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07/02/2024 Leishmaniose Tegumentar Americana – LTA Componente Integrador – Parasitologia IV Semestre Profª Drª Caroline Santos Silva Doutora em Saúde Coletiva - UEFS Pós-Doc em Pesquisa Clínica e Translacional - FIOCRUZ CASO 2 Doença infecciosa, não contagiosa e de transmissão vetorial; Enfermidade que atinge pele e mucosas; Apresenta diferentes formas clínicas – Polimórfica; Forma clínica da doença está relacionada a espécie de Leishmania e imunidade do hospedeiro; Os agentes etiológicos são Protozoários flagelados; Ciclo Biológico Heteroxênico. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA 07/02/2024 No Brasil é conhecida como Úlcera da Bauru, Ferida Brava, Nariz de Anta e Nariz de tapir; A doença difundiu-se para as regiões brasileiras como Sul e Sudeste, devido aos fluxos migratórios no Amazonas, gerados principalmente pelo ciclo da borracha; A LTA ocorre em ambos os sexos e todas as faixas etárias, entretanto no Brasil, predomina em maiores de 10 anos ( 90% ) e o sexo masculino (74%). LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Epidemiologia Inicialmente Enzootia entre animais silvestres; O desequilíbrio ambiental causado pelo ser humano implicou numa mudança do ciclo vetor-reservatório; Doença começou a ocorrer em zonas rurais e em Regiões Periurbanas; Zoonose em função de mudanças no padrão de transmissão. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Epidemiologia Três perfis epidemiológicos: Silvestre Ocupacional ou lazer Rural ou Periurbana LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Epidemiologia 07/02/2024 A LTA possui caráter endêmico no Brasil, podendo ser encontrada praticamente em todos os estados. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Epidemiologia Distribuição de espécies de Leishmania responsáveis pela transmissão da LTA Brasil – 2005. Fonte: SVS/MS. A LTA possui caráter endêmico no Brasil, possuindo alta densidade em muitos estados brasileiros. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Epidemiologia LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Gênero Phlebotomus (Velho Mundo) Gênero Lutzomyia (Novo Mundo) Velho Mundo Novo Mundo 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Agente etiológico - Classificação Gênero Subgênero Espécie Complexo A doença é causada por aproximadamente 21 espécies de Leishmania. Família Tripanosomatidae Leishmania TrypanosomaCrithidia Leishmania Viannia L. brasiliensisL. donovani L. tropica L. amazonensis L. pifanoi L. mexicana L. chagasi L. donnovani L. infantum L. Brasiliensis L. peruviana L. guyanensis L. panamensis L. guyanensis LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Principais espécies • Subgênero Viannia • Leishmania (V) braziliensis • Leishmania (V) guyanensis • Leishmania (V) panamensis • Leishmania (V) peruviana • Subgênero Leishmania • Leishmania (L) mexicana • Leishmania (L) amazonensis • Leishmania (L) venezuelensis • Leishmanis (L) tropica - Leishmanis (L) major - Leishmanis (L) aethiopica Novo mundo Velho mundo Protozoário dimórfico (intracelular e extracelular); Encontrado no hospedeiro vertebrado e no vetor; Espécies de importância médica no Brasil: Leishmania (Leishmania) amazonensis Leishmania (Viannia) guyanensis Leishmania (Viannia) braziliensis LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Agente etiológico 07/02/2024 Protozoários flagelados; Seres eucariontes; Reprodução assexuada – divisão binária; Cinetoplastideos – Cinetoplastos; Apresentam fatores de virulência: - Metaloprotease gp63 - Lipofosfoglicano – LPG - Carboidratos (Fucose e Manose) LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Morfologia As Leishmanias aparecem sob duas formas: PROMASTIGOTAS e AMASTIGOTAS. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Amastigotas Tamanho: 2 á 6µm de diâmetro Promastigota Tamanho: 5 á 20µm de comp./ 1 á 4µm de diâmetro LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Morfologia 07/02/2024 Amastigotas (células de mamíferos) e Promastigotas (interior do vetor). LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Morfologia Amastigota - Intracelular Promastigota - Extracelular Células do sistema mononuclear fagocítico (SMF): macrófagos e células dendríticas. • Insetos flebotomineos: ~ 980 espécies conhecidas; •Distribuição: trópicos, subtrópicos e mediterrâneo; •Família: Psychodidae •Subfamília: Phlebotominae •Gêneros: Phlebotomus – Velho Mundo Lutzomyia - Novo Mundo LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Hospedeiro Invertebrado (Vetor) Flebotomíneos de importância no Brasil Gênero – Lutzomya: • Lutzomya whitmani • Lutzomya intermedia • Lutzomya umbratilis • Lutzomya wellcomei • Lutzomya flaviscutellata • Lutzomya migonei •Lutzomya pessoai LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Transmissão 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Vetor da Leishmania sp. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Vetor da Leishmania sp. 07/02/2024 Machos possuem um apêndice chamado Gancho ou Terminália no final do tórax. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Vetor - Flebotomíneos • Mosquito palha, Cangalha, Cangalhinha e Birigüi; • Podem invadir o domicílio e seus anexos; • Fêmeas realizam hematofagia para maturação dos ovos; • Aparelho bucal mastigador; • Saliva possui propriedades biológicas LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Flebotomíneos Neuropeptídeos vasodilatadores que atuam facilitando a alimentação do inseto, ao mesmo tempo em que atua imunossuprimido a resposta do hospedeiro vertebrado A fêmea deposita entre 40 á 100 ovos em solo úmido e rico em matéria orgânica; Ocorre ovoposição em fendas, buracos no solo, pisos de instalações animais e cama de folhas; A eclosão da larva ocorre entre ~ 07 a 17 dias; Ovo⇨ larva⇨ pupa⇨ adulto: ~30 a 45 dias. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Flebotomíneos – Ciclo evolutivo 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Flebotomíneos - Criadouros Localização do parasita no VETOR: •Colonizam o lúmen do trato digestivo do inseto; Intestino anterior e médio: espécies do Subgênero Leishmania; Intestino anterior, médio e posterior: espécies do Subgênero Viannia. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Vetor Reservatórios Domésticos: equinos e caninos; Reservatórios Silvestres: roedores, edentados (tatu, preguiça, tamanduá) e marsupiais (gambá) e canídeos. Aves e repteis são animais refratários. Animais sinantrópicos. Homem – Hospedeiro acidental. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Reservatórios 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Reservatórios Domésticos LT – Equino com Lesão em orelha LT – Gato com lesão no focinho LT – Cão com lesão de focinho e lábios LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Ciclo Biológico – Vetor e vertebrado Ciclo no vetor 07 a 09 dias LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Ciclo Biológico - Vetor 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Ciclo Biológico - Vertebrado LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Ciclo Biológico – Vetor e vertebrado 24h após fagocitose LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Aspectos Imunológicos 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Aspectos Imunológicos LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA No local da picada 02 a 12 semanas, surge uma pápula, semelhante a uma “espinha” A lesão é caracterizada por um infiltrado inflamatório rico em linfócitos e macrófagos (parasitados). Nódulo dérmico - Histiocitoma. Pode regredir, estacionar ou evoluir Evolui gradativamente durante dois a quatro meses, para uma lesão de alguns centímetros a vários milímetros. 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Patogenia Leishmaniose Cutânea (LC) Leishmaniose Cutaneo Mucosa (LM) ou Mucocutânea Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Formas Clínicas LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA- LTA Formas Clínicas 07/02/2024 Período de incubação: ~15 dias a 4 meses; A manifestação mais comum é a úlcera (85% dos casos); A lesão do tipo ulcerada que pode ser única ou múltipla; Origina-se com uma mancha avermelhada formando uma ferida rasa de bordos elevados; Úlcera pouco dolorosa, de contorno circular, talhada à pique, lembrando a imagem de uma cratera, com mais de um mês de evolução. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutânea (LC): Localizada Úlcera pouco exsudativa e tem fundo granuloso; Pode ser colonizada por bactérias e leveduras; Geralmente ocorre linfadenopatia que precede a lesão cutânea. 2 a 3 meses – riqueza parasitária nas lesões mais recentes. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutânea (LC): Localizada LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Úlcera com aspecto da borda saliente e centro rebaixado é caracteristico para LTA. Leishmaniose Cutânea (LC): Localizada 07/02/2024 Agente etiológico: Leishmania (L) amazonenses, Leishmania (V) braziliensis e Leishmania (V) guyanensis Vetores: Lutzomyia flaviscutellata e Lutzomyia umbratilis LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutânea (LC): Localizada Geralmente observada em até 2% dos casos; Lesões cutânea nodulares-ulceradas; Possui poucos parasitas nas lesões; Atinge diversas partes do corpo principalmente face e tronco; Caracterizada por acima de 10 lesões em duas áreas do corpo ou mais, pode chegar a centenas. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Disseminada Apresenta positividade na Reação de Montenegro; Difícil cura (tratamento antimonial); Agente etiológico : L. braziliensis e L amazonenses. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Disseminada 07/02/2024 Forma rara da LTA; Frequente em indivíduos com resposta imune celular defeituosa; As lesões cutâneas são semelhantes a formas lepróides; Lesões contendo grande número de amastigotas. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) Leishmaniose Anérgica - falta de resposta a Reação de Montenegro; Nódulos isolados ou agrupados, máculas, pápulas e placas infiltradas; As lesões se disseminam e têm limites imprecisos; Observa-se lesões cutâneas difusas não ulceradas em toda a pele. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) Lesões repleta de macrófagos com parasitas; Não responde a tratamentos convencionais, ocorrendo recidivas constantes; Ocorrência principalmente na região da face e pavilhão auricular. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) 07/02/2024 Agente etiológico: L.(L) amazonensis Vetor: Lu. flaviscutela LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Difusa (LCD) Conhecida como Espúdia, Nariz de Tapir ou Nariz de Anta; Surge meses ou anos após uma lesão cutânea primária; Lesão ulcerativa que evolui de forma lenta e crônica; Ulceras localizadas na mucosa nasal, orofaringe, palatos, lábios, língua, laringe e traquéia; Pode haver mutilações. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Mucosa (LCM) Estima-se que 3 a 5% dos pacientes com Leishmaniose Cutânea desenvolvam LCM; Lesões ocorrem a partir da lesão primária, com disseminação hematogênica ou linfática; Paciente apresenta dificuldade para falar, respirar e se alimentar; Infecções secundárias podem levar ao óbito. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Mucosa (LCM) 07/02/2024 Evolução arrastada, desconforto, ardência, obstrução nasal, aumento de secreção, formação de crostas escuras e sangramento. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Mucosa (LCM) Acometimento das vias aéreas superiores, principalmente septo nasal; Lesões cutâneas múltiplas e em diferentes estágios evolutivos; Podem ou não ocorrer metástases nasobucofaringeanas. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Mucosa (LCM) Agente etiológico: Leishmania (V) braziliensis Vetores: Lutzomyia whitmani e Lutzomyia migonei Raramente: L. guyanensis e L. amazonenses LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Leishmaniose Cutâneo Mucosa (LCM) 07/02/2024 A. Isolamento de formas amastigotas provenientes de lesões e biópsias. B. Detecção de anticorpos específicos. C. Amplificação de sequências de DNA ou RNA dos parasitas LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Os métodos diagnósticos subdividem-se em: (A) Parasitológicos (B) Sorológicos (C) Moleculares PESQUISA E ISOLAMENTO DO PARASITA Esfregaços corados (Imprints, escarificação, punção aspirativa das lesões), sensibilidade de 85%; Culturas (sensibilidade entre 60 – 80%); Exames Histopatológicos – Biopsias da borda da lesão; Inóculos em animais (hamster); Pesquisa de DNA do Parasito – PCR. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Métodos direto • Aspiração de lesões cutâneas, raspados das bordas das lesões; • As lâminas são fixadas com metanol e coradas pelo Giemsa. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Métodos direto Esfregaço 07/02/2024 Amastigotas de um infiltrado inflamatório. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Exame Histopatológico Método permite confirmação e identificação do agente etiológico da espécie de Leishmania; Cultivo de fragmentos de biopsias em meio NNN (Neal, Novy e Nicolle) e LIT (Liver Infusion Triptose); Temperatura de cultivo - 24°C á 26°C; Formas promastigotas podem ser encontradas após o quinto dia de cultivo. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Isolamento de Leishmanias in vitro LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Isolamento de Leishmanias in vivo O material obtido por biopsia ou raspado de lesão, é triturado e acrescentado em solução salina estéril. É inoculado via intradermica, no focinho e/ou patas de hamster. As lesões no hamster em geral desenvolvem-se tardiamente, a partir de um mês. Lesão provocada através de inóculo de Leishmania 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Testes Moleculares Amplifica em escala exponencial sequências de DNA; Sensibilidade de 98,41% e especificidade de 95,59%; Identificar o agente etiológico em nível de gênero e espécie, a partir do material clínico obtido para os exames parasitológicos convencionais. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Métodos Indiretos SOROLOGIA ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) – Sensibilidade 95% Reação de Imunofluorescencia IFI – Sensibilidade 80% Western-blot - Sensensibilidade 70 a 90%. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Métodos Indireto: Western Blot Técnica que usa eletroforese em gel para separar as proteínas desnaturadas por massa; As proteínas são então transferidas do gel para uma membrana (tipicamente de nitrocelulose); Uso de anticorpos específicos contra a proteína de interesse. 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Intradermorreação de Montenegro (IRM) Técnica: inoculação de extrato antigênico de promastigotas na face anterior do antebraço. Leitura: após 48-72h medir o diâmetro da induração. INTERPRETAÇÃO: •Reação Negativa: ausência de qualquer sinal no local de inoculação ou presença de uma pápula com diâmetro < 5 mm •Reação Positiva: presença de pápula ou nódulo com diâmetro > ou= 5 mm Obs.: Está em desuso para diagnóstico LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Tratamento - Humanos Os Antimôniais (Sb+5) Pentavalentes, tratamentos de 1º escolha (não usar em gestantes): N-metilglucamina (NMG) (Glucantime) - Brasil Estibogluconato de sódio (SGS) (Pentostam) Tratamentos de 2º escolha, na falta de resposta aos primeiros medicamentos: Pentamidina Anfotericina B desoxicolato Anfotericina B lipossomal LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Tratamento Antimoniais pentavalentes: N-metil glucamina: (Glucantime) Inibe glicólise e β-oxidação das formas amastigotas de Leishmania. Anfotericina B Interage com o ergosterol na membrana da Leishmania, causando aumento da permeabilidade, lise e morte do parasito. Pentamidina Interfere na síntese de DNA, alterando o cinetoplasto e fragmentando a membrana mitocondrial do parasito. 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Tratamento – Efeitos Colaterais Os principais efeitos colaterais causadas pelo medicamento são: • Dor, hipotensão, síncope, náuseas, vômitos, desconforto abdominal, tontura, adinamia, mialgias, cefaléia, hipoglicemia e hiperglicemia. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Profilaxia e Controle Diagnóstico e tratamento dos doentes; Educação para saúde; Uso de inseticidas nas residências; Uso de repelentes; Tratar os animais domésticos infectados; Combate das formas adultas do inseto vetor – MS. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Prevenção Evitar a exposição - nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite). Uso de mosquiteiros de malha fina e telagem de portas e janelas. Limpeza de quintais e terrenos. Faixa de segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata. Poda de árvores para diminuir o sombreamento do solo. Destino adequado do lixo orgânico – impedir a aproximação de mamíferos. Limpeza periódica das fezes dos abrigos de animais domésticos (galinheiro). 07/02/2024 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA Bibliografia NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 13ª. ed. Porto Alegre: Atheneu, 2016. COURA, José Rodrigues. Síntese das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro: Edt Guanabara Koogan. 2008. HINRICHSEN, Sylvia L. DIP - Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan. 2009. Ministério da saúde. Doenças infecciosas e parasitárias. Guia de bolso. 8a edição revista.Brasilia –DF 2010. REY, Luís. Bases de Parasitologia Médica. Ed. Guanabara Koogan. 3ª edição. Rio de Janeiro. 2018. ZEIBIG, Elisabete A. Parasitologia Clinica. Uma abordagem clinico-laboratorial. 1ª edição. Rio de Janeiro. Ed. Elsevier.2014. Sugestão revisão: Aula. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR. Medicina UFMT - Professora: Dra. Marcia Hueb. Link: https://www.youtube.com/watch?v=e1XOiBiwsJM
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