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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Biomedicina DISCIPLINA: Bioquímica Metabólica NOME DO ALUNO: Michelle dos Anjos Viana Bucci R.A: 2105755 POLO: Praia Grande - Tupi DATA: 23/08/2022 TÍTULO DO ROTEIRO: BIOQUÍMICA METABÓLICA INTRODUÇÃO Os organismos necessitam continuamente de energia para se manter vivos e desempenhar várias funções biológicas. De fato, qualquer organismo vivo constitui, no seu conjunto, um sistema estável de reações químicas e de processos físico-químicos mantidos afastados do equilíbrio; a manutenção deste estado contraria a tendência termodinâmica natural de atingir o equilíbrio e só pode ser conseguida à custa de energia, retirada do meio ambiente. As substâncias que podem ser metabolizadas pelos seres humanos, em particular, estão presentes nos seus alimentos, sob a forma de carboidratos, lipídios e proteínas. Há também reservas endógenas, ou seja, as moléculas estocadas nos organismos na forma de glicogênio e gorduras. Essas moléculas são metabolizadas para produção de energia nos intervalos das refeições. O ATP é referido como a moeda energética universal dos seres vivos. A formação do ATP é um processo endergônico, ou seja, com a formação de uma molécula que retirou calor do sistema reacional para poder ser sintetizada. É a energia química do ATP que será usada para promover os processos biológicos que consomem energia. Para que a energia derivada da oxidação dos alimentos possa ser usada pelas células, ela deve estar sob a forma de ATP. O aproveitamento da energia do ATP é feito associando a remoção do seu grupo fosfato terminal aos processos que requerem energia. Desta forma, a energia química armazenada no ATP pode ser utilizada em processos químicos (biossíntese), mecânicos (contração muscular), elétricos (condução do estímulo nervoso), osmótico (transporte ativo através das membranas), luminosos (bioluminescência), etc. RESULTADOS E DISCUSSÃO AULA 1 ROTEIRO 1 Determinação de Glicemia Após estudarmos a importância da determinação quantitativa da glicose no sangue, começamos este procedimento identificando 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação enzimática de glicemia. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, colocamos em banho maria em 37ºC (que é a temperatura corporal) por 10 minutos para que as enzimas se ativem. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro (com o auxílio da professora), com o comprimento de onda em 505 nm. Tabela 1 – Glicose Branco Teste Padrão Reagente (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Amostra - 10 µl - Padrão (2) - - 10 µl Fonte: Própria. Figura 1 – Tubos de ensaio - glicose. Fonte: Própria. Figura 2 – Soro patológico. Fonte: Própria. Figura 3 – Espectrofotômetro. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 100 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 0,499 ÷ 0,079 x 100 = 631,64 mg/dl O resultado normal em um adulto é de 70 a 99. Conclusão: quando os níveis de glicose atingem valores acima de 600 mg/dl associa-se a disfunção e falência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. Atividade de fixação 1- Homem de 50 anos, 70 kg, altura 1,60 m, portador de dislipidemia, sem histórico familiar de DM. Relatou em consulta um serviço de emergência polidipsia, poliúria, cansaço e cãibras. No exame físico, verificou-se pele seca, “acantosis nigricans” no pescoço, normotensa e perda de peso de 8 quilos em um mês. Notou-se hálito cetônico. Discutir como que o exame de glicemia poderá nortear a consulta médica. R: Os sintomas apresentados são característicos de Diabetes tipo 1 ou tipo 2. O exame de glicemia é importante para constatação da patologia. 2- GFD, feminino, 30 anos, acima do peso correto para sua altura, foi fazer a segunda consulta após ter engravidado. Feito o exame de glicemia em jejum que teve como resultado 150mg/dl. Discutir o possível diagnóstico e sua futura dieta alimentar e estilo de vida. R: Esse resultado indica Diabetes gestacional, o que é muito perigoso para o bebê. Uma nova dieta deve ser adotada, com baixo consumo de açucares e carboidratos. Atividade física, mesmo que de leve impacto, também é importante para o controle da Diabetes. AULA 1 ROTEIRO 2 Determinação de Glicosúria Glicosúria é a presença de glicose na urina, o que pode indicar a presença de alguns problemas como diabetes e doenças renais. Em adultos com situação saudável, o rim é capaz de reabsorver quase toda a glicose presente na urina, e por isso o exame não é capaz de detectar a presença da glicose. Quando se é identificado alguma quantidade de glicose, pode significar duas situações: - Existe glicose em excesso no sangue, podendo ser sinal de diabetes ou alterações no pâncreas; - O rim não está conseguindo reabsorver a glicose corretamente devido a algum problema renal (neste caso a glicosúria é chamada de glicosúria renal). Para a realização deste teste utilizamos uma tira de teste de urina Uri Color Check e amostra de urina da colega Márcia. Emergimos a tira na urina, tiramos o excesso e fizemos a leitura colorimétrica usando o padrão de cores. Figuras 4 e 5 – Procedimento do teste de urina. Fonte: Própria. Figura 6 – Resultados para leitura da tira de teste urina. Fonte: Retirada do site https://pt-br.facebook.com/ACBLAB/photos/an%C3%A1lise- qu%C3%ADmica-da-urina/1940793795980650/. Após a realização do teste, obtivemos os seguintes resultados: Figura 7 – Resultados do teste de urina. Fonte: Própria. Conclusão: ao fazer as devidas leituras da tira de teste para glicosúria, pode-se observar que a amostra se encontra normal mediante os padrões de cores encontrados no kit. Atividade de fixação 1. M. N. B., sexo feminino, 50 anos, obesa, faz controle para diabetes mellitus tipo 2. Apresentou A1c (hemoglobina glicada) de 8,5%, apesar da dieta e da medicação (metformina). Sua pressão arterial era de 160/95 mmHg, colesterol total (CL–T) 270 mg/ dL, triglicerídeos (TG) 220 mg/dL, HDL 35 mg/dL e LDL 180 mg/dL. Esta paciente poderá ter glicosúria? Por quê? Quais as possíveis condutas médicas? R: Sim, poderá ter glicosúria por ser diabética. O tratamento deve ser com dieta restrita, atividade física e medicação (insulina). 2. P. L. foi fazer check up de rotina e no exame de urina foi demonstrada a presença de proteínas (microalbuminúria), além de apresentar glicosúria. Discutir a relação destes dois achados. R: A presença dos dois indica mal funcionamento dos rins. AULA 1 ROTEIRO 3 Determinação de Colesterol Total no Sague O colesterol é composto por 27 átomos de carbonos (figura a seguir) e sintetizado a partir da acetilCoA, sendo por isso não classificado como lipídeo (lipídeo por definição bioquímica é éster de AG), e sim um esteroide ou esterol sintetizado pelos animais com características muito semelhantes aos lipídeos. Cerca de 20% a 25% da produção total diária (~1 g/dia) ocorre no fígado; outros locais de maior taxa de síntese incluem intestinos, glândulas adrenais e gônadas. Figura 8 – Estrutura química do colesterol. Fonte: Retirada do site https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp-content/uploads/2013/10/colesterolJuliana.pdf. O colesterol está presente na constituição da bile, é precursor para a síntese de vitamina D e de vários hormônios esteroides (glicocorticoides: cortisol; mineralocorticoides: aldosterona; e hormônios sexuais: progesterona, estrógenos, testosterona e derivados). Como os lipídeos em geral, o colesterol também é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue, devendo ser transportado até outros órgãos através de ligação a diversos tipos de lipoproteínas. Existem vários tipos de lipoproteínas (união de uma proteína com colesterol, TG e fosfolipídios), classificadas de acordo com a sua densidade. As primeiras a serem formadas têm presença de mais lipídeos que proteínas (quilomícron, VLDL, LDL), já a lipoproteína HDL tem no seu conteúdo mais proteína que lipídeos ou colesterol. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação de colesterol total. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, colocamos em banho maria em 37ºC por 10 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 500 nm. Tabela 2 – Colesterol total. Branco Teste Padrão Reagente (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Amostra - 10 µl - Padrão (2) - - 10 µl Fonte: Própria. Figura 9 – Tubos de ensaio – colesterol. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 200 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 0,413 ÷ 0,302 x 200 = 273,50 mg/dl O resultado normal em um adulto é de < 190 mg/dl. Conclusão: o paciente está com o colesterol total acima da normalidade. O aumento do colesterol total está, na maioria dos casos, relacionado com o aumento do LDL, o que pode ser influenciado pela alimentação rica em gordura e sedentarismo. Assim, para baixar o colesterol é indicado seguir uma dieta pobre em alimentos industrializados, açúcar e frituras, e rica em alimentos de fácil digestão e fibras. Atividade de fixação 1- Um paciente de 60 anos procura o médico endocrinologista para acompanhamento de seu tratamento de diabetes mellitus tipo 2. Parou de fumar há pelo menos 30 anos. Já faz uso de metformina e atorvastatina. Sua PA: 138 x 84 mm Hg, está acima do peso para seu biotipo e tem cintura 140 cm. Seus exames mais recentes apresentam: Glicose: 116 mg/dl HbA1c: 6,1 % Colesterol total: 220 mg/dl HDL: 36 mg/dl LDL colesterol: 98 mg/dl Triglicérides: 360 mg/dl TGO: 45 mg/dl TGP: 56 mg/dl Ureia: 23 mg/dl Creatinina: 1,1 mg/dl Quais as metas que este paciente deve alcançar e por quê? Discutir síndrome de resistência à insulina por obesidade. R: Ele deve baixar as taxas de Glicose, Colesterol total, Triglicérides e diminuir a circunferência abdominal. Caso contrário ele poderá ter um infarto. A pessoa obesa pode desenvolver resistência à insulina devido a alimentação rica em gordura e pela grande quantidade de tecido adiposo. 2- Apesar de ser considerado maléfico para a saúde, o colesterol é uma importante molécula para o nosso organismo. Discorra sobre a importância do colesterol para as nossas células. R: O colesterol é uma molécula importante pois da estrutura as nossas células e produz vitamina D, estrógeno, testosterona, cortisol e ácidos biliares. AULA 2 ROTEIRO 1 Determinação de TG no sangue Os triacilgliceróis (triglicerídeos ou triglicérides) são os lipídios dietéticos mais abundantes e constituem a forma de armazenamento de todo o excesso de nutrientes, quer este excesso seja ingerido sob a forma de carboidratos, proteínas ou dos próprios lipídios. Representam a maior reserva energética do organismo, perfazendo, em média, 20% do peso corpóreo, o que equivale a uma massa 100 vezes maior do que a do glicogênio hepático. Por serem insolúveis em água, podem ser acumulados sob forma anidra em grandes quantidades, sem causar efeitos osmóticos adversos. Como são compostos mais reduzidos que os carboidratos, sua oxidação apresenta rendimento maior: 9 kcal/g, enquanto a oxidação de carboidratos produz 4 kcal/g. Figura 10 – Formação do glicerol. Fonte: Retirada do site: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/o-que-sao-triglicerideos.htm. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação de triglicérides. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, colocamos em banho maria em 37ºC por 10 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 505 nm. Tabela 3 – Triglicérides. Branco Teste Padrão Reagente (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Amostra - 10 µl - Padrão (2) - - 10 µl Fonte: Própria. Figura 11 – Tubos de ensaio – triglicérides. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 200 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 0,113 ÷ 0,079 x 200 = 286,07 mg/dl O resultado normal em um adulto é de < 175 mg/dl. Conclusão: o paciente está com os triglicérides acima da normalidade. O excesso de carboidratos, como massas, açúcares e bebidas alcoólicas, é a principal causa de hipertrigliceridemia. A falta de atividade física pode contribuir para a elevação dos níveis sanguíneos de triglicérides. A dieta para diminuir os triglicerídeos deve ser pobre em alimentos com açúcar e farinha branca, como pães brancos, doces, salgados e bolos. Esses alimentos são ricos em carboidratos simples, que favorecem o aumento dos triglicerídeos no sangue. Atividade de fixação 1- Paciente obeso, com diabetes mellitus tipo 2, relata consumo excessivo de álcool. Apresenta valores de triglicérides cronicamente acima dos 800 mg/dL. Observando-se as palmas, ao redor dos olhos, nos pés ou nas articulações, pode-se verificar xantomas (depósitos subcutâneos de colesterol sob a forma de nódulos ou placas amareladas). Em um episódio recente foi diagnosticada pancreatite crônica, quando o nível de Triglicérides (TG) estava superior a 1000 mg/dL. Como deverá ser a dieta (restrição de gordura?) e controle dos outros fatores de risco? R: Evitar o consumo de bebidas alcoólicas, não comer alimentos gordurosos e evitar refeições volumosas. AULA 2 ROTEIRO 2 Determinação de Proteínas Totais e Albumina Sanguínea As proteínas, além de constituírem o componente celular mais abundante, são as biomoléculas mais diversificadas quanto a forma e função. São o componente principal, ou único, de estruturas tão diferentes quanto a clara dos ovos, os cascos e chifres, a pele e o cabelo, o bico e as penas das aves. As funções que desempenham são estruturais e dinâmicas. Fazem parte de todas as membranas e organelas celulares, do citoesqueleto e da matriz extracelular. Participam de quase todos os processos biológicos, já que incluem as enzimas, catalisadores das milhares de reações químicas que ocorrem nos organismos. Outra função dinâmica das proteínas é o transporte de moléculas (oxigênio, lipídios etc.) e íons pelo plasma e a transferência destes compostos através das membranas. A albumina é uma proteína produzidanaturalmente pelo fígado humano, mas que também pode ser encontrado em alta quantidade no leite e na clara do ovo. Sua principal função é manter constante os níveis de líquido nos vasos sanguíneos. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 4 tubos de ensaio com B (branco), T (teste), P (padrão) e 1 com água destilada. Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação de proteínas totais. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, colocamos em banho maria em 37ºC por 10 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 545 nm. Tabela 4 – Proteína e Albumina total. Branco Teste Padrão Reagente (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Água destilada 20 µl Amostra - 20 µl - Padrão (2) - - 20 µl Fonte: Própria. Figura 12 – Tubos de ensaio – proteína. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 4 g/dl Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 1,627 ÷ 1,378 x 4 = 4,72 g/dl O resultado normal em um adulto é de 6 a 8 g/dl. Conclusão: O paciente está com baixa de proteínas totais e albumina em seu organismo, o que deve ser indicado uma dieta com alimentos ricos em proteínas como ovos, leite e carne. Para os veganos e vegetarianos recomenda-se incluir ervilhas, soja e grãos. As possíveis causas que levam à diminuição das proteínas no sangue são: Alcoolismo crônico, doenças hepáticas (que prejudicam a produção de albumina e de globulina no fígado), doenças renais (devido à perda de proteínas na urina), gravidez, excesso de hidratação, cirrose, hipertireoidismo, deficiência em cálcio e vitamina D, insuficiência cardíaca e síndrome de má absorção. Atividade de fixação 1- Paciente há 1 mês relata quadro gripal. Há 10 dias apresenta queixa de oligúria e urina escura. Procurou serviço médico onde realizou exame de urina e foi medicado com norfloxacino para tratamento de infecção urinária. Após 5 dias do início da medicação notou aparecimento de manchas avermelhadas puntiformes e pruriginosas que se iniciaram nos membros inferiores e se estenderam para os membros superiores. Foi orientado a substituir o norfloxacino por sulfametoxazol-trimetoprima e anti-histamínico, que utilizou e interrompeu após 2 dias por piora do quadro cutâneo. Evoluiu com quadro de fraqueza, mal-estar, náuseas e diarreia. Nega febre. ANTECEDENTES: Amigdalectomia na infância, hepatite (não sabe referir maiores detalhes), úlceras varicosas de membros inferiores há 10 anos. Nega etilismo, tabagismo, uso de drogas ilícitas, diabetes ou hipertensão arterial. Nega nefropatia, diabetes, hipertensão ou quadro semelhante na família. EXAME FÍSICO: Bom estado geral, descorado +, eupneico, hidratado, anictérico, acianótico, afebril, PA= 150x110mmHg, FR=20ipm, FC=114 bpm, T=36,4ºC; gânglios e orofaringe: sem alterações. Eletroforese de proteínas séricas: Proteínas Totais= 6,8 g/dL, albumina = 2,1g/dL, alfa1 globulina = 0,3g/dL, alfa 2 globulina = 0,8g/dL, beta globulina = 0,7g/dL, gamaglobulina = 2,9g/dL; Colesterol = 158mg/dL, HdL-colesterol 27 mg/dL; LdL-colesterol = 101 mg/dL, VLdL = 30 mg/dL, Triglicérides = 151 mg/dL; Coagulograma = TTPA 29seg; RT 0,97; TP 11,7seg, Atividade protrombínica 76%. a) O que é eletroforese de proteínas? Quando e por que está técnica é empregada? R: É um método de análise do sangue que identifica as proteínas no plasma. É utilizada para investigação e diagnóstico de doenças. b) Buscar os valores de referência dos exames bioquímicos apresentados. R: albumina = 3,2 g/dl a 5,0 g/dl alfa1 globulina = 0,2g/dl a 0,4g/dl alfa 2 globulina = 0,5g/dl a 0,9g/dl beta globulina = 0,6g/dl a 1,1g/dl gamaglobulina = 0,7g/dl a 1,5g/dl c) Qual é o provável diagnóstico? R: Doença nos rins. AULA 2 ROTEIRO 3 Determinação de Proteínas Totais e Albumina na Urina Proteinúria corresponde à presença de proteína na urina, geralmente, a albumina. Altas concentrações de proteína causam urina espumosa ou com sedimento. Em muitas doenças renais, ela ocorre associada a outras alterações urinária. Proteinúria isolada corresponde à proteína na urina sem outros sintomas ou anormalidades. Para a realização deste teste utilizamos uma tira de teste de urina Uri Color Check e amostra de urina da colega Márcia. Emergimos a tira na urina, tiramos o excesso e fizemos a leitura colorimétrica usando o padrão de cores. Figura 13 – Resultados para leitura da tira de teste urina. Fonte: Retirada do site https://pt-br.facebook.com/ACBLAB/photos/an%C3%A1lise- qu%C3%ADmica-da-urina/1940793795980650/. Após a realização do teste, obtivemos os seguintes resultados: Figura 14 – Resultados do teste de urina. Fonte: Própria. Conclusão: ao fazer as devidas leituras da tira de teste para proteinúria, pode- se observar que a amostra se encontra normal mediante os padrões de cores encontrados no kit. Atividade de fixação 1- Mulher, 50 anos, com diabetes mellitus, hematúria macroscópica, foi diagnosticada com doença renal crônica (DRC) e hipertensão arterial controlada com atenolol e hidroclorotiazida, apresentava proteinúria de 616 mg/24h (referência até 150mg/24h). Relacionar síndrome nefrótica, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e proteinúria. R: Todas essas doenças estão relacionadas com a presença de grande quantidade de glicose e excesso de proteínas. 2- Um paciente apresentou microalbuminúria. Isto significa o quê com relação ao paciente? R: Microalbuminúria refere-se à detecção de pequenas quantidades de proteínas na urina, com o intuito de diagnosticar e avaliar a evolução de nefropatia diabética por ser um indicador precoce de lesão AULA 3 ROTEIRO 1 Determinação de Ácido Úrico no Sangue (uricemia) O ácido úrico é uma substância natural do nosso corpo, que se forma devido à digestão das proteínas, após a quebra das moléculas de purina (um tipo de proteína presente em vários alimentos). Depois desse processo, parte da substância permanece no sangue, e o que resta é eliminado pelos rins, por meio da urina. Os níveis de ácido úrico no sangue podem subir porque sua produção aumentou muito, porque a pessoa está eliminando pouco pela urina ou por interferência do uso de certos medicamentos. Como consequência dessa taxa de ácido úrico elevada (hiperuricemia), formam-se pequenos cristais de urato de sódio semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações, mas também nos rins, sob a pele ou em qualquer outra região do corpo. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação de ácido úrico. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, colocamos em banho maria em 37ºC por 10 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 505 nm. Tabela 5 – Uricemia. Branco Teste Padrão Reagente (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Amostra - 20 µl - Padrão (2) - - 20 µl Fonte: Própria. Figura 15 – Tubos de ensaio – uricemia. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 6 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintesresultados: 0,137 ÷ 0,078 x 6 = 10,54 mg/dl O resultado normal em um adulto é de 1,5 a 7,0 mg/dl. Conclusão: o paciente está com hiperuricemia. A hiperuricemia é o excesso de ácido úrico no sangue. Além disso, é um fator de risco para desenvolver gota, e ainda para o surgimento de outras doenças nos rins. Pessoas com problemas renais ou que ingerem doses altas de proteínas podem ter dificuldade em eliminar o ácido úrico, permitindo o seu acúmulo nas articulações, tendões e rins. Atividade de fixação 1- Homem, 70 anos, pardo, que fazia uso de álcool cronicamente, com diagnóstico prévio de gota há seis anos, não fazia acompanhamento médico e, como já sabia das medicações a serem usadas, usava irregularmente (sem indicação médica). Com crises de dor e edema no joelho direito e no tornozelo direito após passar férias na paria onde ingeria muitos frutos do mar, foi ao médico, que verificou surgimento de nódulos (tofos) nos cotovelos, que ainda não estavam doloridos. Discutir a hiperprodução de uratos (gota úrica), sua dieta e progressão da doença. R: A gota, causa o acúmulo de ácido úrico nas articulações que acabam cristalizando. O tratamento inclui anti-inflamatórios, dieta balanceada e sem a ingestão de álcool, atividades física e hidratação. AULA 3 ROTEIRO 2 Determinação de Ácido Úrico na Urina Para a realização deste teste utilizamos uma tira de teste de urina Uri Color Check e amostra de urina da colega Márcia. Emergimos a tira na urina, tiramos o excesso e fizemos a leitura colorimétrica usando o padrão de cores. Figura 16 – Resultados para leitura da tira de teste urina. Fonte: Retirada do site https://pt-br.facebook.com/ACBLAB/photos/an%C3%A1lise- qu%C3%ADmica-da-urina/1940793795980650/. Após a realização do teste, obtivemos os seguintes resultados: Figura 17 – Resultados do teste de urina. Fonte: Própria. Conclusão: ao fazer as devidas leituras da tira de teste para ácido úrico na urina, pode-se observar que a amostra se encontra normal mediante os padrões de cores encontrados no kit. Atividade de fixação 1- A hipertensão arterial pode ser tanto causa como consequência de doença renal. Discutir esta frase. R: A hipertensão arterial pode causar retenção liquida e por consequência doença nos rins. Por outro lado, o indivíduo com doença renal pode desenvolver hipertensão arterial. 2- Um paciente do sexo masculino, obeso, 30 anos, relata ter tido dores ao urinar e verificou urina com sangue e eliminação de 1 pedra (cálculo) na urina. Não apresentou sintomas de infecção urinária e comentou que tem alimentação rica em proteína de origem animal, em especial carne vermelha (consome churrasco todos os fins de semana, principalmente vísceras, como coração de galinha) além de não saber a quantidade de líquidos que ingere por dia, mas refere que não tem o hábito de tomar líquidos, exceto durante as refeições. Ele consome queijo e um copo de leite diariamente. Os homens costumam ser os mais afetados pelo problema, pois o estrógeno (hormônio feminino) tem efeito uricosúrico − que estimula a eliminação do ácido úrico pela urina. Por isso, a hiperuricemia é rara em mulheres que ainda não estão na menopausa. Discutir a litíase renal. R: A litíase renal, ou pedra nos rins, pode ser consequência de uma dieta rica em proteínas, baixo consumo de líquidos e retenção. AULA 3 ROTEIRO 3 Determinação de Bilirrubinas no Sangue A bilirrubina é uma substância produzida pelo fígado, como resultado da filtragem de glóbulos vermelhos que é realizada pelo órgão. Normalmente, ela é eliminada pelo corpo nas fezes e na urina. Por isso, quando a bilirrubina está presente em excesso no sangue, pode-se interpretar como um sinal de que há algo de errado no fígado do paciente. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 5 tubos de ensaio com B (branco), D (direta), T (total), 1 com água destilada e 1 com diazo. Recebemos a amostra do soro patológico de um paciente e um kit de determinação de bilirrubinas. Com o auxílio das pipetas automáticas, adicionamos os conteúdos mostrados na tabela abaixo, misturamos e esperamos 5 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaios foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 525 nm. Tabela 6 – Bilirrubinas. Branco Direta Total Água destilada 1000 µl 1000 µl - Acelerador (1) - - 1000 µl Ácido Sulfanílico (2) 100 µl - - Diazo Reagente - 100 µl 100 µl Amostra 50 µl 50 µl 50 µl Fonte: Própria. Figura 18 – Tubos de ensaio – bilirrubina. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 10 mg/dl Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 0,939 ÷ 0,963 x 10 = 9,75 mg/dl O resultado normal em um adulto é de até 1,2 mg/dl. Conclusão: A bilirrubina do paciente está muito acima do normal. Níveis altos de bilirrubina total e frações podem ser um sinal de uma série de doenças, como cirrose, síndrome de Gilbert, hepatite e intoxicação a até mesmo condições como lesões no fígado, tumores, fibrose e cálculos biliares. Atividade de fixação 1- Relembrar a formação da bilirrubina a partir da degradação da hemoglobina e de outras heme proteínas. R: A bilirrubina é produzida pelo fígado. 2- Um paciente de 50 anos que comparece ao pronto-socorro com quadro de dor abdominal em hipocôndrio direito de intensidade, colúria, icterícia e febre de 39ºC há 8 dias. Ele relata que foi diagnosticado recentemente como portador de hepatite B. Discuta a importância da realização da dosagem de bilirrubinas neste paciente. R: Através da dosagem de bilirrubina é possível identificar se o paciente é hepático ou não. 3- Um paciente de 11 anos deu entrada em uma unidade de pronto atendimento com queixa de dor abdominal. Ao exame apresentava-se ictérico. A mãe relatou que o menino e o outro filho mais novo fazem tratamento para anemia. Ela não soube explicar o motivo, mas disse que na família havia vários casos de anemia. Um dos exames solicitados foi a dosagem de bilirrubinas. Os valores obtidos foram: bilirrubina total de 4,4 mg/dL e bilirrubina direta de 1,7 mg/dL. Calcule o valor da bilirrubina indireta e correlacione os valores com o histórico apresentado. R: Valor apresentado muito acima do valor de referência, o que indica problemas no fígado. 4- Um recém-nascido do sexo feminino, nascido a termo, apresentou icterícia após 5 horas do nascimento. Iniciou fototerapia por 3 dias. Verificou-se que a bilirrubinemia total respondia satisfatoriamente à fototerapia, porém se exacerbava após sua suspensão. Aos 10 das de vida, como ainda apresentava bilirrubinemia significativa e dependência da fototerapia, foi realizado estudo genético do DNA, que resultou positivo para síndrome de Gilbert. Discuta a importância da fototerapia e correlacione a síndrome de Gilbert com o quadro apresentado pela paciente. R: A síndrome de Gilbert é uma condição hereditária onde o fígado não processa adequadamente a bilirrubina. AULA 4 ROTEIRO 1 Determinação de Bilirrubina em Amostra de Urina Para a realização deste teste utilizamos uma tira de teste de urina Uri Color Check e amostra de urina da colega Márcia. Emergimos a tira na urina, tiramos o excesso e fizemos a leitura colorimétrica usando o padrão de cores. Após a realização do teste, obtivemos os seguintes resultados: Figura 19 – Resultados do teste de urina. Fonte: Própria. Conclusão: ao fazer as devidas leituras da tira de teste para bilirrubina na urina,pode-se observar que a amostra se encontra normal mediante os padrões de cores encontrados no kit. Atividade de fixação 1- Do ponto de vista clínico, uma pessoa saudável pode apresentar bilirrubina na urina? R: Uma pessoa saudável não deve apresentar bilirrubina na urina. Portanto, toda bilirrubinúria é indício de processo patológico e merece investigação. 2- Quais são as diferenças entre as metodologias empregadas na determinação de bilirrubina na amostra de sangue e na urina? R: A bilirrubina é dosada por diazotização e formação de azobilirrubina vermelha com absorção máxima em 525 nm. A bilirrubina direta (diglicurônide) é dosada em meio aquoso, enquanto a total (direta e indireta) é dosada por ação de potente solubilizador de ação catalisadora. 3- Um paciente relata que há 15 dias começou a apresentar dor abdominal do lado direito após refeição rica em alimentos gordurosos. Apresenta náusea e vômitos. Ele apresenta icterícia, colúria e acolia fecal. O exame de sangue indicou bilirrubina total de 10,1 mg/dL, o exame de urina foi positivo para bilirrubina e o exame de imagem indicou a presença de cálculos na vesícula biliar. Como é possível explicar a presença de bilirrubina no sangue e na urina do paciente? R: A bilirrubina eleva-se no sangue na presença de lesões no fígado, obstrução biliar (canais da bile) ou quando a velocidade de destruição dos glóbulos vermelhos está aumentada. O aumento da bilirrubina no sangue pode indicar problemas no fígado, canais da bile, vesícula biliar, baço, rins e doenças do sangue. AULA 4 ROTEIRO 2 Determinação de Ferro no Sangue O ferro é um mineral vital para a homeostase celular. É essencial para o transporte de oxigênio, para a síntese de DNA e metabolismo energético. É um cofator importante para enzimas da cadeia respiratória mitocondrial e na fixação do nitrogênio. A deficiência de ferro acarretará consequências para todo o organismo, sendo a anemia a manifestação mais relevante. Por outro lado, o acúmulo ou excesso de ferro é extremamente nocivo para os tecidos, uma vez que o ferro livre promove a síntese de espécies reativas de oxigênio que são tóxicas e lesam proteínas, lípides e DNA. Portanto, é necessário que haja um perfeito equilíbrio no metabolismo do ferro, de modo que não haja falta ou excesso do mesmo. Essa homeostase vai possibilitar a manutenção das funções celulares essenciais e ao mesmo tempo evitar possíveis danos teciduais. Dentro da homeostase do ferro, os mecanismos de excreção são menos desenvolvidos e eficazes do que aqueles que regulam a absorção e distribuição, e nesses processos várias células, hormônios e proteínas transportadoras do ferro estão envolvidas. Para a realização deste teste, começamos este procedimento identificando 3 tubos de ensaio com B (branco), T (teste) e P (padrão). Recebemos a amostra do soro de um paciente e um kit de determinação de ferro sérico. Os líquidos foram transferidos para as cubetas e levados ao espectrofotômetro, com onda de 560 nm para ser realizado o primeiro teste de absorbância. Após realizado o primeiro teste, os líquidos foram transferidos novamente para os tubos de ensaio e foi acrescentado 25 µl de ferrozine em cada tubo. Os 3 tubos ficaram em banho maria em 37ºC por 10 minutos. Em seguida, os líquidos dos tubos de ensaio foram transferidos para as cubetas de acrílico e colocadas no espectrofotômetro, com o comprimento de onda em 525 nm. Tabela 7 – Ferro – A1 Branco Teste Padrão Tampão (1) 1000 µl 1000 µl 1000 µl Amostra - 250 µl - Padrão (2) - - 250 µl Água des. 250 µl - - Fonte: Própria. Tabela 8 – Ferro – A2 Branco Teste Padrão Ferrozine 25 µl 25 µl 25 µl Fonte: Própria. Figura 20 – Tubos de ensaio – ferro. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: A2 – A1 ÷ Abs Padrão x 500 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos o seguinte resultado: 163,75 µl/dl O resultado normal em um adulto é de 50 - 70 µl/dl. Conclusão: O resultado do paciente apresenta-se dentro da normalidade de ferro sérico no sangue. Atividade de fixação 1- Qual é a importância da dosagem do ferro sérico? R: A dosagem de ferro sérico é útil no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e hemossiderose. 2- Discorrer sobre a absorção, transporte e uso do ferro pelo organismo. R: A absorção do ferro ocorre no duodeno proximal, sendo a quantidade de ferro absorvida dependente da quantidade armazenada e da capacidade de armazenamento do organismo. Após a sua libertação no citoplasma, o ferro é conduzido para a membrana basolateral do enterócito, ou armazenado em ferritina. A ferritina desempenha um papel crucial na absorção de ferro. Outras proteínas desempenham um importante papel no metabolismo do ferro, tais como a transferrina (intervém no transporte de ferro) e a hepcidina que faz a regulação das concentrações plasmáticas de ferro. 3- Um paciente do sexo masculino, 55 anos, foi ao médico relatando fadiga e dor generalizada nas articulações que iniciaram há cerca de um ano. As dores articulares afetavam os dedos, os punhos, quadril e joelhos. Ele apresentava pigmentação acinzentada na pele. O médico suspeitou de hemocromatose e solicitou vários exames, entre estes, o de ferro plasmático, que foi de 279 µg/dL. Compare o valor obtido com os valores de referência. Quais são as consequências do aumento do ferro no organismo? R: O excesso de ferro no sangue pode provocar ferrugem nos órgãos, causando consequências distintas para cada parte do corpo. No fígado, altos níveis do mineral podem causar cirrose; no pâncreas, diabetes; no coração, insuficiência cardíaca; nas glândulas, mau funcionamento e problemas na produção hormonal. AULA 4 ROTEIRO 2 Determinação de Cálcio no Sangue O cálcio é necessário para o funcionamento adequado da contração muscular, condução nervosa, liberação de hormônios e coagulação do sangue. Além disso, a concentração adequada de cálcio é necessária para vários outros processos metabólicos. A manutenção das reservas corporais de cálcio (para evitar hipocalcemia ou hipercalcemia) depende de ingestão dietética de cálcio, absorção de cálcio do trato gastrintestinal e excreção renal de cálcio. Para a realização deste teste, começamos este procedimento colocando 1000 µl de reagente trabalho na cubeta teste e 1000 µl na cubeta padrão. Zeramos o espectrofotômetro com a cubeta teste, lavamos as cubetas com água destilada e iniciamos a segunda parte do teste. Adicionamos 20 µl de amostra na cubeta teste e 20 µl de padrão na cubeta padrão, com o comprimento de onda em 570 nm. Tabela 9 – Cálcio – A1. Teste Padrão Reagente Trabalho 1000 µl 1000 µl Fonte: Própria. Tabela 10 – Cálcio – A2. Teste Padrão Amostra 20 µl - Padrão - 20 µl Fonte: Própria. Figura 21 – Cálcio. Fonte: Própria. O cálculo para resultado se dá pela equação: Abs Teste ÷ Abs Padrão x 10 Após a realização dos testes no espectrofotômetro, obtivemos os seguintes resultados: 0,040 ÷ 0,289 x 10 = 1,38 mg/dl O resultado normal em um adulto é de 8,8 a 11 mg/dl. Conclusão: O nível de cálcio no sangue deste paciente está muito abaixo do valor de referência. Níveis extremamente baixos de cálcio podem causar um formigamento (geralmente dos lábios, língua, dedos e pés), dores musculares, espasmos musculares na garganta (causando dificuldade para respirar), rigidez e espasmos musculares (tetania), convulsões e ritmos cardíacos anormais. Atividade de fixação 1- Além da colorimetria, quais são as outras metodologias que podem ser empregadas na determinação do cálcio? Discorra sobre asvantagens e desvantagens. R: Para a dosagem do cálcio total é utilizada a colorimetria. O padrão-ouro para a dosagem direta do cálcio ionizado é o método de eletrodos íon seletivos. 2- Qual é a importância da correta lavagem dos materiais para a determinação do cálcio? R: O material utilizado no procedimento deve estar completamente isento de cálcio. Recomenda-se utilizar material descartável ou lavado com ácido nítrico a 50% (v/v) ou detergente não iônico. Lavar a vidraria com bastante água corrente e enxaguar com água deionizada para evitar a obtenção de resultados incorretos devido a contaminação com traços de cálcio. O uso de detergente iônico na limpeza do material é uma fonte de contaminação com cálcio. 3- Qual é a diferença entre dosagem de cálcio total e iônico? R: O cálcio total é composto de três formas: cálcio ligado a proteínas (albumina e globulinas (35-40%), cálcio ionizado (50%) e cálcio complexado (10- 15%). O cálcio ionizado é a forma fisiologicamente ativa presente nos líquidos extracelulares. 4- Discorra sobre as causas mais comuns de hipocalcemia e hipercalcemia. R: As causas da hipocalcemia incluem hipoparatireoidismo, pseudo- hipoparatireoidismo deficiência de vitamina D e insuficiência renal. As causas mais comuns da hipercalcemia são hiperparatireoidismo e câncer. As características clínicas incluem poliúria, constipação, anorexia e hipercalciúria com cálculos renais; pacientes com altas concentrações de cálcio podem ter fraqueza muscular, confusão e coma. 5- Paciente, masculino, 6 anos, faz uso de colecalciferol 2.000 UI/dia, há cerca de 3 meses, conforme recomendação na última consulta. O menino perdeu 2 kg nos últimos dois meses e na última semana apresentou vômitos pós- prandiais, apatia e dor em membros inferiores. Exames laboratoriais foram solicitados, entre eles a calcemia, que foi de 20 mg/ dL e vitamina D, que foi de 250ng/mL. O médico suspeitou de intoxicação por vitamina D e solicitou análise das cápsulas em um laboratório de referência, sendo verificado que o teor de vitamina D foi estimado em 900.000 UI por cápsula. Discorra sobre o ocorrido. R: A vitamina D3 (colecalciferol) é um medicamento indicado para prevenção e tratamento auxiliar na desmineralização óssea, do raquitismo, osteomalacia e prevenção no risco de quedas e fraturas. A vitamina D3 não deve ser utilizada em pacientes que apresentem hipersensibilidade aos componentes da fórmula. É contraindicado também em pacientes que apresentam hipervitaminose D, elevadas taxas de cálcio ou fosfato na corrente sanguínea e também em casos de má formação nos ossos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUTOR DESCONHECIDO “Visão geral dos distúrbios da concentração de cálcio” Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e- metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/vis%C3%A3o- geral-dos-dist%C3%BArbios-da-concentra%C3%A7%C3%A3o-de- c%C3%A1lcio. Acesso em 01 de setembro de 2022. FERNANDES, Roberta P. “Metabolismo” Disponível em: https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/11284416022012bioquimica_a ula_12.pdf Acesso em 29 de agosto de 2022. GROTTO, Helena Z.W. “Metabolismo do ferro: uma revisão sobre os principais mecanismos envolvidos em sua homeostase.” Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbhh/a/HLcTcgqkgV7VmpRWyWTTVXw/?lang=pt. Acesso em 01 de setembro de 2022. KIRSZTAKN, Gianna M. “Proteinúria: muito mais que uma simples dosagem” Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/66FsXxG7x8SHCCcSHcKmNrz/?format=pdf&lan g=pt Acesso em 30 de agosto de 2022. MARZZOCO, Anita. / TORRES, Bayardo B. - Bioquímica Básica – Quarta Edição – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. RAMOS, Adelina B. A. “Metabolismo do Ferro, Infeção e Imunidade”. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/6644/1/PPG_27291.pdf. Acesso em 01 de setembro de 2022. SILVA, Enny F. / TSUJITA, Maristela - Bioquímica Metabólica – São Paulo: Editora Sol, 2020.
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