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Técnico Bancário - Caixa

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APOSTILA PREPARATÓRIA ELABORADA COM BASE NO EDITAL ANTERIOR
CÓD: SL-014FV-23
7908433232131
CAIXA
Técnico Bancário
a solução para o seu concurso!
Editora
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
INTRODUÇÃO
a solução para o seu concurso!
Editora
Como passar em um concurso público?
Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro 
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como 
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução 
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
Então mãos à obra!
• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter 
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você 
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma 
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, 
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não 
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É 
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha 
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto 
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque 
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses 
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais 
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma 
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é 
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo 
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação 
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual ....................................................................................................... 9
2. Ortografia oficial ......................................................................................................................................................................... 17
3. Acentuação gráfica ...................................................................................................................................................................... 18
4. Emprego das classes de palavras ................................................................................................................................................ 19
5. Emprego do sinal indicativo de crase .......................................................................................................................................... 27
6. Sintaxe da oração e do período .................................................................................................................................................. 28
7. Pontuação ................................................................................................................................................................................... 31
8. Concordância nominal e verbal .................................................................................................................................................. 33
9. Regência nominal e verbal .......................................................................................................................................................... 34
10. Significação das palavras ............................................................................................................................................................. 37
11. Redação Oficial: Manual de Redação da Presidência da República .......................................................................................... 38
12. Colocação do pronome átono ..................................................................................................................................................... 46
Matemática
1. Conceitos gerais - o conceito do valor do dinheiro no tempo; Fluxos de caixa e diagramas de fluxo de caixa; Equivalência 
financeira. ................................................................................................................................................................................. 51
2. Sequências – lei de formação de sequências e determinação de seus elementos; progressões aritméticas e progressões 
geométricas. .............................................................................................................................................................................. 61
3. Juros Simples – cálculo do montante, dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. Juros 
Compostos - cálculo do montante, dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira. ................... 64
4. Descontos – cálculo do valor atual, do valor nominal e da taxa de desconto. ........................................................................... 68
5. Sistemas de Amortização - sistema PRICE (método das prestações constantes); ..................................................................... 77
6. Sistema SAC (método das amortizações constantes)................................................................................................................. 77
Conhecimentos Bancários
1. Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos normativos e instituições supervisoras, 
executoras e operadoras ............................................................................................................................................................ 83
2. Mercado financeiro e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial) ................................... 87
3. Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios. Internetbanking. Mobile banking. Open banking. Novos mo-
delos de negócios. Fintechs, startups e big techs. Sistema de bancos-sombra (Shadow banking). O dinheiro na era digital: 
blockchain, bitcoin e demais criptomoedas.Transformação digital no Sistema Financeiro ....................................................... 88
4. Correspondentes bancários ....................................................................................................................................................... 92
5. Sistema de pagamentos instantâneos (PIX) ............................................................................................................................... 92
6. Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e não-convencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e 
operações compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos comerciais no Banco Central do Brasil . 93
7. Orçamento público, títulos do Tesouro Nacional e dívida pública ............................................................................................. 94
8. Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, 
consórcio, investimentos e seguros ........................................................................................................................................... 95
9. Noções de Mercado de capitais ................................................................................................................................................. 100
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
10. Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e operações básicas .......................................................... 101
11. Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários ................................................................................... 102
12. Taxas de câmbio nominais e reais .............................................................................................................................................. 102
13. Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações ......................................................................................... 102
14. Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capitais e seus impactos sobre as taxas de câmbio ............ 102
15. Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário .................................................................................................. 103
16. Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recuperação de crédito ......................................................... 103
17. Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros nominais e reais .................................................................... 103
18. Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias . 104
19. Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e 
suas alterações ........................................................................................................................................................................... 104
20. Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020 .............................................................................................................................. 109
21. Carta Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020 e suas alterações ......................................................................................... 119
22. Autorregulação bancária............................................................................................................................................................ 122
23. Sigilo Bancário: Lei Complementar nº 105/2001 e suas alterações ........................................................................................... 122
24. Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD): Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 e suas alterações ........................................ 124
25. Legislação anticorrupção: Lei nº 12.846/2013 ........................................................................................................................... 137
26. Decreto nº 8.420/2015 e suas alterações .................................................................................................................................. 141
27. Ética aplicada: ética, moral, valores e virtudes .......................................................................................................................... 150
28. noções de ética empresarial e profissional ................................................................................................................................ 151
29. A gestão da ética nas empresas públicas e privadas. ................................................................................................................. 151
30. Código de Ética da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet) .............................................................. 152
31. Código de Conduta da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet) ........................................................ 154
32. Política de Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal (disponível no sítio da CEF na internet) ................ 166
33. Lei nº 7.998/1990 (Programa Desemprego e Abono Salarial - beneficiários e critérios para saque) ........................................ 168
34. Artigo 37 da Constituição Federal (Princípios constitucionais da Administração Pública: Princípios da legalidade, impessoali-
dade, moralidade, publicidade e eficiência) .............................................................................................................................. 172
35. Lei Complementar nº 7/1970 (PIS) ............................................................................................................................................ 175
36. Lei nº 8.036/1990 (FGTS): possibilidades e condições de utilização/saque; Certificado de Regularidade do FGTS; Guia de Re-
colhimento (GRF) ....................................................................................................................................................................... 176
37. Produtos: Abertura e movimentação de contas: documentos básicos ...................................................................................... 189
38. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio .................................................... 192
39. Sistema de pagamentos brasileiro. ............................................................................................................................................ 195
40. Produtos Bancários: Programas sociais e Benefícios do trabalhador ........................................................................................ 197
Noções de Probabilidade e Estatística
1. Representação tabular e gráfica. .............................................................................................................................................. 205
2. Medidas de tendência central (média, mediana, moda, medidas de posição, mínimo e máximo) e de dispersão (amplitude, 
amplitude interquartil, variância, desvio padrão e coeficiente de variação). .......................................................................... 208
3. Cálculo de probabilidade e Probabilidade condicional. ........................................................................................................... 211
4. Teorema de Bayes .................................................................................................................................................................... 220
5. População e amostra. ..............................................................................................................................................................220
6. Correlação linear simples ......................................................................................................................................................... 223
ÍNDICE
a solução para o seu concurso!
Editora
Noções de Informática
1. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office – Word, Excel e PowerPoint - versão O365). ......... 231
2. Segurança da informação: fundamentos, conceitos e mecanismos de segurança; ................................................................ 236
3. Segurança cibernética: Resolução CMN nº 4893, de 26 de fevereiro de 2021. ....................................................................... 241
4. Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. ........................................... 245
5. Redes de computadores: Conceitos básicos, ferramentas....................................................................................................... 248
6. Aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. Navegador Web (Microsoft Edge versão 91 e Mozilla Firefox versão 78 
ESR), busca e pesquisa na Web. ............................................................................................................................................... 254
7. Correio eletrônico, grupos de discussão, fóruns e wikis. ......................................................................................................... 257
8. Redes Sociais (Twitter, Facebook, Linkedin, WhatsApp, YouTube, Instagram e Telegram). ..................................................... 261
9. Visão geral sobre sistemas de suporte à decisão e inteligência de negócio. .......................................................................... 264
10. Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo. ......................................................... 265
11. Ferramentas de produtividade e trabalho a distância (Microsoft Teams, Cisco Webex, Google Hangout, Zoom, Google Drive 
e Skype).................................................................................................................................................................................... 266
Atendimento Bancário
1. Noções de estratégia empresarial: análise de mercado, forças competitivas, imagem institucional, identidade e posiciona-
mento ......................................................................................................................................................................................... 281
2. Segmentação de mercado .......................................................................................................................................................... 283
3. Ações para aumentar o valor percebido pelo cliente ................................................................................................................. 284
4. Gestão da experiência do cliente ................................................................................................................................................ 286
5. Aprendizagem e sustentabilidade organizacional ....................................................................................................................... 287
6. Características dos serviços: intangibilidade, inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade ................................................. 289
7. Gestão da qualidade em serviços ............................................................................................................................................... 290
8. Técnicas de vendas: da pré-abordagem ao pós-vendas .............................................................................................................. 292
9. Noções de marketing digital: geração de leads; técnica de copywriting; gatilhos mentais; Inbound marketing ....................... 295
10. Ética e conduta profissional em vendas ...................................................................................................................................... 300
11. Padrões de qualidade no atendimento aos clientes ................................................................................................................... 301
12. Utilização de canais remotos para vendas. Telemarketing ......................................................................................................... 303
13. Comportamento do consumidor e sua relação com vendas e negociação ................................................................................. 304
14. Política de Relacionamento com o Cliente: Resolução n°. 4.539 de 24 de novembro de 2016 .................................................. 306
15. Resolução CMN nº 4.860, de 23 de outubro de 2020 que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de componente 
organizacional de ouvidoria pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central 
do Brasil ...................................................................................................................................................................................... 308
16. Resolução CMN nº 3.694/2009 e alterações .............................................................................................................................. 311
17. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência): Lei nº 13.146, de 06 de julho de 
2015 ............................................................................................................................................................................................ 313
18. Código de Proteção e Defesa do Consumidor: Lei nº 8.078/1990 (versão atualizada) ............................................................... 331
9
a solução para o seu concurso!
Editora
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. TIPOLO-
GIA TEXTUAL
Definição Geral
Embora correlacionados, esses conceitos se distinguem, pois 
sempre que compreendemos adequadamente um texto e o objetivo 
de sua mensagem, chegamos à interpretação, que nada mais é 
do que as conclusões específicas. Exemplificando, sempre que 
nos é exigida a compreensão de uma questão em uma avaliação, 
a resposta será localizada no próprio no texto, posteriormente, 
ocorre a interpretação, que é a leitura e a conclusão fundamentada 
em nossos conhecimentos prévios. 
Compreensão de Textos 
Resumidamente, a compreensão textual consiste na análise do 
que está explícito no texto, ou seja, na identificação da mensagem. 
É assimilar (uma devida coisa) intelectualmente, fazendo uso 
da capacidade de entender, atinar, perceber, compreender. 
Compreender um texto é apreender de forma objetiva a mensagem 
transmitida por ele. Portanto, a compreensão textual envolve a 
decodificação da mensagem que é feita pelo leitor. Por exemplo, 
ao ouvirmos uma notícia, automaticamente compreendemos 
a mensagem transmitida por ela, assim como o seu propósito 
comunicativo, que é informar o ouvinte sobre um determinado 
evento. 
Interpretação de Textos 
É o entendimento relacionado ao conteúdo, ou melhor, os 
resultados aos quais chegamos por meio da associação das ideias 
e, em razão disso, sobressai ao texto. Resumidamente, interpretar 
é decodificar o sentido de um texto por indução. 
A interpretação de textos compreende a habilidade de se 
chegar a conclusões específicas após a leitura de algum tipo de 
texto, seja ele escrito, oral ou visual. 
Grande parte da bagagem interpretativa do leitor é resultado 
da leitura, integrando um conhecimento que foi sendo assimilado 
ao longo da vida. Dessa forma, a interpretação de texto é subjetiva, 
podendo ser diferente entre leitores. 
Exemplo de compreensão e interpretação de textos
Para compreender melhor a compreensão e interpretação de 
textos, analise a questão abaixo, que aborda os dois conceitos em 
um texto misto (verbale visual):
FGV > SEDUC/PE > Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar 
Especial > 2015
Português > Compreensão e interpretação de textos
A imagem a seguir ilustra uma campanha pela inclusão social.
“A Constituição garante o direito à educação para todos e a 
inclusão surge para garantir esse direito também aos alunos com 
deficiências de toda ordem, permanentes ou temporárias, mais ou 
menos severas.”
A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.
(A) A inclusão social é garantida pela Constituição Federal de 
1988.
(B) As leis que garantem direitos podem ser mais ou menos 
severas.
(C) O direito à educação abrange todas as pessoas, deficientes 
ou não.
(D) Os deficientes temporários ou permanentes devem ser 
incluídos socialmente.
(E) “Educação para todos” inclui também os deficientes.
Comentário da questão:
Em “A” – Errado: o texto é sobre direito à educação, incluindo as 
pessoas com deficiência, ou seja, inclusão de pessoas na sociedade. 
Em “B” – Certo: o complemento “mais ou menos severas” se 
refere à “deficiências de toda ordem”, não às leis. 
Em “C” – Errado: o advérbio “também”, nesse caso, indica a 
inclusão/adição das pessoas portadoras de deficiência ao direito à 
educação, além das que não apresentam essas condições.
Em “D” – Errado: além de mencionar “deficiências de 
toda ordem”, o texto destaca que podem ser “permanentes ou 
temporárias”.
Em “E” – Errado: este é o tema do texto, a inclusão dos 
deficientes. 
Resposta: Letra B. 
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia 
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga 
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
LÍNGUA PORTUGUESA
1010
a solução para o seu concurso!
Editora
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, 
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo 
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um 
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o 
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre 
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito 
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências 
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com 
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos 
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício 
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto: 
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
CACHORROS
Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma 
espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos 
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas 
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que, 
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a 
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros 
podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da 
casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o 
outro e a parceria deu certo.
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele 
falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo 
do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo 
mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
As informações que se relacionam com o tema chamamos de 
subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram, 
ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto 
fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à 
conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães. 
Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi 
capaz de identificar o tema do texto!
Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
-secundarias/
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM 
TEXTOS VARIADOS
Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que 
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou 
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). 
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um 
novo sentido, gerando um efeito de humor.
Exemplo:
Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-
dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a 
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!
Ironia de situação
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o 
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja 
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a 
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da 
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
LÍNGUA PORTUGUESA
11
a solução para o seu concurso!
Editora
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que 
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a 
morte.
Ironia dramática (ou satírica)
A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos 
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que 
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar 
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado 
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé-
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con-
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo 
da narrativa.
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o 
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história 
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao 
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a 
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. 
Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; 
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente 
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em 
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Exemplo:
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
NERO EM QUE SE INSCREVE 
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que 
de fato está escrito, sejadas frases ou das ideias presentes. Inter-
pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha 
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia 
principal. Compreender relações semânticas é uma competência 
imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo 
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na 
apreensão do conteúdo exposto.
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma 
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já 
citadas ou apresentando novos conceitos.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder 
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas 
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer 
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. 
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se 
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos 
específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, 
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes 
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de 
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais 
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, 
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, 
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para 
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. 
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você 
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que 
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. 
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, 
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do 
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O 
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou 
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma 
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novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No 
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
dárias.
 
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente 
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única 
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações 
encaminham-se diretamente para um desfecho.
 
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a 
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O 
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um 
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais 
curto.
 
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que 
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para 
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não 
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos 
como horas ou mesmo minutos.
 
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, 
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de 
imagens. 
 
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a 
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto 
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
vencer o leitor a concordar com ele.
 
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um 
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. 
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas 
de destaque sobre algum assunto de interesse. 
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as 
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando 
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
 
Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo 
de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
berdade para quem recebe a informação.
 
DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
Fato
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência 
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é 
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro. 
Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Interpretação
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos 
quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
sas, previmos suas consequências. 
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível. 
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
ças sejam detectáveis.
Exemplos de interpretação:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha.
Opinião 
A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um 
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação 
que fazemos do fato. 
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação 
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião 
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações 
anteriores:
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão 
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. 
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões 
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
mos expressando nosso julgamento. 
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, 
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando 
analisamos um texto dissertativo.
Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando 
com o sofrimento da filha.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTOE DOS PARÁGRAFOS 
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si 
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do 
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as 
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. 
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento 
e o do leitor.
Parágrafo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é 
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto 
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela-
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre-
sentada na introdução.
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Embora existam diferentes formas de organização de parágra-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís-
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em 
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem 
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz 
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você 
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo 
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria 
prova.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e 
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí-
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até 
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado 
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras 
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma 
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais 
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as 
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe-
ríodo, e o tópico que o antecede. 
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto 
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também 
para a clareza do texto. 
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas 
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, 
sem coerência.
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. 
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento 
mais direto.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias 
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, 
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo 
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa 
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com 
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as 
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo 
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua 
e caem em desuso.
Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua 
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande 
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e 
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é 
mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na 
conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão 
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas 
pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
Linguagem popular e linguagem culta
Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala, 
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja 
presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou 
valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que 
o diálogo é usado para representar a língua falada.
Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase 
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo 
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, 
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular 
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, 
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na 
expressão dos esta dos emocionais etc.
A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que 
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem 
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, 
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, 
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como 
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam 
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam 
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de 
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os 
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode 
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário 
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, 
“mina”, “tipo assim”.
Linguagem vulgar
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco 
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar 
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na 
comida”.
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Linguagem regional
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, 
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Tipos e genêros textuais
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem 
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e 
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma 
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou 
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns 
exemplos e as principais características de cada um deles. 
Tipo textual descritivo
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo 
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma 
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, 
um movimento etc.
Características principais:
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje-
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função 
caracterizadora.
• Há descriçãoobjetiva e subjetiva, normalmente numa enu-
meração.
• A noção temporal é normalmente estática.
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini-
ção.
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.
Exemplo:
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, 
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o 
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e 
comportamentos, nas leis jurídicas.
Características principais:
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro 
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª 
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se 
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde 
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou 
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
perior para formação de oficiais.
Tipo textual expositivo
A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição, 
discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação 
pode ser expositiva ou argumentativa. 
A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
Características principais:
• Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
• O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
mar.
• Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa 
de ponto de vista.
• Apresenta linguagem clara e imparcial.
Exemplo:
O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no 
questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
terminado tema. 
Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Tipo textual dissertativo-argumentativo
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias 
apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, 
clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor 
(leitor ou ouvinte).
Características principais:
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento 
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho 
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, 
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
gestão/solução).
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações 
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente 
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e 
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou 
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
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• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de-
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios.
Exemplo:
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente 
administração política (tese), porque a força governamental certa-
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência 
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os 
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo 
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar 
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o 
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma 
cobrança efetiva (conclusão).
Tipo textual narrativo
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta 
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, 
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo).
Características principais:
• O tempo verbal predominante é o passado.
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his-
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – 
onisciente).
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em 
prosa, não em verso.
Exemplo:
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era 
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. 
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni-
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. 
Nelson S. Oliveira
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur-
reais/4835684 
GÊNEROS TEXTUAIS
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes 
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um 
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem 
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são 
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser-
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela 
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos 
textuais que neles predominam. 
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
Descritivo Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Injuntivo Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Expositivo Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mes-
trado e tese de doutorado
Narrativo Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas
Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
nitos e mudam de acordo com a demanda social. 
ARGUMENTAÇÃO
— Definição 
Argumentação é um recurso expressivo da linguagem 
empregado nas produções textuais que objetivam estimular as 
reflexões críticas e o diálogo, a partir de um grupo de proposições. 
A elaboração de um texto argumentativo requer coerência e 
coesão, ou seja, clareza de ideia e o emprego adequado das 
normas gramaticais. Desse modo, a ação de argumentar promove 
a potencialização das capacidades intelectuais, visto que se pauta 
expressão de ideias e em pontos de vista ordenados e estabelecidoscom base em um tema específico, visando, especialmente, 
persuadir o receptor da mensagem. É importante ressaltar que a 
argumentação compreende, além das produções textuais escritas, 
as propagandas publicitárias, os debates políticos, os discursos 
orais, entre outros. 
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Os tipos de argumentação 
– Argumentação de autoridade: recorre-se a uma 
personalidade conhecida por sua atuação em uma determinada 
área ou a uma renomada instituição de pesquisa para enfatizar os 
conceitos influenciar a opinião do leitor. Por exemplo, recorrer ao 
parecer de um médico infectologista para prevenir as pessoas sobre 
os riscos de contrair o novo corona vírus. 
– Argumentação histórica: recorre-se a acontecimentos e 
marcos da história que remetem ao assunto abordado. Exemplo: 
“A desigualdade social no Brasil nos remete às condutas racistas 
desempenhadas instituições e pela população desde o início do 
século XVI, conhecido como período escravista.” 
– Argumentação de exemplificação: recorre a narrativas do 
cotidiano para chamar a atenção para um problema e, com isso, 
auxiliar na fundamentação de uma opinião a respeito. Exemplo: 
“Os casos de feminicídio e de agressões domésticas sofridas pelas 
mulheres no país são evidenciados pelos sucessivos episódios de 
violência vividos por Maria da Penha no período em que ela esteve 
casada com seu ex-esposo. Esses episódios motivaram a criação de 
uma lei que leva seu nome, e que visa à garantia da segurança das 
mulheres.” 
– Argumentação de comparação: equipara ideias divergentes 
com o propósito de construir uma perspectiva indicando as 
diferenças ou as similaridades entre os conceitos abordados. 
Exemplo: No reino Unido, os desenvolvimentos na educação 
passaram, em duas décadas, por sucessivas políticas destinadas 
ao reconhecimento do professor e à sua formação profissional. No 
Brasil, no entanto, ainda existe um um déficit na formação desses 
profissionais, e o piso nacional ainda é muito insuficiente.” 
– Argumentação por raciocínio lógico: recorre-se à relação 
de causa e efeito, proporcionando uma interpretação voltada 
diretamente para o parecer defendido pelo emissor da mensagem. 
Exemplo: “Promover o aumento das punições no sistema penal 
em diversos países não reduziu os casos de violência nesses locais, 
assim, resultados semelhantes devem ser observados se o sistema 
penal do Brasil aplicar maiores penas e rigor aos transgressores das 
leis.” 
Os gêneros argumentativos
– Texto dissertativo-argumentativo: esse texto apresenta um 
tema, de modo que a argumentação é um recurso fundamental de 
seu desenvolvimento. Por meio da argumentação, o autor defende 
seu ponto de vista e realiza a exposição de seu raciocínio. Resenhas, 
ensaios e artigos são alguns exemplos desse tipo de texto. 
– Resenha crítica: a argumentação também é um recurso 
fundamental desse tipo de texto, além de se caracterizar pelo pelo 
juízo de valor, isto é, se baseia na exposição de ideias com grande 
potencial persuasivo.
– Crônica argumentativa: esse tipo de texto se assemelha aos 
artigos de opinião, e trata de temas e eventos do cotidiano. Ao 
contrário das crônicas cômicas e históricas, a argumentativa recorre 
ao juízo de valor para acordar um dado ponto de vista sempre com 
vistas ao convencimento e à persuasão do leitor. 
– Ensaio: por expor ideias, pensamentos e pontos de vista, 
esse texto caracteriza-se como argumentativo. Recebe esse 
nome exatamente por estar relacionado à ação de ensaiar, isto 
é, demonstrar as proposições argumentativas com flexibilidade e 
despretensão. 
– Texto editorial: dentre os textos jornalísticos, o editorial é 
aquele que faz uso da argumentação, pois se trata de uma produção 
que considera a subjetividade do autor, pela sua natureza crítica e 
opinativa.
– Artigos de opinião: são textos semelhantes aos editoriais, por 
apresentarem a opinião ao autor acerca de assuntos atuais, porém, 
em vez de uma síntese do tema, esses textos são elaborados por 
especialistas, pois seu objetivo é fazer uso da argumentação para 
propagar conhecimento. 
INTERTEXTUALIDADE
— Definições gerais
Intertextualidade é, como o próprio nome sugere, uma relação 
entre textos que se exerce com a menção parcial ou integral de 
elementos textuais (formais e/ou semânticos) que fazem referência 
a uma ou a mais produções pré-existentes; é a inserção em um texto 
de trechos extraídos de outros textos. Esse diálogo entre textos 
não se restringe a textos verbais (livros, poemas, poesias, etc.) e 
envolve, também composições de natureza não verbal (pinturas, 
esculturas, etc.) ou mista (filmes, peças publicitárias, música, 
desenhos animados, novelas, jogos digitais, etc.).
— Intertextualidade Explícita x Implícita 
– Intertextualidade explícita: é a reprodução fiel e integral 
da passagem conveniente, manifestada aberta e diretamente nas 
palavras do autor. Em caso de desconhecimento preciso sobre a 
obra que originou a referência, o autor deve fazer uma prévia da 
existência do excerto em outro texto, deixando a hipertextualidade 
evidente. 
As características da intertextualidade explícita são: 
– Conexão direta com o texto anterior; 
– Obviedade, de fácil identificação por parte do leitor, sem 
necessidade de esforço ou deduções; 
– Não demanda que o leitor tenha conhecimento preliminar 
do conteúdo;
– Os elementos extraídos do outro texto estão claramente 
transcritos e referenciados.
– Intertextualidade explícita direta e indireta: em textos 
acadêmicos, como dissertações e monografias, a intertextualidade 
explícita é recorrente, pois a pesquisa acadêmica consiste 
justamente na contribuição de novas informações aos saberes já 
produzidos. Ela ocorre em forma de citação, que, por sua vez, pode 
ser direta, com a transcrição integral (cópia) da passagem útil, ou 
indireta, que é uma clara exploração das informações, mas sem 
transcrição, re-elaborada e explicada nas palavras do autor. 
– Intertextualidade implícita: esse modo compreende os textos 
que, ao aproveitarem conceitos, dados e informações presentes em 
produções prévias, não fazem a referência clara e não reproduzem 
integralmente em sua estrutura as passagens envolvidas. Em 
outras palavras, faz-se a menção sem revelá-la ou anunciá-la. 
De qualquer forma, para que se compreenda o significado da 
relação estabelecida, é indispensável que o leitor seja capaz de 
reconhecer as marcas intertextuais e, em casos mais específicos, 
ter lido e compreendido o primeiro material. As características da 
intertextualidade implícita são: conexão indireta com o texto fonte; 
o leitor não a reconhece com facilidade; demanda conhecimento 
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prévio do leitor; exigência de análise e deduções por parte do leitor; 
os elementos do texto pré-existente não estão evidentes na nova 
estrutura.
— Tipos de Intertextualidade
1 – Paródia: é o processo de intertextualidade que faz uso da 
crítica ou da ironia, com a finalidade de subverter o sentido original 
do texto. A modificação ocorre apenas no conteúdo, enquanto a 
estrutura permanece inalterada. É muito comum nas músicas, no 
cinema e em espetáculos de humor. Observe o exemplo da primeira 
estrofe do poema “Vou-me embora pra Pasárgada”, de Manuel 
Bandeira:
TEXTO ORIGINAL
“Vou-me embora para Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei?”
PARÓDIA DE MILLÔR FERNANDES
“Que Manoel Bandeira me perdoe, mas vou-me embora de 
Pasárgada
Sou inimigo do Rei
Não tenho nada que eu quero
Não tenho e nunca terei”
2 – Paráfrase: aqui, ocorre a reafirmação sentido do texto 
inicial, porém, a estrutura da nova produção nada tem a ver com 
a primeira. É a reprodução de um texto com as palavras de quem 
escreve o novo texto, isto é, os conceitos do primeiro texto são 
preservados, porém, são relatados de forma diferente. Exemplos: 
observe as frases originais e suas respectivas paráfrases: 
“Deusajuda quem cedo madruga” – A professora ajuda quem 
muito estuda.
“To be or not to be, that is the question” – Tupi or not tupi, that 
is the question.
3 – Alusão: é a referência, em um novo texto, de uma dada 
obra, situação ou personagem já retratados em textos anteriores, 
de forma simples, objetiva e sem quaisquer aprofundamentos. Veja 
o exemplo a seguir: 
“Isso é presente de grego” – alusão à mitologia em que os 
troianos caem em armadilhada armada pelos gregos durante a 
Guerra de Troia.
4 – Citação: trata-se da reescrita literal de um texto, isto é, 
consiste em extrair o trecho útil de um texto e copiá-lo em outro. 
A citação está sempre presente em trabalhos científicos, como 
artigos, dissertações e teses. Para que não configure plágio (uma 
falta grave no meio acadêmico e, inclusive, sujeita a processo 
judicial), a citação exige a indicação do autor original e inserção 
entre aspas. Exemplo: 
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
(Lavoisier, Antoine-Laurent, 1773).
5 – Crossover: com denominação em inglês que significa 
“cruzamento”, esse tipo de intertextualidade tem sido muito 
explorado nas mídias visuais e audiovisuais, como televisão, séries 
e cinema. Basicamente, é a inserção de um personagem próprio de 
um universo fictício em um mundo de ficção diferente. Freddy & 
Jason” é um grande crossover do gênero de horror no cinema.
Exemplo:
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br
6) Epígrafe: é a transição de uma pequena passagem do texto 
de origem na abertura do texto corrente. Em geral, a epígrafe está 
localizada no início da página, à direita e em itálico. Mesmo sendo 
uma passagem “solta”, esse tipo de intertextualidade está sempre 
relacionado ao teor do novo texto.
 Exemplo: 
“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu,
mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre
aquilo que todo mundo vê.”
Arthur Schopenhauser
ORTOGRAFIA OFICIAL
— Definições
Com origem no idioma grego, no qual orto significa “direito”, 
“exato”, e grafia quer dizer “ação de escrever”, ortografia é o nome 
dado ao sistema de regras definido pela gramática normativa que 
indica a escrita correta das palavras. Já a Ortografia Oficial se refere 
às práticas ortográficas que são consideradas oficialmente como 
adequadas no Brasil. Os principais tópicos abordados pela ortografia 
são: o emprego de acentos gráficos que sinalizam vogais tônicas, 
abertas ou fechadas; os processos fonológicos (crase/acento grave); 
os sinais de pontuação elucidativos de funções sintáticas da língua e 
decorrentes dessas funções, entre outros. 
Os acentos: esses sinais modificam o som da letra sobre 
a qual recaem, para que palavras com grafia similar possam 
ter leituras diferentes, e, por conseguinte, tenham significados 
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1818
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distintos. Resumidamente, os acentos são agudo (deixa o som da 
vogal mais aberto), circunflexo (deixa o som fechado), til (que faz 
com que o som fique nasalado) e acento grave (para indicar crase). 
O alfabeto: é a base de qualquer língua. Nele, estão 
estabelecidos os sinais gráficos e os sons representados por cada 
um dos sinais; os sinais, por sua vez, são as vogais e as consoantes. 
As letras K, Y e W: antes consideradas estrangeiras, essas letras 
foram integradas oficialmente ao alfabeto do idioma português 
brasileiro em 2009, com a instauração do Novo Acordo Ortográfico. 
As possibilidades da vogal Y e das consoantes K e W são, basicamente, 
para nomes próprios e abreviaturas, como abaixo: 
– Para grafar símbolos internacionais e abreviações, como Km 
(quilômetro), W (watt) e Kg (quilograma). 
– Para transcrever nomes próprios estrangeiros ou seus 
derivados na língua portuguesa, como Britney, Washington, Nova 
York. 
Relação som X grafia: confira abaixo os casos mais complexos 
do emprego da ortografia correta das palavras e suas principais 
regras: 
«ch” ou “x”?: deve-se empregar o X nos seguintes casos: 
– Em palavras de origem africana ou indígena. Exemplo: oxum, 
abacaxi. 
– Após ditongos. Exemplo: abaixar, faixa. 
– Após a sílaba inicial “en”. Exemplo: enxada, enxergar. 
– Após a sílaba inicial “me”. Exemplo: mexilhão, mexer, 
mexerica. 
s” ou “x”?: utiliza-se o S nos seguintes casos:
– Nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: síntese, avisa, 
verminose. 
– Nos sufixos “ense”, “osa” e “oso”, quando formarem adjetivos. 
Exemplo: amazonense, formosa, jocoso. 
– Nos sufixos “ês” e “esa”, quando designarem origem, título ou 
nacionalidade. Exemplo: marquês/marquesa, holandês/holandesa, 
burguês/burguesa. 
– Nas palavras derivadas de outras cujo radical já apresenta “s”. 
Exemplo: casa – casinha – casarão; análise – analisar. 
Porque, Por que, Porquê ou Por quê? 
– Porque (junto e sem acento): é conjunção explicativa, ou seja, 
indica motivo/razão, podendo substituir o termo pois. Portanto, 
toda vez que essa substituição for possível, não haverá dúvidas de 
que o emprego do porque estará correto. Exemplo: Não choveu, 
porque/pois nada está molhado. 
– Por que (separado e sem acento): esse formato é empregado 
para introduzir uma pergunta ou no lugar de “o motivo pelo qual”, 
para estabelecer uma relação com o termo anterior da oração. 
Exemplos: Por que ela está chorando? / Ele explicou por que do 
cancelamento do show. 
– Porquê (junto e com acento): trata-se de um substantivo e, 
por isso, pode estar acompanhado por artigo, adjetivo, pronome 
ou numeral. Exemplo: Não ficou claro o porquê do cancelamento 
do show. 
– Por quê (separado e com acento): deve ser empregado ao 
fim de frases interrogativas. Exemplo: Ela foi embora novamente. 
Por quê? 
Parônimos e homônimos 
– Parônimos: são palavras que se assemelham na grafia e na 
pronúncia, mas se divergem no significado. Exemplos: absolver 
(perdoar) e absorver (aspirar); aprender (tomar conhecimento) e 
apreender (capturar). 
– Homônimos: são palavras com significados diferentes, mas 
que divergem na pronúncia. Exemplos: “gosto” (substantivo) e 
“gosto” (verbo gostar) / “este” (ponto cardeal) e “este” (pronome 
demonstrativo).
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
— Definição
A acentuação gráfica consiste no emprego do acento nas 
palavras grafadas com a finalidade de estabelecer, com base nas 
regras da língua, a intensidade e/ou a sonoridade das palavras. 
Isso quer dizer que os acentos gráficos servem para indicar a sílaba 
tônica de uma palavra ou a pronúncia de uma vogal. De acordo com 
as regras gramaticais vigentes, são quatro os acentos existentes na 
língua portuguesa:
– Acento agudo: Indica que a sílaba tônica da palavra tem som 
aberto. Ex.: área, relógio, pássaro.
– Acento circunflexo: Empregado acima das vogais “a” e” e 
“o”para indicar sílaba tônica em vogal fechada. Ex.: acadêmico, 
âncora, avô. 
– Acento grave/crase: Indica a junção da preposição “a” com 
o artigo “a”. Ex: “Chegamos à casa”. Esse acento não indica sílaba 
tônica!
– Til: Sobre as vogais “a” e “o”, indica que a vogal de 
determinada palavra tem som nasal, e nem sempre recai sobre a 
sílaba tônica. Exemplo: a palavra órfã tem um acento agudo, que 
indica que a sílaba forte é “o” (ou seja, é acento tônico), e um til 
(˜), que indica que a pronúncia da vogal “a” é nasal, não oral. Outro 
exemplo semelhante é a palavra bênção. 
— Monossílabas Tônicas e Átonas
Mesmo as palavras com apenas uma sílaba podem sofrer 
alteração de intensidade de voz na sua pronúncia. Exemplo: observe 
o substantivo masculino “dó” e a preposição “do” (contração 
da preposição “de” + artigo “o”). Ao comparar esses termos, 
percebermos que o primeiro soa mais forte que o segundo, ou seja, 
temos uma monossílaba tônica e uma átona, respectivamente. 
Diante de palavras monossílabas, a dica para identificar se é tônica 
(forte) ou fraca átona (fraca) é pronunciá-las em uma frase, como 
abaixo:
“Sinto grande dó ao vê-la sofrer.”
“Finalmente encontrei a chave do carro.”
Recebem acento gráfico: 
– As monossílabas tônicas terminadas em: -a(s) → pá(s), má(s);-e(s) → pé(s), vê(s); -o(s) → só(s), pôs. 
– As monossílabas tônicas formados por ditongos abertos -éis, 
-éu, -ói. Ex: réis, véu, dói. 
Não recebem acento gráfico:
– As monossílabas tônicas: par, nus, vez, tu, noz, quis. 
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– As formas verbais monossilábicas terminadas em “-ê”, nas 
quais a 3a pessoa do plural termina em “-eem”. Antes do novo 
acordo ortográfico, esses verbos era acentuados. Ex.: Ele lê → Eles 
lêem leem.
Exceção! O mesmo não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, já que a terceira pessoa termina em “-êm”. 
Nesses caso, a acentuação permanece acentuada. Ex.: Ele tem → 
Eles têm; Ele vem → Eles vêm. 
Acentuação das palavras Oxítonas 
As palavras cuja última sílaba é tônica devem ser acentuadas 
as oxítonas com sílaba tônica terminada em vogal tônica -a, -e e 
-o, sucedidas ou não por -s. Ex.: aliás, após, crachá, mocotó, pajé, 
vocês. Logo, não se acentuam as oxítonas terminadas em “-i” e “-u”. 
Ex.: caqui, urubu. 
Acentuação das palavras Paroxítonas
São classificadas dessa forma as palavras cuja penúltima 
sílaba é tônica. De acordo com a regra geral, não se acentuam as 
palavras paroxítonas, a não ser nos casos específicos relacionados 
abaixo. Observe as exceções: 
– Terminadas em -ei e -eis. Ex.: amásseis, cantásseis, fizésseis, 
hóquei, jóquei, pônei, saudáveis. 
– Terminadas em -r, -l, -n, -x e -ps. Ex.: bíceps, caráter, córtex, 
esfíncter, fórceps, fóssil, líquen, lúmen, réptil, tórax. 
– Terminadas em -i e -is. Ex.: beribéri, bílis, biquíni, cáqui, cútis, 
grátis, júri, lápis, oásis, táxi. 
– Terminadas em -us. Ex.: bônus, húmus, ônus, Vênus, vírus, 
tônus. 
– Terminadas em -om e -ons. Ex.: elétrons, nêutrons, prótons. 
– Terminadas em -um e -uns. Ex.: álbum, álbuns, fórum, fóruns, 
quórum, quóruns. 
– Terminadas em -ã e -ão. Ex.: bênção, bênçãos, ímã, ímãs, 
órfã, órfãs, órgão, órgãos, sótão, sótãos. 
Acentuação das palavras Proparoxítonas
Classificam-se assim as palavras cuja antepenúltima sílaba é 
tônica, e todas recebem acento, sem exceções. Ex.: ácaro, árvore, 
bárbaro, cálida, exército, fétido, lâmpada, líquido, médico, pássaro, 
tática, trânsito. 
Ditongos e Hiatos 
Acentuam-se: 
– Oxítonas com sílaba tônica terminada em abertos “_éu”, 
“_éi” ou “_ói”, sucedidos ou não por “_s”. Ex.: anéis, fiéis, herói, 
mausoléu, sóis, véus. 
– As letras “_i” e “_u” quando forem a segunda vogal tônica de 
um hiato e estejam isoladas ou sucedidas por “_s” na sílaba. Ex.: caí 
(ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú). 
Não se acentuam: 
– A letra “_i”, sempre que for sucedida por de “_nh”. Ex.: 
moinho, rainha, bainha. 
– As letras “_i” e o “_u” sempre que aparecerem repetidas. Ex.: 
juuna, xiita. xiita. 
– Hiatos compostos por “_ee” e “_oo”. Ex.: creem, deem, leem, 
enjoo, magoo. 
O Novo Acordo Ortográfico 
Confira as regras que levaram algumas palavras a perderem 
acentuação em razão do Acordo Ortográfico de 1990, que entrou 
em vigor em 2009:
1 – Vogal tônica fechada -o de -oo em paroxítonas. 
Exemplos: enjôo – enjoo; magôo – magoo; perdôo – perdoo; 
vôo – voo; zôo – zoo. 
2 – Ditongos abertos -oi e -ei em palavras paroxítonas. 
Exemplos: alcalóide – alcaloide; andróide – androide; alcalóide 
– alcaloide; assembléia – assembleia; asteróide – asteroide; 
européia – europeia.
3 – Vogais -i e -u precedidas de ditongo em paroxítonas. 
Exemplos: feiúra – feiura; maoísta – maoista; taoísmo – 
taoismo. 
4 – Palavras paroxítonas cuja terminação é -em, e que 
possuem -e tônico em hiato. 
Isso ocorre com a 3a pessoa do plural do presente do indicativo 
ou do subjuntivo. Exemplos: deem; lêem – leem; relêem – releem; 
revêem.
5 – Palavras com trema: somente para palavras da língua 
portuguesa. Exemplos: bilíngüe – bilíngue; enxágüe – enxágue; 
linguïça – linguiça.
6 – Paroxítonas homógrafas: são palavras que têm a mesma 
grafia, mas apresentam significados diferentes. Exemplo: o verbo 
PARAR: pára – para. Antes do Acordo Ortográfico, a flexão do verbo 
“parar” era acentuada para que fosse diferenciada da preposição 
“para”.
Atualmente, nenhuma delas recebe acentuação. Assim: 
Antes: Ela sempre pára para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
Hoje: Ela sempre para para ver a banda passar. [verbo / 
preposição]
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS
— Definição
Classes gramaticais são grupos de palavras que organizam 
o estudo da gramática. Isto é, cada palavra existente na língua 
portuguesa condiz com uma classe gramatical, na qual ela é inserida 
em razão de sua função. Confira abaixo as diversas funcionalidades 
de cada classe gramatical. 
— Artigo 
É a classe gramatical que, em geral, precede um substantivo, 
podendo flexionar em número e em gênero. 
A classificação dos artigos 
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2020
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Artigos definidos: servem para especificar um substantivo ou para referirem-se a um ser específico por já ter sido mencionado ou por 
ser conhecido mutuamente pelos interlocutores. Eles podem flexionar em número (singular e plural) e gênero (masculino e feminino).
Artigos indefinidos: indicam uma generalização ou a ocorrência inicial do representante de uma dada espécie, cujo conhecimento não 
é compartilhado entre os interlocutores, por se tratar da primeira vez em que aparece no discurso. Podem variar em número e gênero.
Observe:
NÚMERO/GÊNERO MASCULINO FEMININO EXEMPLOS
Singular Um Uma Preciso de um pedreiro.Vi uma moça em frente à casa.
Plural Umas Umas Localizei uns documentos antigos.Joguei fora umas coisas velhas.
Outras funções do artigo 
Substantivação: é o nome que se dá ao fenômeno de transformação de adjetivos e verbos em substantivos a partir do emprego do 
artigo. Observe: 
– Em “O caminhar dela é muito elegante.”, “caminhar”, que teria valor de verbo, passou a ser o substantivo do enunciado. 
Indicação de posse: antes de palavras que atribuem parentesco ou de partes do corpo, o artigo definido pode exprimir relação de 
posse. Por exemplo: 
“No momento em que ela chegou, o marido já a esperava.”
Na frase, o artigo definido “a” esclarece que se trata do marido do sujeito “ela”, omitindo o pronome possessivo dela.
Expressão de valor aproximado: devido à sua natureza de generalização, o artigo indefinido inserido antes de numeral indica valor 
aproximado. Mais presente na linguagem coloquial, esse emprego dos artigos indefinidos representa expressões como “por volta de” e 
“aproximadamente. Observe: 
“Faz em média uns dez anos que a vi pela última vez.” 
“Acrescente aproximadamente umas três ou quatro gotas de baunilha.” 
Contração de artigos com preposições
Os artigos podem fazer junção a algumas preposições, criando uma única palavra contraída. A tabela abaixo ilustra como esse processo 
ocorre: 
PREPOSIÇÃO
de em a p e r /
por
artigos
definidos
masculi-
no
singular o do no ao pelo
plural os dos nos aos pelos
feminino singular a da na à pela
plural as das nas às pelas
ARTIGOS
 INDEFINIDOS
masculi-
no
singular um dum num
plural uns duns nuns
feminino singular uma duma numa
plural umas dumas n u -
mas
— Substantivo
Essa classe atribui nome aos seres em geral (pessoas, animais, qualidades, sentimentos, seres mitológicos e espirituais). Os substantivos 
se subdividem em: 
Próprios ou Comuns: são próprios os substantivos que nomeiam algo específico, como nomes de pessoas (Pedro, Paula) ou lugares 
(São Paulo, Brasil). São comuns os que nomeiam algo na sua generalidade (garoto, caneta, cachorro). 
Primitivos ou derivados: se não for formado por outra palavra, é substantivo primitivo (carro, planeta); se formado por outra palavra, 
é substantivo derivado (carruagem, planetário). 
Concretos ou abstratos: os substantivos que nomeiam seres reais ou imaginativos, são concretos (cavalo, unicórnio); os que nomeiam 
sentimentos, qualidades, ações ou estados são abstratos. 
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Substantivos coletivos: são os que nomeiam os seres 
pertencentes

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