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- É importante conhecer as características de algumas formas da leishmaniose tegumentar - Uma das formas é a cutaneodifusa ou cutânea difusa, essa forma clínica tem como principal agente etiológico o parasito Leishmania (L.) amazonensis. - É uma forma grave e rara e ocorre em pacientes com deficiência na resposta imunológica, geralmente, a partir de uma lesão única e má resposta ao tratamento, a doença vai evoluindo e múltiplos nódulos não ulcerados vão surgindo na pele. - Leishmaniose tegumentar é a mucosa, que no Brasil, tem como principal agente etiológico o protozoário Leishmania braziliensis. Nesses casos, pode haver a invasão das mucosas, inclusive levando à destruição de cartilagens, como lesões desfigurativas na mucosa nasal, além disso, é mais prevalente em pacientes masculinos. INTRADERMOREAÇÃO DE MONTENEGRO (IDRM) - Baseado em reação de hipersensibilidade celular retardada - Se inoculam algumas formas promastigotas mortas no antebraço e caso o indivíduo tenha uma resposta imune, irá surgir alguma lesão avermelhada e pode evoluir para ulceração > sendo positivo - Caso a pessoa não tenha sido infectada, a região do antebraço, não irá surgir nenhuma alteração > sendo negativo - Pode ser negativa nas primeiras 4 a 6 semanas após surgir a lesão - Após cura clínica pode permanecer positiva por vários anos - Leishmaniose Muco-cutânea > A reação é muito exacerbada e possui IDRM elevada - Leishmaniose Cutânea Difusa > possuem IDRM negativa na maioria das vezes PARASITOLOGICOS - Demonstração direta do parasito: a partir da escarificação do bordo da lesão, biópsia da fragilidade da pele e funções aspirativas - É de primeira escolha, rápido e de menor custo - Quanto maior tempo de lesão as chances de encontrar o parasita é menor - Isolamento em cultivo pode ser In vitro ou In vivo (no qual é inoculado formas evolutivas em hamster, porém leva 3 a 6 meses de acompanhamento, é um método pouco utilizado) - O isolamento em cultivo, além de confirmar a presença do parasito, permite a identificação da espécie de Leishmania envolvida - A alternativa apresenta um método diagnóstico que utiliza fragmentos de pele ou mucosa para crescer o parasito in vitro ou in vivo, permitindo a identificação da espécie do parasito - O isolamento em cultivo, além de confirmar a presença do parasito, permite a identificação da espécie de leishmania envolvida. MOLECULARES - Reação em cadeia polimerase (PCR), que detecta o DNA do parasita em baixas cargas parasitárias, porém, é de alto custo e precisa de muita infraestrutura - Por isso não é utilizado a nível de SUS - Na leishmaniose cutânea difusa o resultado da intradermoreação de Montenegro costuma ser negativo, a IDRM se apresenta como negativa na maioria dos casos de leishmaniose cutânea. Leishmaniose Visceral - Conhecida como calazar - É a forma mais letal da doença em caso de não ter o tratamento - É uma doença sistêmica - Associada as espécies Chagasi e Donovani Sinais e Sintomas - Febre irregular e de longa duração - Esplenomegalia (baço) - Hepatomegalia (fígado) (Sistema fagocítico mononuclear) - Desnutrição - Anemia acentuada - Diarreia grave ou prolongada - Emagrecimento - Edema - Icterícia - Caquexia (fraqueza excessiva) - Sangramentos > indica evolução Diagnóstico L.V - Diagnóstico clínico, apresenta muitas formas clínicas - Formas discretas, moderadas e graves que podem levar a morte - Formas assintomáticas possuem infecção inaparente e tem contexto epidemiológico + evidências imunológicas e esses pacientes não podem ser tratados - Suspeita: febre e esplenomegalia > com ou sem a hepatomegalia Diagnóstico laboratorial - Métodos imunológicos RIFI ou ELISA Período inicial: aguda, teste reagente Período de estado da doença: teste reagente IDRM > Acaba sendo negativa no período inicial e no período de estado da doença, por isso a IDRM não é indicada no caso de LV Diagnostico parasitológico - Ajuda a identificar as espécies - EXAME DIRETO: É realizado aspirado de baço, medula óssea, linfonodos e fígado, é coletado uma gota desses aspirados, coloca na lâmina e é feito a busca por amastigotas - Isolamento do parasito: pode ser feito In Vitro através dos meios de cultura, levando 4 semanas de observação e método in vivo que se utiliza hamster e leva até 3 meses de observação Método Molecular - PCR - Depende do tipo de amostra e método de extração - Se não tratada, a Leishmaniose Visceral pode evoluir para óbito em grande maioria dos casos, cerca de 90% dos casos não tratados de leishmaniose visceral evoluem para óbito. - A suspeita clínica da doença é levantada quando o paciente apresenta febre e esplenomegalia, um paciente seja assintomático ou com doença inaparente, a suspeita para a doença vai acontecer se o paciente apresentar febre e esplenomegalia, associada ou não à hepatomegalia. - A imunofluorescência indireta e o ELISA são testes imunológicos comumente utilizados no Brasil, ajudando a reforçar o diagnóstico da leishmaniose visceral, quando o resultado é reagente, na presença de sintomas. - A imunofluorescência indireta e o ELISA são testes imunológicos utilizados no diagnóstico da leishmaniose visceral e outros testes sorológicos utilizados são fixação do complemento e aglutinação direta. - O diagnóstico parasitológico pode ser feito através de punção do baço, medula óssea, fígado ou linfonodos. - Pode ser feito por punção aspirativa dos órgãos citados (baço, medula óssea, fígado ou linfonodos), que fazem parte do sistema fagocítico mononuclear. - No exame direto se buscam formas amastigotas do parasito, a partir da observação de gotas do aspirado colocadas e coradas em lâminas. O exame direto, na qual se busca formas amastigotas do parasito em lâminas preparadas com os aspirados dos órgãos acima citados. - A intradermoreação de Montenegro (IDRM), ao contrário do que acontece na leishmaniose tegumentar, é sempre negativa durante o período da leishmaniose visceral e o resultado só se torna positivo quando há período de seis meses a três anos após terminar o tratamento. Assim, não é utilizada no diagnóstico da leishmaniose visceral. - Entre os métodos moleculares, a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é utilizada, porém o custo é um limitante e algumas variáveis como tipo de amostra podem interferir. O PCR como método molecular possível de se utilizar, nesse tipo de abordagem, custo, tipos de amostra e métodos de extração do DNA podem ser limitantes dos resultados. Tratamento da Leishmaniose - Primeiras escolhas: Antimoniais pentavelente - Antimoniao de meglumina - Pode criar resistência - É recomendado na dosagem de 20mg via E.V ou I.M - Efeitos colaterais: cardiovasculares, após o 20º dia de tratamento semanalmente - Não é recomendado a gestantes devido a efeito teratogênico Tratamentos Alternativos - Anfotericina B - Leihmanicida mais potente e atua em formas amastigotas e promastigotas Efeitos colaterais: cefaleia, febre, calafrios, vômitos, complicações renais reversíveis - Anfotericina B lipossomal > é utilizada através de lipossomos para pacientes graves que desenvolveram insuficiência renal Pentamidinas: são medicamentos I.M ou E.V e que geram efeitos colaterais como hipo ou hiperglicemia, vômitos e tonturas Pentoxifilina: adjuvante para leishmaniose tegumentar PROFILAXIA E CONTROLE - Evitar acumular lixo e matéria orgânica em decomposição - Controlar vetores - Usar repelentes
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