Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO FIPMOC-UNIFIPMOC CURSO: MEDICINA – 4º PERÍODO TURMA XXVIII DISCIPLINA/MÓDULO: SOI IV – TIC’S IV EMILLY LORENA QUEIROZ AMARAL HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA MONTES CLAROS-MG JUNHO/2023 1) Quais as estratégias farmacológicas disponíveis para o tratamento clínico da hiperplasia benigna da próstata? A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é caracterizada pelo aumento progressivo da próstata a partir de alterações na proliferação das células epiteliais da musculatura lisa do órgão. É uma doença comum em homens idosos e está crescendo o número de casos à medida que a população global envelhece. Manifestações clínicas da hiperplasia prostática são micção frequente, urgência, incontinência, infecção do trato urinário, comprometimento da função renal e inflamação da próstata. Considerando o aspecto histológico, inicia-se com uma hiperplasia microtubular simples, das células do estroma e do epitélio da glândula prostática, com uma consequente expansão nodular macroscópica, gerando o aumento benigno da próstata e numa possível interferência no fluxo normal da urina, ocasionada pela compressão da uretra e pelo relaxamento inadequado do colo vesical, podendo levar a Sintomas do Trato Urinário Inferior. A HPB causa disfunção urinária em homens de meia idade e idosos, com efeitos adversos na vida dos pacientes. O envelhecimento e a função testicular anormal têm sido considerados as principais causas da HPB. Com o aumento da idade, bem como os níveis de estrogênio, testosterona e di-hidrotestosterona, o corpo perde o equilíbrio. Isso pode resultar em distúrbios dos hormônios sexuais em pacientes do sexo masculino, levando à hipertrofia da próstata, estreitamento do orifício uretral. Isso leva ainda à obstrução uretral e à disfunção miccional, que afetam seriamente o esvaziamento da bexiga e da urina. Existem diferentes formas de intervenções para a HPB, incluindo a terapia não invasiva e terapias cirúrgicas. O tratamento conservador, incluindo espera vigilante e modificação de comportamento e dieta, é recomendado como um primeiro passo para pacientes com sintomas leves ou moderados, e a intervenção farmacológico é recomendado como um passo seguinte. A importância das modificações comportamentais como manter um estilo de vida saudável, parar de fumar e consumir álcool, aumentar os exercícios que levam à normalização da glicose no sangue, níveis de colesterol, etc., e eventualmente diminuem as síndromes metabólicas podendo aliviar os sintomas da doença. Os tratamentos farmacológicos são determinados pelo tamanho da próstata, nível de antígeno prostático específico (PSA), sintomas acompanhantes ou fatores de risco. O tratamento medicamentoso é baseado no uso de antagonistas alfa-1- adrenérgicos (ou alfa bloqueadores), inibidores da enzima 5-alfa-redutase e os inibidores da 5-AR. Os alfabloqueadores tem como exemplo o cloridrato de terazosina, cloridrato de tansulosina, mesilato de doxazosina, cloridrato de alfuzosina e filodoxia, eles tem como função de agir através do relaxamento do musculo liso no colo vesical, cápsula da próstata e uretra prostática. Como inibidores de enzima 5- alfa-redutase podem ser usados os finasterida e dutasterida e como inibidor da 5- fosfodiesterase pode ser usada a tadalafila, já esses dois tem a função de inibir a enzima catalizadora da conversão de testosterona em di- hidrotestosterona, resultando em uma diminuição do tamanho da próstata. A ressecção transuretral da próstata (também conhecido como RTUP ou RTU de próstata) que é um procedimento cirúrgico padrão para pacientes com HPB associada à LUTS, assim como as terapias alternativas incluindo MTOPS (Terapia Médica dos Sintomas da Próstata) e CombAT (Combinação de Avodart e Tamsulosin), mostrando-se bem tolerados e com poucos efeitos adversos. A terapêutica atual da doença mostra um grande impacto na melhoria dos sintomas e aumento da qualidade de vida do doente, mas por outro lado, com o uso de medicamentos por um período prolongado pode provocar efeitos adversos graves e comorbilidades. A terapêutica não invasiva ou invasiva (cirúrgica) só é recomendada nos casos graves ou pela preferência do doente, mas essa também pode levar alguns riscos e complicações. Em alternativa a pesquisa mostra que as plantas medicinais podem contribuir para o desenvolvimento de métodos da cura e da prevenção das várias patologias. O uso de plantas para curar diversos tipos de doenças humanas tem uma longa história. A consciência de uso de plantas medicinais é o resultado de muitos anos de lutas contra doenças devido às quais o homem aprendeu como encontrar cura utilizando cascas, sementes, frutos, raízes e outras partes das plantas. Os agentes fitoterápicos têm vindo a ganhar popularidade, principalmente devido a menores efeitos secundários e melhores estratégias de formulação. Segundo dados da OMS, cerca de 80% da população mundial faz uso de algum tipo de planta medicinal na busca de alívio para alguma sintomatologia dolorosa ou desagradável. REFERÊNCIAS: DE CARVALHO, Dayara de Nazaré Rosa et al. Estratégias de cuidado para idosos com hiperplasia prostática benigna: uma revisão integrativa da literatura. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , v. 11, n. 1, pág. e17511118310-e17511118310, 2022. DEMCHENKO, Viacheslav et al. Plantas medicinais com ação na hiperplasia benigna da próstata. 2021. Tese de Doutorado. AVERBECK, Márcio Augusto et al. Diagnóstico e tratamento da hiperplasia benigna da próstata. Revista da AMRIGS, v. 54, n. 4, p. 471-477, 2010.