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Hipoplasia ovariana

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Hipoplasia ovariana
A hipoplasia ovariana é uma enfermidade que pode acometer todas as espécies domésticas, sendo mais frequente em vacas (CARMO et al., 2009). Possui caráter hereditário, onde os animais apresentam o trato reprodutor infantil, tendo sua funcionalidade afetada (VENDRUSCOLO et al., 2005).
O ovário pode ser afetado parcialmente ou totalmente, também de forma bilateral ou unilateral. A esterilidade do animal ocorre quando a condição é total e bilateral, já na forma unilateral ocorre a subfertilidade (NASCIMENTO & SANTOS, 2003).
Inexistência de folículos ovarianos, presença de cistos, corpos lúteos ou fibrosos são características dos ovários com essa afecção, além disso, a superfície pode exibir-se lisa ou rugosa. Em cerca de 87% dos casos de hipoplasia ovariana unilateral, a incidência é maior na gônoda esquerda, na gônoda direita somente 4%, porém quando se trata do aspecto bilateral, a incidência é de 9% (JONES; HUNT; KING, 2000).
Geralmente por meio da necropsia, ou em decorrência de uma cirurgia diagnostica-se a hipoplasia, outra forma é durante o exame ultrassonográfico (JONES; HUNT; KING, 2000).
Hipoplasia ovariana em fêmeas bovinas
Nessa espécie a patologia na forma bilateral favorece o aparecimento de características físicas que se assemelham a machos castrados, com úberes pequenos e membros longos, além de, bacia curta e a não manifestação de características sexuais secundárias. Já na hipoplasia parcial ou unilateral, o ciclo estral e a fertilidade podem apresentar-se sem alterações (BRONDANI et al., 2012).
Por meio do exame retal é possível diagnosticar a hipoplasia ovariana, onde os ovários apresentam-se pequenos, com consistência firme e superfície achatada (BRONDANI et al., 2012). Todavia basear-se apenas no tamanho é arriscado, uma vez que, fêmeas com ovários afuncionais e búfalas possuem ovários menores (RIBEIRO & VALE, 1988).
 Outra forma é através do exame vaginal, onde ao introduzir o espéculo, observa-se mucosa anêmica e seca, além da cérvix fechada na porção posterior, característico de hipoplasia bilateral total. Na hipoplasia unilateral, o ovário esquerdo geralmente é o acometido, entretanto o ovário direito é normal, não apresentando alterações que comprometam sua funcionalidade, podendo portanto sustentar uma gestação sem comprometimentos (BRONDANI et al., 2012).
ovário afuncional está diminuído de tamanho devido a ausência de crescimento folicular e ocorre nas doenças crônicas, podendo retornar ao normal depois de corrigida a causa. É uma alteração adquirida e reversível.
Hipoplasia ovariana em gatas
Essa condição é rara, entretanto durante o procedimento de OSH eletiva em uma gata Persa de três anos de idade, reportou-se o primeiro caso de hipoplasia bilateral ovariana e uterina, que cursa com infertilidade (AGUIRRA et al., 2016).
Hipoplasia ovariana em cadelas
Esta condição já foi descrita nessa espécie, é de caráter congênito e raro, porém possui poucos estudos relacionados à mesma (LYLE, 2007).
Uma gata Persa com 3 anos de idade, foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural da Amazônia para realização de ovariosalpingohisterectomia (OSH) eletiva. O animal nunca manifestou cio e apresentava bom estado geral, porém, o proprietário queria reduzir os riscos de câncer de mama. Os exames laboratoriais resultaram em valores de hemograma, bioquímico e eletrocardiograma dentro dos padrões de normalidade para a espécie.
Referencias: 
AGUIRRA, M.V.R.L. hipoplasia ovárica-uterina bilateral em felídeo doméstico- Relato de caso. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, 38(2):108-110, abr/jun., 2016.
BRONDANI, M.P. et al. Hipoplasia Ovariana Bovina, Observada em Peça de Frigorífico: Relato de Caso. Revista Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v.4, n.1, 2012.
CARMO, P. R. et al. Anestro ou condições anovulatórias em bovinos. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, v.3, n.12, 2009.
JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, N. W. Patologia veterinária. 6. ed. São Paulo: Manole, 2000. 1415pp.
LYLE, S. K. Disorders of sexual development in the dog and cat. Theriogenology, v.68, p.338-343, 2007.
NASCIMENTO, E.F.; SANTOS, R. L. Patologia da reprodução dos animais
domésticos. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 137pp.
RIBEIRO, H.F.L.; VALE, W.G. Patologia da Reprodução na búfala (Bubalus bubalis). In: Bubalinos: Fisiologia e patologia da reprodução. Fundação Cargill. Campinas. pp.39-68, 1988. 
VENDRUSCOLO, M. et al. Relationship between the lenght of the artifitial insemination act in bovine and the fertility. Archives of Veterinary Science, v.10, p.81-88, 2005.

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