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Cirurgia – Amanda Longo Louzada 
1 SÍNDROME DISFÁGICA 
DISFAGIA: 
➔ Dificuldade para engolir 
➔ São dois momentos principais no ato de deglutir, a 
transferência (saída do alimento da cavidade oral 
para o esôfago) e condução (condução do 
alimento até o estômago) 
TIPOS: 
➔ Disfagia de Transferência: o paciente possui 
dificuldade para engolir, levando ao engasgo 
➢ Causas: 
• Neurológicas: ELA, esclerose múltipla e 
sequela de AVE 
• Muscular: dermatopolimiosite e miasteni gravis 
➔ Condução: dificuldade de transporte, levando ao 
“entalo” 
➢ Causas: 
• Distúrbio Motor do Esôfago: disfagia para 
sólidos e líquidos 
• Distúrbio Obstrutivo do esôfago: disfagia 
inicialmente para sólidos e, depois, líquidos 
DIVERTÍCULO DE ZENCKER: 
➔ Pseudodivertículo com origem na hipertonia do 
músculo cricofaríngeo 
FORMAÇÃO: 
➔ O diverticulo é formado por mucosa e submucosa 
do esôfago, por não ser formado por todas as 
camadas ele é chamado de pseudodivertículo 
➔ Ocorre devido a hipertonia do esfíncter esofagiano 
superior, que é formado pelo músculo 
cricofaríngeo 
➔ Como o esfíncter é hipertônico para que ocorra a 
deglutição, o paciente faz uma força maior para 
deglutir 
➔ Após anos de repetição fazendo força para 
deglutir, fazendo tanta pressão que chega um 
momento que expulsa mucosa e submucosa, 
formando o divertículo 
➔ Se forma do triângulo de Kiliian 
 
➔ Eventos: 
➢ Hipertonia do músculo cricofarínego 
➢ Herniação da mucosa e submucosa 
CLÍNICA: 
➔ Halitose 
➔ Regurgitação 
➔ Disfagia de condução 
➔ Presença de massa palpável, que ao comprimir ela 
esvazia 
➢ Mais comum de aparecer do lado esquerdo 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Esofagografia baritada: imagem em adição 
➢ Exame padrão-ouro 
 
TRATAMENTO: 
➔ < 2 cm: miotomia cricofaríngea 
➔ 2 a 5 cm: 
➢ Miotomia + diverticulopexia 
➢ Endoscopia: procedimento de Dohlman – 
miotomia + diverticulotomia 
Cirurgia – Amanda Longo Louzada 
2 SÍNDROME DISFÁGICA 
 
➔ > 5 cm: Miotomia + diverticulectomia 
DIVERTÍCULO MÉDIO-ESOFÁGICO: 
ETIOLOGIAS: 
➔ Pode ser ocasionado por tração, devido aos 
linfonodos inflamatórios 
➔ Pulsão, ocorre por desordem muscular primária 
DIVERTÍCULO EPIFRÊNICO: 
➔ Desordem muscular primária 
ANEL DE SCHATZKI: 
➔ Estreitamento laminar do corpo do esôfago 
CLÍNICA: 
➔ Disfagia intermitente: ocorre em grandes pedaços 
de alimentos 
➔ Síndrome do Steakhouse: mal-estar devido a não 
descida do alimento para o estômago, tendo uma 
sensação de entalo 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Esofagografia baritada 
 
TRATAMENTO: 
➔ Dilatação endoscópica 
ACALASIA: 
ETIOLOGIA: 
➔ A mais comum é idiopática 
➔ A secundária normalmente é causada pela doença 
de Chagas, que deve ser pensada quando a 
questão falar que o paciente esteve em região 
endêmica da doença 
FISIOPATOLOGIA: 
➔ Destruição de plexos mioentéricos (idiopático ou 
por chagas) que controlam os esfíncteres 
➔ Fazendo com que ocorra uma insuficiência do 
relaxamento do esfíncter esofagiano inferior 
➔ Além disso ocorre perda da peristalse do corpo do 
esôfago 
MANIFESTAÇÕES: 
➔ Disfagia 
➔ Regurgitação 
➔ Perda de peso 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Endoscopia: é possível observar retenção de 
saliva e exclui a obstrução por câncer 
➔ Esofagografia baritada: esôfago em bico de 
pássaro, imagem em chama de vela ou imagem 
em ponta de lápis 
 
➔ Manometria: é o padrão-ouro, observa a pressão 
dentro do esôfago. 
➢ É possível a diminuição do relaxamento do 
esfíncter esofagiano inferior da peristalse do 
corpo 
Cirurgia – Amanda Longo Louzada 
3 SÍNDROME DISFÁGICA 
 
CLASSIFICAÇÃO DE REZENDE E MASCARENHAS: 
➔ Feita através da esofagografia 
➔ Grau I: < 4 cm 
➔ Grau II: 4 – 7 cm 
➔ Grau III: 7 – 10 cm 
➔ Grau IV: > 10 cm ou com perda do eixo 
(dolicomegaesôfago) 
 
TRATAMENTO: 
➔ Farmacológico: é pouco resolutivo 
➢ Toxina botulínica 
➢ Drogas orais antes das refeições (bloqueador de 
canal de cálcio ou nitrato) 
➔ Definitivo: 
➢ Dilatação pneumática 
 
➢ Miotomia a Heller + fundoplicatura 
 
➢ Miotomia endoscópica peroral (POEM - PerOral 
Endoscopic Myotomy) 
 
➢ Esofagectomia: apenas para megaesôfago grau 
IV (> 10 cm) 
➔ Possui risco de evoluir com CEC de esôfago 
ESPASMO ESOFAGIANO DISTAL (DIFUSO): 
CLÍNICA: 
➔ Disfagia 
➔ Percordialgia 
EXAME DE IMAGEM: 
➔ Esofagografia: esôfago em saca rolhas ou em 
ponta de rosário 
 
➔ Manometria Convencional: contrações simultâneas 
não-peristálticas 
Cirurgia – Amanda Longo Louzada 
4 SÍNDROME DISFÁGICA 
 
➔ Manometria de Alta Resolução: IRP normal + 20% 
ou mais da contrações simultâneas 
 
TRATAMENTO: 
➔ Falar que a doença é benigna, orientar o uso de 
bala de hortelã que ajuda no controle dos sintomas 
➔ Bloqueador de canal de cálcio 
➔ Tricíclicos 
➔ Cirurgia (miotomia) 
ESÔFAGO HIPERCONTRÁTIL (QUEBRA-NOZES): 
CLÍNICA: 
➔ Disfagia 
➔ Percordialgia 
EXAME DE IMAGEM: 
➔ Esofagografia: peristalse normal 
➔ Manometria Convencional: peristalse de elevada 
amplitude 
➔ Manometria de Alta Resolução: IRP normal + 20% 
ou mais das contrações hipercontráteis 
 
TRATAMENTO: 
➔ Falar que a doença é benigna, orientar o uso de 
bala de hortelã que ajuda no controle dos sintomas 
➔ Bloqueador de canal de cálcio: durante a crise 
➔ Tricíclicos 
➔ Cirurgia (miotomia): para casos refratários

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