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Introdução à imunologia - Resumo

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Maria Eduarda da Costa – Medicina veterinária - Resumos 
 
 
RESUMO DE IMUNOLOGIA - INTRODUÇÃO 
 
 
 
Introdução a Imunologia Veterinária 
 
Sobrevivência dos animais – depende da sua capacidade de defesa contra as ações 
microbianas. Sendo esta resistência criada por vários mecanismos de defesa, como: 
barreira física – pele; processos de auto-limpeza, como: espirros, tosse, liberação de 
muco, lágrima; vômito, diarréia, presença de flora bacteriana. 
Protegendo-se assim dos microorganismos patógenos existentes no ambiente. 
A defesa do corpo então é um sistema complexo de mecanismos sobrepostos e 
interligados. Onde o sistema imune se torna essencial para a sobrevivência de 
qualquer ser vivo. Imunologia, então, é o estudo do sistema imune e suas respostas. 
 
Imunidade e Características do Sistema Imune 
 
Imunidade – capacidade do organismo de reconhecer substâncias que considera 
anormal, realizando assim: reconhecimento, metabolização, neutralização e 
eliminação do antígeno, gerando por fim a defesa do organismo. 
O Sistema imune possui quatro características/propriedades, sendo estas: 
01) Especificidade – o organismo reconhece e/ou reage contra o agente infeccioso. 
02) Diversidade – além de reconhecer e reagir, desencadeia uma resposta 
adequada para cada reconhecimento. 
03) Sensibilidade – mesmo com uma pequena quantia de microorganismos 
diferentes, ocorre o desencadeamento de uma resposta. 
04) Aquisição de memória – após ter entrado em contato com um agente 
infeccioso, e ter gerado uma resposta por imunidade adquirida, o sistema imune 
desenvolve células capazes de reconhecer este agente após anos do primeiro 
contato. 
 
Sendo que além de combater um agente infeccioso, ele tem a função de reconhecer 
o próprio e o não-próprio, auxiliar nos processos de inflamação (regeneração 
tecidual) e limpeza. Manter então o sistema imune funcionando perfeitamente é 
garantir, ou no mínimo, reduzir as chances de ser infectado por patógenos. 
Existem como pode se observar barreiras então que impedem a instalação de um 
processo infeccioso, como: 
Pele: pela liberação do suor, ácidos graxos e células de descamação. 
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Maria Eduarda da Costa – Medicina veterinária - Resumos 
 
 
Trato gastrointestinal: diminuição do pH e ácidos biliares; iniciando com a saliva 
que é rica em enzimas líticas, ácidos digestivos e sua rápida alteração de pH junto 
com sua flora intestinal. 
Sistema respiratório: liberação de muco e cílios traqueais; as conchas nasais 
realizam pelo turbilhonamento do ar a compressão do mesmo nas paredes nasais, 
fixando assim, grande parte dos microorganismos invasores. 
Olhos: lágrimas com enzimas digestivas e limpeza; cílios que realizam a barreira 
mecânica. 
Trato genitourinário: o fluxo da urina dificulta a instalção de agentes e sua 
conseqüente descamação, também. Esta descamação servirá de alimento em forma 
de glicogênio para a flora bacteriana que ali existe, formando ácidos que diminuirão 
o pH. 
 
Com ênfase, a pele exerce um papel fundamental de bloqueio na entrada de 
agentes infecciosos, já que ela é o principal local de interação entre o ambiente e o 
indivíduo (Abbas, 2007). Agindo de forma primitiva, não envolvendo memória ou 
especificidade. Os seus mecanismos de liberação de ácidos graxos por exemplo, 
impedem a fixação de microorganismos. 
Possuindo assim, mecanismos não específicos de defesa – Imunidade Inata e 
mecanismos específicos – Imunidade Adaptativa. 
 
 
Tipos de resposta imunológica 
 
A primeira linha de defesa é a Imunidade Inata, onde a defesa está presente em 
indivíduos saudáveis desde o nascimento ou qualquer contato com o antígeno. É 
preparada para bloquear a entrada de antígenos e eliminá-los, respondendo da 
mesma maneira para todo e qualquer tipo de agente infeccioso. 
Baseia-se na diferença química dos componentes, e sua grande importância é 
determinada pelo fato da imunidade inata estar sempre pronta para responder 
qualquer estimulo causado por um agente infeccioso. 
 
Já a segunda linha de defesa é a Imunidade Adaptativa, onde ela é mais lenta que 
a primeira – já que possui um período de latência entre a exposição e a resposta 
máxima, é ausente antes do contato com qualquer antígeno, e por ser específica, 
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Maria Eduarda da Costa – Medicina veterinária - Resumos 
 
 
cria uma memória para cada antígeno – se tornando mais eficiente a cada contato 
com o agente infeccioso. 
 
Imunidade Inata Imunidade Adaptativa 
Resposta imediata e máxima Período de latência entre a exposição e 
sua resposta 
Responde da mesma maneira para 
qualquer agente 
Específica para cada antígeno 
Exposição não acarreta na sua 
memória 
Há formação de um banco de dados 
Fagocitose e degranulação Anticorpos e citoxicidade 
Monócitos, macrófagos e natural killers Linfócitos 
Eficiência não muda Torna-se mais eficiente a cada infecção 
 
A imunidade adaptativa é dividida em natural e artificial. Sendo que se o indivíduo 
é exposto ao acaso para o agente infeccioso, ou recebe pelo leite materno – é 
caracterizado como um meio natural. Já o meio artificial é quando a exposição 
ocorre propositalmente para que se desenvolva uma imunidade adaptativa, como 
em vacinas ou da transferência de anticorpos de um animal imune para outro que 
não o desenvolveu, como a imunoterapia (soro, por exemplo). 
Outro método de caracterização é pela imunidade ser ativa ou passiva – o que diz 
respeito se o sistema imune até ou não pronto para responder diretamente ao 
agente. No caso ativo, seria pela exposição natural a um antígeno ou por vacinas. 
Já no caso passivo, seria por receber pronto – como pelo colostro e soro. 
 
IMPORTANTE PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA 
IMUNIDADE INATA: 
 
Não tendo grande especificidade, o sistema imune inato deve conter PRRs – 
receptores reconhecedores padrões, com a finalidade de reconhecer estruturas 
comuns a muitos patógenos, definindo assim, se é ou não microorganismo do 
próprio corpo e respondendo a este estímulo. São exemplos: receptor de manose do 
macrófago, RNA helicases, toll-like receptors, nood-like receptors. 
Estes receptores reconhecerão então, nos microorganismos invasores moléculas 
padrão de patógenos – PAMPs, características que definem, por exemplo, o tipo de 
bactéria – se é gram+ ou gram-, se possui membrana plasmática com 
peptideoglicano ou lipopolissacarídeo. Então, estas características possuem um 
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Maria Eduarda da Costa – Medicina veterinária - Resumos 
 
 
determinado formato, que ao invadirem o corpo – os PRRs vão tentar reconhecer 
e se conectar, para provavelmente, combater. 
Os toll-likes, exemplos de PRRs, são constituídos de glicoproteínas de cadeia única 
localizados em membranas, que se diferenciam entre si por sua porção extracelular. 
Sua função como PRRs, é reconhecer padrões ou características moleculares 
comuns de patógenos, e iniciar a defesa/resposta celular.

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