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Afecções respiratórias em equinos Introdução ❤ As doenças respiratórias em equinos , são a doença que tem a segunda maior importância para os equinos , sendo a primeira se considerarmos todas categorias , ela é o segundo sistema mais acometido quando pensamos em adultos , mas se juntarmos a isso outras como potros e neonatos , e animais mais idosos ela é a que mais acomete esta especie ❤ Sua importância em equinos também diz respeito por eles serem animais naturalmente atletas , sendo o sistema respiratório nos equinos extremamente desenvolvido , sendo um dos fatores que torna os equinos atletas natos. ❤ Qualquer equino tem uma capacidade atleta superior a outros animais , tendo uma grande capacidade a desempenhar ações que causam esforços máximos , devido a sua grande capacidade respiratória ❤ Possui uma ou se não a maior capacidade de respiração aeróbica nos animais, tendo seu VO2 máx, que é sigla que usamos para mensurar o consumo máximo de oxigênio pelo organismo e e ele é determinado pela seguinte fórmula. ❤ Apesar do calculo a forma mais utilizada para que possarmos saber a quantidade de oxigênio consumido pelo animal , é através das máscaras espirométricas porque elas medem a quantidade de O2 que entrou na inspiração e a quantidade que saiu pela expiração assim tem um controle de quanto O2 foi absorvido . ❤ Os cálculos usamos para tentar estimara a capacidade do individual o de captar , transportar e utilizar o oxigênio ❤ Os equinos possuem essa grande capacidade anaeróbica porque os equinos possuem uma grande quantidade de mitocôndrias que são as estruturas celulares responsáveis pela produção de ATP que é o combustível usado pelo organismo para a respiração, além de terem um suporte de transporte de oxigênio aumentado durante o exercício e eles conseguem aumentar o volume de hemácias circulantes durante o exercício devido a contração esplênica que é quando o baço (nos equinos ele é maior ) ele libera as hemácias antes armazenadas e elas caem na corrente sanguínea , aumentando consequentemente o transporte de O2 pelo organismo, além de possuir um debito cardíaco grande devido ao tamanho de seu coração. ❤ Além do coração , os equinos possuem pulmões de grande tamanho quando comparado ao pulmão de outras especias , eles possuem um caixa torácica grande e eles ocupam praticamente toda a caixa torácica, eles também tem narinas grandes que VO2 = Debito Cardíaco x ( artério -venosa)O 2 abrem durante o exercício, o que permite uma taxa de fluxo elevada , eles conseguem inspirar e expirar uma grande capacidade de ar Anatomia ❤ É dividido em trato respiratório anterior e posterior ❤ Temos um revestimento pseudoestratificado ciliado e células secretoras de muco que funcionam com importante mecanismo de defesa primário expulsando qualquer partícula que faça uma primeira entrada neste sistema ❤ Equino respiram exclusivamente pelas narinas , se temos uma obstrução da narina o animal pode sufocar sendo necessário uma traqueostomia. ❣ Narinas (mufla)→ Início da região anterior ❣ Coanas ❣Seios nasais ❣Seios paranasais ❣Faringe ❣Laringe ❣Traqueia →início da região posterior ❣ Brônquios principais ❣ Brônquios segmentares ❣Bronquíolos ❣Alvéolos Cavidade Nasal Laringe Traqueia Estrutura bem desenvolvida , ampla , um lume avantajado é composta por uma estrutura muscular e os anéis cartilaginosa , temos as células produtoras de muco e os cílios revestindo a traqueia que auxiliam na eliminando de poeira e corpos estranhos que o animal possa inalar, temos a parte mais cervical o final com a traqueia torácica , nas endoscopias é comum vermos acumulo de secreção bem na curva/entrada da traqueia torácica Pulmões Os pulmões dos equinos são poucos lobulados , eles possuem bastantes células de defesa, pneumócitos tipo 1 e tipo 2 os pneumócitos tipo 2 produzem a substancia sulfactante pulmonar que é uma substancia que evita que temos atelectasia dos alvéolos , mantendo os alvéolos bem abertos para que possam se encher de ar , não deixam os alvéolos colabarem Fisiologia ❤ O sistema respiratório tem grande papel em relação a troca gasosa , nos alvéolos ocorre a hematose que é a troca de gases entre os capilares presente nos alvéolos , onde temos os capilares sanguíneos absorvendo oxigênio e liberando O2 proveniente do organismo para que possa ser eliminado pela expiração ❤ Possui outras funções como a produção da voz, regulação da temperatura corporal(animal em hipertemia consegue liberar uma parte do calor pela sua expiração), regulação do pH (aumento ou diminuição da frequência respiratória para regular a secreção de CO2 regulando o tampão sanguíneo) e olfato. ❤ Em repouso possuem uma frequência respiratória baixa • 8 a 12 mpm ❤ Durante o exercício: • 110 a 130/148 mpm ❤A frequência respiratório do cavalo durante o exercício poderia ate ser maior , porem ele tem um acoplamento do galope a respiração , o galope é um dos tipos de andamentos do cavalo , é o mais veloz que ocorre quando ele esta correndo em alta velocidade • Fase de apoio o cavalo joga todo o peso do seu corpo para a frente, o pêndulo visceral é deslocado no sentido ventral e comprimem o diafragma , nessa fase o animal expira • Fase de suspensão ele ergue a cabeça e joga o peso para trás , esse movimento o pêndulo visceral é deslocado no sentido caudal consequentemente o diafragma se desloca no sentido caudal , então nessa fase o cabelo inspira Obs: Volume corrente é a quantidade de oxigênio inspirado pelo animal em cada movimento respiratório completo* Obs1: Volume minuto , é quantidade de oxigênio inspirado pelo animal em 1 minuto Figura 2: Fase de suspensão / Inspiração Figura 1: Fase de apoio / expiração Mecanismo de Defesa das Vias Aéreas ❤ Movimento muco ciliar , um fluxo causado pelos cílios junto com o muco que tem como função agregar todos as partículas antigênicas que possam ser inaladas ❤ Reflexos de tosse e espirro na eliminação de partículas que podem ter sido inaladas ❤ Tecido linfoide associado ao brônquio (BALT) , tem uma função de defesa , como um mecanismo de imunidade que conseguimos combater diversos antígenos , sem que necessite a ativação de uma imunidade especifica , se localizam na submucosa de ramificações brônquicas menores que 2μm ❤ Células inflamatórias presentes em alvéolos que vão estar sempre presentes e elas também ajudam a eliminar possíveis agentes , em condições normais temos os macrófagos, linfócitos e os neutrófilos , e em caso de algumas alterações temos a presença de eosinófilos e mastócitos (DIVA) Etiologia das afecções respiratórias ❤ Fatores predisponentes: São fatores que estão ligados a irritação constantes nas visas respiratórias dos equinos , e esses fatores estão muito relacionados ao tipo de manejo que o animal vive, quando temos uma ambiente fechado temos uma quantidade de partículas inaladas muito maior que se o animal vivesse em um campo ou a pasto • Esporos de fungos e plantas(provenientes do feno,dependendo da qualidade o feno pode ser rico em fungos e ácaros ); • Gases poluentes (uréia e amônia) que são eliminados juntos com os desejos fezes e urina e se o animal vive no mesmo ambiente em ele urina e defeca ele ira estar constantemente inalando esses gases; • Poeira, umidade, estresse(cortisol aumentado diminui a imunidade), má condição física, alimentação desbalanceada; • Fatores ligados ao manejo(limpeza da baia com o animal dentro , armazenar o feno em cima da baia) •Friagem( faz uma vasoconstrição periférica do sistema respiratório anterior onde teríamos uma atuação importante de mecanismo de defesa , na situação de frio acabam ficando mais predispostos ao desenvolvimento de afecções respiratórias) ❤ Fatores determinantes • Infecciosos: como vírus, bactérias, fungos e parasitos; • Mecânicos: alterações morfológicas; • Alérgicos: reações de hipersensibilidade (esporos de fungos, poeira e pó) Fatores Infecciosos Sintomatologia Geral das Afecções Respiratórias Principais sinais: • Tosse • Corrimento nasal, • Taquipnéia • Dispnéia • Cianose • Estridores. ❤ Alguns animais podem apresentar ✗ Febre ✗ Disfagia ✗ Queda de Desempenho, Secreções Temos que diferencias as secreções nasais em: ✔ Serosas, doenças alérgicas ✔ Mucosas ✔ Purulentas ✔ Hemorrágicas ✔ Mistas Tosse A tosse ocorre em decorrência da estimulação de alguns receptores presentes no trato respiratório que são sensíveis a presença de secreções nas vias aéreas na tentava de eliminar essas secreções ou broncoconstricção( quando temos edema na parede dos brônquios) Taquipneia ou dispneia ❤ Ocorre quando temos uma acidose , como uma forma de compensação , a acidose ocorre quando temos um aumento de na concentração de CO2 e a diminuição de pH ❤ Pode ocorrer devido : • Déficit de oxigênio • Diminuição do o2 ambiental • Distúrbios na transferências de o2 do alvéolo para o sangue (obstruções nas vias aéreas, moléstias pulmonares e desvio intracardíaco da direita para esquerda) • Diminuição no transporte de o2 (anemias, distúrbios cardiovasculares) • Excessivo calor ambiental (choque térmico) • Lesões ou enfermidades do sistema nervoso localizadas em centros respiratórios • Dor ou restrição de estruturas envolvidas na respiração (costelas, pleura, mm. respiratórios, nervos espinhais) Sons respiratórios ❤ O som normal do pulmão é um som chamado murmúrio vesicular, que é um som bem suave ❤ Estridores • São sons respiratórios anormais , que se apresentam como ronqueira ou chiado, geralmente escutamos esses sons durante o exercício , ❤Na auscultação podemos ter sons anormais comos : • Crepitação ◦ Que são sons intermitentes e explosivos que se refera a presença de secreções no caso das pneumonia, ou fibrose intersticial, obstrução recorrente, insuficiência cardíaca congestiva • Sibilo ◦ Sons frequentemente musicais (>250mseg) > , geralmente associadas bronco constrição • Chiado ◦ Roci pleural, atrito entre serosas associado a pleurisias, pleuropneumonia Diagnostico ❤ Fazemos uma avaliação dos sinais clínicos em conjunto com uma ampla auscultação , auscultamos tanto o pulmão(os dois lados) traqueia ❤ Podemos ter os sons brônquicos e vesiculares que são os sons fisiológicos ou seja normais da respiração ❤ E sons pulmonares adventícios ou seja sons anormais e entre eles os citados a cima crepitações, sibilos e chiados (roci pleural) É difícil auscultar equinos adultos por isso devemos realizar em locais silenciosos e podemos utilizar uma técnica com um saco de respiração na qual utilizamos um saco de lixo e o colocamos na narina do animal como se estivesse fazendo que o cavalo respirar dentro do saco, dentro do saco o animal vai expirar e inspirar , após um tempo o oxigênio dentro do saco ficara mais escaço e com o cavalo vai começar a aumentar sua amplitude respiratória para conseguir respirar melhor , e com isso conseguimos auscultar com uma maior facilidade ❤ Podemos utilizar também exames auxiliares como radiografias torácicas(principalmente em potros , em adultos não utilizamos muito devido a grande amplitude do tórax), endoscopia, aspirado traqueal, lavado broncoalveolar, (para avaliara a celularidade do pulmão ) análise de gases sanguíneos (hemogasometria) entre outros como swabs nasais , PCR ... Terapêutica ❤ Devemos fazer um tratamento especifico para cada doença , porém temos algumas formas gerais em dar um suporte ao trato respiratório , com as seguintes medicas : • Facilitar a eliminação da secreção; • Reduzir o processo inflamatório; • Melhorar a ventilação; • Estimular a atividade imunológica; • Combater o agente causador Expectorante(auxilia a saida de secreções) ✔ Acetilcisteina 10% nome comercial Fluimucil, usar de 2 a 5 ml a cada 50 kg , via oral a cada seis horas ✔ Iodeto de Potasio na dose de 2 a 20 g a cada 24 horas pela via oral ✔ Bromexina nome comercial Bisolvon na dose 3o mg por kg a cada 24 horas pela via intravenosa AINES ✔ Dipirona (como antipirético) Nome comercial Novalgina D500 na dose de 5 a 22 mg por kg quando tiver dor e por ser usado na via muscular ou intravenosa ✔ Fenilbutazona ✔ Fluxinim meglumine Nome comercial Banamine usado na dose de 0,25 a 1,1 mg por kg a cada 8 horas na via intravenosa ou intra muscular ✔ Acido acetil salicilico Nome comercial Buferrin ou ASS na dose de 15 a 100 mg por kg a cada 12 horas na via oral Imunoestimulantes ✔ Interferon- a Broncodilatadores ✔ Agonistas b2 Glicocorticoides ✔ Dexametasona Estabilizadores de membrana: ✔ Cromoglicatode sódio; Antibioticoterapia ✔ Penicilina, ✔ Cefalosporinas ✔ Aminoglicosídeos (atentando- se à resistência) Doenças virais em equinos Influenza equina Etiologia e patogenia ❤ A influenza equina ou gripe equina é causada por um Ortomyxovírus, gênero Influenza tipo A. A equi 1 e A equi 2 ❤ É a doença respiratória viral que mais comete equinos , ela possui uma alta morbidade e baixa mortalidade Transmissão ❤ A infecção natural ocorre por inalação de perdigotos contendo o vírus, o qual é eliminado, principalmente, pela tosse a partir dos animais enfermos, o vírus em aerossóis, sendo o agente depositado na camada ciliar do trato respiratório superior onde replica; no entanto, alguns vírus podem penetrar mais profundamente e chegar ao trato respiratório inferior. A infecção leva a processos inflamatórios o que desencadeia descarga nasal serosa. As alterações mais importantes ocorrem no trato respiratório inferior tais como: laringite, traqueíte, bronquite, bronquiolite, pneumonia intersticial acompanhado por congestão alveolar e edema . Sinais clínicos ❤ O período de incubação é, normalmente, de 1-3 dias, mas pode variar de 18 horas até 7 dias. ❤ O aparecimento dos sinais é explosivo, com temperaturas atingindo até 42ºC e, normalmente, duram menos de três dias nos casos sem infecções secundárias. ❤ Tosse seca, severa, não produtiva é um achado importante, podendo persistir por um tempo bastante longo, caso apareçam infecções secundárias. ❤ Geralmente, a descarga nasal é serosa, podendo, no entanto, evoluir para mucopurulenta, quando da presença de infecções secundárias. ❤ São descritos, também, anorexia, depressão, fraqueza, descarga lacrimal, aumento dos linfonodos da cabeça, edema dos membros, laminite e dispnéia e, às vezes, pneumonia. ❤ As complicações mais relatadas são miosite, miocardite e ORVA ❤ Para que o animal se recupere é recomendado repouso de pelo menos três semanas ou 1 semana de repouso para cada grau de Tc acima do normal ❤ Os asininos são extremamente sensíveis, eles pode chegar a ocorrer a morte ❤ A recuperação dos animais está diretamente relacionada ao grau de contaminação secundária e ao tipo de repouso que o animal é submetido durante a enfermidade Diagnostico ❤ É feito baseado nos sinais clínicos e temos que fazer o diagnostico diferencial com a rinopnenumonia que é outra doença viral Tratamento e profilaxia ❤ O tratamento é sintomático/suporte para que o organismo do animal consigua combater o vírus . ❤A principal forma de profilaxia é a vacinação, as vacinas disponíveis contém normalmente os dois tipos de vírus da influenza, A/equi/1 e A/equi/2, e estima-se que, pelo menos, 70% de uma população precisa servacinada para prevenir uma epidemia de gripe equina. ❤ Os protocolos de vacinação são variados mas, normalmente, são recomendadas duas doses, com intervalo de 3-6 semanas, seguidas de uma outra dose 6 meses após e, a partir de então, uma dose anual. Em situação de risco o intervalo entre as vacinações deve ser menor. Alguns técnicos, neste caso, recomendam administração de vacinas a cada 90 dias Rinopneumonia equina Etiologia e patogenia ❤ É causada pelo herpesvírus equinos que são vírus dna pertencentes a família herpesviridae, ❤Um total de oito herpesvírus já foram identificados: herpesvírus equino (EHV) 1 a 5 em equinos, e EHV 6 a 8, também chamados de herpesvírus asinino (AHV) 1 a 3, que ocorrem, também, em asininos, mas são agrupados separadamente ❤ Dois vírus mais importantes para a medicina veterinária são o herpesvírus equino-1 (EHV-1) e herpesvírus equino-4 (EHV-4). ❤ O cavalo (Equus caballus) difere dos outros animais pois é suscetível a três alphaherpesvirus, denominados Herpesvírus eqüino 1 (EHV1, aborto equino); EHV4 (rinopneumonite equina), e EHV3 (exanthema coital equino) ❤ Na forma respiratória o vírus replica na nasofaringe e tecido linforreticular causando necrose focal. Algumas infecções ficam restritas ao trato respiratório e ao sistema linfóide correspondente. Em alguns casos ocorre disseminação sistêmica do vírus por viremia associada à célula. ❤ A cepa do vírus, a dose de infecção e o contato prévio do animal com o agente parecem ser os fatores predisponentes, que influenciam a viremia do agente. A patogenia da forma reprodutiva é pouco estudada, no entanto, sabe-se que a viremia é um fator necessário para a indução de aborto. Deve chamar-se a atenção para o fato que nem todas as éguas com viremia abortam. Esta patogenia, provavelmente, seja devida a passagem ocasional de vírus por leucócitos infectados, através da vasculatura da placenta, iniciando, assim, a infecção fetal. ❤ Quando a infecção acontece em fetos quase a termo, desencadeia-se um processo respiratório que leva os potros à morte em alguns dias. ❤ A forma nervosa acontece, também, após um processo virêmico Sinais clínicos ❤ Herpesvírus equino-1 • Doença respiratória. ◦ Após um período de incubação de 2-10 dias, a infecção pelo EHV-1 é, primariamente, caracterizada por febre, descarga nasal, que progride de serosa a mucóide para mucopurulenta, e conjuntivite. Respostas febris são, muitas vezes, bifásicas, com muitos dias de temperatura normal, próxima de 38,9 a 41,1ºC. ◦ A tosse pode ser observada mas não indica necessariamente infecção pelo EHV-1 • Abortos. ◦ O aborto normalmente ocorre após infecção respiratória leve, como casos isolados ou múltiplos, muitas vezes, em um período de várias semanas. ◦ Normalmente, as éguas que abortam não apresentam sinais premonitórios. ◦ O feto e a placenta são expulsos ainda frescos, não havendo retenção de placenta nem lesão no trato reprodutivo da fêmea e, tampouco, problemas para a vida reprodutiva futura da égua • Doença neonatal. ◦ Quando o EHV-1 infecta um feto próximo ao término da gestação, resulta no nascimento de um potro não viável. Potros infectados no útero sucumbem a patologias respiratórias severas e morrem alguns dias após o nascimento. Mais raramente, potros podem parecer inicialmente saudáveis mas, rapidamente, morrem devido a infecções bacterianas. • Doença neurológica. ◦ Cavalos de todas as idades são suscetíveis à doença neurológica pelo EHV- 1. ◦ Alguns casos clínicos isolados podem ocorrer, ou a doença pode afetar muitos cavalos dentro do grupo. ◦ Surtos desta forma podem estar temporariamente associados com doença respiratória ou aborto. Alternativamente, casos neurológicos podem ocorrer na ausência de outras síndromes reconhecidas como sendo causadas pelo EHV-1. ◦ Os sinais clínicos, geralmente, têm rápido início, com severidade máxima ocorrendo dentro de 48 horas após as alterações neurológicas iniciais. Os cavalos mostram andar cambaleante, debilidade e incoordenação, que inicia nos membros posteriores ❤ Herpesvírus equino-4 • Doença respiratória. ◦ A doença respiratória induzida pelo EHV-4 é clinicamente indistinguível daquela causada pelo EHV-1. ◦ Os sinais clínicos são mais severos na infecção primária e podem estar completamente ausentes em animais com exposição anterior a vacina ou ao vírus. Tal como o EHV-1, o EHV-4 pode entrar na corrente circulatória por uma viremia associada a leucócitos. O EHV-4 também produz latência . • Abortos. ◦ O EHV-4 tem sido isolado de casos esporádicos de abortos, porém não tem sido associado a surtos epizoóticos de aborto Diagnóstico Fatores que complicam o diagnóstico de EHV-1 e EHV-4 incluem: a) sobreposição de certos sinais da doença com aqueles induzidos por outros patógenos equinos, tais como: o vírus da influenza equina (infecções respiratórias), o vírus da arterite equina (doença respiratória e abortos) e o protozoário da mieloencefalopatia (doença neurológica); O melhor e definitivo método para diagnóstico de infecção pelo EHV-1 ou EHV-4 é o isolamento viral A escolha das amostras depende da síndrome envolvida. Na forma respiratória, “swabs” da nasofaringe, muitas vezes, revelam o agente infeccioso. Tratamento e profilaxia O tratamento é sintomático/suporte para que o organismo do animal consigua combater o vírus , e para evitar infecções segundarias, uso de antibióticos de amplo espectro ❤ Uma recomendação adicional é descanso de uma semana para cada dia de temperatura retal elevada, apresentada pelo animal durante a fase aguda da enfermidade. ❤ Apesar da eficácia de um número de vacinas para EHV-1 e EHV-4, a proteção é limitada em intensidade e duração. Vacinações efetivas e continuadas constituem a base do controle da infecção pelo EHV-1 e EHV-4. ❤ Fazemos a vacina anual em todos animais e em éguas gestantes fazemos três aplicações no 5, 7 e 9 mês de gestação Arterite Viral Equina Etiologia e patogenia ❤A arterite viral equina é uma enfermidade infecciosa causada por um vírus do gênero Arterivirus, membro da família Arteriviridae. ❤ A exposição ao vírus da arterite (VAE) pode resultar no desenvolvimento da infecção com manifestações clínicas características ou ter uma evolução assintomática na dependência da idade e das condições físicas do animal infectado e das condições ambientais, bem como da quantidade de partículas inoculadas, em infecções naturais ou induzidas. Transmissão ❤ Foi demonstrada que a transmissão do vírus de um animal infectado durante a fase aguda da doença, para um cavalo susceptível, ocorre por via respiratória. Essa parece ser a via de transmissão mais frequente do vírus da arterite dos equinos durante um surto da doença. Entretanto, garanhões infectados pelo vírus da arterite são capazes de infectar as éguas durante a cobertura, pois podem se tornar carreadores inaparentes do vírus albergando o agente no sêmen Sinais Clínicos ❤ As manifestações clínicas da enfermidade observadas em casos de infecção natural por este vírus apresentam uma variada combinação dos seguintes sintomas: febre de até 41°C; apatia, depressão e anorexia; leucopenia; edema da porção distal dos membros, principalmente dos posteriores; secreção ocular e nasal; conjuntivite e rinite; edema da região periorbital ou supraorbital; edema do escroto e do prepúcio dos garanhões e de glândula mamária das éguas; e abortamento em éguas no terço final da gestação. ❤ O mecanismo do abortamento causado pela infecção pelo vírus não foi, ainda, esclarecido de forma definitiva. Alguns pesquisadores sugeriram que a morte fetal poderia ocorrer “in utero” durante a fase aguda da infecção, e que o abortamento seria, provavelmente, consequente às lesões no útero determinadas por diminuição do suprimento sanguíneodestinado à placenta e ao feto, ou pela compressão mecânica exercida pelo edema no miométrio sobre os vasos sanguíneos, como também pela distensão tecidual, por perda da tonicidade do miométrio. ❤ Nas éguas, a infecção pelo vírus da arterite determina, frequentemente, o abortamento depois do terço inicial da gestação e, durante a evolução da doença, descreveu-se ainda a ocorrência de febre, acompanhada de apatia e depressão, observando-se também os seguintes sintomas: corrimentos ocular e nasal, inicialmente seromucoso e a seguir mucopurulento; edemas da região periorbital, da porção distal dos membros e das glândulas mamárias; havendo ou não associação com lesões cutâneas urticariformes. Diagnostico ❤ Foi estabelecido que o diagnóstico o vírus pode ser isolado, durante a fase aguda da enfermidade, a partir do sangue total colhido com anticoagulante, swab nasal ou nasofaringeano. ❤Após o isolamento, o vírus deve ser identificado por microscopia eletrônica, por testes de vírus neutralização ou de imunofluorescência e pela técnica de reação em cadeia pela polimerase (PCR). ❤ A infecção aguda pode ser diagnosticada através do isolamento viral ou da demonstração da soroconversão em amostras de soro sanguíneo colhidas durante a fase aguda da doença e com um intervalo de 21 a 28 dias após (fase convalescente). Tratamento e profilaxia ❤ O tratamento é sintomático/suporte para que o organismo do animal consiga combater o vírus , e para evitar infecções segundarias, ❤ Profilaxia se faz com a vacinação de potros , porém isso não esta disponível no brasil Doenças bacterianas em equinos Garrotilho Etiologia e patogenia ❤ Garrotilho é uma enfermidade contagiosa aguda dos equinos, caracterizada por inflamação mucopurulenta das vias aéreas superiores e linfadenite com formação de abscessos, particularmente, nos linfonodos submandibulares e retrofaríngeos. ❤ A enfermidade é causada pelo Streptococcus equi, ❤ Ele chega às vias aéreas por inalação e, ocasionalmente, por via oral ,a bactéria adere-se ao epitélio nasal e da orofaringe pela ação de uma proteína de superfície (proteína M) e invade o tecido. Essa proteína e a cápsula a protegem da fagocitose. Após a penetração na mucosa, chega aos linfonodos regionais por via linfática e inicia a abscedação. Sinais clínicos ❤ Os animais apresentam súbita elevação de temperatura, que chega a 41ºC, acompanhada de anorexia, depressão e corrimento nasal seroso, que em 2-3 dias torna-se mucopurulento, purulento e posteriormente apresenta aspecto grosso e amarelado. ❤ A descarga nasal é, geralmente, bilateral e pode ser copiosa. ❤ Em consequência da compressão da faringe e/ou da laringe pode haver tosse com eliminação de grandes quantidades de exsudato. ❤ O animal apresenta dor na região da faringe e mantém a cabeça baixa e estendida, podendo estar impedida a deglutição. ❤ Conjuntivite purulenta pode, também, ser observada. ❤ Nos casos típicos de garrotilho ocorre, rapidamente, o envolvimento dos linfonodos regionais, particularmente os submandibulares e retrofaríngeos, que apresentam-se edemaciados e doloridos à palpação, inicialmente firmes e, posteriormente, com o desenvolvimento da abscedação, tornam-se amolecidos e muito aumentados de tamanho. ❤ O severo aumento de volume dos linfonodos, associado às lesões das mucosas, pode impedir a mastigação, deglutição e respiração, levando a morte do animal por asfixia. Em aproximadamente 10 dias ocorre a ruptura dos abscessos com descarga de grande quantidade de pus amarelado de consistência cremosa ❤ O curso clínico nos casos moderados é, em geral, de 2-4 semanas e termina com a completa recuperação do animal. Podem ocorrer, também, complicações com disseminação da infecção para as bolsas guturais e seios paranasais, levando a empiema crônico dessas cavidades ❤ A aspiração do pus, por ruptura de abscessos para o interior da faringe, pode levar a pneumonia purulenta. ❤ Eventualmente, pode ocorrer, também, disseminação do agente e formação de abscessos no fígado, rins, sistema nervoso e articulações. ❤ Animais com inadequada resposta imunitária podem desenvolver uma forma crônica da enfermidade ( Miocardite e anemia crônica podem ser, também, uma complicação do garrotilho.) ❤ Streptococcus equi pode levar, também, a uma síndrome imuno mediada conhecida como púrpura hemorrágica, com edema abdominal, edema dos membros, da cabeça e do escroto, e erupção da pele Diagnóstico ❤ O diagnóstico baseia-se nos sinais clínicos e na demonstração da bactéria em esfregaços do exsudato nasal ou do pus, corados com Gram. Laringoscopia e exame radiológico, para demonstrar o aumento de tamanho dos linfonodos, podem auxiliar no diagnóstico. A confirmação é feita por cultura do exsudato dos órgãos ou tecidos afetados para isolamento de Streptococcus equi. A reação de polimerase em cadeia (PCR) detecta o DNA tanto da bactéria viva como morta, sendo mais sensível que a cultura. ❤ O garrotilho, nos estágios iniciais, pode ser confundido com outras enfermidades que cursam com sinais clínicos respiratórios, como infecção pelo vírus da rinopneumonite equina, influenza equina e bronquite aguda, porém nessas enfermidades o aumento dos linfonodos regionais é pequeno. Nos estágios avançados a doença pode ser confundida com outras infecções piogênicas do trato respiratório superior, particularmente as causadas por Streptococcus zooepidemicus Tratamento e profilaxia ❤ É realizado um tratamento suporte ,nos casos em que há febre alta e complicações com pneumonia, a antibioticoterapia deve ser mantida por, no mínimo, 7 dias após os abscessos terem sido drenados e a temperatura ter voltado ao normal. O uso de antibióticos logo no início dos sinais clínicos pode ser eficiente para impedir a formação de abscessos. Se os abscessos estão no estágio em que é possível detectá- los o tratamento com calor para deixá-los moles e flutuantes e facilitar a drenagem é, também, recomendado. Após a drenagem o tratamento local com solução de iodo é importante para evitar infecções secundárias. ❤ Após a recuperação os animais apresentam boa imunidade, que pode manter-se por mais de 1 ano, embora alguns animais possam perder a imunidade em 6 meses e reinfectarem-se. ❤ Os demais cavalos devem ser observados diariamente e antibióticos a base de penicilina devem ser administrados se houver aumento de temperatura dos animais. Antibióticos devem ser usados profilaticamente, principalmente quando um grande número de potros de alto valor estão sob risco de adquirir a infecção. A maioria das cepas de Streptococcus equi são sensíveis à penicilinas, sulfonamidas, e cloranfenicol, porém são resistentes a estreptomicinas, tetraciclinas e gentamicina ❤ Uma medida profilática são as vacinas inativadas de subunidades da proteína M ou bacterina do corpo celular inteiro de Streptococcus equi estão disponíveis para a prevenção do garrotilho em injeções intramusculares. Nenhuma delas é completamente eficaz mas, aparentemente, reduzem em cerca de 50% a severidade da doença e a morbidade durante os surtos . ❤ Um esquema recomendado é a vacinação dos potros com 3-4 doses, a primeira entre 8-12 semanas de vida, a segunda entre 11-15 semanas de vida, a terceira entre 14-18 semanas (dependendo do produto usado) e a quarta no desmame entre os 6-8 meses. Animais de um ano devem ser vacinados bianualmente, assim como os demais animais da propriedade quando o risco de infecção é alto. As fêmeas prenhes devem ser vacinadas bianualmente, sendo uma dose administrada 4-6 semanas antes do parto Sinusites Etiologia e patogenia ❤ A sinusite ou empiema primário é a inflamação catarral crônica da mucosa dos seios aéreos,com acumulo de exsudato dentro das cavidades sinusiais queocorre geralmente como resultado de infecções bacteriana primaria ou secundaria. ❤ A sinusite primaria normalmente envolve todas as cavidades dos seios paranasais, mas pode ser limitado aos seios conchais ventrais,as inflamações primárias são raras. ❤A infecção persistente neste local pode ser atribuída à oclusão do orifício concho maxilar por inchaço da mucosa e tecido de granulação ❤ Esta geralmente ligada a infecções do trato respiratório superior, sendo os microorganismos estrepitococios os isolados bacterianos mais comunente encontrados embora traumatismo, cistos foliculares maxilares, neoplasias e granuloma fungicos possam ser a causa do problema. ❤ Em equinos a sinusite secundaria esta ligada geralmente a distúrbios dentais, como dentes fraturados, infundíbulos pervios e periostite alveolar, em decorrência da intima associação entre o seio maxilar e as raízes dos dentes Sinais Clínicos: ❤ Na maioria das vezes, a sinusite manifesta-se unilateralmente, no entanto, quando bilateral, e estiver fluindo pus por ambas as narinas, o quadro clinico poderá estar revestido de muita gravidade. ❤ A comunicação do seio com a cavidade nasal pode estar obstruída por massa purulenta grumosa, o que impedira a observação de fluxo nasal purulento. Nestes casos, é comum a observação de abaulamentos dos ossos da face, destruição óssea e fistulização do processo para o exterior. ❤ Raramente as sinusites que se cronificam evoluem do seio frontal através da placa cribiforme e desenvolvem meningoencefalite purulenta ❤ Os sintomas da sinusite variam, dependendo da etiologia, localização, e extensão do envolvimento sinusial. O exame físico de um cavalo com sinusite deve incluir a observação de possível assimetria facial, que pode indicar distensão devida à infecção, neoplasia, ou fratura. A queixa de apresentação mais comum é o c corrimento nasal fétido unilateral crônico que varia desde seroso, ate muco-purulento Diagnóstico: ❤ Através dos sinais clínicos, podemos fazer o exame de pré- molares e molares (raio x) Tratamento: ❤ Tratamento cirúrgico , e a eliminação da causa primária e trepanação e lavagem do seio quando necessário (solução iodopovidine) Enfermidades das bolsas gutoriais ❤ As principais afecções das bolsas gutoriais são; • Empiema ou Guturocistite • Timpanismo • Micose; ❤ Essas afecções geralmente possuem etiologia decorrente a processos inflamatórios anteriores Guturocistite ou empiema ❤ É causada por uma infecção bacteriana ❤ Como sinais clínicos temos corrimento nasal unilateral crônico, temos a ausência de febre e sensibilidade no local ❤ A principal complicação possível é o condroma Difteria ❤ É causada por uma infecção micótica (fungos) ❤ Como sinais clínicos temos o corrimento nasal mucopurulento a mucohemorrágico de odor pútrido Timpanismo ❤ Quando ocorre a dilatação por ar das bolsas guturais ❤ Pode ser uni ou bilateral Laringite ❤ É a inflamação da laringe Etiologia e patogenia Pode ser causada por diversos fatores , princialmente por volta dos 2 anos por causa do desenvolvimento do tecido folicular linfoide Sinais Clínicos : ❤ Pode ser aguda e cronica: • Aguda ◦ Temos febre, tosse, corrimento nasal mucoso a mucopurulento, aumento da sensibilidade de linfonodos retrofaríngeos e aumento de sensibilidade faríngea • Crônica ◦ Temos a hiperplasia folicular linfoide crônica (HFLC), Classificação em graus (1 a 4) da hiperplasia folicular linfóide crônica de acordo com a gravidade das alterações observadas à endoscopia da região farínge ◦ Tosse, queda do desempenho ◦ Presença ou não de estridor ◦ Inflamação crônica de folículos linfóides Diagnóstico: ❤ Apenas através da endoscopia Tratamento • Aguda: ◦ Antipiréticos, analgésicos e anti- inflamatórios ◦ Expectorantes ◦ Antibióticos • Crônica: ◦ Cauterizações: ▪ Térmica (criogênio, nitrogênio líquido): por meio de laringotomia ou endoscopia ▪ Química: solução de ácido tricloroacético a 5% Pneumonia / Pleuropneumonia ❤ As infeções bacterianas do trato respiratório inferior ocorrem com frequência em equinos adultos, e a causa mais frequente de efusão pleural. Trata-se de uma patologia infeciosa, mas não contagiosa ❤ A causa mais recorrente de pneumonia bacteriana em equinos adultos é a aspiração de microrganismos do trato respiratório superior, com particular destaque para estreptococos β-hemolíticos e, dentro destes, Streptococcus equi zooepidermicus ❤ Broncopneumonia refere-se a infecção dos brônquios e parênquima pulmonar. Em casos mais severos, a infecção bacteriana pode se estender para o espaço pleural, levando à pleuropneumonias , é a forma que mais encontramos nos equinos adultos. O que difere os equinos das outras espécies para terem uma ocorrência maior de pleuropneumonia ? • Por características morfofisiológicas ,os equinos não possuem uma diferença no gradiente de pressão que lubrifica as pleuras a pleura visceral e parietal , e normalmente é a diferença de pressão que ocorre que nas artérias que irrigam cada pleuras que faz com que haja constantemente uma drenagem nos líquidos que poderiam ficar acumulados ali nas pleuras, como nos equinos não existe essa diferença essa drenagem dos líquidos que podem ficar acumulados entre as pleuras não é eficiente então com muita frequência os equinos que tem pneumonia vão desenvolver uma pleuropneumonia. • Na maioria das especies as pleuras são irrigadas por artérias diferentes por exemplo , nos cães a pleura visceral é irrigada pela artéria pulmonar , e a pleura parietal pela aorta , nos equinos ambas as pleuras são irrigadas por ramificações da artéria aorta o que faz com que não haja essa diferença de pressão , e com a passagem de fluxo de um compartimento para o outra para ocorrer a drenagem é mais deficiente • Em cães e humanos acontece no espaço pleural o tempo todo sendo movimentada pelo fluxo da diferença de pressão pleural, temos uma circulação linfática pacifico e quando acontece essa diferença de pressão não fica liquido acumulado nas pleuras , enquanto que nos equinos a pressão das artérias que irrigam cada uma das pleuras é a mesma então não temos esse fluxo permitindo essa drenagem de líquidos do espaço pleural , então caso haja um situação que culmine em um acumulo de líquidos entre as pleura e esses acumulam-se torna um meio propício para o crescimento bacteriano Fatores predisponentes: • Anestesia geral inalatória (sondas não são descartáveis e podem estar contaminadas ) • Exercício exaustivo tem impacto negativo sobre a imunidade pulmonar, devido à menor atividade dos macrófagos 3 alveolares e linfócitos periféricos, assim como à inalação profunda de micropartículas (pólen, poeira, esporos e bactérias) • Transporte de longo curso • Stress • Infeções víricas vírus influenza, herpesvírus e adenovírus • Malnutrição • Exposição a poeiras e gases tóxicos • Imunodeficiências • Terapia imunossupressora. • Afecções que podem estar associadas a causas de efusão pleural Patogenia • A pleuropnemonia é normalmente causada pela aspiração dos microrganismos comensais da nasofaringe e cavidade oral que, devido a uma alteração nos mecanismos de defesa pulmonar, colonizam de forma oportunista o pulmão . • A aspiração é considerada o processo central da etiopatogenia, sendo consistente com a distribuição típica das lesões pulmonares que corresponde aos lobos cranioventrais e à zona cranial dos lobos caudais • A invasão bacteriana induz uma infiltração de neutrófilos e outras células inflamatórias para as vias aéreas e parênquima pulmonar resultando num processo de consolidação e/ou abecedação. • Em casos de broncopneumonia severa, a inflamação estende-se ao espaço pleural e numa fase exsudativa,esse espaço preenche-se de fluído estéril. • Se, de imediato, não é iniciada a terapia antibiótica, a população bacteriana presente no parênquima pulmonar invade o fluído pleural, originando um exsudado séptico e um estado fibrinopurulento . • A inflamação pleural induz a produção do fator de necrose tumoral α que, por sua vez, aumenta a libertação do inibidor do ativador de plasminogénio-1 (IAP-1). • Do desequilíbrio entre os níveis de IAP-1 e plasminogénio tecidual, resulta a acumulação de fibrina • Esta é depositada entre as pleuras visceral e parietal sob a forma de folhetos, formando por vezes pontos de aderência entre elas que poderão alterar a função normal dos pulmões pela restrição dos movimentos respiratórios . Etiologia: AGENTES ETIOLÓGICOS • Bactérias gram+: Streptococcus equi zooepidemicus (90% dos casos) • Bactérias gram-: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae , Pseudomonas spp e Pasteurella spp • Bactérias anaeróbicas: Bacteroides sppe Clostridium spp • Infecções mistas: anaeróbios + Str. Spp ou Pasteurella spp ou E. coli • Outras causas: Mycoplasma felis, cocidiomicose, nocardiose, granuloma pulmonar, linfosarcoma e feridas torácica II. Distúrbios associados ao derrame pleural: • Diminuição da pressão oncótica do plasma Figura 3: Esquema de como ocorre a pleuropneumonia ◦ Hipoproteinemias: ▪ Aporte deficiente: má nutrição, gastrites ou enterites granulomatosas ▪ Deficiência na produção: insuficiências hepáticas ▪ Perdas: insuficiências renais, enterites, exsudação excessiva (feridas, queimaduras) • Diminuição Ponc > efusão pleural > Elevação da pressão hidrostática capilar • Insuficiência cardíaca congestiva • Aumento Phid > efusão pleura Distúrbios como: • Aumentos na permeabilidade capilar • Infecções virais: Anemia Infecciosa Equina • Aumento na permeabilidade vascular > saída de fluidos para espaço EV > efusão pleural • Diminuição na drenagem linfática • Massas tumorais presentes na cavidade torácica causando compressão dos ductos linfáticos • Diminuição da drenagem linfática > acúmulo de fluidos intrapleurais > contaminação bacteriana Sinais clínicos • Um animal com uma bronquite séptica leve poderá apresentar-se normal em repouso e, com o agravar da doença e afeção do parênquima pulmonar e espaço pleural, surgir um quadro de febre, anorexia, perda de peso, taquipneia e stress respiratório, tosse (o cavalo normalmente apresenta relutância em tossir devido à dor) e descargas nasais. • Descargas são mucopurulentas, ou eventualmente serossanguinolentas. • Nos casos de pneumonia necrótica, enfarte pulmonar ou rutura de abcessos, podem ser hemorrágicas e são um indicador de mau prognóstico . • As infeções anaeróbias normalmente são também acompanhadas de halitose e descargas de odor fétido. Numa fase aguda, o cavalo demonstra sinais de pleurodinia, como gemidos (por vezes provocados pela pressão no tórax durante a auscultação ou percussão), relutância ao exercício, além de patear, adotar uma postura rígida de membros posteriores na marcha e uma posição ortopneica em repouso. • Com a cronicidade do processo, os sinais de dor tornam-se menos evidentes. • O edema esternal é um sinal bastante comum mas não patognomónico de pleuropneumonia1 • Na auscultação pulmonar, podem ser detetados sons adventícios nas áreas afetadas que, geralmente, correspondem aos lobos ventrais. Estes sons estão aumentados no caso de consolidação pulmonar leve, contrariamente ao que ocorre num processo avançado, cujos 6 sons broncovesiculares estão diminuídos ou ausentes. No caso de presença de fluído pleural (FP), os sons pulmonares estão ausentes ventralmente, podem auscultar-se sons adventícios dorsalmente, como crepitações e ainda pode haver irradiação dos sons cardíacos • Ruídos de fricção pleural são ouvidos predominantemente no final da inspiração e início da expiração. Estes deixam de surgir com a diminuição da inflamação ou quando há acúmulo de FP1 . • Na percussão teremos um som mais maciço associado a efusão pleural Diagnostico: • Uma questão deve ser colocada: O processo infeccioso se restringe apenas aos pulmões ou envolve também a pleura? Quanto mais precoce a resposta, mais rápida será a instituição do tratamento para pleuropneumonia e melhor a recuperação • Avaliação dos sinais clínicos específicos e gerais (evolução de semanas) Como exames complementares devem realizar-se hemograma e perfil bioquímico completo • Hemograma e bioquímico : na fase aguda o animal pode apresentar hiperproteinemia com aumento dos níveis de fibrinogénio (Fb), proteína amilóide sérica A (PASA) e globulinas , outros achados podem ser neutrofilia, com eventual aumento de neutrófilos degenerados e em banda, e trombocitopenia;numa fase mais avançada, há uma diminuição dos níveis de proteína, com marcada hipoalbuminemia por perdas para a efusão pleural e eventual perda de peso, podemos ter a hemoconcentração, verificando-se o aumento do hematócrito, azotemia, acidose respiratória e, por vezes, desequilíbrios eletrolítico • A ecografia é o método de diagnóstico de eleição para pleuropneumonia, porque permite avaliar o estado da doença e a sua evolução, através do estado das superfícies e cavidades pleurais, superfície do parênquima pulmonar e mediastino cranial, além de determinar a localização precisa das lesões e as caraterísticas do FP (volume, ecogenicidade e sombra acústica provocada pela presença de gás) • A radiografia tem a vantagem de permitir identificar lesões mais profundas sobretudo na região axial do pulmão,em graus leves da doença, pode ser encontrado um padrão desde normal a broncointersticial e em graus mais severos, um padrão alveolar com broncogramas de ar e supressão das margens • A cultura microbiológica das amostras de aspiração transtraqueal (AT) ou FP e o respetivo antibiograma são essenciais para a identificação do agente envolvido no processo de pleuropneumonia e para a implementação de uma terapia antibiótica adequada • Aspiração transtraqueal deve ser enviada para análise citológica, coloração de gram e cultura bacteriana de agentes aeróbios e anaeróbios. Esta técnica deve realizar-se por via transcutânea sob condições de assepsia para evitar a contaminação pelas vias aéreas superiores, ou através de um canal de biópsia de um endoscópio com um cateter estéril • A toracocentese deve ser considerada sempre que um animal apresenta efusão pleural, tendo um valor tanto diagnóstico como terapêutico, porque permite a reexpansão pulmonar. Idealmente, é feita com o auxílio de ecografia para determinar o ponto ideal de entrada. Apenas para colheita de amostras, pode ser utilizada uma cânula de tetos de ponta romba para evitar a perfuração do pulmão e estas devem analisar-se seguindo a linha da AT. No caso de se proceder à drenagem do espaço pleural, utiliza-se um dreno torácico , a toracocentese tem papel diagnostico e terapêutico. • Também podemos fazer uma broncoscopia Tratamento: Se houver pleuropneumonia devemos : 1. Fazer uma drenagem pleural 2. Terapia analgésica e antibióticos sistêmicos 3. Tratamento suporte /Sintomatico Antibioticos: • O melhor é sempre fazer o antibiograma e utilizar o antibiotico mais sensível , se não for possível o antibiograma , podemos utilizar : ◦ Penicilina é a droga de escolha para gram positivos (Streptococcus sp) e anaeróbios, exceto Bacteróides ◦ Sulfonamidas e aminoglicosídeos não são eficazes contra germes anaeróbios, mas são indicados em infecções mistas de gram + e gram - (especialmente contra gram - ) ◦ Bacteroides fragilis é sensível a 10 a 20 mg/kg de metronidazole .PO quatro vezes ao dia. • A terapia antimicrobiana deve se estender até o animal ganhar peso, o odor repelente desaparecer e os valores hematológicos retornarem ao normal (Várias semanasou meses) Cuidados terapêuticos adicionais • Analgésicos ◦ Dipirona (Novalgina, D 500): 5 a 22mg/kg IV ou IM ou ◦ Ácido acetil salicílico (Bufferin, AAS): 15 a 100 mg/kg 2x/d PO ou ◦ Flunixin meglumine : 0,25 a 1,1 mg/kg a cada 8 a 24 horas IV ou PO ou ◦ Fenilbutazona: 2,2 a 4,4 mg/kg IV uma a duas vezes ao dia sem ultrapassar 2,0g por aplic • Expectorantes ◦ Acetilcisteina 10% ( Fluimucil ): 2 a 5 ml/50 kg PO a cada seis horas; ◦ Bromexina(Bisolvon): 30 mg/kg IV, dose diária única; ◦ Iodeto de potássio: 2 a 20 g 1x/d PO • Reidradatação (se o animal estiver desidratado) • Diuréticos ◦ Furosemide ( Lasix®): 0,3 a 0,6 mg/kg Hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (hpie) ❤A Hemorragia Pulmonar Induzida por Exercício (HPIE) é uma doença de alta prevalência, que acomete principalmente cavalos atletas praticantes de provas de alta performance e que exigem elevado esforço físico. ❤ Animais de corrida como os das raças Puro Sangue Inglês (PSI), Quarto de Milha (QM) e American Trotter são expressivamente expostos a esse tipo de atividade, apresentando alta suscetibilidade a ocorrência desta afecção. ❤ Trata-se de uma enfermidade de etiologia incerta, envolvendo variados fatores predisponentes. A etiologia mais aceita, julga ser o aumento da pressão arterial pulmonar resultando em quebra da barreira capilar pulmonar, pelo estresse provocado durante a atividade intensa, ocasionando extravasamento de sangue para o meio extravascular • Insuficiência dos capilares pulmonares, elevada pressão vascular 120 mmHg (repouso 30 mmHg), grande aumento do débito cardíaco, exercícios extenuantes repetidos, pressões negativas nos espaços intrapleurale alveolar, Ruptura da barreira entre capilar e alvéolo. • No entanto, a HPIE é associada a outras causas como paralisia laríngea, bronquiolite, pressões vasculares e alveolares pulmonares exacerbadas durante o esforço físico, hipóxia alveolar, lesão pulmonar preexistente e oclusões venosas por deposição de colágeno . • Além disso, está relacionada ao aumento da intensidade do exercício, histórico de episódios anteriores de hemorragia, alta duração do treinamento, idade (comumente atinge cavalos adultos), inflamação respiratória preexistente, arritmias cardíacas e obstrução respiratória moderada a severa • Outros fatores associados a aumento de pressão do lado esquerdo: ◦ Pequena secção transversa da válvula átrio-ventricular> restrição ao fluxo > aumento de pressão ◦ Pressão ventricular elevada (+ de 160mmHg durante exercício) >regurgitação através da AV durante sístole > aumento de pressão ◦ Baixa taxa de relaxamento do ventrículo esquerdo quando o DC e a FC estão elevadas > aumento de pressão na veia pulmonar > aumento de pressão pulmonar Patogenia: ❤ No momento do exercício intenso, os cavalos sofrem de hipertensão induzida por exercício, sendo uma característica específica em equinos. Nesse momento, a pressão arterial pulmonar média chega a aumentar cerca de 3 vezes, de 28 mmHg em repouso para 84 mmHg em atividade, com valores máximos descritos de 100 mmHg. Esses animais também apresentam uma pressão atrial esquerda muito alta, necessária para promover rápido enchimento do ventrículo esquerdo, com uma frequência cardíaca que pode chegar aos 240 bpm, contribuindo para quebra da resistência dos capilares pulmonares . ❤ Desta forma, a HPIE ocorre devido a ruptura dos capilares alveolares, passagem do sangue para o espaço intersticial e alveolar na primeira fase, seguindo para os brônquios e traqueia. Na fase inicial, os capilares presentes na porção dorso-caudal são os mais afetados, já a porção ventral raramente está envolvida . Isto ocorre devido a característica de direcionar o fluxo sanguíneo preferencialmente para as regiões dorsais dos pulmões , a qual apresenta grande capacidade de redistribuição do fluxo sanguíneo, por 13 exibir propriedades elásticas, que diferem do restante do parênquima pulmonar e grande densidade de capilares ❤ Em associação com o aumento da pressão sanguíneo bronquial e pulmonar, ocorre vasoconstrição, acarretando em hipóxia, levando ao aumento da pressão transmural dos capilares pulmonares . Este fato, associado com a marcada diminuição da pressão pleural e, consequentemente a da pressão alveolar, provocam a ruptura dos capilares pulmonares que estão na gênese da HPIE ❤ No momento em que a ocorrência da hipóxia se torna grave, ocorre contração esplênica afim de garantir o aumento da demanda de oxigênio. Tal fato, aumenta a viscosidade sanguínea, secundária a mobilização eritrocitária, contribuindo com o aumento da resistência do fluxo de sangue nos vasos, podendo de forma indireta aumentar a pressão intravascular nos pulmões. Levando a um aumento expressivo da possibilidade de hemorragia decorrente do rompimento de capilares saudáveis ❤ A ocorrência de hemorragia e não edema pulmonar, pode ser explicado pelo fato de que os capilares pulmonares são sujeitos a variações de pressão frequente e cíclica, devido às respirações e contrações cardíacas, respectivamente. Diante dessa situação, a pressão transmural entre a circulação pulmonar e os alvéolos ou entre a circulação brônquica e alvéolos é submetida a importantes, irregulares e súbitas variações, que pode levar a ruptura dos capilares, em vez de edema pulmonar devido altas pressões de forma contínua ❤ Outra característica seria a capacidade dos vasos linfáticos de realizar a filtração dos fluidos extravasculares, os quais não são sobrecarregados ao ponto de causar deficiência na drenagem desses líquidos durante o exercício intenso. Além da maior frequência e profundidade da respiração durante o exercício também pode ajudar a promover o transporte linfático pulmonar Sinais clínicos: • Corrimento sanguinolento, hemoptíase em menos de 10%, tosse, dificuldade respiratória e aumento na frequência de deglutições, sinais observados após exercício • Epistaxe: sangramento de origem nasal (embora o termo ainda possa ser utilizado em hipódromos, o correto é hemoptíase) • Hemoptíase: sangramento de origem pulmonar (espumoso no homem, mas não no cavalo) Diagnostico • As principais ferramentas para o diagnóstico da HPIE tratam-se da realização de uma boa anamnese afim de conhecer o histórico do animal, identificar os sinais clínicos, com uma atenção maior voltada aos detectáveis à auscultação, embora exista grande dificuldade em obter informações sobre processos hemorrágicos, a nível pulmonar, com a utilização desta técnica. • Desta forma, pode-se fazer uso de técnicas de diagnósticos complementares como o exame endoscópico, lavado broncoalveolar e aspirado traqueal. Pois a presença de sangue nas vias aéreas é basicamente o único sinal clínico da HPIE, manifestando-se como epistaxe • O exame endoscópico é elemento essencial para o diagnóstico definitivo de HPIE. Este deve ser realizado de 30 a 120 minutos ou de 60 a 120 minutos após o exercício, constituindo o tempo necessário para que o sangue estravado a nível pulmonar atinja a traqueia . O uso do endoscópio como exame diagnóstico é indicado em casos de presença de tosse, corrimento nasal, epistaxes, dispneia durante o repouso e após o exercício, alteração dos ruídos respiratórios e má performance desportiva ❤ Pode ser classificada em graus: • Grau 0: ausência de sangue visível ✓ • Grau 1: traços de sangue na traqueia✓ • Grau 2: presença de filete de sangue na traqueia ✓ • Grau 3: presença de sangue na traqueia em quantidade superior ao grau✓ anterior • Grau 4: presença abundante com acúmulo de sangue na traqueia ✓ • Grau 5: hemorragia nasal e/ou presença de sangue abundante e acumulado✓ na traqueia até a orofaringe. Diagnostico diferencial para sangramentos nasais : Causas mais comuns: • Trauma; hematoma etimoidal; micose da bolsa gutural; complicações de pneumonia, abscesso pulmonar, infarto pulmonare hemorragia pulmonar induzida pelo exercício. Causas menos comuns: • Corpos estranhos nas vias aéreas, neoplasias, Intoxicação por dicumarínico, sinusites, anormalidades congênitas, pólipos nasais, necrose conchal e doenças sistêmicas. Tratamento: • Controle das condições ambientais • Furosemida-Profilática ◦ Primeira aplicação cinco a seis horas antes e outra 120 a 240 minutos antes da corrida. ◦ Alivia as pressões de sístole do átrio direito e arteriopulmonar, pela diminuição do volume sanguíneo corrente. ◦ O Jockey Clube Brasileiro regulamenta a administração da dose mínima de 100mg e máxima de 250mg, aplicada até quatro horas antes do horário do páreo Asma Equina • Orva a fase mais cronica ,cavalo não se cura conseguimos apenas minimizar os sintomas • Diva doença mais inflamatória , cavalo mais jovem, associado a maturação do seu sistema respiratório, ela pode não evoluir para a cronicidade ❤ Doença conhecida desde os tempos da Grécia clássica; ❤ Ocorre em animais jovens e até 65% dos cavalos de corrida apresentam quadros variando de leve a moderado; ❤ A doença ocorre em outras raças, como cavalos de salto ou adestramento, QM de trabalho (laço, tambor, etc.) e etc. ❤ Se caracteriza por queda do desempenho, crises dispnéicas e aparecimento de linha de esforço; ❤ Sinonímia: obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA), doença inflamatória das vias aéreas (DIVA), cavalo aviltado, enfisema, heaves, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC, denominação anterior) Impacto econômico • Mau desempenho • Interrupção do treinamento, com isso o animal perde o condicionamento físico • Gastos com tratamento e horas paradas • As vezes o animal tem que sair do esporte por não ter mais a condição respiratória para ser um atleta Etiologia • Fatores predisponentes ◦ Estabulação, fornecimento de fenos, utilização de camas que soltam poeira, infecções respiratórias virais, causas poligenéticas • Fatores desencadeantes ◦ Presença de partículas orgânicas no feno e palha como esporos de mofos e fungos, endotoxinas, β- glucanas, poeira e ácaros, além de gases nocivos (H2S, NH3), gases poluentes (Ozonio, SO2, NO2, CO), partículas metálicas ultrafinas e partículas de carbono Principais fungos: • Aspergillus fumigatus* • Faenia rectivirgula( Micropolypo rafaenia) • Thermoactinomyces vulgaris Patogenia Fase 0: Resposta inflamatória sem sensibilização (mobilização de neutrófilos, eosinófilos, mastócitos ?) Fase 1: Sensibilização • Essas partículas funcionam como partículas antigênicas e vão funcionar com uma imunização inicial do animal , elas vão funcionar como antígenos e vão sensibilizar as células inflamatórias dendríticas e vão causar uma reação de hipersensibilidade , princialmente mediadas por linfócitos Th2 , essa reação vai desencadear a liberação de interleucinas 4 e 13 que vão estimular os linfócitos b que vão produzem imunglobulinas E que vão ficar depositadas na superfície de mastócitos. Fase 2: Re exposição aos antígenos (Mastócitos IgE na memb. citoplasmática entram em contato com os antígenos) • O animal é constantemente reapresentado a esses antígenos , ou pode ser que faz tempo que o animal não tenha contato com esse antígeno , mas quando ocorrer novamente ele vai ter um reexposição ao antígeno , e como já tenhamos um monte de imunoglobulinas E nos mastócitos vai ocorrer a desgranulação desses mastócitos com a liberação de histamina(estimula a produção de muco pelas células caliciformes, ocasionando a produção excessiva de muco pelo trato respiratório) e outros medidores inflamatórios que causam invasão da mucosa dos brônquios e bronquíolos causando broncoespasmo, edema dos brônquios, discrinia(aumento da produção de muco ),quimiotaxia (de uma serie de mediadores inflamatórios) broncoconstricção e obstrução de bronquíolos. • Com isso o animal vai ter uma dificuldade respiratória devido a diminuição da passagem de ar , devido as vias áreas estarem comprometidas. Fase Tardia • Devido a aos quimiotoxinas , temos a chegadas de leucócitos, para o interior do brônquio , temos a continuação da broncoconstricção , dificuldade respiratória , acumulo de ar nos alvéolos e remodulamento de parede de vias áreas, metaplasia de muco e peribronquial. Formas de asma: • ❤ Leve: inflamação das vias aéreas inferiores na qual não há sinais clínicos evidentes, exceto a queda do desempenho; • ❤ Moderada: é a condição anteriormente associada a Doença Inflamatória das Vias Aéreas (DIVA), criada para cavalos com sinais clínicos como tosse ou outros achados como sons pulmonares anormais indicativos de doença pulmonar ou um histórico de respiração laboriosa em repouso; • ❤ Severa: neste caso o fenótipo é o mesmo da afecção conhecida como Heaves ou ORVA (DPOC equina, Bronquite Crônica, Enfisema Equino, etc.);A descrição atual engloba a Doença Inflamatória das Vias Aéreas (DIVA), Obstrução Recorrente das Vias Aéreas (ORVA) e Doença Pulmonar Obstrutiva das Pastagens de Verão (DPOC) Sinais Clínicos: • Leves: ◦ Associada a relatos de diminuição ou queda do desempenho sem sinais respiratórios óbvios; • Moderados: ◦ Observa-se a presença de sinais respiratórios clássicos como tosse, corrimento nasal (no inicio predominantemente seroso, tendendo a seromucoso), intolerância ao exercício ou mau desempenho, tempo de recuperação respiratória aumentado após o esforço, padrão respiratório normal ao repouso, nenhuma alteração a auscultação; • Severos: ◦ Além dos sinais anteriores, observa- se à auscultação tanto em repouso como por meio de saco de re-inspiração a presença de sibilos expiratórios e crepitações inspiratórias na cavidade torácica ou som de borbulhar produzido pelo movimento de muco na porção cervical da traqueia; concomitantemente, há aumento leve a severo da frequência respiratória em repouso e dilatação das narinas. A medida que o quadro se agrava aparece uma linha abdominal de esforço respiratório. ◦ A intolerância ao exercício já é evidente nesta fase assim como o aparecimento de placas de muco nas narinas ou no chão da baia pela manhã. A tosse ocasional pode variar entre períodos de intermitência e ou constância em alguns cavalos. ◦ À broncoscopia, observa-se aumento de exsudato traqueobronquial, edema de mucosa e broncoconstricção. A respiração pode se tronar estertorosa com graus variados de dispneia Fases Clínicas Doença ativa • Ocorre após inalação de poeira de feno (gatilho imunológico) que dispara: broncoconstrição , produção de muco e inflamação neutrofílica broncoalveolar com graus variáveis de intensidade. • Pode se manifestar na forma de crises. Remissão • Advem à medida que há melhoria da inflamação e broncoconstrição e se mantêm até que o paciente tenha re – exposição a poeira do feno Diagnóstico: • Histórico • Sinais clínicos • Endoscopia • Lavado broncoalveolar Tratamento • Cuidados com o feno (não fornecer feno velho e mofado, pelletizadode preferência, lavar por 20 a 30 min), cama de baia (palha sem poeira), evitar poeira na baia (Tirar o cavalo da baia quando limpar), procurar outros alérgenos. • Terapia medicamentosa • Aumento da ventilação: broncodilatadores • Redução do edema (Anti-inflamatórios): glicocorticóides • Redução da resposta alérgica: Estabilizadores de mastócitos • Eliminação das secreções: expectorantes • Medidas complementares Glicocorticóides Parenterais • Acetato de predinisolona ((Predef): 1 a 4,0 mg/kg PO • Acetato de isoflupredona(Silcort): 10 a 14 mg/450kg/5 dias • Dexametazona* (Azium): 0,04 a 0,06 mg/kg PO, IM ou IV, por sete a 10 dias em casos de ataques severos • Triancinolona acetonamida* Theracort20 –frasco de 2ml -concentração: 20mg/ml) Dose: 0,09 mg/kg (20 a 40mg) via IM dose única ◦ * Risco potencial de laminitee bloqueio eixo hipotálamo-hipófise-adrenaBroncodilatadores • Antagonista muscarínico de longa ação ◦ Ipratropium bromide(Atrovent) dose: 90 a 180μg (5 a 10 jatos do canister) • Agonistas β2 (devem ser associados a glicocorticóides) ◦ Clembuterol: 0,8 a 3,2 ug/kg duas vezes ao dia IV ou PO (**+Glicocort.) ◦ Albuterol(Torpex) dose: 450 a 900μg (5 a 10 jatos do canister) –curta ação ◦ Salmeterol (Serevent) dose: 210μg (9 a 10 jatos do canister) –longa ação • Inibidor da fosfodiesterase ◦ Aminofilina–dose: 5 a 10mg/kg duas vezes ao dia PO ou IV + Hidrocortisona: 500 mg Estabilizadores de mastócitos • Cromoglicato dissódico (Intal®, Cromolin®): 200 mg duas vezes ao dia ou Neocromil sodico(Tilade®) Glicocorticóides • Aerossóis ◦ Beclometasone dipropionato (Blecovent –40-80μg/ puff) ▪ Dose: 2 a 4 μg/kg a cada 12 horas (cerca de 8 a 10 jatos por vez) ◦ Fluticasone proprionato (Flovent –220μg/puff) ▪ Dose: 1 a 3 μg/kg a cada 12 horas (cerca de 8 a 10 jatos por vez) ◦ Budesonide ▪ Dose: 1.800 μg /cavalo, a cada 12 h em inalador de névoa suave ◦ Ciclesonide desisobutiril ( Aservo) ▪ Dose: 2.700 μg/cavalo, a cada 12 h em inalador de névoa suave • * Beclometasone, Fluticasone e Budesonide causam, mas não Ciclesonide , supressão adrenal (Efeito local) O MELHOR TRATAMENTO E PREVENÇÃO É A MUDANÇA DE MANEJO, DEVEMOS EVITAR SITUAÇÕES QUE POSSAM REATIVAR A SENSIBILIZAÇÃO DO ANIMAL PARA POERIAS. Figura 4: Expectorantes Figura 5: Mascaras para o aerosol Arterite Viral Equina
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