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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE 
SALVADOR/BA. 
 
 
 
 
 
Processo nº 
 
 
 
 
 
Tudo Limpo LTDA, já qualificada nos autos da reclamação trabalhista 
que lhe promove Paulo, vem por seu procurador, inconformada com a r. sentença de folhas 
____, interpor: 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
Pelas razões em anexo que seguem esperando seu processamento e remessa a superior 
instância. 
 
Oportuno informar que foram recolhidas as custas e o depósito 
recursal. 
 
 
 
 
 
 
Local e data 
 
 
Nome do Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO 
 
Processo nº 
RECORRENTE: Tudo Limpo LTDA 
RECORRIDO: AERODUTO 
RECORRIDO: PAULO 
 
 
 
 
Colenda Câmara, 
 
 
Trata-se de recurso ordinário contra sentença de fls. ___. Que julgou 
procedente o pedido de condenação ao pagamento de adicional de insalubridade em grau 
máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago 
após a virada do mês. 
 
 
DA PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA 
 
É veraz o esforço do reclamante, ora, recorrido, em fazer crer que 
possui interesse de agir para propor presente ação em face da recorrente, bem como, o direito 
de requerer adicional de insalubridade e correção monetária, não obstante, sua pretensão 
não é digna de prosperar, vejamos: 
Na inicial Paulo requereu adicional de insalubridade por conta do 
local de trabalho ter muito barulho. Ao proferir sentença, o MM Juiz, por entender que as 
provas testemunhal e pericial comprovariam que o EPI eliminava a insalubridade, indeferiu o 
pedido da recorrente. Pois bem, a perícia e as testemunhas são peças fundamentais para o 
desenrolar do processo. É de suma importância a prova testemunhal e pericial para que se 
prove a boa índole da recorrente, pois, esta restou prejudicada, uma vez que tem a devida 
prova dos fatos, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive 
em Paulo, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o 
contrato, além dos recibos do recorrido de fornecimento de EPI para audição. 
Nota-se que é necessária a oitiva de testemunhas para comprovação 
dos fatos, afligindo os princípios da Constituição Federal, especialmente da ampla defesa e 
contraditório, conforme art. 5º, LV. A cerca disso, vejamos o entendimento da doutrina ao 
aludir que Às alegações, argumentos e provas trazidas pelo autor é necessário que 
corresponda a uma igual possibilidade de geração de tais elementos por parte do réu 
 
“deve-se entender o asseguramento que é feito ao 
réu de condições que lhe possibilitem trazer para o processo todos os 
elementos tendentes a esclarecer a verdade. (...) A ampla defesa só estará 
plenamente assegurada quando uma verdade tiver iguais possibilidades de 
convencimento do magistrado, quer seja alegado pelo autor, quer pelo réu. Às 
alegações, argumentos e provas trazidas pelo autor é necessário que 
corresponda uma igual possibilidade de geração de tais elementos por parte 
do réu”. (BASTOS, Celso Ribeiro, 1938 – Curso de Direito Constitucional, 22ª Ed. 
atual. São Paulo: Saraiva, 2001, p. 234) 
 
Nesta toada, a jurisprudência visa a nulidade da sentença e a 
reabertura da instrução, notemos. 
 
INDEFERIMENTO DA OITIVA DA PARTE CONTRÁRIA. CERCEAMENTO DO 
DIREITO DE DEFESA CONFIGURADO. NULIDADE DA SENTENÇA. Constatada 
violação à garantia constitucional da ampla defesa (CF88, art. 5º, inc. LV), 
impõe-se a anulação da sentença e reabertura da instrução. 
(TRT-1 - RO: 00007092220125010241 RJ , Relator: Dalva Amelia de Oliveira, 
Data de Julgamento: 25/03/2014, Oitava Turma, Data de Publicação: 
16/04/2014) 
 
É indispensável a anulação da respeitável para que se afaste o 
cerceamento de defesa que foi imposto à recorrente, havendo que ser a mesma reconhecida, 
com fulcro no disposto pelos arts. 794 e seguintes da CLT. 
 
DA INEXISTÊNCIA DA REVELIA 
 
No que tange a este tópico, apesar de favorecer a 1ª ré, faz-se 
necessário citar o fundamento do juiz a quo ao proceder a revelia e confissão da primeira 
reclamada por não estar representada regularmente. Durante a sentença o magistrado não se 
ateve à Súmula 377 do TST, que alude: “Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, 
ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do 
reclamado.”. 
Destarte, ao se tratar de microempresa não há obrigação de o 
preposto ser empregado da mesma, a Lei Complementar 123/2006 (Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte). Em seu artigo 54, faculta ao empregador de 
microempresa ou de empresa de pequeno porte “fazer-se substituir ou representar perante a 
Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo 
trabalhista ou societário”. 
Logo, a presença do contador da empresa não é impedida durante a 
audiência trabalhista, visto que, o artigo 843, § 1º, aduz a faculdade de o empregador fazer-
se substituir por qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato. À luz da 
jurisprudência há notoriamente casos análogos a este. 
 
PREPOSTO CONTADOR NÃO EMPREGADO - REVELIA - CONFISSÃO. Tendo a 
reclamada enviada à audiência preposto (contador) que não era seu 
empregado. APLICABILIDADE DA SÚMULA 377 DO TST. 
(TRT-7 - RO: 899004220055070003 CE 0089900-8990055070003, Relator: 
LAIS MARIA ROSSAS FREIRE Data de Julgamento: 11/01/2014, PLENO DO 
TRIBUNAL, Data de Publicação: 06/02/2014 DOJT 7ª Região) 
 
DA NECESSIDADE EM REALIZAR PERÍCIA PARA IDENTIFICAR O GRAU DE INSALUBRIDADE 
 
O juiz a quo, condenou a recorrente subsidiariamente em todos os 
pedidos de Paulo, vez que, a decisão fora proferida afastando o contexto fático da demanda. 
A Aeroduto, durante todo o contrato, este ainda vigente, fiscalizou na íntegra o cumprimento 
integral de tal, a todos os termos contratuais. Por se tratar de empresa pública, não há que se 
falar em responsabilidade subsidiária. 
Nesta acepção, o artigo 71, § 1º da Lei 8.666/93, aduz sobre a 
impossibilidade da administração pública na inadimplência em contratos trabalhistas. 
Dispondo disto, a Súmula 331, V do TST, entende a responsabilidade da entidade pública 
somente quando restar-se comprovada a falta de fiscalização no cumprimento das obrigações 
da lei nº 8.666/93, e nas responsabilidades oriundas do contrato firmado com empresa 
prestadora de serviço. 
Art. 71, § 1º. A inadimplência do contratado, com referência aos 
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a 
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a 
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
Destarte, a reforma da sentença faz-se outra vez necessária ao caso, 
para que se obtenha a exclusão da responsabilidade subsidiária da recorrente. 
 
DA INEXISTÊNCIA DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
 
Dispõe de entendimento da Súmula 80 do TST: 
 
INSALUBRIDADE. A eliminação da insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder 
Executivo exclui a percepção do respectivo adicional. 
Durante todo o contrato, Paulo obteve os devidos EPI’s, de acordo 
com os recibos assinados por ele, se o mesmo não fez uso do material, fora por culpa do 
mesmo. 
Diante da Súmula acima, se o fornecimento de EPI’s for correto, 
exclui o pagamento do adicional. 
Por conseguinte, o MM. Juiz a quo fixou o grau máximo em 
periculosidade sem ter realizado perícia no local de trabalho, não examinando o disposto 
naCLT, no que tange a existência de laudo técnico elaborado por perito oficial previamente 
habilitado. Assim, expressa o artigo 192, § 2º da CLT. 
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da 
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a 
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do 
Trabalho. 
[...] 
§ 2º - Arguida em juízo insalubridadeou periculosidade, seja por 
empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito 
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente 
do Ministério do Trabalho. 
Ante o exposto, requer que seja reformada a sentença para reverter 
a condenação ao pagamento do adicional, uma vez que este não é devido. 
 
DA INEXISTÊNCIA DE INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
A pedido do reclamante, ora, recorrido, na exordial requereu a 
incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, dado momento, na época, de 
inflação galopante. No entanto, ao sair da empresa, recebeu as verbas rescisórias e sempre 
recebia seu salário até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, em conformidade 
com o art. 459, § 1º da CLT, até esta data o empregador está autorizado a efetuar pagamentos 
de salário sem incorrer em correção monetária. 
Logo, a incidência de correção monetária não deverá ser aplicada, 
diante o entendimento da Súmula 381 do TST: 
 
CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT. 
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido não 
está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá 
o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos 
serviços, a partir do dia 1º. 
Assim entendem os Tribunais em suas Jurisprudências, ao julgar caso 
concreto símil a este, vejamos: 
 
CORREÇÃO MONETÁRIA. APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 381 DO TST. A correção 
monetária deve incidir a partir do mês subsequente ao da prestação do 
serviço, consoante Súmula nº 381 do TST, de acordo com a tabela unificada 
da Justiça do Trabalho, como fator de atualização. [...] 
(TRT-11 00074220150061100, Relator: Francisca Rita Alencar Albuquerque. 
Data de Publicação: 10/02/2016). 
Com respaldo na Súmula 381 do TST e jurisprudência, fica evidente 
que os pagamentos estão de acordo com os entendimentos supracitados. Portanto, requer a 
reforma da sentença para reversão da condenação. 
 
V – DOS PEDIDOS 
 
Antes o exposto, requer-se: 
 
a) Que o presente recurso ordinário seja conhecido e totalmente 
provido; 
b) Que seja anulada a sentença, tendo em vista o cerceamento de 
defesa, para que seja realizada perícia no local de trabalho, concluindo acerca da existência 
da periculosidade; 
c) Seja reformada a sentença de primeiro grau com todos os itens 
apontados no mérito; 
d) Seja o advogado da parte recorrida intimado; 
e) Seja o recorrido condenado ao pagamento dos honorários; 
 
 
 
 
Neste Termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Nome do Advogado 
OAB/UF

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