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A CONSCIÊNCIA E A ATENÇÃO SELETIVA Profº: Alexandre Romero. Do Orgânico ao Abstrato: Corpo-Mente-Consciência. Segundo Damásio (p.256): Ter percepção do meio ambiente não é, portanto, apenas uma questão de fazer com que o cérebro receba sinais diretos de um determinado estímulo, muito menos imagens fotográficas diretas. O organismo altera-se ativamente de modo a obter a melhor interface possível. O corpo não é passivo. [...]. O organismo atua constantemente sobre o meio ambiente, de modo a poder propiciar as interações necessárias à sobrevivência. Mas, para evitar o perigo e procurar de forma eficiente alimento, sexo e abrigo, é necessário sentir o meio ambiente (cheirar, saborear, tocar, ouvir, ver) para que se possam formular respostas adequadas ao que foi sentido. A percepção é tanto atuar sobre o meio ambiente como dele receber sinais. Logo, agora temos a noção de Percepção como sendo (sintética). - Sensação é uma análise do material (recebimento- codificação). - Percepção é a tomada sintética de Consciência e organização (codificação e decodificação). - Decodificação (aprendizagem ou função social) é necessária e realizada pela mediação cultural. 3 Sensação: Captação dos dados isolados Percepção: tomada de consciência dos dados de modo organizado – TODO. Sensação – Percepção: Interpretação e Conhecimento. 4 Interpretação, Aprendizagem e Conhecimento. Primeiro contato e primeiras interpretações. Informação precária. Continuidade e ordenação dos conteúdos. Começo organização. Formação do conhecimento - conceito. Mediação cultural-social. A Importância da Mediação. • O Ato da Percepção passa então a não ser somente uma resposta fisiologia/orgânica, pois há todo um aparato de mediação da experiência do sujeito em relação as sensações e dados recebidos do mundo. • De modo geral, isso quer dizer que não agimos tão somente através da função de estímulo- resposta (como a maioria dos animais). • Para o ser humano, podemos afirmar que o ato de percepção (e suas experiências) possui uma função simbólica. • A percepção passa então a ter esse caráter de uma experiência “mediada” e não “imediata”. • A Mediação é são esses símbolos e signos de uma cultura. • Portanto, dependendo da mediação (cultura), passamos a ter uma intepretação diferente das coisas. 5 Você resolveu ir embora da aula hoje andando. Rapidamente, após sair um pouco atrasado, você nota a presença de alguém caminhando na escuridão que está te seguindo. Você aperta o passo, mas o seu perseguidor também. Não há mais ninguém na rua; seu celular está sem bateria. Podemos dizer que o seu cérebro detectou a ameaça, a saber, a pessoa que o segue, e deu início a diversas cadeias complicadas de respostas bioquímicas e neurais. Vamos pensar em exemplos dessa interação/Mediação: – Corpo/Mente/Psíquico/Consciência. 6 Você vai dar-se conta que corre perigo, de que está alarmado e que talvez deva estugar o passo, de que já está caminhando mais rápido e que – espera-se – consiga ficar fora de perigo. O “Você” desse episódio é feito de um só bloco/conjunto e ativo pela mediação cultural: é uma construção mental muito real, que designamos por Eu e que se baseia nas atividades em curso em todo o seu organismo (corpo) e no cérebro. O PERIGO CONTINUA... 7 Vamos pensar em exemplos dessa interação: – Corpo/Mente/Psíquico/Consciência. Vamos fazer uma análise do episódio: - Quais estímulos estavam atuando? - Qual a sensação detectada nessa interação com o ambiente? - Crie uma situação social que influencia na percepção (interpretação) do episódio. - Qual a mediação que está sendo exercida? - Então, o que atuou de fato nesse caso? Em conclusão, as representações que nosso cérebro cria para descrever uma situação e os movimentos formulados como respostas a essa situação dependem de interações mútuas cérebro-corpo. O cérebro cria representações do corpo à medida que esse vai mudando sob influências de tipo químico e neural. Algumas dessas representações permanecem não conscientes, enquanto outras se tornam conscientes. (Damásio, p.259) 8 Devemos separar corpo e mente? O corpo comanda a mente? Quem veio primeiro? Somos o nosso cérebro (P. Gage, chega aí)... Agora... O que é a consciência? Reflexão Importante: Terapia Medicamentosa Terapia Psicológica O Processo Corpo e Mente A IMPORTÂNCIA DA DEFINIÇÃO SOBRE O PSIQUISMO E A CONSCIÊNCIA. TALVEZ DEVÊSSEMOS FALAR DE CONSCIÊNCIAS? 10 Um problemão que a psicologia precisa lidar. Introdução Dentro do campo de estudo da Psicologia, é comum a utilização do termo “consciência” com muita frequência. Aliás, podemos dizer que até no senso comum essa palavra é muito utilizada. Mas, você, querido aluno, saberia dizer o que é a Consciência? A CONSCIÊNCIA. 11 A Consciência como “conhecimento” – “ponto de luz”... Partindo do Básico. • Fática: o fato de que somos conscientes e percebemos cheiros, cores, volumes, formas etc. Esses são os primeiros dados sensíveis da consciência. Segundo Myers, consciência é a nossa percepção de nós mesmos e do nosso ambiente. Segundo Atkinson, consciência seria o conhecimento atual do indivíduo sobre estímulos externos e interno associado ao fato de estar consciente – quando tentamos controlar nós mesmos e ao nosso ambiente. Exemplo: Quando aprendemos um conceito ou comportamento complexos (e.g. dirigir um carro), a consciência focaliza nossa concentração no carro e no trânsito. Essa percepção varia com nosso foco e direcionamento de atenção. Com a prática, dirigir torna-se um ato automático (como andar de bicicleta) e não exige toda a nossa atenção. Liberando assim a nossa “atenção”. A Csc sintetiza informações de várias fontes, atuando no presente, refletindo sobre o nosso passado e planejando o nosso futuro. A experiência consciente tem várias propriedades diferentes. Ela é privada; envolve vivenciar a experiência usando muitos sentidos diferentes (tato, paladar, audição, visão); [...] e se mantém em um constante estado de fluxo ou mudança (“fluxo de consciência”). A Consciência atua para representar, armazenar e esclarecer as percepções, para interpretar situações novas e ambíguas e tomar decisões melhores. A consciência é um “kit” de sobrevivência para as espécies de ordem superior que possibilita decisões e reações pensadas e planejadas. SER CONSCIENTE É ESTAR CIENTE, DESPERTO E ATENTO. FURNHAM, 2015. 13 Podemos estar cientes de ter uma experiência e cientes de que já vivenciamos essa experiência antes. A CONSCIÊNCIA PASSA ENTÃO A SER A TER PAPEL FUNDAMENTAL NA MEDIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO. POR ISSO CSC É ATRIBUÍDA COMO CONHECIMENTO. A Consciência e o Psiquismo. A Passagem à consciência é o início de uma etapa superior ao desenvolvimento psíquico. O reflexo consciência, diferentemente do reflexo psíquico próprio do animal, é o reflexo da realidade concreta destacada das relações que existem entre ela e o sujeito, ou seja, um reflexo que distingue as propriedade objetivas estáveis da realidade. (LEONTIEV, p.75). - Tá... O que isso significa? 14 A Vida Psíquica. 15 Psiquismo Humano CONSCIÊNCIA O que abarca o psiquismo? 16 Consciência Psiquismo Psiquismo Psiquismo Psiquismo Psiquismo Psiquismo Psiquismo Psiquismo O PSIQUISMO Representação Mental. - Sensação. - Percepção. - Consciência. - Atenção. - Memória. - Linguagem. - Pensamento. - Imaginação. - Emoção. - Experiências. 17 Dúvidas até aqui? 18 CONSCIÊNCIA E ATENÇÃO SELETIVA A Consciência é a tomada de conhecimento. A forma da Razão/Racionalidade. A Atenção é o direcionamento, ou a capacidade de focalizar a consciência em determinados conteúdos (percepções/ideias/sentimentos etc.). Objetivo da Atenção Atenção é um Processo Psicológico Básico, que tem por função: • Selecionar os conteúdos. • Organizar e filtrar informações. • Direcionar o foco. • Tem sua função de sobrevivência e Desenvolvimento. 20 Atenção: Espontânea (resposta). Atenção:Voluntária/Mediada. ATENÇÃO SELETIVA 21 22 Atenção Interna Percepção e foco nos conteúdos mentais, nos processos psicológicos, nos pensamentos, nas sensações etc. Atenção Externa Atenção projeta para a relação com o mundo. Direcionado para os acontecimentos externos Subjetividade Objetividade Relação Constante Atenção Seletiva O Efeito de Festa • Capacidade de prestar atenção seletivamente a apenas uma voz (mesmo com vários estímulos sonoros – músicas, conversas, ruídos etc.), podendo ouvir até mesmo o seu nome sendo pronunciado no meio de outra conversa distante. • Experimento dos fones (dois estímulos/informações diferentes) e atenção seletiva. Níveis de Processamento de Informação Teste simples: se você for destro, pode mover o pé direito em um círculo suave no sentido contrário dos ponteiros do relógio e pode escrever o número 3 repetidamente com a mão direito. Mas, provavelmente não ao mesmo tempo. Esse exemplos de tarefas exigem atenção consciente, que só pode estar em um lugar de cada vez. [...] a consciência é a maneira de a natureza evitar que pensemos e façamos tudo ao mesmo tempo. Tipos de Atenção 24 SELETIVA Capacidade de focarmos nossa consciência/atenção em apenas um aspecto delimitado. Manutenção do foco e seleção de estímulos. DISPERSA Não se concentra em um único aspecto, é mais vigilante ou multitarefa. Não tem sustentação do foco. Involuntária. Ex. Celular e dirigir. Ex. Estar com Medo. SUSTENTADA Habilidade de manter- se focado durante uma atividade contínua e repetitiva, quando a mente está focada em uma mesma tarefa por um longo período, sem distrações. DIVIDIDA Capacidade de focar (direcionar a atenção) para mais de um estímulo (ação) ao mesmo tempo. Migram a atenção rapidamente entre um estímulo e outro. Fazer uma atividade e cuidar de uma criança. Alternada Capacidade de alternar o foco da atenção entre estímulos ou diversos focos, ou mesmo Multitarefas – Voluntária. QUAIS DISCUSSÕES PODEM SURGIR DESSE TEMA DA ATENÇÃO? ATIVIDADE MUITO OBRIGADO. Professor Alexandre Romero Slide 1: A consciência e a atenção seletiva Slide 2: Do Orgânico ao Abstrato: Corpo-Mente-Consciência. Slide 3 Slide 4 Slide 5: A Importância da Mediação. Slide 6: Você resolveu ir embora da aula hoje andando. Rapidamente, após sair um pouco atrasado, você nota a presença de alguém caminhando na escuridão que está te seguindo. Você aperta o passo, mas o seu perseguidor também. Não há mais ninguém na rua; s Slide 7 Slide 8 Slide 9: Reflexão Importante: Slide 10: A Importância da definição sobre o Psiquismo e a consciência. Slide 11: Introdução Slide 12: Partindo do Básico. Slide 13: A experiência consciente tem várias propriedades diferentes. Ela é privada; envolve vivenciar a experiência usando muitos sentidos diferentes (tato, paladar, audição, visão); [...] e se mantém em um constante estado de fluxo ou mudança (“fluxo d Slide 14: A Consciência e o Psiquismo. Slide 15: A Vida Psíquica. Slide 16 Slide 17: O PSIQUISMO Slide 18: Dúvidas até aqui? Slide 19: Consciência e atenção seletiva Slide 20: Objetivo da Atenção Slide 21 Slide 22 Slide 23: Atenção Seletiva Slide 24: Tipos de Atenção Slide 25: Quais discussões podem surgir desse tema da atenção? Slide 26: Atividade Slide 27: Muito obrigado.
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