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incluindo a própria tortura A polêmica maior, contudo,
surgiu quando o presidente do Clube Militar, general da
reserva Gilberto Figueiredo, classificou de “desserviço” ao
país a discussão sobre a revisão da Lei.
Folha de S.Paulo, 15 ago 2008
Sobre a Lei da Anistia, ainda objeto de discussão po
lítica, como se observa na notícia, é correto armar
que:
A foi sancionada no início do governo do presidente
João Figueiredo, o último da ditadura militar, e per-
doava militantes políticos condenados pelo regime
autoritário, ao mesmo tempo em que anistiava os
agentes dos órgãos de repressão.
b fez parte de um amplo acordo, do qual participa-
ram vários setores da oposição ao governo militar,
resultando em uma lei que garantiu indenização
imediata aos indivíduos perseguidos pelos instru-
mentos autoritários do regime de exceção
c diante de uma movimentação popular intensa, a partir
da direção do Comitê Brasileiro pela Anistia, conquis-
tou-se a chamada Anistia Ampla, Geral e Irrestrita,
aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada
pelo presidente Figueiredo em maio de 1982.
d foi aprovada pelo Congresso Nacional, juntamente
com a extinção do Ato Institucional 5, em janeiro de
1979, apesar da forte oposição dos militares mode-
rados e os da linha dura, e até de alguns membros
da oposição consentida, o MDB.
E foi aprovada pelo Senado Federal, com muitas res-
trições aos militantes das organizações guerrilheiras,
e como moeda de troca com as forças oposicio
nistas, pois as eleições municipais de 1980 foram
canceladas e transferidas para 1982.
31 Ibmec-RJ Comprometendo se com a redemocratiza
ção do país desde o seu discurso de posse, em 15 de
março de 1979, o general João Figueiredo tomou uma
série de medidas com esse objetivo, exceto:
A a assinatura da Lei de Anistia, que permitiu a volta
dos exilados políticos ao Brasil.
b o fim do bipartidarismo, possibilitando o surgimento
de legendas como o PT e o PDT, entre outras.
c a revogação do AI-5, considerado a mais radical de
todas as medidas tomadas pelos governos militares.
d a volta das eleições diretas para os governos es-
taduais.
E o abrandamento da ação da censura aos meios de
comunicação
32 Uefs 2017
Reconhecida como uma das maiores manifestações
populares já ocorridas no país, as “Diretas Já!” foram mar-
cadas por enormes comícios onde figuras perseguidas pela
ditadura militar, membros da classe artística, intelectuais
e representantes de outros movimentos militavam pela
aprovação do projeto de lei. Em janeiro de 1984, cerca
de 300.000 pessoas se reuniram na Praça da Sé, em São
Paulo Três meses depois, um milhão de cidadãos tomou
o Rio de Janeiro. Algumas semanas depois, cerca de
1,7 milhões de pessoas se mobilizaram em São Paulo.
DIRETAS JÁ! 2016
A efetivação da reivindicação contida na campanha
das “Diretas Já” dependia
A da aprovação de uma Emenda Constitucional para
restabelecer a eleição direta para o cargo de presi-
dente da República.
b da derrubada e da prisão do último presidente mili-
tar, que resistia em deixar o poder.
c da eleição direta para governadores dos estados
e prefeitos municipais, cargos que ainda eram ocu-
pados por pessoas da confiança dos militares
d do restabelecimento da eleição direta para todos
os cargos eletivos do Poder Legislativo.
E da interferência do Supremo Tribunal de Justiça,
encarregado de autorizar ou não as grandes ma-
nifestações públicas em favor das eleições diretas.
Ditaduras na América do Sul
As décadas de 1960, 1970 e início dos anos 1980 ti
veram como manifestação mais clara na América do Sul a
presença de regimes militares, de caracteres ditatoriais e am-
plamente direitistas, fortemente repressores e, de um modo
geral, apoiados pelos Estados Unidos, como parte de uma
estratégia ligada à Guerra Fria.
Evidentemente, em uma abordagem mais ampla, não
se pode imputar apenas à atitude dos Estados Unidos e às
necessidades trazidas pela Guerra Fria a ocorrência desses
regimes. Ao contrário, em uma visão retrospectiva, fica claro
que, nas frágeis repúblicas latino-americanas, os exércitos
sempre ocuparam um papel de destaque na vida política,
não sendo raros os golpes militares e a imposição de regimes
ditatoriais.
É natural compreender que a realidade surgida a partir
da década de 1960, que teve na América Latina a Revolução
Cubana como grande referência, deu a essa característica da
política latino-americana um tom mais presente, constante
e dramático
A tomada do poder por Fidel Castro, em janeiro de
1959, em Cuba, e sua posterior aproximação com a União
Soviética, em meio ao momento mais agudo da Guerra Fria,
significou um marco nas relações entre os Estados Unidos
e seus vizinhos continentais. Na verdade, a política externa
desse país, delineada desde o século XIX, com a Doutrina
Monroe, e consubstanciada com Theodore Roosevelt na pas-
sagem para o século XX (fale macio, mas tenha sempre um
porrete bem grande nas mãos!), jamais poderia conviver com
Texto complementar
HISTÓRIA Capítulo 11 O regime militar (1964-1985)50
uma ameaça à sua hegemonia continental, especialmente em
Cuba, um antigo “quintal” dos interesses norte americanos
e perigosamente próxima do litoral ocidental dos Estados
Unidos
Mais do que isso, Cuba assumiu um papel funda-
mental no imaginário da esquerda latino-americana,
mais pelo que tinha de romântico do que pelo real
Um grupo de jovens, desprendidos, dentre os quais se
destacava, ao lado de Fidel, o jovem “Che” Guevara
– médico argentino que havia largado uma família de classe
média alta para lutar por seus ideais em um país distante, de-
safiando e derrotando o poderio americano , parecia provar
que um punhado de homens imbuídos de ideais era capaz
de qualquer vitória Tudo isso em um continente no qual as
desigualdades, a pequena tradição democrática, a miséria e
a dependência forneciam as bases naturais para que esses
ideais comunistas se fizessem fortes
Cabe lembrar que, ao lado da excitação do imaginário
revolucionário, Cuba assumiu também um papel efetivo no
fomento de ações revolucionárias no continente americano.
O governo cubano, por exemplo, financiou amplamente as
Ligas Camponesas no Brasil, durante o governo Goulart, da
mesma forma que, mais tarde, Guevara passou a comandar
grupos guerrilheiros nas selvas e montanhas da Bolívia, vi-
sando criar focos revolucionários entre os camponeses da
região. Assim, não se tratava, para o governo dos Estados
Unidos e para a direita dos vários países da América Latina,
de combater um fantasma, uma ideia, e sim um movimento
concreto que se desenrolava no continente e que podia re-
presentar uma ameaça efetiva aos seus interesses.
Não por acaso, o governo norte-americano passou a
financiar e a apoiar logística ou mesmo militarmente golpes
militares nos vários países latino-americanos, com o objetivo
de forjar governos capazes de neutralizar, pela repressão, a
ameaça comunista e assegurar a preservação de seus inte-
resses econômicos e estratégicos no continente. Trata-se de
uma repetição, com maior ou menor dramaticidade, do que
foi feito no Brasil, em 1964, quando o governo Johnson não
apenas reconheceu prontamente o novo governo militar bra-
sileiro, com a deposição de Goulart, como também chegou
a enviar homens, armas e apoio militar efetivo – a operação
Brother Sam para apoiar o golpe
Os exemplos são inúmeros. Na Bolívia, país com forte
tradição de golpes militares, ainda na década de 1960, insta-
lou-se uma ditadura, embora com um discurso nacionalista,
tendo em Hugo Banzer seu principal expoente. Mesmo o na-
cionalismo verbal de Banzer não afastou o apoio dos Estados
Unidos, ainda mais necessário a partir das ações de Guevara
no país. No Peru, em 1975, um golpe igualmente apoiado pe-
los Estados Unidos derrubou Juan Velasco Alvarado – também
general, mas não confiável ao regime norte-americano – e
instalou uma ditadura militar Mesmo no Uruguai, único país
da América Latina, ao lado da Costa Rica, que mantinha uma
forte tradição democrática,um golpe em 1973, em meio à crise
econômica e à ação do grupo guerrilheiro Tupamaros, colocou
no poder o general Juan Maria Bordaberry, também com apoio
do governo americano. O espectro dos regimes militares dita-
toriais foi a característica que marcou a vida de toda a América
do Sul. Entretanto vamos nos ater aos dois regimes nos quais
essa característica atingiu um tom mais dramático e de maior
influência sobre o Brasil, que são o Chile e a Argentina.
O Chile e a ditadura de Pinochet
Em 1970, foi eleito para presidente do Chile o socialista
Salvador Allende. Ex-ministro da Saúde, ex-senador e por três
vezes derrotado em eleições para a presidência, em 1952,
1958 e 1964, Allende beneficiou-se do fracasso econômico
e social do governo do democrata cristão Eduardo Frei Sua
vitória nas eleições presidenciais resultou de uma delicada
aliança que envolveu todos os setores de esquerda, incluindo
os socialistas e o Partido Comunista, na chamada Unidade
Popular, uma frente com programa pouco definido, mas que
logrou pela primeira vez eleger pelo voto um marxista à
presidência em um país da América Latina.
A eleição de Allende, com apenas 36 por cento do total
de votos, prenunciava momentos extremamente difíceis, nos
quais a oposição dos setores conservadores e a própria falta de
união das esquerdas criaram um ambiente político muito tenso
Ao assumir o poder, Allende implementou uma política
altamente socializante. A sua “via chilena para o socialismo”
incluía uma reforma agrária radical, a nacionalização de in-
dústrias, bancos e minas de cobre, gerando uma forte oposição
do grande capital chileno e dos Estados Unidos. Mesmo ainda
situado em uma fase de crescimento da economia mundial
(vale lembrar que a grande crise do petróleo, que acabou com
a euforia do início da década de 1970, só ocorreu a partir
do final do ano de 1973), o governo Allende, em razão da
pressão internacional e das crises internas articuladas pelos
norte-americanos, colecionou uma série de fracassos no pla-
no econômico. Pode-se citar como um exemplo a greve dos
caminhoneiros, organizada pela CIA, que paralisou o país
Em setembro de 1973, um golpe militar violento, orga-
nizado pelo general Augusto Pinochet, então recentemente
elevado à condição de chefe das Forças Armadas pelo próprio
presidente Allende, depôs o governo da Unidade Popular. O
golpe, fortemente apoiado pelos Estados Unidos, teve um ca-
ráter bem mais dramático do que aquele ocorrido nove anos
antes no Brasil O palácio La Moneda, sede do governo chi
leno, foi cercado e bombardeado, enquanto alguns poucos
membros do governo tentavam inutilmente resistir. O próprio
Allende, que havia dito que só sairia de La Moneda morto, teve
um fim trágico, suicidando-se, segundo o novo regime, embora
várias fontes afirmem ter ele sido assassinado friamente.
Pinochet assumiu o governo como chefe do Conselho
do Chile, na verdade uma Junta Militar, termo tão caro ao
militarismo sul-americano. Apenas em junho de 1974 foi for-
malmente empossado como chefe de governo A legitimação
formal de seu governo, se é que se pode usar o termo para
um regime que chegou ao poder pela via militar, só se deu em
1981, quando foi proclamado pelo Congresso como presidente
do Chile, para um mandato recém-ampliado para oito anos.
Já nos primeiros dias após o golpe, o novo regime mostrou
sua face violenta. O Estádio Nacional foi transformado em um
amplo presídio para onde foram enviados simpatizantes do
regime deposto, bem como estrangeiros ou qualquer um que
pudesse ser tomado como não simpatizante da nova ordem.
Não foram poucos os relatos de tortura e mesmo de assassi
natos cometidos ainda nesse momento. Também foi notória,
e alvo de investigações internacionais, a ação da chamada
Caravana da Morte, uma ação militar que buscou varrer da
vida do país integrantes do governo Allende. Mais de setenta
membros do regime deposto teriam sido mortos nessa ação.
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Pinochet herdou uma forte crise proveniente do boicote
externo e interno ao governo Allende. Sua política econômica,
de abertura ao livre ingresso do capital externo, representou
um alívio às finanças dos Estados Unidos, abalados pela crise
do petróleo. Esse esforço de apoio ao “mercado livre” e à
desregulamentação da economia teve como grande impulsio-
nador um grupo de economistas da Universidade de Chicago,
que tinham como grande mentor o famoso economista norte-
-americano Milton Friedman, sendo, então, denominados por
Chicago Boys. Dado o enorme sucesso das políticas imple-
mentadas, os seus apoiadores deram-lhe o título de O milagre
chileno, para caracterizar o período vivido
Por duas vezes Pinochet realizou plebiscitos para legitimar
seu governo Em ambas, com a oposição amordaçada por sua
política violentamente repressora e com o empresariado con-
templado pelo aparente crescimento econômico gerado pelo
seu governo, ele logrou vencer, dando uma aparente legitimi
dade ao seu regime de força. Em 1978, ele obteve a maioria
dos votos para sua proposta de mudança constitucional Em
1980, um novo plebiscito deu-lhe um mandato de mais oito
anos, confirmado pela Constituição outorgada em 1982.
Paralelamente ao suposto sucesso de sua política eco
nômica, o regime mostrou uma face extremamente violenta,
mesmo se comparado aos outros regimes militares do pe-
ríodo. A chamada Comissão Retting (nome pelo qual ficou
conhecida a Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação
Chilena, criada após a queda de Pinochet), arrolou um nú
mero de 3 197 vítimas, das quais 1 192 seriam desaparecidos
(uma figura comum no discurso das ditaduras latino-america-
nas, englobando nomes de opositores, quase que certamente
assassinados, sobre os quais o regime não assumia qualquer
responsabilidade) Mais do que isso, houve a direta responsa
bilidade do governante em ações como a chamada Operação
Colombo, que dizimou quase 120 membros do Movimento
de Izquierda Revolucionaria (MIR), bem como na Operação
Condor, um plano de cooperação entre as ditaduras chilena,
argentina e brasileira para neutralizar pela força a ação dos
militantes de esquerda e opositores dos regimes no Cone Sul.
Foi a partir do ano 1981, com a crise econômica que
se abriu no Chile, resultante do alto grau de endi vidamento
externo, um subproduto da abertura indiscri minada da eco-
nomia do país, que as bases de sustentação do regime de
Pinochet começaram a ruir. A crise custou-lhe o apoio en-
tusiástico que até então recebera do empresariado chileno.
Também, desde 1976, a política externa dos Estados
Unidos passava por uma transformação. Os seguidos fracas-
sos e fiascos, que tiveram em Richard Nixon sua principal
expressão, com a derrota no Vietnã e o escândalo de Water-
gate, levaram à Casa Branca o democrata Jimmy Carter. Sua
política, centrada em um discurso em defesa dos chamados
direitos humanos, sinalizou a uma direção inesperada, a de
que o governo dos Estados Unidos não mais apoiaria incon
dicionalmente os regimes ditatoriais como fizera até então.
Particularmente, pesava contra o regime Pinochet a acusação
de ter ordenado e organizado, por meio de sua polícia políti-
ca, a DINA, o assassinato de Orlando Letelier, ex-ministro do
governo Allende, em plena cidade de Washington, em 1976
Pressionado interna e externamente, o regime Pinochet
atravessou os anos 1980 buscando fórmulas para se manter
no poder. Em 1988, um novo plebiscito, previsto pela Cons-
tituição de 1981, contou com uma forte campanha interna,
dentro dos marcos permitidos pelo regime, contra a conces-
são de um novo mandato ao general A campanha do “não”,
que teve como principal figura Patricio Aylwin, que apoiara o
golpe em 1973 contra o presidente Allende, acabou vitoriosa
por pequena margem, apenas 55 por cento contra 45 por
cento dados à permanência do ditador.
A força dos antigos partidários de Pinochet fez com que a
transição para a democracia assumisse um caráter de negocia-
ção política Em 1989, Aylwin foi eleito presidente da República,
ao mesmo tempo em que uma mudança na Constituição con-cedia ao general Pinochet a condição de chefe vitalício das
Forças Armadas e de senador vitalício, cargos que manteve até
sua renúncia, em 1997, por alegados motivos de saúde.
A partir de 1998, já afastado do poder, Pinochet passou
a sofrer uma série de ações jurídicas referentes aos crimes
cometidos por seu governo. É sintomático, quanto às vicissi-
tudes da política latino-americana, que essas ações tenham
partido da justiça de outros países. Em outubro daquele ano,
Pinochet foi detido em Londres, a pedido da justiça espanho
la, acusado por crimes como genocídio, terrorismo e torturas.
A base para tal pedido foi a denúncia feita por familiares de
espanhóis perseguidos e mortos em seu governo, acolhida
pelo juiz Baltazar Garzón. Pesaram contra ele também uma
série de outras acusações, como os assassinatos cometidos
na Villa Grimaldi, centro de detenção política do regime, e o
assassinato do padre espanhol Antonio Llidó. Surgiram tam-
bém denúncias de enriquecimento ilícito, com o ex-ditador
sendo acusado de manter contas no exterior que chegaram
ao montante de cerca de 30 milhões de dólares
Todas essas acusações, entretanto, tiveram seu curso obs-
taculizado pela saúde debilitada e pela idade do general, que
veio a falecer em dezembro de 2006. Já então uma nova rea-
lidade marcava o Chile e a América Latina. A nova presidente
do Chile, Michelle Bachelet, ex militante de esquerda, presa
política e exilada durante a ditadura de Pinochet, recusou-se
a comparecer a seus funerais. O neto do ditador, capitão
Augusto Pinochet Molina, fez durante os funerais um duro
discurso, louvando o governo do avô e criticando severa-
mente o governo de Bachelet pelo tratamento dado a ele A
reação do novo governo foi imediata. Processado por romper
com sua função constitucional, o capitão foi condenado e
expulso das Forças Armadas chilenas. Um ato que, embora
pequeno, pode ter tido um significado muito mais amplo,
de ruptura com um traço nefasto da política sul americana
Argentina, a longa noite dos generais
Não se pode compreender o golpe de 1974 na Argentina
sem uma análise do significado do peronismo na história
do país. Um dos maiores expoentes do chamado populismo
latino-americano, juntamente com Vargas e o mexicano Raúl
Cárdenas, Juan Domingo Perón ocupara a presidência do
país entre 1946 e 1955 Seu primeiro governo fora marca
do por um forte nacionalismo econômico e pela busca de
uma aliança com os trabalhadores urbanos, força que, tanto
quanto Vargas, ele fora capaz de assimilar como a verdadeira
base de sustentação dos regimes a partir dali.
Ao lado do discurso nacionalista e das concessões aos tra
balhadores, estabelecendo uma forte aliança com as centrais
sindicais, ocupou um lugar de destaque a ação de sua mulher,
Evita Perón, marcada por um forte assistencialismo e por um
discurso exacerbado em favor dos “descamisados”. A ação dos

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