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PROBLEMA 03 - EVENTOS DA GRAVIDEZ

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PROBLEMA 03 – “EVENTOS DA GRAVIDEZ”
· TERCEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
- É a 5ª semana após o último período menstrual normal, a 3ª após a concepção e a 1ª após a ausência do primeiro ciclo menstrual;
- Marcada por um rápido desenvolvimento, a partir dos discos embrionários;
**essa fase do desenvolvimento já permite a detecção da gravidez pela ultrasonografia**
**o hipoblasto é subdividido em porção anterior, que funciona como centro de sinalização, e porção posterior, que compõe o complexo da placa precordal, induzindo a formação da cabeça**
1. GASTRULAÇÃO 
- Durante a gastrulação, o embrião é denominado gástrula;
- O disco embrionário bilaminar é convertido em trilaminar;
- É o inicio do desenvolvimento da forma corporal (morfogênese), ou seja, da diferenciação celular embrionária, caracterizada pelo início da síntese de proteínas e RNA (que ocasionam o crescimento do embrião), pelos movimentos celulares intensos que originam os três folhetos germinativos e pela fixação do destino das células embrionárias;
- Processo formativo em que são estabelecidas nos embriões as três camadas germinativas (originadas das células do epiblasto) e a orientação axial;
- É auxiliada pelas mudanças no formato e nas propriedades adesivas, pelo rearranjo e pelo movimento das células;
· Linha Primitiva
- Forma-se no início da terceira semana, sendo o marco inicial da gastrulação;
-Surge a partir da proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano caudo-dorsal do disco embrionário, formando uma faixa linear espessada do epiblasto;
**os agentes indutores da formação da linha primitiva são o fator de crescimento transformante-beta e as moléculas de sinalização Wnt**
- Recebe células na extremidade caudal, alongando-se até cerca de 18 dias após a fertilização;
- Sua formação deve-se aos movimentos de extensão convergentes, ou seja, a combinação da proliferação, migração e rearranjo celular interno;
- Nó Primitivo/Nó de Hensen - proliferação da extremidade cranial da linha primitiva;
	 - é um acúmulo de células dinâmicas bem definido;
	 - é o principal centro de sinalização posterior do embrião e é a área pela qual as células migram para a 
 extremidade anterior do embrião;
	 - suas células expressam muitos genes, inclusive fatores vitais para o estabelecimento das estruturas da linha 
 média do crânio e do tubo neural e para a função notocordal;
- Sulco primitivo – surge, na linha primitiva, pela invaginação das células epiblásticas;
	 - resultante do movimento celular através da linha primitiva;
	 - encontra-se ao longo do meio da linha primitiva;
- Fosseta Primitiva – pequena depressão no nó primitivo, que forma-se a partir da extensão do sulco primitivo;
- Membrana Cloacal – área circular na região caudal da linha primitiva, que indica o local do futuro ânus;
- Permite identificar o eixo cefálico-caudal do embrião, as extremidades cefálica e caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo;
**as células do epiblasto produzem ácido hialurônico, que impede a agregação das células mesenquimais durante as migrações celulares, ao penetrar no espaço entre o epiblasto e o hipoblasto**
- As células mais posteriores que passam pela linha primitiva originam a mesoderma extraembrionária (reveste o saco vitelino e o trofoblasto) e as ilhas sanguíneas;
- A onda de células que passa pela linha primitiva em uma região anterior forma o mesoderma paraxial, a placa lateral e o mesoderma cardíaco;
- A última onda de células, que passa na extremidade mais anterior da linha primitiva, origina o endoderma embrionário e as estruturas axiais da linha média (notocorda, placa precordal e nó primitivo);
- Diminui de tamanho, à medida que o processo notocordal se alonga, tornando-se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião;
Desaparece no fim da quarta semana, devido sua regressão;
 Sua regressão é acompanhada pela criação e padronização do mesoderma paraxial (que origina os somitos);
 É uma região em que as células do epiblasto alteram sua morfologia e seu comportamento ao passar por ela para formar novas camadas celulares posteriores, de modo que as células que entram na linha primitiva formam linhagens diferentes ao saírem;
 As modificações decorrem de alterações na organização interna, na estrutura e nas propriedades adesivas celulares, além da forma como elas 
 se relacionam com o ambiente externo;
 No epiblasto, as células têm propriedades de células epiteliais típicas (superfície basal e apical bem definidas, associada à lâmina basal que sustenta o epiblasto), mas quando entram na linha primitiva passam a ser reconhecidas como células garrafas, uma vez que assumem uma morfologia alongada característica no ato de desprendimento da lâmina basal; e ao se encontrarem totalmente livre da camada epiblástica assumem as características das células mesenquimais, perdendo as moléculas de adesão, de modo a tornar possível a migração celular; 
**esboço caudal - massa de células mesenquimais que marca a extensão caudal da antiga linha primitiva que regrediu** 
**Teratoma Sacrococcígeo - tumor originado pelos restos da linha primitiva em recém-nascidos;
 	- são, geralmente, benignos e podem ser identificados por ultrasonografia;
	- contém vários tipos de tecidos e células das três camadas germinativas em estágio incompleto de diferenciação, 
 uma vez que são formados por células pluripotentes;**
· Camadas Germinativas
- Formadas a partir do epiblasto;
- Mesênquima – formado por células que abandonam a superfície 
 da linha primitiva;
 - é um tecido composto por células amebóides 
 frouxamente arranjadas e ativamente fagocíticas, 
 que se encontram suspensas em uma matriz 
 gelatinosa;
 - forma os tecidos de sustentação do embrião (maior 
 parte dos conjuntivos);
 - são células pluripotenciais que proliferam e se 
 diferenciam em diversos tipos celulares;
- Mesoderma Embrionário (mesoblasto) - formado pelas células mesenquimais produzidas pela linha primitiva que se organizam nessa terceira 
 camada, ocupando a área entre o antigo hipoblasto e as células do epiblasto;
	 -suas células migram para as bordas do disco embrionário, unindo-se ao mesoderma extra-embrionário;
 - ao fim da terceira semana, encontra-se mesoderma em toda extensão do embrião entre o ectoderma e 
 o endoderma (exceto na membrana bucofaríngea, na cloacal e no plano mediano da região ocupada 
 pela notocorda);
	 - origina os músculos esqueléticos, as células sanguíneas, o revestimento dos vasos sanguíneos, o 
 músculo liso visceral, os revestimentos serosos de todas as cavidades do corpo, os ductos e órgãos dos 
 sistemas reprodutivo e secretor, a maior parte do sistema cardiovascular e todos os tecidos conjuntivos 
 (cartilagem, ossos, tendões, ligamentos, derme e estroma dos órgãos internos);
- Endoderma Embrionário – formado por um deslocamento do hipoblasto no teto do saco vitelino, pelas células do epiblasto;
 - composto por células do epiblasto, do hipoblasto (poucas) do nó primitivo e das demais partes da linha primitiva;
 – fonte dos revestimentos epiteliais das vias respiratóriase do trato gastrointestinal (órgãos, glândulas que se abrem 
 no trato e células dos órgãos associados);
- Ectoderma Embrionário – formado pelas células que continuam no epiblasto, passando a ser reconhecido como ectoderma quando a linha 
 primitiva começa a produzir suas próprias células mesenquimais;
 – origina a epiderme, o sistema nervoso central e periférico, o olho, a orelha interna e os tecidos conjuntivos da cabeça;
**o mesoderma e o endoderma migram através da linha primitiva, de modo que enquanto penetram a linha primitiva, as células do epiblasto deixam de expressar E-caderina, que mantém as células unidas, migrando como células individuais **
A continuação do desenvolvimento depende das induções embrionárias, ou seja, de sinais que são trocados entre o tecido indutor e o tecido responsivo, alterando o seu curso de desenvolvimento;
 As induções moleculares são provenientes de uma sucessão de centros de sinalização, começando com a endoderme visceral anterior, progredindo para a futura porção causal do embrião, onde forma a linha primitiva, que assume o centro por ação nó primitivo, esse perde sua influência com o surgimento da notocorda, que se torna o centro de sinalização principal;
**Membrana Orofaríngea – região onde o ectoderma e o endoderma embrionário entram em contato sem nenhum mesoderma mediante;
	 - marca o local da futura cavidade oral**
· Processo Notocordal 	
 
- Células mesenquimais do nó e da fosseta primitiva migram, formando um cordão celular mediano com uma luz, o canal notocordal;
- O processo notocordal cresce entre o ectoderma e o endoderma, estendendo-se cefalicamente do nó primitivo até alcançar a placa pré-cordal;
- Placa Pré-Cordal – área circular de células endodérmicas colunares, em que o ectoderma e o endoderma estão em contato;
	 - é o primórdio da membrana bucofaríngea, podendo ter papel de centro sinalizador do desenvolvimento das estruturas 
 craniais;
	- o mesoderma pré-cordal induz a formação do cérebro anterior e do olho;
	- suas células estão estrutural e funcionalmente associadas às células do hipoblasto;
- Células mesenquimais da linha primitiva e do processo notocordal migram lateral e cefalicamente entre as células mesodérmicas e endodérmicas, alcançando as bordas do disco embrionário;
- O mesoderma intra-embrionário separa o ectoderma do endoderma em todos os lugares, exceto na membrana bucofaríngea, no processo notocordal e na membrana cloacal, de modo que devido à fusão do ectoderma e do endoderma essas regiões do disco embrionário permanecem bilaminar;
- Sinais instrutivos da região de linha primitiva induzem as células precursoras notocordais a formarem a notocorda (estrutura celular semelhante a uma haste); 
· Notocorda
– Haste celular sólida que corre ao longo do eixo longitudinal do embrião, definindo o seu centro e estendendo-se da membrana bucofaríngea ao nó primitivo;
- Funciona como suporte longitudinal original para o corpo e como indutor primário do embrião inicial, estimulando a conversão do ectoderma da superfície que recobre o tubo neural e as primeiras etapas do desenvolvimento do pâncreas dorsal e fornecendo sinais para o desenvolvimento do sistema nervoso central e do esqueleto axial (ossos da coluna vertebral e da cabeça);
- É o principal centro de sinalização axial do tronco no embrião inicial;
- Desenvolvimento – a partir da invaginação de células da fosseta primitiva, o processo notocordal se alonga;
	 - canal notocordal – formado pela extensão da fosseta primitiva para dentro do processo notocordal;
	 - o processo notocordal passa a ser um tubo celular, que se estende cefalicamente do nó primitivo até a placa pré-cordal;
 	 - o assoalho do processo notocordal funde-se ao endoderma embrionário subjacente e essas camadas fundidas sofrem uma 
 degeneração gradual, formando aberturas no assoalho do processo notocordal, que se confluem rapidamente, permitindo o 
 desaparecimento do assoalho do canal notocordal e sua comunicação direta com o saco vitelino;
	 - placa notocordal – formada pelos remanescentes do processo notocordal;
	 - é uma estrutura achatada e com um sulco; 
 - devido à proliferação das células da notocorda (iniciada pela extremidade cefálica) a placa notocordal dobra-se, originando 
 a notocorda;
	 - canal neuroentérico – comunicação transitória entre as cavidades dos sacos amniótico e vitelino, pela parte proximal do 
 canal notocordal;
	- fecha ao fim do desenvolvimento da notocorda;
	 - a notocorda se separa do endoderma do saco vitelino, tornando-se uma camada contínua;
- Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se formam;
- Permanece como núcleo pulposo de cada disco intervertebral;
**Cordomas – tumores benignos e malignos causados pelos restos vestigiais de tecido notocordal;
	 - ocorrem na base do crânio, estendendo-se até a nasofaringe;
	 - crescem lentamente, de modo que, as formas malignas, infiltram os ossos;
· Alantóide 
- Surge no 16º dia, como uma evaginação, em pequeno divertículo, da parede caudal do saco vitelino, que se estende para o pedículo do embrião;
- Permanece pequeno;
- O mesoderma alantóide se expande abaixo do córion e forma os vasos sanguíneos que servirão à placenta;
- Os vasos sanguíneos do alantóide tornam-se artérias umbilicais;
- Uraco – linha da parte proximal do divertículo alantóide original que persiste durante a maior parte do desenvolvimento;
 - estende-se da bexiga até a região umbilical;
 - é o ligamento umbilical mediano nos adultos;
**Cistos do alantóide – são restos da porção extra-embrionária do alantóide, que são encontradas entre os vasos umbilicais fetais;
	 - até a infância e a adolescência, geralmente são assintomáticos, a partir disso podem gerar inflamação e infecção;
	- apresenta-se, com maior frequência, na parte proximal do cordão umbilical, próximo a sua ligação com a parede 
 abdominal anterior;**
2. NEURULAÇÃO 
- Durante a neurulação, o embrião é denominado nêurula;
- Envolve os processos de formação da placa neural e das pregas neurais, que formam o tubo neural;
- Conclui-se na quarta semana;
· Placa Neural
 A notocorda, no fim da fase da gástrula, exerce sobre o ectoderma que a recobre uma indução (indução neural) à formação da placa neural;
 O nó primitivo e o processo notocordal atuam como indutor neural, e o ectoderma sobrejacente como tecido responsivo;
**quando o contato entre a notocorda e o ectoderma não ocorrem o embrião evolui como uma massa amorfa (processo de exogastrulação) **
- O mesoderma dorsal subjacente (em colaboração com outras regiões do embrião) sinaliza às células ectodérmicas acima dela para se desenvolverem em células colunares da placa neural (indução neural), de modo que as células da placa neural presuntiva se distinguem do ectoderma circundante, a qual se transformará em epiderme;
- As regiões do ectoderma destinadas a se tornarem tecido neural sofrem mudanças na forma celular, tornando-se mais alongadas, enquanto as células destinadas a formar a epiderme se tornam mais achatadas;
- O alongamento das células ectodérmicas dorsais causa a elevação dessas regiões neurais presuntivas acima do ectoderma circundante, criando assim, a placa neural (inclui cerca de 50% do ectoderma);
- Placa alongada de células epiteliais espessadas, que se forma pela concentração do ectoderma embrionário acima da notocorda;
- Encontra-se cefalicamente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda e ao mesoderma adjacente a esta;
- Neuroectoderma – é o ectoderma da placa neural;
	- origina o Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) e a outrasestruturas (como a retina);
- Inicialmente, corresponde em comprimento com a notocorda subjacente, de modo que enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende, ultrapassando-a ao atingir cefalicamente a membrana bucofaríngea;
- Sulco Neural – invaginação da placa neural ao longo do seu eixo central/mediano (18º dia), próximos à conexão da placa neural com o restante 
 da ectoderma;
	 - apresenta pregas neurais em ambos os lados;
	 - as regiões que se formam o sulco neural são chamadas de pontos de articulação dorsolateral (DLHPs), de modo que as células 
 
 dessa área aumentam sua altura, adquirindo forma de cunha, devido a ação dos microtúbulos e microfilamentos celulares;
- Pregas Neurais – proeminências na extremidade cefálica do embrião, representando os primeiros sinais do desenvolvimento encefálico;
 	 - são elevações laterais ao suco neural, que se formam após as bordas da placa neural se engrossarem e moverem para cima;
	 - ao fim da terceira semana, fundem-se, convertendo a placa neural em tubo neural;
**as interações celulares na superfície do epitélio e no mesoderma subjacente estabelecem os limites da placa neural e especifica os locais de transformação epitelial-mesenquinal**
** a modelagem da placa neural é produzida pelas células da linha mediana que se situam diretamente acima da notocorda, sendo essas nomeadas de células do ponto de articulação mediano (MHP) - derivadas da placa neural imediatamente anterior ao nódulo de Hensen e da sua linha média anterior**
· Tubo Neural
- Originado da placa neural, a partir da fusão de suas pregas neurais, formando uma camada contínua sobre o tubo e as costas do embrião;
- As pregas neurais migram em direção à linha média do embrião, fundindo – se para formar o tubo neural abaixo do ectoderma sobreposto;
- É o primórdio do Sistema Nervoso Central;
- O tubo neural tem duas fontes distintas, sendo uma ectodérmica e uma do nódulo de Hensen/nó primitivo (contém as células necessárias
para a formação da placa do assoalho caudal e da notocorda);
- A aproximação dos pares de dobras neurais na linha média dorsal, faz com que as dobras se aglutinem umas às outras e as células das duas partes se reúnam, fechando o tubo neural;
- O fechamento do tubo neural nos mamíferos se inicia em vários locais ao longo do eixo ântero-posterior, ao mesmo tempo;
· Crista Neural
- Composta por células neuroectodérmicas;
- À medida que as pregas neurais se encontram, na transição entre placa e tubo neural, as células da crista, que eram epiteliais, se transformam em mesenquimais e se afastam, devido à perda de afinidade com o epitélio e com as células vizinhas;
- Com a separação to tubo neural do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa achata irregular, entre o tubo neural e o ectoderma superficial, a crista neural;
**as células da porção mais dorsal do tubo neural se tornam as células da crista neural**
- Separa-se em partes direita e esquerda, migrando para os espaços dorsolaterais do tubo neural e originando os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais;
**as células da crista neural se movem sobre e dentro da superfície dos somitos, de modo a disseminar-se amplamente ao longo da vida**
- As células da crista neural originam os gânglios espinhais, os do sistema nervoso autônomo, os dos nervos cranianos (V, VII, IX e X); formam as bainhas de neurilema dos nervos periféricos e contribuem para a formação de leptomeninges e colaboram para a formação das células pigmentares, células da medula da supra-renal (adrenal) e para componentes musculares e esqueléticos da cabeça;
** Anomalias Congênitas Resultantes de Neurulação Anormal – distúrbios e defeitos na neurulação podem resultar em graves anormalidades
 do encéfalo e da medula espinhal, como a meroanencefalia (ausência parcial do 
 encéfalo);
	 - os distúrbios podem afetar o destino das células e os mecanismos de adesão, 
 fazendo com que as pregas neurais não se fundam, de modo a não formar o tubo; 
a. Desenvolvimento dos Somitos 
- Mesoderma Paraxial - formado por células derivadas do nó primitivo, que formam colunas grossas e longitudinais, próximas a esse;
	- encontra-se em continuidade com o mesoderma intermediário;
	- divide-se em pares de corpos cubóides,os somitos;
- Somitos – corpos cubóides formados no mesoderma paraxial, ao lado dos tubos neurais;
 -formam elevações que se destacam da superfície do embrião
 - são estruturas transitórias que aparecem a partir do fim da terceira semana;
 - formam-se na parte anterior do embrião, em uma sequência cefalocaudal, de modo que os somitos mais velhos são os cefálicos e os 
 mais jovens, os caudais (a progressão ordenada de segmentação deve-se a um mecanismo de relógio da expressão dos genes e aos 
 axônios motores do cordão espinhal que inervam as células musculares nos somitos);
 - origina o esqueleto axial, os músculos associados e a pele adjacente;
 - importantes na organização do padrão segmentar de embriões de vertebrados;
 - determinam os caminhos da migração das células da crista neural e axônios do nervo espinhal;
** O mesoderma intermediário se afina, formando o mesoderma intermediário, que se encontra em continuidade com o mesoderma extra-embrionário (cobre o saco vitelino e o âmnio) **
**durante o período somítico do desenvolvimento humano (20º ao 30º dia), são formado cerca de 38 pares de somitos**
**durante a quarta e a quinta semana a quantidade de somitos pode ser utilizada como critério para determinar a idade do embrião e o progresso do seu desenvolvimento**
b. Celoma Intra-embrionário 
- Espaços celômicos isolados surgem no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico (formador do coração) e ao se aglutinarem formam o celoma intra-embrionário;
- O celoma intra-embrionário é uma cavidade em forma de ferradura que divide o mesoderma lateral em duas camadas;
- Mesoderma parietal/somática – camada do mesoderma lateral sob o ectoderma, de forma continua ao mesoderma extra-embrionário que cobre o 
 âmnio;
- Somatopleura – formado pelo mesoderma parietal e pelo ectoderma sobrejacente;
	- originam a parede do corpo do embrião;
- Mesoderma visceral/esplâncnica – camada do mesoderma lateral adjacente ao endoderma, de modo contínuo ao mesoderma extra-embrionário 
 que cobre o saco vitelino;
- Esplancnopleura – formado pelo mesoderma visceral e pelo endoderma subjacente;
	 - origina o intestino do embrião;
**originará as cavidades corpóreas que de dividem em cavidades pericárdica, pleural e peritoneal, durante o segundo mês**
a. Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas
 Na terceira semana, as vilosidades coriônicas, que já atingiram o estágio primário (2ª semana), recobrem toda superfície do saco coriônico, começam a se ramificar e a serem penetradas pelo mesênquima, formando um eixo central de tecido mesenquimal, atingindo assim o estágio secundário;
 Os vasos sangüíneos das vilosidades coriônicas são formados do mesoderma extra-embrionário que penetra nos pequenos montes de tecido citotrofoblástico chamados vilosidades primárias, formando as vilosidades secundárias;
- Vilosidades coriônicas terciárias – quando as células mesenquimais das vilosidades se diferenciam em capilares e células sanguíneas;
	 - o mesoderma extra-embrionário produziu vasos sangüíneos, e essas vilosidades terciárias estão aptas a 
 trazer nutrientes e oxigênio da mãepara o embrião, no fim da terceira semana;
- Os capilares das vilosidades coriônicas fundem-se formando as redes arteriocapilares, que a partir dos vasos do córion e do pedículo embrionário, conectam-se com o coração;
 **ao fim da terceira semana, o sangue do embrião começa a fluir pelos capilares das vilosidades coriônicas**
- A partir das paredes das vilosidades, o oxigênio e os nutrientes presentes no sangue materno se difundem, penetrando no sangue do embrião, assim também acontece com o dióxido de carbono e resíduos presentes nos capilares fetais que se difundem para o sangue materno;
- Capa citotrofoblástica – formada pela proliferação das células do citotrofoblasto que se estendem a partir do sinciciotrofoblasto, envolvendo o 
 saco coriônico e prendo-o ao endométrio;
	- vilosidades tronco – vilosidades que se prendem aos tecidos maternos pela capa citotrofoblástica;
	- vilosidades terminais – vilosidades laterais as vilosidades tronco, que realizam a maior parte das trocas materiais entre o 
 sangue da mãe e do embrião, uma vez que são banhadas pelo sangue materno do espaço 
 interviloso;
**Crescimento Anormal do Trofoblasto – consiste na formação de molas hidratiformes (intumescimentos císticos) devido a degeneração das 
 vilosidades coriônicas quando o embrião morre;
	- podem se desenvolver em coricarcinomas, que são lesões trofoblásticas malignas que produzem 
 metástases, disseminando-se pela corrente sanguínea para vários locais do corpo;
b. Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular 
- Até o fim da segunda semana, a nutrição embrionária deve-se a difusão sanguínea que ocorre por meio do celoma extra-embrionário e do saco vitelino;
- No início da terceira semana, a vasculogênese (formação de canais vasculares novos pela reunião de precursores celulares individuais) e a angiogênese (formação de novos vasos pela ramificação de vãos preexistentes) são iniciadas, devido à necessidade de vasos sanguíneos trazerem nutrientes e oxigênio da circulação materna, pela placenta;
- Os vasos sanguíneos são formados no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo embrionário e do córion;
**é o primórdio da circulação uteroplacentária**
- Vasculogênese – as células mesenquimais do mesoderma diferenciam-se em angioblastos (precursoras de células endoteliais);
	 - os angioblastos formam as ilhotas sanguíneas, que são grupos de células angiogênicas associados ao saco vitelino ou aos 
 cordões endoteliais do embrião;
	- a convergência das fendas intercelulares dentro das ilhotas forma cavidades;
	- os angioblastos tornam-se células endoteliais, a partir do seu achatamento e da sua disposição em torno das cavidades, 
 formando o endotélio;
	- a fusão das cavidades revestidas por endotélio, das ilhotas sanguíneas, forma redes de canais endoteliais;
**os vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros vasos**
- As células sanguíneas são formadas pelas células endoteliais dos vasos, no fim da terceira semana, à medida que elas se desenvolvem nas paredes do saco vitelino e do alantóide;
**a hematogênese (formação do sangue) começa na quinta semana no mesênquima do embrião (principalmente do fígado, baço, medula óssea e linfonodos) **
**os eritrócitos fetais e adultos derivam de diferentes células progenitoras hematopoiéticas**
**as células mesenquimais que circulam nos vasos sanguíneos endoteliais primitivos diferenciam-se nos elementos musculares e conjuntivos dos vasos**
**as células mesenquimais da área cardiogênica formam o coração e os grandes vasos**
- Não há fusão dos sistemas circulatórios materno e fetal, mas sim a difusão de substâncias solúveis através das vilosidades, de forma que a mãe proporcione nutrientes e oxigênio ao feto, e o feto envia seus produtos descartáveis (principalmente dióxido de carbono e uréia) para a circulação materna;
- Primórdio do Coração – o encontro cefálico das células mesenquimais da linha primitiva, que migram em torno do processo notocordal e da 
 Tubo Cardíaco - placa pré-cordal, forma o mesoderma cardiogênico, na área cardiogênica (primórdio do coração começa a se 
 Primitivo desenvolver no fim da terceira semana);
	 - formado pela fusão dos tubos cardíacos endocárdicos (canais longitudinais revestidos por endotélio), na 3ª semana;
- Sistema Cardiovascular primitivo – consiste na união do coração tubular com os vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do córion e do saco 
 vitelino;
	- primeiro sistema de órgãos a alcançar um estado funcional;
 **no fim da terceira semana o sangue já circula e o coração começa a bater no 21º/22º dia**
 (
- O saco 
vitelínico (e
 por
tanto
 o hipoblasto) é a fonte do mesoderma extra-embrionário 
que se junta às extensões trofo
blásticas e dá origem aos vasos sangu
íneos que levam nutrientes da mãe para o embrião
;
- Os vasos do cordão umbilical são formados no pedúnculo de conexão do mesoderma extra-embrionário com o trofoblasto;
- Placenta – fusão do córion (
tecido trofoblástico 
e mesoderma contendo vasos sangu
íneos
) com a parede uterina, assim a placenta possui uma porção materna e um componente fetal;
 
)
· O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E AS CÉLULAS TRONCO 
– São células que possuem a capacidade de desenvolver variados tipos celulares e tecidos (pluripotentes) em resposta a ambientes específicos e a combinação de agentes exógenos;
- Células pouco diferenciadas que se dividem continuamente durante toda a vida do animal, produzindo células que podem evoluir para gerar células irreversivelmente diferenciadas (células trânsito-amplificadoras) ou células que permaneçam como tronco, não se diferenciando (auto-renovação);
- Células Tronco Embrionárias – células-tronco derivadas da massa celular interna;
- Células Germinativas Embrionárias – células tronco derivadas das células germinativas primordiais;
- São células precursoras, especializadas em suprir tecidos que precisam da substituição celular, tanto de maneira continua, quanto para reparo ou regeneração;
- Principal função: manter uma reserva constante de células que podem se diferenciar em tipos especializados;
- Seu isolamento e cultivo representam um grande potencial para o tratamento de doenças degenerativas, malignas e genéticas;
**não são totipotentes (apenas os blastômeros assumem essa característica), mas podem originar todos os tipos de célula do organismo**
· Diferenciação Celular
 – Conjunto de processos que transforma uma célula embrionária indiferenciada em uma célula especializada em níveis fisiológicos e morfológicos;
- Expressa o grau de especialização celular baseado nas expressões e repressões gênicas, ou seja, na perca de capacidade em expressar a maior parte das informações do DNA;
 - Consiste no desenvolvimento de células que passam a exercer com grande eficiência as funções que outras células também realizam, mas com menor eficiência funções distintas;
- Aumenta a eficiência do conjunto, mas desenvolve uma grande dependência entre os diferentes tipos celulares;
- É gradual e ocorre por meio de modificações moleculares e morfológicas, aumentando a complexidade celular;
 - Se relaciona inversamente a capacidade de multiplicação, na maioria das células; 
- Controlada por fatores intrínsecos (derivam do DNA e do material citoplasmático da célula) e extrínsecos (deriva dos sinais provenientes de outras células, da matriz extracelular do organismo e dos agentes provenientes do meio ambiente);
· O HCG E A FISIOLOGIA DO CICLO MENSTRUAL
- O sinciciotrofoblasto do blastocisto produz o hormônio Gonadotrofina CoriônicaHumana (hCG), que atua no ovário mantendo a atividade do corpo lúteo e sua produção de estrogênio e progesterona, até a vigésima semana, quando a placenta começa a produzir seus próprios estrogênios e progesterona, suficientes para manutenção da gravidez;
- O hCG faz com que o corpo lúteo secrete quantidades ainda maiores de progesterona e estrógenos, crescendo cerca de duas vezes do seu tamanho inicial;
- Hormônio peptídico que é capaz de induzir outras células da placenta (e do ovário materno) a produzir progesterona (hormônio esteróide que mantém a parede uterina espessada e cheia de vasos sanguíneos, sendo também usada pela glândula supra-renal fetal como um substrato para a produção de hormônios corticosteróides);
Estimula as células intersticiais dos testículos dos fetos masculinos, efetivando a produção de testosterona nesses até o nascimento;
 Conduz o crescimento dos órgãos sexuais masculinos no feto e a descida dos testículos para o saco escrotal no período final da gestação;
- Evita a descamação do útero, que ocasionaria o fim da gravidez pela eliminação do embrião;
- O seu pico de produção ocorre na oitava semana de gestação, diminuindo gradativamente;
- Pode ser medido no sangue, cerca de 8 a 9 dias após a ovulação, pouco depois da implantação do blastocisto no endométrio;
· REFÊRENCIAS
 - Moore, K. (2008). Embriologia Clínica. Capítulo 4. 8ª edição. Editora: Elsevier;
- Carlson, B. (2014). Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. Capítulos 3,5 e 6 – Parte 1. 5ª edição. Editora: Elsevier;
- Junqueira., Carneiro. (2012). Biologia Celular e Molecular. Capítulo 11. Editora: Guanabara;
- Gilbert. (1997). Biologia do Desenvolvimento. Capítulos 6, 7 e 9 – Parte II. 5ªedição. Editora: Funpec;
- Hall. J. (2016). Guyton e Hall Tratado de Fisiologia Médica. Capítulo 83. Unidade XIV. 13ª edição. Editora: Elsevier.

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