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Sistema Locomotor - Equinos

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Clínica de Grande Animais II – Equinos
Thaís Ribeiro Molina
2
04/02/2019 – AULA 1
REVISÃO DE REPRODUÇÃO
11/02/2019 – AULA 2
TBL
18/02/2019 – AULA 3
PARTO NORMAL E DISTOCIAS EM VACAS
25/02/2019 – AULA 4
SEMIOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR 
Se estuda o sistema locomotor em equinos devido ao fato de serem utilizados para montaria e para esporte, sendo essencial examinar esse tipo de estrutura desses animais, já que se criam equinos principalmente com objetivos esportivos e recreativos, atividades que frequentemente exigem muito da velocidade e da resistência do animal, expondo seus membros à tensão contínua e a risco constante de lesões. Mesmo quando se tem incapacidades relativamente pequenas, essas incapacidades podem tornar um equino inapto para esse trabalho, e a importância da integridade dos membros é de extrema importância para um bom desempenho do animal.
OSSOS, MÚSCULOS, LIGAMENTOS E TENDÕES
Os ossos servem para dar a estrutura e sustentação ao organismo, a musculatura faz com que seja possível a movimentação dessas estruturas através da contração e relaxamento – principalmente pelos canais de cálcio. 
A musculatura auxilia na movimentação dos ossos através dos tendões – que são pouco elásticos e bastante fibrosos, tendo pouca regeneração; os ligamentos, macroscopicamente, são muito semelhantes. O tendão tem origem muscular e inserção óssea, o ligamento possui origem óssea e inserção óssea, onde a função do ligamento é de causar a estabilidade das articulações ósseas, existindo articulações móveis e limitadas; a articulação verdadeira é formada por cápsula articular, cartilagem subcondral e líquido sinovial.
Os equinos se sustentam em um dígito – uma falange, sendo ele o 3º metacarpo ou metatarso, por pisar em um dedo só esse dedo é diferenciado, sendo revestido por uma epiderme queratinizada; a derme é a parte sensitiva do casco.
A partir do carpo só se tem ligamento, tendão, cartilagem e tecido tegumentar, não tendo grupos musculares já que se trata de uma falange, como mostra a figura a baixo.
MORFOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR
1. MEMBROS LOCOMOTORES
O sistema locomotor é composto por membros torácicos – anteriores, e por membros pélvicos – posteriores.
No equino o pé e a mão são compostas por três falanges (a proximal ou primeira, a medial ou segunda e a distal ou terceira) e pelo osso navicular ou sesamóide distal. Deste modo, estruturalmente é formado por um único dedo (dígito), altamente modificado e adaptado para correr rapidamente por pastos, funcionando de forma altamente adaptada para a locomoção eficiente.
A falange distal geralmente amolda-se ao interior do casco no qual se situa. Ossos sesamóides são ossos curtos que se desenvolvem nas cápsulas de algumas articulações
ou em tendões e têm como principais funções diminuir o atrito entre as estruturas ósseas que se relacionam com tendões, mudar a direção dos tendões ou aumentar a força de alavanca para os músculos e tendões.
O casco é o envoltório córneo digital do equino. A redução de apenas um casco para cada membro exige uma estrutura capaz de assegurar total proteção ao órgão digital. Portanto, como o apoio do equino se dar na extremidade do terceiro dedo, é por isso que a integridade e a saúde dos cascos são de especial importância, senão vital para a sustentação. Um exame da superfície basal do casco revela a sola, a ranilha, talões, barras e a superfície basal da parede do casco. A região coronária é a principal estrutura de nutrição e de crescimento do casco; possuindo intensa rede vascular para o suprimento das suas principais funções.
A parede do casco é a porção do casco visível quando o equino está em estação, sendo composta na frente pela pinça, colateralmente pelos quartos medial e lateral e, os talões medial e lateral. A sola do casco consiste em uma placa côncava queratinizada que está anexa à superfície palmar/plantar da terceira falange.
Na extremidade distal do membro do equino existem tendões de inserção de dois músculos flexores e dois extensores. Dentre os flexores: o tendão flexor digital superficial (TFDS) e o tendão flexor digital profundo (TFDP) e, os tendões extensores: o tendão extensor digital comum e o tendão extensor digital lateral. Enquanto que, o tendão do músculo flexor digital profundo se distende na face caudal do osso da canela (metacarpo ou metatarso) e do boleto e se insere na face semilunar da falange distal; o tendão flexor superficial se estende paralelo e distalmente ao metacarpo ou metatarsiano, superficial ao tendão flexor digital profundo.
· TFDP – TENDÃO FLEXOR DIGITAL PROFUNDO
Abrange todas as falanges e o metacarpo, quando há lesão se tem como sinal clínico levantar a pinça, deve-se procurar se tem alguma lesão em baixo do casco.
· TFDS – TENDÃO FLEXOR DIGITAL SUPERFICIAL
Quando há lesão apresenta como sinal clínico sinais de inflamação e ruptura, pegando a primeira – falange proximal, e a segunda falange – falange média.
· LIGAMENTO SUSPENSOR DO BOLETO – OU INTRAÓSSEO
Fica rende ao 3º metacarpiano, bifurcando na metade para o final da canela se inserindo aos sesamóides proximais – medial ou lateral.
1. COLUNA
É comum animais que apresentam claudicação por causa de lesões na coluna, devendo então analisar principalmente a coluna cervical e a coluna toracolombar.
CARACTERÍSTICAS
1. APOIO SOBRE UM ÚNICO DEDO
2. CENTRO DE GRAVIDADE – 70% MAS : 30% MPS
Embora tanto os membros torácicos quanto os pélvicos apresentem como principal ação
(quase exclusiva), sustentar o corpo quando em repouso e impulsioná-lo para frente quando em movimento, manifestam significativa divisão do trabalho. São os membros torácicos/anteriores que suportam a maior parte do peso corporal – 70%; quando em repouso e, representam os principais amortecedores de impacto, necessários na marcha mais rápida e especialmente, nos pousos de saltos. Os membros pélvicos/posteriores são menos comprometidos com essa tarefa, suportando cerca de 30% do peso, no entanto, fornecem o principal movimento propulsor.
3. SOBRECARGA
Se tem sobrecarga em regiões específicas na dependência da utilização. O cavalo esportista precisa de um condicionamento físico, e dependendo do tipo de raça para determinado esporte, se tem determinadas doenças mais comuns, como em casos de animais de adestramento, que possuem mais problemas de coluna; animais de hipismo possuem muitos problemas com tendinite.
CONFORMAÇÃO
A conformação do animal é individual, onde em algumas raças não se consegue nem o registro dependendo da conformação, porém tem conformações que não são as ideias porem, na modalidade esportiva em que está registrado pode lhe trazer benefícios. 
SEMIOLOGIA DO SISTEMA LOCOMOTOR – EXAME CLÍNICO
1. IDENTIFICAÇÃO
Dados do animal – idade, analisando as doenças respectivas de cada faixa etária e de cada esporte, DOD (doenças ortopédicas do desenvolvimento, sendo comum encontrar no crescimento ou então pelo esforço de serviço), raça.
2. ANAMNESE – HISTÓRICO
Manejo geral e manejo alimentar – uma superalimentação pode causar obesidade, alterações do depósito de cálcio e fósforo, etc. Uso do animal, queixa principal – quando; qual membro; antes/durante/depois do treino – onde a claudicação antes do treino é conhecida como manqueira fria; e informações subjetivas x objetivas.
3. EXAME FÍSICO
São os parâmetros físicos do animal, sendo eles: FC, FR, Tº, Mucosa, TPC, Hidratação, Linfonodos e Motilidade.
4. INSPEÇÃO
Deve ser lembrado que cavalos são usados para propósitos muito variados, e que muitos casos de claudicação são associados a um tipo particular de uso e podem ser evidentes apenas quando o cavalo entrar em atividade.
Posição dos MA em estaca – quando se tem troca de apoio pode-se ter alguma alteração; atitude – claudicação; aprumos; constituição física – junto com a anamnese, score, sobrepeso. Sinais de dor – claudicação, que é um distúrbio estrutural ou funcional visível normalmente durante a locomoção, sendo interpretada normalmente como um sinal de dor. Avaliar o animal parado em diferentes ângulos, sendo essede fato a inspeção, analisando se tem um casco desequilibrado, se tem alguma conformação errada, etc. Alterações visíveis como aumento de volume e atrofia/assimetria.
· AVALIAÇÃO DO ANIMAL EM MOVIMENTO
Em Linha Reta Membros anteriores – preferencialmente vistos de frente; membros posteriores – preferencialmente vistos de trás, avaliando animal indo embora em minha direção, analisando região de garupa; vista lateral. As claudicações mais evidentes são comumente mais observadas em linha reta.
Movimentos de Cabeça – Membro Torácico Animal saudável possui as orelhas quase sempre retas, nunca abaixam a cabeça, quando o animal apoia a mão boa no chão ele abaixa a cabeça, indicando que a mão lesionada é a oposta.
Assimetria de Garupa – Membro Pélvico A garupa do animal abaixa e levanta de forma simétrica quando saudável, quando alterado o animal alivia o peso com um abaixamento de garupa no apoio e um levantamento durante a suspensão, indicando que o membro pélvico desse lado da garupa com assimetria que está lesionado.
Graduar a Claudicação 0-5/0-10 Se identifica a claudicação e depois se realiza a graduação, onde 0 o animal é hígido e 5 ou 10 o animal já possui impotência funcional do membro.
5. PALPAÇÃO
A palpação e manipulação verificam a dor na região e detectam a crepitação associada à fratura, sendo a palpação realizada de forma mais fidedigna da parte cranial à caudal no animal, e dos membros da região distal à região proximal.
· CRANIAL PARA CAUDAL – MUSCULATURA E COLUNA
Coluna próxima à calha da jugular, palpação da musculatura do pescoço é realizada na tábua. Quando se aperta a coluna e o animal arqueia, é resposta de uma sensibilidade dolorosa. Palpação da musculatura dos glúteos, semimembranoso e semitendinoso, onde se realiza as injeções.
Na palpação muscular deve-se verificar se não há aumento de volume; acima da calha do equino se tem a coluna cervical, se palpa essa área e em sequência toda a coluna para ver se há dor em outras regiões das vértebras, analisando inclusive mudanças de consistência – fibrose. 
· MEMBROS DE DISTAL PARA PROXIMAL – SEMPRE ANALISAR O MEMBRO CONTRALATERAL
Palpação dos membros, analisando a mobilidade das articulações – até mesmo as articulações; tendões, ligamentos e ossos; presença de efusões sinoviais e consistência – de feridas, edemas, etc. Começa-se pelos cascos, vendo a amplitude de movimento – das articulações inter-cárpica falangeanas; depois se palpa as articulações alares – essa cartilagem pode calcificar, se fraturar dói e faz o animal claudicar, porém apenas calcificada (radiopaca no raio-x) não se dá sintoma de dor. 
Avaliação do plexo digital palmar, palpando osso – sesamoide lateral e medial; e analisando qualquer aumento de volume ou temperatura. Região de canela se palpa a corda/tendão mais próxima da pele que é o TFDS e a do meio TFDP, e outro é o ligamento suspensor, identificando de forma individualizada cada um. O aumento de efusão sinovial geralmente é de consistência flutuante. 
Pinçamento do Casco Palpação indireta, com pinçamento oblíquo na base da ranilha, observar abcessos dentro da sola. As pinças de casco são instrumentos indispensáveis para detectar dor e são extremamente úteis para indicar o local exato da dor, permitindo que o tecido que está por cima da lesão seja removido para aliviar a pressão (hematoma) ou estabelecer drenagem (abscesso). Pressão excessiva é dolorosa e pode causar uma reação de dor falsamente positiva. Eles devem sistematicamente ser aplicados sobre o casco. Os exames com a pinça de casco revelam sensibilidade sobre a sola e na pinça e batidas aplicadas à muralha do casco, ao nível da pinça, pode produzir dor, sendo comum realizar essa técnica quando animal troca a ferradura ou após casquear.
6. EXAME ESPECÍFICO DO SISTEMA LOCOMOTOR
Teste de Flexão Consiste em flexionar determinada articulação para manter determinada região flexionada, sendo um minuto um tempo bom, depois de manter flexionada colocar o animal para trotar, quando o animal passa a mancar mais, a chance de ser algo relacionado com a região interfalangeana é grande, sendo o objetivo intensificar/exacerbar a claudicação; se faz interfalangeana, boleto, carpo e femorotibiopatelar, graduando se a flexão for positiva ou não e graduando se a claudicação piorou ou não. 
Teste de Extensão Mais realizado nos membros anteriores.
Bloqueios Anestésicos Após a identificação do membro afetado e, caso ainda não se tenha conseguido identificar a estrutura lesionada, realizam-se bloqueios anestésicos, com o objetivo de localizar com mais exatidão a zona lesionada, antes de prosseguir para a realização de exames de imagem. Os bloqueios são realizados com lidocaína geralmente e com muita assepsia, fazendo um anestésico local para identificar o local acometido. Após realizar a analgesia local se coloca o animal para trotar para analisar se cessa a claudicação, se cessar se tem a confirmação do local acometido, podendo realizar os exames de imagem. Deve-se sempre tomar cuidado com a antissepsia, devendo ser realizado em um local limpo e apropriado, já que se pode causar infecções.
A anestesia local causa o bloqueio dos canais de sódio, resultando na inibição da condução nervosa, neste caso das mensagens de dor, dessensibilizando toda a área inervada pelo nervo bloqueado, e, com isto diminuindo ou parando a claudicação. Assim como nos testes de flexão, os bloqueios anestésicos começam pelo ponto mais distal do membro, progredindo para proximal.
Realiza-se primeiro o bloqueio anestésico, sendo comum no digital-palmar, ramo dorsal, onde inerva o nervo do navicular. Se nesse primeiro bloqueio a claudicação melhorar muito, é bem provável que seja a síndrome do navicular, mas se sobrou resquício de claudicação faz o segundo bloqueio anestésico, o abaxial, que é o nervo antes da bifurcação cranial e caudal, se houver melhora significa que a pinça também está infamada.
· Bloqueios Perineurais: Do sesamóide abaxial.
· Bloqueios Intra-Articulares
· Bloqueios Específicos: Bolsa do Navicular/Sinovial – a bolsa do osso navicular é uma estrutura sinovial que está relacionada com o osso sesamoide distal e com a articulação intertfalangeana distal. O acesso à bolsa do navicular deve ser criteriosamente utilizado para melhor diagnóstico e tratamento da síndrome do navicular; e na Origem do Ligamento Suspensor.
7. EXAMES COMPLEMENTARES
Após a localização da claudicação pela resposta aos testes de manipulações e/ou bloqueios anestésicos, procedia-se à obtenção de imagens por radiografia (suspeita de lesões nos tecidos ósseos ou articulares) ou ultrassonografia (suspeita de lesões nos tecidos moles), para se ter o diagnóstico final.
· EXAME RADIOLÓGICO
Principios Basicos Qualidade do exame, leitura radiográfica, diagnostico e prognostico. Deve-se realizar as projeções radiográficas de acordo com a região desejada.
Clínica X Alterações na Imagem Clínica sempre prevalece as alterações de imagem, que nem sempre possuem importância clínica.
· EXAME ULTRASSONOGRÁFICO
É um exame dinâmico, analisando zonas/sessões.
Clínica X Alterações Ultrassonográficas Clínica sempre prevalece as alterações de imagem, que nem sempre possuem importância clínica.
· OUTROS EXAMES
Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada, porém, são pouco utilizados na clínica de grandes animais.
8. ANÁLISE DO LÍQUIDO SINOVIAL
Essa análise é realizada através da coleta do líquido sinovial, o animal deve estar em posição quadrupedal, devendo ser realizada uma técnica asséptica. O líquido é analisado macroscopicamente – onde seu aspecto é branco, transparente e translúcido, sendo muito semelhante ao aspecto da água, porém tem uma viscosidade diferente, que dá liga quando se coloca nas pontas dos dedos, onde quando se tem um aspecto viscoso e amarelado pode-se indicar alguma infecção; e também possui análise laboratorial, possuindo hemácias ausentes, leucócitos até 1000 células/mm3 e proteína até 2g/dL.
RESUMO
Se realiza a identificação do animal e coleta de dados para anamnese, após essa coleta dedados se faz o exame físico geral, realizando a inspeção do animal parado e a inspeção do animal em movimento, analisando os membros anteriores e posteriores e realizando uma graduação da claudicação de 0-5 ou de 0-10. Após estas analises se realiza a palpação da musculatura e da coluna para descartar possíveis claudicações decorrentes dessas regiões – da região cranial para a região caudal; e posteriormente, após identificar o membro em que o animal claudica, se realiza a palpação dos membros da região distal para a região proximal, realizando inclusive o pinçamento do casco. Se após todas essas análises ainda não se tiver certeza da região acometida se realiza o exame específico, que consiste no teste de flexão e de extensão para intensificar a claudicação, e então se ainda houver dúvidas se realiza os bloqueios anestésicos para então se realizar os exames de imagem e laboratoriais na região acometida para se buscar um diagnóstico fidedigno e um tratamento correto.
CASO CLÍNICO 1
Animal com edema de cabeça e claudicação, devido a uma alteração nutricional. Alterações neurológicas também possuem quadros de claudicação, sendo necessário sempre ter uma coleta de dados adequadas para se dar o diagnóstico.
CASO CLÍNICO 2
Fratura de pelve com sinais clínicos de claudicação dos membros posteriores e garupa assimétrica.
CASO CLÍNICO 3
Lordose, para identificar se há dor ou não precisa realizar a palpação da toracolombar, se animal vem com claudicação e lordose nem sempre indica que a claudicação é devido à lordose.
CASO CLÍNICO 4
Cifose, não se pode colocar uma garupa nesse animal, descartando esse animal da montaria.
CASO CLÍNICO 5
Deformidade angular dos membros anteriores e aumento de volume do carpo, devendo mensurar essa deformidade.
CASO CLÍNICO 6
Animal pisando em pinça, não conseguindo colocar a região de talão no chão, com claudicação, e deformidade flexoral – do tendão flexor digital profundo, sendo o tendão curto, puxando e não conseguindo apoiar o talão.
CASO CLÍNICO 7
Aumento de volume em membro posterior esquerdo com presença de bicheira.
CASO CLÍNICO 8
Aumento de volume na região de boleto e quartela, se estiver em duvida olhar o membro contralateral.
CASO CLÍNICO 9 e 10
Deformidades da estrutura anatômica do casco, com perda da definição da ranilha.
04/03/2019 – AULA 5
FERIADO
11/03/2019 – AULA 6
AULA PRÁTICA – TRATAMENTO DISTOCIA
18/03/2019 – AULA 7
AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR DOS EQUINOS
CASCOS
1. HEMATOMA SUBSOLEAR E ABCESSO SUBSOLEAR
Hematoma: Coleção de sangue num órgão ou tecido, geralmente bem localizado e que pode dever-se a traumatismo, alterações hematológicas ou outras causas.
Abcesso: São coleções de material purulento (pus) que normalmente decorram de infecções bacterianas.
Essas duas afecções são apresentadas juntas pois a apresentação clínica e o tratamento são muito semelhantes. Na maioria das vezes esses animais apresentam uma claudicação muito evidente, isso ocorre devido a falta de higiene, baia muito úmida, pasto muito úmido ou principalmente pasto sujo onde pode ocorrer algum tipo de trauma e assim formar um abscesso ou hematoma dentro do estojo córneo.
· REGIÃO MAIS COMUM E CAUSAS
· Trauma - normalmente ocorre em talões e ranilha.
· Algo perfurante que gera infecção terá a formação de Broca (abscesso subsolear) – mais comum na sola. 
A broca é uma infecção bacteriana, caracterizada por acúmulo de material enegrecido, malcheiroso, necrótico.
· Pancada terá a formação de um hematoma. Geralmente, independente do conteúdo, isso gera uma pressão dentro do casco resultando em muita dor.
· Ferradura má posicionada
Normalmente dentro do casco estão presentes bactérias que gostam menos de oxigênio, gerando um cheiro bem forte. O teste de pinçamento de casco norteia muito para saber a localização da lesão para poder drenar/fazer a descompressão.
· SINTOMAS
Claudicação evidente, onde se nota uma relutância do animal em apoiar o membro – apoio em pinça, com encurtamento do passo. Porém, ao fazer a descompressão após alguns dias o animal melhora a claudicação.
· DIAGNÓSTICO – É ESPERADO ENCONTRAR
· Aumento de pulso
· Aumento na temperatura do casco
· Resposta ao pinçamento do casco
· Regiões enegrecidas na sola
· TRATAMENTO
O ideal é tratar aberto e não fechar a ferida, porém em propriedades com falta de higiene é recomendado fechar.
· Correção da ferradura
· Descompressão de casco – Casqueamento.
· Pedilúvio antisséptico com água morna (hipoclorito de sódio/permanganato de potássio).
· Uso de antiinflamatório não esteroidal: Fenilbutazona
Cuidado: Respeitar a dose, o erro na aplicação gera necrose perivascular, animal morre se aplicar fenilbutazona na artéria localizada atrás a jugular.
· Antibioticoterapia (evitar qualquer tipo de alteração sistêmica pois é mais difícil fazer antibioticoterapia na região podal) - exemplo: sulfa
· Soro antitetânico - Fazer sempre que tiver presença de ferida como profilaxia mesmo que o animal for vacinado.
· COMPLICAÇÕES
Osteíte podal - Inflamação na região da terceira falange. Caso seja
abcesso a infecção pode ser ascendente a ponto de acometer tecido ósseo.
2. SÍNDROME DO NAVICULAR E PODOTROCLEOSE – DOENÇA DO NAVICULAR
Síndrome do Navicular: Conjunto de afecções que envolvem o osso navicular.
Podotrocleose: Envolve degeneração.
Doença degenerativa progressiva e talvez de origem controversa, isso porque é multifatorial devido aos fatores predisponentes.
· FATORES PREDISPONENTES
· Má conformação dos cascos
· Trabalho excessivo ou inadequado – animais atletas.
· Mais comum em animais com mais de 6 - 8 anos.
· Mais comum em membros anteriores.
· Normalmente bilateral.
· ESTRUTURAS RELACIONADAS
Ao longo do tempo, com a melhora do diagnóstico por imagem foi possível identificar que a síndrome do navicular não tinha apenas o osso navicular envolvido, e sim uma série de outras estruturas, como:
· Osso sesamóide distal
· Ligamento colateral do osso navicular
· Ligamento ímpar
· Bursa do navicular
· Tendão flexor digital profundo
· SINTOMAS
Claudicação progressiva (leve) mas intermitente, evidente a rejeição ao andamento (cavalo pisa em ovos).
Pode-se ter sensibilidade dolorosa no músculo braquicefálico e no tendão flexor digital profundo no MAD – que pode também evidenciar uma tendinite, tendo que analisar todo o quadro clínico e o histórico desse animal.
· DIAGNÓSTICO
Essa doença por tender a ser bilateral, é comum o animal ter apresentação clínica no bloqueio digital palmar, sendo o suficiente para diagnosticar a doença. Sensibiliza a região do casco – injetando acima da coroa do casco, fazendo com que animal pare de claudicar. 
Região do casco acometida, região mais distal!
· Movimentos circulares pioram o quadro
· Pinça de casco positiva
· Bloqueio anestésico positivo.
· EXAMES COMPLEMENTARES
Radiologia (incidência dorso palmar/plantar e skyline) e ressonância magnética.
· Indicativo de síndrome navicular no Raio X:
Remodelamento ósseo navicular – degeneração do osso navicular, apresentando-se como perda da regularidade óssea, presença de osteófitos e relação córtico medular perdida, além de presença de lesões em pirulito (que são as invaginações conhecidas como “loli pop”).
· Animais que não possuem alterações no osso navicular
Perceberam que os animais que apresentavam clínica de síndrome do navicular embora no raio x não houvesse alteração no osso navicular – pois pode-se ter comprometimento das estruturas adjacentes, o animal tinha alterações nas seguintes estruturas não visualizadas no raio x, que fazem parte da síndrome da navicular, como:
· Tendinite do tendão flexor digital profundo
· Desmite do ligamento ímpar
· Bursite – alteração da bursa do navicular
· Desmite entre as articulações interfalangiana distal
Caso não seja visualizada alteração no osso navicular se realiza uma ressonância para analisar as estruturas adjacentes.
· TRATAMENTO
Uma vez com lesão crônica, não é possível fazer com que o osso volte a se remodelar da mesma maneira, porém como toda doença degenerativa,é possível desacelerar o progresso da doença evitando grandes sequelas.
· Ferrageamento corretivo (pinça rolada)
· Ferraduras ortopédicas (oval ou fechada),
· Analgésico/anti-inflamatória – sistêmico ou local
· Agentes vaso moduladores – isoxsuprine (0,6mg/kg oral, BID e SID para manutenção) e ácido tiludrônico (europa)
· Neurectomia química ou cirúrgica (paliativo) – Remoção de um segmento do nervo. O animal perde a sensibilização do casco, tendo a chance de ter outro problema podal. Podendo ter a complicação de uma formação de neuroma (neoplasia).
3. LAMINITE
Lesão inflamatória nas lâminas dérmicas, asséptica e difusa.
Laminite é um processo inflamatório e não tem nada a ver com bactérias, só será necessário o uso de antibióticos quando a terceira falange rotacionar, perfurar e criar uma ferida, então se terá o uso de ATB para evitar a entrada de bactérias.
Diferente da síndrome navicular que o animal pisa em pinça, na laminite o animal vai encostar toda a sola e sentirá dor, ele anda de leve para tentar evitar essa dor, o animal apresenta anorexia devido a dor, tendo emagrecimento, esse animal também fica muito tempo deitado e troca as patas de apoio com muita frequência; com a rotação da falange o casco cresce de outra forma.
Na presença de uma inflamação, desencadeado pelo processo inflamatório um pesquisador x em 2001 dosou as citocinas inflamatórias chamadas metaloproteinases – enzimas degradantes, e percebeu que qualquer inflamação, de qualquer origem ou sistema pode ativar as metaloproteinases, presentes na região do casco, e essa liberação em excesso gera o descolamento entre as lâminas dérmicas com as epidérmicas, tendo uma falha na união do tecido conjuntivo da derme ou cório laminar e a camada basal da lâmina epidérmica. Se tem várias afecções primárias predisponentes, ou seja, normalmente a laminite é uma doença secundária.
· HISTÓRICO
· Qualquer alteração sistêmica desenvolve laminite.
· Laminite por esforço – animal com fratura apresenta laminite unilateral contralateral.
· Ocorre em membros anteriores.
· INSPEÇÃO/PALPAÇÃO
· Atitude patognomônica – joga todo o peso nos membros inferiores
· Cascos quentes
· Pulso digital palmar
· Pinçamento de casco positivo
· EXAME COMPLEMENTAR
· Radiografia
Imagem radiográfica para verificar o paralelismo entre o casco e a falange.
Ao se deslocar o casco rotaciona devido a tensão do tendão flexor digital profundo e afunda entre a coroa do casco e a terceira falange, resultando em um não paralelismo entre a parede do casco e a falange. Quanto mais rotacionado e mais afundado pior a laminite a ponto de ocorrer a exposição da terceira falange, e como consequência terá o crescimento inadequado do casco. A laminite uma vez instalada é classificada de acordo com a angulação pelo exame radiográfico, mas antes ela é classificada em dois grupos que irá nortear o tratamento:
1. Pré-Clínica ou Pré-Laminite: 
Pode até estar acontecendo o descolamento das lâminas, mas o animal ainda não claudica, se tem ainda uma preservação da união dérmica/epidérmica, não tendo rotação e nem afundamento. Podemos saber que o animal está com laminite pois apresenta aumento da temperatura do casco e pulso digital palmar. É nessa fase que devemos interferir para não entrar na fase clínica.
2. Fase Clínica: 
· Já se tem o descolamento das lâminas, com ocorrência de lesão – ou separação, dérmica/epidérmica;
· Claudicação evidente;
· Aumento de temperatura dos cascos e pulso digital;
· Pinçamento de cascos positivo;
· Atitude patognomônica.
· DIAGNÓTICO
Histórico/anamnese, exame físico completo, raio-x – dorso palmar e latero medial, para ver se ocorreu uma rotação da terceira falange.
· PREVENÇÃO
O mesmo pesquisador x percebeu que quando o animal ficava em pasto na neve não desenvolvia laminite, e a partir dessa observação durante o experimento ele instituiu esse tratamento chamado de crioterapia contínua de 48 - 72h, funcionando de forma efetiva na fase pré-clínica. Esse tratamento induz uma vasoconstrição, reduz a vascularização diminuindo a ativação das metaloproteinases. Além disso como prevenção, temos:
· Tratamento das doenças primárias;
· Crioterapia contínua de 48 a 72 horas;
· Resfriamento das extremidades para reduzir fluxo sanguíneo local – com redução de até 85% da perfusão local;
· Menor exposição dos tecidos a citocinas;
· Menor ativação de metaloproteinases
· TRATAMENTO – Tratar as causas primárias!!
Acepromazina Uso na fase clínica para melhorar a perfusão por fazer vasodilatação periférica, eliminando o dano do descolamento. Usado geralmente por veterinários mais antigos.
Agentes Vaso Moduladores Facilitam a transição dos capilares, como com Isoxsuprine e Pentoxifilina.
Anti-inflamatório Não Esteroidal Morfina epidural, pois os opióides tem ação indireta no trato gastro intestinal.
Após a rotação Botas protetoras, ferraduras corretivas, camas com serragem alta, casquear a ponto de deixar o casco o mais paralelo possível entre a terceira falange e parede do casco, dando conforto para o animal. Bandagens para melhor sustentação dos membros e suplementação com biotina.
Suplemento A biotina é um suplemento que ajuda no crescimento do casco utilizado como suplemento na ração.
25/03/2019 – AULA 8
PODOLOGIA BOVINA
01/04/2019 – AULA 9
AFECÇÕES DO SISTEMA LOCOMOTOR DOS EQUINOS
TENDÕES
Quando inflamado o tendão é uma tendinite, quando inflamado um ligamento é uma desmite. São umas das afecções mais comuns, sendo rotina em hípicas durante a palpação principalmente dessas estruturas na canela, já que animais de alta performance – atletas, exigem um esforço maior, sendo normal que inflame essas estruturas. Qualquer atividade atlética leva a um processo inflamatório.
TENDÕES
Posturais: Tendão flexor digital profundo, quando se tem uma tendinite nesse tendão ocorre alteração de postura.
Elásticos: Tendão flexor digital superficial e ligamento suspensório, quando se tem uma tendinite ou uma desmite nesse tendão e nesse ligamento, altera a flexão do membro.
MAIOR FREQUÊNCIA DE LESÕES
Tendão flexor digital superficial: Possui uma origem muscular, tendo duas inserções, na falange média e na falange proximal.
Tendão flexor digital profundo: Se insere na face solear, na terceira falange, que pode causar a síndrome navicular.
Ligamento suspensório: Tão grosso quanto um tendão, sendo um ligamento do boleto, tem origem óssea na região proximal do terceiro metacarpiano se inserindo nos sesamoides proximais.
1. TENDINITE E DESMITE
PATOGENIA
Por trauma direto ou intenso, ou por esforço repetitivo, sendo o mais comum em hípicas. Causa hemorragia e edema, inflamações, acumulo de transudato e desarranjo das fibras tendíneas ou ligamentares, além da substituição das fibras colágenas tipo I por tipo III – fibrose, onde o rompimento das fibras de acordo com o esforço repetitivo ou por trauma tem uma taxa de regeneração muito baixa em tendões e ligamentos, não sendo substituído por um mesmo tecido, e sim por um tecido cicatricial, que é uma fibrose, o animal, dependendo da extensão da lesão não terá o mesmo movimento, já que o tecido fibrótico possui menos elasticidade, podendo inclusive, romper mais facilmente.
CLASSIFICADAS DEPENDENDO DA FASE, COMO:
Aguda: Ruptura da matriz tendínea e hemorragia – inflamação. Aumento de volume, sensibilidade dolorosa. Animal aparece inchado, com muita dor na palpação, se tem edema e aumento da temperatura.
Subaguda: Angiogênese e invasão de fibroblasto – cicatrização. Dependendo da estrutura e da lesão existe uma taxa de remodelação.
Crônica: Remodelação. Muitas vezes essas lesões causam remodelamento comprometendo a movimentação, já que não se tem a mesma elasticidade.
SINTOMAS
Aumento de volume e claudicação de diferentes graus, dependo do local e tamanho da lesão. 
DIAGNÓSTICO
Palpação e inspeção local evidenciam: dor, aumento de temperatura e de volume local. A “bolinha” que fica no boleto é bem evidenciada, então qualquer alteração fica visível, além de que, em padrões de normalidade se visualizam bem as estruturas dos membroslocomotores, onde qualquer inchaço dificulta essa visualização.
EXAMES COMPLEMENTARES
Realizados para quando se quer monitorar e acompanhar as lesões.
Ultrassonografia: Para diagnóstico preciso do grau da lesão, sendo utilizado na maioria dos casos, e sendo mais utilizado do que a ressonância magnética. Se visualiza as fibras em alinhamento tortuoso – evidenciando fibras lesionadas, e com alterações de ecogenicidade, indicando que houve ruptura das fibras – lesão.
Ressonância Magnética: Pouco disponível, onde dependendo do preço do animal vale a pena enviar o animal para realizar.
TRATAMENTO
Depende do grau da lesão, se houver uma tendinite ou uma desmite aguda se coloca gelo.
· Repouso: O tempo depende do grau da lesão, podendo chegar a seis meses, por exemplo.
· Crioterapia: Talvez a melhor das opções, fazendo a crioterapia antes e depois do exercício para prevenir a lesão. Se tem um consenso de que se realiza menos de 30 minutos para processos agudos e mais de 30 minutos para processos crônicos, porém o tempo vai variar muito da extensão e do local da lesão. A crioterapia pode ser realizada com uma ducha que faz massagem ou com aplicação de gelo, sendo utilizada antes ou depois do exercício, ou quando se tem alguma lesão.
· Analgésicos e Anti-inflamatórios: Maioria por via parenteral. Utiliza-se Fenilbutazona – analgésico, Cetropofeno – anti-inflamatório, e Flunixina Meglunima.
· Pomadas Locais com Bandagem Compressiva: Passar pomada e cobrir com bandagem após realizar a crioterapia.
· Infiltrações Locais – Hyaluronato de Sódio: Com esteroide ou corticoide se for o caso, ajuda na proteção contra o trauma e também na reparação do colágeno.
· Fisioterapia: Com Laser – auxilia da cicatrização, e/ou Ultra-som – terapêutico, solta ondas que acelera a cicatrização.
· Ferraduras corretivas: Tem a base mais larga, aumentando a área de sustentação dos cascos, impedindo então que o animal faça mais força.
· Terapia com Células Tronco ou PRP – Plasma Rico em Plaquetas: O objetivo destas terapias é a regeneração tecidual, sabendo se há a presença de tecido neoformado através de uma biópsia.
TRATAMENTO DE ACORDO COM AS FASES
Fase Aguda: Controle da inflamação com fisioterapia – frio, e com esteróides de curta duração – intralesional.
Fase Subaguda: Estimulo da organização das fibras, com exercício monitorado e anti-inflamatórios locais.
Fase Crônica: Melhorar função, estabelecendo ao máximo a função original dele com exercícios controlados, ondas de choque extracorpóreo – choque Wave, e demotomia – cortar o ligamento.
MÚSCULOS
1. MIOPATIAS – MIOSITE DOS CAVALOS ATLETAS
Inflamação da musculatura, sendo comum em cavalos atletas mal treinados ou em sob esforço. Há duas formas de manifestação, em cavalos atletas mal treinados ou em cavalos que são expostos a situações extenuantes, como é o caso de alguns cavalos que vão para romarias – o animal não tem condicionamento físico para isso, logo ele gasta o glicogênio e libera ácido láctico, com isso o animal vai apresentar a mioglobinúria – urina com cor de Coca-Cola.
Miosite por Exaustão: Animal colocado sob muito esforço pode até mesmo cair por miosite, pois causa exaustão.
Miosites Agudas: Sem depleção das reservas de glicogênio
Miosites Tardias: Após depleção das reservas de energia
SINTOMAS
· “Face ansiosa” – face de dor;
· Mialgia; 
· Fasciculação muscular;
· Tremores;
· Claudicação de diferentes graus, principalmente nos membros posteriores;
· Relutância para se movimentar;
· Mioglobinúria – urina cor de coca cola, evidenciando lesão muscular.
 
DIAGNÓSTICO
Histórico somado + sintomas.
Mialgia evidenciada pela palpação, sendo mais dura e com sensibilidade dolorosa com as pressões. 
EXAME COMPLEMENTAR
Dosagem de enzimas hepáticas utilizadas como marcadores musculares, como a AST.
· Aspartato Aminotransferase (AST): Presente em vários tecidos. Pico de alteração em 24h, durando até 7 dias. Menos específica.
· Creatinoquinase (CK): Específica de tecidos musculares. Pico de elevação em 3 a 4h e, durando poucas horas.
TRATAMENTO
Depende do grau da lesão.
Pode-se pegar mais de um acesso – torácica e jugular, administrando fluido até que a urina fique diluída e dosando eletrólitos se possível.
· Manutenção da Temperatura Corpórea: Realizada enquanto o animal fica em pé.
· Repouso Prolongado
· Analgésicos e Anti-inflamatórios: Fenilbutazona, Flunixina Meglumina, Cetoprofeno.
· Fluidoterapia com Soluções Poliônicas: Podendo usar soluções fisiológicas ou com ringer lactato. Fazer reposição de glicose também é viável já que esse animal entrou em exaustão.
· Repositores de Cálcio e Eletrólitos
· Relaxamento Muscular e não como uso de Sedativos:
· Xilazina – alfa 2agonista: Relaxante muscular, usado em uma dose baixa, como 0,2mg/kg.
· Acepromazina – fenotiazínico: Para vasodilatação periférica e relaxamento muscular, usado na dose 0,02-0,05ml IV ou IM, QID/TID
Xilazina e acepromazina apenas em animais já hidratados.
DISCUSSÃO DE CASOS
CASO CLÍNICO 1
Você foi chamado para atender um equino, macho castrado, 10 anos de idade, apresentando claudicação intermitente bilateral. 
· INSPEÇÃO
Na inspeção nota-se uma ferida próximo aos talões, pois o animal “se alcança”, e uma cicatriz próximo ao boleto devido a um trauma antigo. Na inspeção do animal em movimento nota-se uma claudicação de 1/10 ao passo e 3/10 ao trote, no membro anterior direito.
· PALPAÇÃO
Na palpação se tem discreta sensibilidade dolorosa no músculo braquicefálico bilateral e no tendão flexor digital profundo do membro anterior direito.
· TESTE DE FLEXÃO
No teste de flexão das articulações interfalangeanas, observa-se aumento da claudicação para 4/10 nos dois membros anteriores.
· BLOQUEIOS PERINEURAIS
Nos bloqueios perineurais, quando realizado o bloqueio no nervo digital palmar no membro anterior direito, o animal começa a apresentar claudicação no membro anterior esquerdo para 1/10 ao trote.
1. Qual a suspeita diagnóstica? Justifique sua resposta.
Síndrome do Navicular. Até o momento da palpação, onde o animal apresentava discreta sensibilidade dolorosa no músculo braquicefálico bilateral e no tendão flexor digital profundo do membro anterior direito, poderia se suspeitar de uma tendinite, porém com o teste de flexão das articulações interfalangeanas positivo e com o bloqueio perineural no nervo digital palmar positivo, somado ao histórico desse animal: 10 anos de idade e com claudicação bilateral dos membros anteriores; se tem a suspeita de uma Síndrome do Navicular.
2. Como podemos confirmar o diagnóstico?
Com um Raio-X.
3. Quais alterações podem ser encontradas a partir da suspeita diagnóstica?
No raio-x espera-se encontrar um remodelamento ósseo navicular – degeneração do osso navicular, apresentando-se como perda da regularidade óssea, presença de osteófitos e relação córtico medular perdida, além de presença de lesões em pirulito (que são as invaginações conhecidas como “loli pop”). Animais que não possuem alterações no osso navicular não podem ser excluídos da possibilidade de se ter a síndrome, já que a mesma também envolve as estruturas adjacentes, que são visualizadas com uma ressonância magnética.
CASO CLÍNICO 2
Uma égua fêmea, raça American Trotter, 12 anos de idade, foi encaminhada para o Hospital Veterinário imediatamente após a corrida por apresentar impotência funcional do membro anterior esquerdo. Ao apoiar o membro, o mesmo fazia com que a pinça do casco se levantasse e ele apoiava apenas nos talões, impedindo a flexão do dígito. A égua estava bastante assustada e apresentava sudorese intensa. O veterinário local já havia realizado o primeiro atendimento e o exameradigráfico.
Animal Politraumatizado
Saiu da corrida e não consegue pisar, sendo o tendão flexor digital profundo o responsável por flexionar e levantar a pinça, podendo então ser por uma ruptura desse tendão. 
Suspeitas pelo Raio X: 
Imagem 1 Desalinhamento da articulação interfalangiana distal, evidenciando uma luxação dessa articulação pelo rompimento do tendão flexor digital profundo – incongruênciaarticular. As articulações interfalangianas acima estão normais, podendo ser por um problema de posicionamento. Luxação da articulação interfalangiana distal.
Imagem 2 Na falange distal não se tem cortiço medular, o que faz com que o osso seja bastante poroso, refletindo na imagem que faz com que seja mais radioluscente, não evidenciando uma osteíte. Alteração de biomecânica com esse raio – x não justifica uma broca. Fratura de navicular por algum trauma.
Imagem 3 Fratura do navicular. 
08.04.2019 – AULA 10
PROVA
15.04.2019 – AULA 11
REVISÃO

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