TRABALHO IMUNO NUTRI

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FACULDADE ITOP 
INSTITUTO TOCANTINENSE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E PESQUISA LTDA 
CURSO DE NUTRIÇÃO – 2º PERÍODO (2023/2) 
 DISCIPLINA: IMUNOLOGIA 
 
 
 
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ACADÊMICO 
NOME: MATRÍCULA: 
DATA: 29/09/2023 PROFESSOR: JULIANO VIDAL B. FILHO 
 
1. O termo imunidade é derivado do latim immunitas, que se refere às isenções de taxas 
oferecidas aos senadores romanos (Unicamp, 2016). Historicamente, imunidade representa 
proteção a doenças, mais especificamente, doenças infecciosas. A imunidade pode ser 
basicamente entendida como a capacidade do organismo de se defender contra a entrada e 
multiplicação de microrganismos. É uma função biológica que envolve uma série de 
componentes que atuam de forma coordenada (o sistema imunológico) e que é estudada 
pela imunologia. A imunologia é uma disciplina que se relaciona a outras na tentativa de 
esclarecer os mecanismos envolvidos no desenvolvimento de doenças. Com a microbiologia, 
ciência que estuda formas de vidas microscópicas (tais como bactérias, fungos e vírus) e suas 
interações com humanos, essa relação se destaca, ao estar interligada ao processo de 
imunização. A imunidade consiste de um conjunto de processos inespecíficos e específicos. 
Há barreiras físicas e químicas que visam impedir a entrada de microrganismos patogênicos 
no organismo. Quando essas barreiras são transpostas, ocorre a infecção do indivíduo. De 
imediato, a imunidade limita a ação do invasor e, ainda, cria uma memória imunológica que 
impede novas infecções pelo mesmo patógeno. 
Com base no texto acima, descreva com suas palavras e entendimento as seguintes 
situações: 
a) O que são Barreiras inespecíficas ou barreiras desencadeadas independentemente do 
microrganismo ou do tipo de agressão? 
R: Barreiras inespecíficas, também conhecidas como barreiras naturais ou barreiras inatas, são 
mecanismos de defesa do corpo que atuam de forma geral e imediata para proteger contra 
uma ampla variedade de patógenos e agressões, independentemente de sua natureza 
específica. Essas barreiras são consideradas a primeira linha de defesa do sistema 
imunológico e não dependem de um reconhecimento detalhado do microrganismo ou agressor 
em questão. Em outras palavras, elas não são direcionadas a um patógeno específico, mas sim 
representam um conjunto de mecanismos de defesa que estão sempre presentes e prontos para 
agir quando necessário. As barreiras inespecíficas desempenham um papel fundamental na 
prevenção de infecções, e muitas delas atuam em conjunto para fornecer uma defesa robusta 
contra uma variedade de ameaças. Elas também desempenham um papel crucial na 
preparação do sistema imunológico adaptativo, que é capaz de reconhecer e atacar patógenos 
de forma mais específica. Algumas das principais barreiras inespecíficas incluem: as barreiras 
físicas e químicas (pele e enzimas digestivas); barreiras celulares (fagocitose e células 
dendríticas); resposta inflamatória e proteínas circulantes. 
 
b) Explique as barreiras que estão presentes no sistema digestório. 
R: No sistema digestório, existem várias barreiras físicas e biológicas que desempenham um 
papel fundamental na proteção contra patógenos e na manutenção da homeostase. Essas 
barreiras são essenciais para evitar infecções e doenças no trato gastrointestinal. 
A primeira é a barreira física onde a parede do trato gastrointestinal é revestida por 
uma camada de muco que atua como uma barreira física. O muco impede que bactérias, vírus 
e substâncias nocivas entrem em contato direto com as células epiteliais do trato 
gastrointestinal. 
Valor: 10,0 
Nota: 
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A segunda são as barreiras biológicas que são divididas em quatro. A primeira é o 
ácido gástrico onde o estômago produz ácido clorídrico, que cria um ambiente ácido (pH 
baixo) hostil para muitos patógenos. Isso ajuda a matar bactérias e outros microrganismos que 
podem ser ingeridos com alimentos. 
A segunda são as enzimas digestivas que são produzidas pelo pâncreas e pelas células 
do trato gastrointestinal ajudam a quebrar os alimentos em componentes menores. Esse 
processo de digestão pode destruir ou desativar patógenos que estão presentes nos alimentos. 
A terceira é a microbiota intestinal onde o intestino contém uma grande população de 
bactérias benéficas, conhecida como microbiota intestinal. Essas bactérias competem com 
patógenos por nutrientes e espaço, ajudando a prevenir a colonização de microrganismos 
prejudiciais. 
E por último os linfócitos e células imunes onde o sistema imunológico do trato 
gastrointestinal inclui células como linfócitos e células de Paneth, que desempenham papéis 
cruciais na defesa contra patógenos. Essas células podem produzir anticorpos e citocinas para 
combater infecções. 
Temos também o peristaltismo onde o movimento peristáltico do trato gastrointestinal 
ajuda a empurrar os alimentos e os microrganismos através do sistema digestório de forma 
eficiente, reduzindo o tempo de exposição a potenciais patógenos. 
E por último é a barreira epitelial em que o revestimento do trato gastrointestinal é 
formado por células epiteliais unidas por junções apertadas. Isso impede a passagem de 
patógenos e substâncias indesejadas para o interior do corpo. 
É importante notar que, apesar dessas barreiras, ocasionalmente, os patógenos podem 
superá-las e causar infecções no sistema digestório. Portanto, a manutenção de uma dieta 
saudável, a prática de hábitos de higiene adequados e a preservação de um sistema 
imunológico forte são fundamentais para a prevenção de infecções gastrointestinais. Além 
disso, os profissionais de nutrição desempenham um papel importante ao aconselhar os 
pacientes sobre práticas alimentares seguras e saudáveis para manter a saúde do sistema 
digestório. 
 
2. As barreiras específicas são mais complexas, e seu acionamento se dá mediante condições 
especiais que tentaremos simplificar. A primeira informação importante para compreender 
as barreiras específicas é saber que elas são desencadeadas por um estímulo. Esse estímulo 
ocorre pelo contato do nosso organismo com um antígeno, ou seja, com um elemento ou 
substância capaz de provocar a resposta imunológica. Essa resposta irá ocorrer com a 
formação de anticorpos, que são as imunoglobulinas. As imunoglobulinas são proteínas 
especializadas, divididas em cinco classes. 
a) Explique com suas palavras a importância e relação do IgA e IgD. 
R: O IgA (Imunoglobulina A) é essencial na proteção das mucosas e na prevenção de 
infecções nas superfícies do corpo, enquanto o IgD (Imunoglobulina D) está envolvido 
principalmente na ativação dos linfócitos B e na resposta imunológica inicial. Ambos são 
componentes importantes do sistema imunológico, trabalhando juntos com outras classes de 
imunoglobulinas para fornecer uma resposta imunológica eficaz contra ameaças específicas. 
 
b) Explique com suas palavras a importância e relação do IgG e IgE. 
R: O IgG (Imunoglobulina G) é fundamental na proteção de longo prazo contra uma ampla 
gama de patógenos, enquanto o IgE (Imunoglobulina E) está principalmente envolvido em 
respostas alérgicas e na defesa contra parasitas. Ambos desempenham papéis específicos no 
sistema imunológico, trabalhando em conjunto com outras classes de imunoglobulinas, como 
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o IgM e o IgA, para proporcionar uma resposta imunológica eficaz contra ameaças 
específicas. 
 
c) Como o IgE pode intermediar uma resposta a uma proteína alimentar e desencadear uma 
resposta desordenada no sistema imunológico. 
R: Começa com a exposição inicial a uma proteína alimentar, em algum momento da vida.O 
sistema imunológico reconhece a proteína como um alérgeno, desencadeando uma resposta 
imunológica. Então, o sistema produz IgE específico para essa proteína, com cada alérgeno 
tendo seu próprio conjunto de IgE. Essas moléculas de IgE se ligam especificamente à 
proteína alimentar. 
As moléculas de IgE se ligam a células chamadas mastócitos e basófilos, presentes em 
diversos tecidos do corpo. A ligação sensibiliza essas células para a proteína alimentar 
específica. Assim, em nova exposição à mesma proteína alimentar, as moléculas de proteína 
ligam-se ao IgE nos mastócitos e basófilos sensibilizados. 
A ligação desencadeia a liberação imediata de substâncias, principalmente histamina, 
dessas células. A histamina causa sintomas alérgicos, como inchaço, coceira, 
broncoconstrição e aumento da produção de muco. 
A produção exagerada de IgE e a sensibilização das células tornam o corpo altamente 
reativo ao alérgeno, resultando em uma resposta alérgica. O tratamento envolve evitar o 
alérgeno e, em casos graves, o uso de medicamentos para controlar as reações alérgicas. 
 
3. Quanto a classificação da Imunidade, explique de forma clara e objetiva o que são 
Imunoglobulinas homólogas e Imunoglobulinas heterólogas. 
R: As imunoglobulinas homólogas são anticorpos produzidos pelo próprio organismo em 
resposta a um antígeno específico. Originam-se naturalmente como parte da resposta 
imunológica a infecções, vacinações ou exposição a antígenos estranhos. Elas são altamente 
específicas para o antígeno que desencadeou sua produção e sua função principal é defender o 
organismo contra patógenos específicos. 
Já as imunoglobulinas heterólogas são anticorpos produzidos por um organismo de 
outra espécie e administrados a um indivíduo para fornecer imunidade temporária. Elas são 
obtidas de fontes externas, como animais ou seres humanos doadores, que já foram expostos a 
antígenos específicos. Podem ser menos específicas em comparação com as imunoglobulinas 
homólogas e são usadas na medicina para fornecer imunidade passiva temporária, 
especialmente em casos de emergência ou exposição a patógenos específicos. 
 
4. Explique a importância do estado nutricional relacionado ao sistema imunológico nos 
diferentes ciclos da vida. 
R: O estado nutricional desempenha um papel crítico no sistema imunológico ao longo dos 
diferentes ciclos da vida. 
Na infância e adolescência a nutrição adequada é essencial para o crescimento saudável do 
sistema imunológico. A falta de nutrientes torna as crianças mais suscetíveis a doenças. 
Na fase adulta a nutrição equilibrada mantém o sistema imunológico, prevenindo infecções e 
doenças crônicas. Dietas ricas em antioxidantes protegem as células imunes do estresse 
oxidativo. 
Na gravidez a nutrição adequada é vital para o desenvolvimento imunológico do feto. A falta 
de nutrientes essenciais pode aumentar o risco de complicações e infecções durante a 
gravidez. 
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Já no envelhecimento o sistema imunológico enfraquece com a idade, mas uma dieta saudável 
pode ajudar. As proteínas e micronutrientes preservam a resposta imunológica. 
A nutrição desempenha um papel crucial em todas as fases da vida, afetando diretamente a 
capacidade do sistema imunológico de proteger o corpo e manter a saúde.