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CLÍNICA CIRÚRGICA GRANDES 
AULA 29/09 e 06/10/23
 
AFECÇÕES PODAIS DOS EQUINOS 
CASCO/ESTOJO CÓRNEO: tecido rígido, não se distende (muito impacto) 
O casco equino é uma estrutura rígida com pouca capacidade de deformação. 
Serve para sustentação e proteção das estruturas internas do casco → 3ª falange, TFDP, TFDS, 
Bursa do navicular, articulação interfalângica distal 
E estruturas que não são tão nobres → coxim digital composto por tecido adiposo e funciona co-
mo amortecedor 
Apesar de não ser capaz de aumentar o seu volume, pode gerar um aumento de pressão interna 
Os anteriores são mais acometidos – 95% das enfermidades estão abaixo do carpo devido ao 
centro de gravidade, esse centro tende aos membros torácicos por isso suportam mais peso desde o 
nascimento 
 
ESCALA DE CLAUDICAÇÃO (AAEP) 
0 – hígido 
1 – difícil de observar, não é consistente e nem evidente 
2 – difícil de observar ao passo mas não ao trote em linha reta fazendo manobra especial 
3 – observada ao passo mas sem movimentação de cabeça 
4 – observada ao passo com movimentação característica de cabeça 
5 – impotência funcional dos membros 
 
SÍNDROME DO NAVICULAR (primariamente sesamoide distal) 
Tem origem no osso sesamoide distal/navicular. 
Gera claudicação crônica, geralmente ocorre nos membros anteriores e bilateral. É a causa de 30% 
das claudicações crônicas nos membros torácicos. 
É uma afecção multifatorial – conformação, ferrageamento, casqueamento, vascularização, 
trauma etc. 
Mais comum em animais de 7 a 9 anos 
O osso navicular possui cartilagem articular, mostra alterações no RX 
BURSA DO NAVICULAR 
Fica entre o osso navicular e o tendão flexor digital profundo – se insere na borda semilunar da 
3ª falange 
Tem função de diminuir o atrito entre as duas estruturas, toda vez que o TFDP flexiona, gera uma 
pressão no navicular. Possui um líquido semelhante ao sinovial. 
Em determinados graus da afecção, a Bursa pode ser acometida 
É avaliada através da US, ressonância, RX contrastado (bursografia) 
 
ETIOLOGIA E MECANISMO FISIOPATOLÓGICO 
Causas: 
• COMPROMETIMENTO VASCULAR (baixo volume sanguíneo no local) 
Associado a alterações biomecânicas, que podem ser decorrentes de erros na conformação de 
aprumos, mau casqueamento etc. Elas geram alterações dentro do casco quando o animal anda. 
Quando os cavalos são muito exigidos (atletas ou de trabalho), o TFDP tensiona o osso navicular, 
gerando um comprometimento vascular, podendo levar a uma necrose tecidual – crônica 
• BREAKOVER e as fases do passo: o passo do cavalo vai do momento da retirada do casco 
do chão até a aterrisagem, foi dividido em 5 fases 
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FASE 1 – aterrisagem do casco no solo, no instante que toca o chão, o peso corpóreo ainda não foi 
depositado no membro 
FASE 2 – a massa corpórea é introduzida ao membro e a articulação se desloca no sentido distal 
(em sentido ao c hão) 
FASE 3 – começa a aliviar o peso da massa corpórea, alternando os membros 
FASE 4 a – inicio do breakover, começa a atirar os talões do solo 
FASE 4 b – final do breakover, tira o contato da pinça com o solo 
FASE 5 – troca o passo, faz arco do passo, com o membro em suspensão 
Na fase de breakover é onde ocorre maior tensão do TFDP sobre o osso navicular. Quanto maior o 
casco, maior a fase de breakover, tendo mais predisposição a doença do navicular 
 
Ângulo palmar negativo – predispõe o animal a ter síndrome navicular. A articulação interfalân-
gica distal fica em permanente extensão 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Claudicação bilateral com evolução progressiva. Tem relutância em girar, fazer curva, a claudi-
cação tende a piorar em solo duro 
Fase cranial: a frente do membro oposto 
Fase caudal: atras do membro oposto 
Possui diminuição da fase cranial do passo e alteração do padrão de aterrisagem do solo. 
Na fase caudal apresenta leve flexão, tendo um relaxamento do TFDP (sem dor) 
Na fase cranial apresenta extensão, tendo tensão do TFDP, principalmente na fase final 
Por isso na fase cranial o cavalo terá uma posição antálgica, onde ele tenta não estender o mem-
bro, fazendo uma flexão e aterrissando com a pinça para não sentir tanta dor. 
 
DIAGNÓSTICO 
Associado ao exame RX com exame físico + anamnese bem feita 
• RX: latero-medial e dorso-palmar 
Alterações: dilatação dos forames nutrícios do navicular (lesão em padrão de pirulito), devido a 
congestão dos vasos, esclerose do navicular (aumento da deposição de Ca, mais radiopaca) 
• Exame clínico 
Prova da rampa: promove extensão 
Pinçamento do casco: geralmente demonstra dor no pinçamento dos talões e no pinçamento 
cruzado – muralha e ranilha 
• Sinoviocentese: dessensibiliza a Bursa do navicular 
 
TRATAMENTO 
Não existe cura, é feito tratamento paliativo para diminuir/evitar a evolução 
 
CONSERVATIVO em casos iniciais 
• Repouso inicial e depois fisioterapia com exercícios controlados 
• Retirado do esporte imediatamente 
• Tiludronato → Bifosfonado 
Diminui reabsorção óssea, diminui DAD (artrose) 
• PSGAG → glicosaminoglicanas polisulfatadas 
Evita DAD 
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• Isoxsuprina → fármaco beta-agonista com agente hemorreológico. Altera morfologia da 
hemácia, permitindo uma maior capacidade de deformação para chegar nos locais com 
obstrução venosa 
Tratamento caro 
 CORREÇÃO DOS APRUMOS PRINCIPAL: 
• Aumento do ângulo da pinça através do casqueamento, deixar casco mais encastelado 
• Ferradura oval diminui a distensão do casco e diminui a extensão do membro 
• Palmilha entre ferradura e casco, de silicone ou borracha 
• AINEs → fenilbutazona 
Melhor analgésico para o esqueleto musculo esquelético, usar protetor gástrico 
• Neurectomia do nervo digital palmar (cirúrgico): não corrige o problema apenas tira sen-
sibilidade do casco do animal que terá um tempo de vida útil reduzida pois a doença evo-
lui muito rápido. Pode gerar fratura. 
 
FERIDAS PENETRANTES 
A sola do casco é o local mais acometido, mas pode ocorrer em coroa, talões e bulbos. Locais crí-
ticos são as ranilhas, coroa, bulbo 
 
SINAIS CLÍNICOS 
Claudicação, animal manca quando dói. Varia com a profundidade do objeto, com a evolução – 
agudo ou crônica, e a localização 
 
DIAGNÓSTICO 
• Exame clínico 
• RX para determinar profundidade e extensão do objeto perfurante. Podemos usar um ob-
jeto radiopaco como pinça, mandril 
Contrastado/bursografia para analisar a Bursa 
• Pinçamento do casco/tenaz: pinçar todo o casco, para localizar o local da ferida, de dor 
 
TRATAMENTO 
• Retirar corpo estranho 
• Limpa/tira o casco com a rineta 
• Desbridamento do tecido adjacente até começar a sangrar/aparecer tecido saudável. 
Provavelmente com o uso de bloqueio perineural do nervo digital a nível abaxial dos se-
samoides proximais. Pode ser necessário também uma sedação 
• Limpeza da ferida com antisséptico 
1. Água para limpar excesso 
2. Água oxigenada para evitar tétano 
3. Enxague com água ou solução fisiológica, colocar iodo diluído em solução ou sabão neutro 
• Pedilúvio com permanganato de potássio (KMno4) diluído em água. Pode ser em um 
tambor ou balde, câmara de borracha, deixa por 20 a 25 minutos no máximo 
• Curativos: quantidade depende da lesão 
Ferradura que seja possível uso de uma tampa parafusada, que possibilita a limpeza e vi-
sualização quando necessário, porem sem contaminar ou machucar mais 
Ferradura com tampa e elevação dos talões 
Sempre com proteção/botinha 
• AINES – Fenilbutazona IV ou Flunixin meflumine 
40 a 50% bom a reservado iniciais
Reservado a mau - crônicos com alt rx
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• ATB (cultura e antibiograma) – entra com o tratamento antes do resultado e altera se ne-
cessário após. Amplo espectro 
Genta IV 6,6 mg/kg + Penicilina 
Antibiose ou perfusão regional: garrote no membro e faz uma venopunção, adm ATB 
abaixo do garrote para maior difusão 
Vantagem: menor volume de medicamento, menor chance de resistência e maior con-
centração de medicamento local• Soro antitetânico: importantíssimo quando o animal não é vacinado, mas pode ser feito 
mesmo com a vacina 
 
OSTEÍTE PODAL 
Inflamação da falange distal com consequente evidências radiográficas de alterações ósseas 
A terceira falange não tem medula então é osteíte e não osteomielite. Terceira falange inflamou e 
quando tem sinais clínicos, possivelmente tem radiográficas 
Séptica e asséptica 
 
Etiologia e mecanismo fisiopatológico 
OSTEÍTE PODAL ASSÉPTICA 
Condição primária (decorrente de) 
– Trauma sola contínuo em solo duro (o que desenvolve síndrome do navicular poderia ter de-
senvolvido osteíte podal asséptica) 
- Sola muito fina (quarto de milha casco muito desproporcional) 
Cavalo tem sola fina: erro de casqueamento associado a genética 
Secundária a outra enfermidade 
- Laminite (sequela da laminite) 
- Feridas penetrantes 
Cravo na parte sensitiva (linha branca) 
- Assimetria do casco 
 
OSTEITE PODAL SÉPTICA 
Microrganismos no interior do estojo córneo 
Animal neonato tem predisposição a desenvolver processos sépticos 
- Ferida penetrante do casco 
- Infecções de outros tecidos (potros) 
- Laminite crônica – necrose dos vasos das laminas dermais que favorecem a proliferação de 
microrganismos, o osso dentro do casco, terceira falange, desloca, e como sequela a laminite pode origi-
nar a osteíte séptica 
- Abscesso subsolear 
 
SINAIS CLÍNICOS 
- Incidência maior em membros anteriores – o membro torácico aterrissa de uma forma diferen-
te ao posterior (triangular), a tendencia de sofrer uma lesão é maior 
- Uni ou bilateral 
- Grau de claudicação – depende da lesão 
- Osteíte podal séptica: claudicação tende a ser mais severa, aumenta temperatura do casco 
 
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DIAGNÓSTICO 
Exame RX – reabsorção óssea (inflamação crônica), borda da terceira falange mal definida, dila-
tação dos forames nutrícios, cisto desenvolvidos pela inflamação extensa, desmineralização, esclerose, 
fratura na terceira falange (por sequestro ósseo) 
Exame clínico – prova da pinça (cavalo tende a reclamar e tem muita dor), vai ter que pinçar tu-
do 
Bloqueio do nervo digital palmar – muito provavelmente não vai parar mancar 
Fazemos bloqueio do nervo digital perto dos sesamoides proximais no aspecto abaxial (fora do ei-
xo) 
 
TRATAMENTO 
OSTEÍTE PODAL ASSÉPTICA: 
Diminuir inflamação – DAINES (Fenilbutazona ou Flunixina meglumina), Meloxicam, Filoco..., Ceto-
profeno 
Minimizar o trauma sola 
• Repouso inicial 2 a 3 semanas 
• Exercício controlado em superfícies macias (terra batida, grama) [e baia depois, aumenta 
gradativamente atividade] 
• Formol tópico sola – endurece casco 
Eliminar a agressão – casqueamento corretivo + ferrageamento terapêutico 
Função de tratamento, porque geralmente ferramos cavalos com ferradura tradicional pelo ex-
cesso de exercício, ela da suporte, protege, evita desgaste – essa ferradura de tratamento pode ser de 
silicone ou palmilha 
 
OSTEÍTE PODAL SÉPTICA 
ATB (cultura e antibiograma) 
• Sistêmica 
• Perfusão regional ou antibiose 
Pode associar a lidocaína para promover dessensibilização local 
Cirúrgico 
• Drenagem do abscesso subsolar (se houver) 
Encontramos esse abscesso olhando a sola, limpando superficialmente, e observamos te-
cido enegrecido, talvez com odor, um ponto de drenagem, fístula, quando pinçamos esse 
ponto de drenagem faz “espuma” 
• Desbridamento cirúrgico do tecido necrótico 
• Curativo 
• Profilaxia tétano 
Lavar com sabão de coco, joga água oxigenada, enxagua, permanganato pedilúvio 
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LAMINITE 
Inflamação das lâminas do casco (tecido mole que fica entre terceira falange e casco). As inter-
digitações se ligam a parte interna do casco suportando a terceira falange 
Lâminas (dermais) do casco – temos um anexo entre terceira falange e casco. A falange fica imó-
vel porque a face dorsal está anexada na face interna por lâminas. Existem lâmina que e interdigitam 
firmemente, sustentando a terceira falange de maneira imóvel. 
 
Etiologia – não tem compreensão completa 
Processo inflamatório – proc. Inflam. Sistêmicos ex. do sistema respiratório, doenças de útero de 
égua (endometrite), diversas afecções relacionadas a síndrome cólica, gera processo inflamatório e pode 
levar a laminite 
• Síndrome cólica (maior preocupação quando cavalo tem cólica, laminite secundária) 
• Endometrite 
• Endotoxemia (rodococcus em potros) 
Trauma – concussão excessiva 
Metabólica – síndrome metabólica equina 
É como se fosse uma diabetes do cavalo, e podem desenvolver a laminite do nada. 
 
Mecanismos fisiológicos 
Devido a uma doença primária, ocorre uma vasodilatação sistêmica, e os microrganismos e toxi-
nas adquirem alcance maior, junto com os mediadores inflamatórios (TNF, leucotrieno, prostaglandina) 
chegam ao casco e geram desequilíbrio entre produção e degradação excessiva (inibidor de metalopro-
teinase e metaloproteinase) das lâminas dermais basais, ocorrendo degradação excessiva delas, geran-
do necrose das lâminas. 
O principal problema é o deslocamento da 3ª falange no interior do casco, pois não tem mais o 
anexo e a tração do TFDP continua. 
 
Outra forma de explicação: 
Quando o cavalo tem uma endotoxemia na circulação vai liberar mediadores inflamatórios, 
quando esse mediador acima de uma inflamação simples chegar no casco, vai levar a ações peculiares 
e laminite. 
Endotoxemia – vasodilatação para chegada dos mediadores, mas no casco chegarão muitos o 
que vai causar um desequilíbrio na tampa e panela – existem as metaloproteinases e inibidores de meta-
loproteinases, com inflamação exacerbada as metalo ficam desenfreadas sem os inibidores que serão 
pouco produzidos (mediador inflamatório sensibiliza aferente) 
Casco cresce célula por célula do casco para a coroa, empurrando casco para baixo. 
Metaloproteinase que faz a separação da terceira falange e casco. Num cavalo doente vai desa-
nexar tudo de maneira irregular, e não teremos 
Vasos rompem por conta das metaloproteinases (que levam microvascularização), aumento da 
pressão do casco e incha coroa 
Pode causar rotação, por conta do tendão 
Vasodilatação 
• Microrganismos 
• Degradação 
• Necrose 
 
 
 
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FASES DA LAMINITE: 
• Desenvolvimento – quando a doença está se desenvolvendo, quando o animal foi expos-
to aos mediadores inflamatórios. Não demonstra sinal clínico. 
Ex: quando o animal desenvolve a cólica, ocorre endotoxemia e os mediadores estão nas 
alturas. 
Animal é sujeito a endotoxemia e processo inflamatório exacerbado dos mediadores 
Se durante o desenvolvimento está bem de saúde e não desequilibra metalo e seus inibidores, 
a laminite não vai pra frente 
• Aguda – sinais clínicos. Existe processo inflamatório, e algum grau de necrose. 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
• Aguda – Primeiro dor no casco (demonstra com claudicação, alteração da fisiologia da 
locomoção), puxa o animal e ele não vai (reluta), joga o peso para os posteriores 
Ocorre aumento do curso da artéria digital – o pulso eleva quando laminite, congestão do 
sangue, extase vascular 
Pode ocorrer edema na região de coroa (extase vascular) 
Ao pinçamento o animal apresenta alta dor 
Animal jogando peso pra trás (salta), não apoia membro 
• Crônica – deslocamento da terceira falange dentro do casco. 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Durante anamnese: 
Afecção prévia (cólica) 
• Exame radiográfico – só sabemos que deslocou a terceira falange com a imagem 
Precisamos fazer para saber se há deslocamento, o tipo de deslocamento, a magnitude e 
controle/monitoramento (a cada 48h) 
Precisamos de duas projeções - Latero-medial e Dorsal-palmar/plantar 
Projeção: colocar os membros acima do nível do solo, projetar o raio 2 a 2,5 cm da extre-
midade distal (sola) com 50 a 60 cm de distancia do membro ao RX, o disco radiográfico 
precisa estar tocando o membro! 
 
Projeção latero-medial 
Mensuração do deslocamento: traça uma linha da parede dorsal da terceira falange e 
mensura ângulo formadocom a sola, e traça uma linha na parede dorsal do caso e men-
sura o ângulo formado com a sola. Os ângulos devem estar iguais. Fazemos a diferença 
desses ângulos e o resultado é o ângulo de rotação! 
Outra explicação: Dividimos o casco (colamos cateter – radioluscente - retinho ao meio). 
Colocar o animal com os 4 membros elevados ao solo para não cortar parte distal. Colo-
camos um chassi que eleve todo o casco, miramos emissor aprox. 5 a 3 cm proximal a ex-
tremidade distal (subindo da distal uns 5 cm), ficamos com o emissor em uma distância 
de 50 a 60 cm (chassi colado no casco! Se não imagem amplifica e mediremos errado). 
Mensuração do deslocamento no sentido palmar/plantar – traçar uma linha paralela ao 
objeto e outra dorsal a terceira falange. Animal hígido terá paralelismo e cavalo com la-
minite vai rotacionar. 
Pra medir fazemos terceira linha beirando ferradura e mensuramos rotação (ex: 10 graus 
de rotação sentido palmar-plantar) 
 
 
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Projeção dorso-palmar/plantar: avalia se houve deslocamento lateral ou medial, anali-
sando a posição da sola medial e lateral ou medindo o espaço articular da articulação do 
espaço interfalângica distal 
Não colocamos objeto, mas o animal está com membros elevados 
Vamos medir distância articular entre segunda e terceira falange, se um dos lados tiver 
maior que o outro, deslocou (ex: esquerdo desloca, abaixa esquerdo). 
 
• Grau de claudicação – para a laminite usamos escala de 1 a 4 (Obel) 
GRAU 1 Em repouso, o equino alternativamente e incessantemente retira os membros afetados do 
solo com intervalos de alguns segundos. 
Claudicação não é evidente ao passo, porém é possível observar encurtamento da ampli-
tude da fase de avanço do passo. 
GRAU 2 O equino se locomove prontamente ao passo, porém é possível observar alterações do 
padrão fisiológico da locomoção. 
GRAU 3 O equino se locomove com relutância e vigorosamente reluta as tentativas de retirada dos 
membros afetados do solo. 
GRAU 4 O equino recusa a se locomover e apenas a realiza quando forçado 
 
TIPOS DE DESLOCAMENTO DA TERCEIRA FALANGE 
A superfície dorsal da terceira falange deve estar paralela a superfície dorsal do casco 
• Rotação no sentido palmar ou plantar 
• Afundamento da falange (pior diagnostico) 
• Deslocamento latero-medial 
 
TRATAMENTO 
A partir da fase aguda temos consciência da laminite 
Deslocou é crônica! 
O tratamento difere completamente em aguda e crônica 
AGUDA 
• Resolução de doença primária (cólica, endometrite etc.) 
• Diminuir resposta inflamatória 
AINEs – Fenilbutazona ou Flunixina meglumina 
• Crioterapia 
o Vasoconstrição 
o Aumenta limiar da dor 
o Diminui necessidade de nutrientes por diminuir metabolismo, isso diminui chance 
de necrose 
Duração: 2 dias ininterrompidos 
Na fase aguda temos vasodilatação (na crônica deslocamento porque a lâmina necrosou, 
se está na crônica com necrose não há sangue, NÃO FAZ CRIOTERAPIA NA FASE CRÔNICA!) 
• Diminuir dor do animal 
 
 
 
 
 
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• Evitar deslocamento da terceira falange 
• Diminuir tensão do TFDP (tendão) – eleva talões (calcanhar) 
Botinha que eleva talão 
• Recrutar (usar) estruturas palmar/plantar do casco – ranilha e sulcos da ranilha 
Onde toca o solo é a muralha. As lâminas dermais estão em torno da muralha. No 
cavalo com laminite precisamos retirar apoio da muralha para o centro – massa 
especifica que preenche a sola 
Elevar talões evita rotação da falange e diminui tensão 
Saltinho de isopor ou EVA de prancha de natação, quando for trocar o velho deve 
ser cortado na região da pinça e cola para formar um salta elevando os talões 
• Deslocar no sentido palmar/plantar o ponto de ocorrência da fase de breakover 
Breakover ocorre na extremidade mais distal da pinça. Momento do passo do ca-
valo – breakover – muita tensão (pico) no tendão, predisposto a rotacionar. 
Pensar em sapato de bico fino e sapato bico ovalado – forma de pisar e sua difi-
culdade 
Casquear em forma de cunha 
 
Após RX e detecção de > 5º de rotação ou qualquer grau de afundamento – devem ser submeti-
dos ao casqueamento e ferrageamento terapêutico. 
CRÔNICA 
• Promover a reperfusão vascular 
Acepromazina (vasodilatação periférica, reestabelece a vasodilatação e as vezes pode 
ajudar tranquilizando) 
0,03 a 0,06 mg/kg IM 3 a 4x dia 
• Reestabelecer o alinhamento entre terceira falange e cascos 
Casqueamento 
Ferrageamento 
Falange rotacionada nunca mais volta no lugar, nós moldamos casco! 
 
ÚLTIMO CASO: Tenotomia do tensão flexor digital profundo 
Incisão sem sutura do tendão. Cavalo nunca mais competirá. 
Ele só citou: acessos face palmar, abre bainha. No terço médio do metatarso ou metacarpo, inciso 
pele e encontramos o tendão. Isolamos superficial e passamos bisturi, fechamos subcutâneo e acabou. 
 
Decúbito permanente, dor, endotoxemia → caso não conseguirmos controlar 
 
PROGNÓSTICO 
• Depende da causa da laminite 
• Houve deslocamento? Qual magnitude? 
Com deslocamento é um prognóstico ruim e sem deslocamento é bom a mode-
rado 
• Intensidade dos sinais 
• Resposta ao tratamento 
 
Prognostico mais acurado com exame de imagem simples – Venografia: avaliamos a necrose se há per-
fusão, colocamos garrote proximal, faço venopunção e injeto contraste, flexiono membro algumas vezes 
para perfundir, e fazemos rx. Quanto mais perfundido melhor. 
Precisamos de tesoura cirúrgica, contraste...

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