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Cientistas descobrem dinossauro na região Nordeste

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Cientistas descobrem dinossauro na região Nordeste
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) identificaram o dinossauro mais antigo
do período Cretáceo registrado no Brasil.
Encontrados no município de Sousa, no sertão da Paraíba, a 438 km de João Pessoa, os fragmentos
fossilizados da fíbula, um osso da perna, permitiu relacionar o grande réptil a pegadas encontradas na
região, em um parque conhecido como Vale dos Dinossauros.
O famoso parque da região de Sousa atrai pesquisadores e turistas do mundo todo devido às pegadas
dos dinossauros e, agora, paleontólogos encontraram mais um vestígio dos bichões pré-históricos.
Foto: reprodução/YouTube
A descoberta
Liderada pela paleontóloga Aline Ghilardi, da UFPE, a descoberta é a primeira identificação eficaz dos
grandes répteis que habitaram aquela região, além de ser o dinossauro mais antigo do período Cretáceo
(entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás) a ser identificado no Brasil.
“Essa foi a primeira vez que encontramos mais do que pegadas desses grandes animais. Os grandes
sítios paleontológicos do Brasil ficam em Sousa (PB) e Araraquara/São Carlos (SP), mas, em ambos,
apenas eram encontradas pegadas, graças às condições geológicas da região – onde normalmente se
preserva um, não se preserva o outro”, explica a paleontóloga Aline Ghilardi.
Ainda de acordo com a especialista, que integra a equipe que identificou o titanossauro brasileiro, a
região é estudada há 30 anos e este seria o “cálice sagrado” da paleontologia. Ghilardi também afirma
que os pesquisadores sempre quiseram encontrar os ossos e, pela primeira vez, foi possível identificar
os produtores das pegadas.
A descoberta é de relevância internacional e trata-se da primeira informação precisa de dinossauros que
habitaram a região Nordeste durante o Cretáceo.
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A partir do estudo comparativo do material encontrado, os pesquisadores puderam chegar à conclusão
de que se trata de uma espécie inédita. Entretanto, a fração óssea recuperada ainda não é suficiente
para descrever a espécie cientificamente.
O osso que permitiu a pesquisa foi descoberto pelo morador Luiz Carlos Gomes, no ano de 2014. Ele
publicou uma foto do material na Internet, a equipe resgatou o fóssil e publicou um artigo científico na
revista Creataceous Research. Em junho de 2016, o material foi encaminhado para ser exposto no
parque de Sousa.
Características do dinossauro
A partir dos fósseis de uma fíbula foi possível revelar a identidade do dinossauro nordestino. O
titanossauro, vulgarmente conhecido como “pescoçudo”, era herbívoro, teria vivido entre 145 milhões e
66 milhões de anos atrás e tinha apenas entre 1,40 m e 1,60 m de altura até o quadril e 5 m e 5,7 m de
comprimento.
Com base em uma análise das células fossilizadas, os pesquisadores estimaram que o espécime seria
um adolescente. O material foi analisado em laboratório da Universidade do Cabo, na África do Sul.
O animal foi apelidado de Sousatitan – “o titã de Sousa”, mas ainda não recebeu nome científico pela
insuficiente de material para descrevê-lo cientificamente e batizá-lo com o nome de latim.

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