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VESÍCULA Profª Fernanda Osso, PhD Nutricionista clínica Diretora e docente de pós-graduação NutMed fernandaosso@nutmed.com.br VESÍCULA Função concentrar, armazenar e excretar a bile VESÍCULA BILIRRUBINA DIRETA/CONJUGADA Principal pigmento da bile. A destruição das hemácias libera a hemoglobina a partir da qual se forma a bilirrubina não conjugada. Esta é transportada para o fígado onde é conjugada e excretada na bile. SAIS BILIARES Formados a partir do colesterol são essenciais para digestão e absorção de gorduras, vitaminas lipossolúveis e alguns minerais. São excretados no intestino delgado através da bile, e posteriormente reabsorvidos no sistema porta COLESTEROL Importante constituinte dos sais biliares Principais constituintes da bile VESÍCULA Doenças da vesícula biliar mais comuns 1. Colelitíase 2. Coledocolitíase 3. colecistite Colelitíase VESÍCULA VESÍCULA - COLELITÍASE Definição: formação de cálculos biliares SEM infecção da vesícula. cálculos são assintomáticos (maioria) Cálculos podem permanecer na vesícula ou migrar para o colédoco ou duodeno causando ou não sintomas. VESÍCULA - COLELITÍASE Cálculos de colesterol – MAIORIA DOS CASOS (> 80%) - Sexo feminino - Gravidez - H. familiar/polimorfismos - Dieta com alto teor de gordura por longo período - Obesidade / distribuição central de gordura - Resistência à insulina - Elevação de IL-6, IL-10, IL-12(p70) e IL-13 - Síndrome metabólica - Perda rápida de peso: cir. Bariátrica, jejum prolongado, restrição calórica importante - Drogas: hipolipemiantes, anticoncepcional oral, estrógeno - infecções crônicas de baixo grau - Alterações na microbiota FATORES DE RISCO Colelitíase = expressão de anormalidade do metabolismo sistêmico! (Am J Clin Nutr. 2004) Predisposição genética = colelitíase? Estudos com Gêmeos mostraram que a genética infuenciou os cálculos em 25 a 30% dos indivíduos. Apesar de haver influência genética, fatores ambientais (dieta, ativ física, metais pesados, pesticidas) são determinantes para quem irá ou não desenvolver a doença. Nakeeb A, Comuzzie AG, et al.: Gallstones: Genetics versus environment. Ann Surg. 2002 Katsika D, Grjibovski A, et al.: Genetic and environmental influences on symptomatic gallstone disease: A Swedish study of 43,141 twin pairs. Hepatology. 2005 Tratamento médico Cirúrgico Não cirúrgico VESÍCULA - COLELITÍASE Tratamento 1. Médico – Não cirúrgico CPRE para retirada de cálculos que migraram para as vias biliares Litotripsia extracorpórea / AUDC VESÍCULA - COLELITÍASE Tratamento 1. Médico - cirúrgico colecistectomia (laparotomia ou laparoscopia) Tratamento Nutricional Preventivo Pós op VESÍCULA - COLELITÍASE Tratamento Nutricional preventivo Dieta pobre em CHO simples Aumento de proteínas vegetais em detrimento de animal Aumento de oleaginosos Aumento de gordura vegetal (azeite e outras mono) em detrimento de animal Aumento do consumo de fontes de W-3 (avaliar suplementação) Aumento do consumo de mix de fibras Aumento do aporte de vitamina C (avaliar suplementação) Consumo moderado de álcool Probióticos Atingir/manter Eutrofia Di Ciaula A,et al.: The Role Of Diet In The Pathogenesis Of Cholesterol Gallstones. Curr Med Chem. 2017 VESÍCULA - COLELITÍASE Tratamento Nutricional após Colecistectomia A alimentação é retomada normalmente por via oral assim que for retirada a sonda nasogástrica de drenagem, caso esteja presente. Deve-se iniciar com dieta hipolipídica de fácil digestibilidade A adaptação do organismo para digestão de gorduras na ausência de vesícula se dá em 2 meses de pós operatório, sendo portanto arriscado preparações hiperlipídicas nesse período, pois podem gerar esteatorréia e desconforto abdominal A colecistectomia é assim tão inofensiva? Cerca de 10% dos pacientes podem desenvolver a “síndrome pós colecistectomia”: Úlcera péptica Hérnia hiatal Refluxo gastroesofágico Fatores etiológicos x Sugestões terapêuticas colecistite VESÍCULA - COLECISTITE inflamação da vesícula biliar aguda ou crônica calculosa ou acalculosa colecistite calculosa cálculos obstruem os ductos biliares inflama a vesícula colecistite acalculosa condições graves como trauma, sepse, queimaduras estagnação da bile VESÍCULA - COLECISTITE Classificação da colecistite Considerações Nutricionais AGUDA Via oral ZERO durante quadro agudo – Pode-se indicar NPT em caso de desnutrição ou previsão de VO zero prolongada Retorno da VO: dieta hipolipídica CRÔNICA Pode haver necessidade de dieta hipolipídica por longo prazo 25 a 30% do VET de lipídeos. Não se recomenda restrição maior pois o lipídio é importante para o escoamento da bile Flatulência é queixa freqüente. Deve-se avaliar caso a caso para identificar o alimento envolvido Obrigada!
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