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Clinica de grandes animais II (equinos)

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AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR 
 
CASCOS 
HEMATOMAS SUBSOLEAR E ABSCESSO 
SUBSOLEAR 
CAUSAS 
Relacionada a situação de trauma, devido a ferraduras 
mal colocadas (o cravo – parece um prego – deve ser 
colocado na região da epiderme, pois não tem 
sensibilidade ou vascularização) 
Se o local infeccionar pode gerar abscesso em região 
de sola (abscesso subsolear ou comumente chamado 
de broca) 
Broca: infecção bacteriana caracterizada por acumulo 
de material enegrecido, mal cheiroso e necrótico, 
causado geralmente pela Fusubacterium necrophorum 
Relacionada a falta de higiene e piso úmido (quando 
fica em ambiente úmido amolece o casco o que 
favorece o aparecimento de feridas e entrada de 
microrganismos oportunistas) 
Animais que apresentam doença crônica de casco, 
como a laminite, faz com que o casco cresce de forma 
mais lenta o que predispõe a infecções 
LOCALIZAÇÃO: os traumas causados pro pedregulhos 
ou piso diferente acometem os talões (parte de trás) e a 
ranilha (V) e as brocas acomete mais a sola 
SINTOMAS: claudicação, que é a relutância em apoiar 
o membro e encurtamento do passo 
DIAGNÓSTICO: aumento da temperatura do casco, 
aumento do pulso digital palmar, resposta ao 
pinçamento do casco que gera dor intensa, regiões 
enegrecido na sola após a retirar o excesso de casco 
(casqueamento) e anestésico local não funciona 
(bloqueio diagnóstico não funciona, pois o local está 
inflamado) 
TRATAMENTO 
Antibiótico (sulfadiazina + trimetoprim), analgésico, 
antinflamatório não esteroidal (Fenilutazona 2,2 mg/g a 
44,4mg/kg ou Fluxinina Meglumina 1,1 mg/kg BID por 5 
a 7 dias) 
Drenagem do abscesso, como conseqüência pode 
ocorrer edema de toda região de quartela/boleto e 
canela pelo animal não estar usando o membro 
Pedilúvio antisséptico com hipoclorito de 
sódio/permanganato de potássio por 15 a 20 minutos e 
soro antitetânico (vacina) se não tive o histórico do 
animal 
COMPLICAÇÃO: osteíte podal 
SÍNDROME DO NAVICULAR 
Doença degenerativa, progressiva e de origem 
controversa e com fatores predisponentes como má 
conformação dos cascos, trabalho excessivo ou 
inadequado e idade 
Ocorre comumente em animais com mais de 6 a 8 anos, 
acomete mais os membros anteriores e bilateralmente 
Estruturas relacionadas: osso sesamóide distal, 
ligamento colateral do osso navicular, ligamento ímpar, 
bursa do navicular, tendão flexor digital profundo 
 
SINTOMAS: claudicação de leve a moderada, 
progressiva, mas intermitente, evidente a rejeição ao 
andamento (cavalo pisa em ovos, poupa os membros) 
DIAGNÓSTICO: movimento circulares piora o quadro, 
pinça de casco positivo de forma difusa, teste de flexão 
positivo na região das articulações interfalangeanas, 
bloqueio do nervo digital palmar (desensibilização da 
região do casco) responde positivamente (aumenta a 
graduação da claudicação), bloqueio anestésico positivo 
(para de claudicar) 
EXAME COMPLEMENTAR: radiologia (incidências 
dorso palmar/plantar e skyline, tentar isolar o osso 
navicular) e ressonância magnética para saber 
exatamente qual estrutura está lesada. 
Radiologia com radiopacidade diminuída devido a lise, 
osteófito (remodelamento ósseo que forma pontas), 
irregularidade óssea das bordas. 
TRATAMENTO 
Ferrageamento corretivo (pinça rolada, deixando o 
casco redondo, que evita que sobrecarregue), 
ferraduras ortopédicas (talonete) 
Analgésicos e antinflamatório não esteroidal sistêmico 
(via intravenosa ou intramuscular) ou local (infiltração na 
articulação intrafalagenana distal (difunde para outros 
locais) ou na própria bursa do navicular com ácido 
hialuronico ou corticóide. 
Agentes vasomuduladores (Isoxsuprine, 0,6 mg/kg, oral, 
BID e SID) 
Tildren (ácido tiludrônico) auxilia a deposição de cálcio 
do osso, tem apenas na Europa. 
Neurectomia química ou cirúrgica (paleativo) 
LAMINITE 
Pododermatite asséptica 
difusa (conhecida como 
aguamente) 
É uma lesão inflamatória nas 
lâminas dérmicas 
 
 
HISTÓRICO: alteração sistêmica em geral pode 
desencadear laminite, quando ocorre uma alteração 
sistêmica acomete os membros anteriores de forma 
bilateral e quando ocorre por excesso de carga para 
poupar um membro ocorre no membro contralateral 
INSPEÇÃO/PALPAÇÃO: atitute patognomônica (joga 
todo o peso para trás na esperança de aliviar os 
membros anteriores) e ele podem deitar cascos 
quentes, aumento do pulso digitar palmar e pinçamento 
de casco positivo 
Considerando um processo desencadeado por liberação 
excessiva de enzimas degradantes (metaloproteinases) 
ocorre a separação das lâminas dérmicas como 
conseqüência ocorre o dano vascular 
Falha na união do tecido conjuntivo da derme ou cório 
laminar e a camada basal da lâmina epidérmica 
Várias afecções primárias predisponentes 
Dano vascular e como conseqüência necrose e 
separação das lâminas dérmicas (antiga teoria) 
Não ocorre nos membros posteriores e nem em potros 
Como consequência pode ocorrer: a rotação e o 
afundamento da terceira falange, devido a ação do 
tendão flexor digital profundo (se conecta na face solear 
da falange) o que pode evoluir para a perfuração de 
sola 
Apresenta linhas de crescimento tortuosas no casco 
devido a rotação da terceira falange, enquanto que o 
casco novo cresce certo 
Se o grau de laminite for avançado, para tentar para a 
rotação do casco é feita a tenotomia digital profundo, 
que é o corte do tendão profundo 
CLASSIFICAÇÃO 
PRÉ-CLÍNICA/LAMINITE: o animal apresenta 
inflamação no casco, porém não tem descolamento das 
lâminas dérmicas, o que não causa dor e claudicação, 
apresenta aumento de temperatura dos cascos e pulso 
digital 
CLÍNICA: apresenta separação das lâminas dérmicas 
causando dor e claudicação, aumento de temperatura 
dos cascos e pulso digital e pinçamento de cascos 
positivos 
PREVENÇÃO 
Na fase pré laminite se for feito crioterapia de 48 a 72 
horas contínuas é possível prevenir a evolução da 
enfermidade, pois ocorre vasoconstrição local, 
diminuindo as chances de citocinas inflamatórias 
evitando a presença de metaloproteinases. 
TRATAMENTO 
Radiografar para graduar a laminite e durante o 
casqueamento e ferrageamento corretivo 
Acepromazina (0,02 a 0,05/IV ou IM/QID/TID) se estiver 
na fase clínica, devido a vaso dilatação periférica] 
Considerando o descolamento das lâminas e 
consequentemente um dano vascular, pode se usar 
vasomoduladores: Isoxsuprine ou Pentatoxifilina, 
onde eles facilitam a entrada das hemácias nos 
capilares, preservando a perfusão sanguínea 
Anti inflamatórios (não esteroidais) Fenilbutazona 
(4,4mg/kg/BID ou SID) ou Cetoproeno (2,2 mg/kg/BID 
ou SID) 
Pode se associar anti inflamatório não esteroidal com 
opioides, porém causa hipomotilidade 
Para gerar conforto do animal usar botas protetoras 
(EVA, madeira, isopor) ou ferraduras corretivas, cama 
alta para amortecer, bandagem para melhor 
sustentação dos membros, biotina (casqueamento e 
ferrageamento corretivo para manter ou voltar o 
paralelismo entre a parede do casco e a parede distal) 
TENDÕES 
TENDINITE E DESMITE 
Inflamação dos tendões e dos ligamentos, sendo os que 
mais acometidos são: 
1. Tendão flexor digital 
superficial (elástico) 
2. Tendão flexor digital profundo 
(postural) 
3. Ligamento suspensório 
(elástico) 
Por eles serem exigidos de forma repetitiva e por não 
terem proteção muscular 
O tendão flexor digital profundo é o único que se insere 
na face solar da falange, passa por toda a região palmar 
e plantar e sua origem é muscular 
O tendão flexor digital superficial tem dois pontos de 
inserção e também vai estar na face palmar 
O ligamento suspensório tem origem no osso da canela 
(terceiro metacarpo), se bifurca na metade do caminho 
e se insere nos ossos sesamóide proximal 
PATOGENIA 
Causada por esforço repetitivo ou trauma intenso, 
porém se for um esforço que deixa de ser suportável 
pode ocorrer ruptura de fibra, porém baixa taxa de 
regeneração, como resposta de cicatrização faz fibrose, 
onde a fibra aguenta menosque o original, causando 
tendinite crônica (mesmo local de lesão constante) 
Pode causar hemorragia, edema, inflamação, acumulo 
de transudato e desarranjo das fibras ou ligamentos, 
causando a substituição das fibras colágenas do tipo I 
para o tipo III (fibrose) 
SINTOMAS: aumento de volume e claudicação de 
diferentes graus, dependendo do local e tamanho da 
lesão, tende a ser unilateral 
DIAGNÓSTICO: palpação e inspeção local evidenciam 
a dor, aumento de temperatura e volume local, o 
membro vai estar projetado para frente. 
EXAMES COMPLEMENTARES: ultrassonografia para 
diagnosticar precisamente o grau da lesão 
CLASSIFICAÇÃO 
AGUDA: ruptura da matriz tendínea e hemorragia 
(inflamação) 
SUBAGUDA: algumas fibras rompidas, porém sem 
deposição de tecido fibroso (angiogênese e invasão de 
fibroblastos cicatrizados) 
CRÔNICA: remodelamento de tecido e deposição de 
tecido fibroso, aumento de volume pontual 
 
TRATAMENTO 
O ideal seria repouso, porém causa perda de 
condicionamento, nos casos de tendinite aguda diminuir 
o ritmo de treinamento ou diminuição de carga 
Crioterapia (ação anti inflamatória e analgésica): nos 
casos de processos agudos menos de 30 minutos e em 
processos crônicos, mais de 30 minutos, antes e/ou 
depois do exercício 
Se o animal estiver claudicando administrar analgésico 
e anti inflamatório de 3 a 7 dias: Feninbutazona, 
Cetopofeno e Fluxina Meglunima 
Pomadas anti inflamatórias com bandagem compressiva 
(não pode ter anti inflamatório esteroidal, pois pega no 
doc) 
Infiltração local com Hyaluronato de sódio 
Fisioterapia a laser (regenerativa) ultrassom 
Ferraduras corretivas (aumentando a área de 
sustentação dos cascos) sustenta melhor o tendão pela 
base ser maior, porém não é eficaz em todos os animais 
Tratamento com células tronco ou PRP 
FASE AGUDA: controle da inflamação com fisioterapia 
fria e esteroides de curta duração 
FASE SUBAGUDA: estimulo da organização, 
diminuição do exercício, anti inflamatório e dependendo 
do grau fisioterapia regenerativa 
FASE CRÔNICA: repouso, exercício monitorado, ondas 
de choque extracorpóreo 
PREVENÇÃO: palpação periódica e uma vez 
identificada iniciar tratamento 
MÚSCULOS 
MIOPATIAS 
Miosite dos cavalos atletas, chamada também de 
RABDOMIÓLISE ou DOENÇA DA SEGUNDA-FEIRA. 
Comumente encontrada em cavalo mal treinados ou em 
sobre esforço 
MIOSITE AGUDA: após depleção das reservas de 
glicogênio 
MIOSITE TARDIAS: após depleção das reservas 
energéticos 
SINTOMAS: face ansiosa (dor), mialgia, fasciculação 
muscular, tremores, claudicação de diferentes graus, 
principalmente nos posteriores, relutância para se 
movimentar, mioglobinúria (cor de coca) 
DIAGNÓSTICO 
Histórico junto com sintomas, pode se solicitar dosagem 
de enzimas musculares (AST e CK) 
Aspartato de aminotrasnferase (AST) presente em 
vários tecidos, pico de alteração em 24 horas, durante 
até 7 dias 
Criatinoquinase (CK): específica de tecidos musculares, 
pico de elevação em 3 e 4 horas, durante poucas horas. 
A mialgia é detectada na palpação das grandes 
musculaturas, se estiver alterada vai estar firme e 
alterada 
TRATAMENTO 
O animal vai estar desidratado, por não estar 
acostumado com tanto exercício 
Manutenção da temperatura corpórea 
Repouso prolongado 
Analgésicos e anti inflamatórios não esteroidais: 
Fenilbutazona, Flunixina Meglumina e Cetoprofeno 
Fluidoterapia com soluções poliônicas (se estive a 
campo fazer com ringer lactato) 
Reposição de cálcio e eletrólitos 
 
Xilazina (alfa 2 agonistas): relaxante muscular 
(0,2mg/kg) 
Acepromazina (fenotiazínico) vasodilatação periférica e 
relaxamento (0,02 a 0,05, IV ou IM, QID ou TID) 
Fazer xilaniza ou acepromazina em animais hidratados, 
pois causam hipotensão 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Composto por boca (responsável pela digestão mecânica 
e início da química, usa os dentes incisivos para prender 
o alimento), faringe, esôfago (dividido em cervical e 
torácico, fica lateralizado pelo lado esquerdo próximo a 
calha da jugular), estômago (tem porção glandular a 
aglandular e tem a margem pregueada), intestino 
delgado (ceco, cólon maior, cólon transverso, cólon 
menor, reto e ânus) 
Do estomago até o intestino delgado ocorre a digestão 
enzimática e no intestino grosso a fermentativa (tem 
auxilio de bactérias da microbiota intestinal na quebra da 
proteína/matéria vegetal/celulose, formando os 
subprodutos ácidos graxos voláteis que são ricos em 
energia) 
Colo é dobrado para caber na cavidade abdominal, 
sendo as flexuras pélvicas, esternal e diafragmática 
Boca → Faringe → esôfago → estômago → duodeno → 
jejuno → íleo → ceco → cólon descendente/ventral 
direito → flexura esternal → colon descendente/ventral 
esquerdo → flexura pélvica → cólon ascendente/dorsal 
esquerdo → flexura diafragmática → cólon 
ascendente/dorsal direito → cólon transverso → cólon 
menor → reto → ânus 
Os capins com maiores digestibilidades (absorção) para 
os cavalos são os menores, com talos e folhas finas, 
sendo que uma dieta correta é com 70% volumoso; 30% 
concentrado 
PARTICULARIDADES 
O estômago é pequeno, tendo capacidade volumétrica 
de 8 a 15 litros 
Incapacidade de vomitar, devido à cárdia potente e a 
ausência do centro de vômito do sistema nervoso central, 
por isso no atendimento de cólica precisa passar sonda 
para averiguar o que está causando a cólica 
Longo mesentério e intestino delgado, qualquer alteração 
de motilidade pode causar problema 
Diminuição brusca de volume na flexura pélvica, 
predispõem a obstruções 
Necessita de microbiota saudável para que consiga fazer 
a digestão (cuidado com antibiótico, pois altera a 
microbiota) 
Algumas raças tem maior predisposição a determinadas 
doenças, como os pôneis que possuem maior 
predisposição de cálculo renal 
Sexo: geralmente se a fêmea estiver grávida ou logo 
depois de parir 
ANAMNESE/HISTÓRICO 
MANEJO E ALIMENTAÇÃO: os animais podem ficar 
estabulados, onde sua base de alimentação é feno 
(volumoso) com uma boa porcentagem de concentrado, 
podem também viver de forma extensiva onde se 
alimentam de pasto e são suplementados com 
concentrado e de forma mista 
Animais que comem muito feno não tem o desgaste 
adequado dos dentes por não pastarem e precisam de 
suplementação de água devido a desidratação do feno 
Animais que vivem a pasto tem maior disposição a 
reinfecção de parasitas por defecar e comer no mesmo 
lugar 
VERMIFUGAÇÃO: animais a pasto são vermifugado a 
cada 60 dias e os estabulados anualmente 
INICIO DO PROCESSO: problema crônico ou agudo 
TRATAMENTOS ANTERIORES: antibióticos e anti 
inflamatório causam alterações intestinais 
DEFECAÇÃO E MICÇÃO: frequência e consistência 
VÍCIOS: aerofagia (engolir ar), síndrome de urso de circo 
OUTROS: animais estressados apresentam alterações 
de motilidade 
EXAME FÍSICO 
AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS VITAIS: hidratação 
(coloração de mucosas, TPC, tugor de pele), temperatura 
retal, frequência respiratória, frequência cardíaca e 
motilidade intestinal 
INSPEÇÃO: atitude, comportamento, constituição física, 
sinais de dor abdominal (cólica é sinal de dor abdominal) 
apresenta comportamento de escavar o chão, olhar para 
o flanco, mexer na água, rolar, sentar, sudorese intensa, 
hiperexcitabilidade ou depressivo 
AUSCULTAÇÃO ABDOMINAL: são quatro quadrantes 
que devem ser avaliadas: 
Vazio do flanco dorsal direito: é o ceco, tem som de 
descarga, está normal quando tem de 1 a 3 descargas 
dentro de 3 minutos 
Vazio do flanco dorsal esquerdo: é avaliado através da 
classificação do som do borborigmo, o normal é um som 
presente, constante e organizado 
Região ventral direito e esquerdo (cólon): 
Não é possível avaliar o cólon menor, pois ele não tem 
um posicionamento certo dentro da cavidade abdominal 
 
* Hipomotilidade *** Hipermotilidade 
** Motilidade normal - atonia intestinal 
PALPAÇÃO: abdominal externanão é possível em 
cavalos adultos e dificilmente é feita em potros e a 
abdominal interna (retal) é possível avaliar o 
posicionamento e conteúdo das alças, normalmente o 
intestino delgado só é possível se estiver dilatado ou 
estendido, presença e avaliação das fezes 
SONDAGEM NASOGÁSTRICA: avaliação do conteúdo 
gástrico, manobra de descompressão e considerada via 
de administração. Feite de silicone, uma das pontas é 
conectada a bomba de infusão ou com a boca e a outra 
tem fenestras 
Conteúdo normal vai ter cor esverdeada, odor de capim 
recém cortado, volume 2 a 3 litros, não é para vir grandes 
quantidades de alimento e pH ácido (5,5), porém é 
avaliado apenas quando não é colocado água. 
Ocorre sangramento se lesionar a concha etmoidal 
EXAME COMPLEMENTARES 
PARACENTESE ABDOMINAL: o líquido peritoneal 
lubrifica as alças intestinais, ele se altera rapidamente 
devido a sua proximidade com as alças, pode ser feito 
análise macro (cor (normalmente vai ter cor amarelo 
citrino e translucido (diluído), odor e aspecto) e 
microscópica (total de células e proteínas) 
A coleta é feita na cicatriz umbilical (prepúcio ou tetos) ou 
de 4 a 5 cm da cartilagem xifoide na linha média ventral 
(geralmente o ponto mais baixo do abdômen) 
Outros exames complementares disponíveis são a 
ENDOSCOPIA, ULTRASSONOGRAFIA e a 
LAPAROSCOPIA: 
AFECÇÕES ORAIS 
Animais que pastam possuem um desgaste normal dos 
dentes, tendo que fazer manutenção odontológica 1 vez 
ao ano, enquanto que os animais estabulados precisam 
ter a cada 6 meses. 
No dia a dia é puxada a língua para a parte da boca que 
não possui dentes, assim o animal fica com a boca aberta 
para avaliação rápida, se for encontrado alteração chama 
o veterinário especializado. 
AFECÇÕES COMUNS: doença periodontal, perda de um 
ou mais dentes, fratura dentária, polidontia, anormalidade 
na mastigação, erupções anormais, bragnatismo, 
prognatismo, desgaste desarmônico dos dentes, 
inflamações, fibroses bucais e linguais 
AFECÇÕES DO ESÔFAGO 
OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA 
Não ocorre com frequência devido a seleção de 
alimentos que o animal geralmente faz, ocorre em 
animais adultos 
SINTOMAS: dificuldade de mastigas e deglutir, disfagia, 
refluxo de saliva ou alimento pelas carinas, sialorreia 
(produção de saliva em excesso que sai pela boca e 
muito pelo nariz), apresenta movimento de ânsia de 
vômito 
Olhar o lado esquerdo, pois é onde se encontra a maior 
parte da maior porção do esôfago (cervical), é possível 
visualizar a dilatação. 
TRATAMENTO: se não houver material perfuro cortante, 
fazer a sondagem nasogástrica até o ponto de obstrução 
e fazer a lavagem esofágica ou diluir o conteúdo ou se 
for uma obstrução parcial pode se lubrificar com água 
morna ou óleo e empurrar o conteúdo até o estômago e 
deixar a digestão acontecer. 
Caso o animal apresente comportamento de comer 
coisas fora comida fazer uma endoscopia e avalia a 
mucosa quando a obstrução está ocorrendo por vários 
dias (esofagocospia) 
Cirúrgico (esofagotomia) indicado quando o esôfago está 
muito danificado 
AFECÇÕES GÁSTRICAS 
GASTRITE E ÚLCERAS 
Afecção comum em cavalos adultos e em potros jovens 
ETIOLOGIA: estresse (ambiente, tratador novo, 
desmame, corridas) e terapias com anti inflamatório não 
esteroidal (inibem a prostaglandina que auxilia na 
produção de muco gástrico) 
As úlceras gástricas ou os pontos mais evidentes de 
gastrite são mais comuns de serem encontradas na 
marguem pregueada do estômago (transição entre a 
parte glandular da aglandular) 
HISTÓRICO: alteração comportamental, cólica 
recorrente, diarreias (mais comum em potros), 
tratamento de outras afecções utilizando AINE, mesmo 
que o animal não apresente dor abdominal intensa 
causando alteração comportamental, ele vai apresentar 
perda de peso progressivo e pelos arrepiados. 
SINTOMAS: dor recorrente, depressão, pelos feios (sem 
brilho), sialorreia e bruxismo (principalmente em potros), 
refluxo gástrico com presença de muco, podendo ser 
sanguinolento 
EXAME COMPLEMENTAR: gastroscopia, mas precisa 
esvaziar o estômago e precisa de um gastrotópico 
TRATAMENTO: buscar alterar o manejo e diminuir o 
estresse, caso esteja em tratamento com AINE cessar, 
podendo alterar para AINE seletivo ou associar com 
inibidor de bomba (Omeprazol, 0,7 a 1mg/kg, VO, SID). 
Administrar antiácido (hidróxido de alumínio ou de 
magnésio) para alcalinizar o suco gástrico 
SOBRECARGA GÁSTRICA(DILATAÇÃO) 
Ocorre por dentição rum ou deficiente, alimentação de 
má qualidade ou excessos, alimento não progrediu e 
vícios 
Consequência: se não for atendido rapidamente pode 
ocorrer ruptura gástrica (devido a fermentação do 
alimento que causa gases) o que causa choque séptico 
devido a necrose 
SINAIS: apresenta sinais de dor abdominal (cólica), 
cheiro fétido, grande quantidade de conteúdo gástrico, 
pH alcalino 
DIAGNÓSTICO: é feito ao encontrar fezes na passagem 
da sonda nasogástrica 
TRATAMENTO: descompressão gástrica através da 
sondagem nasogástrica, administrar laxante, emolientes, 
regulador de pH e fazer lavagem com água morna 
repetidas vezes, se for necessário fluidoterapia. 
AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO: 
PROCESSOS OBSTRUTIVOS 
ESTRANGULATIVOS 
Bloqueio do lúmen intestinal com comprometimento 
vascular (isquemia) 
AFECÇÕES COMUNS: vólvulo (alça intestinal gira em 
torno dela mesma), Torção (alça intestinal gira em torno 
do próprio eixo), Hérnias, Lipoma Pedunculado (acumulo 
de gordura que laça a alça intestinal) 
TRATAMENTO: normalmente a resolução é cirúrgica 
tendo que remover o tecido comprometido devido a 
necrose 
NÃO ESTRANGULATIVOS 
Bloqueio do lúmen sem isquemia inicialmente 
AFECÇÕES COMUNS: Compactação do íleo, 
intussuscepção inicial (causadas geralmente por 
alteração de motilidade e mais comum em potros), corpo 
estranho, verminoses, eventração (falha na musculatura 
(conteúdo extra abdominal preso pela pele) causado por 
trauma o que altera a motilidade) 
DUODENO JEJUNITE PROXIMAL 
Também chamada de enterite anterior, é uma inflamação 
severa do intestino delgado com transudato inflamatório 
que causa refluxo enterogástricos (o líquido produzido 
para a motilidade o que faz com que ele tenha que fazer 
o caminho contrário desembocando no estômago, 
causando distensão gástrica e dor). 
Ela pode ter envolvimento de Clostridium sp, bactéria que 
faz parte da microbiota e quando desiquilibrada pode 
causar inflamação. 
O refluxo tem coloração castanho para esverdeado, em 
grandes quantidades (8 a 10 litros), gosto e cheiro fétido 
e pH alcalino 
HISTÓRICO: cólicas severas com dor incontrolável e 
após a passagem da sonda causa descompressão e o 
animal fica apático e sobrecarga gástrica previas 
SINTOMAS: dor, desidratação pela produção do 
exsudato e sudorese, presença de refluxo gástrico, febre, 
taquicardia, taquipnéia, endotexemia, prostação, 
hipomotilidade intestinal e possível palpação da alça do 
intestino delgado 
TRATAMENTO: fluidoterapia para manutenção da 
desidratação, descompressão estomacal de 4 a 6 horas 
de intervalo para evitar a sobrecarga por refluxo, 
administração de Flunexim Meglumine (1,1 mg/kg, BID< 
IV ou IM ou 0,25 mg/kg, TID ou QID, IV) e DMSO 
(dimetilsulfóxido, 0,5 a 1 kg, IV a 10%) 
Se houver envolvimento do Clostridium (mais de 24 horas 
e/ou presença de febre) administrar antibiótico, sendo 
primeiramente a Pinicilina (20.000 a 40.000 UI/kg, BID, 
IM) se não funcionar associar com Gentamicina (6,6 
mg/kg, SID, IV) 
Estimuladores/reguladores de motilidade (procinéticos), 
pode ser feito com cálcio ou potássio na reposição 
eletrolítica, mas pode usar Metoclopramoda (0,04 mg/kg, 
IV, infusão ou a cada 2 horas) ou Lidocaína (20 ml 
diluídos em 1 frasco de soro a cada 2 horas, ela tem ação 
analgésica, anti inflamatória e estimuladora de 
motilidade) 
Fazer suporte de glicose caso o animal não esteja 
conseguindose alimentar 
Prognóstico é bom se a resolução for feita nas primeiras 
24 horas, reservado se for em 72 horas, mais que isso é 
considerado ruim 
Pode ter como consequência laminite devido as 
alterações metabólicas intensas (endotoxemia) 
AFECÇÃO DE INTESTINO DELGADO OU 
GROSSO 
CÓLICA ESPASMÓDICA 
Contração desorganizada da musculatura lisa do 
intestino, causando alteração de motilidade que gera dor 
Mais comum em potrancos (animais jovens que ficam 
entre adultos e potros) não entraram na puberdade 
ETIOLOGIA: Causado por vermes, alteração brusca de 
alimentação, capim novo (brotos), estresse, produção 
excessiva de gás, 
SINTOMAS: possível auscultação de hipermotilidade 
intestinal e ataques agudos de dor, podendo causar 
discreta taquicardia 
TRATAMENTO: Antiespasmódico (Butilbrometo de 
Escopalamina: Buscopan 0,3 mg/kg) e tratamento 
suporte com Analgésicos (Fenilbutazona, FLunexin 
Meglumine, Cetoprofeno), óleos minerais, laxantes ou 
tensiolíticos, hidróxido de alumínio 
PREVENÇÃO: protocolo de vermifugação, esperar o 
capim chegar a um palmo de altura, fazer a troca de 
alimentação de forma progressiva 
INTESTINO GROSSO 
OBSTRUTIVAS ESTRANGULATIVAS 
VÓLVULOS e TORÇÕES 
OBSTRUTIVAS NÃO ESTRANGULATIVAS 
COMPACTAÇÃO 
Obstrução do lúmen da flexura pélvica causada por 
conteúdo intestinal (fezes) 
ETIOLOGIA: alteração brusca da dieta, diminuição da 
ingesta de água, estresse, verminose, problemas 
dentários onde o animal não consegue triturar o alimento 
direito e fica pedaços grandes de fibras, animais que se 
alimentam de feno 
HISTÓRICO: programa antiparasitário inadequado, 
época de seca o que geralmente causa mudança na 
alimentação, cólica moderada e apatia, o animal pode 
parar de defecar 
SINTOMAS: hipomotilidade, distensão abdominal 
variável devido a acumulo de gases ou acumulo de fezes, 
dor leve e pouca alteração dos sinais físicos gerais, 
sondagem nasogástrica negativa, se demora para 
atender a atonia do intestino grosso pode se tornar 
hipomotilidade do intestino delgado e ter produção de 
refluxo 
DIAGNÓSTICO: e feito através da palpação retal, a alça 
vai estar dilatada e com conteúdo firme 
TRATAMENTO: controle da dor com analgesia (Flunixin 
meglumine 1,1 mg/kg, BID< IM ou IV) ou Fenulbutazona 
(4,4 mg/kg, BID, IV) e sondagem para liberação dos 
gases fazendo infusão de emolientes e laxantes (leite de 
magnésia, bisacodil), lubrificantes (óleo mineral) e 
tensiolíticos (ruminol, timpanol), fluidoterapia para 
manutenção eletrolítica e hiperidratação para fluidez da 
massa compactada, se não melhorar fazer lavagem 
intestinal cirúrgica 
ENTERÓLITO e CORPO ESTRANHO 
 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO 
Desafiador pelas anamneses serem duvidosas e 
informações sem muito sentido, principalmente em 
animais que vivem de forma extensivas 
Através da inspeção encontra o local afetado e por 
tentativa e exclusão encontra o possível diagnóstico 
O sistema nervoso pode ser dividido entre central 
(encéfalo (cerebelo, cérebro e tronco encefálico) e 
medula) e periférico (nervos aferentes e eferentes, 
também chamados de sensitivos e motores, gânglios) 
A inspeção vai ser relacionada com comportamento e 
atitude, nível de consciência, postura e movimentos, 
pode se fazer provas de avaliação funcional na tentativa 
de avaliar a resposta daquela região 
COMPORTAMENTO E ATITUDE: agressividade, 
reconhecimento do local e pessoas, visão, teste de 
ameaça, reflexo pupilar, posicionamento de orelha, 
pálpebras, lábios, língua 
Normalmente alterações de locomoção está ligado a 
alterações medulares e alterações de comportamento e 
atitude está ligado a alterações encefálicas 
EXAMES COMPLEMENTARES: analise do liquido 
cefalorraquidiano (normalmente ele é translucido e 
transparente), radiografias simples ou contrastadas 
(mielografia), eletroencefalografias, tomografias 
computadorizadas e ressonância magnética 
COLETA DO LICOR 
→ Feita entre C1 e C2, sob anestesia geral ou 
intravenosa, deixa a cabeça do cavalo num ângulo de 90º 
com ele em decúbito lateral e introduz o cateter até as 
meninges e o liquido sai de forma espontânea 
→ O animal em posição quadrupedal e faz a introdução 
de uma agulha longa entre a vertebra sacral e o íleo, 
sendo que nesse o licor não sai de forma espontânea 
tendo que fazer aspiração 
MANIFESTAÇÕES 
 
Sinal de Magnus Klein: levantar a cabeça do animal e ele 
sentar 
Hipermetria: não tem noção da amplitude do movimento 
(levanta mais do que deve o membro) 
MANIFESTAÇÃO DE ACORDO COM O LOCAL DA 
MEDULA 
 
AFECÇÕES 
TÉTANO 
Causada pela bactéria Clostridium tetani, eles se 
proliferam a partir de feridas perfuro cortantes o que 
causa o tétano e a toxina tetânica que causa tetania 
(rigidez muscular) 
HISTÓRICO: ausência de vacinação e presença de 
feridas prévias 
SINTOMAS: espasmos musculares (tetania), posição em 
cavalete, cauda em bandeira, hiperexcitabilidade, 
protusão da terceira pálpebra 
TRATAMENTO: soro antitetânico via intratecal (interior 
das membranas ou meninges que envolvem a medula, 
dentro do licor), intravenosa ou intra muscular (5.000-
10.000 UI), antibioticoterapia (Penicilina). 
Evitar excitação deixando o animal sem estimulo de luz e 
som para evitar convulsões, podendo administrar 
sedativos (Xilazina, Acepromazina), pode se associar a 
relaxantes musculares. 
SÍNDROME CEREBRAIS 
ETIOLOGIA: alteração traumáticas (concussões, ela 
precisa ter uma evolução aguda, tratamento 
assintomático, a manifestação clínica começa a diminuir 
e as sequelas ela diminui), infecciosa (raiva, encefalite 
viral) e degenerativas (leucoencefalomalacia) 
RAIVA 
Causado pelo vírus Rhabdoviridae, ele é agressivo, 
porém muito sensível, sendo inativado com facilidade, 
por isso não sobrevive no ambiente e seu modo de 
transmissão é a mordida (saliva) 
Evolução da sintomatologia é rápida (aguda e 
progressiva) vindo a óbito, sendo que existem três formas 
de aparecimento da enfermidade: furiosa, obscura ou 
paralitica 
A transmissão mais comum é através da mordida de 
morcegos contaminados que se contaminam quando se 
alimentam de animais selvagens que são reservatórios 
do vírus 
DIAGNÓSTICO: se o animal não for vacina é possível 
fazer dosagem de anticorpo, mas se ele for vacinado vai 
apresentar evidencias, mas não é possível confirmar, 
sendo assim o diagnóstico é feito pós morte realizando a 
coleta do encéfalo, cerebelo e tronco encefálico, precisa 
ter a presença de corpúsculos de Negri nas células e 
inoculam num camundongo. 
PREVENÇÃO: vacinação anual ou semestral em locais 
endêmicos 
ENCEFALITE VIRAL (ENCEFALOMIELITE) 
Causada pelo vírus Togavírus, existem as cepas leste e 
oeste no país e outra cepa é venezuelana, considerada 
zoonose 
Transmitida por vetores, insetos, sendo mais comuns em 
locais com climas quentes (sazonal) e tem como 
reservatório animais selvagens 
DIAGNÓSTICO: ampla variedade sintomática, sorologia 
TRATAMENTO: sintomático com DMSO (0,5 a 1 g/kg – 
10%, IV), se houver convulsão administrar 
Benzodiazepínicos (Diazepan 0,05 a 2,2 mg/kg, IV) e 
terapia de suporte 
LEUCOENCEFALOMALÁCEA 
Causada pelo fungo Fusarium moniiforme, libera a 
micotoxina Fumonisina B1 que acomete a substância 
branca de um ou dos dois hemisférios cerebrais 
causando liquefação 
SINTOMAS: letargia, depressão, incoordenação, 
hiperexcitabilidade, delírio, convulsões 
DIAGNÓSTICO: histórico, sintomas, verificar a 
alimentação (milho) e sua forma de armazenamento, 
pode fazer teste laboratorial de identificação do fungo 
(cromatografia) 
TRATAMENTO: sintomático com DMSO (0,5 a 1 g/kg – 
10%, IV), se houver convulsão administrar 
Benzodiazepínicos (Diazepan 0,05 a 2,2 mg/kg, IV) e 
terapia de suporte 
SÍNDROMES CEREBELAR 
ABIOTROFIA CEREBELAR 
Comum em cavalos árabes e pôneis 
Causa a degeneração prematura dos neurônios, 
acomete os animais de 6 meses a 1 ano de idade,sendo 
que eles nascem normais e desenvolvem tremor de 
cabeça, ataxia, dismetria e não existe tratamento 
PREVENÇÃO: evitar conhecidos cruzamentos genéticos 
que predispõem ao aparecimento 
SÍNDROME VESTIBULAR 
OTITE 
Relacionada algum tipo de trauma que causa inflamação 
do conduto auditivo, sendo ipsilateral 
SINAIS CLÍNICOS: Inclinação do topo da cabeça para o 
lado acometido, nistagmo, incoordenação, andar em 
círculos e alteração comportamental (agressividade) 
TRATAMENTO: sintomático com DMSO (0,5 a 1 g/kg – 
10%, IV), se houver convulsão administrar 
Benzodiazepínicos (Diazepan 0,05 a 2,2 mg/kg, IV), 
corticoides e terapia de suporte 
SÍNDROME ESPINHAL 
MELOENCEFALITE EQUINA CAUSA POR 
PROTOZOÁRIO (MEPE) 
Causada pelo protozoário Sarcocystis neurona, 
acidentalmente o cavalo ingere o esporocisto, sendo que 
o mesmo tem preferências por células do sistema 
nervoso, se instalando preferencialmente na medula, 
causando inflamação 
Gera lesões multifocais e assimétricas do encéfalo ou da 
medula 
Os equinos são hospedeiros aberrantes (acidental), 
sendo que o hospedeiro definitivo é o gamba 
SINTOMAS: déficit proprioceptivo, incoordenação e 
atrofia muscular unilateral 
DIAGNÓSTICO: desuso do membro unilateral acontece 
em garupa alta, baixa, espádua, bochecha e peito, 
deficiência de propriocepção (pode fazer o teste, abrindo 
as patas e o animal não vai perceber que está sem 
equilíbrio ou colocar obstáculos para o mesmo desviar) 
Detecção de anticorpos do protozoário no soro ou no 
liquido cefalorraquidiano 
TRATAMENTO: não é curável, sendo que qualquer fator 
de estresse pode desencadear o aparecimento dos sinais 
novamente 
Crise: três aplicações de DMSO a cada 12 horas, pode 
se associar corticoide 
A longo prazo pode se administrar Diclazuril (5 mg/kg, 
VO, SID) ou Piremetamina (0,25 a 1mg/kg, VO, SID) 
associado a Sulfa com a Trimetoprim (15 a 30 mg/kg, VO, 
BID), ambos os tratamentos são feito de 60 a 90 dias.

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