 ou mais pessoas. 
 
119 - Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, deverá se verificar, 
necessariamente, a finalidade de praticar uma série indeterminada de crimes. 
 
120 - Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, nas mesmas penas 
deste crime incorre quem se associa para a prática reiterada do financiamento de tráfico 
de drogas. 
 
121 - Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, incidirá na hipótese de 
concurso formal de crimes, a prática da associação em conjunto com a do tráfico de 
drogas. 
 
122 - Sobre o crime de associação para fins de tráfico de drogas, deverão os agentes, 
para sua configuração, praticar as infrações para as quais se associaram. 
 
 
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123 - Aquele que guarda drogas ilícitas exclusivamente para consumo próprio não 
comete crime. 
 
124 - Aquele que guarda drogas ilícitas exclusivamente para consumo próprio comete 
crime, mas fica necessariamente isento de pena. 
 
125 - Aquele que guarda drogas ilícitas exclusivamente para consumo próprio comete 
crime e está sujeito à aplicação de pena. 
 
126 - Aquele que guarda drogas ilícitas exclusivamente para consumo próprio comete 
contravenção penal. 
 
127 - Aquele que guarda drogas ilícitasexclusivamente para consumo próprio só está 
sujeito ao pagamento de multa. 
 
128 - É correto afirmar que, nos termos da Lei no 11.343/2006 (Lei Antidrogas), o crime 
de tráfico ilícito de drogas é crime hediondo, insuscetível de sursis, graça, indulto, sendo 
apenas possível a anistia e a liberdade provisória. 
 
129 - É correto afirmar que, nos termos da Lei no 11.343/2006 (Lei Antidrogas), o crime 
de tráfico ilícito de drogas é crime de ação múltipla, norma penal em branco que não 
admite a possibilidade de liberdade provisória, sendo apenas possível a conversão de 
suas penas em restritivas de direitos. 
 
130 - É correto afirmar que, nos termos da Lei no 11.343/2006 (Lei Antidrogas), o crime 
de tráfico ilícito de drogas é crime inafiançável e insuscetível de sursis, que admite a 
conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
131 - É correto afirmar que, nos termos da Lei no 11.343/2006 (Lei Antidrogas), o crime 
de tráfico ilícito de drogas é crime inafiançável e insuscetível de sursis, graça, indulto, 
anistia e liberdade provisória. 
 
132 - É correto afirmar que, nos termos da Lei no 11.343/2006 (Lei Antidrogas), o crime 
de tráfico ilícito de drogas é crime de ação múltipla, norma penal em branco e que admite 
a possibilidade de livramento condicional, ao réu reincidente específico, após o 
cumprimento de dois terços da pena. 
 
133 - Aurea, vítima do delito de tráfico internacional de pessoa, para fim de exploração 
sexual, foi admitida como assistente de acusação no curso de ação penal. Nesta 
qualidade, NÃO poderá arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público. 
 
134 - Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que a pena de 
multa pode ser aumentada até o limite do triplo se, em virtude da condição econômica 
do acusado, o juiz considerá-la ineficaz, ainda que aplicada no máximo. 
 
135 - Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que não se tipifica 
o delito de associação para o tráfico se ausentes os requisitos de estabilidade e 
permanência, configurando-se apenas a causa de aumento da pena do concurso de 
pessoas. 
 
136 - Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que constitui causa 
de aumento da pena a promoção do tráfico de drogas nas imediações de estabelecimento 
de ensino e, consoante expressa previsão legal, a circunstância independe de 
comprovação de se destinar aos respectivos estudantes. 
 
 
 
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137 - Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que o condenado 
por tráfico privilegiado poderá ser promovido de regime prisional após o cumprimento 
de um sexto da pena, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
 
138 - Quanto aos crimes previstos na Lei de Drogas, é correto afirmar que cabível a 
aplicação retroativa da figura do tráfico privilegiado, desde que o redutor incida sobre a 
pena prevista na lei anterior, pois vedada a combinação de leis. 
 
139 - Em 26.06.2013, Paulo, primário, foi preso em flagrante sob a acusação de venda de 
drogas, em estável associação com outros quatro indivíduos, estando incurso nos crimes 
de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n° 11.343/06, sem a diminuição prevista no 
§4º do mesmo artigo) e associação para o tráfico (art. 35 da Lei n° 11.343/06). Na data 
de hoje, foi simultaneamente condenado, em decisão definitiva, por ambos os delitos. 
Você, Defensor Público em exercício junto à Vara de Execuções Penais, atuando na defesa 
dos interesses de Paulo, deverá requerer a concessão da progressão de regime após o 
cumprimento de 2/5 da pena pelo crime de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei n° 
11.343/06), mais 1/6 da pena pelo crime de associação para o tráfico de drogas (art. 35 
da Lei n° 11.343/06). 
 
140 - Em processo de tráfico internacional de drogas, basta a primariedade para a 
aplicação da redução da pena. 
 
141 - Dado o instituto da delação premiada previsto nessa lei, ao acusado que colaborar 
voluntariamente com a investigação policial podem ser concedidos os benefícios da 
redução de pena, do perdão judicial ou da aplicação de regime penitenciário mais brando. 
 
142 - É vedada à autoridade policial a destruição de plantações ilícitas de substâncias 
entorpecentes antes da realização de laudo pericial definitivo, por perito oficial, no local 
do plantio. 
 
 
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143 - Para a configuração da transnacionalidade do delito de tráfico ilícito de drogas, 
não se exige a efetiva transposição de fronteiras nem efetiva coautoria ou participação 
de agentes de estados diversos. 
 
144 - O crime de associação para o tráfico se consuma com a mera união dos envolvidos, 
ainda que de forma individual e ocasional. 
 
145 - A indução ou a instigação de alguém ao uso indevido de droga não é considerado 
crime. 
 
146 - Responde às mesmas penas do crime previsto no art. 33, caput, da Lei n° 
11.343/2006 o agente que custeia ou financia o crime de tráfico. 
 
147 - Responde por delito autônomo ao do tráfico o agente que oferecer droga, 
eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem. 
 
148 - A associação criminosa prevista no art. 35, caput, da Lei n° 11.343/2006 exige a 
constatação da reiteração permanente da associação de duas ou mais pessoas para 
prática constante do tráfico. 
 
149 - A causa de redução da pena, prevista no § 4° do art. 33 da Lei n° 11.343/2006, só 
será aplicável se o agente for primário e de bons antecedentes. 
 
150 - Considera-se criança a pessoa com até 14 (quatorze) anos de idade incompletos. 
 
 
 
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151 - Considera-se adolescente qualquer pessoa que possua até 21 (vinte e um) anos de 
idade. 
 
152 - Considera-se criança a pessoa com no máximo 10 (dez) anos de idade completos. 
 
153 - Considera-se adolescente a pessoa que possui entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos 
de idade. 
 
154 - Considera-se adolescente qualquer pessoa com no máximo 16 (dezesseis) anos de 
idade. 
 
155 - Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser 
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção, o consentimento do 
adolescente, colhido em audiência, exceto para a guarda. 
 
156 - Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser 
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção, a opinião da criança que, 
sempre que possível, deve ser colhida por equipe interprofissional e considerada pela 
autoridade judiciária competente. 
 
157 - Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser 
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção, a prevalência das melhores 
condições financeiras para os cuidados com a criança ou adolescente. 
 
158 - Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser 
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção, a prioridade da tutela em 
favor de família extensa quando ainda coexistir o poder familiar. 
 
 
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159 - Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, são regras que devem ser 
observadas para a concessão da guarda, tutela ou adoção, a preferência dos pais ou 
responsável por algum dos eventuais pretendentes à guarda, tutela ou adoção. 
 
160 - Conforme o ECA, figura entre as atribuições do conselho tutelar promover a 
execução de suas decisões, podendo ele, para tanto, requisitar serviço público na área de 
previdência. 
 
161 - Sobre o trabalho da criança e do adolescente, é correto afirmar que é proibido para 
os menores de 16, salvona condição de aprendizes. 
 
162 - A formação técnico-profissional do adolescente NÃO deverá obedecer a horário 
especial, estabelecido em lei. 
 
163 - O Conselho Tutelar, nos termos da Lei nº 8.069/90, é órgão permanente e 
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos 
direitos da criança e do adolescente, e é composto de cinco membros, com mandato de 
quatro anos. 
 
164 - De acordo com o STJ, o crime de corrupção de menores é de natureza formal, 
bastando a participação do menor de dezoito anos de idade na prática de infração penal 
para que haja a subsunção da conduta do agente imputável ao correspondente tipo 
descrito no ECA. 
 
165 - O ECA prevê, na modalidade culposa, o crime de omissão na liberação de criança 
ou adolescente ilegalmente apreendido. 
 
 
 
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166 - Praticará crime material o agente que embaraçar a ação de autoridade judiciária, 
de membro de conselho tutelar ou de representante do MP no exercício de função 
prevista no ECA. 
 
167 - O crime de descumprimento injustificado de prazo fixado no ECA em benefício de 
adolescente privado de liberdade é crime culposo e plurissubsistente. 
 
168 - O crime de submissão da criança ou adolescente a vexame ou constrangimento, 
por ser unissubsistente, não admite a modalidade tentada. 
 
169 - Quando o adolescente for apreendido em flagrante de ato infracional, será 
encaminhado à autoridade policial competente. 
 
170 - De acordo com o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue 
o item subsequente. As entidades de atendimento a crianças e adolescentes são 
responsáveis pelo planejamento e execução de programas de proteção e socioeducativos, 
tais como orientação e apoio sociofamiliar, acolhimento institucional, liberdade assistida, 
prestação de serviços à comunidade, semiliberdade, abrigo e internação. 
 
171 - A respeito da contratação de aprendiz com deficiência, não há sobreposição das 
cotas relativas ao aprendiz com deficiência, no que se refere à condição de aprendiz e de 
deficiente, porque cada uma delas tem finalidades e condições próprias. 
 
172 - Considera-se ato infracional a conduta praticada por adolescente, descrita como 
crime ou contravenção penal. 
 
173 - Disciplinando a participação do Ministério Público como custos legis, é correto 
afirmar, nos termos do artigo 202 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, “nos 
 
 
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processos e procedimentos em que não for parte, o Ministério Público atuará 
obrigatoriamente na defesa dos direitos e interesses de que cuida o mencionado diploma 
legal, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar 
documentos e requerer diligências, usando os recursos cabíveis”. 
 
174 - Com relação ao direito fundamental de crianças e adolescentes à liberdade, ao 
respeito e à dignidade, como pessoas em desenvolvimento, previsto nos artigos 15 a 18 
do Estatuto da Criança e do Adolescente, é correto afirmar que o direito à liberdade se 
divide em liberdade da pessoa física, liberdade de pensamento, liberdade de expressão 
coletiva, liberdade de ação profissional e liberdade de conteúdo político, econômico e 
social. 
 
175 - As atribuições acometidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao 
Ministério Público são exaustivas. 
 
176 - Compete ao Ministério Público, com exclusividade, a promoção e o 
acompanhamento das ações socioeducativas para apuração de prática de atos 
infracionais atribuídos a crianças e a adolescentes. 
 
177 - Cabe exclusivamente ao Ministério Público a legitimidade para ajuizar qualquer 
procedimento da competência da Justiça da Infância e da Juventude. 
 
178 - Compete ao Ministério Público promover a especialização e a inscrição de hipoteca 
legal e a prestação de contas dos tutores, curadores e administradores de bens de 
crianças e adolescentes. 
 
179 - Cabe exclusivamente ao Ministério Público a instauração do inquérito civil e o 
ajuizamento da ação civil pública na defesa dos interesses individuais e coletivos de 
crianças e adolescentes. 
 
 
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180 - A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Assim, dispõe 
que quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei 
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, 
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixe de impedir a sua prática, quando puder agir para evitá-la. Neste sentido, 
é correto afirmar que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas somente na esfera 
administrativa e civil conforme o disposto na lei 9.605/98, nos casos em que a infração 
seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão 
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
181 - A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Assim, dispõe 
que quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei 
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, 
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixe de impedir a sua prática, quando puder agir para evitá-la. Neste sentido, 
é correto afirmar que a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, 
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 
 
182 - A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Assim, dispõe 
que quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei 
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, 
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixe de impedir a sua prática, quando puder agir para evitá-la. Neste sentido, 
é correto afirmar que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente conforme o disposto na lei 9.605/98, nos casos em que a infração seja 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão 
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 
 
183 - A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Assim, dispõe 
que quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei 
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, 
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixe de impedir a sua prática, quando puder agir para evitá-la. Neste sentido, 
é correto afirmar que a pessoa física poderá ser desconsiderada sempre que sua 
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio 
ambiente. 
 
184 - A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Assim, dispõeque quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei 
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, 
o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o 
preposto ou mandatário de pessoa jurídica que, sabendo da conduta criminosa de 
outrem, deixe de impedir a sua prática, quando puder agir para evitá-la. Neste sentido, 
é correto afirmar que o Juiz deverá desconsiderar a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio 
ambiente. 
 
185 - as penas privatvas de liberdade podem ser substituídas pelas penas restritivas de 
direitos quando se tratar de crime culposo ou quando a pena privativa de liberdade 
aplicada for inferior a 4 anos e quando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social 
e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem 
que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime. 
 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
186 - Cabe a suspensão condicional da pena nos crimes definidos pela lei 9.605/98 
quando a pena aplicada não for superior a 4 anos. 
 
187 - A prestação de serviços à comunidade somente será admitida na modalidade de 
desempenho de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de 
conservação, mesmo nos casos de danos em bens particulares. 
 
188 - A Lei 9.605/98 prevê a responsabilização das pessoas jurídicas apenas no âmbito 
civil e administrativo. 
 
189 - Não há possibilidade de desconsideração de personalidade da pessoa jurídica, 
quando houver obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio 
ambiente. 
 
190 - Considerando-se a Lei nº 10.826/2013 (Estatuto do Desarmamento), não comete 
qualquer crime a pessoa que, possuindo autorização para o porte de arma de fogo 
permitido, adentra em local público com a arma municiada, podendo, entretanto, ser 
sancionada administrativamente. 
 
191 - Em relação aos crimes previstos na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), as 
medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas de imediato, observada a prévia 
manifestação, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, do representante do Ministério 
Público. 
 
192 - Aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, à pessoa de seu 
relacionamento, para juntos consumirem, deve ser considerado usuário, nos termos do 
que dispõe a Lei nº 11.343/2006 (Lei de Tóxicos). 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
193 - Conforme a Lei nº 12.850/2013 (Crime Organizado), os condenados por integrar, 
pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa iniciarão o cumprimento 
da pena em regime fechado. 
 
194 - Tratando-se de crime ambiental previsto na Lei nº 9.605/1998, não é necessário 
que a infração, para ser passível de responsabilização penal a pessoa jurídica, deva ser 
cometida no interesse ou benefício da entidade. 
 
195 – A chamada abolitio criminis temporária, no entender hoje pacificado do Superior 
Tribunal de Justiça, teve como limite a data de 23 de outubro de 2005, após o que não 
ampara mais a conduta do possuidor de qualquer arma de fogo. 
 
196 - A chamada abolitio criminis temporária, no entender hoje pacificado do Superior 
Tribunal de Justiça, abrangeu as condutas de posse e de porte ilegal de arma de fogo. 
 
197 - A chamada abolitio criminis temporária, no entender hoje pacificado do Superior 
Tribunal de Justiça, aplica-se aos ilícitos de posse ilegal de arma de fogo, inclusive de 
uso restrito, que tenham sido cometidos até 31 de dezembro de 2010. 
 
198 - A chamada abolitio criminis temporária, no entender hoje pacificado do Superior 
Tribunal de Justiça, aplica-se aos ilícitos de posse ilegal de arma de fogo, desde que de 
uso permitido e de numeração, marca ou outro sinal de identificação não raspado, nem 
suprimido ou alterado que tenham sido cometidos até 31 de dezembro de 2011. 
 
199 - O desmuniciamento da arma não afasta os crimes do Estatuto do Desarmamento, 
no entender hoje pacificado do Supremo Tribunal Federal. 
 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
200 - Em 2003, foi sancionado o Estatuto do Desarmamento que trouxe importantes 
modificações na tipificação dos crimes relacionados com armas de fogo. Analisando-se 
os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, em havendo a utilização de armas de 
fogo, acessórios ou munições de uso proibido ou restrito, terá a pena aumentada da 
metade o crime de comércio ilegal de arma de fogo. 
 
201 - De acordo com o entendimento da doutrina e dos tribunais superiores sobre o 
Estatuto do Desarmamento, especialmente quanto às armas de fogo, o crime de tráfico 
internacional de arma de fogo é insuscetível de liberdade provisória. 
 
202 - De acordo com o entendimento da doutrina e dos tribunais superiores sobre o 
Estatuto do Desarmamento, especialmente quanto às armas de fogo, majora-se a pena 
em caso de crime de comércio ilegal de arma de fogo mesmo que se trate de armamento 
de uso permitido. 
 
203 - De acordo com o entendimento da doutrina e dos tribunais superiores sobre o 
Estatuto do Desarmamento, especialmente quanto às armas de fogo, a arma de fogo 
desmuniciada afasta as figuras criminosas da posse ou do porte ilegal, considerando-se 
que o objeto jurídico tutelado é a incolumidade física. 
 
204 - De acordo com o entendimento da doutrina e dos tribunais superiores sobre o 
Estatuto do Desarmamento, especialmente quanto às armas de fogo, o porte de arma de 
fogo de uso permitido com a numeração raspada equivale penalmente ao porte de arma 
de fogo de uso restrito. 
 
205 - De acordo com o entendimento da doutrina e dos tribunais superiores sobre o 
Estatuto do Desarmamento, especialmente quanto às armas de fogo, o disparo de arma 
de fogo em via pública e o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido configuram 
situações de inafiançabilidade. 
 
 
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206 - Com referência ao Estatuto do Desarmamento, julgue o item subsecutivo. As armas 
das polícias militares deverão ser registradas no Sistema Nacional de Armas. 
 
207 - O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
 
208 - A tortura é constitucionalmente proibida, exceto para salvar a vida de outras 
pessoas. 
 
209 - Constitui crime de tortura a conduta de constranger alguém com emprego de 
violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento fisico ou mental com o fim de obter 
informação, declaração ou confissão da vítma ou terceira pessoa, bem como para 
provocar ação ou omissão de natureza criminosa, dentre outras hipóteses. 
 
210 - Constitui também crime de tortura, a submissão de alguém, sob sua guarda, poder 
ou autoridade, com o emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico 
ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, 
dentre outras hipóteses. 
 
211 - A pessoa que se omite em face das condutas definidas como crime de tortura, 
quando tenha o dever de evitá-las ou apurá-las, responde por crime também e está 
sujeito às mesmas penas previstas para o crime de tortura. 
 
212 - A condenação por crime de tortura praticado por funcionário público acarreta a 
perda do cargo, função ou emprego público, bem como a interdição para o seu exercício 
pelo dobro do prazo da pena aplicada. 
 
213 – Segundo recente entendimento do STF, é atípica a conduta de importação de 
pequena quantidade de sementes de maconha. 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
214 - A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar oveículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura 
o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada segundo o STJ. 
 
215 - Para que fique caracterizado o crime de associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
11.343/2006) não se exige que o agente tenha o dolo de se associar com permanência e 
estabilidade. 
 
216 – João foi preso com grande quantidade de maconha. Ao ser elaborado laudo pericial, 
constatou-se que a droga era muito pura. Assim, o Juiz ao proferir sentença, majorou a 
pena, usando a pureza como causa para tal majoração. Nesta situação, agiu corretamente 
o magistrado, pois, segundo o STF, a pureza da droga é deve ser levada em consideração 
na dosimetria da pena. 
 
217 - O art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a 
infração ser cometida em transportes públicos. Se o agente leva a droga em transporte 
público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, não incidirá essa 
majorante. 
 
218 - Se o agente vende a droga nas imediações de um presídio, mas o comprador não 
era um dos detentos nem qualquer pessoa que estava frequentando o presídio, ainda 
assim deverá incidir a causa de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006. 
 
219 – Segundo entendimento sumulado do STJ, para aplicação da causa de aumento 
prevista no inciso I do art. 40 não exige a efetiva transposição da fronteira. 
 
220 – Segundo jurisprudência consolidada, o crime de tráfico privilegiado de drogas não 
tem natureza hedionda. 
 
 
 
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GABARITO COMENTADO 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
1 – Segundo recente entendimento do STF, é atípica a conduta de importação de pequena 
quantidade de sementes de maconha. 
Correto. Não configura crime a importação de pequena quantidade de sementes de maconha. 
STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915). 
 
2 - A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura 
o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada segundo o STJ. 
Correto. A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também 
disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o 
crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), ainda que a polícia, 
com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do 
material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Para que configure 
a conduta de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição 
do entorpecente e o pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não 
é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao 
vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-
SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 1º/9/2015 (Info 569). 
 
3 - Para que fique caracterizado o crime de associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
11.343/2006) não se exige que o agente tenha o dolo de se associar com permanência e 
estabilidade. 
Errado. Para que fique caracterizado o crime de associação para o tráfico (art. 35 da Lei 
11.343/2006) exige-se que o agente tenha o dolo de se associar com PERMANÊNCIA e 
ESTABILIDADE. Dessa forma, é atípica a conduta se não houver ânimo associativo permanente 
(duradouro), mas apenas esporádico (eventual). STJ. 6ª Turma. HC 139.942-SP, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 19/11/2012. 
 
4 – João foi preso com grande quantidade de maconha. Ao ser elaborado laudo pericial, 
constatou-se que a droga era muito pura. Assim, o Juiz ao proferir sentença, majorou a 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
pena, usando a pureza como causa para tal majoração. Nesta situação, agiu corretamente 
o magistrado, pois, segundo o STF, a pureza da droga é deve ser levada em consideração 
na dosimetria da pena. 
Errado. O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena. De acordo 
com a Lei nº 11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a quantidade da droga 
apreendida para o cálculo da dosimetria da pena. STF. 2ª Turma. HC 132909/SP, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, julgado em 15/3/2016 (Info 818). 
 
5 - O art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a 
infração ser cometida em transportes públicos. Se o agente leva a droga em transporte 
público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, não incidirá essa 
majorante. 
Correto. Para aplicação da referida causa de aumento exige-se que haja comercialização no 
transporte público. 
 
6 - Se o agente vende a droga nas imediações de um presídio, mas o comprador não era 
um dos detentos nem qualquer pessoa que estava frequentando o presídio, ainda assim 
deverá incidir a causa de aumento do art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006. 
Correto. A aplicação da causa de aumento prevista no art. 40, III, da Lei nº 11.343/2006 se 
justifica quando constatada a comercialização de drogas nas dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, sendo irrelevante se o agente infrator visa ou não aos 
frequentadores daquele local. Assim, se o tráfico de drogas ocorrer nas imediações de um 
estabelecimento prisional, incidirá a causa de aumento, não importando quem seja o 
comprador do entorpecente. STF. 2ª Turma. HC 138944/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 
21/3/2017 (Info 858). 
 
7 – Segundo entendimento sumulado do STJ, para aplicação da causa de aumento 
prevista no inciso I do art. 40 não exige a efetiva transposição da fronteira. 
 
 
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Correto. Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei nº 
11.343/2006) configura-se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que 
não consumada a transposição de fronteiras. 
 
8 – Segundo jurisprudência consolidada, o crime de tráfico privilegiado de drogas não 
tem natureza hedionda. 
Correto. O chamado "tráfico privilegiado", previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 
(Lei de Drogas), não deve ser considerado crime equiparado a hediondo. STF. Plenário. HC 
118533/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/6/2016 (Info 831). 
 
9 - O estrangeiro que cumpre pena no Brasil e que já tem contra si um processo de 
expulsão instaurado, pode mesmo assim ser beneficiado com a progressão de regime. 
Correto. O STJ consolidou entendimento no sentido de que a situação irregular do estrangeiro 
no País não é circunstância, por si só, capaz de afastar o princípio da igualdade entre nacionais 
e estrangeiros, razão pela qual a existência de processo ou mesmo decreto de expulsão em 
desfavor do estrangeiro não impede a concessão dos benefícios da progressão de regime ou 
do livramento condicional, tendo em vista que a expulsão poderá ocorrer, conforme o 
interesse nacional, após o cumprimento da pena, ou mesmo antes disto. STJ. 5ª Turma. HC 
324.231/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 03/09/2015. 
 
10 - Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de fiança. 
Correto. 
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas 
afins e o terrorismo são insuscetíveis de 
[..] 
II - fiança. 
 
 
 
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11 – De acordo com a Lei 10.826/03, é obrigatório o registro de arma de fogo no órgão 
competente. Sabendo disso,pode-se afirmar que o órgão competente para o registro de 
arma de fogo de uso restrito é a Polícia Federal. 
Errado. De acordo com o parágrafo único do artigo 3º, as armas de fogo de uso restrito 
serão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei. 
12 - O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território 
nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior 
de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de 
trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou 
empresa. 
Correto. É o que diz o artigo 5º da Lei 10.826/03. 
 
13 - O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito 
da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. Logo, o certificado de 
registro de arma de fogo somente será expedido pela Polícia Federal se precedido de 
autorização do Sinarm. 
Correto. § 1, do artigo 5º: O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia 
Federal e será precedido de autorização do Sinarm. 
 
14 - Os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, poderão portar arma de 
fogo apenas quando estiverem em serviço. 
Correto. Você com certeza sabe que é proibido o porte de arma de fogo em todo o território 
nacional. Todavia, existem algumas exceções, sendo uma delas para os guardas municipais 
dos Municípios com mais de cinquenta mil e menos de quinhentos mil habitante. Porém, esse 
porte somente é autorizado quando estes estiverem em serviço. 
15 - É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os 
casos previstos em legislação própria e para os integrantes das guardas municipais das 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. 
Correto. Artigo 6º, inciso III da Lei 10.826/03. Diferente da questão anterior, para esses guardas 
municipais a lei não veda o uso da arma quando estiverem fora do serviço. Vale destacar que 
a autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais está condicionada à 
formação funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial, 
à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas 
no regulamento desta Lei, observada a supervisão do Ministério da Justiça. Artigo 6º, §3º. 
 
16 - Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem 
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar familiar 
será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria caçador para 
subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2 (dois) 
canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que o interessado 
comprove a efetiva necessidade. 
Correto. Esta previsão está contida no artigo 6º, §5º da Lei 10.826/03. O caçador para 
subsistência que der outro uso à sua arma de fogo, independentemente de outras tipificações 
penais, responderá, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso 
permitido. 
 
17 – Nos termos da Lei nº 10.826/03, compete ao Comando do Exército a autorização do 
porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita 
ou sediados no Brasil. 
Errado. Nos termos do artigo 9º da Lei 10.826/03, Compete ao Ministério da Justiça a 
autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros 
em visita ou sediados no Brasil. Ao Comando do Exército, nos termos do regulamento desta 
Lei, compete apenas o registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para 
colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição 
internacional oficial de tiro realizada no território nacional. Cuidado com as pegadinhas. 
 
 
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18 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território 
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização 
do Sinarm. 
Correto. artigo 10º da Lei 10.826/03. 
 
19 – Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata 
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, mesmo depois do recebimento da denúncia 
e ouvido o Ministério Público. 
Errado. O pega da questão está em dizer que mesmo após o oferecimento da denúncia a 
ofendida pode renunciar à representação. 
O Artigo 16 é claro ao dizer que: Nas ações penais públicas condicionadas à representação 
da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, 
em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da 
denúncia e ouvido o Ministério Público. 
 
 
As 5 questões a seguir devem ser respondidas nos termos da jurisprudência do STJ. 
 
20 - O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos 
arts. 2,14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo abstrato e de mera 
conduta, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem 
jurídico tutelado, que é a incolumidade pública. 
Correto. Julgado: HC 432691/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
21/06/2018, DJe 28/06/2018. 
 
21 - A apreensão de ínfima quantidade de munição desacompanhada de arma de fogo, 
excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar ao 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de exposição de risco ao 
bem jurídico tutelado pela norma. 
Correto. Julgado: REsp 1735871/AM, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado 
em 12/06/2018, DJe 22/06/2018. 
 
22 - Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica 
a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem 
jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta 
do meio. 
Correto. Julgado: REsp 1726686/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 
22/05/2018, DJe 28/05/2018. 
 
23 - A conduta de possuir, portar, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo, seja 
de uso permitido, restrito ou proibido, com numeração, marca ou qualquer outro sinal 
de identificação raspado, suprimido ou adulterado, implica a condenação pelo crime 
estabelecido no art. 16, parágrafo único, IV, do Estatuto do Desarmamento. 
Correto. Julgado: AgRg no AREsp 754716/PR, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, 
SEXTA TURMA, julgado em 12/12/2017, DJe 19/12/2017. 
 
24 - O crime de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição (art. 17 da Lei n. 
10.826/2003) é delito de tipo misto alternativo e de perigo abstrato, bastando para sua 
caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo prescindível a 
demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a 
incolumidade pública. 
Correto. Julgados: AgRg no REsp 1692637/SC, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS 
MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 08/05/2018, DJe 16/05/2018. 
 
25 - A Lei n. 10.259/01, ao considerar como infrações de menor potencial ofensivo as 
contravenções e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
não alterou o requisito objetivo exigido para a concessão da suspensão condicional do 
processoprevista no art. 89 da Lei n. 9.099/95, que continua sendo aplicado apenas aos 
crimes cuja pena mínima não seja superior a 1 (um) ano. 
Correto. Esse é o entendimento da jurisprudência do STJ e do STF. 
 
26 – Nos termos da jurisprudência do STJ, aos delitos que preveem a pena de multa 
alternativamente à privativa de liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal 
comine pena mínima superior a 1 ano, caberá suspensão condicional do processo. 
Correto. Decidiu o STJ no HC 54429/SP que: É cabível a suspensão condicional do processo 
e a transação penal aos delitos que preveem a pena de multa alternativamente à privativa de 
liberdade, ainda que o preceito secundário da norma legal comine pena mínima superior 
a 1 ano. 
 
27 - Se descumpridas as condições impostas durante o período de prova da suspensão 
condicional do processo, o benefício poderá ser revogado, mesmo se já ultrapassado 
o prazo legal, desde que referente a fato ocorrido durante sua vigência. 
Corretíssimo. Está em consonância com a jurisprudência do STJ. Aliás, a decisão seguiu o rito 
dos recursos repetitivos – Tema 290. 
 
28 – Nos termos da Le n. 9.099/95, consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 4 (quatro) anos, cumulada ou não com multa. 
Errado. Para acertar essa questão você deveria saber que o máximo da pena não pode ser 
superior a 2 anos. Por isso que digo que você precisa ler sempre a Lei seca. A resposta para 
essa pergunta está no artigo 61: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, 
para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
29 – O princípio da formalidade faz parte dos cinco princípios que regem a Lei dos 
juizados especiais criminais. 
Errado. Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, 
sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não 
privativa de liberdade. 
 
30 – A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a 
infração penal. 
Correto. Artigo 63 da Lei n. 9.099/95. 
 
31 – Nos juizados especiais criminais os atos processuais serão públicos e poderão 
realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, inclusive aos fins de 
semana, em caso de extrema necessidade. 
Correto. Nos termos do Art. 64: Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se 
em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de 
organização judiciária. Perceba que a Lei não faz vedação ao sábado, que faz parte do dia da 
semana. Lembrando que deve-se obedecer o código de organização judiciária do Estado. 
 
32 – De acordo com entendimento sumulado do STJ, o benefício da suspensão do 
processo não é aplicável em relação às infrações penais cometidas em concurso material, 
concurso formal ou continuidade delitiva, quando a pena mínima cominada, seja pelo 
somatório, seja pela incidência da majorante, ultrapassar o limite de um (01) ano. 
Correto. Súmula 243. 
 
33 – João responde a ação penal por um crime de furto. Ao analisar o processo, o Juiz 
abre vista ao Ministério Público para verificar a possibilidade de designação de audiência 
para oferecimento de proposta de suspensão condicional do processo. Instado a se 
manifestar, o representante ministerial foi contrário a suspensão, sob o argumento de 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
que João está sendo investigado em inquérito policial em curso. Assim, de acordo com 
a jurisprudência do STJ, pode-se afirmar que o Ministério Público agiu corretamente. 
Errado. O STJ no julgamento do HC 79751/SP, entendeu que a existência de inquérito policial 
em curso não é circunstância idônea a obstar o oferecimento de proposta de suspensão 
condicional do processo. 
Julgado: RHC 79751/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, 
julgado em 18/04/2017, DJe 26/04/2017. 
 
34 - Com o advento da Lei n. 11.343/2006, não houve descriminalização da conduta de 
porte de substância entorpecente para consumo pessoal, mas mera despenalização. 
Correto. Nos termos da doutrina e jurisprudência. 
 
35 – Nos termos da lei de drogas, constituem atividades de reinserção social do usuário 
ou do dependente de drogas e respectivos familiares, aquelas direcionadas para sua 
integração ou reintegração em redes sociais. 
Correto. Veja o que diz o Art. 21: Constituem atividades de reinserção social do usuário ou 
do dependente de drogas e respectivos familiares, para efeito desta Lei, aquelas direcionadas 
para sua integração ou reintegração em redes sociais. Aqui é interessante você saber que 
redes sociais não se refere a instagram ou facebook, mas sim a sociedade de uma forma 
geral. 
 
36 – Dentre as penas previstas para a pessoa que porta drogas para consumo pessoal, 
temos a de comparecimento a programa ou curso educativo sobre o uso da droga. 
Correto. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, 
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
37 - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se 
desenvolveu a ação, descartando-se às circunstâncias sociais e pessoais do agente. 
Errado. Determino o §2º do artigo 28 que: Para determinar se a droga destinava-se a consumo 
pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às 
condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à 
conduta e aos antecedentes do agente. 
 
38 – As penas previstas no artigo 28 terão duração de 5 meses para réus primários e 10 
meses para reincidentes. 
Correto. É o que prevê o artigo 28 em seus §§ 3º e 4º. 
 
39 - Prescrevem em 04 (quatro) anos a imposição e a execução das penas definidas no 
artigo 28 da Lei de Drogas. 
Errado. Nos termos do artigo 30, prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução 
das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes 
do Código Penal. 
 
40 – As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que 
recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de 
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as 
medidas necessárias para a preservação da prova. 
Correto. É o que determina o artigo 32 da Lei de Drogas. 
 
 
 
Criado por Paulo Tadeu Rodrigues Rezende – CPF nº 022.467.361-02 (@penalemdicas) 
 
41 – Em caso de destruição da droga por meio de queimada, não poderá o Delegado 
incinerar a droga antes de retirar licença no órgão ambiental responsável. 
Errado. Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além 
das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto no 2.661, de 8 
de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama. (§3º do artigo 32 da Lei de Drogas). 
 
42 – O prazo que o delegado de policia tem para destruir a droga é de 20 dias, contadas 
da data da apreensão.

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