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IMUNOMODULAÇÃO Prof. Dra Cristina Fajardo Diestel – cristinadiestel@nutmed.com.br O que é Imunonutrição? 2 UTILIZAÇÃO DE NUTRIENTES ESPECÍFICOS CAPAZES DE MODULAR A MAGNITUDE DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA. “Pode ser definida como a modulação da atividade do sistema imune, ou das consequências da ativação do sistema imune, por nutrientes ou itens alimentares específicos ingeridos em quantidades acima daquelas normalmente encontradas na dieta.” 3 Dieta Imunomoduladora 4 ASPEN 2016 (FORMULAÇÃO IMUNOMODULADORA) Formulação contendo arginina com outros agentes, incluindo ácido eicosapentaenóico (EPA), ácido docosahexaenóico (DHA), glutamina e ácido nucleico (nucleotídeos). ESPEN SURGERY 2017 (FÓRMULA COM IMUNONUTRIENTES) Fórmula com arginina, ácidos graxos ômega-3 e ribonucleotidos. Objetivos da TN Imunomoduladora 5 Modulação da resposta citoquínica Melhora da resposta imunológica Minimizar desequilíbrio oxidativo Garantir reparos teciduais Restauração das proteínas tissulares Melhorar os resultados clínicos Diminuição das taxas de morbimortalidade Glutamina 6 AA condicionalmente essencial; Importante para a síntese da proteína corporal; Representa mais de 60% do pool de AAs totais livres; É sintetizada preferencialmente no tecido muscular; Tem como precursores o ácido glutâmico e a asparagina; Cerca da metade da glutamina que chega ao intestino é convertida em alanina, que por sua vez, é captada pelo fígado e utilizada na GLICONEOGÊNESE; Glutamina 7 SUBSTRATO para a GLICONEOGÊNESE e UREIAGÊNESE hepáticas; Fonte energética de preferência para as células de proliferação rápida - ENTERÓCITOS e LINFÓCITOS; REGULADOR do equilíbrio ácido-base, via a produção da amônia urinária; Precursor do DEPURADOR DE RADICAIS LIVRES – GLUTATION; Glutamina 8 Formação de glicose através da gliconeogênese pela conversão de glutamina do músculo para o fígado - utilizado como combustível na cicatrização de feridas; Importante precursor para a síntese de ácidos nucléicos e nucleotídeos incluindo fibroblastos e macrófagos; Tem um papel crucial na estimulação da resposta imune inflamatória que ocorre no início de cicatrização da ferida Glutamina 9 Glutamina muscular de paciente grave é depletada – 50 a 80% do normal – não há preservação da glutamina muscular – catabolismo proteico é 3 vezes maior que o normal Os baixos níveis de glutamina muscular ocorrem em função de: – efluxo acelerado – aumento da utilização da glutamina Glutamina 10 Dose ideal 0,3 – 0,57g/kg/dia ??? Suplementação de glutamina queimados e trauma Arginina 11 Aminoácido condicionalmente essencial; Todos os tecidos utilizam arginina no citoplasma e biossíntese proteica nuclear; Utilizada no ciclo da ureia, precursor da creatina e fornece ornitina pela enzima arginase para a síntese de poliaminas; Aumenta a secreção de insulina, glucagon, catecolaminas e GH; Precursora de nitritos, nitratos e do óxido nítrico (NO); Arginina 12 Intensifica a função imune (> CD4); Modula função do Linfócito T - promove maturação e ativação das células T – na ausência de arginina há alteração na sua replicação; Diminui o estímulo a produção de citocinas; Aumenta a retenção nitrogenada; Protege contra a lesão de isquemia reperfusão (mantém a perfusão tecidual via óxido nítrico); É bem absorvida no trato-digestório, produzindo níveis plasmáticos em duas horas após a sua administração Arginina 13 CICATRIZAÇÃO: Melhora a cicatrização dos tecidos (eleva a síntese de colágeno e aumenta a elasticidade); Intensificação nas funções mediadas pelas células T – aumenta a fibroplasia; reduz o efeito inibidor da lesão. Precursora da prolina e hidroxiprolina Aumento na secreção de hormônio do crescimento Arginina 14 DOSE IDEAL 30g/dia (aspartato de arginina) 17g/dia (arginina livre) Kirk e Blsair, 1993 DOSE IDEAL 12g/litro de solução (4% do total calórico) Bistrian, 2003 40% da Arginina ingerida é degradada durante a absorção Evitar o uso em pacientes com sepse! Nucleotídeos 15 Unidades estruturais requeridas para a produção de DNA e RNA ; Acelera velocidade de crescimento e de retenção nitrogenada - essencial como substrato para as vias energéticas celulares – carregador de energia química na forma de ATP; Importante para resposta imune celular - função de regulação na resposta imune mediada por célula T; Importante no desenvolvimento e proliferação de tecidos com rápido turnover celular; Utilizadas durante período de > necessidade de nucleosídeo (como na recuperação de uma injúria tecidual significativa); Menor suscetibilidade à infecção. Nucleotídeos 16 Modera infecções intestinais em neonatos (encontram-se em grande quantidade no leite materno); Favorece a maturação das células intestinal - atividade enzimática das bordas em escova; Atua na constituição de enzimas, como a coenzima A; Modera lesões hepáticas após injúria química ou cirúrgica. Ácidos Graxos w3 17 Regulam a expressão de moléculas na superfície celular, interação célula-célula, liberação de citocinas e suprimento energético; Resultam em produção de mediadores lipídicos que reduzem a agregação plaquetária, coagulação sanguínea, quimiotaxia de leucócitos e produção de citocinas pró- inflamatórias; Tem efeito sobre os receptores de membrana, transportadores e enzimas; Atua na tradução do sinal intracelular; Diminui a inflamação sistêmica. 18 19 Ácidos Graxos w3 20 Ácidos Graxos w3 Dietas Imunomoduladoras 21 Diretrizes ESPEN 2006 - Cirurgia NE com Imunomoduladores (arginina, ω-3, ac. nucleicos, glutamina): 5 a 7 dias antecedentes às cirurgias do TGI de grande porte 7 a 10 dias no pós operatório Dietas Imunomoduladoras 22 Diretrizes ASPEN/SCCM 2016 - UTI Fórmulas enterais imunomoduladoras (arginina, ω-3, nucleotídeos, glutamina): devem ser usadas para populações apropriadas (grande cirurgia eletiva, TCE, trauma). pacientes com sepse severa - não é recomendado o uso rotineiro Dietas Imunomoduladoras 23 Diretrizes ASPEN/SCCM 2016 - UTI Pacientes em Terapia Intensiva não devem receber rotineiramente fórmulas imunomoduladoras. Os pacientes com trauma ou TCE devem receber essas formulações – muito baixo nível de evidência Não é recomendado oferecer fórmulas enteral caracterizadas por lipídios anti- inflamatórios ( óleo de peixe ômega 3, óleo de borage) para pacientes com SARA e injúria pulmonar aguda grave – baixo à muito baixo nível de evidência Não deve ser acrescentado glutamina rotineiramente às fórmulas enterais para os pacientes críticos – moderado nível de evidência
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