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GABARITO EXERCÍCIOS DE CIVIL II

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1. Brisa, fã de carteirinha da cantora Taylor Swift, orçou um pacote de viagem com a
empresa Realizando Sonhos SA pelo valor de R$12.000,00, a serem pagos em 12 parcelas
ou R$10,000,00 no pix. O pacote incluia os ingressos para os 3 (três) shows da cantora,
translado Rio - São Paulo, hospedagem, todas as refeições inclusas, além de um city tour.
Quais as modalidades de obrigação você identifica na questão?
R:
● Obrigação pecuniária alternativa (R$10,000,00 no pix ou R$12.000,00 parcelado).
● Obrigação de execução imediata ( no pix)
● Obrigação de trato sucessivo (parcelado)
● Obrigação civil pecuniária de dar coisa certa (dinheiro)
● Obrigação cumulativa ( pacote que incluia ingresso, translado, hospedagem e etc)
● Obrigação de resultado (cumprir o pacote)
● Obrigação de dar coisa certa por parte da empresa (o pacote)
● Obrigação líquida
2- Salim Rockfeller milionário, solteirão, fez fortuna como empresário do setor de seguros.
Seu único parente conhecido é Bernardinho, filho de seu meio-irmão, já falecido. Ao saber
do falecimento do tio num acidente automobilístico, Bernardinho tratou de dar entrada em
seu inventário para poder botar a mão na grana do velho tio. Do mesmo modo, o Sr. João
de Deus que devia grande quantia em dinheiro ao falecido Sr. Salim, procurou o sobrinho
deste e promoveu o imediato pagamento. Algum tempo aberto o testamento do falecido,
descobriu-se que o "de cujus", em testamento, nomeou outra pessoa, seu fiel mordomo
Charles, como seu herdeiro, afastando Bernardinho da herança. Responda: Por haver pago
indevidamente a Bernardinho, o Sr. João de Deus está em débito junto ao herdeiro
testamentário, mordomo Charles?
R: Não. essa hipótese trata-se de pagamento ao credor putativo, instituto esse que
abraçado pelo código civil em seu artigo 309, tal qual diz que é válido pagamento de boa-fé
efetuado ao credor putativo. ainda provado depois que não era o credor. - 1,0 pts
3. Ana é dona de uma fazenda onde se plantam milho e feijão. Acordou com Jose que lhe
entregaria três sacas de produtos da plantação até o final do mês. Vencido o prazo, Ana
não cumpre com o combinado e José usa das vias judiciais para cobrar-lhe a divida. Em
defesa, Ana alega que José lhe deve 3 mil reais, débito vencido há quinze dias, de forma
que a primeira dívida deve ser compensada com a segunda. a) O que é a compensação? b)
No caso narrado, será possível operar a compensação, conforme alegou Ana?
R:
A) Compensação é uma modalidade de extinção das obrigações onde há a
coexistência de obrigações entre credor e devedor. Isto é, se o credor e o devedor
forem credor ao mesmo tempo um do outro de dívidas líquidas, vencidas e de coisas
fungíveis haverá a compensação. - 0,5 pts
B) Não. Além da dívida estar prescrita, o artigo 369 e 370 do código civil dizem que
apenas dívidas do mesmo gênero podem ser compensadas. Isto é, uma dívida de
entregar 3 sacas de produtos da plantação não pode ser compensada com uma
obrigação pecuniária em dinheiro. - 0,5 pts
(O STJ entende que a prescrição impede que haja a compensação entre duas dívidas ou obrigações que não coexistem. Isto é, não há a
possibilidade de ter a compensação entre uma dívida natural e uma civil. Mas nada impede que duas dívidas que coexistiram na mesma época
de serem compensadas).
4 - O estudante Marcelo vendeu para seu professor Demétrio o seu tablet usado, modelo
Pro, com 256Gb de memória, com função 5G, que permite a inserção de um cartão (chip)
de uma operadora de telefonia para acesso à rede móvel. O aparelho também pode
acessar a rede por meio da função Wi-Fi. Depois de receber o aparelho, Demétrio adquiriu
um cartão (chip) em uma operadora de telefonia local para usá-lo em suas viagens
profissionais. No entanto, o aparelho estava com defeito e não permitia o acesso à rede de
telefonia móvel, embora todas as outras funções estivessem em perfeita operação.
Sabendo-se que Marcelo não conhecia o problema, pois nunca tinha utilizado a função 5G,
se Demétrio ainda quiser ficar com o aparelho, ele pode exigir de Marcelo:
Alternativas
A) a devolução integral do preço mais indenização pelas perdas e danos sofridos ao
não poder acessar a rede móvel em suas viagens;
B) a substituição do aparelho por outro, mais indenização pelas perdas e danos
sofridos ao não poder acessar a rede móvel em suas viagens;
C) o reparo imediato do aparelho, sem direito a indenização por perdas e danos;
D) o abatimento do preço pago sem direito a indenização por perdas e danos;
E) o abatimento do preço pago mais indenização pelas perdas e danos sofridos ao não
poder acessar a rede móvel em suas viagens.
GABARITO: D)
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a
coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.
443 do Código Civil: “Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e
danos; se o não conhecia, tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato”.
.
5- Paula e Tereza, coproprietárias de um apartamento em Manaus, herdado quando do
falecimento de seu pai, celebraram contrato de compra e venda do referido bem com
Cristina, parcelando o valor do referido imóvel em 15 prestações mensais, as quais
deveriam ser pagas mediante depósito bancário em conta indicada no título contratual ou
diretamente à uma das credoras, sendo exigido a indicação da forma eleita até 5 dias antes
do pagamento. Realizados todos os procedimentos extrajudiciais cabíveis, Cristina vinha
adimplindo regularmente as prestações mensais até que, ao tempo do advento da sétima
prestação, procurou ambas as credoras, pois pretendia quitar todas as prestações restantes
de uma só vez. Paula prontamente atendeu Cristina, ficando, inclusive grata pelo
adiantamento das prestações remanescentes, enquanto Tereza não se manifestou, pois
encontrava-se em viagem ao exterior. Passados 10 dias da notificação e ante o silêncio de
Tereza, Cristina efetua o pagamento diretamente à Paula, recebendo a quitação plena da
obrigação, assim como a devida caução de ratificação de Tereza. Diante da situação
narrada, assinale a afirmativa correta.
Alternativas
A) O pagamento realizado por Cristina é válido e eficaz, pois feito à credora de
obrigação indivisível e em conformidade com a previsão contratual.
B) O pagamento realizado por Cristina é inválido, pois o adiantamento das prestações
dependia da expressa concordância da credora Tereza.
C) Ainda que Cristina tenha efetuado o pagamento integral à Paula, Tereza poderá
exigir dela o novo pagamento correspondente à sua quota parte, pois a quitação
dada por Paula não é eficaz em relação à quota parte de Tereza.
D) Tereza poderá requerer perdas e danos em face de Cristina, em razão de a
devedora ter alterado a forma de pagamento sem a sua anuência.
E) O pagamento realizado por Cristina é válido, porém ineficaz perante à credora
Tereza, pois a mesma não anuiu com o adiantamento das parcelas, independente da
previsão contratual.
GABARITO: A)
A obrigação de que trata a questão é indivisível e assim é quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico, de
acordo com o art. 258 do CC.
6- Márcia e André são devedores solidários de Joana, da quantia de 20 mil reais. No
vencimento da obrigação, Márcia pagou a Joana 10 mil reais, restando um saldo
remanescente de igual valor para quitação do débito. Considerando essa situação,
Alternativas
A) Márcia estará desobrigada de adimplir o saldo remanescente, já que pagou metade
da dívida.
B) Márcia continuará obrigada solidariamente ao pagamento do saldo remanescente.
C) Joana poderá cobrar juros de mora apenas em face de André, estando Márcia
desonerada desta obrigação.
D) o ajuizamento de ação por Joana somente em face de André importará em renúncia
da solidariedade de Márcia.
E) Joana poderá ajuizar ação para cobrar a quantia de 20 mil reais, já que não houve o
adimplementototal da dívida.
GABARITO: B)
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado,
à dívida toda.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver
sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
(JDC348: O Pagamento parcial não implica, por si só, renúncia à solidariedade, a qual deve derivar dos termos exclusivos da quitação ou,
inequivocamente, das circunstâncias do recebimento da prestação pelo credor).
7- "A" deve entregar uma jóia de valor correspondente a R$ 90.000,00 a "B", "C" e "D",
tendo "B" remitido o débito, "C" e "D" exigirão a jóia, mas deverão indenizar "A", em dinheiro
(R$ 30.000,00) da parte que "B" o perdoou. Tal ocorre porque a obrigação em tela, produz
esse efeito por ser
Alternativas
A) solidária ativa.
B) indivisível.
C) divisível.
D) solidária mista.
E) solidária passiva.
GABARITO: B)
Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a
poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
8- Amanda e Rodrigo, artistas plásticos, obrigam-se solidariamente a produzir esculturas
para exibição no Centro Cultura das Artes - CCA, que lhes pagou antecipadamente pela
locação das obras. Após a conclusão do trabalho, Rodrigo se encarrega de transportá-lo em
seu caminhão até o CCA. Contudo, no percurso, Rodrigo avança indevidamente o semáforo
e ocasiona acidente automobilístico que destruiu completamente todas as esculturas. Ante
a notícia de ausência das obras encomendadas, o CCA viu-se obrigado a cancelar a
exibição e experimentou danos materiais em razão da suspensão.
Diante disto, assinale a afirmativa correta.
A) Amanda e Rodrigo são responsáveis pela devolução do equivalente e pelo
ressarcimento das perdas e danos decorrentes do evento.
B) Rodrigo deve devolver o equivalente e indenizar as perdas e danos, ficando Amanda
excluída ante a ausência de culpa no evento danoso.
C) Amanda apenas não responde pelos juros, pois a mora não foi por ela ocasionada,
mas deverá devolver o equivalente.
D) Rodrigo não responde pelo equivalente, já que assumirá integralmente a obrigação
de ressarcir perdas e danos.
E) Amanda e Rodrigo são responsáveis pela devolução do equivalente e pagamento de
juros, mas as perdas e danos cabe apenas a Rodrigo ressarcir.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas
pelas perdas e danos só responde o culpado.
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado
responde aos outros pela obrigação acrescida.
Perdas e Danos --> exigíveis apenas do culpado
Juros de mora e Equivalente--> em regra, todos os devedores respondem. Em relação ao juros de mora, se houver algum comportamento ilícito
por parte de um dos devedores, entretanto, apenas o culpado irá responder - Art. 280, parte final (por essa obrigação acrescida).
9- Arlindo e Geraldo, vizinhos no Município de Salvador, estabeleceram contrato de mútuo
nas seguintes condições: Arlindo emprestaria R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a Geraldo, que
deveria lhe pagar, em 06 (seis) meses, a importância principal acrescida de correção pela
variação do dólar norte-americano e juros remuneratórios de 2,5% ao mês.
A respeito do mútuo, que, por livre vontade, veio a ser contratado, é correto afirmar que:
Alternativas
A) o mútuo é nulo de pleno direito, nada devendo Geraldo a Arlindo, visto que não são
lícitas as condições financeiras do negócio;
B) Geraldo deve pagar o valor principal acrescido da variação cambial, posto que o
pacto de juros é ilegal;
C) o valor devido por Geraldo será apenas o montante principal, visto que não se pode
aplicar variação cambial e tampouco os juros neste índice;
D) Geraldo deve pagar o valor total, visto que sua vontade foi livre e desembaraçada e
manifestada sob plena liberdade contratual;
E) a importância devida será o valor principal acrescido de juros remuneratórios de
acordo com o índice legal.
GABARITO: E)
Art. 586, do CC/02. O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do
mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Art. 591, do CC/02. Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão
exceder a taxa a que se refere o art. 406, permitida a capitalização anual.
Art. 406, do CC/02. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
10- Lineu emprestou R$ 20.000,00, sem celebrar contrato escrito, para Amadeo pagar o
serviço de buffet do seu casamento. Ana Carolina, noiva de Amadeo, soube apenas da
quitação da dívida com o prestador de serviço, mas não tomou conhecimento do
empréstimo. No prazo acordado, Amadeo não devolveu o dinheiro para Lineu.
Sabendo que Amadeo não tem condições financeiras de pagar esse débito, Lineu começa a
pensar em meios de cobrar tal valor. Assim, cogita exigi-lo de Ana Carolina.
A respeito da situação apresentada, é correto afirmar que
Alternativas
A) Lineu poderá cobrar a dívida de Ana Carolina, vez que se presume a solidariedade
passiva na hipótese.
B) Lineu não poderá cobrar a dívida de Ana Carolina, pois, embora seja possível
presumir-se a solidariedade ativa, o mesmo não acontece com a solidariedade
passiva.
C) Lineu poderá cobrar a dívida de Ana Carolina, vez que há reconhecimento tácito da
existência de solidariedade passiva.
D) Lineu não poderá cobrar a dívida de Ana Carolina, vez que a solidariedade não se
presume, resultando, sempre, ou de lei ou da vontade das partes.
E) Lineu não poderá cobrar a dívida de Ana Carolina, vez que a solidariedade passiva
só existirá caso as partes assim determinem, sendo vedada sua imposição até
mesmo pela lei.
GABARITO: D
Art. 265 . A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
QUESTÃO EXTRA-VALE 1,0 PONTO
José e Pedro, alunos da FND, realizam uma aposta que consistiria no seguinte: quem
tirasse a maior nota na prova de Direito Civil II, ganharia do outro 1 (uma) barra de
chocolate. Chegado o dia do recebimento da nota da prova, Pedro e Jose receberam as
suas notas e tiraram, respectivamente, 9 e 8. Dessa forma, ficou José obrigado a dar uma
barra de chocolate a Pedro. Ficou-se acordado, que o prazo de vencimento da dívida era de
7 (sete) dias contando a partir do dia de recebimento da nota das provas, e o pagamento
seria feito na FND. Nada mais foi acordado. Sobre essa situação, responda as questões: 1)
Chegado o dia do pagamento da dívida, José entrega como pagamento uma barra de
chocolate da pior qualidade possível. Pedro reclama, contudo José comenta que: incumbe a
mim (José) escolher a qualidade do pagamento, já que nada foi acordado acerca disso.
Pedro, inflexível, diz que não vai receber a dívida. Agora, responda: Pedro é obrigado a
receber a dívida? José está realizando corretamente o pagamento?
Explique.
R: Pedro não é obrigado a receber o chocolate de pior qualidade pois se trata de obrigação
de dar coisa incerta, portanto a coisa mediana. Nem a melhor nem a pior.

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