Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Aula 31 – Pedogênese - Modelado Antrópico 
 
 
 
 
 
295 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
• Cambissolos – Uma das principais características dos 
cambissolos é apresentarem-se pouco profundos e, muitas vezes, 
encascalhados. São solos “jovens”, que possuem minerais 
primários e altos teores de silte (material sedimentar composto de 
pequenas partículas de minerais diversos menores do que areia 
fina e maiores do que argila), mesmo nos horizontes superficiais 
(os latossolos, por exemplo, podem ter muita areia ou argila, mas 
nunca têm teores altos de silte). 
O alto teor de silte e a pouca profundidade fazem com que esses 
solos tenham permeabilidade muito baixa. O maior problema, no 
entanto, é o risco de erosão. Devido à baixa permeabilidade, 
sulcos são facilmente formados nesses solos pela enxurrada, 
mesmo quando eles são usados com pastagens. Ocupam 10% da 
área do Cerrado. 
• Litossolos – Ocorrem principalmente no Sertão nordestino e 
norte de Minas Gerais. O clima semiárido inibe a formação de 
solos profundos, devido às limitações hídricas das regiões onde 
ocorrem, reduzindo assim o intemperismo químico. São solos rasos 
e duros, mas muito ricos em minerais em função da baixa 
lixiviação. Para o desenvolvimento de uma agricultura produtiva, 
esses solos exigem a aplicação de técnicas de irrigação modernas. 
 
• Vertissolos – Geralmente conhecidos como massapé, são solos 
compostos de material mineral com cerca de 30% de argila. 
Ocorrem com mais frequência na Zona da Mata nordestina. 
PROCESSOS QUE CONTRIBUEM PARA O EMPOBRECIMENTO 
DO SOLO 
A degradação dos solos constitui um dos principais problemas 
ambientais nas mais variadas regiões da Terra, já que diminui a 
extensão das áreas férteis em razão da perda de solo provocada 
pela poluição, salinização, compactação, desertificação, entre 
outras. A seguir são enumerados alguns dos processos que 
contribuem para o empobrecimento dos solos: 
Lixiviação: consiste na varredura dos nutrientes minerais leves 
pela ação da água, favorecendo o processo de empobrecimento do 
solo. Esse é um processo comum nas áreas equatoriais e tropicais. 
 
Desmatamento: a retirada da vegetação natural deixa o solo 
exposto, favorecendo a ação dos agentes erosivos, já que o 
escoamento superficial das águas das chuvas passa a ser 
favorecido em razão da ausência de vegetação. 
 
Queimada: provoca a perda dos nutrientes minerais, orgânicos e 
gasosos que compõem o solo. 
 
Exploração intensiva: o solo utilizado intensivamente, 
principalmente para monocultura, e sem técnicas de manejo 
adequadas tende a perder nutrientes, pois os vegetais consomem 
do solo esses elementos. 
PERDA ANUAL DOS SOLOS – 75 MILHÕES DE TONELADAS / 
ANO 
 
Fonte: GAIA ATLAS, 2015 
Salinização: com o avanço do crescimento populacional e de uma 
constante busca de melhoria de condições de vida da população 
mundial, a cada dia se intensifica a necessidade por uma maior 
produção de alimentos. Com isso, houve uma expansão das áreas 
agriculturáveis do mundo, impulsionando dessa forma o uso da 
irrigação, tanto para complementar as necessidades hídricas das 
regiões úmidas como para tornar produtivas áreas de climas áridos 
e semiáridos. 
 
 
 
 
 296 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
 
Um dos grandes problemas que decorrem de um processo de 
irrigação mal sucedido é a salinização, ou seja, acumulação de 
sais solúveis de sódio, magnésio e cálcio nos solos, reduzindo sua 
fertilidade. A salinização acontece quando há excesso de 
evaporação da água existente no solo, trazendo os sais das 
camadas mais profundas para as camadas mais superficiais. 
Porém, outros processos além da irrigação podem acarretar a 
salinização dos solos. Entre eles, pode-se citar o lançamento de 
sal nas estradas acometidas por grande quantidade de neve, de 
modo a torná-las transitáveis durante os períodos climáticos mais 
rigorosos, e a exploração excessiva de águas subterrâneas em 
zonas costeiras (causada pelas exigências da crescente 
urbanização, indústria e agricultura nessas zonas), o que contribui 
para uma diminuição do nível dos lençóis freáticos e da intrusão da 
água do mar. 
Desertificação: é um fenômeno típico de regiões de clima 
semiárido, caracterizado pela formação de condições de tipo 
desértico nesses ambientes. Desde a década de 1970, quando 
uma intensa seca na região do Sahel, faixa de aproximadamente 
500 km de extensão localizada ao sul do Deserto do Saara, 
dizimou por fome cerca de 500 000 pessoas, a comunidade 
internacional reconheceu o impacto econômico, social e ambiental 
do problema. 
De acordo com o capítulo 12 (“Ordenação dos ecossistemas 
frágeis: luta contra a desertificação e a seca”) do documento da 
Agenda 21, a desertificação pode ser definida como a degradação 
do solo em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante 
de diversos fatores, inclusive de variações climáticas (provocadas 
pelo aquecimento global ou pelo El Niño, por exemplo) e de 
atividades humanas (sobreuso ou uso inapropriado da terra, 
desmatamento, utilização de técnicas agropecuárias impróprias, 
exploração descontrolada de ecossistemas frágeis, queimadas, 
mineração, etc.). 
A desertificação afeta cerca de um sexto da população mundial 
(1,2 bilhão de pessoas em 2007), mais da metade de todas as 
terras secas e um quarto da área terrestre total do mundo. O 
resultado mais evidente da desertificação, em acréscimo à pobreza 
generalizada, é a degradação de bilhões de hectares de 
pastagens, caracterizadas por baixo potencial de sustento para 
homens e animais; o declínio da fertilidade e da estrutura do solo 
em grande parte das terras secas que constituem terras marginais 
de cultivo irrigadas pelas chuvas; e a degradação de terras de 
cultivo irrigadas artificialmente, atingindo áreas de terras secas 
com alta densidade populacional e elevado potencial agrícola. 
No Brasil, as áreas mais vulneráveis a esse processo estão 
situadas na região Nordeste e no norte de Minas Gerais. No 
Nordeste, estão as áreas consideradas crônicas, e os principais 
núcleos de desertificação estão situados nas localidades de 
Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Seridó-RN e Cabrobó-PE, abrangendo 
uma área de aproximadamente 18 743,5 km2. 
DESERTIFICAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO 
 
Arenização: muitas vezes utilizada como um sinônimo de 
desertificação, o que constitui um erro, a arenização corresponde a 
um processo em que são formados imensos areais (o que acarreta 
o empobrecimento e o aumento da erosão), provocados pelo 
desmatamento de áreas que dão lugar à agricultura e à pecuária 
extensiva em regiões de solos arenosos (pobres em argila, 
elemento responsável pela retenção da água no solo). Porém, 
nessas áreas não é verificada uma redução das chuvas (em muitas 
localidades do Sul do Brasil, os índices pluviométricos são de cerca 
de 1 400 mm anuais) como nas regiões desertificadas. 
ARENIZAÇÃO DO SUL DO BRASIL 
 
Compactação: ocorre quando o solo é sujeito a uma pressão 
mecânica devido ao uso de máquinas ou ao pisoteio excessivo do 
gado, em especial se o solo não apresentar boas condições de 
operabilidade e de transitabilidade, sendo muito difícil de reverter a 
compactação das camadas mais profundas do solo. A 
Aula 31 – Pedogênese - Modelado Antrópico 
 
 
 
 
 
297 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
compactação reduz o espaço poroso entre as partículas do solo, 
deteriorando a sua estrutura e, consequentemente, dificultando a 
penetração e o desenvolvimento de raízes, reduzindo a atividade 
biológica, a fertilidade, o arejamento e a estabilidade do solo. Além 
disso, as águas superficiais encontram dificuldades para infiltrar no 
solo compactado, comprometendo a capacidade de percolação e 
armazenamento, aumentando os riscos de erosão e de cheias, 
quando há chuvas torrenciais.PRESERVAÇÃO, CONSERVAÇÃO E CORREÇÃO DOS SOLOS 
As principais práticas de conservação dos solos sugeridas por 
especialistas têm como objetivo o manejo sustentável, ou seja, 
voltado para a conservação ambiental, segundo as leis ambientais 
vigentes no país. São elas: 
Curvas de nível: em regiões de maior declividade, deve-se realizar 
o plantio em curvas, para que a infiltração da água seja favorecida 
e o escoamento superficial dificultado, evitando assim o desgaste 
prematuro do solo. 
 
Terraceamento: corresponde a uma técnica em que são 
construídos terraços em regiões de topografia inclinada como 
forma de evitar processos erosivos nas áreas de encostas. São 
comuns na paisagem de países do sul e sudeste da Ásia, e são 
utilizados principalmente na rizicultura. 
 
Rotação de culturas: pode ser utilizada para evitar o uso de 
adubação química e também para evitar a exaustão do solo. Isso é 
feito trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as 
necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo, ou seja, 
alternando espécies vegetais numa mesma área agrícola. Essas 
espécies devem ter, ao mesmo tempo, propósitos comerciais e de 
recuperação do solo. Escolhendo diferentes culturas e promovendo 
a rotação de herbicidas e inseticidas, melhora-se o controle de 
plantas daninhas e insetos, pela quebra de seu ciclo de 
desenvolvimento. 
 
Adubação orgânica: os adubos orgânicos constituem-se de 
resíduos de origem vegetal, animal, com elevados teores de 
componentes orgânicos, lignina, celulose, carboidratos, lipídios, 
graxas, óleos e outros. Alguns exemplos são: esterco de curral, 
esterco de galinha, esterco de suínos, tortas de oleaginosas e 
composto orgânico. 
Consórcio de culturas: corresponde ao plantio de diversas 
espécies vegetais ao mesmo tempo em um terreno. A diversidade 
diminui o risco de pragas ou de doenças e mantém o ambiente em 
maior equilíbrio, com características mais próximas ao original. 
 
 
A prática da policultura: o cultivo de várias plantas numa mesma 
área provoca a diminuição de praga, evitando assim a utilização de 
agrotóxicos em excesso, que irão poluir, além do solo, as águas 
subterrâneas e os rios. 
 
Plantio direto: consiste em plantar diretamente sobre os restos da 
colheita anterior. 
 
 
 
 
 298 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
 
Calagem: essa técnica consiste em adicionar calcário a solos 
considerados ácidos como forma de torná-los propensos à 
agricultura. Esse processo foi decisivo para que ocorresse a 
expansão da fronteira agrícola em direção à área de domínio dos 
Cerrados. 
Controle biológico de pragas: o controle biológico de pragas 
corresponde à técnica em que se utiliza organismos benéficos 
(agentes) contra os organismos prejudiciais (alvos). Essa é uma 
forma de controle que não prejudica a qualidade dos alimentos 
produzidos, nem outros seres vivos, como fazem os agrotóxicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 31 – Pedogênese - Modelado Antrópico 
 
 
 
 
 
299 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
A formação dos solos é condicionada essencialmente pelo clima, que, mesmo agindo sobre rochas 
diferentes, levará à formação de solos quase idênticos. Relacione o tipo de solo às áreas de 
ocorrência no globo. 
I. Os latossolos ocorrem nas áreas de clima Tropical quente e úmido. 
II. Os solos podzólicos aparecem nas áreas temperadas, de influência oceânica. 
III. Os solos tchernozion aparecem nas áreas temperadas continentais. 
 
Assinale a alternativa com as relações CORRETAS. 
a) II-A, III-B, I-C b) I-A, III-B, II-C c) III-A, II-B, I-C 
d) II-A, I-B, III-C e) I-A, II-B, III-C 
 
Questão 02 
Analise esta sequência de figuras, em que está representada a formação do solo ao longo do tempo 
geológico, sabendo que as divisões que aparecem em cada figura e na legenda representam as 
etapas dessa evolução: 
 
SCHAETZL, R. J.; ANDERSON, S. Soil: Genesis and geomorphology. Cambridge: University Press, 2005. p. 396 
 
A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que essa sequência de figuras sugere que 
a) a evolução e o aumento da espessura do solo estão condicionados à escala do tempo geológico. 
b) o crescimento aéreo e subterrâneo da vegetação é inversamente proporcional ao desenvolvimento 
do solo. 
c) o desenvolvimento do solo, ao longo do tempo, resulta na sua diferenciação em horizontes. 
d) o material inorgânico presente no solo resulta de alterações ocorridas na rocha. 
 
Questão 03 
Observe os perfis de solo 1, 2 e 3, característicos de três dos domínios morfológicos existentes no 
Brasil. 
 
 
Eles são, respectivamente, representações esquemáticas de solos dos domínios morfológicos 
a) amazônico, da caatinga e dos mares de morro. 
b) dos mares de morro e do cerrado. 
c) da caatinga, do cerrado e amazônico. 
Anotações

Mais conteúdos dessa disciplina