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Constitucional III 03 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais - parte 02

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Direito Constitucional III
 
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
Prof. Me. Edson Barbosa de Miranda Netto
Classificação dos direitos fundamentais
Classificação dos direitos em dimensões ou gerações.
Classificação idealizada pelo jurista tcheco-francês Karel Vasak, a partir de uma conferência proferida em 1979 no Instituto Internacional de Direitos Humanos, em Estrasburgo.
Para o autor, haveria três gerações de direitos fundamentais:
Direitos de 1ª geração.
Direitos de 2ª geração.
Direitos de 3ª geração.
Classificação dos direitos fundamentais
Bobbio difundiu essa classificação (A Era dos Direitos).
O termo “gerações”, apesar de ter sido usado originalmente, dá a ideia de que há a substituição de uma geração de direitos “velha” por outra mais “nova”.
Porém, há, na realidade, um somatório de todos os direitos com o passar do tempo.
Por isso, a expressão “dimensões” de direitos fundamentais é considerada mais adequada.
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 1ª dimensão:
São aqueles que primeiro surgiram na legislação dos povos. 
São os direitos individuais ou liberdades públicas. Ex: vida, liberdade e propriedade.
Nestes, o Estado tem o dever principal de não fazer, de não agir, de não interferir na liberdade pública do indivíduo.
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 1ª dimensão:
Há, também, um dever secundário de fazer, de agir.
No direito à vida, o Estado tem o dever principal de não tirar a vida, mas tem o dever secundário de proteger a vida de todos.
Correspondem ao período do denominado Constitucionalismo Moderno / Liberal.
Classificação dos direitos fundamentais
Exemplo: Magna Carta Libertatum (1215):
Cláusula 39: “nenhum homem livre será preso, aprisionado ou privado de sua propriedade, ou tomado fora da lei, ou exilado, ou de maneira alguma destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra”. 
Expressão “lei da terra” (“law of the land”, em inglês, ou “per legem terrae”, em latim).
Antecedente histórico do devido processo legal (“due process of law”).
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 2ª dimensão:
São os direitos fundamentais sociais. Ex: saúde, educação, trabalho, assistência aos desamparados etc.
Nestes, o Estado tem o dever principal de fazer, de agir, de implementar políticas públicas que tornem realidade tais direitos constitucionais.
Contrapõem-se à ideia de direitos sociais com meros “favores” ou “caridade” do Estado.
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 2ª dimensão:
Em nível constitucional, surgiram primeiramente na Constituição do México (1917) e na Constituição Alemã de Weimar (1919).
Correspondem ao período do denominado Constitucionalismo Social.
Classificação dos direitos fundamentais
Exemplo: Art. 163 da Constituição de Weimar:
“Apesar de sua liberdade pessoal, todo alemão é obrigado a investir sua energia física e intelectual de forma necessária ao benefício público. A cada alemã será dada a oportunidade de ganhar a vida mediante um trabalho econômico. Não sendo oferecidas aberturas apropriadas de trabalho, ele receberá apoio financeiro. Mais detalhes são especificados pela Lei do Reich (império)”
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 3ª dimensão:
São os direitos metaindividuais, ou transindividuais, que pertencem a uma coletividade determinável ou indeterminável de pessoas.
Exemplo: o direito ao meio ambiente sadio. 
Art. 225 da CF: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Classificação dos direitos fundamentais
Direitos fundamentais de 4ª dimensão:
Apenas parte da doutrina considera sua existência, havendo divergências quanto ao seu conteúdo.
Seriam os direitos decorrentes do avanço tecnológico, mormente relacionado à ciência genética, à noção de biodireito e biotecnologia (Norberto Bobbio).
Seriam os direitos decorrentes da democracia, informação e pluralismo (Paulo Bonavides).
Direitos fundamentais em sentido formal e em sentido material
Direitos fundamentais em sentido formal:
São todos aqueles direitos que estão previstos textualmente na CF/1988.
Independentemente de seu conteúdo, o fato de tais direitos estaremos previstos no texto constitucional torna-os fundamentais (prevalência do aspecto formal).
Ex: Direitos e garantias individuais (art. 5º).
Ex: Direitos sociais (art. 6º).
Ex: Limitações ao poder de tributar (art. 150).
Direitos fundamentais em sentido formal e em sentido material
Direitos fundamentais em sentido material:
São todos aqueles direitos que, previstos textualmente ou não na CF/1988, decorrem diretamente da dignidade da pessoa humana, merecendo, portanto, a tutela estatal (prevalência do aspecto material).
A própria CF/1988 estabelece uma cláusula de abertura no seu art. 5º, §2º.
Direitos fundamentais em sentido formal e em sentido material
Direitos fundamentais em sentido material:
Cláusula de abertura (art. 5º, §2º, da CF/1988): 
“Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte”.
Direitos fundamentais em sentido formal e em sentido material
Direitos fundamentais em sentido material:
Primeiro, surgem os direitos fundamentais em sentido material a partir das pressões populares. Somente depois, esses direitos são formalizados no texto das Constituições escritas.
Exemplos de direitos fundamentais materiais não previstos textualmente na CF:
Direito de acesso à internet.
Direito ao duplo grau de Jurisdição.
Direito à busca da felicidade.
Direito à razoável duração do processo (só foi inserido na CF por meio da EC n. 45/2004).
Direitos fundamentais em sentido formal e em sentido material
Direitos fundamentais em sentido material:
Qual critério definidor dos outros direitos fundamentais decorrentes do regime e dos princípios da CF e dos tratados internacionais em que o Brasil seja parte?
Flávio Martins Nunes Júnior: “Entendemos que o principal critério para a identificação desses outros direitos fundamentais é o princípio da dignidade da pessoa humana”.
Dignidade da pessoa humana: fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1º, III, da CF).
Eficácia dos direitos fundamentais
A CF/1988, em seu art. 5º, §1º, estabelece que:
“As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”.
Por esse dispositivo, observa-se que o Constituinte Originário buscou assegurar o maior grau possível de eficácia às normas definidoras de direitos e garantias fundamentais.
Assim, mesmo os direitos fundamentais que sejam normas constitucionais de eficácia limitada ainda produzirão algum tipo de efeito.
Eficácia dos direitos fundamentais
Eficácia vertical, horizontal e diagonal dos direitos fundamentais:
Eficácia vertical: estes são aplicados ao Estado, obrigando a se abster (direitos de 1ª dimensão) ou a tomar uma postura proativa (direitos de 2ª dimensão).
Eficácia horizontal: aplicação dos direitos fundamentais em relações privadas, mas são aplicados com cautela.
Eficácia dos direitos fundamentais
Eficácia vertical, horizontal e diagonal dos direitos fundamentais:
Eficácia diagonal: apenas parte da doutrina a reconhece. Corresponderia à aplicação dos direitos fundamentais nas relações entre empregado e empregador na relação de trabalho.
Estes não poderiam ser vistos a partir da perspectiva da eficácia horizontal, já que ambos não estão em pé de igualdade, sob o ponto de vista econômico e jurídico.
OBRIGADO!

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