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FARMACOLOGIA II Renata Valadão Bittar Medicina – P5 2017 Revisão Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 1 Inflamação A inflamação consiste em uma série de eventos que podem ser desencadeados a partir de inúmeros estímulos: agentes infecciosos, isquemia, interação antígeno-anticorpo e traumas físicos. A inflamação possui 3 fases distintas: • FASE AGUDA Transitória, caracterizada por vasodilatação local e aumento da permeabilidade vascular • FASE SUBAGUDA Fase tardia, caracterizada pela infiltração de leucócitos e células fagocíticas • FASE CRÔNICA: Proliferativa – na qual ocorrem degeneração tecidual e fibrose, eventos indesejáveis Os anti-inflamatórios devem agir entre a fase 2 e 3 para que a fase crônica tardia não ocorra • Prostaglandinas e prostaciclinas desencadeiam a fase 1 ou aguda (vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular) • Tromboxanos e leucotrienos desencadeiam a fase 2 ou subaguda (efeito quimiotáxico para eosinófilos, neutrófilos e macrófagos – adesão celular) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 2 InflamaçãoOs aines vão agir na cascata do ácido aracdônico, inibindo a síntese de prostaglandinas devido ao bloqueio da COX O estímulo (bactéricas, parasitos ou traumas) induz a quebra de fosfolipídios da membrana através da enzima Fosfolipase A2 (1º mensageiro) que, por sua vez, irá formar o ácido aracdônico (2º mensageiro) que dará origem às enzimas LIPOXIGENASE e CICLOXIGENASE. Caso o ácido aracdônico sofra ação da LIPOXIGENASE, ele produzirá LEUCOTRIENOS (adesão celular: atraem células do sistema imune para o sítio da inflamação) + broncoconstrição e permeabilidade vascular). Se o ácido aracdônico sofrer ação da COX, serão formados PROSTAGLANDINAS, PROSTACICLINAS E TROMBOXANO (aumento da permeabilidade celular e vasodilatação) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 3 Inflamação • A síntese das prostaglandinas é mediada por uma família de isoenzimas chamadas ciclooxigenases. A COX é a enzima chave que catalisa a biossíntese das prostaglandinas. Sabe-se, atualmente, que dois genes expressam duas isoformas distintas bastante similares da enzima: a ciclooxigenase-1 (COX-1) e ciclooxigenase-2 (COX-2). As duas isoformas têm estrutura protéica primária similar e catalisam essencialmente a mesma reação • A COX-1 e a COX-2 estão presentes em diversos órgãos e tecidos normais e estão envolvidas em processos fisiológicos e patológicos. • A COX-1 faz parte da constituição do trato gastrintestinal, sendo associada à produção de muco protetor e à inibição da secreção gástrica, portanto, drogas que inibem essa enzima causam diversos distúrbios no trato digestivo • Nas plaquetas, a COX-1 está associada à síntese do tromboxano A2, substância que favorece a agregação e adesão plaquetária, portanto, a inibição da COX-1 está associada ao risco de sangramento cutâneo e gastrintestinal • A COX-2 também está presente em diversos órgãos e tecidos normais, como cérebro, ossos, rins e endotélio vascular, mas não nas plaquetas. A síntese da COX-2 está aumentada nos processos inflamatórios, tanto nas articulações, como no endotélio vascular e tecido renal Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 4 Inflamação Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 5 Inflamação • A COX-2 é induzida nas células inflamatórias que sofrem lesão ou infecção, ou quando são ativadas, por exemplo, pelas citocinas inflamatórias (IL-1 e TNF) • A maioria dos AINES tradicionais inibe ambas as COX, embora variem no grau de inibição • Acredita-se que a ação anti-inflamatória (e provavelmente a maioria das ações analgésicas e antipiréticas) esteja relacionada à INIBIÇÃO DA COX-2 • Fármacos com ação seletiva sobre a COX-2 (Coxibes) inibem a síntese da prostaglandina I2, que tem ação vasodilatadora e impede a adesão de leucócitos ao endotélio vascular • A toxicidade dos AINEs, portanto depende, entre diversos fatores, da sua ação mais ou menos seletiva sobre as ciclooxigenases um e dois • Como ambas as enzimas estão presentes no trato gastrintestinal e nos rins, todos os AINEs podem causar, em maior ou menor grau, lesão nesses órgãos • Drogas que inibem predominantemente a COX-1 estão associadas à maior risco para sangramento, tanto pela inibição na síntese de tromboxano A2, como pela possibilidade de causarem lesões na mucosa gastrintestinal • Fármacos com ação seletiva sobre a COX-2 apresentam maior risco de efeito adverso cardiocirculatório, com hipertensão arterial, arritmia cardíaca e trombose cerebral Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 6 Anti-inflamatórios PARACETAMOL = EXCEÇÃO DOS AINEs Excelente analgésico e antipirético, sua atividade anti-inflamatória é discreta Inibe a síntese das prostaglandinas em algumas situações Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 7 Anti-inflamatórios Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 8 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Todos os AINEs, com exceção de um, são ácidos orgânicos fracos (a exceção é a NABUMETONA, um prófármaco de cetona que é metabolizado ao fármaco ativo ácido) A atividade anti-inflamatória está ligada inibição da síntese das protaglandinas Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 9 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 10 Anti-inflamatórios Não-esteroidais ÁCIDO ACETILSALICÍLICO Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 11 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 12 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Indicações – Como anti-inflamatório e analgésico, sendo utilizado nas diversas formas de artrites, inflamações, espondilites e espondilopatias. Atua também na fase aguda da gota Em média para o adulto, utilizam-se doses de 50 a 150mg/dia Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 13 Anti-inflamatórios Não-esteroidais CETOPROFENO Adultos: via: oral 1 cápsulas 2 vezes ao dia ou 1 cápsula 3 vezes ao dia às refeições. A critério médico, as posologias poderão ser aumentadas até 300 mg (dose máxima diária) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 14 Anti-inflamatórios Não-esteroidais O PRODUTO NAO E RECOMENDADO PARA O TRATAMENTO PROLONGADO DA GOTA Posologia e Administração de Piroxicam a dose inicial recomendada é de 20 mg/dia Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 15 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Nimesulida Nimesulida possui propriedades antiinflamatórias, analgésicas e antipiréticas O Nimesulida inibe seletivamente a enzima cicloxigenase-2, reduzindo a síntese de prostaglandinas relacionadas à inflamação. Este modo de ação também influi sobre a agregação plaquetária, causando inibição da mesma Adultos: 50 100 mg (1/2 a 1 comprimido) duas vezes ao dia, podendo alcançar até 200 mg duas vezes ao dia Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 16 Anti-inflamatórios Não-esteroidais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 17 Anti-inflamatórios Esteroidais Os anti-inflamatórios esteroidais também são chamados de anti-inflamatórios hormonais, corticóides e glicocorticoides Para estudar a ação de um análogo de substãncias endógenas, é preciso saber a ação dos endógenos A glândula adrenal ou supra-renal sintetiza glicocorticóides (endógenos, então) a partir do colesterol. O colesterol é o substrato de suma importância na síntese de hormônios esteroidais. A medula produz adrenalina e noradrenalina. O córtex produz corticoesteróides (mineralocorticóides e glicocorticóides) e esteróides sexuais Os mineralocorticóides são sintetizados na zona glomerulosa e, nesse grupo, destaca-se a aldosterona. A aldosterona é omineralocorticóide mais importante, pois tem como função regular o equilíbrio hídrico e eletrolítico (hidro-eletrolítico). Os glicocorticóides são produzidos na zona fasciculada e na zona reticular e alguns podem ter ação anti-diurética também, retendo sódio e água. O glicocorticóide mais importante é o cortisol Há intenso envolvimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenocortical. O estímulo para a liberação de glicocorticóides vem do hormônio adrenocorticotrófico (corticotrofina ou ACTH), produzido pela adeno-hipófise. Para liberar ACTH, a hipófise anterior recebe estímulo do hipotálamo, por meio do hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Isso ocorre normalmente e também em situações de estresse (cirurgias, infecções bacterianas, infecções virais, ativação de linfócitos, hemorragias, hipóxia), quando há uma descarga aumentada de glicocorticóides. Por isso, os glicocorticóides são considerados os hormônios do estresse, junto com a adrenalina. Esses hormônios preservam o coração, o cérebro, o fígado. Os linfócitos liberam citocinas que estimulam o hipotálamo • Os glicocorticóides fazem feed-back negativo com o hipotálamo e com a adeno-hipófise. • O cortisol age no metabolismo de lipídios, carboidratos, proteínas, tanto no catabolismo como no anabolismo. Estimula a gliconeogênese (produção de glicose a partir de aminoácidos, ácidos graxos e glicerol), a proteólise no tecido muscular (fonte de aminoácidos), a hiperglicemia e a lipólise no tecido adiposo (quebra de triglicerídeos, produzindo glicerol e ácidos graxos). Os ácidos graxos servem como fonte energética para a gliconeogênese. É um antagonista fisiológico da insulina, pois libera glicose no sangue (hiperglicemia) e faz uma certa reserva no fígado. Também age no tecido linfóide, nos músculos, no tecido conjuntivo, na pele, inibindo a captação periférica de glicose. Na pele, também estimula a proteólise, inibindo a deposição de colágeno, o que causa estrias e ressecamento. Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 18 Anti-inflamatórios Esteroidais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 19 Anti-inflamatórios Esteroidais Fluticasona Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 20 Anti-inflamatórios Esteroidais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 21 Anti-inflamatórios Esteroidais Os anti-inflamatórios esteroides ou corticosteroides exercem potente efeito anti-inflamatório (glicocorticoide). Sua ação mineralocorticoide deve ser considerada na escolha do fármaco, uma vez que pode provocar retenção de água e sal, hipertensão e perda de potássio Corticosteroides com grande efeito mineralocorticoide são úteis na insuficiência suprarrenal, mas esta característica impede seu uso para doenças que necessitem de tratamento por tempo prolongado. Neste caso, como nas doenças reumáticas (artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, entre outras), prefere-se aqueles com pouco efeito mineralocorticoide O uso contínuo e crônico (administração exógena) deprime o eixo e, quando o uso é suspenso, pode demorar meses para ele voltar a funcionar, caso tenha sido suprimido por muito tempo. Assim, em situações de estresse, o organismo não liberará os hormônios como deveria. A retirada do fármaco (desmame) deve ser lenta e gradual, para desbloquear esse eixo. Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 22 Analgésicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 23 Analgésicos Opioides Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 24 Analgésicos Opioides Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 25 Analgésicos Opioides Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 26 Analgésicos Opioides Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 27 Analgésicos Não-opioides Ácido acetilsalicílico, dipirona, ibuprofeno e paracetamol modificam mecanismos periféricos e centrais envolvidos no desenvolvimento de dor São indicados por tempo curto, particularmente para dores de tegumento leves e moderadas. Exibem propriedades analgésica e antitérmica Ácido acetilsalicílico e ibuprofeno compartilham atividade anti-inflamatória Ácido acetilsalicílico ainda é usado como antitromboembólico Paracetamol e dipirona são fracos anti-inflamatórios nas doses terapêuticas Todos os analgésicos não-opioides têm igual eficácia no tratamento de dores agudas e crônicas de intensidade leve a moderada Sua escolha tem por base a segurança, conveniência de uso e facilidade de acesso A segurança decorrente de comparação é critério indispensável para uso desses agentes Uma vez que nenhum fármaco é inócuo, é considerado risco aceitável aquele que pode ser previsto e, por isso, mais facilmente evitado ou controlado No controle de febre, todos esses fármacos têm igual eficácia clínica Paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico e ibuprofeno suprimem a resposta febril por meio de inibição de síntese de prostaglandina E2 (PGE2),na área pré-óptica hipotalâmica e órgãos circunventriculares adjacentes, a qual fora estimulada por pirógenos endógenos (esses, por sua vez, estimulados por pirógenos exógenos) Ibuprofeno serve como substituto do paracetamol e do ácido acetilsalicílico no manejo de dores leves a moderadas, em númerosas situações clínicas. Entre os anti-inflamatórios não-esteroides, ibuprofeno apresenta o menor risco gastrintestinal e é recomendado como representante de primeira escolha Paracetamol é agente de primeira escolha, por sua eficácia e maior segurança nas doses recomendadas8, 27. Além disso, pode ser combinado a analgésico opioide, como codeína, para obter aumento de efeito Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 28 Agentes Antirreumáticos Modificadores da Doença Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 29 Agentes Antirreumáticos Modificadores da Doença Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 30 Drogas para GOTA Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 31 Drogas para GOTA Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 32 Drogas para GOTA Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 33 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 34 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 35 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 36 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 37 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 38 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 39 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 40 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 41 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 42 Anestésicos Locais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 43 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 44 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 45 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 46 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 47 Anestésicos Gerais HALOTANO ISOFLURANO ÓXIDO NITROSO ENFLURAO METOXIFLURANO SEVOFLURANO Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 48 Anestésicos Gerais Inalatórios Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 49 Anestésicos Gerais Inalatórios Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 50 Anestésicos Gerais Intravenosos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 51 Anestésicos Gerais Intravenosos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 52 Anestésicos Gerais Intravenosos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 53 Anestésicos GeraisIntravenosos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 54 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 55 Anestésicos Gerais Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 56 Bloqueadores Neuromusculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 57 Bloqueadores Neuromusculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 58 Bloqueadores Neuromusculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 59 Bloqueadores Neuromusculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 60 Bloqueadores Neuromusculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 61 Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 62 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 63 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 64 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 65 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 66 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 67 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 68 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 69 Ansiolíticos e Sedativos Hipnóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 70 Antipsicóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 71 Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 72 Antipsicóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 73 Antipsicóticos Típicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 74 Antipsicóticos Típicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 75 Antipsicóticos Típicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 76 Antipsicóticos Atípicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 77 Antipsicóticos Atípicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 78 Antipsicóticos Atípicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 79 Antipsicóticos Atípicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 80 Antipsicóticos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 81 Antidepressivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 82 Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 83 Antidepressivos Tricíclicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 84 Antidepressivos Tricíclicos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 85 Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 86 Antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 87 Antidepressivos Inibidores da iMAO Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 88 Antidepressivos Inibidores da iMAO Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 89 Anticonvulsivante Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 90 Anticonvulsivante Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 91 Barbitúricos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 92 Barbitúricos - Mecanismos celulares: potencialização da ação do GABA. Aumenta a duração do efeito do GABA. . Os barbitúricos possuem afinidade pelo sítio da picrotoxina do receptor GABA, no canal de cloreto. A picrotoxina é convulsivante e inibe o canal de cloreto. O barbitúrico faz com que o canal fique aberto mais tempo (hiperpolarização mais intensa e prolongada). - Principais indicações: todos os tipos exceto crises de ausência. - Principais efeitos indesejáveis: sedação, depressão, dependência e tolerância, risco de teratogênese (a má formação pode ocorrer na organogênese = 1º trimestre). - Alto risco de dependência e tolerância. Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 93 Benzodiazepínicos O benzodiazepínico não se liga ao local de ação do GABA, apenas potencializa a ação. Quando o GABA se liga, a GABA- modulina (uma proteína) é deslocada e o canal de cloreto é aberto. O benzodiazepínico desloca essa proteína. O receptor do benzodiazepínico está associado ao GABAA. Ocorrerá despolarização de forma mais rápida. Com o benzodiazepínico, o receptor fica mais sensível à ação do GABA. O GABA age sem benzodiazepínico, mas o benzodiazepínico não age sem GABA. Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 94 Benzodiazepínicos Principais indicações: todos os tipos. - Diazepam é usado por via intravenosa para controle do estado de mal epiléptico. - Principais efeitos indesejáveis: sedação e síndrome de abstinência. Nenhum dos fármacos anticonvulsivantes pode ser retirado de maneira abrupta, para não desencadear uma crise convulsiva. A síndrome de abstinência, geralmente, é observada quando o fármaco é retirado de maneira abrupta e caracteriza-se por taquicardia, ansiedade, tremores e possíveis convulsões. Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 95 Hidantoínas (Fenitoína) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 96 Anticonvulsivantes - Mecanismos celulares: inibe canais de cálcio nos neurônios do tálamo, reduzindo as correntes de Ca2+ de baixo limiar (correntes T). - Principais indicações: crises de ausência. Pode exacerbar ou desencadear as convulsões tônico-clônicas. - Principais efeitos indesejáveis: náusea, vômito, anorexia, alterações do humor, cefaléia Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 97 Anticonvulsivantes Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 98 Anticonvulsivantes Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 99 Anticonvulsivantes Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 100 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 101 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 102 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 103 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 104 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 105 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 106 Antiparkinsoniano Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 107 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 108 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 109 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 110 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 111 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 112 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 113 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 114 Agentes que afetam o metabolismo ósseo Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 115 Contraceptivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 116 Contraceptivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 117 Contraceptivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 118 Contraceptivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 119 Contraceptivos Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 120 Reposição hormonal no climatério O tratamento dos sintomas vasomotores intensos e moderados permanece como a indicação primária da TH. Essa terapia é o tratamento mais efetivo para os sintomas vasomotores na peri e pós-menopausa, sendo especialmente indicada a mulheres sintomáticas abaixo dos 60 anos e com menos de dez anos de menopausa Terapia estrogênica é efetiva para tratar sintomas isolados da atrofia vaginal e dispareunia, sendo a via vaginal preferível TH é efetiva e apropriada para prevenir fraturasosteoporóticas em mulheres na pós-menopausa A dose e a duração da TH para tratamento dos sintomas devem ser individualizadas Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 121 Reposição hormonal no climatério Tipos de hormônios - Entre os mais utilizados neste período incluem-se os estrogênios e os progestógenos. Os androgênios e os fitoestrogênios são empregados em situações especiais. Vias de administração A oral apresenta como vantagens o menor custo, a maior facilidade de administração, bem como a possibilidade de ajuste de dose e interrupção sempre que for necessário. Os estrogênios, quando administrados por via oral, são metabolizados no fígado e excretados pela urina e bile. Na passagem pelo fígado, inibe a lipase hepática, estimulando a síntese do HDL-colesterol; portanto, a via oral proporciona incremento do HDL-colesterol, melhorando, assim, o perfil lipídico A via parenteral tem como vantagem uma boa aceitação pelas mulheres, principalmente por aquelas portadoras de distúrbios digestivos; além do mais, provocam um menor impacto sobre o metabolismo glicídico, além de apresentar uma absorção hormonal uniforme. Entre elas citam-se: a transdérmica (na apresentação de adesivos ou gel) ; os implantes subcutâneos; a nasal, a vaginal e a intra-uterina (DIU) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 122 Reposição hormonal no climatério Esquemas - Mulheres com útero: esquema combinado cíclico, ou seja, a prescrição de estrogênios durante 21 a 25 dias associados a progestógenos ( 10 a 12 últimos dias dos estrogênios), este esquema está indicado na pré-menopausa. Na pós-menopausa pode-se utilizar o esquema combinado contínuo, principalmente naquelas mulheres que não desejam menstruar. Mulheres histerectomizadas: indica- se o esquema com estrogênios isoladamente Os androgênios são utilizados isoladamente ou em associação com os esquemas anteriores; estando indicados principalmente nos casos de osteoporose, depressão, alteração de sexualidade e sintomatologia resistente aos medicamentos convencionais. Os fitoestrogênios (isoflavonas e lignanas) até o momento estão indicados para a sintomatologia de ondas de calor; entretanto, a literatura é ainda controversa Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 123 Reposição hormonal no climatério Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 124 Hipoglicemiantes Orais Fármacos que provocam diminuição da glicemia plasmáticas Utilizados no tratamento de Diabetes tipo 2 / DM tipo 1: insulinoterapia Usados quando a dietoterapia falha Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 125 Hipoglicemiantes Orais 1. BIGUADINAS (METFORMINA) DROGAS QUE DIMINUEM A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA/SENSIBILIZADORES DE INSULINA SUA AÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA DE INSULINA, OU SEJA (DM TIPO I) Diminui a resistência hepática à insulina, promovendo a inibição da gliconeogênese por meio do bloqueio da PEPCK e da cadeia respiratória No hepatócito, a METFORMINA promove ainda o estímulo da via de transdução do sinal de insulina e promove a diminuição do ATP intracelular Aumento da captação periférica de glicose Clara ação sobre a glicemia de jejum Promove aumento da captação muscular de glicose Promove diminuição da lipólise, aumento da esterificação dos AGL, aumento da oxidação em fígado e músculo Excretada via renal, sem metabolização (garantir que o paciente tem função renal preservada) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 126 Hipoglicemiantes Orais 1. GLITAZONAS (ROSE/PIO) DROGAS QUE DIMINUEM A RESISTÊNCIA PERIFÉRICA À INSULINA/SENSIBILIZADORES DE INSULINA SUA AÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA DE INSULINA, OU SEJA (DM TIPO I) Agem preferencialmente em NÍVEL PERIFÉRICO, diferente da Metformina que tem o FÍGADO como principal local de ação Possuem metabolização hepática Principal local de ação: TECIDO ADIPOSO Transforma a gordura visceral (ruim) gordura subcutânea (boa) – Lembrando que o tecido adiposo causa resistência à ação da insulina pois libera TNF e Resistina Aumenta sensibilidade hepática à insulina também, mas a ação periférica é mais marcante Reduz o colesterol total, TG e LDLD Melhora a PA Segundo escolha à Metformina porque pode trazer riscos cardiovasculares Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 127 Hipoglicemiantes Orais 1. SULFONILUREIAS (GLIBENCLAMIDA) SECRETAGOGOS - DROGAS QUE AUMENTAM A LIBERAÇÃO DE INSULINA SUA AÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA DE INSULINA, OU SEJA (DM TIPO I) Atuam diretamente nas células B pancreáticas (canais de K) Aumenta tanto a produção basal como a pós-prandial de insulina Ligação do fármaco aos canais de K da célula B pancreática inibe a saíde de K Despolarização Abertura dos canais de Ca Ca entra na célula insulina é secretada Também aumenta a [ ] de receptores de insulina na superfície das células, aumentando a sensibilidade à insulina NÃO ESTIMULAM A SÍNTESE DE INSULINA, MAS PROMOVEM A SUA LIBERAÇÃO pelo pâncreas Pacientes com DB há mais de 10 anos e com função renal comprometida não terão vantagem com essa droga Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 128 Hipoglicemiantes Orais 1. SULFONILUREIAS (GLIBENCLAMIDA) SECRETAGOGOS - DROGAS QUE AUMENTAM A LIBERAÇÃO DE INSULINA EFEITOS COLATERAIS: ganho de peso e reações cutâneas e gastrointestinais + hipoglicemia Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 129 Hipoglicemiantes Orais Inibe as alfa-glicosidases intestinais, o que diminui a digestão de oligossacarídeos e a sua conversão em monossacarídeos = diminui absorção de glicose Usada após a refeição (hiperglicemia pós-prandial) Indicada para pacientes que apresentam glicemia em jejum razoável e boa resposta a MEV, mas com glicemia pós-prandial elevada 1. ACARBOSE DIMINUIÇÃO A ABSORÇÃO DE GLICOSE Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 130 Hipoglicemiantes Orais O GLP é um hormônio secretado pelo intestino (principalmente íleo terminal e cólon) em resposta a presença de alimento O GLP retarda o esvaziamento gástrico, deixando a sensação de saciedade precoce, diminuindo a secreção de glucagon, aumenta a sensibilidade à insulina GLP = hormônio antidiabético Induz menos náusea e ganho de peso 1. INCRETINOMIMÉTICOS (EXENATIDE) AUMENTAR A ATIVIDADE DO GLP (PEPTÍDEO GLUCAGON-LIKE) Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 131 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 132 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 133 Insulina O pâncreas, fisiologicamente apresenta uma SECREÇÃO BASAL e CONSTANTE de insulina (1 UI/hora) e uma SECREÇÃO PÓS- PRANDIAL, após as refeições (1 UI após 12g de carboidratos e 0,3-0,5 após 100 kcal de proteína e gordura Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 134 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 135 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 136 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 137 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 138 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 139 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 140 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 141 Insulina Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 142 DM tipo 2 Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 143 Referências 1. Rang & Dale 2. Katzung 3. Bíblia de Farmacologia 4. MedResumos – Arlindo Netto Renata Valadão Bittar - Medicina Unit / P5 144
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