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Síntese: O décimo quarto capítulo do livro chama-se “Avalição de pensamentos automáticos” e ele inicia com a explicação de que o s clientes têm diversos pensamentos por dia, sendo que alguns deles podem ser disfuncionais e outros não. Dos pensamentos disfuncionais, precisamos estar atentos, pois parte deles é muito importante para o tratamento, já outros, não. Durante a leitura do capítulo, pudemos conhecer alguns importantes aspectos relativos à avaliação dos pensamentos automáticos. O primeiro tópico abordado foi ˜tipos de pensamentos automáticos”, que podem ser, basicamente divididos em três: pensamentos imprecisos que levam a angústia e/ou comportamento mal adaptativo; pensamentos acurados, mas inúteis; e pensamentos que fazem parte de um processo de pensamento disfuncional, como ruminação, obsessão ou autocrítica. Em seguida, Judith fala sobre a etapa de seleção dos principais pensamentos automáticos que pode ser feita por meio de uma declaração espontânea feita pelo cliente; por um relato de pensamento automático da semana anterior; ou por uma previsão de pensamento inútil que ele relata que possa ter no futuro. Após a identificação é importante conceitualizar o pensamento, verificar se é angustiante, inútil ou se tem chance de ocorrer, além de descobrir pensamentos adicionais. É importante saber também quando não é necessário ter foco em um determinado pensamento automático, por exemplo, nestes casos: se ele puder prejudicar a relação terapêutica; se o nível de estresse do cliente estiver muito alto para avaliar seu pensamento; se não houver tempo suficiente na sessão para ajudá-lo a responder efetivamente ao pensamento; se parecer ser mais importante trabalhar em outro elemento do modelo cognitivo; se você decidir que deve trabalhar em uma crença disfuncional subjacente ao pensamento automático; ou se você achar que é mais importante discutir outra coisa completamente diferente. Depois de identificar o pensamento automático, determinar sua importância e as reações que o acompanha, eles podem ser avaliados colaborativamente com o cliente por meio do questionamento socrático. É importante que isso seja feito de forma colaborativa e não desafiando diretamente o pensamento, por diversos motivos, pois você em geral não sabe de antemão o grau em que um determinado pensamento automático está distorcido; uma contestação direta pode levar o cliente a se sentir invalidado; além do fato de que contestar uma cognição viola um princípio fundamental da terapia cognitivo-comportamental, o do empirismo colaborativo, na qual você e o cliente examinam juntos o pensamento automático, testam sua validade e/ou utilidade e desenvolvem uma resposta mais adaptativa. Após realizar perguntas sobre evidências, explicações alternativas, descatastrofizar, sobre o impacto do pensamento automático, distanciamento e solução de problemas, é importante analisar o desfecho do processo de avaliação, na qual avalio o quanto o meu cliente acredita agora no pensamento automático original e como ele se sente emocionalmente para que possa decidir o que fazer na próxima sessão. Posteriormente é necessária ser realizada uma conceitualização quando a reestruturação cognitiva é ineficaz, que pode ter acontecido por diversas razões, como: a existência de mais pensamentos automáticos centrais e/ou imagens que você ainda não identificou ou avaliou; a avaliação do pensamento automático é implausível, superficial ou inadequada; o cliente não expressou suficientemente as evidências que parecem apoiar o pensamento automático; o pensamento automático em si também é uma cognição ampla, exagerada; o cliente entende intelectualmente que o pensamento automático é distorcido, mas não em um nível emocional; ou o pensamento automático faz parte de um padrão de pensamento disfuncional. Após a conceitualização é importante planejar uma estratégia para o que fazer a seguir. Existem também métodos alternativos para abordar pensamentos automáticos, por meio de: utilização de perguntas alternativas, identificação de distorção cognitiva; planejamento um experimento comportamental; utilização de autoexposição; e/ou solicitação que o cliente elabore uma resposta útil. Há também os casos nos quais os pensamentos automáticos são verdadeiros, neste momento é importante focar na solução do problema, investigar se o cliente tirou uma conclusão inválida ou disfuncional, e trabalhar a aceitação e voltar a focar a ação de valor. Conclusões pessoais/comentários/dúvidas: O capítulo acabou complementando o que havíamos lido na aula anterior sobre pensamentos automáticos (cap. 12). Eu entendo que o capítulo 14 nos dá bastante ferramentas e exemplos práticos que podemos aplicar durante a sessão de psicoterapia com os clientes, como o questionamento socrático. Outro ponto interessante foi a questão da identificação de distorção cognitiva, na qual vemos como nossos pensamentos podem ser distorcidos nos mais diversos aspectos. Referência Bibliográfica: BECK, Judith S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3 Porto Alegre: Artmed, 2022, 413 p.