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Medicina - 5º Semestre - Ana Paula Cuchera 2 de mar. de 2023 Tópicos a serem abordados ● Antiplaquetários ● Anticoagulantes parenterais e orais ● Trombolíticos Sangue - Os componentes do sistema hemostático incluem as plaquetas, os vasos, as proteínas da coagulação do sangue (produzidas no fígado), os anticoagulantes naturais e o sistema de fibrinólise → tudo isso para ter dinâmica sanguínea, para manter o sangue fluindo adequadamente. - Pode ocorrer erros e ter mais ação pró-coagulante ou anticoagulante Processo de agregação plaquetária - Lesão sanguínea → começa a expressar fatores como: ● Colágeno ● Fator de von Willebrand (vWF) - Processo: PARTE 1 ● A plaqueta tem receptor GPIa/GPIIa que se ligam ao colágeno e GPIb ao fator de von Willebrand (vWF) ○ Quando ligados eles se ativam e causam adesão das plaqueta ao subendotélio de um vaso sanguíneo lesado (fica preso) ● Depois de ativados, ambos conseguem ativam a GPIIb/GPIIIa ● O receptor GPIIb/GPIIIa faz a ligação com o fibrinogênio, com isso ele consegue fazer a agregação das plaquetas 1 PARTE 2 ● Outro método para conseguir essa agregação é através do PAR1/PAR4 que são receptores ativados por protease e respondem também a trombina (IIa) ● Esse método vai ativar o receptor GPIIb/GPIIIa que faz a ligação com o fibrinogênio, com isso ele consegue fazer a agregação das plaquetas PARTE 3 ● O P2Y1 e P2Y2 receptores são ativados por ADP ● Quando esses são ativados, eles ativam o GPIIb/GPIIIA que faz a ligação com o fibrinogênio, com isso ele consegue fazer a agregação das plaquetas ● Ele também, ativam a COX-1 (ciclooxigenase 1) promovendo a agregação e secreção plaquetárias ○ O tromboxano A2 (TxA2) é o principal produto da COX-1 envolvido na agregação plaquetária RESUMO: ● Ou seja, para agregar duas células é preciso: ○ Ativar o GPIIb/GPIIIa tanto da célula que detectou o colágeno ou o vWF quanto da célula vizinha ○ Ambas vão estar presas por um fibrinogênio INIBIÇÃO: ● A prostaglandina I2 (PGI2) inibe a ativação das plaquetas ● Elas são produzidas pelas célula endotelial - Importante: ● ADP → transformado em AMP cíclico pela enzima adenilato ciclase ● O AMPc ativa a proteína quinase A (PKA) ● Quando a PKA é ativada dentro da plaqueta ela inibe a agregação plaquetária ATP (adenililciclase) → AMPc → PKA ou AMP - Fatores de coagulação: ● A figura mostra as interações entre as proteínas das vias de coagulação "extrínseca" (fator tecidual e fator VII) e "'intrínseca" (fatores IX e VIII) e "comum” (fatores X, V e II) que são importantes in vivo ● Os retângulos contém os zimogênios do fator de coagulação indicados por algarismos romanos ● As formas ovais representam as proteases ativas. ● FT representa um fator tecidual. ○ Os fatores de coagulação ativados são seguidos pela letra "a". ○ II = protrombina e IIa = trombina 2 - Fibrinólise: ● As células endoteliais secretam o ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) nos locais de lesão. ● O t-PA liga-se à fibrina e converte o plasminogênio em plasmina ● A plasmina é responsável pela digestão da fibrina. ○ Os inibidores do ativador do plasminogênio 1 e 2 (IAP-1 e IAP-2) inativam o t-PA ○ A α2- antiplasmina (α2-AP) inativa a plasmina. ● Com essas ações, eles consegue desfazer o coágulo formado = antiplaquetários Homeostasia - Adesão e ativação plaquetária - Formação de Fibrina - Em um indivíduo normal, a coagulação é iniciada dentro de 20 segundos após a lesão ocorrer no vaso sanguíneo. ● Hemostasia primária → As plaquetas formam imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão (estanca o sangue) ● Hemostasia secundária → acontece quando os componentes do plasma chamados fatores de coagulação respondem (em uma complexa cascata de reações) para formar fios de fibrina, que fortalecem o tampão plaquetário. ○ As plaquetas ativadas então liberam o conteúdo de seus grânulos, que contêm uma grande variedade de substâncias que estimulam uma ativação ainda maior de outras plaquetas e melhoram o processo hemostático. ○ Evita o ressangramento 3 - Zimogênio → proteína que está na forma inativa e precisar ser ativada - Coágulo → rede de fibrinas ● O fibrinogênio é transformado em fibrina 4 - Vias de coagulação: ● A coagulação sanguínea ocorre através de duas vias, intrínseca e extrínseca; ● Ambas vias tem grande importância e acabam se juntando para formação do coágulo de fibrina; ● Os fatores de coagulação são numerados por algarismos romanos e a adição da letra a indica que eles estão em sua forma ativada. ○ Intrínseca → sistema de contato: contato do sangue com superfícies de carga negativa (colágeno) ○ Extrínseca → sistema de lesão endotelial: contato do sangue com o fator tecidual, liberado das células subendoteliais após lesão Trombos - São considerados três tipos de trombo: ● Trombo hemostático (fisiológico – hemorragia); ● Trombo venoso; ● Trombo arterial (patológicos). - As proteínas deste processo são produzidas no fígado humano e são encontradas em todo o sangue. - O trombo em seres humanos ocorre devido a vários fatores como: ● Operações ● Válvula cardíaca artificial ● Mudanças no(s) vaso(s) sanguíneos ● Deficiência de coagulação do sangue por nascença ● Outras doenças Tromboembolismo venoso - Epidemiologia: ● 2 milhões a cada ano ● doença silenciosa → mais incidente após 50 anos ● Infarto do miocárdio, derrame cerebral - Fatores risco: cirurgias (ortopédicas) , alterações na coagulação, doenças auto-imunes, doenças cardiocirculatórias, tumores, imobilidade , fármacos (estrógenos), etc - Tríade de Virchow: estase sanguínea (volta venosa do sangue – varizes), lesão do endotélio, hipercoagulabilidade 5 - Consequências do trombo formado: ● Assintomático ● Lise espontânea ● Obstrução da circulação ● Migrar para outros locais (pulmões) ● Combinações destas consequências Agregação plaquetária - As plaquetas se aderem ao tecido lesado e são ativadas, mudando de forma expondo os receptores de glicoproteína além de sintetizar a TXA2, que ativa outras plaquetas - A agregação gera ligações de fibrinogênio a receptores GP em plaquetas adjacentes; - Essas plaquetas agregadas constituem um foco para a formação de fibrina. ● Depois de serem ativadas, as plaquetas sofrem alterações morfológicas significativas (estrela) e produzem pseudópodos alongados. ● Também se tornam extremamente adesivas. ● A resposta funcional das plaquetas ativadas envolve quatro processos distintos: 6 ○ Adesão (deposição de plaquetas na matriz subendotelial); ○ Agregação (coesão plaquetária); ○ Secreção (liberação de proteínas dos grânulos plaquetários); ○ Atividade pró-coagulante (intensificação da geração de trombina). ● Imagem: ADP = difosfato de adenosina; GP = glicoproteína; PDGF = fator de crescimento derivado de plaqueta; TSP = trombospondina; vWF = fator de Von Willebrand. ● Cascata da coagulação: locais de ação dos fármacos anticoagulantes. ● Os anticoagulantes orais interferem na γ-carboxilação pós-translacional dos fatores II, VII, IX e X (mostrados nos quadros azuis) ● As heparinas ativam a antitrombina III. ● Imagem: AT III, antitrombina III; HBPM, heparinas de baixo peso molecular; FL, fosfolipídio carregado negativamente fornecido pelas plaquetas ativadas - Heparina potencializa a antitrombina → se liga na antitrombina, muda a configuração desta e deixa ela mais potente. 1- Fármacos antiplaquetários 7 - Os antiplaquetários agem: ● Bloqueando a COX-1 → para diminuir tromboxano ● Bloqueio do receptor de ADP → P2Y1 e P2Y12 ● Bloqueando a GPIIb/IIIa (glicoproteína 2b e 3a) ● Inibidores da fosfodiesterase ○ Que transforma o AMPc em AMP → essa está dentro da plaqueta ○ Assim deixa menos AMPc disponível para ativar proteína quinase (PKA) → responsável por diminuir a agregação plaquetária ○ Sua inibição gera o aumento da disponibilidade de AMPc para ativar PKA e consequentemente diminui mais ainda agregação plaquetária 1- A- ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (Aspirina) ● É um AINEs ● AAS = ácido acetilsalicílico ● Não age na coagulação e sim na agregação ●Interferem na síntese dos eicosanóides, bloqueando a produção de tromboxano A2 (agregador plaquetário e vasoconstritor) ao inativar a COX 1 (enzima cicloxigenase 1). ○ Tem como alvos cox 1 e 2 (não seletivo), nesse caso ele bloqueia a cox 1 da plaqueta ● Nas plaquetas, o principal produto da cicloxigenase é o TxA2, um indutor lábil da agregação plaquetária e um potente vasoconstritor. ● O ácido acetilsalicílico bloqueia a produção de TxA2 por meio da acetilação de um resíduo de serina, próximo ao local ativo da cicloxigenase-1 plaquetária (COX-1). ● Como as plaquetas não sintetizam novas proteínas, a ação do ácido acetilsalicílico sobre a COX-1 plaquetária é permanente, persistindo durante toda a vida da plaqueta (7-10 dias). ○ Assim, o uso de doses repetidas de ácido acetilsalicílico provoca um efeito cumulativo sobre a função plaquetária - Mecanismo de ação: provoca inativação completa da COX-1 na dose de 160 mg/dia; ● inibidor enzimático irreversível da COX 1 ● Antiinflamatório não esteroidal → alvo COX 1 e 2 ● Ele também vai interferir na COX 1 da plaqueta 8 AA (ácido araquidônico) → EICOSANÓIDES → PGE2 E PGI2 → TXA2 (tromboxano) - O AA é transformado pela COX em eicosanóides, com o uso do AAS, isso não acontece e não tem tromboxano - Efeitos colaterais: ● Ulcerações no TGI ● Sangramentos ● Trombocitopenia ● Hemorragias - Observações: ● Tomar após refeições → evitar estresse estomacal ● Não em Diabetes Mellitus, úlceras, gastrites e anemias ● Diminui T4, altera glicemia, altera ácido úrico, diminui potássio - Altera a glicemia → cuidado com diabetes (quando mexe com a estrutura, mexe com o metabolismo do diabetes também) Caso de IAM: - Deve-se recomendar que em Caso de IAM o paciente mastigue o AAS? ● Estudos clínicos demonstraram a eficácia do ácido acetilsalicílico em vários contextos clínicos. Para indicações agudas (AVE trombótico em progressão - o chamado AVE em evolução - e IAM), o tratamento é iniciado com uma dose única de aproximadamente 300 mg para atingir uma inibição substancial rápida (> 95%) da síntese de TX das plaquetas, seguida por doses diárias regulares de 75 mg - Fosfodiesterase (PDE) → transforma AMPc em AMP ● Bloqueando a PDE, a reação desvia para excesso de AMPc ● O AMPc vira PKA ● O PKA inibe a agregação plaquetária 2- B- DIPIRIDAMOL (AGGRENOX, PERSANTINE) - Mecanismo de ação: ● Inibe a enzima fosfodiesterase e bloqueia a captação de ADP, dificultando a adesão e agregação das plaquetas. ● Inibidores da fosfodiesterase → que transforma o AMPc em AMP (está dentro da plaqueta) ○ Assim deixa menos AMPc disponível para ativar proteína quinase a PKA (responsável por diminuir a agregação plaquetária) ○ Sua inibição gera o aumento da disponibilidade de AMPc para ativar PKA e consequentemente diminui mais ainda agregação plaquetária 9 - Usos: ● Administração oral associado a aspirina reduz isquemia OBS! Efeitos colaterais de todos os antiplaquetários são os mesmos: Sangramento, hemorragia - Farmacocinética: ● Sua eliminação é feita através da via biliar e apresenta tempo de meia-vida de 10 horas, administrado duas vezes ao dia. OBS! O dipiridamol é um vasodilatador que, em combinação com a varfarina, inibe a embolização a partir de próteses de válvulas cardíacas (não tão potente quanto os da aula passada) - Pode usar com aspirina → um inibe a COX e outro que aumenta a quantidade de AMPc e consequentemente PKA - Receptor de fibrinogênio → não permite a ligação entre as plaquetas pelo fibrinogênio ● GPIIb e GPIIIa 3- C- TIROFIBANA (AGRASTAT) - Mecanismo de ação: ● Inibidor da glicoproteína IIb/IIIa (GP2B e GP3A) →inibe a agregação plaquetária ● Ocupa o sítio de ligação do fibrinogênio e com isso as plaquetas não se ligam uma na outra através do fibrinogênio → inibe a agregação plaquetária (de forma específica) ● Ele bloqueia o receptor → reversível 10 - Usos: ● Administração intravenosa seguida de infusão por 24 hrs no tratamento da síndrome coronariana aguda e na angioplastia 4- C- ABCIXIMAB - Mecanismo de ação: ● Inibidor da glicoproteína IIb/IIIa (GP2B e GP3A) → inibe a agregação plaquetária ● Ocupa o sítio de ligação do fibrinogênio e com isso as plaquetas não se ligam uma na outra através do fibrinogênio ● É um anticorpo monoclonal quimérico → parte de rato (murino) e parte de humano ● Inibidor não competitivo ● É irreversível (pode durar 1 semana) - tempo de criar uma nova OBS! O abciximab livre na circulação é eliminado em poucos minutos, enquanto o ligado à plaqueta dura até 1 semana, dependendo do turnover da plaqueta. 5- C- EPTIFIBATIDA - Mecanismo de ação: ● Inibidor da glicoproteína IIb/IIIa (GP2B e GP3A) → inibe a agregação plaquetária ● Ocupa o sítio de ligação do fibrinogênio e com isso as plaquetas não se ligam uma na outra através do fibrinogênio ● Peptídeo cíclico inibidor do local de ligação do fibrinogênio no αIIbβ3. - Usos: ● É administrado pela via intravenosa e bloqueia a agregação plaquetária 11 OBS! Clopidogrel → similar ao Ticagrelor 6- C- TICAGRELOR - Mecanismo de ação: ● O ticagrelor é um inibidor reversível do P2Y12 ativo pela via oral. ○ Normalmente o (P2Y1 e 12) quando ativado pelo ADP → bloqueia adenilil ciclase e diminui o AMPc e assim tem o processo de agregação plaquetária ○ Eles também são responsáveis pela alteração do formato das plaquetas e sua agregação ○ Bloqueio do receptor → aumento de AMPc e PKA → inibe a agregação plaquetária ○ Em comparação com o clopidogrel: ■ Início e término de ação mais rápidos ■ Produz inibição maior e mais previsível da agregação plaquetária induzida pelo ADP ● O ticagrelor é o primeiro fármaco antiplaquetário a demonstrar uma redução na morte cardiovascular comparado ao clopidogrel em pacientes com síndromes coronarianas agudas. ○ Ticagrelor → menos morte de pacientes com síndrome coronariana aguda ● Aprovado pelo FDA (food and drugs administration) para a prevenção de eventos trombóticos. D- TIENOPERIDINAS: TICLOPIDINA (TICLID®), CLOPIDOGREL (PLAVIX®) E DERIVADOS - Mecanismo de ação: ● Pró-fármacos, bloqueadores irreversíveis do receptor da adenosina difosfato (ADP), responsável pela alteração do formato das plaquetas e sua agregação. ● Potencializa efeitos associados a aspirina - Indicações: ● Prevenção de eventos cerebrovasculares recorrentes ● Anginas OBS! Diferenciam: dose, via de ADM, meia vida e eliminação - Efeitos adversos: ● Náusea ● Vômito ● Diarréia ● Trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas) ● Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos) → 1% ● Hemorragia 12 7- D- TICLOPIDINA - Mecanismo de ação: ● Pró-fármaco tienopiridínico que inibe o receptor P2Y12. ● A inibição máxima da agregação plaquetária só é observada em 8 a 11 dias após o início da terapia. ● O receptor P2Y1 plaquetário ativado pelo ADP é acoplado à via Gq-PLC-IP3-Ca2+ e induz uma alteração na morfologia das plaquetas e agregação plaquetária. ● O receptor P2Y12 está acoplado à Gi e, quando ativado pelo ADP, inibe a adenilato-ciclase, resultando em níveis mais baixos de AMP cíclico e, portanto, em menor inibição da ativação plaquetária dependente do AMP cíclico. ● Ambos os receptores devem ser estimulados para resultar em ativação plaquetária - Administração: ● A dose comum é 250 mg, 2 vezes/dia ● As “doses de ataque” de 500 mg são administradas em alguns casos para obter um início mais rápido de ação. OBS! A inibição da agregação plaquetária persiste por alguns dias após a interrupção do fármaco. 8- D- CLOPIDOGREL - Mecanismo de ação: ● Inibidor irreversível dos receptores plaquetários P2Y12 ● Mais potente e tem um perfil de toxicidade ligeiramente mais favorável do que a ticlopidina ● Raros casos de trombocitopenia e leucopenia ● Somente 15% é transformado na forma ativa (é eficiente) ● Se tiver problema no fígado, vai ter problema na transformação 9- D- PRASUGREL - Mecanismo de ação: ● Pró-fármaco → para passar para a forma ativa tem que passar pela metabolização no fígado Início de ação mais rápido que o da ticlopidina ou do clopidogrel● Inibição maior e mais previsível da agregação plaquetária induzida pelo ADP 13 - Importante: ● Isoformas do citocromo 2C19 ● Em 2010 foi alertado o fato de que 2 a 14% da população norte-americana não apresenta citocromo 2C19. ● Testes para genotipagem do 2C19 estão disponíveis comercialmente, e estudos farmacoeconômicos indicam que são custo-efetivos para o uso do clopidogrel ● Se tem problema com a 2C19 → não tem resposta (2C19) do para o problema ● Se não funciona → ver se o problema é no fármaco ou se a pessoa que não tem o 2C19 ● Tem que ter uma atenção especial em relação à interação de fármacos com o citocromo 2C19: ○ Por ser um pró-fármaco precisa ser biotransformado na sua forma ativa, e em associação com outros fármacos como os inibidores da bomba de prótons, pode ter uma redução na eficácia do medicamento, pois essa classe inibe a enzima que faz essa transformação → maior quantidade em sua forma inativa ○ A associação de clopidogrel e inibidores de bomba de próton (omeprazol, lansoprazol, ... Inibidores de 2C19) em pacientes infartados causou aumento de 93% do risco de nova internação por infarto ou de colocação de stent em comparação ao grupo utilizando apenas clopidogrel. 10- E- ATOPAXAR E VORAPAXAR - Mecanismo de ação: ● Não cai na prova ● Inibidores do receptor de trombina (PAR 1/PAR 4) ● Ainda não são comercializados → logo vai sair, pois só estão ajudando a dose ● Meia vida do Vorapaxar é 300 horas (muita coisa) 2- Fármacos anticoagulantes - Assim como os antiagregantes plaquetários, os anticoagulantes são extremamente importantes para o tratamento de indivíduos propensos a desenvolver trombos sanguíneos. - A heparina é comumente extraída da mucosa intestinal suína, que é rica em mastócitos, e essas preparações podem conter pequenas quantidades de outros glicosaminoglicanos. 11- HEPARINA - Mecanismo de ação: ● Como são moléculas grandes devem ser administradas por via parenteral porque não atravessariam as membranas celulares da mucosa intestinal; ● Polímero natural presente nos mastócitos participa na armazenagem de histamina nos grânulos secretórios; ● A heparina, ou fragmentos dela, aumentam em muito (1000x) atividade intrínseca da antitrombina III ○ Potencializa a ação da antitrombina 3, que inativa fatores como o fator 2A da fibrina, que transforma fibrinogênio em fibrina ○ Esta inibe vários fatores da coagulação (II, IX e X) e mais significativamente a trombina, que forma o trombo de fibrina ○ Essa potencialização gera a diminuição da cascata de coagulação 14 12- HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (LMWH) - Mecanismo de ação: ● Derivada da heparina → isolada da heparina padrão ● Peso molecular varia de 1.000 – 10.000 Da (~ 15 unidades de monossacarideo); ● Formam complexos com a Antitrombina e inativam o Fator Xa (10a); ● Exemplos: Enoxaparina, Dalteparina, Nadroparina, Ardeparina. - Indicação terapêutica das duas: HEPARINA E LMWH ● Na trombose venosa ● Na profilaxia da trombose venosa (s.c.) ● Coagulação intravascular disseminada ● Coágulos na gravidez OBS! Monitorar aPTT (atividade parcial do tempo de tromboplastina) - Efeitos adversos: ● Sangramento em menos de 3% dos pacientes tratados, revertido com infusão intravenosa de sulfato de protamina ○ Sulfato de protamina → dá para reverter o sangramento, serve como antídoto. ○ Só que essa protamina também pode ativar cascata de coagulação, então só usa quando sabe que usou heparina e ta com problema de coagulação ○ Deve-se monitorar a quantidade de plaquetas ● Diminuição plaquetária após 5-10 dias de tratamento; alterações hepáticas, osteoporose, baixa síntese de aldosterona - Trombocitopenia induzida por heparina: ● Contagem plaquetária menor que 150.000/mL ou redução de 50% em relação ao valor antes do tratamento ● Ocorre em aproximadamente 0,5% dos pacientes entre 5 a 10 dias após o início da terapia com heparina. ● Embora a incidência de trombocitopenia seja menor, também ocorre trombocitopenia com HBPMs e fondaparinux, e a contagem de plaquetas deve ser monitorada. ● Em cerca da metade dos pacientes tratados com heparina e afetados são observadas complicações trombóticas que podem ser potencialmente fatais ou levar à amputação, podendo preceder o início da trombocitopenia. ○ Isso ocorre principalmente com a heparina não fracionada ● As mulheres apresentam uma probabilidade duas vezes maior do que os homens de desenvolver esta condição ○ Mulher → por características hormonais e fisiológica - Farmacocinética: 15 OBS! Heparina não sai pelo rim pelo tamanho da molécula - Heparina e HBPM → são de origem animal (homem e suíno - Fondaparinux → feita em laboratório A. A heparina se liga à antitrombina por meio da sua sequência de pentassacarídeos. Isso leva à mudança conformacional na alça do centro reativo da antitrombina que acelera sua interação com o fator Xa. Para potencializar a inibição da trombina, a heparina deve ligar-se simultaneamente à antitrombina e à trombina. Apenas as cadeias de heparinas compostas por, pelo menos, 18 unidades de sacarídeos (peso molecular ~ 5.400 Da) são longas o suficiente para realizar a função de ponte. Com um peso molecular médio de 15.000 Da, praticamente todas as cadeias de heparina são longas o suficiente para esta função. B. HBPM tem capacidade maior para potencializar a inibição do fator Xa do que a trombina, porque pelo menos metade das cadeias de HBPM (peso molecular médio de 4.500-5.000 Da) é curta demais para unir a antitrombina à trombina. C. O pentassacarídeo (fondaparinux) acelera apenas a inibição do fator Xa pela antitrombina, ele é curto demais para ligar a antitrombina à trombina - Heparina se liga na antitrombina → promove uma mudança conformacional na antitrombina (melhora a configuração no local de encaixe) - ativar a antitrombina - Fator Xa e sobre a trombina ligado na antitrombina não dá sequência ao a casacata de coagulação → diminui coagulos - A ação da de baixo peso molecular é menor sobre a trombina pois ela não consegue se envolver, ela é muito mais eficaz para o fator Xa (mais específico) - A estrutura pentassacarídica de ligação da heparina à antitrombina. - Os grupos de sulfato necessários para a ligação à antitrombina estão indicados em vermelho. 16 - Importante: ● Heparina não fracionada se liga na antitrombina e assim promove uma mudança conformacional na antitrombina, por isso diz que ela potencializa a antitrombina, essa mudança no local de encaixe a antitrombina pode se ligar com fator Xa, que a partir daí não dá mais sequência na cascata de coagulação → diminuição da coagulação sanguínea ● Essa mudança aconteceria de qualquer jeito, só vai ser acelerada → fator 10a ou trombina inativados - Heparina não fracionada → inativa o fator Xa e a trombina - HBPM (heparina de baixo peso molecular) → inativa mais fator Xa que a trombina - Fondaparinux → inativa apenas o fator Xa - Heparina, HBPMs e fondaparinux agem como um catalisador. ● Após se unirem à antitrombina e promoverem a formação de complexos covalentes entre antitrombina e proteases alvo, eles se dissociam do complexo e então catalisam outras moléculas antitrombinas - Fenômeno que pode limpar a atividade da heparina próxima dos trombos ricos em plaquetas: ● O fator plaquetário 4, uma proteína catiônica liberadas dos grânulos alfa (durante a ativação plaquetária), se liga à heparina e impede que esta interaja com a antitrombina ○ Ou seja, o fator plaquetário 4 → tem muita quantidade perto dos trombos e a ação da heparina fisiológica cai (perde função) ● Esse fenômeno pode limitar a atividade da heparina próxima dos trombos ricos em plaquetas. ● Como HBPM e fondaparinux possuem menor afinidade pelo fator plaquetário 4, eles podem reter sua atividade nos arredores desses trombos em um grau maior que a heparina. ○ Ou seja, HBPM e Fondaparinux sofrem menos influência do fator 4 então consegue agir - A heparina em altas doses: ● Pode interferir na agregação plaquetária e, portanto, prolongar o tempo de sangramento. ● A heparina “depura” o plasma lipêmicoin vivo ao induzir a liberação da lipoproteína lipase na circulação. ○ Hidrólise dos triglicerídeos a glicerol e ácidos graxos livres. ■ Depura o plasma lipêmico → ativa a lipase lipoproteica (degradar lipídio → triacilglicerol) ○ Pode ocorrer depuração do plasma lipêmico, em concentrações de heparina abaixo das necessárias, para produzir um efeito anticoagulante. ■ Dosagem menor da que se fosse atuar como anticoagulante - A heparina, a HBPM e o fondaparinux não parecem aumentar a mortalidade fetal ou a prematuridade: ● Qualquer uma dessas 3 heparinas não atravessam a placenta, por isso podem ser utilizados durante a gestação ● Também não estão associadas a malformações fetais ● Se possível, o fármaco deve ser interrompido 24 horas antes do parto, a fim de minimizar o risco de sangramento pós-parto. ○ Antes do parto → parar o tratamento para minimizar o risco de sangramento pós-parto - AS PREPARAÇÕES DE HBPM: ● Enoxaparina, dalteparina, tinzaparina, ardeparina, nadroparina e reviparina (as três últimas não estão disponíveis nos EUA no momento). ● Diferem de modo considerável; não se pode pressupor que duas preparações com atividade antifator Xa semelhante irão produzir efeitos antitrombóticos equivalentes. ● HBPMs produzem uma resposta anticoagulante relativamente previsível, o monitoramento não é realizado na rotina. ● Pacientes com comprometimento renal podem precisar de monitoramento ○ Precisa de cuidado com o rim pois eles são eliminados via renal → se não tiver eliminação pode ter aumento plasmático da concentração do fármaco ○ De acordo com o tipo de medicamento tem uma eficácia diferente 17 13- FONDAPARINUX - Administração: ● Por injeção subcutânea, atinge níveis plasmáticos máximos em 2 horas e é excretado na urina (meia-vida de ~ 17 h) ● Não deve ser administrado em pacientes com insuficiência renal ● Pode ser administrado em dose fixa, 1 vez/dia, sem monitoramento da coagulação. ● Parece ter menos tendência que a heparina ou a HBPM para desencadear a síndrome de trombocitopenia induzida por heparina. ● Aprovado para tromboprofilaxia em pacientes submetidos à cirurgia de quadril, de joelho, de fratura de quadril e para a terapia inicial em pacientes com embolia pulmonar ou TVP. OBS! Em caso de hemorragia fatal, pode ser reverter o efeito da heparina por infusão intravenosa de sulfato de protamina ● Este deve ser administrado em quantidade mínima para neutralização ○ ○ Cerca de 1 mg para cada 100 unidades de heparina ● A protamina só se liga em moléculas longas de heparina ● Reverte apenas atividade anticoagulante das HBPMs e não tem efeito sobre a atividade do fondaparinux 14- IDRAPARINUX ● Não cai na prova ● Uma versão hipermetilada do fondaparinux tem meia-vida de 80 horas e é administrada pela via subcutânea semanalmente. ● Para superar a falta de um antídoto, um núcleo de biotina foi adicionado ao idraparinux para gerar idrabiotaparinux, que pode ser neutralizado com avidina intravenosa. ● Os estudos clínicos de fase III, em andamento, comparam o idrabiotaparinux com a varfarina para o tratamento de embolia pulmonar ou para prevenção do acidente vascular encefálico em pacientes com fibrilação atrial. ● O idraparinux, o idrabiotaparinux e a avidina não estão disponíveis para uso clínico de rotina. - Biotina → vitamina B7 - Avidina → glicoproteína produzida por aves (comer clara de ovo cru) ● Se houver hemorragia potencialmente fatal, o efeito da heparina pode ser rapidamente revertido pela infusão intravenosa de sulfato de protamina* ● Deve-se administrar a quantidade mínima de protamina necessária para neutralizar a heparina presente no plasma. ● Cerca de 1 mg de protamina para cada 100 unidades de heparina existentes no paciente; a protamina (até uma dose máxima de 50 mg) é administrada por via intravenosa, em velocidade lenta (durante 10 min). ● A protamina se liga apenas a moléculas longas de heparina. ● Ela reverte apenas parte da atividade anticoagulante das HBPMs e não tem efeito sobre a atividade do fondaparinux. 15- LEPIRUDINA - Mecanismo de ação: ● Inibidor direto da trombina (presente nas glândulas salivares da sanguessuga medicinal) → tem uma ação anticoagulante ● Polipeptídeo de 65 aminoácidos, que se liga ao local catalítico e ao local de reconhecimento de substrato ampliado da trombina. ● Ela está aprovada nos EUA para o tratamento de pacientes com trombocitopenia induzida por heparina - Administração: ● Via intravenosa ● Excretado pelo rim ● ½ vida de aproximadamente 1,3 horas OBS! Deve ser utilizada com cautela em pacientes com insuficiência renal. Não existe nenhum antídoto para a lepirudina 18 ORAIS DERIVADOS DA HIDRÓXICUMARINA: 16- WARFARINA – MAREVAN® e DICUMAROL (POUCO USO) - Mecanismo de ação: ● Antagonistas da vitamina K (que é responsável pela síntese hepática dos fatores de coagulação: II (protrombina), VII, IX ,X) - Farmacocinética: ● Absorção oral com pico plasmático de 2 – 8h ● 99% ligados a proteínas ● Inativada no fígado, t½ 25 – 60 h; ● Passagem para o feto; eliminação renal “in natura “ (20%) - Vitamina K → importante para a formação dos fatores de coagulação - Se diminui vitamina K, diminui fatores de coagulação - Não dar para grávidas!!! Dar preferência para heparina - Passando para o feto pode dar má formação ● Após o relato de um distúrbio hemorrágico no gado por causa da ingestão de forragem de trevo doce estragada, Campbell e Link, em 1939, identificaram o agente hemorrágico como bis-hidroxicumarina (dicumarol). ● Posteriormente, foi introduzido um congênere sintético mais potente como rodenticida extremamente eficaz; o composto foi denominado varfarina, como acrônimo derivado do nome do detentor da patente, a Wisconsin Alumni Research Foundation (WARF). ● Esses anticoagulantes tornaram-se uma base para a prevenção da doença tromboembólica. - Vitamina K reduzida → tem OH - Enzima retira o H e fica oxidada - Vitamina K hipoxiredutase → pega a vitamina K oxidada + NADH e devolve o hidrogênio para voltar o ciclo → para coagulação sanguínea - Varfarina é inibidor enzimático da enzima Vitamina K hipoxiredutase → diminui a quantidade de vitamina k → diminui a quantidade de Vitamina K reduzida → diminui a quantidade de coagulação sanguínea - Usada como veneno para rato 19 - Ciclo: ● A enzima gama glutamil carboxilase transforma pro-zimogênio em zimogênio funcional, mas para isso essa enzima precisa roubar um hidrogênio da vitamina k reduzida, após isso a vitamina k fica oxidada → a enzima vitamina k redutase vai lá e adiciona um NADH (devolve o hidrogênio), e assim a enzima gama glutamil carboxilase fica sempre roubando, só que a warfarina vai lá e se liga na vitamina k redutase → não forma mais vitamina k reduzida e assim diminui a transformação de pro-zimogênio em zimogênio funcional → diminuição da cascata de coagulação - Metabolizada por enzimas do citocromo P450 no fígado, incluindo o citocromo CYP2C9 - não têm clearance renal, por isso podem ser utilizados em pacientes com insuficiência renal grave Os polimorfismos nos dois genes, CYP2C9 e VKORC1, são responsáveis em grande parte pela contribuição genética da variabilidade na resposta à varfarina. ] As variantes de CYP2C9 afetam a farmacocinética da varfarina. CYP2C9 metaboliza a varfarina e as variantes não *1/*1 são menos ativas que CYP2C9 *1/*1, e necessitam de redução da dose. As variantes de VKORC1 afetam a farmacodinâmica da varfarina. VKORC1 é o alvo dos anticoagulantes cumarínicos como a varfarina. As formas não A/A e A/A apresentam menos exigência de dose de varfarina. - Problema da varfarina → alimentação - Alta quantidade de vitamina K (brócolis, espinafre, couve) → aumento de vitamina K → diminui a ação da varfarina e aumenta a coagulação sanguínea - Alimentação infere muito - também cada pessoa vai ter um reação a varfarina → devido ao polimorfismo da CIP2C9 e da enzima vitamina k hipoxiredutase (paciente tem variante) - Exemplo: variante metaboliza menos, fica mais tempo no corpo (diminuir dose) ● Alguns dos fatoresmais comumente descritos que provocam uma redução no efeito dos anticoagulantes orais incluem: ○ Redução da absorção do fármaco em consequência da ligação à colestiramina no trato gastrintestinal; ○ Aumento do volume de distribuição ○ Meia-vida curta em consequência de hipoproteinemia, como na síndrome nefrótica; ○ Aumento da depuração metabólica do fármaco em decorrência da indução de enzimas hepáticas, particularmente a CYP2C9, por barbitúricos, carbamazepina ou rifampicina; ○ Ingestão de grandes quantidades de alimentos ou suplementos ricos em vitamina K; ○ Aumento dos níveis dos fatores da coagulação durante a gravidez. - Defeitos congênitos: ● A administração de varfarina durante a gravidez provoca defeitos congênitos e aborto. ● Foram relatadas anormalidades do sistema nervoso central após exposição à varfarina durante o segundo e o terceiro trimestres. ● Podem ocorrer hemorragia fetal ou neonatal e morte intrauterina. - Antagonistas da vitamina K não devem ser utilizados durante a gravidez, entretanto, conforme indicado, podem ser usados heparina, HBPM ou fondaparinux com segurança nessa circunstância. 20 - Indutor aumenta a ação da CYP2C9 - Passar listo do que pode e não pode comer - Cuidado com gravidez!! Pode levar a anormalidades NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS (Não cai) 16- ETEXILATO DE DABIGATRANA: ● Pró fármaco rapidamente metabolizado em dabigatrana que bloqueia de ormar reversível o local da trombina - Mecanismo de ação: ● Antagonista do fator IIa (trombina) → bloqueando de forma reversível ● Biodisponibilidade oral de 6%, baixa, mas tem boa ação (eficiente) ● Início máximo de ação em 2 horas e uma meia-vida plasmática de 12 a 14 horas. ● Quando administrado em doses fixas, o monitoramento rotineiro da coagulação é desnecessário. ● Aprovado para a prevenção de acidente vascular encefálico em pacientes com fibrilação atrial. 17- RIVAROXABANA - Mecanismo de ação: ● A rivaroxabana é um inibidor oral do fator Xa → Xarelto (nome comercial) ● 80% de biodisponibilidade oral, inicio máximo de ação em 3 horas e meia-vida plasmática de 7 a 11 horas. ● Cerca de um terço do fármaco é eliminado inalterado na urina, o restante é metabolizado pelo fígado e os metabólitos inativos são excretados na urina e nas fezes. ● Aprovada para profilaxia de trombos após cirurgia de substituição de quadril ou joelho e prevenção do acidente vascular encefálico em pacientes com fibrilação atrial não valvular 18- APIXABANA - Mecanismo de ação ● Inibidor oral do fator Xa ● Indicada para a prevenção de acidente vascular encefálico e embolia em pacientes com fibrilação não valvular. ● Biodisponibilidade oral de 50%, início máximo em 3 a 4 horas e uma meia-vida aparente de 12 horas devido à absorção prolongada no trato GI. ● O fármaco é metabolizado principalmente pela CYP3A4, a coadministração de outros inibidores/substratos destas enzimas (p. ex., cetoconazol, itraconazol, ritonavir, claritromicina) exige uma redução à metade da dose para a apixabana. ○ Pois esses medicamentos são inibidores da enzima → reduzir a dose do apixabana - Profilaxia: ● A dose oral recomendada é 5 mg duas vezes ao dia e metade para pacientes com 80 anos ou mais, com 60 kg ou mais ou com creatinina sérica de 1,5 mg/dL ou mais. 21 3- Fármacos fibrinolíticos/trombolíticos FÁRMACOS FIBRINOLÍTICOS = TROMBOLÍTICOS - Só é eficaz até 12 horas depois da formação do trombo - Se passar disso ele já não desfaz o trombo - Precisa ver também o quadro do paciente (gera sangramento) - Terapia com trombolíticos tendem a dissolver os trombos patológicos e fibrina depositados no local da lesão ● Atuam em cima do trombo → destruir ● Plasmina degrada a fibrina ● Fibrinogênio → vira fibrina - Deixa a parte que vai se ligar o plasminogênio para formar a plasmina mais exposta - Digestão da fibrina com mais intensidade - Não pode ficar usando o tempo todo - Não pode usar como profilático → só depois que forma o trombo 19- ESTREPTOQUINASE (Streptase®), UROQUINASE - Mecanismo de ação: ● Liga-se ao plasminogênio (alteração conformacional) → mais plasmina → mais digestão da fibrina - Farmacocinética: ● i.v. , t �⁄� 40-80 min - Toxicidade: ● Hemorragias (riscos em >75 anos ); raramente anafilaxia e febre. ○ Forma um complexo que produz alteração de configuração, que expõe o local ativo no plasminogênio e facilita a formação da plasmina - Usos: ● Infarto agudo do miocárdio e trombose coronariana - Contra-indicações: ● Até 10 dias do pós-cirúrgico; ● Sangramento no TGI últimos 3 meses; ● Antecedente de acidente vascular cerebral; ● Desordens hemorrágicas. 20- ANISTREPLASE - Mecanismo de ação: ● Ativadores tecidual do plasminogênio (Alteplase, Reteplase, Tenecteplase, Lanoteplase e Desmoteplase) ● O t-PA (alteplase) é produzido pela tecnologia de DNA recombinante 22 ● O esquema atualmente recomendado (“acelerado”) para a trombólise coronariana consiste em injeção intravenosa de 15 mg, seguida de 0,75 mg/kg de peso corporal, durante 30 minutos (sem ultrapassar 50 mg) e 0,5 mg/kg (até 35 mg de dose acumulada) na hora seguinte - Risco hemorrágico com trombolíticos: ● Uma das principais complicações dos fibrinolíticos é o risco hemorrágico sendo o intracraniano e de maior morbimortalidade ● O controle pressórico e histórico de coagulopatia devem ser checados antes do tratamento, bem como as demais contraindicações 4- Inibidores da fibrinólise 21- ÁCIDO AMINOCAPRÓICO E ÁCIDO TRANEXÂMICO ● Análogos da lisina, que compete pelos locais de ligação da lisina no plasminogênio e na plasmina, bloqueando, assim, a interação da plasmina com a fibrina. ● O ácido aminocapróico é um potente inibidor da fibrinólise, que tem a capacidade de reverter estados associados à fibrinólise excessiva. - Esses ácido se ligam no local da plasmina e plasminogênio → inibindo esses → diminui a ação plasminolítica - Sistema fibrinolítico ● O esquema mostra as interações das vias de coagulação e plaquetária e os pontos para a ação de fármacos que modificam esses sistemas. ● HBPM = heparinas de baixo peso molecular 23 - Formação do trombo → imagem 24