Buscar

TICS 23 - Hiperplasia Prostática Benigna (4P)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC/Palmas 
Sistemas Orgânicos Integrados IV – 4º período MED 
Sarah Lima Campos 
 
HPB 
Quais as estratégias farmacológicas disponíveis para o tratamento clínico 
da hiperplasia benigna da próstata? 
A hiperplasia prostática benigna é caracterizada pelo aumento não canceroso da 
próstata que pode acarretar dificuldades na micção do paciente. O crescimento 
benigno da próstata normalmente começa na terceira década de vida, porém, o 
quadro tende a permanecer assintomático até os 50 anos de idade do paciente. 
Comumente, o paciente cursa com noctúria, dificuldade para urinar e urgência 
miccional, entretanto, existem casos de comprometimento transitório da função 
renal devido ao aumento da pressão na bexiga que obstrui a passagem de urina 
pelos ureteres e também hematúria devido ao rompimento de vasos sanguíneos 
na bexiga. 
O tratamento medicamentoso consiste no uso de alfa bloqueadores quem têm a 
finalidade de relaxar a musculatura lisa da próstata e da saída da bexiga para 
facilitar a micção. Outra possibilidade é o tratamento com inibidores da alfa-5-
redutase, essa classe de medicamentos diminui a quantidade de di-
hidrotestosterona tanto dentro da próstata quanto no sangue. A diminuição dos 
níveis hormonais inibe ou retarda a progressão do crescimento prostático e, a 
longo prazo, amenizam os sintomas. Vários extratos de plantas (fitoterapia), 
pelos mecanismos hipotéticos como, Efeito antiinflamatório, atuação 
antiandrogênica, ação antiestrogênica, inibição de fatores de crescimento ou 
aumento da complacência vesical. 
Os agentes fitoterápicos têm sido utilizados há muitas décadas no tratamento 
da HBP. Muito em bora existam trabalhos na literatura indicando até 60% de 
melhora clínica com o emprego dos extratos de plantas, a maioria desses 
estudos carece de grande precisão e confiabilidade. Além disso, quando se 
realizam aferições objetivas dos parâmetros miccionais (fluxo urinário), quase 
nenhum a melhora é observada com o emprego desses agentes. Do ponto de 
vista científico inexistem, até o momento, elementos que possam justificar a 
utilização rotineira dos preparados fitoterápicos em HBP. 
Os bloqueadores alfa-adrenérgicos doxazosina - 1 a 8 mg, alfuzosina - 10 mg, 
tansulosina - 0,4 a 0,8mg e terazosina - 1 a 5 mg, geram resposta clínica imediata 
em 40 a 50% dos pacientes. Quadros de hipotensão arterial, tontura, congestão 
nasal e ejaculações secas são observados em 10 a 30% dos pacientes, que, às 
vezes, têm implicações clínicas mais sérias. Para reduzir o risco de 
intercorrências graves, os bloqueadores alfa-adrenérgicos devem ser evitados 
em pacientes com coronariopatia, acidentes vasculares cerebrais ou 
insuficiência vascular periférica. 
Os inibidores da enzima 5 alfa-redutase finasterida e dutasterida constituem 
os agentes antiandrogênicos mais utilizados em HBP. Essa inibição produz um 
a redução de 90% dos níveis de DHT dentro da próstata, o que resulta em uma 
diminuição de cerca de 30% do volume da glândula após 4 a 6 meses de 
tratamento. Isso promove um alívio dos sintomas em 35 a 40% dos pacientes e 
essa melhora, em geral, torna-se aparente após 3 ou 4 meses de tratamento. 
São medicações seguras, sem interação com outras drogas e raros efeitos 
colaterais. Nesse sentido, seu único inconveniente é representado pelo 
aparecimento de disfunção sexual, que se manifesta em 10 a 15% dos casos. 
Mas essas drogas não são apropriadas para o tratamento de pacientes com 
STUI que não possuem próstatas aumentadas. O uso a longo prazo dos 
inibidores da enzima 5 alfa-redutase isoladamente ou em combinação com os 
bloqueadores alfa-adrenérgicos podem reduzir o risco de retenção urinária e a 
necessidade de tratamento cirúrgico para HPB. 
 
Referência: 
ANTUNES, A. A; FREIRE, G. De C. Hiperplasia Prostática Benigna – HPB. 
Clínica Médica. Volume 3, Capítulo 21, pág. 839.