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LUCAS ANTUNES TÓRAX O tórax compreende a parte do tronco situada entre o pescoço e o abdome. Sua formação geral se dá pela cavidade torácica, seu conteúdo e pela parede que o circunda. Abertura superior do tórax: posteriormente é limitada pelo corpo da TI, lateralmente pelo primeiro par de costelas e suas cartilagens costais, anteriormente pela margem superior do manúbrio do esterno. Abertura inferior do tórax: posteriormente é limitada pela TXII, posterolateralmente pelos pares 11 e 12 das costelas, anterolateralmente pelas margens costais das costelas VII a X e anteriormente pela articulação xifoesternal. ▪ Cavidade torácica: Junto de sua parede, a cavidade torácica tem o formato de um cone truncado, ou seja, superiormente é mais estreita e inferiormente alcança um diâmetro maior. Aliás, a parede da cavidade torácica é relativamente fina, com sua espessura sendo basicamente a de seu esqueleto. A parede verdadeira inclui a caixa torácica, pele, músculos que se estendem entre as costelas e a fáscia junto dos músculos que revestem sua superfície anterolateral. Por sua vez, o assoalho da cavidade torácica é formado pelo músculo diafragma, que apresenta uma invaginação inferior profunda. Vale ressaltar que a metade inferior da parede torácica protege as vísceras abdominais. Divisão da cavidade torácica: mediastino centralmente, cavidade pulmonar direita e cavidade pulmonar esquerda. Mediastino é o compartimento central da cavidade torácica e contém todas as vísceras e estruturas torácicas, com exceção dos pulmões; ele se estende desde a abertura superior do tórax até o diafragma inferiormente e do esterno e cartilagens costais anteriormente até a coluna torácica posteriormente; pode ser dividido em superior e inferior, sendo que o inferior se divide em anterior, médio e posterior Conteúdo da cavidade torácica: pulmões e pleuras, coração, parte torácica de grandes vasos e da traqueia, além do timo e linfonodos. ▪ Caixa torácica: A caixa torácica é um arcabouço osteocartilagíneo e representa o esqueleto torácico que protege as vísceras torácicas e alguns órgãos abdominais. Suas grades horizontais são formadas pelas costelas e suas cartilagens costais. Verticalmente, possui o osso esterno e as vértebras torácicas. LUCAS ANTUNES Funções da caixa torácica: Protege orgãos torácicos e abdominais, resiste às pressões internas negativas, proporciona inserção para membros superiores, além de que sustenta seu peso. Além disso, modifica sua forma para permitir a respiração, atua na absorção de choques e compressões externas para evitar fratura e também proporciona a origem de diversos músculos dos MMSS em relação ao tronco. Alguns músculos do pescoço, do dorso, da respiração e do abdome também podem ter origem proporcionada na caixa torácica. Componentes da caixa torácica: 1. Considerações básicas do esterno: O esterno é o osso plano e alongado que forma a região intermediária da parte anterior da caixa torácica. Sobrepõe-se diretamente às vísceras do mediastino em geral e as protege, em especial grande parte do coração. O esterno tem três partes: manúbrio, corpo e processo xifoide. A junção entre o manúbrio e o corpo do esterno forma uma elevação chamada de ângulo do esterno, ou ângulo de Louis. O ângulo de Charpy é formado entre o processo xifóide e as bordas costais. Ele é utilizado na clínica para determinar o biotipo do paciente. Se o ângulo for menor de 90º, tem-se um longiníneio; se for igual a 90º, tem-se um normolíneo; já se o ângulo for maior de 90º, tem-se um brevilíneo. LUCAS ANTUNES 2. Considerações básicas da coluna cervical: A coluna cervical é composta pelas 12 vértebras torácicas, que em sua maioria são típicas, isto é, apresentam corpos, arcos vertebrais e os processos para conexões musculares e articulares. Algumas especificações são: apresentam fóveas costais bilaterais (articula com a cabeça das costelas) e nos processos transversos (articula com os tubérculos das costelas). 3. Considerações básicas das costelas: As costelas formam a maior parte da caixa torácica e são ossos planos e curvos, que são leves porém com alta resiliência. Ao todo, possuímos 12 pares de costelas, que se dividem por classificações específicas: • Costelas verdadeiras ou vertebroesternais -> são as costelas I a VII e inserem-se diretamente ao esterno, por meio de suas próprias cartilagens costais. • Costelas falsas ou vertebrocondrais -> são as costelas VIII, IX e geralmente a X; não se inserem diretamente no esterno, pois na verdade suas cartilagens costais se unem às cartilagens costais das costelas acima; conexão indireta com o esterno. • Costelas flutuantes -> são as costelas XI e XII, e às vezes a X; não se inserem no esterno pois na verdade terminam antes, na musculatura abdominal posterior. Costelas típicas contém os seguintes componentes: • Cabeça da costela -> possui duas faces articulares, sendo uma para a vértebra de número correspondente e outra para a inferior. • Colo da costela -> une a cabeça da costela ao seu corpo. • Tubérculos da costela -> está na junção do colo com o corpo da costela e possui uma face articular lisa para se articular com o processo transverso da vértebra correspondente. LUCAS ANTUNES • Corpo da costela -> é fino, plano e curvo; o ângulo da costela é onde a costela faz uma curva anterolateral; a face interna côncava do corpo exibe um sulco da costela, que oferece proteção a nervos e vasos intercostais. ▪ Músculos e nervos do tórax: Músculos intercostais externos: Ao todo são onze pares de músculos intercostais externos que ocupam os espaços intercostais desde os tubérculos das costelas posteriormente até as junções costocondrais anteriormente. Cada um deles possui inserção superior na margem inferior da costela acima e inserção inferior na margem superior da costela abaixo. Apresentam continuidade inferiormente com os músculos oblíquos externos na parede anterolateral do abdome. São mais ativos na inspiração. Músculos intercostais internos: Assim como os externos, são onze pares, que seguem profundamente e perpendicularmente aos músculos intercostais externos. Fixam-se aos corpos das costelas e às suas cartilagens costais desde o esterno anteriormente até o ângulo da costela posteriormente. São mais fracos que os músculos intercostais externos e são mais ativos na expiração. Os músculos intercostais íntimos são, na verdade, as partes mais profundas dos internos, mas são designados como músculos à parte. São separados dos músculos intercostais internos por nervos e vasos intercostais.LUCAS ANTUNES Nervos intercostais: São formados pelos ramos anteriores dos nervos T1-T11, que seguem nos espaços intercostais. ▪ Vascularização da parede torácica: De modo geral, as artérias intercostais atravessam a parede torácica entre as costelas, sendo que do primeiro ao novo espaço todos são irrigados por uma grande artéria intercostal posterior e um pequeno par de artérias intercostais anteriores. Já os dois últimos espaços intercostais são irrigados apenas pelas artérias intercostais posteriores e seus ramos colaterais. 1. IRRIGAÇÃO Artérias intercostais posteriores: As artérias intercostais posteriores do primeiro e segundo espaços intercostais têm origem da artéria intercostal suprema, que é um ramo do tronco costocervical da artéria subclávia. Já as artérias intercostais posteriores do 3º ao 11º espaços intercostais (e a artéria subcostal) têm origem da parte torácica da aorta. • As artérias intercostais posteriores são responsáveis por irrigar os músculos intercostais, a pele e a pleura parietal. Porém, elas também nutrem a medula espinal, a coluna vertebral, os músculos do dorso e a pele por meio de um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinal. Também emitem um pequeno ramo colateral que cruza o espaço intercostal na margem superior da costela e além disso acompanham os nervos intercostais, sendo que próximo ao ângulo da costela entram nos sulcos das costelas, onde se situam LUCAS ANTUNES entre a veia e o nervo intercostais. Terminalmente se anastomosam com as artérias intercostais anteriores por meio de ramos terminais e colaterais. Preciso saber: a origem, quem irriga, a existência de um ramo colateral, o acompanhamento de nervos intercostais, se situa entre a veia e o nervo intercostais ao entrar no sulco das costelas, anastomosa com a artéria intercostal anterior Artérias intercostais anteriores: As artérias intercostais anteriores do primeiro ao sexto espaços intercostais têm origem da artéria torácica interna, que se origina na face inferior da primeira parte da artéria subclávia. Já as artérias intercostais anteriores do sétimo ao nono espaços têm origem da artéria musculofrênica, que é um ramo terminal lateral da artéria torácica interna. • Os pares ipsilaterais das artérias intercostais anteriores irrigam as partes anteriores dos nove espaços intercostais superiores, além da pele sobrejacente e a pleura parietal. Esses pares seguem lateralmente no espaço intercostal com uma próxima da margem inferior da costela de cima e outra próximo da margem superior da costela de baixo. Também são responsáveis por enviar ramos que irrigam os músculos peitorais, as mamas e pele. Além disso, estão ausentes nos dois espaços intercostais inferiores, que são irrigados apenas pelas artérias intercostais posteriores e seus ramos colaterais. Preciso saber: a origem, quem irriga, são pares, margens das costelas, ramos, ausentes no final Artéria torácica interna: Tem origem na base do pescoço na face inferior da primeira parte da artéria subclávia. Desce até o tórax posteriormente à clavícula a à primeira cartilagem costal e depois desce na face interna do tórax ligeiramente lateral ao esterno e posterior às seis cartilagens costais superiores e músculos intercostais internos interpostos. Tem fim no sexto espaço intercostal dividindo-se nas artérias epigástrica e musculofrênica. Vale ressaltar que dá origem direta às artérias intercostais anteriores. LUCAS ANTUNES 2. DRENAGEM A drenagem da parede torácica ocorre pelas veias intercostais, que acompanham as artérias intercostais e os nervos e estão em posição superior nos sulcos das costelas. Ao todo são 11 veias intercostais posteriores e uma veia subcostal de cada lado. Além disso, as veias intercostais posteriores se anastomosam com as anteriores, que são tributárias da veia torácica interna. À medida que se aproximam da coluna vertebral, as veias intercostais posteriores recebem um afluente posterior que acompanha um ramo posterior do nervo espinal daquele nível, e uma veia intervertebral que drena os plexos venosos associados à coluna vertebral. A maioria dessas veias (4 a 11) termina no sistema venoso ázigo/semiázigo, que conduz o sangue venoso até a veia cava superior. Geralmente as primeiras veias intercostais posteriores conduzem o sangue diretamente às veias braquiocefálicas direita e esquerda, enquanto o segundo par e o terceiro se unem para formar um tronco chamado de veia intercostal superior. Por sua vez, a veia intercostal superior direita desemboca na veia ázigo, enquanto a esquerda geralmente desemboca na veia braquiocefálica esquerda. Já as veias torácicas internas são as veias acompanhantes das artérias torácicas internas. • Sistema ázigo: conjunto de veias localizadas em cada um dos lados da coluna vertebral que são responsáveis por levar o sangue drenado da parede torácica à veia cava superior. A veia ázigo é impar está no lado direito da coluna vertebral. A veia hemiázigo é uma tributária da ázigo, e sobe na lateral esquerda da coluna. LUCAS ANTUNES
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