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FUNDAMENTOS DA IMUNOLOGIA E MICROBIOLOGIA - Camilo Cistia_Parte143

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142 • capítulo 5
causadores de infecções virais, os mais importantes são o citomegalovírus, ví-
rus da hepatite B e C e varicella-zoster. Infecções por herpes simplex, Epstein-
Barr, adenovírus e papilomavírus são agentes mais raramene encontrados nos 
pacientes transplantados. O CMV é o mais freqüente patógeno diagnosticado 
em pacientes imunossuprimidos submetidos a transplante de órgãos, po-
dendo atingir até 50% dos casos, dependendo do esquema imunossupressor 
adotado. A infecção pode ser primária ou reativação de um estado de infecção 
latente do receptor. No caso da infecção primária, via de regra o órgão trans-
plantado é a fonte de infecção, resultando em infecção mais grave e com evolu-
ção de maior risco. As infecções por HBV e HCV ocorrem geralmente durante 
as sessões de diálise a que os pacientes são submetidos no período pré- trans-
plante e, no Brasil, a positividade nos pacientes transplantados atinge 20 e 35% 
respectivamente.
5.2 Transplantes clínicos
 Os transplantes renais são os mais conhecidos sob o ponto de vista clínico e 
biológico, respondendo pelo número mais elevado de transplantes clínicos 
realizados em todo o mundo. Na realidade, a maior parte dos conhecimentos 
adquiridos sobre a imunobiologia dos transplantes e muitos dos conhecimen-
tos atuais sobre a imunologia em geral, devem-se aos estudos envolvendo esse 
tipo de cirurgia. Assim, podemos considerar que as informações apresentadas 
até o momento aplicam-se plenamente aos transplantes renais humanos. Além 
do rim, outros órgãos são correntemente transplantados como prática médica, 
enquanto outros ainda não atingiram um grau de desenvolvimento suficiente 
para garantir resultados clinicamente satisfatórios. Entre os órgãos mais co-
mumente transplantados como forma de terapia contra doenças diversas, es-
tão o coração, fígado, pâncreas e medula óssea, todos com resultados cada vez 
mais promissores.
5.2.1 Transplante de coração.
O primeiro transplante cardíaco humano foi realizado em 1964, tendo-se um 
chipanzé como doador. O transplante foi rejeitado em pouco tempo, bem como 
as demasi tentativas da época. Apenas na década de 90 a técnica cirúrgica, a 
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