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ARTIGO SEG TRAB - A IMPORTÂNCIA DO USO DO EPI - 2022

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1 
 
 A IMPORTÂNCIA DO USO DO EPI: O uso do EPI como Lei na 
Constituição Federal e não somente como uma Norma 
Regulamentadora.1 
 
Kamilla Karla Souza Farias2 
Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não 
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio pagarei 
uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado não 
poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços (referente 
aos cursos de pós-graduação lato sensu, com exceção à Engenharia de Segurança do Trabalho. 
Em cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a apresentação do Trabalho 
de Conclusão de Curso é obrigatória). 
 
RESUMO 
O uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual), é de extrema importância para os trabalhadores, 
principalmente na área da construção civil no Brasil, uma das áreas que sempre está em alta no mercado de trabalho 
e sempre em busca de mais profissionais especializados para uma boa execução. Mesmo a sua utilização seja de 
grande importância para a própria saúde dos trabalhadores, nem sempre eles cumprem com os regulamentos. Foi 
pensando nesses aspectos que esta pesquisa, com o objetivo de apresentar as normas e leis existentes e através Sua 
metodologia de um estudo analítico, um estudo de causa e efeito com revisão de literaturas, que fale a respeito da 
importância do uso do EPI, seus benefícios com o uso, demonstrar um comparativo entre o peso da Lei e das NRs 
(Norma Regulamentadoras) e apresentar a possibilidade dessa responsabilidade em fazer o uso do Epi ser maior 
aos funcionários e não somente responsabilidades com a empresa contratado que é o que já existe em vigor. E ao 
término é possível adquirir mais conhecimento sobre o assunto abordado. 
Palavras-chave: EPI, Leis, NR, Construção Civil. 
 
ABSTRACT 
The use of PPE (Personal Protective Equipment) is extremely important for workers, especially in the area of civil 
construction in Brazil, one of the areas that is always booming in the labor market and always in search of more 
specialized professionals for a good performance. Even though its use is of great importance for the workers' own 
health, they do not always comply with the regulations. It was thinking about these aspects that this research, with 
the objective of presenting the existing laws and norms and through its methodology of an analytical study, a study 
of cause and effect with literature review, which speaks about the importance of the use of PPE, its benefits with 
the use, demonstrate a comparison between the weight of the Law and NRs (Regulatory Standards) and present 
the possibility of this responsibility in making the use of Epi be greater to employees and not only responsibilities 
with the contracted company that is what already exists in force. And at the end it is possible to acquire more 
knowledge on the subject addressed. 
Keywords: EPI, Laws, NR, Civil Construction. 
 
1 Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de 
TCC. 
2 Discente do curso Engenharia de Segurança do Trabalho. 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Construção Civil é um dos setores de atividades que mais gera empregos no Brasil e 
um dos setores com maior risco de acidentes de trabalho. E para prevenção desses acidentes 
existe as normas regulamentadoras, atualmente existe 35 NR em vigor, entre todas será 
abordado assunto referente a NR-06, que trata sobre os Equipamentos de Proteção Individual – 
EPI, uma utilização de extrema importância aos trabalhadores. A utilização é para a proteção 
do colaborador da empresa, porém cabe ao empregador fiscalizar essa utilização, através dos 
serviços especializado em segurança do trabalho, entretanto o papel do colaborador na empresa 
deveria ter uma maior relevância. 
Proteger a sua própria vida e a de quem está trabalhando ao seu redor teria de ser uma 
lei, do qual deveria ter uma cláusula na Constituição Federal e não somente como uma Norma 
regulamentadora, isto é, de menor importância em comparação com as emendas 
constitucionais, leis complementares, leis ordinárias e decretos. 
Diante de grandes taxas de pessoas que deixam de trabalhar com causa de doenças e 
acidentes no trabalho, muita das vezes levando até ao óbito. É necessário apresentar uma 
solução além das que já existe, a utilização dos EPI e atenção durante a execução dos serviços 
na construção civil deve ser uma obrigação a nível de leis, com penalidades exigida em casos 
Diante desse contexto, este artigo busca apresentar uma tese, a respeito da utilização do 
EPI como uma responsabilidade maior as pessoas do qual precisam fazer uso dos equipamentos 
durante suas atividades no ambiente de trabalho, neste caso voltado a construção civil. 
Primeiramente com a apresentar a importância do uso do EPI, seus benefícios e as possíveis 
consequências da falto do uso. Em segundo ponto a fazer um comparativo entre o peso da lei 
em relação a norma regulamentadora. E como desfecho apresentar a responsabilidade da 
empresa com os colaboradores e a possível seriedade dos trabalhadores se essa norma 
regulamentadora tornasse uma lei. 
Sua metodologia abordada foi através de um estudo analítico, com hipóteses, um estudo 
de causa e efeito com revisão de literaturas. Será baseado na Norma Regulamentadora 06, onde 
fala do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), no Decreto n°55.841/65 onde fala do 
regulamento da inspeção do trabalho. A Constituição Federal de 1988 que assegura, no seu Art. 
7º, inciso XXII, "a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança". 
3 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 O USO DO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) 
 
Segundo a Norma Regulamentadora – NR 6, considera-se Equipamento de Proteção 
Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, 
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ou 
seja, para sua segurança, proteção durante a execução do trabalho. E de acordo com dados 
divulgado do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da 
Saúde, o índice de acidente no trabalho graves registrados, teve um aumento aproximadamente 
de 40% em 2020, indo de 94.353 em 2019 para 132.623 em 2020. A anos que tentam amenizar 
esses índices de acidentes no ambiente de trabalho, e os EPIs são equipamentos fundamentais 
para a redução desses acidentes. 
A falta do uso de EPI é um dos grandes problemas na construção civil, não é o único 
fator de risco, mas é um dos contribuintes. Existe as principais falhas que geram acidentes em 
um canteiro de obra, segundo SENA (2019), existe cinto falhas principais, são elas: a falta de 
atenção, queda de materiais, falhas de sinalização, falta de EPIs e passagens obstruídas em 
andaime. E o uso dos EPI é uma das medidas eficientes para evitar acidentes simples e graves 
dentro da construção civil, mas infelizmente é grande o número de trabalhadores que não segue 
as normas, o que leva ao maior número de acidentes. 
Dentre os Equipamento de Proteção Individual – EPI, utilizado na construção civil, 
existe os que podem ser considerados um dos mais importantes, são eles: 
• Capacete de segurança – destinado a proteção da cabeça contra impactos de qualquer 
tipo de objeto, queda de materiais ou ferramentas e choques elétricos. E existe os tipos 
de capacete, com aba frontal, aba total e os sem aba, podendo acrescer mais acessórios 
como no caso do protetor auricular. 
 
• Óculos de proteção – destinado a proteger os olhos, contra impactos de partículas 
móveis, luminosidades, radiação ultravioleta, radiação infravermelha. Existe os 
diferentes tipos de cores dos óculos de proteção, como por exemplo para os ambientes 
claros, pode ser utilizado lentes incolores,lentes cinza ou marrom para ambiente externo 
4 
 
com luminosidade, lentes verdes para ambientes com solda, entres outras lentes, porém 
esses são os mais voltados a construção civil. 
 
• Luvas de segurança – destinado a proteção das mãos contra agentes cortantes, 
perfurações, químicos, corrosivos, térmicos, contra choques elétricos, entre outros 
possíveis agentes que possa trazer risco às mãos. E as luvas devem ter o material 
adequado para suportar cada um desses agentes de risco, no mercado pode-se encontrar 
luvas tricotada pigmentada, luva nitrílica com alta impermeabilidade, e as luvas de 
raspa/vaqueta com ou sem punho, utilizadas por soldados. 
 
• Cinturões de segurança – destinado a segurança do corpo contra quedas com diferença 
de níveis, proteger contra risco de morte por quedas e leões resultantes de impactos. 
Dependendo do tipo de serviço existe o cinto mais adequado e com os acessórios 
apropriados, como por exemplo o cinturão de segurança com dispositivo trava-queda, 
cinturão de segurança com talabarte. 
 
• Máscaras e respiradores – destinado a proteger contra partículas como nevoeiros, fumos, 
poeiras, gases, vapores e qualquer outras partículas tóxicas que possa entrar pelas vias 
respiratórias. Um dos tipos mais visto nas obras são as máscaras de proteção com 
válvula e com filtros. TORNI (2016), em sua publicação, apresenta os requisitos 
essenciais para a elaboração de um Programa de Proteção Respiratória. Onde contém 
informações acerca de riscos respiratórios, procedimento de seleção do respirador, 
treinamento dos atores envolvidos, escolha do tamanho da peça facial que melhor veda 
o rosto e o seu uso correto e explica as classes dos filtros e seus níveis de proteção. 
 
• Protetores auditivos – destinados a proteger o sistema auditivo dos funcionários que 
precisam ficar expostos a ruídos que se propagam de forma incômoda, para evitar danos 
permanentes nos tímpanos, causando surdez. Existe os protetores Auriculares 
copolímeros, silicones e de espuma que são os internos, e os abafadores tipo concha, 
que são vendidos só o protetor ou com o capacete, muito utilizado pelos operadores de 
betoneira. 
 
5 
 
• Calçado de segurança – destinados a proteger os pés contra impactos de queda de 
objetos, agentes térmicos, agentes cortantes, perfurantes, escorregadios, contra choques 
elétricos e qualquer outro dano que possam ser causados pela falta de proteção aos pés. 
E existe seus modelos disponível no mercado, como os com ou sem cadarço, com ou 
sem biqueira, impermeável, á base de couro, material sintético ou PVC, podendo ser 
escolhido o que melhor se adequar ao serviço executado. 
 
Esses são um dos dispositivos de proteção aos trabalhadores, todos voltado a proteção 
de riscos sujeito a ameaças de segurança e a saúde. E vale ressaltar que todos os EPIs devem 
apresentar características seguras e confiáveis para o seu uso. O equipamento de proteção 
individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com 
a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão nacional competente em 
matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. (NR-6, 1978) 
 
2.2 O PESO DA LEI EM RELAÇÃO A NORMA REGULAMENTADORA 
 
As leis trabalhistas surgiram com a necessidade de regularizar o trabalho no Brasil, e 
desde quando o homem teve a necessidade de buscar alimento para sua sobrevivência que o 
trabalho surgiu. Logo depois veio o trabalho escravo, onde os trabalhadores não tinham direitos 
e eram vistos como uma propriedade. Logo após foram denominados os três principais tipos de 
funções, os servos, os artesãos e os vassalos, foram os primeiros reconhecimentos de seus 
serviços. Hill Christopher em seu livro a Revolução Inglesa de 1640, conta sobre os primeiros 
direitos dos trabalhadores da época, o surgimento das leis durante a o período considerado a 
primeira grande revolução. E no Brasil a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada 
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, onde fala do direito e deveres do empregador 
e do empregado, jornada de trabalho, período de férias, segurança e medicina do trabalho, 
penalidades e outras regras essenciais para o desenvolvimento do emprego. 
Existe uma hierarquia para as normas legais, tem a que existe um maior peso e 
abrangência dentro do país e as inferiores com menor peso. A pirâmide de Kelson criado por 
Hans Kelson (1881-1973), explica bem claro a posição dessa organização, na figura 1, apresenta 
a hierarquia do ordenamento jurídico baseado na pirâmide de Kelson, adaptada por Kelly 
Bruch, 2017. 
6 
 
Figura 1 - Hierarquia do Ordenamento Jurídico 
 
Fonte: Kelly Bruch, 2017. 
A Constituição federal é a lei máxima, é onde encontra-se um conjunto de lei, norma e 
regras do país, depois vem a Emenda Constitucional, as Leis e Decretos e na base da pirâmide 
está as Resoluções, Deliberações e Portarias. As Normas regulamentadoras (NR), entraram em 
vigor logo após a Portaria n. 3.214,08 de junho de 1978, Lei n. 6514 de dezembro de 1977, 
referente a Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT). As normas não têm o mesmo peso de 
lei e são regulamentadoras, ou seja, são indicações do que se deve fazer, onde cabe ao órgão 
responsável fiscalizar, o Ministério do Trabalho e Emprego por meio de fiscalização in loco. A 
NR-3 por exemplo estabelece aas situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação 
de seus serviços como medidas cautelatória em situações consideradas de risco aos 
trabalhadores. 
As Normas Regulamentadoras (NR), é que ditam as regras e regulamentos referente a 
procedimentos, serviços, segurança no ambiente do trabalho. Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), define norma técnica da seguinte forma: 
 A definição internacional de norma diz que é um “documento estabelecido por 
consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e 
repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, 
visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.” 
 A esta definição podemos acrescentar a recomendação de que “convém que as 
normas sejam baseadas em resultados consolidados da ciência, tecnologia e da 
7 
 
experiência acumulada, visando à otimização de benefícios para a comunidade.” Ou 
seja, as Normas técnicas fazem as coisas funcionarem. Elas fornecem especificações 
de classe mundial para produtos, serviços e sistemas. Garantem a qualidade, a 
segurança e a eficiência. 
Na área da construção civil, as empresas privadas e públicas que tem seus empregados 
registrados na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), são obrigadas a seguir todas as 
orientações das NRs, em busca de prever medidas de segurança e proteção a vida de seus 
funcionários. Independente do serviço a ser executado, é necessário a utilização dos EPIs, ou 
seja, a NR-06, são obrigadas pela Lei n. 6.514, Art. 162 a manter profissional especializado em 
segurança do trabalho e em medicina do trabalho para acompanhamento das atividades. Esses 
são pontos essenciais para o desenvolvimento do bom trabalho na empresa. 
 
2.3 A RESPONSABILIDADE DA EMPRESA COM OS COLABORADORES E A 
SERIEDADE DOS COLABORADORES SE A OBRIGAÇÃO FOSSE LEI. 
 
Na Consolidação das Leis do Trabalho, Seção IV dispõem do Equipamento de 
Proteção Individual, onde fala do Art. 167 que fala sobre a venda dos equipamentos que só 
podem ser postos à venda com o Certificado de Aprovação (CA), que é aprovado pelo 
Ministério do Trabalho, e o Art. 166 onde fala da obrigação da empresa em fornecer os EPIs. 
 Art. 166 (Lei nº 6.514, de 22.12.1977) deixa claro que: 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e 
funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completaproteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. 
Esses são os dois únicos Artigos existente nessa Seção, na Seção I abrange as 
Disposições Gerais, onde no Art. 157 fala do que cabe às empresas, como cumprir e fazer 
cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; instruir os empregados; adotar as 
medidas determinadas pelos órgãos e facilitar o exercício da fiscalização. E no Art. 158 fala do 
que cabe aos empregados, que é observar as normas de segurança quando o empregador estiver 
passando as instruções; colaborar com a empresa. Em seu parágrafo único diz na parte b., 
constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada ao uso de equipamento de proteção 
individual fornecido pela empresa, ou seja, o que poderia levar ao empregado receber a rescisão 
do contrato por justa causa. 
8 
 
A empresa tem a obrigação de disponibilizar os equipamentos em bons estados para o 
seu uso aos funcionários, assim como treinamento e fiscalização quanto ao seu uso correto. No 
caso de acidentes no ambiente de trabalho ou doenças ocupacionais a empresa tem como dever 
primeiramente prestar os primeiros socorros, após a empresa precisa informar o acidente à 
Previdência Social, com a emissão de Comunicação do Acidente do Trabalho (CAT), 
comunicar até o primeiro dia útil após a ocorrência, no caso de morte deve-se ser informado no 
mesmo dia. A empresa deverá pagar o salário do funcionário nos 15 primeiros dias de 
afastamento do serviço, em seguida a mesma precisará solicitar o auxílio-doença 
previdenciário, ou auxílio- acidente ou dependendo do caso aposentadoria por invalidez. A 
contratante tem como dever manter a estabilidade do funcionário no emprego, assim que o 
funcionário receber alta para retornar ao trabalho a empresa o funcionário não poderá ser 
demitido dentro do prazo dos 12 meses seguinte ao retorno. 
Na NR1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Risco Ocupacional, diz o que cabe 
ao trabalhador e obrigações do trabalhador, no item 1.4.2, onde diz que o trabalhador deve fazer 
cumprir as disposições legais e os regulamentos de segurança e normas administrada pelo 
empregador, colaborando com as obrigações do uso do equipamento de proteção individual, 
submeter a exames médicos quando necessário, e colaborar com a organização na aplicação das 
NR, no caso participar dos treinamentos e seguir todas os princípios e normas. 
A responsabilidade do funcionário quando se refere especificamente ao EPI, é sobre a 
sua utilização, sempre utilizar de acordo com a necessidade da sua atividade, ter a 
responsabilidade em armazenar e conservar o equipamento, e comunicar ao empregado quando 
houve algo danificado ou que possa comprometer a sua qualidade e eficiência do produto. 
Porém muitas das vezes os funcionários não tomam esses devidos cuidados e não seguem as 
orientações na ausência do engenheiro de segurança no trabalho ou técnico de segurança, no 
entanto todas essas normas e procedimentos na hora de exercer o serviço, são para a proteção 
da vida e saúde de cada funcionário, principalmente na área da construção civil, onde os riscos 
a acidente do trabalho são bem altos como já citados anteriormente. 
É notório que a empresa como contratante tem muito mais obrigações com o 
funcionário, o que é de estrema importância, um direito já adquirido a todos trabalhadores pela 
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, porém no caso dos deveres distribuídos aos 
funcionários são bem inferior ao se comparar. Diante disso, seriam necessários os colaboradores 
terem uma maior seriedade em fazer cumprir suas obrigações e isso seria possível que suas 
obrigações fossem além das normas regulamentadoras e entrassem em vigor como um Lei. 
9 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Através desse estudo analítico realizado neste trabalho, é possível concluir sobre a 
importância do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e apresentar uma 
possibilidade da Norma Regulamentadora que a rege se tornar uma Lei na Constituição Federal, 
recebendo um maior peso e relevância diante da hierarquia dos ordenamentos jurídicos. 
Apresenta os direitos e deveres dos trabalhadores da área de construção civil no Brasil, 
suas obrigações em relação a sua proteção enquanto exerce a sua função. Tudo em busca de 
mais segurança e qualidade de vida no ambiente de trabalho, esse é um dos objetivos do 
engenheiro de segurança do trabalho, garantir esse direito aos colaboradores da empresa. 
No primeiro tópico foi abordado o assunto do uso do equipamento de proteção 
individual (EPI), que tem como princípio a Norma Regulamentadora de número 06, onde são 
citados os que podem ser considerados um dos mais importantes equipamentos dentro de uma 
construção. Em seguida foi tratado sobre o peso da lei em relação a norma regulamentadoras e 
os demais conjunto de leis, com o objetivo de apresentar o comparativo das relevâncias. E por 
fim no terceiro tópico é descrito a respeito das responsabilidades da empresa com os 
colaboradores e a seriedade dos colaboradores se as suas obrigações fossem leis, é apresentado 
as leis onde descreve sobre a segurança no ambiente de trabalho e as suas respectivas normas. 
Diante de todo o conjunto de leis, normas, decretos, portarias, é certo que todos tem sua 
devida importância, porém quando se fala na proteção da vida do cidadão que trabalha na área 
da construção civil, é necessário haver uma reforma na lei ou o acréscimo de uma lei 
complementar. Pois a obrigação em cumprir os deveres não devem ser somente da parte da 
empresa e sim de ambos, tanto a empresa precisa ser obrigada a manter a vida do funcionário 
em segurança, como o funcionário precisa ter maior responsabilidade em seguir as 
recomendações, para não prejudicar a sua própria saúde com suas imprudências. 
 
 
 
 
 
10 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI Publicação Portaria 
MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978. 
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, Série SmartLab de 
Trabalho Decente: Gastos com doenças e acidentes do trabalho chegam a R$ 100 bi desde 
2012, publicado 26 de abril de 2021, disponível em: 
<https://www.ilo.org/brasilia/noticias/lang--pt/index.htm>, acesso em: 16 de fevereiro de 
2022. 
SENA, CASSIA GEREMIAS DE OLIVEIRA. A Importância da Segurança do 
Trabalho na Construção Civil [Goiás] 2019 xi, 18P, 297 mm (UNIEVANGÉLICA, Bacharel, 
Engenharia Civil, 2019). 
Torloni, Maurício Programa de proteção respiratória: recomendações, seleção e uso de 
respiradores/coordenador técnico, Maurício Torloni; equipe técnica, Antonio Vladimir Vieira, 
José Damásio de Aquino, Sílvia Helena de Araujo Nicolai e Eduardo Algranti. - 4. ed. – São 
Paulo: Fundacentro, 2016. 209 p. 
Ministério do Trabalho. Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova as Normas 
Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, 
relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. NR- 6 - Equipamento de Proteção Individual – 
EPI. 
HILL, CRISTOPHER. A Revolução Inglesa de 1640, 2ed. Lisboa, Presença, 1983. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMA TÉCNICAS, disponível em: 
<https://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5698-normas-tecnicas-voce-%20sabe-o-que-e-e-
para-que-servem>, acesso em: 22 de março de 2022. 
 BRASIL, Lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Dispõem sobre a alteração do 
Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina 
do trabalho e dá outras providências. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm>. 
 
NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS E GERENCIAMENTO DE RISCOS 
OCUPACIONAIS. Publicação Portaria Nº 6.730, de 09 de março de 2020. 
https://www.ilo.org/brasilia/noticias/lang--pt/index.htm
https://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5698-normas-tecnicas-voce-%20sabe-o-que-e-e-para-que-servem
https://www.abnt.org.br/imprensa/releases/5698-normas-tecnicas-voce-%20sabe-o-que-e-e-para-que-servemhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm

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