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PROBLEMA 01 - GAMETOGÊNESE E CICLO MENSTRUAL

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PROBLEMA 01 – “CICLOS, HORMÔNIOS: PARECE TUDO MUITO COMPLICADO”
1. DIVISÃO CELULAR
A) Mitose
- Cada célula-mãe diplóide, produz duas células filhas diplóides, geneticamente iguais;
- Composta por prófase, metáfase, anáfase e telófase;
- Uma das suas diferenças da meiose é que em sua anáfase os centrômeros das cromátides irmãs de cada cromossomo se divide após o alinhamento dos cromossomos na placa metafásica, de modo que uma cromátide de cada cromossomo migre para cada polo do fuso mitótico;
B) Meiose
- Processo especial de divisão celular que envolve duas divisões meióticas;
- Ocorre em células germinativas diplóides (46 / 2n) que originarão gametas haplóides (23 / 1n), ou seja, ocorre a redução do número de cromossomos;
- Ao formar gametas haplóides permite a constância do número cromossômico nas gerações;
- Permite o rearranjo independente dos cromossomos maternos e paternos, de modo a potencializar a mistura das características genéticas;
- A partir do crossing-over (relocalização de segmentos dos cromossomos), permite uma nova redistribuição da informação genética materna e paterna, ou seja, uma recombinação do material genético entre os gametas;
- Envolve duas etapas de divisões e, antecedendo as divisões, ocorre a duplicação do DNA, tornando as cromátides duplas;
· Primeira Divisão/Divisão Reducional
- Separa os genes alelos; 
- A partir do emparelhamento dos cromossomos homólogos na prófase (um cromossomo do pai e outro da mãe que apresentam os gens que determinam um mesmo tipo de característica formam um par) e da sua segregação na anáfase (o fuso se conecta as tétrades (pares de cromossomos) no centrômero, de modo que um representante de cada par de cromossomos homólogos é levado para um pólo oposto do fuso meiótico) o cromossomo é reduzido de diplóide à haplóide;
- Apresenta uma prófase prolongada, que além de emparelhar os cromossomos homólogos permite o crossing over, ou seja, troca de segmentos entre os membros dos cromossomos emparelhados;
- Células finais possuem número cromossômico haplóide (1n), sendo esses formados por cromátides duplas conectadas por um centrômero;
- Entre as duas meioses não ocorre duplicação do DNA, visto que esse já se encontra duplicado;
· Segunda Divisão/Divisão Equacional
- Sequencial a primeira divisão, assemelhando-se a uma divisão mitótica normal, porém em uma célula haplóide;
- Não apresenta uma interfase normal, pois não ocorre a duplicação do DNA (as cromátides já estão duplicadas);
- os cromossomos se alinham na placa equatorial na metáfase e as cromátides irmãs se dividem, direcionando cada uma das cromátides do cromossomo duplo para um pólo contrário, durante a anáfase;
- Forma células filhas com número cromossômico haplóide (1n), com cromossomos de cromátide única;
- semelhante à mitose, porém com número de cromossomos haplóides;
2. GAMETOGÊNESE
A) Conceituação e Referências Gerais
- Longo processo em que as células sexuais masculinas e femininas passam por mudanças que possibilitam a formação e o desenvolvimento dos gametas, preparando-os para a fecundação;
- Ocorre de maneiras diferentes do homem e na mulher;
- Reduz o número de cromossomos pela metade e altera a forma celular;
- Fases – origem extra-embrionária das células germinativas primordiais (originam-se no saco vitelino) e migração para os primórdios das 
 gônadas;
 - mitoses e seus consecutivos aumentos no número de células germinativas, quando já nas gônadas;
 - meiose (redução no número de cromossomos);
 - maturação estrutural e funcional dos óvulos e espermatozóides;
** teratomas – são as células germinativas primordiais que sobrevivem (geralmente morrem) ao se extraviarem na migração entre o saco vitelino e os primórdios das gônadas, originando crescimentos bizarros de uma mistura de tecidos altamente diferenciados (pele, cabelo, cartilagem e dentes)**
B) Gametas/Células Germinativas Especializadas
- São células sexuais, altamente especializadas, que apresentam metade do número de cromossomos das células somáticas, sendo classificadas como haplóides;
- São originadas da meiose que ocorre durante a gametogênese;
- Comparação entre os gametas – o ovócito é uma célula grande e imóvel, já o espermatozóide é pequeno e móvel;
	- existem dois tipos de espermatozóides normais (23,X e 23,Y), enquanto só existe um tipo de ovócito 
 secundário normal (23,X);
C) Espermatogênese
- Sequência de eventos em que as espermatogônias são transformadas em espermatozóides maduros, a partir da puberdade;
- Dura cerca de dois meses (64 dias) a espermatogênese de cada espermatogônia;
Ao contrário das ovogônias, nem todas espermatogônias entram em meiose ao mesmo tempo, sendo que um grande número dessas permanece no ciclo mitótico durante a vida reprodutiva do homem;
 Espermatogônia do tipo A – são as células que mantém, a partir de mitoses, o número adequado de espermatogônias ao longo da vida;
Espermatogônia do tipo B – são as células que entram em meiose;
- As espermatogônias, que estão nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal, começam desde os testículos embrionários a realizar numeras mitoses, mantendo essa capacidade na vida pós-natal, recomeçando-a na puberdade e continuando ao longo da vida;
**muitas espermatogônias se mantêm conectadas por pontes citoplasmáticas intercelulares, que possibilitam o desenvolvimento sincronizado de grandes grupos de células espermáticas**
· 1ª Divisão 
- As espermatogônias crescem, transformando-se em espermatócitos primários, que leva cerca de 24 dias na primeira divisão meiótica;
- Formam espermatócitos secundários haplóides, com metade do tamanho dos primários, que permanecem conectados por uma ponte citoplasmática;
· 2ª Divisão
 - Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica imediatamente após a primeira, completando em cerca de 8 horas;
- A segunda divisão meiótica forma quatro espermátides (gametas imaturos) haplóides, possuindo metade do tamanho dos espermatócitos secundários, conectadas uma a outra por meio de pontes citoplasmáticas;
- Espermiogênese - transformação gradual e profunda das espermátides (células arredondadas) em espermatozóides (células alongadas);
 - ocorre a partir da condensação do material cromossômico; da redução progressiva no tamanho do núcleo; da perda e 
 reorganização do citoplasma; da formação do acrossoma, a partir da condensação do Complexo de Golgi na extremidade 
 apical do núcleo; do desenvolvimento do flagelo e da organização das mitocôndrias em forma de espiral em torno da parte 
 proximal do flagelo;
- Quando a espermiogênese é completada os espermatozóides entram na luz dos túbulos seminíferos e são transportados para o epidídimo, onde serão armazenados, amadurecerão e serão transportados para a uretra;
- Espermatozóide maduro – célula altamente especializada, adaptada para se mover e entregar o seu DNA ao óvulo;
 - formada por cabeça, pela intermediária e cauda;
	 - cabeça – contém o núcleo haplóide coberto pelo acrossoma (organela sacular que contém enzimas que facilitaram a 
 penetração do espermatozóide na corona radiata e na zona pelúcida durante a fecundação);
	 - peça intermediária – contêm centríolos, a espiral mitocondrial e a parte proximal do flagelo;
	 - cauda	 - é o flagelo, esse fornece motilidade ao espermatozóide, auxiliando no seu transporte até o local da 
 fecundação;
**os raios x, as reações alérgicas intensas e os agentes antiespermatogênicos favorecem a formação de espermatozóides anormais, de modo que se sua porcentagem no sêmen ultrapassar os 20% a fertilidade do homem será afetada**
Barreira Hematotesticular 
– Barreira imunológica formada entre as células espermáticasem formação e o restante do corpo, a partir de processos nas células de Sertoli;
- São as junções oclusivas entre as células de Sertoli;
- O destacamento coordenado das espermátides maduras da superfície apical das células de Sertoli e o remodelamento do complexo de junções oclusivas entre as células se Sertoli é um exemplo;
- As espermátides em estágio tardio são ligadas à superfície das células de Sertoli por complexos de adesão à superfície (agregados de proteínas das junções oclusivas), porém, com o desenvolvimento, esses complexos se rompem, e as espermátides maduras são liberadas no lúmen dos túbulos seminíferos;
- A síntese de novas proteínas das junções oclusivas no lado basal desses espermatócitos pré-leptóteno restabelece a integridade da barreira Hematotesticular, possibilitando a adesão de um novo grupo de espermátides à superfície apical das células de Sertoli por meio da formação de novos complexos de adesão à superfície;
D) Ovogênese
- Sequência de eventos em que as ovogônias são transformadas em ovócitos maduros, que se inicia desde antes do nascimento e é completado entre a puberdade e a menopausa;
- Durante a vida fetal inicial, as ovogônias se proliferam por meio de divisões mitóticas e crescem, formando ovócitos primários antes do nascimento;
- O período de atividade mitótica das ovogônias no ovário embrionário ocorre do segundo ao quinto mês de gestação;
**Atresia - degeneração natural das ovogônias durante todo panorama histológico do ovário humano até a menopausa**
· 1ª Divisão
 – Iniciada antes do nascimento, no final do período fetal, porém só tem a prófase concluída na puberdade, ou seja, o processo meiótico é estacionado (as ovogônias nesse período cão chamadas de ovócitos primários);
- Nos primeiros meses após o nascimento, os ovócitos primários entram na primeira divisão do processo meiótico, estacionando no estágio de diplóteno e permanecendo presos nele até a puberdade;
- A parada meiótica é resultado de um complexo de interações entre o ovócito e sua camada circunjacente de células foliculares, e a manutenção da parada meiótica deve-se a alta concentração de adenosina monofosfato cíclico (cAMP) no citoplasma do ovócito, inativando o fator promotor de maturação (MPF);
- Pela influência do hormônio luteinizante (LH), cerca de 10 a 12 horas antes da ovulação, as junções das células se fecham, reduzindo a quantidade de cAMP que é transferida das células para o ovócito e assim sua concentração, possibilitando o ativamento do MPF e estimulando a retomada da meiose;
 - Durante a puberdade, ocorre a cada mês, a complementação da divisão meiótica, antes da ovulação;
**em cada ciclo menstrual cerca de 10 a 30 ovócitos primários completam a primeira divisão meiótica**
 - A partir de uma divisão desigual do citoplasma, origina o ovócito secundário (formado por quase todo citoplasma do primário) e o primeiro corpo polar (célula pequena, não funcional, que se degenera), ficando ambos dentro da zona pelúcida;
· 2ª Divisão 
- Os ovócitos secundários iniciam a segunda divisão meiótica, mas o processo é novamente paralisado, dessa vez na metáfase;
- O bloqueio só é liberado com a fertilização do ovócito secundário por um espermatozóide,iniciando uma nova divisão meiótica desigual que formará um ovócito fecundado (com quase todo citoplasma do ovócito secundário) e o segundo corpo polar, que ao ser “retirado”, efetiva o término da maturação do ovócito;
**a divisão assimétrica nas meioses femininas devem-se ao deslocamento do aparelho do fuso mitótico no sentido da periferia do ovócito, por meio das ações da actina (proteína do citoesqueleto)**
**o primeiro corpo polar pode se dividir durante a segunda divisão meiótica**
- Ovócito secundário – circundado pela zona pelúcida (rede de filamentos gicoprotéicos) e pela corona radiata (uma ou mais camadas de células 
 foliculares);
 - possui grânulos de vitelo no citoplasma, que fornecem nutrição para o zigoto em divisão na primeira semana de 
 desenvolvimento;
**em uma menina recém-nascida existem aproximadamente dois milhões de ovócitos primários, desses muitos regridem durante a infância, restando não mais que 40.000 na adolescência, porém apenas cerca de 400 se tornarão ovócitos secundários e serão ovulados (o restante se degenera sem sair do ovário)**
** o número de ovócitos ovulados em mulheres que consomem anticoncepcionais é reduzido, uma vez que essas pílulas a impedem**
**a probabilidade de anormalidades cromossômicas e de mutações genéticas em embriões aumenta após os 35 anos de idade**
Aberrações Cromossômicas – deve-se a não disjunção dos cromossomos, ou seja, quando os cromossomos não conseguem se separar na 
 meiose;
	 - gera um gameta haplóide com um par de cromossomos, totalizando 24, e um gameta haplóide com 22, de modo 
 que ao se combinarem com gametas normais do sexo oposto formarão um embrião com trissomia de um 
 cromossomo (47 cromossomos) e um com monossomia e um cromossomo (45 cromossomos);
**partes de um cromossomo podem ser translocadas para outro cromossomo durante a meiose, deletadas, duplicadas ou invertidas, podendo resultar diversas síndromes**
3. INTERAÇÕES HORMONAIS ENVOLVIDAS COM A REPRODUÇÃO MASCULINA
- O hipotálamo produz o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), que estimula a adeno-hipófise a secretar FSH e LH;
- Hormônio Luteinizante (LH) – produzido na hipófise;
 - regula a produção de testosterona ao atuar sobre a célula de Leydig, estimulando a síntese de testosterona a 
 partir do colesterol;
- Testosterona – secretada pelas células de Leydig;
 - afeta uma variedade de tecidos sexuais secundários no corpo;
	- é essencial para o crescimento e divisão das células germinativas testiculares, que se encontram no primeiro estágio da 
 formação do esperma (espermatogênese);
 - estimula a descida dos testículos do abdômen para o saco escrotal;
	- estimula o desenvolvimento em tamanho do pênis, saco escrotal e testículos;
	- atua no desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, a partir da puberdade, como o crescimento e 
 distribuição de pelos, calvície (fatores genéticos+hormônios androgênicos), voz grossa, aumento da espessura da pele, 
 desenvolvimento de acne, desenvolvimento muscular, retenção de cálcio, metabolismo basal alto, aumento das hemácias e 
 pouca retenção de líquidos;
- Hormônio Folículo Estimulante (FSH) – produzido na hipófise;
 - estimula as células de Sertoli a converter testosterona em estrogênios e a produzir proteína ligadora 
 de andrógenos;
	 - estimula as células de Sertoli a converterem espermátides em espermatozóides (espermatogênese);
- Estrogênios – formados nas células de Sertoli, a partir da testosterona;
	 - são essenciais para a espermiogênese;
Feedback negativo – a testosterona, secretada pelos testículos em resposta ao LH, tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH e reduzir a secreção de GnRH;
4. CONTROLE HORMONAL DO CICLO REPRODUTIVO FEMININO
- A reprodução feminina é regulada por interações complexas entre os hormônios e os tecidos que esses influenciam;
- O controle cíclico hormonal apresenta-se hierarquizado, uma vez que o processo é iniciado pelo hipotálamo do encéfalo, que influencia a hipófise e que estimula os ovários e a placenta (durante a gravidez);
- Hormônio liberador de Gonadotrofina (GnRH) – sintetizado no hipotálamo, mas atua na hipófise estimulando-a a liberar o FSH e o LH;- é secretado em pulsos curtos, que ocorrem a cada 90 minutos, possibilitando uma maior 
 constância em sua concentração;
· HIPÓFISE
- Em resposta ao estímulo do Hipotálamo (realizado pelo GnRH), a adeno-hipófise começa a produzir e a secretar seus dois hormônios gonadotróficos (na ausência de dopamina, também produz a prolactina que age nas glândulas mamárias); 
- A neuro-hipófise produz a oxitocina, que em mulheres grávidas atua no parte e no estímulo para a descida do leite das glândulas mamárias;
- Hormônio Folículo Estimulante (FSH) - produzido pela hipófise;
 - estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio;
	 - promove o crescimento de cerca de 5 a 12 folículos primários, apesar de que apenas um se torna 
 maduro e é ovulado; 
- Hormônio Luteinizante (LH) – produzido pela hipófise;
 - estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio;
 - estimula a ovulação e a produção de progesterona pelas células foliculares e corpo lúteo;
	 - atua na conversão dos folículos ovarianos em corpo lúteo pela alteração das células granulosas e tecais internas 
 em células luteínicas;
· OVÁRIO 
- Após a ovulação, por estímulo dos hormônios hipofisários, a progesterona é o principal produto de secreção do corpo lúteo;
- Por estímulo da adeno-hipófise, as células da granulosa dos folículos ovarianos convertem os andrógenos produzidos pela teca interna, como por exemplo a testosterona, em estrógenos; 
**Os hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as progestinas, sendo que esses apresentam o estradiol e a progesterona como mais importantes**
- Progesterona – promove alterações secretórias no endométrio uterino, preparando-o para implantação do óvulo fertilizado;
	 - diminui a frequência e a intensidade das contrações uterinas, evitando a expulsão do óvulo implantado; 
	 - estimula uma maior secreção pelo revestimento mucoso das trompas, para que nutra o óvulo fertilizado ao passar pela tuba;
 - promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, de modo a adquirir a natureza secretora, preparando as mamas 
 para a lactação;
- Estrogênio – produzido pelos folículos ovarianos em crescimento;
	 - regula o desenvolvimento e a função dos órgãos reprodutores, preparando o corpo para a ovulação e transporte dos gametas;
	- ocasiona a proliferação celular e o crescimento dos tecidos e órgãos sexuais relacionados à reprodução (como o acúmulo de 
 gordura no monte pubiano e nos grandes lábios), ou seja, é responsável pelo desenvolvimento das características secundárias 
 femininas;
	- aumenta o número de células epiteliais ciliadas nas paredes das tubas uterinas e intensifica a atividades dos cílios, ajudando a 
 propelir o óvulo fertilizado em direção do útero;
	- causam desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, crescimento dos sistemas de ductos e depósito de gordura nas 
 mamas, dando inicio ao crescimento da mama e do aparato produtor de leite;
	- estimulam o crescimento ósseo e inibem a atividade osteoclática nos ossos;
	- a ausência de estrogênio (principalmente depois da menopausa) ocasiona uma maior atividade osteoclástica nos ossos, a 
 diminuição da matriz óssea e um menor depósito de cálcio e fosfato ósseo, favorecendo a osteoporose;
 - favorecem o aumento dos depósitos de proteína corporal e de gorduras nos tecidos subcutâneos;
 - aumentam ligeiramente o metabolismo do corpo;
 - fazem com que a pele torne-se mais vascularizada e mais quente, desenvolvendo uma textura macia e lisa;
 - causam retenção de água, devido a retenção de sódio e água nos túbulos renais;
· PLACENTA
- Atua durante a gravidez;
- Produz a gonadotrofina coriônica humana (HCG), que atua no ovário mantendo a atividade do corpo lúteo, até a vigésima semana, quando a placenta começa a produzir seus próprios estrogênios e progesterona;
- Produz a somatotrofina (lactogênio placentário humano), que atua no corpo lúteo e no desenvolvimento mamário, estimulando a síntese dos constituintes do leite;
**O último nível na hierarquia do controle hormonal reprodutivo são os tecidos-alvos que se preparam estrutural e funcionalmente para transportar os gametas ou para a gravidez, de acordo com os hormônios, alterando o número de células ciliadas, a atividade do músculo liso das tubas uterinas, o revestimento endometrial do útero e os tecidos glandulares das mamas**
Feedback negativo – quando o estrogênio encontra-se em pequena quantidade, esse possui o poder de inibir a produção de LH e FSH e diminuir a 
 secreção de GnRH, tendo seu efeito inibidor multiplicado coma a presença de progesterona;
Feedback positivo – ocorre após o feedback negativo, quando o estrogênio estimula a secreção hipofisária de LH e em menor extensão de FSH;
 - o aumento de LH repentino faz com que ocorra a ovulação;
5. CICLO REPRODUTIVO FEMININO
a) Conceituação
- São ciclos reprodutivos mensais que preparam o sistema reprodutor feminino para a gravidez;
- Envolve: hipotálamo, hipófise, ovários, útero, tubas uterinas, vagina e glândulas mamárias;
- Persistem por toda vida reprodutiva da mulher, terminando na menopausa;
b) Funcionamento
· Desenvolvimento Folicular
- Ocorre o crescimento e a diferenciação do ovócito primário;
- Folículo primordial – é o ovócito primário quando circundado por células do tecido conjuntivo, que formam uma única camada de células epiteliais 
 foliculares achatadas em volta do ovócito (corona radiata);
	 - se forma após as ovogônias iniciarem a meiose, com contorno dos ovócitos primários pelas células do ovário;
**a maturação do óvulo está intimamente ligada ao desenvolvimento do seu revestimento celular**
- Folículo primário – se forma após o nascimento, quando os ovócitos primários são envolvidos com uma camada completa de células foliculares;
	 - é o complexo formado pelo ovócito primário e por uma camada complexa de células foliculares, que se comunicam por meio 
 de microvilosidades proeminentes e junções comunicantes;
- Zona Pelúcida - camada de material glicoproteíco acelular e amorfo em que o ovócito é envolvido, após a formação da corona radiata;
	 - é uma membrana proeminente, translúcida e não celular que se forma entre o ovócito primário e suas células foliculares 
 envolventes, mantendo as conexões das microvilosidades entre o ovócito e as células foliculares;
	 - contém receptores para espermatozóides e componentes importantes para a fertilização;
- Folículo secundário – ocorre nos anos pré-puberdade, quando os folículos primários aumentam, devido ao aumento de tamanho do ovócito e 
 devido ao número de células foliculares, que formam mais de uma camada circunjacente de células granulosas;
 - com o crescimento do ovócito durante a puberdade ocorre à modificação do formato das células epiteliais foliculares, 
 atingindo assim formas cubóides e depois colunares;
	- as células granulosas epiteliais do folículo secundário são revestidas por uma membrana basal/granulosa, que forma 
 barreira para os capilares, de modo que o ovócito e as células granulosas tornam-se dependentes da difusão de oxigênio e 
 nutrientes;
	 - o ovócito dentro do folículo assume umaposição lateral, deixando espaços entre esses, que são ocupados por um fluido 
 folicular;
- Teca folicular – conjunto adicional de revestimento celular, derivado do estroma (tecido conjuntivo ovariano), que se forma ao redor do folículo em 
 desenvolvimento;
	 - possui duas camadas: a interna, altamente vascularizada e glandular (com receptores para o LH e produção de andrógenos), e a 
 externa, que forma uma cápsula de tecido conjuntivo;
	 - suas células secretam um fator angiogênico que estimula o crescimento de vasos sanguíneos na camada da teca, possibilitando 
 suporte nutritivo ao folículo;
 - produz um fator de angiogênese que promove o crescimento de vasos sanguíneos, dando suporte nutritivo ao 
 desenvolvimento folicular;
- O desenvolvimento inicial do folículo ocorre sem a influência significativa de hormônios, porém com a aproximação da puberdade, a maturação folicular necessita do FSH para a continuidade da sua maturação;
- Antro – formado a partir do desenvolvimento dos folículos;
 - consiste em uma cavidade cheia de fluido folicular, sendo esse um líquido (com proteínas, enzimas, hormônios e proteoglicanas) 
 formado pelas secreções das células foliculares, que divide as células foliculares em células do cúmulus (em torno do ovócito) e células 
 da granulosa mural (entre o antro e a membrana granulosa);
 - os fatores secretados pelo ovócito determinam propriedades diferentes às distintas células foliculares, de modo que as da granulosa 
 mural montam receptores de hormônios e sintetizam enzimas que convertem os andrógenos derivados da teca em estrogênios, e as do 
 cúmulus facilitam a liberação do ovócito na ovulação;
· Ovulação
 O folículo ovariano tem um surto de crescimento, fazendo pressão contra a parede do ovário e produzindo uma saliência na superfície do ovário, em que se apresenta o estigma (pequeno ponto avascular);
 Nesse momento o folículo passa a ser nomeado como terciário ou folículo de Graaf;
- Uma onde de LH (que dura de 12 a 24 horas, induzida pelo alto nível de estrogênio, leva à ovulação;
- O ovócito localizado no cúmulus oophorus (pequeno acúmulo de células em uma das laterais do antro) secreta, através das junções comunicantes, fatores que estimulam as células do cúmulus a secretarem ácido hialurônico nos espaços intercelulares, expandindo os espaços entre as células e facilitando a ovulação;
- Após o aumento pré-ovulatório, o estigma se rompe, expelindo o ovócito secundário com o fluído folicular;
**a expulsão do ovócito é resultado da pressão intrafolicular e da contração do músculo liso da teca externa**
- Pode ser percebida por uma dor abdominal de intensidade variável, devido um sangramento leve que ocasiona no interior da cavidade abdominal, ou pela temperatura basal do corpo;
- Anovulação – é a suspensão da ovulação, podendo ocorrer pela liberação inadequada de gonadotrofina (FSH e LH);
· Corpo Lúteo
- Após a ovulação, as paredes do folículo ovariano e da teca folicular se enrugam e sob influência do LH formam o corpo lúteo;
- Corpo Lúteo – estrutura glandular que secreta progesterona e uma pequena quantia de estrogênio, preparando o endométrio para implantação 
 do blastocisto;
 - gravídico – ocorre com a fecundação do ovócito;
	- aumenta de tamanho e amplia a produção hormonal;
	- durante a gravidez é mantido, durante as 20 primeiras semanas, pela gonadotrofina coriônica (HCG) que é secretada 
 pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto (após esse período a placenta começa a produzir o estrógeno e a progesterona 
 necessária);
	 - da menstruação – ocorre quando o ovócito não é fecundado;
	 - constituída pela involução e degeneração do corpo lúteo que ocorre cerca de 10 a 12 dias após a ovulação;
	 - é transformado em corpo albicans, que é uma cicatriz branca no ovário;
Puberdade e Menarca – a puberdade é ocasionada pelo aumento gradual na secreção de hormônios gonadotrópicos, que se inicia após os oito 
 anos de idade, marcando o início da vida adulta;
 - a menarca é o primeiro ciclo menstrual, ocorrendo entre os 11 e 16 anos;
Menopausa – após os 40 anos, o ciclo sexual torna-se irregular e a ovulação não ocorre mensalmente, evoluindo até o fim do ciclo;
	- deve-se ao esgotamento dos ovários, de modo que a produção de estrogênio diminua juntamente ao decréscimo numérico dos 
 folículos;
 - o nível de estrogênio produzido pelo folículo não consegue inibir a produção do FSH e do LH, de modo que sua produção torne-se 
 contínua e elevada após a menopausa;
 - pode ocasionar alterações como o rubor extremo da pele, sensações psíquicas de dispnéia, irritabilidade, fadiga, ansiedade e 
 diminuição da resistência e da falsificação dos ossos;
6. CICLO MENSTRUAL OU ENDOMETRIAL
- São as mudanças cíclicas, mensais e contínuas que ocorrem no endométrio (camada interna do útero) por influência do estrogênio e da progesterona;
- Engloba o período que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina;
- Possui em média 28 dias, de modo que o primeiro dia é o que se inicia o fluxo menstrual;
· Fase Menstrual
- Consiste na desintegração e excreção do endométrio (camada funcional da parede uterina);
- Dura de 4 a 5 dias;
- O sangue menstrual é descartado pela vagina, estando misturado a pequenos fragmentos de tecido endometrial;
· Fase Proliferativa
- Consiste na reconstrução e recobrimento do endométrio por seu epitélio superficial, acompanhados do aumento da espessura do endométrio e do seu conteúdo de água;
**as glândulas do endométrio aumentam em número e comprimento, e as artérias espiraladas se alongam**
- Dura 9 dias e coincide com o crescimento dos folículos ovarianos e com sua secreção de estrogênio;
- Sob influencia dos estrógenos, o endométrio se espessa, as glândulas uterinas se alongam e as artérias espiraladas crescem em direção à superfície do endométrio;
- As glândulas mucosas do colo uterino começa a secretar um muco aquoso e risco em glicoproteínas, que facilita a passagem dos espermatozóides;
- As células epiteliais de revestimento das tubas uterinas tornam-se ciliadas e a atividade do músculo liso nas tubas aumenta;
- No final do período, ocorre um aumento nos níveis de estrogênios e cerca de 24 horas após o seu pico, aumenta-se a produção de LH e FSH;
- O pico de LH conduz à ovulação e o folículo de Graaf se transforma em corpo lúteo;
· Fase Lútea, Secretora ou Progestacional
- Ocorre após a ovulação, sendo marcado pelo aumento da temperatura corporal basal, que ocorre com o pico de LH e com o aumento na concentração de progesterona no sangue;
- Nessa fase, estimulada pela progesterona (produzida pelo corpo lúteo), o endométrio se espessa e seu epitélio glandular começa a secretar um material rico em glicogênio;
**as glândulas do endométrio aumentam, tornando-se tortuosas e saculares, e as artérias espiraladas crescem dentro da camada compacta superficial, tornando-se intensamente enroscadas**
- Dura cerca de 13 dias e coincide com a formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo;
- A presença do estrogênio e da progesterona no sangue faz com que a tuba uterina se empenhe em uma série rítmica de contrações musculares para promover o transporte do óvulo;
- As células epiteliais da tuba uterina secretam líquidos que fornecem a nutrição para a clivagem embrionária, por influência da progesterona;
- A regressão das células ciliadas do epitélio da tuba é induzida pela progesterona, de modo que na metade da fase secretora o epitélio já tenha passado por uma considerável regressão;
- As glândulas uterinas retas começam a espiralizare a acumular glicogênio, enquanto as mitoses das células epiteliais do endométrio diminuem;
- O muco cervical torna-se altamente viscoso, atuando como bloco de proteção, sob influência da progesterona;
- O epitélio vaginal torna-se mais fino;
- Ocorre a retenção da água nos tecidos, devido a ação da progesterona associada ao desenvolvimento preparado pelo estrogênio;
· Fase Isquêmica
- Ocorre quando o ovócito não é fecundado, ou seja, com a degeneração do corpo lúteo e a consequencial redução dos níveis de estrogênio e progesterona, conduzindo o ciclo menstrual ao fim;
- A proteína inibina, produzida pelas células da granulosa, atua sobre a adeno-hipófise, inibindo a secreção das gonadotrofinas, principalmente do FSH, de modo a resultar na regressão do corpo lúteo e da secreção da progesterona;
- Consiste na redução do suprimento sanguíneo, ocasionado pela contração das artérias espiraladas, dando ao endométrio um aspecto pálido;
- Também ocasiona a perda do fluído intersticial, a acentuada retração do endométrio e a parada de secreção glandular;
- A contração das artérias ocasiona a morte dos tecidos superficiais, a ruptura da parede dos vasos lesados e a penetração do sangue no tecido conjuntivo adjacente, formando pequenos lagos de sangue que se rompem na superfície endometrial;
- O rompimento dos lagos de sangue na superfície endometrial gera o sangramento, que leva os fragmentos do endométrio, eliminando quase toda camada compacta e a maior parte da esponjosa (se regeneram na fase proliferativa);
- Quando a menstruação termina, resta uma base endometrial escoriada intercalada com o epitélio basal, dando base para a cicatrização e reconstituição do endométrio;
· Fase da Gravidez
- Ocorre quando o ovócito é fecundado, ou seja, quando se consolida a gestação;
- Consiste na paralisação dos ciclos menstruais, visto que o endométrio assume uma fase gravídica (com o término da gravidez os ciclos ressurgem);
**Ciclo Menstrual Anovulatório – ovário não produz folículo maduro e a ovulação não acontece;
	 - apresenta mudanças endometriais mínimas, uma vez que não há ovulação, nem formação de corpo lúteo;
	- endométrio permanece na fase proliferativa;
	- podem ser resultantes de uma hipofunção ovariana ou das pílulas anticonceptivas;
7. REFERÊNCIAS
- Moore, K. (2008). Embriologia Clínica. Capítulo 2. 8ª edição. Editora: Elsevier;
- Carlson, B. (2014). Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. Capítulo 1 – Parte 1. 5ª edição. Editora: Elsevier;
- Hall. J. (2016). Guyton e Hall Tratado de Fisiologia Médica. Capítulos 80 e 81. Unidade XIV. 13ª edição. Editora: Elsevier.

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