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9 POLÍTICA-E-ORGANIZAÇÃO-DA-EDUCAÇÃO-NO-BRASIL-

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COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA – IBRA 
 
 
DISCIPLINA 
 
Política e Organização da Educação 
no Brasil 
1 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO .......................................................................... 2 
1.OS PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS ........................... 4 
2.LDB - LEI N° 9.394/96 ............................................................... 18 
2.1.Educação básica ..................................................................... 19 
2.2.Ensino Superior: .................................................................... 20 
2.3.A estrutura da LDB ................................................................. 21 
2.4.Os princípios da Educação ...................................................22 
2.5.Os deveres do Estado com a Educação ..............................23 
2.6.CNE 24 
2.6.1.Atribuições ............................................................................ 24 
3.PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ............................. 30 
3.1.O que é o PNE? ...................................................................... 30 
MATERIAIS COMPLEMENTARES ............................................... 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 38 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Prezado (a) aluno (a), 
 
Ao longo dessa disciplina discorremos sobre a Legislação e 
Políticas Educacionais. Note que o termo educação deriva de educare, e 
quer dizer, ação de amamentar. Pode também ter origem na raiz latina 
educere, que significa a ação de orientar o educando. Atualmente, as 
tendências pedagógicas refugiam esta etimologia. 
Legislação é atuação de constituir leis através do poder legislativo. 
A legislação em campo educacional, alude-se à instrução ou aos 
procedimentos de concepção que se dão não somente nas instituições de 
ensino, entretanto ocorrem além disso em outras instâncias culturais tais 
como a família, a igreja, a associação, ou mesmos os grupos comunitários 
entre outros. Transcorre do latim legislatio, e quer dizer, justamente, ação 
de legislar, direito de realizar, ordenar ou produzir leis. A legislação é, 
dessa forma, o ato de compor leis através do poder legislativo. Legislação 
educacional explana um conjunto de cláusulas legais sobre o tema 
educacional. 
Ao usarmos a expressão legislação educacional ou legislação da 
educação estaremos aludindo à legislação que trata da educação escolar 
em seus níveis e modalidades em contorno abrangente, à educação 
básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e à 
educação superior. 
Assim, a educação elevou-se à categoria de direito público subjetivo 
a partir da última constituinte, instaurada em 1988. Esse ordenamento 
3 
 
jurídico definiu o direito na educação ou, mais presentemente chamado, 
o Direito Educacional e assim deu a origem as presentes leis 
educacionais. Tendo alguma dúvida, não deixe de encaminhar as suas 
perguntas ao setor pedagógico por meio do protocolo ou atendimento aos 
alunos. 
 
 
Bons estudos! 
4 
 
1. OS PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
Fonte: Veja Abril1 
 
Note que o termo Políticas Públicas é binominal, dessa forma, 
consideramos indispensável apontar o sentido de cada uma. De acordo 
com o dicionário da língua portuguesa, “política” é a ciência da 
governança de um Estado ou Nação e além disso uma arte de negociação 
para compatibilizar instâncias. 
O termo possui origem no grego politiká, provém de polis que indica 
aquilo que é público. O significado de política é bem abrangente e está, 
em regra, relacionado com aquilo que profere sobre o espaço público. Do 
mesmo modo, “pública”, de origem latina publicus, significa o povo 
(populus). 
 
1 Retirado em: http://veja.abril.com.br 
5 
 
Assim, para finalizarmos vemos que as Políticas Públicas é uma 
atuação governamental para satisfazer o interesse do povo, e como a 
política é a arte da negociação, essas ações deveriam ser 
compartilhadas, pensadas e planejadas coletivamente com o povo. 
 
De acordo com Medeiros (2000, p.1), a “[...] área de 
políticas públicas consolidou na última metade do 
século XX um corpo teórico próprio e um instrumental 
analítico voltado para a compreensão de fenômenos de 
natureza político-administrativa [...]”. Por isso, o autor 
indica que não há consenso com relação à definição do 
que seja política pública. Mas, de maneira geral, os 
conceitos usados são aqueles que definem tais 
políticas como ações do governo (SOUZA, 2006). 
Conforme Souza (2006), a política pública é um campo 
de conhecimento da ciência política, que os governos, 
ao mesmo tempo em que agem, analisam suas ações 
para propor mudanças no curso das ações, ou seja, a 
formulação de políticas públicas traduzem propostas 
de eleição em programas, projetos, base de dados, 
sistemas de informações e pesquisas e se essas ações 
implementadas pelo governo darão resultados ou 
mudanças reais (submetidas a acompanhamento e 
avaliação). Para essa autora, os cientistas, ao definir 
que as políticas públicas estão a serviço da resolução 
de problemas, se esquecem do “[...] aspecto 
conflituoso e os limites que cercam as decisões dos 
governos. Deixam também de fora possibilidades de 
cooperação que podem ocorrer entre os governos e 
outras instituições e grupos sociais” (SOUZA, 2006, p. 
25). Por isso, as definições embora minimizadas, 
assumem uma visão mais holística da área, “[...] a 
política pública em geral e a política social em particular 
são campos multidisciplinares, e seu foco está nas 
explicações sobre a natureza da política pública e seus 
processos” (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
6 
 
Afora de refletirem e inter-relacionarem com outros campos da 
ciência como: ciência política aplicada, economia, sociologia, geografia, 
antropologia, planejamento e gestão. 
 
 
Fonte: TCE MG2 
 
Dessa maneira, a implementação das políticas públicas está mais 
conexa à autonomia concernente do Estado, ao espaço de ação (contidas 
à influência externa e interna do mesmo), à sua competência para atuar 
nos períodos históricos do país, do que com as coações dos grupos de 
interesse, o elitismo ou classes sociais majoritárias. 
 
 
2 Retirado em: http://receitas.tce.mg.gov.br 
7 
 
Souza (2006, p. 36-37) aponta que: A política pública 
permite distinguir entre o que o governo pretende fazer 
e o que, de fato, faz; [...] envolve vários atores e níveis 
de decisão, embora seja materializada através dos 
governos, e não necessariamente se restringe a 
participantes formais, já que os informais são também 
importantes; [...] é abrangente e não se limita a leis e 
regras; [...] é uma ação intencional, com objetivos a 
serem alcançados; [...] embora tenha impactos no curto 
prazo, é uma política de longo prazo. A política pública 
envolve processos subsequentes após sua decisão e 
proposição, ou seja, implica também implementação, 
execução e avaliação. A política pública desejada deve 
ser planejada para promover as melhores escolas, o 
que de fato é preciso e necessário ser realizado, desde 
que, satisfaça o bem comum e esteja de acordo com 
legislação e as instituições e, sobretudo, seja uma 
política eficiente, norteada pelos princípios de 
planejamento, acompanhamento e avaliação (SOUSA 
E SILVA, 2016). 
 
Desse jeito, como já mencionamos, para que as políticas públicas 
apresentem o devido significado, seria preciso a participação popular e, 
presentemente, esta organização ganha foco por meio do neo-
institucionalismo, isto é, a participação das instituições para deliberar, 
estabelecer e aplicar tais políticas. Esse debate aufere repercussão 
porque as políticas públicas solicitam intenção pública para o conjunto. 
 
Contudo, segundo Medeiros, 2000, p.2: É preciso 
considerar que uma política pública pode ser elaborada 
pelo Estado ou por instituições privadas, desde que se 
refirama “coisa pública”, por isso, as políticas públicas 
vão além das políticas governamentais, se 
considerarmos que o governo não é a única instituição 
a promover políticas públicas e, nesse caso, o que 
define uma política pública é o “problema público” 
(MEDEIROS, 2000, p. 2). A partir dessa ideia, as 
8 
 
políticas públicas não são apenas responsabilidade do 
governo, o autor apresenta um novo conceito, citando 
Volker Schneider (2005). Kenis e Schneider (1991) que 
utilizam a expressão “redes de políticas públicas” 
indicam a ideia de que os problemas, a discussão, a 
implementação e processamento político de uma 
dificuldade pública “não é mais um assunto exclusivo 
de uma hierarquia governamental e administrativa 
integrada, senão que se encontra em redes, nas quais 
estão envolvidas organizações tanto públicas quanto 
privadas” (SCHNEIDER, 2005, p. 37 apud MEDEIROS, 
2000, p. 2) (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
É indispensável ver as políticas públicas como uma parceria, que 
possam colaborar com governos e Organizações Não Governamentais 
(ONGs) para procurar resolver os problemas globais. Em uma visão 
operacional, as políticas públicas, constituiriam uma tomada de decisão 
com uma ação e omissão, prevenção ou correção, para conservar ou 
transformar uma realidade de um ou muitas esferas da sociedade, por 
meio de desígnios e estratégias de atuação e alocação de recursos 
indispensáveis para tornar exequíveis os fins sugeridos. 
Dessa maneira, o processo de política pública não é racional, existe 
em sua natureza uma agitação que contrafaze todos os partícipes: os que 
esquematizam, os executores e os favorecidos das políticas, porque ela 
própria é uma complexidade em si mesma e o Estado parece ter um certo 
enfraquecimento em aplicá-las. 
Assim, a elaboração de políticas públicas adota os seguintes 
passos: 
 
1. Agenda: diz respeito à escolha do problema a ser posto na 
agenda enquanto política pública (enquanto debate); 
9 
 
2. Elaboração: trata da identificação (delimitação) do problema 
da comunidade, determinar suas alternativas de solução, 
avaliação de custos e efeitos e estabelecer prioridades; 
3. Formulação: consiste na seleção mais acertada da alternativa 
(tomada de decisão), definição de objetivos e seus fundamentos 
jurídicos, administrativos e financeiros; 
4. Implementação: consiste em planejar, organizar o Estado e 
seus recursos (todos viáveis e necessários) para executar a 
política; 
5. Execução: é pôr em prática a realização dos objetivos 
planejados; 
6. Acompanhamento: traduz-se numa sistemática supervisão da 
execução da atividade e objetiva fornecer dados para as 
possíveis correções; 
7. Avaliação: é a análise dos efeitos produzidos nos atores 
sociais pelas políticas públicas (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
Vale ressaltar que as fases descritas são mais uma intervenção 
teórica, do que se constitui na prática, todavia os procedimentos 
geralmente são os citados a seguir: 
 
10 
 
 
11 
 
 
Ademais, uma política pública está: [...] integrada 
dentro do conjunto de políticas governamentais e 
constitui uma contribuição setorial para a busca do 
bem-estar coletivo [...] As políticas públicas são 
influenciadas, a partir da sua incorporação ao elenco 
de ações setoriais do governo, pelas contingências que 
afetam a dinâmica estatal e pelas modificações que a 
teoria sofre como consequência. É por isso que, no 
começo, estão impregnadas pelas ideias vigentes em 
matéria de planejamento: fixação de metas 
quantitativas pelos organismos centrais de 
planejamento, geralmente dominados por técnicos 
mais ou menos esclarecidos; subordinação de toda a 
vida social ao crescimento econômico; determinação 
do futuro com base em projeções das tendências do 
passado (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
Ao avaliar a racionalidade técnica na elaboração das políticas 
públicas, os autores distinguiram para os aspectos que esse fator 
influencia diretamente as decisões ao longo do planejamento. 
 
No entanto, Saravia e Ferrarezi (2006, p. 35) afirmam 
que “[...] o poder político dos diferentes setores da vida 
social e sua capacidade de articulação dentro do 
sistema político são os que realmente determinam as 
prioridades”. Para entender o porquê das políticas 
públicas, é preciso compreender a importância das 
instituições políticas na formulação das proposições, 
pois delas “[...] emanam ou elas condicionam as 
principais decisões. Sua estrutura, seus quadros e sua 
cultura organizacional são elementos que configuram a 
política. As instituições impregnam as ações com seu 
estilo específico de atuação” (SARAVIA; FERRAREZI, 
2006, p. 37). Dentro delas há forças tangenciais 
(indivíduos diversos) a sua estrutura racional e, muitas 
vezes, sujeitas a pressões do seu contexto social 
(SOUSA E SILVA, 2016). 
12 
 
Logo, as Políticas Públicas incidem em atuações tomadas pelo 
Estado que possui como desígnio atender aos diversos setores da 
sociedade civil. Diversas vezes, essas políticas são realizadas com o 
apoio de ONGs ou empresas privadas. 
 
Os tipos de Políticas Públicas: definindo suas 
características As Políticas Públicas são “[...] ações 
geradas na esfera do Estado e que têm como objetivo 
atingir a sociedade como um todo ou partes dela” 
(SANTOS, 2016, p. 5), o autor indica que toda política 
pública tem uma intencionalidade, um/mais 
formulador(es) e um contexto (político, social, 
econômico e histórico) (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
Porquanto, existem quatros tipos de políticas públicas: 
 
• Políticas Públicas Distributivas: são políticas amplas, 
concedidas ao povo de maneira consensual, através de bens, 
direitos ou poder, onde os recursos são distribuídos pelos 
Estado, os quais são arrecadados através de impostos. 
Exemplo: Sistema Único de Saúde (SUS). 
• Políticas Públicas Redistributivas: são aquelas que 
objetivam “[...] redistribuir o acesso a recursos, direitos e/ou 
poder na sociedade, redefinindo, qualitativa e quantitativamente, 
mesmo que por via indireta, as relações de poder na sociedade” 
(SANTOS, 2016, p. 6). Essa redistribuição de acesso tende a ser 
conflituosa, polêmica e causar dissensos na sociedade, pois a 
reestruturação dos recursos rompe com o status anteriormente 
adquirido. Exemplo: as cotas para negros e afrodescendentes 
em universidades públicas. 
13 
 
• Políticas Públicas Regulatórias: é a conversão das políticas 
anteriores em leis e decretos. Essas políticas, como o próprio 
nome diz, regulam o acesso aos direitos, ou seja, ditam as 
regras e as normas do fazer políticas públicas. Exemplo: a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). 
• Políticas Públicas Instituintes: são aquelas que determinam 
o regime político, a forma do estado e a maneira como este se 
apresenta composto. Exemplo: a Constituição Federal. Santos 
(2006) apresenta um quadro-resumo das políticas públicas e as 
características de cada uma delas (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
 
14 
 
 
 
Note que as Políticas Sociais proferem que sobre o espaço da 
Educação, logo, o termo “política social” começou em meio aos 
pensadores alemães em meados do século XIX, que idealizaram, em 
1873, uma associação para realizar pesquisas sobre esse tema. A partir 
disso, o termo passou a ser largamente empregada e, em determinadas 
vezes, sem um baseamento conceitual. 
Logo, com a ascensão do capitalismo, junto a Revolução Industrial 
e as lutas das classes, essa movimentação acarretou no aparecimento 
das políticas sociais, entretanto, são percebidas como produto social, da 
15 
 
correlação entre as pessoas de diferentes lugares, com interesses 
diversificados. A autora também menciona: 
 
A política social surge no capitalismo com as 
mobilizações operárias e a partir do século XIX com o 
surgimento desses movimentos populares, é que ela é 
compreendida como estratégia governamental. Com a 
Revolução Industrial na Inglaterra, do século XVIII a 
meados do séculoXIX, esta trouxe consequências 
como a urbanização exacerbada, o crescimento da 
taxa de natalidade, fecunda o germe da consciência 
política e social, organizações proletárias, sindicatos, 
cooperativas na busca de conquistar o acolhimento 
público e as primeiras ações de política social. Ainda 
nesta recente sociedade industrial, inicia-se o conflito 
entre os interesses do capital e os do trabalho (PIANA, 
2009, p. 23-24). Piana (2009) ressalta que, o 
surgimento das políticas sociais não possui uma data 
de fato ou um momento particular. Elas surgem como 
resposta a Revolução Industrial e suas demandas de 
desigualdades sociais, sindicalização, urbanização, 
cooperativismo etc. Dessa forma, as lutas sociais e as 
mobilizações operárias no século XIX foram a 
demarcação da gênese da política social. No entanto, 
para alguns outros autores, a política social, mesmo 
sem definição propriamente dita e de maneira geral, 
pertence às Ciências Sociais e é entendida como uma 
categoria de política pública, como uma atitude de 
governo, como preconizou Vianna (2002, p. 1): Política 
social é um conceito que a literatura especializada não 
define precisamente (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
De um ângulo bem geral, no campo das Ciências Sociais, a política 
social é compreendida como modalidade de política pública e, porquanto, 
como atuação de governo com desígnios específicos. A definição parece 
inequívoca e um tanto vaga. 
16 
 
Todavia, contém dois artifícios que, se desativados, minimizam a 
obviedade e possibilita alcançar maior exatidão conceitual, ao dizer que 
têm “duas armadilhas” na definição de político social. Ainda, necessita-se 
avaliar o fato da expressão “ações de governo” como a “primeira 
armadilha”, porquanto o termo é oco e vem acompanhado da 
indispensável qualificação: que governo? 
Desse jeito, a política social assim como as políticas públicas são 
estabelecidas sob múltiplas estruturas legais e institucionais, em díspares 
contextos, sistemas e regimes políticos, resultante de influências sociais 
(aparelhadas ou não, representativas ou não da coletividade como um 
todo). 
 
A autora ainda afirma que faz uma enorme diferença se 
a ação do governo é efetivada de forma tecnocrata, 
ditatorial ou com a participação popular. Se as ações 
governamentais são produzidas apenas pela elite 
dominante ou se é formulada abertamente por diversos 
setores sociais. A “segunda armadilha” do conceito de 
política social apontada pela autora está relacionada à 
definição de política social como ação governamental 
com objetivos específicos, pois não esclarece por 
quem serão especificados os objetivos, em que esferas 
e com que legalidade. Dessa forma, Vianna (2002) 
indica que faz uma diferença se a determinação dos 
objetivos for apenas feita pelo governo (autoritária), e 
outra se for demarcada de maneira democrática (com 
interesses amplos ou restritos da sociedade). A autora 
afirma categoricamente que, mais do que atribuir rigor 
absoluto à concepção de política pública, é relevante 
considerar seu caráter político. Como política pública, 
a política social carece ser compreendida em sua 
dimensão política e histórica. E tais dimensões quando 
articuladas é que se pode progredir mais e mais na 
definição de política social e na caracterização de seu 
objeto. Um dos objetos da política social são as lutas 
17 
 
sociais (se não o único), pois não há política social se 
não estiver diretamente relacionada às lutas da 
sociedade (SOUSA E SILVA, 2016). 
 
Dessa maneira, o Estado adota determinadas dessas 
reivindicações populares, transformando-as em políticas sociais no 
decorrer da história, e elas advêm a se configurarem como direitos sociais 
(proferem respeito primeiramente à consagração jurídica de exigências 
dos trabalhadores). 
Assim, a divergência da definição de políticas sociais continua. 
Sendo que, as políticas sociais se diferenciam conforme a posição do 
grupo representativo, se influente ou influenciado, se governo ou povo. 
Na verdade, o que ambicionamos aqui demonstrar é que as políticas 
sociais, tais como política pública é direito de todo e qualquer cidadão 
pertencente àquela sociedade. 
 
Direito como uma categoria que lhe confere o 
ordenamento jurídico. Quando falamos de direitos, o 
Capítulo II da Constituição Federal (CF) de 1988 foi 
reservado para os direitos sociais, e nele se encontra o 
Artigo 6º que trata de todos os direitos sociais que os 
brasileiros têm direito, como: “[...] educação, a saúde, 
a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 
1988). Portanto, as políticas sociais que subentendem 
serem políticas públicas, congrega toda e qualquer 
ação governamental para atender aos direitos sociais 
da população, em especial, o direito (SOUSA E SILVA, 
2016). 
 
18 
 
2. LDB - LEI N° 9.394/96 
 
Fonte: Prova fácil web3 
 
Note que a LDB 9394/96 corrobora com o direito à educação, 
afiançado pela Constituição Federal. 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do 
Estado e da família, será promovida e incentivada com 
a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
 
3 Retirado em: http://provafacilnaweb.com 
19 
 
exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. (BRASIL, 1988). 
 
Assim, estabelece os princípios da educação e os deveres do 
Estado pertinente à educação escolar pública, deliberando as 
responsabilidades, em regime de cooperação, entre a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios. 
Afora a Constituição Federal, de 1988, têm-se ainda duas leis que 
regulamentam e completam a do direito à Educação: 
 
 Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990; 
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. 
 
Conectados, estes mecanismos garantem as aberturas das portas 
da escola pública a todos os brasileiros, visto que nenhuma criança, 
jovem ou adulto tem direito a uma vaga para estudar. 
De acordo com a a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida 
em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. 
 
2.1. Educação básica 
 
 Educação Infantil: Compreende as creches (de 0 a 3 anos) e 
pré-escolas (de 4 e 5 anos). Deve ser gratuita, entretanto não é 
obrigatória. Sendo competência dos municípios. 
 Ensino Fundamental: Compreende os anos iniciais (do 1º ao 
5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano). Sendo obrigatório e 
gratuito. A LDB constitui que, gradualmente, os municípios serão 
20 
 
os responsáveis por todo o ensino fundamental. No exercício os 
municípios estão cuidando dos anos iniciais e os Estados, dos 
anos finais. 
 Ensino Médio: Compreende o antigo 2º grau (do 1º ao 3º 
ano). Sendo, responsabilidade dos Estados. 
 
 Ensino Superior: 
É de competência da União, podendo ser proporcionado pelos 
Estados e Municípios, sendo que estes já tenham recebido os níveis pelos 
quais é responsável em seu todo. Cabe a União aprovar e fiscalizar as 
instituições privadas de ensino superior. 
Note que a educação brasileira conta também com determinadas 
modalidades de educação, que transcorrem todos os níveis da educação 
nacional. São elas: 
 
 Educação Especial: Consiste em atender aos estudantes 
com necessidades especiais, de preferência na rede regular de 
ensino. 
 Educação a distância: Consiste em atender aos estudantes 
em tempos e espaços diferentes, com o emprego de meios e 
tecnologias de informação e comunicação. 
 Educação Profissional e Tecnológica: Consiste em 
preparar os estudantesa desempenharem atividades 
produtivas, modernizar e aperfeiçoar conhecimentos 
tecnológicos e científicos. 
21 
 
 Educação de Jovens e Adultos: Consiste em atender os 
indivíduos que não tiveram acesso à educação na idade 
adequada. 
 Educação Indígena: Consiste em atender as comunidades 
indígenas, de maneira a respeitar a cultura e língua materna de 
cada tribo. 
 
Afora as determinações compreendidas pela LDB 9394/96, ainda 
aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos 
profissionais da educação. 
 
2.2. A estrutura da LDB 
 
Assim, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional possui 92 
artigos, que são divididos em 9 títulos. Sendo eles: 
 
1. Da Educação. 
2. Dos Princípios e Fins da Educação Nacional. 
3. Do Direito à Educação e do Dever de Educar. 
4. Da Organização da Educação Nacional. 
5. Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino. 
6. Dos Profissionais da Educação. 
7. Dos Recursos financeiros. 
8. Das Disposições Gerais. 
9. Das Disposições Transitórias. 
22 
 
Dessa forma, a LDB organiza a educação escolar e dirige os 
princípios de funcionamento da educação no país. Assim, é tão cobrada 
em concursos públicos do campo de educação. 
 
2.3. Os princípios da Educação 
 
 Igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola. 
 Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, 
o pensamento, a arte e o saber. 
 Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. 
 Respeito à liberdade e apreço à tolerância. 
 Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino. 
 Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. 
 Valorização do profissional da educação escolar. 
 Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e 
da legislação dos sistemas de ensino. 
 Garantia de padrão de qualidade. 
 Valorização da experiência extraescolar. 
 Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais. 
 Consideração com a diversidade étnico-racial. 
 Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da 
vida. 
 
Logo, não é necessário memorizar cada princípio, entretanto 
devemos compreender os valores que eles protegem. 
23 
 
2.4. Os deveres do Estado com a Educação 
 
Vejamos que os deveres da LDB, do Estado com a Educação, são: 
 
 Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: 
a) pré-escola; 
b) ensino fundamental; 
c) ensino médio. 
 Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos 
de idade. 
 Atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, 
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, 
preferencialmente na rede regular de ensino. 
 Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio 
para todos os que não os concluíram na idade própria. 
 Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e 
da criação artística, segundo a capacidade de cada um. 
 Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando. 
 Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas 
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem 
trabalhadores, as condições de acesso e permanência na 
escola. 
24 
 
 Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação 
básica, por meio de programas suplementares de material 
didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 
 Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a 
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. 
 Vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino 
fundamental mais próxima de sua residência, a toda criança a 
partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade 
(NASCIMENTO, 2018). 
 
2.5. CNE 
 
Note que o CNE possui a missão de procura por meio da gestão 
democrática, as alternativas e mecanismos institucionais que permitam 
na esfera de seu âmbito de competência, asseverar a participação da 
sociedade no desenvolvimento, refinamento e consolidação da educação 
em todo território nacional de qualidade. 
 
2.5.1. Atribuições 
 
Note que as atribuições do Conselho são normativas, deliberativas 
e de assistência ao Ministro de Estado da Educação, na performance das 
funções e pertinências do poder público federal em objeto de educação, 
competindo-a legislar e ajuizar a política nacional de educação, zelar pela 
qualidade do ensino, acautelar-se pelo cumprimento da legislação 
25 
 
educacional e afiançar a informação da sociedade no aperfeiçoamento da 
educação brasileira. 
 
Compete ao Conselho e às Câmaras exercerem as 
atribuições conferidas pela Lei 9.131/95, emitindo 
pareceres e decidindo privativa e autonomamente 
sobre os assuntos que lhe são pertinentes, cabendo, 
no caso de decisões das Câmaras, recurso ao 
Conselho Pleno (MEC, 2016). 
 
2.5.2. Compromissos 
 
1 - Consolidar a identidade do Conselho Nacional de Educação 
como Órgão de Estado, identidade esta afirmada e construída 
na prática cotidiana, nas ações, intervenções e interações com 
os demais sistemas de ensino. 
2 - Participar do esforço nacional comprometido com a qualidade 
social da educação brasileira, cujo foco incide na escola da 
diversidade, na e para a diversidade, tendo o PNE e o PDE como 
instrumentos de conquista dessa prioridade. 
3 - Articular e Integrar num diálogo permanente, as Câmaras de 
educação básica e de educação superior, correspondendo às 
exigências de um Sistema Nacional de Educação que, 
ultrapasse barreiras burocráticas, mediante prática orgânica e 
unitária. As câmaras devem intensificar o diálogo entre si. Não 
há subordinação entre elas, pois representam níveis de ensino 
de um único sistema nacional de educação (MEC, 2016). 
 
26 
 
Taticamente, a articulação e coerência da CES e CEB permite 
desenvolver as leituras das diferentes fases do processo de 
escolarização, beirando as câmaras, formando um todo orgânico, que se 
desempenha no Conselho Pleno e, por conseguinte, um verdadeiro 
Conselho Nacional de Educação. 
 
4 - Consolidar a estrutura e diversificar o funcionamento do CNE. 
Não queremos que ele responda apenas às demandas, mas que 
se constitua em espaço de fortalecimento de suas relações com 
os demais sistemas de ensino e com os segmentos sociais, 
espaço de estudos para as comissões bicamerais, audiências 
públicas, fóruns de debates, sempre cuidando da dotação de 
infraestrutura material necessária e do quadro de pessoal 
próprio. 
5 - Instaurar um diálogo efetivo, articulado e solidário, com todos 
os sistemas de ensino (em nível federal, estadual e municipal), 
em compromisso com a Política Nacional de Educação, em 
regime de colaboração e de cooperação (MEC, 2016). 
 
Sendo assim, seja este se constitua no maior desafio para o CNE. 
 
27 
 
 
 
Fonte: MEC.gov 
28 
 
29 
 
 
 
 
 
30 
 
3. PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
 
Fonte: Veja Abril4 
 
Note que o Plano Nacional de Educação (PNE) é uma lei brasileira 
que situa as diretrizes e metas para o desenvolvimento nacional, estadual, 
bem como o municipal da educação. Logo, o Plano vincula os entes 
federativos às suas competências, e os obriga a tomar medidas próprias 
para conseguir cumprir as metas previstas. 
 
3.1. O que é o PNE? 
 
Assim, o Plano Nacional de Educação é um documento elaborado 
periodicamente, por meio de lei, que abarca desde diagnósticos sobre 
a educação brasileira até mesmo a conjectura de metas, diretrizes e 
estratégias para o desenvolvimento do setor. 
Dessa maneira, projetos e ideias de “planos educacionais” 
permanecem constante desde a década de 1930 no Brasil, entretanto o 
 
4 Retiradoem: http://veja.abril.com.br 
31 
 
primeiro plano a nível nacional foi publicado somente em 1962. Desde 
então, adotaram tão-somente planos menores, com foco em setores ou 
lugares específicos. 
A ideia regressou e voltou a ter força com a Constituição de 1988, 
que assegurou um Plano Nacional de Educação em seu art. 214. Note 
que em seu texto traça os desígnios e as características do documento. 
 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de 
educação, de duração decenal, com o objetivo de 
articular o sistema nacional de educação em regime de 
colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e 
estratégias de implementação para assegurar a 
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus 
diversos níveis, etapas e modalidades por meio de 
ações integradas dos poderes públicos das diferentes 
esferas federativas que conduzam a: 
I – erradicação do analfabetismo; 
II – universalização do atendimento escolar; 
III – melhoria da qualidade do ensino; 
IV – formação para o trabalho; 
V – promoção humanística, científica e tecnológica do 
País. 
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos 
públicos em educação como proporção do produto 
interno bruto (BRASIL, 1988). 
 
Posteriormente com a previsão constitucional, bastava 
regulamentar como obraria em detalhes a criação do Plano. Isto foi 
realizado por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 
(LDB 9394/96). De acordo com a lei, o PNE seria organizado pela União, 
com a cooperação dos demais entes federativos (estados, municípios e 
Distrito Federal). 
32 
 
Em 2001, sob a administração do até então ex-Presidente Fernando 
Henrique Cardoso, foi convencionado o primeiro Plano Nacional de 
Educação como o conhecemos atualmente. 
A cooperação entre os entes federativos é indispensável porque a 
própria Constituição Federal constituiu a educação sendo como 
responsabilidade de todos eles, assim cada um com seu campo de 
atuação específico. 
 
O Art. 211 da Constituição determina que a 
organização dos sistemas de ensino será feita em 
colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. O parágrafo 2º estabelece que os 
Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil, enquanto o 
parágrafo 3º determina que os Estados e o Distrito 
Federal atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e médio. Nos parágrafos seguintes, há 
dispositivos que determinam como será redistribuída a 
verba destinada à educação entre a União e os entes 
federativos (BRASIL, 1988). 
 
Ponderando a precisão de uniformizar tanto o sistema de ensino em 
si quanto o seu custo, o PNE foi convencionado a nível federal, 
compreendendo todo o país. 
O atual Plano Nacional de Educação, ou Lei 13.005/20145, foi 
publicado em 2014, com vigência de 10 anos. Seu projeto começou a ser 
organizado ainda em 2011, ao longo da gestão do ex-presidente Luiz 
Inácio Lula da Silva. 
 
 
5 Pode ser consultado em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l13005.htm 
33 
 
 
 
Logo, as metas são as seguintes: 
 
META 1 Universalizar, até 2016, a educação infantil na 
pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) 
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil 
em creches de forma a atender, no mínimo, 50% 
(cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos 
até o final da vigência deste PNE. 
META 2 Universalizar o ensino fundamental de 9 
(nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 
(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% 
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa 
etapa na idade recomendada, até o último ano de 
vigência deste PNE. 
META 3 Universalizar, até 2016, o atendimento escolar 
para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) 
anos e elevar, até o final do período de vigência deste 
PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 
85% (oitenta e cinco por cento). 
34 
 
META 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) 
a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao 
atendimento educacional especializado, 
preferencialmente na rede regular de ensino, com a 
garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de 
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços 
especializados, públicos ou conveniados. 
META 5 Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até 
o final do 3o (terceiro) ano do ensino fundamental. 
META 6Oferecer educação em tempo integral em, no 
mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas 
públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e 
cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação 
básica. 
META 7Fomentar a qualidade da educação básica em 
todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo 
escolar e da aprendizagem de modo a atingir as 
seguintes médias nacionais para o Ideb. 
META 8 Elevar a escolaridade média da população de 
18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a 
alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no 
último ano de vigência deste Plano, para as populações 
do campo, da região de menor escolaridade no País e 
dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar 
a escolaridade média entre negros e não negros 
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE. 
META 9 Elevar a taxa de alfabetização da população 
com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e 
três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até 
o final da vigência deste PNE, erradicar o 
analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta 
por cento) a taxa de analfabetismo funcional. 
META 10 Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por 
cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, 
nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada 
à educação profissional. 
META 11 Triplicar as matrículas da educação 
profissional técnica de nível médio, assegurando a 
35 
 
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por 
cento) da expansão no segmento público. 
META 12 Elevar a taxa bruta de matrícula na educação 
superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa 
líquida para 33% (trinta e três por cento) da população 
de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada 
a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 
40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no 
segmento público. 
META 13 Elevar a qualidade da educação superior e 
ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo 
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de 
educação superior para 75% (setenta e cinco por 
cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco 
por cento) doutores. 
META 14 Elevar gradualmente o número de matrículas 
na pós-graduação de modo a atingir a titulação anual 
de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e 
cinco mil) doutores. 
META 15 Garantir, em regime de colaboração entre a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política 
nacional de formação dos profissionais da educação de 
que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei 
n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que 
todos os professores e as professoras da educação 
básica possuam formação específica de nível superior, 
obtida em curso de licenciatura na área de 
conhecimento em que atuam. 
META 16 Formar, em nível de pós-graduação, 50% 
(cinquenta por cento) dos professores da educação 
básica, até o último ano de vigência deste PNE, e 
garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação 
básica formação continuada em sua área de atuação, 
considerando as necessidades, demandas e 
contextualizações dos sistemas de ensino. 
META 17 Valorizar os (as) profissionais do magistério 
das redes públicas de educação básica de forma a 
equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais 
profissionais com escolaridade equivalente, até o final 
do sexto ano de vigência deste PNE 
36 
 
META 18 Assegurar, noprazo de 2 (dois) anos, a 
existência de planos de Carreira para os (as) 
profissionais da educação básica e superior pública de 
todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira 
dos (as) profissionais da educação básica pública, 
tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido em lei federal, nos termos do 
inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal 
META 19 Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) 
anos, para a efetivação da gestão democrática da 
educação, associada a critérios técnicos de mérito e 
desempenho e à consulta pública à comunidade 
escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo 
recursos e apoio técnico da União para tanto. 
META 20 Ampliar o investimento público em educação 
pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% 
(sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País 
no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, 
o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do 
decênio. (BRASIL, 2014). 
 
 
37 
 
MATERIAIS COMPLEMENTARES 
 
Links “gratuitos” a serem consultados para um acrescentamento no 
estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na apostila 
em questão: 
 
http://pne.mec.gov.br/#onepage 
 
 
 
http://pne.mec.gov.br/#onepage
38 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
DE 1988. 
BRASIL. LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014. 
BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. 
DE EDUCAÇÃO, CONSELHO FEDERAL. Legislação. Lei, v. 540, p. 68. 
GONZÁLEZ PÉREZ, Teresa. Políticas Educativas Igualitarias en España. 
La Igualdad de Género en los Estudios de Magisterio. Education Policy 
Analysis Archives, v. 26, 2018. 
GUIMARÃES, Heloisa Oliveira; DA SILVA BATISTA, Luana Karoline; 
BATISTA, Eraldo Carlos. A inclusão escolar e as políticas educacionais: 
possibilidades e novos caminhos. Revista FAROL, v. 5, n. 5, p. 114-128, 
2017. 
MEC. Conselho Nacional de Educação – CNE. 2016. Retirado em: 
http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=754&id=12449&option=com_c
ontent&view=article 
NASCIMENTO, Danilo. LDB atualizada. Segredos dos concursos, 2018. 
PAVEZI, Marilza; MAINARDES, Jefferson. Análise das influências de 
documentos internacionais na legislação e políticas de Educação 
Especial no Brasil (1990-2015). Interacções, v. 14, n. 49, p. 153-172, 
2018. 
RIBEIRO, Vanda Mendes; BONAMINO, Alicia; MARTINIC, Sergio. 
Implementação de políticas educacionais e equidade: regulação e 
mediação. Cadernos de Pesquisa, v. 50, n. 177, p. 698-717, 2020. 
SILVA, Antonia Almeida; JACOMINI, Márcia Aparecida. Pesquisa em 
Políticas Educacionais: escolhas temáticas e fontes em debate. Revista 
de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, v. 4, 
p. 1-17, 2019. 
39 
 
SOUSA, Harley Gomes De; SILVA, Graça Maria De Morais Aguiar E. 
Política e Legislação da Educação. Inta, Prodipe, Sobral, 2016.

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