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S.M._ECG-_pratica

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1
ELECTROCARDIOGRAMA 
 
 O E.C.G. permite registar um certo número de deflecções positivas ou 
negativas em relação à linha de base isoeléctrica; tais deflecções estão associadas 
à onda de excitação que se espalha por todo o coração e é responsável pelo início 
das contracções cardíacas. 
• Onda P - corresponde à despolarização atrial (contracção). 
• Ondas do complexo QRS - correspondem à despolarização ventricular 
 (contracção). 
• Onda T - corresponde à repolarização ventricular (relaxamento). 
 
 
EFEITO DA DIRECÇÃO DA ONDA DE DESPOLARIZAÇÃO NAS 
DEFLECÇÕES DO E.C.G. 
 
 A onda registada será positiva quando a onda de despolarização se dirige 
para o eléctrodo positivo. 
 Uma deflecção negativa será registada quando a onda de despolarização se 
desloca no sentido oposto ao do eléctrodo positivo. 
 A deflecção será isoeléctrica quando a despolarização é perpendicular a 
uma linha imaginária que une os 2 eléctrodos. 
 
 2
 
 
 
 O E.C.G. é assim utilizado para avaliar a actividade eléctrica do coração de 
diferentes ângulos. A cada ângulo diferente ou par de eléctrodos é chamado 
DERIVAÇÃO. 
 
Derivações dos membros (Sistema de Bailey): 
 Derivações BIPOLARES standard - medem diferença de potencial enter 
dois eléctrodos: 
• I - ant. dir.(-) comparando com ant. esq.(+) 
 3
• II - ant. dir. (-) comparando com post. esq. (+) 
• III - ant. esq. (-) comparando com post. esq. (+) 
 
 Derivações UNIPOLARES: 
• aVR - ant. dir. (+) comparando com ant. esq. e post esq.(-) 
• aVL - ant. esq. (+) comparando com ant.dir. e post esq. (-) 
• aVF - post. esq (+) comparando com ant. dir. e ant. esq. (-) 
 
 Estas derivações são perpendiculares às derivações bipolares. 
 
 
Derivações PRÉCORDIAIS. 
 Utilizam um eléctrodo positivo colocado em diferentes posições no tórax: 
• CV5RL - 5º espaço intercostal dir. próximo ao bordo esternal 
• CV6LL - 6º esp. intercostal esq. próximo ao bordo esternal 
• CV6LU - 6º esp. intercostal esq. na união costocondral 
• V10 - sobre a apófise espinhosa da 7ª vértebra torácica. 
 4
 
 
CONDIÇÕES PARA REALIZAR UM E.C.G. 
As cores dos cabos têm um código internacional: 
 
 VERMELHO anterior direito 
 AMARELO anterior esquerdo Objectivo 
 NEGRO posterior direito Tipo A 
 VERDE posterior esquerdo 
 
A colocação dos electrodos deve fazer-se numa prega cutânea localizada: 
• Membros anteriores - na zona caudal ao nível do olecrâneo. 
 
• Membros posteriores - na zona cranial à rótula. 
 
A posição do paciente deve ser relaxada e pela seguinte ordem de acordo com as 
possibilidades e disponibilidade do mesmo: Objectivo Tipo A 
1. Decúbito lateral direito 
2. Decúbito esternal 
3. Sentado 
4. Em estação sobre a mesa e se não há outra alternativa no chão. 
 
 5
 Em caso de impossibilidade absoluta de realizar o E.C.G. poderemos 
utilizar diversas drogas embora tenhamos de ter tal facto em consideração uma 
vez que modificam discretamente o traçado electrocardiográfico. 
 
 
 De forma a recolher todos os dados, o E.C.G. deve incluir as derivações I, 
II, III, aVR, aVL e aVF registando pelo menos 4 complexos em cada uma delas 
e, finalmente, um traçado do E.C.G. com um mínimo de 5-6 seg. de duração 
exclusivamente na derivação II. (Escrever no papel: (1) sempre que se mudar a 
derivação; (2) a calibração no início e (3) as derivações) 
Objectivo Tipo A 
 
NOTA: As derivações pré-cordiais são de uso rotineiro em medicina humana já 
que permitem a localização dos enfartes do miocárdio assim como avaliar a sua 
extensão. Contudo, dada a escassez desta patologia nos animais de companhia, o 
seu uso diário apenas aumenta o tempo de elaboração do exame 
electrocardiográfico. 
 
 
A velocidade a que se faz o E.C.G. deve ser registada. Cada velocidade tem as 
suas vantagens e os seus inconvenientes: 
 -A 50 mm/seg. é mais fácil identificar cada onda e realizar 
 correctamente as medições. 
 -A 25 mm/seg. é mais fácil observar alterações do ritmo e variações 
 devidas às fases respiratórias. 
 6
 
 
 
 Cada quadrado (1 mm) 
 Velocidade Largura (tempo) 
 25 mm/seg. 0.04 seg. 
 50 mm/seg. 0.02 seg. 
 
 Sensibilidade (por cm) Altura (amplitude) 
 1 mV 0.1 mV 
 2 mV 0.2 mV 
 0.5 mV 0.05 mV 
 
 
 7
 
 Cada E.C.G. deve ser sistematicamente examinado em, pelo menos, quatro 
parâmetros: 
 
1. Cálculo da frequência cardíaca 
2. Avaliação do ritmo 
3. Medição dos complexos e intervalos: 
• Onda P 
• Intervalo P-R 
• Complexo QRS 
• Segmento S-T 
• Onda T 
• Intervalo Q-T 
4. Determinação do Eixo eléctrico 
 
 
 
 
FREQUÊNCIA 
Método 1 
 O método mais fácil para calcular a frequência, o qual é valido ainda que 
estejamos em presença de arritmias, consiste em marcar 3 segundos no traçado 
do E.C.G., contar nesse intervalo o nº de complexos QRS e multipicá-lo por 20. 
Teremos assim a frequência por minuto. 
 Contudo, se houver possibilidade, contar num período de tempo mais longo 
(6 segundos e multiplicar por 10) o cálculo obtido é mais exacto. 
 
 
 
 8
 
Método 2 
 Existem 1500 quadradinhos de 1 mm num minuto à velocidade de 25 
mm/seg (e, portanto 3000 quadradinhos à velocidade de 50 mm/seg). 
 Ao contar o nº de quadradinhos entre 2 ondas R sucessivas e dividir 1500 
(ou 3000) por essa contagem, obtém-se assim a frequência cardíaca. 
 1500/10,5 = 142,85 
 1500/12,5 = 120 
 
Método 3 
 Utilizando uma régua com uma graduação previamente marcada. 
 
AVALIAÇÃO DO RITMO 
 Para avaliar o ritmo cardíaco, devemos analisar o E.C.G. de uma forma 
sistemática: 
1. Inspecção geral - revelará se o ritmo é um ritmo sinusal normal ou 
se é característico de algum tipo de arritmia cardíaca. 
2. Identificar as ondas P 
3. Reconhecer os complexos QRS 
4. Analisar a relação entre ondas P e complexos QRS 
Método 2 
Método 1 
Método 1
Método 2
 9
 No cão constata-se a ausência de uma regularidade absoluta no nódulo 
sinusal e, deste modo, admite-se que o é ritmo é REGULAR sempre e quando as 
diferenças entre os intervalos R-R não sejam maiores de 0,12 segundos (6 
quadrados a 50 mm/seg e 3 quadrados a 25 mm/seg). 
 
DIRECÇÕES PARA AS MEDIÇÕES DOS COMPLEXOS E INTERVALOS 
 Objectivo Tipo A 
 São feitas na derivação II. 
 A Amplitude das deflecções é registada em quadradinhos ou milivolts; a 
Duração das ondas, complexos, intervalos e segmentos é medida em centésimos 
de segundo. 
 
 Onda P 
 É o primeiro acidente eléctrico após uma pausa isoeléctrica. 
 Representa a despolarização dos átrios. É constituída pelo somatório da 
despolarização da aurícula direita, que se contraí primeiro, e da despolarização da 
aurícula esquerda, que se contraí de seguida. 
 A repolarização não aparece no traçado pois sobrepõem-se à 
despolarização ventricular. 
 
 A Amplitude da onda P é medida do limite superior da linha de base até ao 
topo. Máximo de 0,4 mV 
 
 A Largura é medida no interior, desde o início até ao fim da deflecção. 
máximo de 0,04 seg.. 
 A onda P é: 
 - positiva em II e aVF 
 - Nula ou positiva em I e III 
 - Negativa em aVR, aVL, CV5RL e V10 
 
 Intervalo P-R 
 1
0 
 
 Representa o tempo necessário para que um impulso passe do nódulo S.A. 
para o nódulo A-V. 
 É medido desde o início da onda P até ao início da onda Q (ou onda R se 
não existir onda Q). O valor deve ser aproximadamente o mesmo de complexo 
para complexo (se variar podemos estar na presença de um distúrbio da 
condução). P-R = P-Q. 
 Varia com a freq. cardíaca: 
 - quanto > freq.<será o tempo decondução 
 
 O segmento P-R é a porção isoeléctrica situada entre o fim da onda P e o 
início do ventriculograma. Corresponde ao abrandamento da onda de activação na 
passagem do nódulo A-V para o feixe de His. Varia de acordo com a freq.; está 
normalmente compreendido entre 0,08 a 0,13 seg.. 
 
 Complexo QRS 
 
 Corresponde à despolarização ventricular. 
 Os vários componentes são definidos como: 
 Onda Q - é a primeira deflecção negativa que precede a 
 onda R nas derivações I, II, III e aVF (positiva nas 
 derivações aVR e aVL). 
 Representa a propagação do influxo no septo 
 ventricular. 
 Onda R - é a primeira deflecção positiva nas derivações I, 
 II, III e aVF e (negativa nas derivações aVR e aVL). 
 Representa a despolarização das paredes ventricu- 
 lares esq. e dir.. 
 Onda S - é a primeira deflecção negativa que se segue à 
 onda R nas derivações I, II, III e aVF (positiva nas 
 derivações aVR e aVL) 
 1
1 
 
 A largura do QRS é medida desde o início da primeira deflecção até ao fim 
da última deflecção do complexo. A altura da onda R é medida a partir do limite 
superior da linha de base até ao topo da onda R. A profundidade das ondas Q ou 
S é medida a partir do limite inferior da linha de base até à parte mais baixa de Q 
ou S, respectivamente. 
 
 A duração normal do QRS não deverá exceder os 0,05 seg. em cães de 
raças pequenas e 0,06 em cães de raças grandes. O alongamento da duração 
indica uma hipertrofia vent. esq. 
 
 A amplitude deverá ser inferior a 2,5 a 3 mV na derivação II. Uma 
amplitude superior é característica de uma hipertrofia ventricular esq.. Uma baixa 
voltagem será característica de um derrame pericárdico ou de um derrame 
pleural. 
 
 
 Segmento S-T 
 
 Representa a fase lenta de repolarização ventricular. 
 Começa no fim do complexo QRS e termina no início da onda T. 
 é normalmente isoeléctrico, ligeiramente côncavo ou convexo. 
 Todas as desnivelções negativas maiores do que - 0,2 ou sobrelevações 
superiores a 0,15 mV deverão ser consideradas patológicas (nomeadamente em 
isquémia, hipóxia ou hipertrofia vent. esq.) 
 
 
 
 Onda T 
 
 1
2 
 Representa a fase rápida da repolarização ventricular. Esta deflecção, que 
se segue ao QRS termina como retorno à linha isoeléctrica. 
 Pode ser positiva, negativa ou difásica. Uma onda T > que 1/4 de R é sinal 
de hipertrofia ventricular esq.. 
 
 Intervalo Q-T 
 
 É medido desde o início da onda Q até ao fim da onda T. É a soma da 
despolarização e da repolarização ventriculares e representa a sístole ventricular 
 Varia na forma inversa com a freq. cardíaca: quanto > freq. cardíaca < o 
intervalo Q-T. 
 
EIXO ELÉCTRICO 
 Corresponde a uma média de todas as forças eléctricas produzidas pela 
despolarização ventricular a cada instante. 
 O eixo eléctrico normal do cão está compreendido entre +40º e +100º. No 
gato o valor variará entre os valores compreendidos entre 0º e 160º. 
 
 O primeiro significado clínico do eixo eléctrico em cães e gatos é o de 
estabelecer critérios para a dilatação ventricular direita e para vários defeitos de 
condução interventriculares. Se o eixo é < que +40º chama-se desvio à esq.; se é 
> que 100º chama-se desvio à direita. Se há hipertrofia dos dois ventriculos o eixo 
eléctrico permanece normal.(se o E.C.G. indica só uma hipertrofia do vent esq. 
mas o eixo está normal => considerar que os dois vent estão hipertrofiados). 
 
 A forma do tórax de várias raças de cães afecta o eixo eléctrico: 
 Cães de peito estreito: Collies; Caniches, P. Alemão - tem um 
coração mais vertical. 
 Cães de peito largo: Cocker spaniel e Boxer tem um eixo mais 
horizontal. 
 
 1
3 
 
 
 
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO 
 
Método 1 
 É necessário encontrar uma derivação isoeléctrica (a soma algébrica nula 
das deflecções positivas e negativas do complexo QRS), depois observar no 
sistema tri-axial duplo de Bailey qual é a derivação perpendicular a qual é 
tomada como eixo eléctrico (o sinal é dado pelo valor - negativo ou positivo - da 
maior deflecção dessa derivação). 
 
 1
4 
 
 
 
Método 2 
 Um método preciso para determinar o eixo envolve a medição absoluta das 
amplitudes na derivação I e a medição absoluta das amplitudes da derivação III. 
Depois recorrer às tabelas.

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