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Febre A elevação da temperatura favorece a: • Ativação do complemento; • Proliferação linfocitária; • Ação fagocítica; • Síntese de proteínas, como anticorpos e citocinas. • OBS: De manhã cedo 37.2 é febre, em qualquer outro horário é 37.8 Febre: • Há ativação do hipotálamo; • O antígeno induz a formação de interleucinas que vão ao núcleo pré-optico e produzem prostaglandinas E2, que acaba ajustando o setpoint de temperatura do hipotálamo, gerando a febre (resposta imune inata). • Há geração de calafrio, aumento do metabolismo, conservação de calor (vasoconstrição) e sudorese para dissipar o calor. • Deve ser tratada com o indivíduo sintomático. Hipertermia: • Não há ativação do hipotálamo; • Tem a produção descontrolada ou distúrbio da dissipação do calor. • OBS: É raro hipertermia fisiológica muito alta, pode desconfiar sempre de uma medicação, principalmente psiquiátrica. • Esfriar o paciente. • IAM, • Embolia pulmonar, • Trombose venosa, • Pancreatite aguda, • Atelectasia, • Febre por drogas (principalmente por antibióticos - ex: isoniazida, fenitoína…) • Síndromes de abstinência, • Hipertireoidismo, • Hipertermia por doenças do SNC, • Insuficiência adrenal. Febre x Hipertermia Causas não-infecciosas de febre: Febre de origem indeterminada: Clássica: • HIV; • Câncer; • Doenças autoimune; • Drogas; Febre na uti: • Eventos tromboembólicos, infecções, drogas; Associado a imunodeficiência: • Pacientes transplantados; • Com neutropenia; • Pacientes com AIDS. Associado a VIAGEM: • Malária; • Leptospirose. Exame importante: • Hemograma, • VHS, • Contagem de leucócitos e plaquetas, • PCR, • Procalcitonina, • Trem-1, • Microscopia de secreções e fluídos, • Cultura de secreções e fluidos, • Hemocultura. Biomarcadores: • Os marcadores biológicos podem ser medidos e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica de um organismo ou uma resposta a um agente farmacológico. • São eles: ➥ Proteína C reativa; ➥ Procalcitonina, ➥ Trem-1, ➥ IL-6, IL-10, TNFalfa, ➥ CD64, etc. • Biomarcadores para infecções fúngicas: PCR DNA candida, Beta D-glucan, etc. Devemos tratar a febre? • Tratar só se tiver desconforto ao paciente, pois a febre pode ser “boa. Porém febre muito elevada pode levar a convulsões, etc. Então, cada caso é um caso. • Caso de hipertermia, devo tratar com resfriamento até 39ºC. Fisiopatologia: • Termorregulação pelo hipotálamo ➜ ativação de células que produzem pirógenos (macrófagos e linfócitos) ➜ pirógenos endógenos (IL-1, TNF-alfa e IL-6), consideradas as citocinas pró-inflamatórias importantes por levar ao quadro febril ➜ pirógenos exógenos (LPS e exotoxinas) ➜ resposta através de vasoconstrição periférica e calafrios. Imunidade inata e adquirida: • Individuo nasce com ela, promove resposta rápida a um número grande, mas limitado de estímulos, sem especificidade, sendo a primeira linha de defesa do organismo. • Suas ações se resumem em fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios, ativação do sistema complemento, síntese de citocinas e quimiocinas. • PAMPs ativam receptores de reconhecimentos de patógenos (RRP) para que ocorra a fagocitose (Toll Like é um dos principais RRP, presente em macrófagos, neutrófilos, células dendríticas, NK) - ativação de fator nuclear - indução de citocinas inflamatórias e INF-a. • As APCs são uma ponte entre a imunidade inata e a adquirida, os antígenos são processados dentro das células, apresentados em sua superfície e inseridos em moléculas de MHC, que apresentarão aos linfócitos T. ➥ MHC I: TCD8 (citotóxicas) ➥ MHC II: TCD4 (auxiliares) Isabelle Isis de Mello Assis HIV - AIDS Vírus da imunodeficiência humana • Agente etiológico: HIV-1 (Brasil) e HIV-2 (África). • Seu envoltório é lipoproteico (envelope) e tem a mesma composição da membrana plasmática celular). • AIDS caracteriza-se quando o paciente apresenta infecções que não ocorreriam sem a presença do HIV. • Inicialmente o vírus infectava macacos, mas a população acabou se alimentando deles, e por fim, começou a infectar os humanos; • Transmissão horizontal ➜ sexo; • Transmissão vertical ➜ materno; • Compartilhar seringas e agulhas: 0,6% • Acidentes perfurocortante: 0,33% • Populações chaves: trabalhadores de sexo, usuários de droga, gays. • Fatores que reduzem o risco: circuncisão, terapia antirretroviral, uso de camisinha e imunidade natural. • Primeiro o HIV entra, ➜ a imunidade adaptativa funciona da forma que APCs reconhece, PAMPs, ➜ caem na corrente linfática e apresentam ao linfócito TCD4 (helper) via MHC II, que será responsável por ativar as células B imaturas, que se ativarão, diferenciarão em plasmócitos e darão origem aos anticorpos. • O vírus HIV age principalmente nos linfócitos TCD4 (células que possuem marcador CD4+) da forma que não permite geração de anticorpos contra ele. O ciclo replicativo consiste na fase precoce + fase tardia. Fase precoce: • O vírus se liga às células CD4+ através da proteína de superfície gp120. ➜ Essa ligação do CD4 permite que a gp120 se ligue a correceptores (CCR5 ou CXR4). ➜ Após a ligação da gp120, a glicoproteína gp41 é incorporada na membrana celular e haja a fusão entre a membrana viral e do hospedeiro, produzindo poros. ➜ Após a fusão inicia-se a transcrição reversa, ➜ formando o cDNA, que será transportado para dentro do núcleo onde será integrado pela enzima integrase ao genoma do hospedeiro. Fase tardia: • Há expressão regulada do genoma proviral ➜ + processamento das proteínas virais ➜ e montagem do novo vírion. Ciclo do HIV: adesão, fusão, transcriptase reversa, replicação e integração. Transmissão Patogenia Perfil imunopatogênico dos portadores do vírus • Assintomáticos: grau leve, • Geneticamente imunes: ex: pessoa sem o receptor de ligação do HIV, • Supercontroladores: controladores virêmicos, eles têm o vírus, transmitem, mas não progridem, • Sintomáticos. Eclipse: • Período em que o vírus infectou, mais ainda não alcançou a corrente sanguínea Infecção primária: • Presença do vírus no sangue, havendo pico de cópias de RNA conforme o número de linfócitos caem. Período de latência: • Período em que ele está passando para a corrente sanguínea e está infectando os tecidos linfoides, onde não há sintomas. Sintomas • Febre, Hash cutâneo, perda ponderal, pode ter diarreia e mialgia… Gravidade • > 500 ➜ leve, pessoa assintomática; • 500-200 ➜ moderada, pessoa assintomática - período de latência. • < 200 ➜ grave Abordagem diagnóstica e terapêutica • A tipagem linfocitária é o exame mais importante para avaliar o grau de imunodeficiência na doença ativa. Sinais de imunodeficiência moderada: • Perda de peso inexplicada; • Diarreia crônica por mais de 1 mês; • Febre persistente inexplicada por mais de 1 mês; • Candidase oral persistente; • Candidiase vulvovaginal; • Leucoplasia pilosa oral; • Infecções bacterianas graves (pneumonia, empiema…); • Anemia inexplicada; • Herpes zoster. Sinais de imunodeficiência grave: • Candidíase de esôfago; • Candidíase de traqueia, brônquios ou pulmão; • Pneumonia por Pneumocystis jroveci; • Citomegalovirose em qualquer outro local que não seja fígado, baço ou linfonodos; • Criptococose extrapulmonar; • Neurotoxoplasmose. Manifestações pulmonares: • Infecções oportunistas e neoplasias; • Ex: paciente pode estar hipoxêmico e com infiltrado intersticial no radiografia, com uma perda ponderal, com dispneia. • RX e TC são muito comumente usado. Manifestações neurológicas: • Pode apresentar toxoplasmose cerebral; • O vírus pode agredir diretamente o sistema nervoso central, doendo ter também encefalopatia pela ação do vírus, tendo a tríade clássica: déficit cognitivo, depressão e incapacidade motora progressiva (nunca esperar os 3 juntos) • Acrescentar confusão mental, mudança repentina de humor, etc. Manifestações cutâneas: • Pele ressecada; • Herpes genitais; • Sarcoma de kaposi. Manifestações atribuídas ao próprio vírus: • Nefropatia; • Neurológicas; • Cardiomiopatia. Diagnóstico da infecção • Triagem: teste rápido,se deu positivo mesmo assintomático, fazer o Western blot; • Diagnóstico: Western blot (confirmatório), teste de laboratório para pesquisa do vírus (RNA), anticorpos, linfócitos CD4+; • Monitoramento. Marcadores de infecção • Na fase de ECLIPSE, não temos marcadores • ELISA de 4ª geração: diagnóstico pela glicoproteína do vírus e por anticorpos • ELISA de 1ª e 2ª geração: identifica anticorpos IgG • ELISA de 3ª geração: identifica IgG e IgM • Teste confirmatório: WESTERN BLOT • O ELISA de 4ª geração consegue fazer diagnóstico em 15-20 dias e o Western blot 45-60 dias de infeção. Quando se tem o diagnóstico, fazer: • Tipagem linfocitária: nível de imunodeficiência; • Carga viral: na fase onde não tem anticorpo e para saber quantas copias tem no sangue - porque em 6 meses ele não pode ter mais virus; • Genotipagem: não é barato, para ver se o vírus é resistente ou não ao tratamento que está sendo proposto. Isabelle Isis de Mello Assis • Quando solicitar a carga viral? ➥ Suspeita de exposição recente ou síndrome retroviral aguda. (Teste rápido ou sorologia dão negativo); ➥ Diagnóstico de AIDS confirmado; ➥ Antes de começar a terapia antirretroviral; ➥ Monitoramento de resposta terapêutica; ➥ Mudança no status clínico ou imunológico. • Pesquisa de carga viral: PCR, branched DNA (bDNA) e NASBA. • Romper o elo de transmissão; • Tratamento do complexo sintomático; • Neutralização do vírus; • Vacinação ➜ ainda não há vacinação, apenas neutralização do vírus. Combate ao vírus • O vírus pode ser combatido desde o inicio ate a chegada ao nível nuclear; • Os principais medicamentos são: inibidores da transcriptase reversa (Lamivudina, Tenofovir, Abacavir) e os inibidores da integrasse viral (dolutegravir e raltegravir). • Usa-se também, mas não é primeira linha, os inibidores de proteases (atazanavir, darunavir, lopinavir, ritonavir) • O Tenovir não se deve usar em pacientes renais • O Abacavir é o menos tóxico • FALHA VIROLOGICA: mesmo com o tratamento adequado, não reduz a carga viral do paciente. Deve-se entrar com esquema secundário. Terapia antirretroviral Isabelle Isis de Mello Assis Herpes vírus Conceito • Os herpesvírus infectam provavelmente todas as espécies animais. • Herpesvírus são causa importante de doenças virais em humanos. • Após a meia idade a maioria das pessoas é soropositiva para a maioria deles. • Período de incubação: 10- 21 dias; • Período prodrômico: 3- 5 dias; • Períodoexantemático: lesões emestágios diferentes, crosta, ulcera, bolha, pápula, vesícula, eritema, mácula, erupção cutânea centripeta generalizada; • Período de resolução das lesões. Classificação Varicela Fase clínica: Complicaçõe: • Infecção Cutânea por Bactérias; • Pneumonia; • Síndrome de Reye - associação com o uso de AAS; • Meningite Asséptica; • Mielite Transversa; • Síndrome de Guillain-Barré; • Purpura fulminans; • Varicela Bolhosa ou Hemorrágica; • Fasciite Necrotizante. Formas especiais: • Varicela Congênita (embriopatia da varicela): baixo peso, cicatrizes cutâneas, hipoplasia ou ausência de membros, microcefalia, hidrancefalia, coriorretinite, catarata, etc. • Varicela Perinatal: forma grave neonatal. • Varicela em Imunodeprimidos (leucemias, linfomas, etc.): formas severas com alto risco de envolvimento visceral. • Diagnóstico diferencial: Escabiose, Urticária Papilar, Dermatite Herpetiforme, Herpes Simples Generalizado, Riquetisiose, e picada de insetos (estrófulos). Diagnóstico: • Diagnóstico Clínico-Epidemiológico. • Método de Tzanck • Método Sorológico: ELISA • Método Virológico: Inoculação de Líquido Vesicular em Cultura de Tecidos • Método de Biologia Molecular: PCR Latência e reativação: • O virus fica latente nos ganglios axionais. Quando passa-se por períodos de stress, exposição a raios UV, corticosteroides e imunossupressão, pode-se ter a reativação da atividade do vírus, causando a Herpes-zoster. Herpes zoster • Frequente o acometimento em idosos e imunodeprimidos. • Fase Prodrômica: parestesias e febre. • Período de Estado: dor superficial localizada no dermátomo comprometido. • Erupções localizadas eritemato-papulosas que evoluem para vesico-papulosas e pápulo-pustulosas. Complicações: • Paralisia de bell, que não é exclusiva de um agente infeccioso; • Meningite asséptica; • Superinfecção bacteriana; • Envolvimento do olho; • Neuropatia motora, etc. Outros tipos: • Herpes zoster gestacional e oftálmico. Tratamento: • Antipiréticos ➜ paracetamol • Antivirais: ➥ Aciclovir: 5 a 10mg/kg IV de 8/8h ou 20mg/kg/dia VO até o máximo de 800mg (crianças) ou 1.200 a 1.500mg (adultos) ➥ Fanciclovir: 500mg VO 8/8h ➥ Valaciclovir: 1.000mg VO 8/8h - Duração: 7 a 10 dias • Cuidados Tópicos, Higiene e Corte de Unhas • Analgesia Neuralgia pós herpética (complicação da zoster) • Presença de dor por mais de um mês após a interrupção do zoster. • Precipitada por movimentos ou estímulos térmicos. • Tratamento: capsaicina, tricíclicos, lorazepam e lidocaína tópica. Herpes simples 1 • Quanto à primo-infecção: ➥ 90% são assintomáticas; ➥ 9% são oligo-sintomáticas; ➥ 1% apresentam repercussão clínica. • As recorrências manifestam-se na mesma topografia com ardor, dor, eritema e vesículas agrupadas que evoluem para crostas e reparação Vermelhidão e sensação de queimação Bolhas e vesículas com conteúdo líquido Bolhas estouram e há formação de crostas Vidro fosco Isabelle Isis de Mello Assis ~ Sielis tem o e • Formas mais graves e recorrentes. • Pode haver acometimento muco-cutâneo extenso e visceral. • A forma genital pode apresentar extensas ulcerações que não cicatrizam. • A localização anal pode ser acompanhada de proctalgia importante. • Encefalite herpética. Herpes simples 2 - genital • Em algumas populações, o vírus herpes simplex tipo 1 é mais comum que o tipo II na infecção genital • O diagnóstico de herpes genital é melhor realizado com testes sorológicos tipo específicos, PCR, esfregaço vaginal e teste de Tzanck • Episódios sintomáticos de herpes genital inicial ou recorrente podem ser tratados eficazmente com aciclovir e derivados • Todas as pessoas com diagnóstico de herpes genital devem receber rastreamento para outras doenças sexualmente transmissível. • Tratamento é o mesmo da herpes 1 Herpes simples no imunodeprimido: Herpes labial: Estomatite: Conjuntivite: Herpes gladiatorum: Ex: lutador Eczema herpético: Tratamento - H. Simples: • Aciclovir 200mg VO 5 vezes/dia 5 a 10 dias. • Casos graves, imunodeprimidos e forma neonatal: 10mg/kg/dose IV 8/8h. • Valaciclovir: 500mg VO 12/12h 5 a 10 dias. • Fanciclovir: 500mg VO 12/12h 5 a 10 dias. • Tratamento tópico: utiliza-se a pomada de Aciclovir creme a 5% ou Penciclovir creme a 1%. • Tem que fazer teste rápido para descartar HIV • É o agente etiológico principal do câncer de colo do útero Forma 1 Forma 4 Forma 5 Forma 6 Herpes simples neonatal e Encefalite herpética Sarcoma de Kaposi - HHV8 • Tipo de câncer que acomete as camadas mais internas dos vasos sanguíneos; • Além das lesões de pele, podem surgir lesões semelhantes nos ganglios, figado, pulmões e toda a extensão da mucosa intestinal; • É comum também elas se instalarem na parte interna das bochechas, gengivas, lábios, língua, amígdalas, olhos e pálpebras. 3 tipos de sarcoma: ➥ Clássico: raro, de evolução lenta, atinge homens idosos sem comprometimento do sistema imunológico; ➥ Endêmico ou africano: forma mais agressiva, acomete mais os negros jovens da África Equatorial; ➥ Relacionado com o sistema imunológico deprimido, como ocorre com os HIV- positivos, os transplantados e os que tomam imunossupressores. • Lesões podem variar desde pápulas e nódulos violáceos ou avermelhados até lesões vegetastes e necróticas. Mononucleose infecciosa • Causada pelo vírus Epstein barr. Patogênese: ➜ Pós exposição na cavidade oral, o vírus EBV infecta os linfócitos B (sofrem lise ou o virus fica latente) ➜ Os linfócitos atipicos se desenvolvem morfologicamente, em espeial os linfócitos TCD8+ que respondem à infecção. ➜ Após infecçãoprimaria, o EBV permanece no hospedeiro, especialmente nos linfócitos B, por toda a vida, disseminando-se assintomaticamente a partir da orofaringe. ➜ Infecção latente: EBV emite sinal para o interior da celula que determina sua proliferação (ligação ao CD21). Se não progride para a infecção litica, propagam-se indefinidamente. Caso não haja resposta imune para conter isso, há doença linfoproliferativa potencialmente fatal. Manifestações clínicas: • Febre • Mialgia • Dor de garganta • Cefaleia • Linfadenopatia • Faringite - pode apresentar placa • Esplenomegalia • Hepatite • Anemia hemolitica Diagnóstico: • Paul Bunnel (Ac heterófilos): não separa somente o anticorpo da mononucleose • IgM específica anti-ag capsídeo viral (ACV); • IgM ACV em elevação: infecção viral final • Monoteste: o antigeno realizado é o anticorpo específico para mononucleose. Mais sensível e mais facil de executar. • Anti-EBNA: 3 a 4 semanas pós infecção e persiste por toda vida. Complicações: • Neurológicas: ➥ Meningite; ➥ Encefalite; ➥ Guillain-barre; ➥ Mielite transversa; ➥ Neurite periférica. • Anemia hemolítica autoimune; • Rutura esplênica. Isabelle Isis de Mello Assis • Maior parte acomete a medula; • Geralmente diagnosticado aos 5 anos; • Pacientes com AIDS tem 10 - 20x mais cel. B infectadas por EBV do que pessoas saudáveis; • Leucoplasia pilosa ocorre em pacientes com HIV; • Linfomas do tipo Burkittem pacientes com AIDS se apresentam antes do desenvolvimento de imunodeficiência grave. Linfoma de Burkitt Linfoma de Hodgkin • Desorganização da arquitetura dos linfonodos afetados pela presença de pequeno número de cel. neoplásicas mononucleadas de citoplasma amplo (cel. de Hodgkin) e multinucleadas (cel. de Reed-Sternberg) • Maior parte é composta por cel. não neoplásicas. Carcinoma nasofaríngeo Mononucleose x Vírus HIV Isabelle Isis de Mello Assis Doença de Chagas O que é? • É uma antropozoonose (doença primaria de animais que podem ser transmitidas a humanos) de natureza endêmica. Ocorre mais na América do Sul e Central. • Causada pelo protozoário Tripanossoma cruzi. transmitido aos humanos através das fezes do vetor Barbeiro (triatomíneos - hematófagos), via transfusional, transmissão vertical, alimentação. • Infectam também gambás, tatús, entre outros. (temos transmissão por saliva por parte de outros insetos como o T. brucei) • Vetor: “barbeiro” defeca e pica a pessoa perto da picada e a pessoa coça, acaba infectando • Inseto pica, tripomastigotas nas fezes do barbeiro ➜ tripomastigotas viram amastigotas nas células ➜ amastigotas multiplicam-se ➜ e elas viram tripomastigotas, rompem as células e caem na corrente sanguínea. ➜ São absorvidas pelo inseto na picada. ➜ Epimastigo 2 grupos de tripanossoma: • Esterocorários: são transmitidos pelas fezes; • Salivários: são transmitidos na saliva, não possui a forma amastigota. Etiologia e transmissão Imunologia Tipos de transmissão: • Febre prolongada; • Cefaleia; • Mal estar geral; • Anorexia; • Adinamia; • Linfadenopatia; • Hepatoesplenomegalia; • Edemas; • Sinais focais ➜ chagoma e romaña: • Vetorial; • Transfusão sanguínea; • Congênita; • Acidental; • Oral • Transplante de órgãos. • Interação parasita/célula: ➜ rompimento da célula; ➜ liberação de fragmentos celulares e antígenos parasitários; ➜ inflamação focal aguda proporcional aos ninhos de parasitas; ➜ formação de anticorpos IgG e IgM; ➜ redução da parasitemia. • Período de incubação: ➥ Varia de acordo com a forma de contágio; ➥ 5-90 dias; ➥ Via vetorial: 5-10 dias; ➥ Via tranfusional: 10-90 dias. Evolução e Classificação da doença Fase aguda: • Pode ser assintomático; • Forma ganglionar; • Forma cardíaca; • Forma meningoencefalica; Fase crônica: • Forma indeterminada; • Forma cardíaca; • Forma digestiva; • Forma mista. Ainda tem: • Forma congênita; • Em imunossuprimidos ➜ parasitemia, lesões do SNC, lesões miocárdicas. Manifestações clínicas Fase aguda: Sinal de Romaña: • Edema bipalpebral, congestão conjuntiva, linfadenite satélite, elevado número de parasitos. Chagoma de inoculação: • Insuficiência cardíaca relacionados a miocardite; • Alteração de consciência; • Convulsão; • Rigidez de nuca. Fase crônica: • Pode ter forma indeterminada (50-70% assintomáticos), forma cardíaca (20-40%), forma digestiva (5-15%) (megas) - megaesôfago e mega cólon. Forma Indeterminada: • Tem-se positividade de exames sorológicos e ou parasitológicos; • Ausência de sinais e sintomas da doença; • ECG normal; • Raio x normal: coração, esôfago e cólon. • ECG normais; • Pode evoluir para uma forma cardíaca ou digestiva ou ambos. Forma cardíaca: • Arritmias - primeiro a aparecer; • Anormalidades cardíacas: disfunção das válvulas bicuspide/tricuspide, cardiomiopatia dilatada sem hipertrofia, anormalidades na motilidade da parede • Aneurisma ventricular apical • Tromboembolismos • O acometimento cardíaco ocorre pela presença de antigenos comuns entre as células miocárdicas e o protozoário e a persistência do parasita, gerando reação inflamatória com lesão, necrose tecidual e fibrose, resultando em IC ou lesão do tecido de condução, que provoca distúrbios do ritmo cardíaco. Forma digestiva: • Megas chagásicos: gera atonia, estase e dilatação dos segmentos afetados; • Provoca a formação de megaesôfago (disfagia, soluço, regurgitação, peso retroesternal, halitose, emagrecimento, hipertrofia da glândula parótida); • E formação do megacólon (constipação, distensão abdominal, meteorismo, formação de fecalomas, volvo de sigmoide) Outros megas chagásicos: • Megaduodeno, megaestômago, megajejuno, megavesícula biliar, megaureter, megatrompa, megabexiga, megabrônquio. Forma congênita: • A transmissão congênita da doença de Chagas pode ocorrer em todas as fases da gestação. • Pode provocar prematuridade, abortamento, óbito fetal, quadro agudo no neonato ou lactente (febre, hepatoesplenomegalia, edemas, arritmias, meningoencefalite). • Mas a maioria das crianças nascem hígida a termo, eutróficas, e assintomáticas. Exames complementares • RX de tórax; • ECG; • Ecocardiograma; • Holter; • RX contrastado de esôfago; • RX de cólon; • Colonoscopia; • Esofagoscopia. Isabelle Isis de Mello Assis Diagnóstico • Esfregaço e gota espessa / pesquisa de T cruzi em sangue periférico; • Pesquisa de anticorpos IgM; • PCR; • Hemocultura; • Xenodiagnóstico; • Imunofluorescência indireta com fenotipagem; • Biópsia de linfonodos. Tratamento Profilaxia • Primeira escolha: Benzonidazol • Indicações: ➥ Fase aguda; ➥ Fase crônica; ➥ Forma indeterminada ➥ Forma cardíaca com arritmias ➥ Forma de megas (transplante) Fase aguda: Fase crônica: • Métodos imunológicos (Sorologia com dosagem de IgG): ➥ Método de ELISA; ➥ Hemaglutinação indireta; ➥ Imunofluorescência indireta; • Exame parasitológico (Sem interesse prático): ➥ Hemocultura; ➥ Inoculação em camundongo Xenodiagnóstico. Tratamento cirúrgico • Colectomia; • Interseção de alças; • Marca-passo; • Ressecção de aneurisma de ponta; • Transplante cardiaco. • Melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigos; • Melhoria das condições de higiene; • O afastamento de animais das casas; • Uso de insecticida DDT (suspenso) extremamente eficaz, mas tóxico. Está indicado em zonas endêmicas, já que o perigo dos insetos transmissores é muito maior. • Controle de doador de sangue; • Controle de transmissão congênita. Isabelle Isis de Mello Assis Arboviroses e Febres hemorrágicas Arbovirose • Doenças causadas por bunyavirus ecologicamente bem definidos, transmitidos por artrópodes hematófagos, sendo no Brasil o mosquito do gênero AEDES o de maior importancia epidemiológica Arbobunyavirus: • Família Togoviridae: Mayaro, Chikungunya • Família Flaviviridae: Dengue, Febre Amarela, Rocio, Zika. Bunyavirus não arbovírus: • Família bunyviridae: Hanta vírus. Filovirus: • Familia filoviridae: Virus marburg; Vírus ebola. Arenavirus: • Família aeronaviridae: vírus sabia, vírus Parana, vírus Amapari, vírus flexal. Formasclínicas de apresentação: Síndrome febril inespecífica: • Sistema imune consegue combater de alguma forma, sintomas brando. Síndrome febril exantemática: • Ocorre na dengue, mayaro e chikungunya. Síndrome neurológica encefalite: • Por vírus rocio, st. Louis, e vírus west nile. Síndrome de Guillain-barré: • Devido aos anticorpos, há destruição da bainha de mielina de forma ascendente. Associado ao Zika e Chikungunya Febres hemorrágicas: • Dengue, Febre Amarela, Hanta (não é arbovirose), marburg, ebola, sabia. Chikungunya não. • Isolamento do vírus; • Provas sorológicas: neutralização, inibição da hemaglutinação, e fixação do complemento. • MAC-ELISA; • Detecção do genoma viral: RT-PCR. • Respeito ao ecossistema; • Controle do vetor; • Vacina ➜ da febre amarela (17-D). Imunopatogenia: • O vírus, ao chegar na circulação, é fagocitado por macrófagos. Há sensibilização, então, de linfócitos citotóxicos e plasmócitos produtores de anticorpos, gerando os sintomas da dengue clássica (dor no corpo, cefaleia, febre, exantema). • Na segunda infecção, os macrófagos também vão agir pelo sistema imune inato e os linfócitos do sistema adaptativo, uma vez sensibilizados, produzem muitas citocinas, gerando grande resposta inflamatória e dano endotelial. • Assim, temos a amplificação da resposta inflamatória mediada por linfócitos, distúrbios de coagulação, aumento da permeabilidade vascular, destruição dos glicocalix endoteliais, perda da capacidade de impedir a adesão e então perda do plasma para o interstício, gerando o CHOQUE HIPOVOLÉMICO, que é a causa da morte. Distúrbios de coagulação: • Levando a trombocitopenia, disfunção plaquetária, fenômenos hemorrágico e CIVD; Aumento da permeabilidade capilar: • Levando ahipovolemia, hemoconcentração, edema e derrames cavitários, e hipotensão e choque. Disfunção endotelial: • Expressão de moléculas de adesão e ativação de coagulação e complementação. Complicações: Mecanismos que podem levar à trombocitopenia: • Infecção da medula e supressão da hematopoiese; • Autoanticorpos de reatividade cruzada com integrinas da superfície de plaquetas; • Aumento da adesão de plaquetas no endotélio ativado; • Fatores produzidos por outras células capazes de atuar sobre plaquetas levando a ativação plaquetária. Quando desconfiar de dengue? • Considerar suspeito todo paciente que apresentar quadro febril agudo, com duração máxima de 7 dias e, dois dos seguintes sintomas: ➥ Cefaléia, ➥ Dor retro-orbitária, ➥ Mialgia, ➥ Artralgia, ➥ Prostração, ➥ Exantema. Diagnóstico laboratorial: Profilaxia e controle: Imunopatogenia das febres hemorrágicas • Desenvolvem uma reação inflamatória severa no endotélio, ativa cascatas inflamatórias e de coagulação, provocando uma panedotelite que gera uma explosão de citocinas, o que vai promover um aumento muito intenso da permeabilidade vascular. Dengue • Existem 5 sorotipos virais conhecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4 e DENV-5. Formas clínicas: • Síndrome febril indiferenciada aguda; • Síndrome febril exantemática aguda; • Dengue clássico: ➥ Quadro autolimitando (3 a 7 dias); ➥ Febre de 4-5 dias e as vezes bifásica; ➥ Cefaleia ➜ constante ou dor retro-orbitária; ➥ Mialgia e artralgia; ➥ Náuseas/vômitos; ➥ Exantema ➜ frequência variável; escarlatiniforme ou morbiliforme; pruriginoso.; • Dengue com sinais de alerta: ➥ Dor abdominal intensa e contínua; ➥ Vomitos persistentes; ➥ Hipotensão postural e/ou lipotímia ➥ Hepatomegalia dolorosa ➥ Sonolência e/ou irritabilidade • Dengue grave: ➥ Transudação plasmatica grave ➥ Hemorragia (de sangue ou plasma) ➥ Disfunção orgânica ➥ Trombocitopenia • Dengue hemorrágica: ➥ Febre; ➥ Manifestações hemoragicas; ➥ Trombocitopenia < ou = 100mil/mm3; ➥ Extravasamento de plasma: hemoconcentração > 20%; derrames cavitário; hipoalbuminemia. ➥ Prova do laço, sem importância. Isabelle Isis de Mello Assis Depois da suspeita, verificar: • Dor abdominalintensa e continua; • Vômitos persistentes; • Hipotensão postural e/ou lipotímia. Outros: • Hepatomegalia dolorosa e/ou irritabilidade • Sonolência e/ou irritação • Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia • Aumento repentino do hematócrito • Queda abrupta de plaquetas Febre amarela Sinais de alarme: Diagnóstico: Tratamento: Dengue clássica: • Atendimento ambulatorial. Dengue com sinais de alarme: • Na emergência. Dengue grave “hemorrágica”: • CTI; • Geralmente faz transfusão de plaquetas quando menor que 20.000. Profilaxia: • Não deixar água parada • Tem alta mortalidade; • Vetor: Haemagogus janthinomis (vetor silvestre) e aedes aegypti (vetor urbano); • Causa hemorragia. Fase aguda (até 14 dias): ➥ Poliartralgia ou artrite; ➥ Edema articular; ➥ Exantema no 3°e 4°dia; ➥ Descamação das plantas dos pés; ➥ Hiperemia de MMII bilateral; ➥ Vasculite; ➥ Cefaleia; ➥ Fadiga, etc. Pós aguda (15-90 dias): ➥ Febre desaparece; ➥ Artralgias continuam; ➥ Tenossinovite hipertrófica subaguda; ➥ Síndrome do túnel do carpo; ➥ Descompensação de comorbidades preexistentes em casos graves. Crônica (>3 meses): ➥ Persiste com queixas osteomusculares por mais de 3 meses - podem progredir para intensas e incapacitantes; ➥ Dor neuropática; ➥ Transtornos mentais, de humor e de sono. Infecção pelo vírus hanta • Família Hantaviridae; • Transmitida por roedores; • Pode ser confundida com a dengue, mas a pessoa irá apresentar hipoxemia. • Padrões epidemiológicos: ➥ Hantavirose rural; ➥ Hantavirose urbana; ➥ Hantavirose laboratorial. Diagnóstico: Formas clínicas: • Suporte avançado de vida; • Isolamento do paciente. Formas clínicas: • MAC-ELISA: coleta após o 5º dia, e captura de IgM; • Antígeno NS1 (diagnóstico precoce): detecta na fase aguda. • PCR - fase virêmica. Formas clínicas: • Incialmente o paciente apresenta febre,calafrios, cefaleiaintensa, dor lombossacral, mialgia generalizada, anorexia, náuseas e vômitos. hemorragias gengivais ou epistaxe. • Sintomas que duram 3 dias e entra em remissão por 24h ➜ em casos graves a febre os sintomas reaparecem. Diagnóstico: • O diagnóstico é epidemiológico, clínico e laboratorial. • Diagnóstico laboratorial: isolamento do vírus em amostras de sangue e/ou de tecido hepático, por detecção de antígeno (imunofluorescência) ou por sorologias. • Recém nascidos: imunidade passiva adquirida (IgG) durante a gestação (via transplacentária) e lactação (colostro e leite materno). • Mac ELISA; • Teste de neutralização e de IgM (ELISA) são os mais específicos embora também possam apresentar reações cruzadas. • A detecção do RNA viral através da técnica da Protein Chain Reaction (PCR) pode ser utilizada para diagnóstico durante o período de viremia. Tratamento e profilaxia: • Suporte avançado de vida; • Sua profilaxia é a vacina. Chikungunya • “Aquele que dobra o joelho” - paciente fica todo contorcido; • Transmitida pelo aedes aegypti; • Pacientes fazem poliartralgia, poliartrite ou ambos • A principal diferença entre ela e a dengue é que a chikungunya apresenta muito mais artralgia. Quadro clínico: • Sintomas: febre, mialgia, poliartrite/poliartralgia, exantema, cefaléia, nauseas, conjuntivite, fadiga. • ELISA: após a viremia; • RT-PCR e isolamento viral: durante a viremia Profilaxia: • Vacinação • Febre hemorrágica com sindrome renal • Febre hemorrágica com síndrome pulmonar Quadro clínico: • Período de incubação por 2- 3 semanas ➜ logo depois sintomas inespecíficos: ➥ Febre; Calafrios; Mialgia; Cefaleia; Náuseas; Lombalgia. Tratamento: ZIKA • Vírus tem característica de transmissibilidade mais ampla do que as outras viroses por ter muitos reservatórios e formas de transmissão. • Reservatórios: Macacos, orangotangos, zebras, bufalos, elefantes, ovinos e roedores • Transmissão: Mosquito, sexual, transfusional, acidental, perinatal e vertical Síndrome febril inespecífica. Síndrome febril exantemática: Síndrome neurológica: • Síndrome se Guillain-Barre, microcefalia e síndrome meningo-encefálica. Olhos vermelhos e doloroso. Diagnóstico: • ELISA: sorologia •RT-PCR: período virêmico. Isabelle Isis de Mello Assis Estafilocoias Conceito • Igual terçol ➜ não precisa de antibiótico. Ordéolo: • Infecção do saco lacrimal • Trata com antibiótico. • Microorganismos Gram +; • Crescem facilmente em cultura simples. • Epidermidis é hospitalar e é resistente as penicilinas e cefalosporinas; ➥ Indivíduos com cateter, prótese valvar, de joelho, etc. geralmente tem a infecção- coagulose negativo; ➥ Período longo entre contaminação e manifestação da doença ( até 12m depois) • Aureus é comunitário e é sensível a penicilina, mas ele pode ser resistente (MRSA), mas é raro ➥ Coagulase positivo. ➥ Infecções adquiridas na comunidade e no hospital; ➥ Período de incubação para doença é mais rápido. Critérios diagnósticos Infecções estafilocóciccas comunitárias comuns • Nem todos com estafilococos aureus comunitária precisam tomar antibiótico. Dacriocistite: Impetigo bolhoso: • É staphylococcus aureus; • Trata com cefalexina VO 7 dias. Celulite: • Streptococcus é o principal agente etiológico; • Em casos de piercing, celulite periórbita, trauma e uso de drogas; • Principal causa é estafilo Endocardite aguda: • Aureus é o principal agente etiológico; • Usuários de droga: acomete mais tricúspide; • Não usuários:mais mitral e aórtica; Abcesso cerebral: • Tem que fazer teste de HIV. Artrite séptica: Osteomielite: Infecções desencadeadas por superantígenos Síndrome do choque tóxico menstrual: • Reposta inflamatória sistêmica ➜ febre; • Hipotensão; • Descamação; • Rash (ex. macula a digito pressão); • Envolvimento multi-sistemico ➜ tratavam como sepse ➜ estafilo, que atingem mulher no período menstrual Tratamento: • É empírico ➜ clindamicina + oxacilina ➜ beta-lactâmico age apenas na parede celular, a clindamicina inibe dentro da célula a produção de exotoxina. Síndrome da pele escaldada: • Infecção produzida por uma exotoxina produzida pelo S. aureus; • Tem o sinal de Lincouvisk: lesões na pele que se parecem queimaduras, a pele superficial sai - acontece no corpo todo: Drogas anti-estafilocícicas • Beta-lactâmicos: cefalosporina de 1° geração ou de 5° geração • Glicopepitideos: vancomdinia ➜ hospitalar. • Lipopeptideos: daptomicina; • Oxazolidinonas: Linezolida. Isabelle Isis de Mello Assis Estreptocoicas Conceito • Pode acometer qualquer faixa etária, porem comum em crianças entre 5- 15 anos (faringite estreptocócica e piodermites); • Tem quantidade significativa de enzimas e toxinas; • Expressão dos genes de virulência depende da localização da bactéria no hospedeiro. E. Pyogenes: • Otite média aguda ➜ dói tanto porque a secreção purulenta faz pressão sobre o tímpano, podendo ter rompimento. • Diagnóstico: isolamento do vírus ágar com amostra de sangue e identificação sorológica. • Tratamento: ➥ Claritromicina para pacientes que podem ter uma infecção ativa ou o caráter imunomodulatório p o d eajudar em uma infecção grave; ➥ Oxacilina perdeu atividade sobre Streptococcus. • São cocos Gram-positivos da família Streptococaceae, onde dois gêneros são de grande importância: Streptococcus e Enterococcus, ambos são anaeróbios facultativos. • São sensíveis a beta-lactâmico. • 1. Manifestações clinicas decorrentes de inflamação infecciosa; • 2. Manifestações clínicas toxêmicas; • 3. Manifestações clínicas decorrentes de inflamação não infecciosa. S. Pneumoniae: Impetigo: Erisipela: • Infecção com envolvimento da derme. Celulite: • Não dá para delimitar. • Diagnóstico: bacterioscopia com método de gram • Tratamento: ceftriaxona 1g/dia IV. Fascite necrozante: Endocardite subaguda: Pneumonia pneumocócica: • É tipicamente lobar. Streptococcus grupo beta-agalactiae: • Glomerulonefrite aguda pós- estreptocóccica; • Febre reumática; • Púrpura de Henoch-schonlein; • Eritema nodoso; • Eritema marginato. • Diagnóstico de febre reumática e glomerulonefrite: detecção de anticorpos estreptolisina O-ASO e detecção de anticorpos DNAase B para infecções cutâneas. Virulência • Proteína M: presente nos estreptococos β-hemolíticos do grupo A. Impede a opsonização feita pelo complemento C3b, inibindo sua fagocitose. • Invasinas: são proteínas que estão relacionadas à invasão. Dentre elas temos: estreptolisina (rompe a hemácia), estreptoquinase e proteases. • Exotoxinas: (exotoxina pirogênica estreptocócica) SpeA, SpeB e SpeC, funcionam como superantígeno, ou seja, possuem grande capacidade de resposta antigênica levando a uma grande secreção de citocinas. Doenças estreptocócicas Infecções cutâneas estreptocócicas Ectima: • Da para separar a parte doente da não doente - delimitação da área afetada: • Atinge à fáscia. Pode ser do tipo I quando a infecção ocorre por anaeróbios mistos, estando comum em DM; já o tipo II é causado por S. pyogenes. • Diagnóstico: biópsia da fáscia • Tratamento: Inicial: vancomicina +meropenem + clindamicina OU Piperaciclina/tazobactan + cildamicina • Pode ser uma febre indeterminada intermitente; • Evolução arrastada; • Fenômenos imunológicos; • Mastite em bovinos. Manifestações clínicas decorrentes de inflamação não infecciosa Isabelle Isis de Mello Assis Pacoidioidomicose Definição • Assintomático ou apresenta manifestações respiratórias discretas; • Pode ou não haver infiltrados pulmonares e linfadenomagalia hilar no exame radiológico. Forma pulmonar primária: • Ocorre em adultos com mais de 30 anos, principalmente do sexo masculino. • Tem evolução longa, geralmente meses. • Caracteriza-se pelo envolvimento mucoso, ganglionar e pulmonar. • Lesões: ➥ Pele (lesões ulceradas ou úlcero-vegetantes). ➥ Pulmões: tosse seca e cansaço aos esforços; ➥ R-X costuma mostrar lesões peri- hilares bilaterais com áreas de fibrose e enfisema e que evoluem para todo o parênquima. ➥ Outros órgãos: íleo terminal, SNC, supra- renais, ossos e articulações. ➥ Orais e labiais: lesões no ângulo da comissura labial ➥ Lesões pálpebras ➥ Lesões no nariz ➥ Lesões na laringe ➥ Lesão peri-anal ➥ Úlcera genital ➥ Linfonodomegalia cervical • Doença causada pelo Paracoccidioides brasiliensis. • Fungo assexuado e dimórfico que cresce como micélio a 25ºC e como levedura a 37ºC. • Está presente no solo onde vive como saprófita. • Sua virulência está relacionada à presença do antígeno de superfície gp43. • O número de indivíduos infectados é bem superior ao dos que apresentam a doença. • 1. Forma pulmonar primária; • 2. Forma disseminada aguda; • 3. Formas crônicas: forma pulmonar crônica, forma disseminada crônica. Forma disseminada crônica: Forma pulmonar crônica: • 1- A infecção se dá pela inalação do fungo. • 2- A infecção primária se dá no aparelho respiratório. • 3- Após gerar processo inflamatório no sítio de infecção, dissemina-se por via linfática e ocasionalmente por via hematogênica. • 4- Esta evolução leva alguns anos e depende do estado imunitário do hospedeiro. Patogenia ➥ SNC -TC ➜ igual neurotoxoplasmose, mas com HIV negativo (sempre fazer teste rápido de HIV) • Ocorre em homens do meio rural com mais de 30 anos. • É a forma mais comum. • Tosse é o sintoma habitual. • O exame físico costuma ser inexpressivo. • Alterações radiológicas bem mais ricas do que o quadro clínico. • Infiltrado intersticial bilateral ao redor do hilo Diagnóstico diferencial Formas clínicas Forma disseminada aguda: • Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens. • Acometimento linforeticular, com aumento dos linfonodos cervicais, submandibulares, occiptais, retro e pré- auriculares e supra-claviculares. • Pode haver acometimento de gânglios profundos (para-aórticos, hilo hepático, etc.) • Os linfonodos podem abscedar e fistulizar. • Pode haver aumento do baço e fígado. • Anemia pode ser consequência de acometimento de medula óssea. • Febre e emagrecimento são comuns. • Tuberculose. • Histoplasmose. • Criptococose. • Leishmaniose tegumentar. • Toxoplasmose (SNC). • Hanseníase. • Linfoma. • Doença de Crohn. Diagnóstico • Exame direto de material colhido de lesão, escarro, LBA, etc... • Cultura em meiode Sabouraud-glicose a 2% ou meio seletivo com antibióticos. • Exame histopatológico em HE, Gomori-Grocott, PAS ou impregnação pela prata. • Sorologia: ELISA e imunodifusão dupla em gel de ágar. • Técnicas de Biologia Molecular. • Intradermorreação. Tratamento • Sulfametoxazol + Trimetoprim (eficácia terapêutica entre 70 a 90%). • Itraconazol: 200mg/dia nos 2 primeiros meses + 100mg/dia por 9 a 12 meses (muito bom para formas leves a moderada) • Fluconazol: 400mg/dia por 3 a 6 meses + 100 a 200mg/dia por 6 a 12 meses (pacientes graves) • Anfotericina B: 0,25mg/kg/dia elevando-se para 0,5 e 1,0mg/kg/dia até a dose máxima de 50mg. Aspecto radiológico é mais agressivo do que a manifestação clinica; expressão clássica; da região peri-hilar-periferica Isabelle Isis de Mello Assis
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