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História ou estória – Qual é a forma correta?
Muitas palavras da Língua Portuguesa nos deixam com dúvidas e, às vezes, não sabemos muito bem
como e quando utilizá-las. Você já deve ter visto uma mesma palavra escrita de formas diferentes, como
é o caso de “história” e “estória”. Mas, será que as duas palavras estão corretas? Qual é a diferença
existente entre elas?
História ou estória: qual é a forma correta?
As duas grafias, “história” e “estória”, existem. De acordo com o dicionário Houaiss, a palavra “estória”
data do século XIII e significa o mesmo que “história”, isto é, uma narrativa de cunho popular e
tradicional. A palavra estória era comumente aceita para referir-se a um relato de fatos não
comprovados, narrativas populares ou tradicionais que não eram verdadeiras e sim ficcionais. Em sua
etimologia (origem), a palavra “estória” provém da forma inglesa story, que significa narrativa, em prosa
ou verso, fictícia ou não, que tem o objetivo de divertir e instruir o leitor.
A palavra história era empregada em outro contexto, fazendo referência à História como ciência, a dos
fatos, baseada em acontecimentos reais.
Foto: Reprodução
História com “h” é o correto
A grafia “estória” é considerada uma forma arcaica da Língua Portuguesa, ou seja, ela faz parte
daquelas palavras que, por serem muito antigas, os falantes do idioma não utilizam mais. Esta forma era
usada quando ainda não existia uma grafia uniformizada para as palavras da Língua Portuguesa. No
entanto, no ano de 1943, com a vigência do nosso sistema gráfico, a Academia Brasileira de Letras
eliminou a distinção gráfica de “história” e “estória”, recomendando que a palavra “história” deveria ser
usada em qualquer situação, seja para narrativas reais ou ficcionais.
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O dicionário Aurélio, em sua 4ª edição, também recomenda apenas a grafia história, tanto no sentido de
ciência histórica, quanto no de narrativa de ficção, conto popular e demais significados. Segundo os
etimologistas, o neologismo estória não se justifica e é uma “frescura linguística”, pois, na Língua
Portuguesa, não há nenhuma razão linguística para adotá-la, mesmo quando há a intenção de
diferenciá-la de “história”.
Confira os exemplos a seguir:
“O pai gosta de contar histórias de pescador aos filhos.”
“Os alunos ouviram atentamente a história da Língua Espanhola.”
Perceba que, se a grafia antiga ainda fosse válida, no primeiro exemplo teríamos “estórias”. Já no
segundo caso continuaria “história”.
Como já vimos, com a vigência do nosso sistema gráfico, apenas a palavra história é válida para ambos
os exemplos anteriores.
*Débora Silva é graduada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas)
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