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UNIDADE 2 - Aulas 1-2-3 e 4 - DESIGN THINKING E INOVAÇÃO DOS MODELOS DE NEGÓCIO

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Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE 2 - Aula 1
CRIATIVIDADE: COMO GERENCIAR PESSOAS EM PROL DA
INOVAÇÃO
Nosso propósito nesta aula é ampliar o conhecimento sobre o processo criativo, sua
aplicação na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão e na
implementação de soluções inovadoras.
NTRODUÇÃO
Criatividade e inovação são a mesma coisa?
A criatividade é algo que existe dentro da nossa mente e pode ser canalizada ou não para
uma ação. Já a inovação está totalmente relacionada à ação. É quando a ideia é colocada
em prática e passa a impactar a vida das pessoas. Ou seja, a criatividade é o primeiro
passo para a inovação. Portanto, criatividade e inovação costumam caminhar juntas,
especialmente no mundo dos negócios.
Nosso propósito nesta aula é ampliar o conhecimento sobre o processo criativo, sua
aplicação na resolução de problemas, no processo de tomada de decisão e na
implementação de soluções inovadoras.
E você, se considera uma pessoa criativa? 
Sabia que a criatividade é considerada uma habilidade e como tal podemos desenvolvê-
la?
Venha, vamos entender melhor o que é criatividade e inovação e como utilizá-las a nosso
favor, na busca por soluções para situações cotidianas.
DEFINIÇÃO DO CONCEITO DE INOVAÇÃO E DO CONCEITO DE
CRIATIVIDADE
Nos tempos atuais, em que o desenvolvimento técnico e científico avançou como nunca
na história da humanidade, a inovação e a criatividade são determinantes para a
sobrevivência de um projeto ou negócio, além de ser um aspecto fundamental para que
empresas alcancem e mantenham uma posição de liderança e vanguarda no mundo dos
negócios. Nesse contexto, surge o Design Thinking com um modo próprio de pensar, cujo
principal objetivo é a produção criativa de soluções inovadoras.
Você sabe diferenciar Criatividade de Inovação?
A criatividade é essencial para lidarmos com as mais diversas situações que surgem em
nosso cotidiano, seja na vida pessoal ou profissional. Com a versatilidade com que tudo
acontece atualmente, precisamos ser ágeis e dinâmicos, ser criativo tornou-se um
diferencial na busca de soluções inteligentes para os mais diversos problemas. E inovar
envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade na busca de novas soluções.
É importante deixar claro que criatividade e inovação apesar de caminharem juntas, não
possuem o mesmo significado, a principal diferença entre elas é o foco de cada uma.
Quando pensamos em criatividade, logo lembramos de pessoas muito especiais e com
talentos extraordinários, como Leonardo da Vinci, Mozart, Einstein, Picasso, Santos
Dumont, Henry Ford e Steve Jobs. No entanto, existem outras valiosas expressões de
criatividade que se incorporaram ao nosso cotidiano e nem sempre são lembradas, muito
do que consideramos trivial e corriqueiro já foi considerado uma notável invenção na
ocasião de sua introdução, como:
• Clipe de prender papel, por Samuel Fay (1867).
• Lâmpada, por Thomas Edison (1879).
• Cinema, pelos irmãos Lumière (1895).
• Penicilina, por Alexander Fleming (1928).
• Supercola, por Harry Coover (1942).
• Velcro, por Jorge de Mestral (1951).
Entre tantas outras, aparentemente simples, mas indispensáveis em nosso dia a dia,
como a escada, a tesoura, a chave de fenda, o lápis, o carrinho de supermercado, etc.
Ser criativo é ter a habilidade de gerar ideias originais e úteis para solucionar os
problemas do cotidiano. É olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e
pensar de modo diferente. 
Já a inovação é fazer coisas novas e que agregue valor ao cotidiano das pessoas. Nessa
perspectiva, no âmbito organizacional, uma nova ideia pode ser um novo produto, um
novo serviço, um novo método ou a solução de um problema. Lembrando que nem
sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo, mas o resultado da
combinação original de coisas já existentes.
Em síntese, a criatividade é a mola propulsora da inovação e uma competência requerida
e valorizada no âmbito organizacional, não apenas pela capacidade de gerar ideias, mas
também pela capacidade de materializar e implementar tais ideias. Apesar da sensação
que temos, de que tudo já foi inventado, na verdade a inovação encontra-se em todos os
lugares e é possível a partir do momento em que a criatividade entra em ação.
APLICAÇÃO DA SOFT SKILL (CRIATIVIDADE) NA GERAÇÃO DE VALOR
ATRAVÉS DA INOVAÇÃO
Você sabe como funcionam a criatividade e a inovação no ambiente organizacional?
Como você pôde perceber na aula anterior, a criatividade e a inovação são essenciais no
ambiente de trabalho para o sucesso das organizações. Ser criativo é mais do que ter
boas ideias, é colocá-las em prática. Atualmente, tanto a criatividade quanto a inovação
são muito valorizadas, o profissional considerado criativo agrega valor à organização pela
sua visão e capacidade de potencializar ideias e conceitos ao trabalho.
Pessoas criativas têm uma mente bem desenvolvida, no sentido de visualizar formas de
pensar e agir que sejam mais ricas em detalhes, visionárias e interessantes. Pensando
assim, podemos dizer que a criatividade é uma característica desejável para todos os
profissionais.
E a boa notícia é que tanto a criatividade quanto a inovação podem ser desenvolvidas.
Qualquer pessoa pode desenvolver essas habilidades se receber as condições
adequadas. Para Robinson (2019), todo mundo tem talento criativo. O desafio é
desenvolvê-lo. Uma cultura de inovação precisa incluir todos, não só um grupo seleto”.
Mais do que isso, ambas devem ser estimuladas, pois todos nascemos com o poder de
sermos criativos, e a criatividade, quando aplicada ao ambiente organizacional, é uma
verdadeira força motriz utilizada para gerar inovação.
Agora que você já sabe do conceito e das diferenças entre a criatividade e a inovação, o
que nos resta é colocar em prática.
Mas como desenvolver a criatividade?
A criatividade envolve a transformação de nossos talentos, conhecimentos e visão em
uma nova realidade externa original e valiosa. É a habilidade de combinar elementos
existentes, conceitos, técnicas, objetos e materiais para gerar novas ideias e soluções
para os desafios e problemas de nosso cotidiano. Essa habilidade pode ser desenvolvida.
Para tanto, devemos estar cientes de que ela resulta da combinação de vários fatores
internos e externos ao indivíduo, como a personalidade, o temperamento, a motivação e
as habilidades mentais, socioemocionais e técnicas do processo criativo.
Para desenvolvê-la, existem cursos e atividades que estimulam a criatividade e o
pensamento dinâmico. Fica o desafio para as organizações, de despertar a criatividade
para formar e desenvolver um time de profissionais de alta performance, inclinados para a
inovação.
Algumas pessoas veem a criatividade como uma atividade relativamente não estruturada
de pular em torno de ideias até se deparar com a ideia certa. Embora isso funcione para
algumas pessoas, muitas situações da vida real requerem uma abordagem mais
estruturada. A liberdade para experimentar é essencial para a criatividade, como também
alguma disciplina para assegurar objetividade e consistência. Seja qual for o nível de
estruturação adotado, o processo criativo se fundamenta em três princípios: atenção, fuga
e movimento. O primeiro princípio nos diz: concentre-se na situação ou no problema; o
segundo: escape do pensamento convencional; o terceiro: dê vazão à sua imaginação.
Essas três ações mentais formam uma estrutura integrada em que se baseiam todos os
métodos de pensamento criativo.
O grande desafio do mercado global é compreender a criatividade como uma das
principais habilidades e explorar o seu valor para o mundo dos negócios, promovendo um
ambiente de inovação e mudanças tecnológicas significativas para a evolução humana.
Podemos concluir que a criatividade é um diferencial nas organizações e a inovação é
umacondição de sobrevivência no mercado atual. Por esse motivo, o Design Thinking se
distingue dos demais profissionais, pela capacidade de pensar de maneira diferente. 
E você, como exerce sua criatividade no ambiente de trabalho? 
Qual foi a última vez que fez algo criativo?
PROJETOS DE INOVAÇÃO QUE ACIONAM A REDE DE PESQUISADORES
EM GRANDES INDÚSTRIAS: EXEMPLOS DE COMO OXIGENAR O
REPERTÓRIO DO TIME INTERNO
Agora que entendemos o que é a criatividade e a inovação, como podemos aplicar elas
dentro das empresas?
Vivemos em uma época de mudanças revolucionárias, impulsionadas pela criatividade e
inovação tecnológica, onde é possível ser criativo em qualquer atividade que envolva a
inteligência.
Muitas das inovações que aconteceram nos últimos tempos são frutos de um
melhoramento de produtos e métodos já existentes. Um exemplo são os bancos digitais.
Já tínhamos os bancos físicos e também essas mesmas instituições já ofertavam alguns
serviços on-line por meio do internet banking.
Porém, algumas startups viram que era possível transformar os bancos físicos em digitais.
Assim, não é mais preciso ter agências físicas e os consumidores criam contas e realizam
todas as transações por meio do aplicativo do banco que é instalado no smartphone. Não
foi preciso criar algo novo, apenas olhar de uma forma criativa para o que já existia e
inovar ao criar um produto mais atualizado.
Nesse mundo de rápidas transformações, cabe às organizações encontrarem formas de
pensar e de propor soluções para acompanharem as mudanças. As empresas têm o
desafio de inovar em produtos, serviços, projetos e soluções. Com profissionais que
pensam de forma criativa, elas podem ficar alguns passos mais próximas dessa realidade.
As empresas precisam de pessoas que saibam pensar com criatividade, comunicar-se
bem e trabalhar em equipe, pessoas flexíveis e capazes de se adaptar rapidamente. O
grande problema é encontrar profissionais com essas habilidades, mas como desenvolver
essas habilidades? Como promover uma cultura de inovação e estimular a criatividade?
Uma cultura de inovação precisa emergir em todas as áreas da organização, como
exemplo, podemos citar a empresa Apple, que ficou famosa por sua capacidade de criar
novos produtos, focada em tecnologia avançada, design atraente e uma visão profunda
sobre o que as pessoas desejam. A Walmart se destaca pela força criativa na área de
sistemas, com a gestão da cadeia de suprimentos e precificação. A Starbucks, que não
inventou o café, mas criou uma cultura especial de atendimento ao redor dela e conseguiu
agregar valor à nova experiência. Para esse processo de inovação acontecer, foi
necessário utilizar a criatividade.
No entanto, sabemos que o ambiente organizacional encontra-se carente de profissionais
que sejam capazes de analisar informações, de implementar novas ideias, que saibam se
comunicar com clareza e trabalhar em equipe.
Podemos perceber que a criatividade é uma habilidade importantíssima para os
profissionais dentro do ambiente organizacional.
E você, se considera criativo e adaptado às inovações tecnológicas? Consegue descrever
como sua criatividade impacta no seu trabalho e no resultado de sua equipe? Qual seu
maior desafio no ambiente organizacional?
Permita-se descobrir e despertar todo o poder da criatividade que existe dentro de você e
direcione para a realização de seus desejos, para atitudes empreendedoras e inovativas.
Agora você sabe que isso é possível, basta desenvolvê-la.
Saiba mais
Para compreender melhor esse universo da criatividade e inovação associado ao Design
Thinking, sugerimos os talks de Tim Brow, CEO e presidente da IDEO, considerada a
maior e mais respeitada consultoria de design e inovação do mundo.
BROWN, T. Contos de criatividade e brincadeira. TED Talk. 2008. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/tim_brown_tales_of_creativity_and_play. Acesso em: 5 dez.
2021.
BROWN, T. Designers - pense grande!. TED Talk. 2009. Disponível em:
https://www.ted.com/talks/tim_brown_designers_think_big. Acesso em: 5 dez. 2021.
REFERÊNCIAS
BROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideais. Rio de Janeiro, RJ: Alta Books, 2020.
CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. C. Design Thinking na educação presencial, a distância
e corporativa. 5. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2019.
INOVAR. In: MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo:
Melhoramento. 2022. Disponível em:
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/inovar/.
Acesso em: 26 nov. 2021.
MONTEIRO, J. G. (org.). Criatividade e Inovação. São Paulo: Editora Pearson. 2011.
Disponível em: www.pearson.com.br/academia. Acesso em: 26 nov. 2021.
PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. 4. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar,
1982.
ROBINSON, S. K. Somos todos criativos: os desafios para desenvolver uma das
principais habilidades do futuro. 3. ed. Los Angeles, EUA: Benvirá, 2019.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE 2 - Aula 2
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO E COCRIAÇÃO DENTRO DAS
ORGANIZAÇÕES
Com a versatilidade e o dinamismo com que tudo acontece atualmente, é essencial
experimentar novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir
novos temas para ter um repertório de soluções diversificado que atenda às necessidades
da sociedade atual.
INTRODUÇÃO
Com a versatilidade e o dinamismo com que tudo acontece atualmente, é essencial
experimentar novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir
novos temas para ter um repertório de soluções diversificado que atenda às necessidades
da sociedade atual. Precisamos de novas escolhas, novos produtos, novas ideias que
lidem com os desafios, com novas estratégias que tragam resultados e impactem
positivamente na vida das pessoas.
Estamos acostumados a lidar com as situações-problemas do cotidiano a partir de uma
perspectiva própria de resolução. Você já parou para avaliar como está seu repertório de
ideias? Você se permite aprender assuntos diferentes de sua área de atuação? Quando
foi a última vez que fez um curso?
Vamos conhecer um pouco sobre a geração de conhecimento e a cocriação dentro das
organizações.
GESTÃO DO CONHECIMENTO, REPOSITÓRIO DE INFORMAÇÕES E
FOMENTO À INOVAÇÃO
No mundo atual, versátil e instável, é preciso aprender a refletir, formular ideias,
questionar e saber onde procurar as respostas para evoluir nossa percepção, nosso
pensamento e a capacidade de análise crítica. Estamos acostumados a lidar com as
situações-problemas do cotidiano a partir de uma perspectiva própria de resolução,
normalmente nos perguntamos: Como eu faria isso? Como resolvo essa situação?
Dificilmente consideramos o olhar e as necessidades das outras pessoas. 
O Design Thinking traz uma proposta diferente para a solução dos problemas, propõe
olhar com os olhos do outro, se colocar no lugar do outro para entender a problemática e
as possíveis alternativas para a resolução do problema. De acordo com Campos (2021, p.
7), “é na combinação entre o exercício de desapego que faço das minhas velhas ideias e
a jornada em direção ao território desconhecido do outro que podemos finalmente chegar
a uma nova descoberta”. A prática do desapego, o acesso ao desconhecido e a
descoberta de novas possibilidades impulsionam a criatividade e a inovação, provocando
um estado de disruptura dos padrões tradicionais.
Para alimentar esse processo de disruptura e inovação, se faz necessário estimular o
cérebro por meio do conhecimento e de um repositório de informações e experiências que
possibilitem fomentar novas ideias e padrões de pensamento. Existem estudos que
afirmam que a neuroplasticidade é definida como a capacidade do sistema nervoso de
alterar sua estrutura e função em decorrência das experiências e dos aprendizadosdo
indivíduo (LENT, 2018). Ou seja, o cérebro consegue ser estimulado para ser flexível e
mutável, adaptando-se a novos contextos.
Essa capacidade de aprendizado também chamamos de learnability, que significa saber
adaptar e desenvolver os conhecimentos ao longo da vida profissional, estar disposto a
aprender constantemente e produzir conhecimento, conteúdo e desenvolver habilidades.
Cabe às organizações encontrarem estratégias para a gestão do conhecimento, as
formas de pensar, cocriar e de propor soluções para acompanhar todas essas mudanças.
As empresas têm o desafio de despertar e desenvolver habilidades em seus profissionais
que os permita ser mais criativos, dinâmicos, versáteis, comunicativos, resilientes,
protagonistas e inovadores. 
Com a extrema velocidade com que tudo acontece atualmente, é essencial experimentar
novas abordagens, conectar a curiosidade com outras áreas, descobrir novos assuntos
para ter um repertório de soluções diversificado e atual. Por conta disso, acreditamos ser
primordial proporcionar um ambiente de trabalho dinâmico e que permita o colaborador
vivenciar novas experiências, exercer o poder de tomada de decisão, de análise e
resposta da situação com ações rápidas, ágeis e focadas.
Um ambiente de trabalho ultrapassado, onde tudo acontece da mesma forma há anos,
não permite o amplo desenvolvimento de seus profissionais, pois se acostumam a agir
dentro da zona de conforto e não são estimulados a pensar diferente.
É preciso encontrar a harmonia entre o ambiente de trabalho, as habilidades e
competências de cada profissional e a valorização dos talentos de cada um. Essas seriam
as condições perfeitas para a cocriação e inovação dentro das organizações.
QUAL O VALOR DO CAPITAL INTELECTUAL PARA A PERENIDADE DOS
NEGÓCIOS?
O capital intelectual de uma organização representa todo o seu ativo humano, isso inclui o
conhecimento dos colaboradores e parceiros que tornam o negócio perene, bem como o
relacionamento da organização com a comunidade onde está inserida.
Para Edvinsson e Malone (1998), o gerenciamento do capital intelectual visa maximizar o
valor da empresa e a utilização de seu potencial conhecimento, engloba três elementos:
• Capital Humano – conjunto de todo recurso humano, habilidade e conhecimento
gerados pelos colaboradores e parceiros para contribuir com o negócio.
• Capital Estrutural – refere-se às ferramentas que dão suporte ao capital humano,
por exemplo: sistemas, planilhas, programas de treinamentos, assim como
segredos comerciais, marcas registradas, valor de mercado e outras propriedades
intelectuais.
• Capital Relacional – relacionamento com o mercado e os stakeholders, clientes,
fornecedores, acionistas, agências reguladoras governamentais, a percepção do
público em relação à imagem da empresa, entre outras.
Na definição de Stewart (1998, p. 69), “o capital intelectual constitui a matéria intelectual –
conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência – que pode ser utilizada
para gerar riqueza”. É a capacidade organizacional que uma empresa possui de suprir as
exigências de mercado.
O valor que a empresa recebe ao incentivar a composição de um repositório de
conhecimento é inestimável, pois esse celeiro de informações pode gerar oportunidades
de colaboração, comunicação e muitas conexões importantes para o negócio. 
O conhecimento, as ideias, a confiança na capacidade de gestão e o nível de inovação
são ativos intangíveis, devem ser geridos para resultar em vantagem competitiva e
lucratividade para as empresas. Nesse sentido, potencializar o capital humano da
organização é fundamental, no entanto, é preciso se atentar para não sobrecarregar o
colaborador, levando-o a desenvolver a síndrome de Burnout ou outros problemas
relacionados à saúde mental, como estresse e ansiedade, fatos que tornam o ambiente
de trabalho pesado e complexo, gerando um desconforto e tensão entre os
colaboradores.
Desenhar um processo no qual os colaboradores possam compartilhar todo seu
conhecimento individual acumulado sobre seu trabalho ao longo do tempo é, sem dúvida,
um dos maiores desafios das organizações.
O método de Design Thinking utilizado em treinamentos tem se mostrado uma excelente
alternativa para uma aprendizagem significativa e prazerosa dentro das organizações. Um
bom exemplo é a multinacional Nestlé, que tem desenvolvido vários cursos e
treinamentos para seus colaboradores, totalmente experimentais, práticos e dinâmicos,
onde o colaborador aprende a base conceitual teórica e logo em seguida é colocado em
uma situação prática para vivenciar o que foi aprendido.
As empresas precisam estar preparadas para inovar, para competir, para acompanhar as
mudanças do comportamento do consumidor, para novos significados que os
consumidores atribuam a seus serviços ou produtos. O Design Thinking traz uma visão
holística para a inovação, com equipes multidisciplinares que seguem um processo,
entendendo os consumidores, funcionários e fornecedores no contexto em que se
encontram, cocriando com os especialistas as soluções e prototipando para entender
melhor as suas necessidades, gerando ao final novas soluções, geralmente inusitadas e
inovadoras.
Diante da complexidade do mundo atual, cabe às organizações buscar formas de pensar
e de propor soluções para acompanhar as mudanças. A metodologia do Design Thinking
se mostra eficaz na identificação de problemas de gestão nas organizações e na
contribuição com soluções adequadas e assertivas. Podemos, por exemplo, utilizá-la após
uma Pesquisa de Clima Organizacional, para identificar as situações-problemas, pensar
sobre os diversos pontos de vista, buscar alternativas para a resolução, desenvolver
possíveis planos de ação, prototipar, testar e implementar as melhores soluções para a
organização. 
Nesse contexto, em meio à tanta tecnologia e novas formas de lidar com os negócios, fica
evidente a importância de as empresas compreenderem que o seu valor está naquilo que
as pessoas são capazes de produzir. Esse desafio de inovar em produtos, serviços,
projetos e soluções requer cuidados com o capital intelectual, apostando em profissionais
que pensam de forma criativa para garantir a perenidade dos negócios. Portanto, investir
no capital intelectual é essencial para o aumento da produtividade e o sucesso das
operações.
• Como maximizar esse ativo na sua empresa?
• Como estão cuidando do capital intelectual na sua empresa?
COMO STARTUPS TÊM GANHADO MARKET-SHARE E CONQUISTADO
INVESTIDORES COM EQUIPES ENXUTAS?
A complexidade da burocracia no mundo dos negócios se configura como um obstáculo
para o crescimento e sucesso das organizações, por isso que as startups surgem como
uma alternativa interessante, visto que seu processo é mais simples e
extraordinariamente dinâmico.
Startups são soluções modernas para os negócios, que envolvem fatores como baixos
investimentos, altos lucros e crescimento acelerado. Seu grande desafio é ser sustentável
mesmo sem uma base confiável. Criar um modelo de negócio que gere algum tipo de
valor e que seja escalonável, capaz de crescer sem a necessidade de reestruturações
constantes.
Empresas que seguem esse modelo de negócio têm como base de atuação um
crescimento rápido e econômico, como a Amazon, o Facebook e o Nubank, empresas
que começaram como startups e rapidamente se tornaram gigantes no mercado.
A sua adoção nas empresas proporciona solucionar as necessidades do consumidor de
maneira assertiva, a partir da disponibilidade de tecnologia e a viabilidade de aplicação na
organização.Uma das características marcantes das startups é o investimento em
inteligência artificial (AI) e equipes enxutas e dinâmicas, que facilita o processo de
liderança e otimiza a comunicação e o foco em resultados.
Muitas empresas já optarampor diminuir suas equipes para possibilitar um melhor
gerenciamento dos negócios. No entanto, mais do que uma equipe enxuta e alinhada, é
fundamental disponibilizar os recursos adequados para a realização das tarefas, as
startups se diferenciam por sua capacidade tecnológica e de inovação, que podem ser
utilizadas de diversas formas. Um exemplo é o investimento em inteligência artificial (AI),
que permite a realização dos processos com a mínima interferência humana.
Antes de investir, os investidores normalmente analisam o tamanho potencial do mercado
em que a startup atua, chamado market-share. Para os investidores, isso é de extrema
importância, pois eles conseguem mensurar se esse mercado ainda está em crescimento,
se sua startup cresce acima ou abaixo da média de mercado e, principalmente, se existe
real potencial de retorno.
Um exemplo prático dessa situação de mercado são as paleterias mexicanas, que
surgiram com um enorme potencial de mercado em 2014 e hoje estão em declínio. O
timing é a representação da mudança do comportamento do consumidor, que gera uma
nova demanda. Tem coisas que são passageiras, como as paleterias mexicanas, e outras
que vêm para ficar, como os bancos digitais.
Outro ponto importante levado em consideração na decisão de um investimento é a
concorrência da startup. Por isso, é interessante mapear quem são seus concorrentes,
diretos e indiretos, em quais pontos da jornada do consumidor eles atuam, no que a sua
startup se diferencia deles e qual sua estratégia para captar os clientes dos seus
concorrentes.
É preciso analisar se o mercado é grande o suficiente para que a startup possa ter espaço
para crescer e escalar. Fazer uma boa análise de mercado é importante para se preparar
para tomar decisões estratégicas baseadas em dados e ter o domínio do mercado em que
você está atuando.
Em síntese, uma boa análise de mercado é imprescindível para o investidor e
empreendedor. O mercado de uma startup é um dos fatores determinantes para os
investidores na hora de avaliar um potencial investimento.
• Como você identifica o potencial de escalonamento de uma
startup?
• No seu ponto de vista, quais fatores são determinantes para o
sucesso de uma startup?
Saiba mais
A seguir apresentamos alguns materiais complementares para seus estudos com o
propósito de ampliar seu repertório sobre a geração de conhecimento, a disruptura dos
pensamentos pragmáticos e o estímulo à criatividade e inovação.
Vídeos no YouTube:
DESIGN Thinking e a Gravidade Zero | Reinaldo Campos | TEDxIndaiatuba. Indaiatuba,
[s. d.]. 1 vídeo (13 min.). Publicado pelo canal TEDx Talks. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=4nJLp6CiJLE. Acesso em: 12 dez. 2021.
AEVO Innovate - Histórias de Sucesso - Aviva [TEASER]. [s. l.: s. n.], [s. d.]. 1 vídeo (30
min). Publicado pelo canal AEVO. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=5VXQHxMvek0. Acesso em: 12 dez. 2021.
A HISTÓRIA da Amazon - A História de Jeff Bezos - Histórias de Sucesso #2. [S. l.: s. n.],
2020. 1 vídeo (15 min.). Publicado pelo canal Elementar. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ttU4V7i_mmo. Acesso em: 12 dez. 2021.
A HISTÓRIA da Apple - Histórias de Sucesso #18. [S. l.: s. n.], 2021. 1 vídeo (23 min.).
Publicado pelo canal Elementar. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=jru7YWoeBmk. Acesso em: 12 dez. 2021.
E-book: 
CAMPOS, R. Toolkit Design Thinking. São Paulo, SP: Echos. Disponível em:
https://materiais.escoladesignthinking.echos.cc/design-thinking-toolkit. Acesso em: 10 dez.
2021.
REFERÊNCIAS
CAMPOS, R. Toolkit Design Thinking. São Paulo, SP: Echos, 2021. Disponível em:
https://materiais.escoladesignthinking.echos.cc/design-thinking-toolkit. Acesso em: 10 dez.
2021.
EDVINSSON, L.; MALONE, M. S. Capital Intelectual. São Paulo, SP: Makron Books,
1998.
LENT, R. O cérebro aprendiz: Neuroplasticidade e educação. São Paulo, SP: Editora
Atheneu, 2018.
STEWART, T. A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. 9. ed.
Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1998.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNDADE 2 - Aula 3
GESTÃO DA MUDANÇA E FOMENTO À CULTURA ORIENTADA A TESTE
Com o avanço das inovações e as rápidas evoluções nos processos gerenciais das
empresas, ter uma gestão de mudança se tornou essencial.
INTRODUÇÃO
Com o avanço das inovações e as rápidas evoluções nos processos gerenciais das
empresas, ter uma gestão de mudança se tornou essencial. Isso porque o ambiente
organizacional sofre influências internas e externas, e se a empresa não as acompanha,
acaba perdendo a competitividade. A necessidade de inovar pode ocorrer frente à
transformação digital ou com o objetivo de se reestruturar equipes, processos e
estratégias, entre outros fatores, além da implementação de uma cultura de inovação.
Independentemente do contexto, nunca é fácil implementar transformações. Por isso, é
preciso estar preparado para enfrentar tal cenário e saber gerenciar sua equipe da melhor
maneira possível, e isso é o que você vai aprender nesta aula. Vamos ver a importância
da gestão de mudanças e como implementá-la em sua empresa e/ou negócio.
GESTÃO DA MUDANÇA: DO ENGAJAMENTO À IMPLEMENTAÇÃO
A gestão de mudança é um conjunto de ações e ferramentas que tem como objetivo
auxiliar as empresas e os stakeholders na execução de transformações. Ela pode ser
utilizada para compor processos operacionais, estruturais ou táticos, entretanto, se a
organização deseja implementar mudanças que realmente tenham retorno sobre o
investimento, não poderá ignorar as pessoas envolvidas nessa transição, afinal, isso
aumentará a probabilidade de sucesso dos projetos nas organizações.
Quando falamos em mudanças dentro das organizações, é natural uma primeira reação
de resistência por parte dos colaboradores, uma vez que as modificações os levam para o
desconhecido, enquanto manter o status quo, bem ou mal, os faz ter uma ideia do que
esperar. Porém, a história está repleta de casos em que as organizações ficaram em sua
zona de conforto e acharam que os seus produtos e mercados seriam eternos. Do outro
lado, pequenas e emergentes empresas entenderam os leves sinais que o mercado
estava dando e surfaram a onda da mudança por meio da inovação.
Mudanças organizacionais alteram a forma como as pessoas trabalham, mudam o fluxo e
o domínio das informações, causam aumento ou diminuição no grau de exposição das
pessoas e criam desconforto. Sair da zona de conforto leva as pessoas a não participar
ativamente das mudanças propostas, bem como gera resistência à mudança. Entre as
causas dessa resistência, estão o medo do desconhecido, a falta de compreensão do
processo de mudança, a baixa percepção de valor e o conflito de prioridades.
De maneira geral, as mudanças atuam diretamente sobre a forma como as pessoas
trabalham e interagem no ambiente de trabalho, logo, levam um determinado tempo para
se adaptar, passando pelas seguintes fases:
• Negação: está tudo funcionando bem, então, por que mudar?
• Resistência: sempre fiz assim e deu certo, por que mudar?
• Experimentação: perceber que existem outras formas de fazer.
• Aceitação: aceitar as mudanças como melhoria do processo.
É preciso abrir espaço, dar as ferramentas adequadas e criar um ambiente que seja
propício à mudança. Alguns exemplos de mudanças organizacionais incluem:
• Implementação de processos.
• Fusão e aquisição de negócios.
• Reposicionamento de marca no mercado.
• Troca de sistemas e de lideranças.
• Adoção de novos sistemas e ferramentas.
• Desenvolvimento de novos produtos ou serviços.
De modo geral, o gerenciamento de mudanças impulsiona a adoção e a utilização bem-
sucedida de alterações dentro da organização, possibilitando que os colaboradores
entendam e se comprometam com asnovidades que estão sendo implantadas.
Assim, ele não apenas torna o processo mais fácil como permite que a organização
absorva um fluxo maior de modificações a serem implementadas. Podemos destacar
alguns benefícios da gestão de mudanças, tais como:
• Aumenta a produtividade e a qualidade do serviço/produto prestado.
• Diminui os riscos.
• Melhora a performance dos colaboradores.
• Amplia as possibilidades de inovação.
• Ajuda a fechar o gargalo entre requisitos e resultados.
• Melhora a qualidade de vida da equipe.
• Beneficia a comunicação interna.
• Aumenta a lucratividade.
• Gera vantagem competitiva.
É importante ressaltarmos, portanto, que, sem uma gestão de mudança organizacional
eficaz, as transições podem ser difíceis e onerosas em termos de tempo e de recursos.
Além disso, a ausência de uma gestão eficiente pode resultar em uma baixa eficiência
dos profissionais, bem como em uma redução da produtividade e, até mesmo, no
aumento do turnover na empresa.
Por esse motivo, uma gestão de mudanças requer engajamento e dedicação de líderes e
colaboradores, e para se obter resultados satisfatórios, é preciso que todos tenham a
mesma visão e os mesmos objetivos, evitando desgastes desnecessários. Além disso, o
processo precisa ser planejado e estruturado adequadamente.
Um exemplo disso foi a Kodak, fundada em 1888. Ela desenvolveu a primeira câmera
digital do mercado, mas como estava com uma forte posição consolidada na venda de
filmes fotográficos, acabou não investindo na tecnologia, abrindo espaço para as outras
empresas que começaram a apostar na nova tecnologia. Em 2012, a Kodak solicitou o
pedido de concordata para poder tentar reorganizar seus negócios. 
Enfrentar essa resistência à mudança é um dos desafios que as organizações precisam
vencer para operar em um mercado global e em constante mutação. O que a maioria das
empresas faz é priorizar a consolidação no seu posicionamento no mercado atual, tendo
dificuldades em fazer a projeção de seu posicionamento futuro, e quando o mercado vive
momentos de incertezas, muitas empresas se recolhem, tentando preservar algo que,
talvez, não exista em um futuro próximo. A inovação é o processo que prepara a
organização para o futuro, tornando-a líder de um mercado ou, ainda, criando um novo
mercado.
A Microsoft entendeu isso ao focar os programas de computadores pessoais em um
momento em que todos apostavam na fabricação dos computadores. A Embraer fez o
mesmo ao investir no desenvolvimento de jatos regionais enquanto empresas como
Boeing e Airbus desenvolviam aeronaves cada vez maiores. 
O fato é que qualquer empresa, independentemente de seu porte, pode se preparar para
este mercado futuro por meio da inovação, inclusive no desenvolvimento de serviços.
Gerir a mudança é humanizá-la, é pensar o projeto no ponto de vista das pessoas
envolvidas, a fim de se evitar que as resistências naturais causem impactos nos objetivos
planejados.
AGENTES DE MUDANÇA E POSSÍVEIS ESTRATÉGIAS PARA DRIBLAR A
RESISTÊNCIA
O fator mudança no cenário dos negócios é algo inevitável, porém como na teoria da
evolução, não são os mais fortes ou inteligentes que sobrevivem e sim aqueles mais
adaptáveis ao novo ambiente. Assim, abordar o tema da inovação nas organizações
passa a ser um fator-chave para o seu sucesso. A grande questão e o principal desafio é
como abordá-la no ambiente corporativo, já que o tema é amplo e sujeito a várias
interpretações.
O processo de mudanças gira, essencialmente, em torno das pessoas, as quais estão
envolvidas em, pelo menos, uma fase do projeto que se pretende implementar. Dessa
forma, podem ser:
• O cliente ou proprietário.
• Os engenheiros ou pessoas da equipe de execução.
• Colaboradores da empresa ou usuários do produto final.
• O Scrum Master.
• O Gestor de projetos.
Além disso, essas pessoas devem ser avaliadas em relação as suas competências, sua
personalidade, suas responsabilidades e sua influência. O talento de um bom gestor é
saber identificar esses aspectos nos indivíduos que participarão do projeto, tornando
possível, por exemplo, fazer as combinações certas de competências ou solicitar as
pessoas adequadas no momento certo.
O princípio também se aplica a Steve Jobs. No cerne de sua pilha de habilidades estava a
paixão por design. Ele dava muita importância à aparência de seus produtos, e, embora
não tenha sido o melhor do mundo em design, com o tempo, desenvolveu uma
compreensão aguçada dos princípios de design. Mais tarde, ele combinou suas várias
habilidades na área com uma visão profunda sobre o que as pessoas desejavam,
conhecimento de tecnologia, uma mente estratégica, habilidade de vendas, capacidade
de extrair tudo de seus funcionários e habilidades empreendedoras. Juntas, essas
habilidades o ajudaram a formar uma empresa focada em tecnologia avançada e design
atraente.
Nesse contexto, a inovação e a criatividade são essenciais; estamos vendo a crescente
ascensão do uso da inteligência artificial (IA), desde as tarefas mais simples do nosso
cotidiano até as mais complexas, e o aprendizado de máquina tornou-se comum na
realização de tarefas simples, que são automatizadas, impactando diretamente os
trabalhos e as ofertas de empregos. Por exemplo: na indústria de seguros, a validação
manual de reclamações de seguros simples pode ser conduzida por chat bot e automação
de processos robóticos, liberando a equipe de atendimento ao cliente para se concentrar
em reclamações mais complexas. Essa automação, então, muda a natureza das
habilidades exigidas por aquele trabalho e resulta em habilidades que evoluem
constantemente.
Em meio a todas essas mudanças, as organizações precisam reconsiderar a forma como
enxergam a composição das equipes de trabalho e começar a ver os colaboradores pelas
lentes de suas habilidades e capacidades; não apenas como força braçal de trabalho,
mas mentes pensantes, agentes de mudanças dentro da organização. Dessa forma, as
organizações podem gerenciar, de forma mais proativa, essas mudanças, bem como
garantir que seu time esteja preparado. 
Quais são suas habilidades especiais? Como você pode aplicá-las em seu ambiente de
trabalho? Lembre-se de que, para obter sucesso, não basta intensificar as estratégias de
gestão existentes, é necessário que os líderes pensem de maneira diferente sobre como
concorrer e serem lucrativos. Para Brown (2020), quando uma equipe de design thinkers
talentosos, otimistas e colaborativos se reúne, ocorre uma mudança química que pode
levar a ações e reações imprevisíveis. Para tanto, colaboradores e gestores precisam
estar com os pensamentos alinhados com a cultura da inovação, assim, todos serão
capazes de compreender a importância da mudança e trabalhar as suas competências
individuais para desenvolver as etapas do projeto com maestria e alcançar os resultados
esperados.
ESTUDO DE CASO DE UMA EMPRESA SAAS
Muitos modelos de negócio surgiram depois que a transformação digital introduziu, no
mercado, um novo modo de atender aos anseios e necessidades de um consumidor cada
vez mais exigente. A revolução tecnológica vivenciada nos últimos anos abriu espaço para
um novo modelo de negócio que vem se destacando entre os empreendedores: empresa
SaaS. Essa é uma solução com aplicações virtuais que alcança resultados expressivos
para muitos tipos de negócio.
Empresa Saas — do inglês Software as a Service — é a oferta de software como serviço.
Assim são chamadas as empresas que disponibilizam aplicações pela internet para a
realização das mais variadas tarefas, de forma remota, seja pelo computador, seja por
dispositivos móveis.
Uma verdadeira revolução no modelo de consumo dos usuários e na forma como as
marcas disponibilizam as suas soluções, o Software como Serviço surgiu da necessidade
de respostas cada vez mais imediatas no dia a dia.
A principal revolução causadapelo SaaS é que ele transforma produtos em serviços e
torna muito mais fácil, interessante e prático o uso de softwares. Para que entenda
melhor, a principal diferença entre empresas SaaS e softwares convencionais é o local da
hospedagem dos dados. No modelo convencional, o software precisa ser instalado no
computador da empresa contratante, já no SaaS, pode ser acessado por meio de um
navegador na internet, pois os dados ficam salvos em nuvem.
O interesse nesse modelo vem crescendo pela praticidade, custo baixo e possibilidade de
a empresa focar outros aspectos do negócio sem se preocupar com panes nos
equipamentos ou desembolso com manutenção, uma mudança de mindset cada vez mais
abrangente.
Muitas empresas já aderiram ao modelo SaaS e se tornaram referência de mercado.
Podemos citar alguns exemplos de empresas que operam dentro da filosofia de software
como serviço; são elas:
• Netflix – streaming.
• Microsoft – Office365.
• Google – Google Drive, Analytics.
• Adobe – PDF.
• Zendesk.
• Salesforce – CRM.
• Dropbox.
• Paypal.
Vamos conhecer um pouco da história da Netflix?
A Netflix é um serviço de streaming por assinatura que o permite assistir a séries e filmes
sem comerciais em um aparelho conectado à internet. Você também pode baixar seus
títulos favoritos em aparelhos iOS, Android ou Windows 10 para assistir quando não tiver
acesso à rede.
A Netflix foi fundada em 1997, na Califórnia, EUA, e surgiu como um serviço de entrega
de DVD pelo correio. Foi lançada como a primeira loja de aluguel de DVD online do
mundo, com apenas 30 funcionários e 925 títulos disponíveis, usando o modelo de
pagamento por aluguel, com taxas e prazos. 
Em 2002, a Netflix enviava, pelo correio, cerca de 190.000 DVDs por dia para seus
670.000 assinantes mensais. O crescimento inicial da Netflix foi alimentado pela rápida
disseminação de leitores de DVD nas residências, uma vez que, em 2004, quase dois
terços dos lares dos Estados Unidos tinham um DVD player. Em 2010, a empresa teve a
grande sacada e começou a oferecer um novo serviço, o serviço de streaming
independente e separado do aluguel de DVD. 
Em 2011, o seu serviço de streaming contou com 23 milhões de assinantes nos Estados
Unidos. Neste ano, o faturamento digital total da empresa chegou à marca de US$ 1,5
bilhão. A empresa fechou o ano de 2013 com 44 milhões de assinantes; já no ano
seguinte, em 2014, o serviço já estava disponível em mais de 40 países e contava com 50
milhões de assinaturas, com intenções declaradas de iniciar operações em novos
mercados. 
Desde então, a empresa tornou-se um ícone no mercado de entretenimento e,
atualmente, está presente em mais de 190 países, ultrapassando a Walt Disney Company
em 2021. No Brasil, o histórico de crescimento do SaaS apresenta uma evolução tanto na
efetividade da ferramenta quanto na confiabilidade gerada nos empreendedores mais
conservadores. As empresas de negócio recorrente (pagamento por assinatura) são as
que mais se beneficiam com esse modelo, sendo os estados de São Paulo, Minas Gerais
e Santa Catarina os polos principais e de maior número de empresas SaaS.
Você consome algum tipo de serviço de empresa SaaS? Seria possível implementar o
modelo SaaS em sua área de atuação?
Saiba mais
Para compreender melhor esse universo das mudanças causadas pela tecnologia da
inovação, sugerimos que assista aos seguintes vídeos no Youtube:
Superlógica Talks #02 – Carlos Cêra, CEO e cofundador da Superlógica. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Vh2btKXQDUY. Acesso em: 27 jan. 2022.
A história da Netflix e de seus fundadores – Reed Hastings e Marc Randolph. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=pUpLPc8ptCU. Acesso em: 27 jan. 2022.
REFERÊNCIAS
BROWN, T. Design thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas
ideais. Rio de Janeiro: Alta Books, 2020.
Design Thinking e Inovação dos Modelos de Negócios
UNIDADE 2 - Aula 4
GESTÃO DA INOVAÇÃO
A inovação organizacional não se restringe, exclusivamente, à mudança das técnicas; ela
também se volta à mudança na forma de atuação gerencial, para a criação de valor
dentro de um contexto organizacional.
INTRODUÇÃO
As organizações e seus profissionais estão enfrentando, cada vez mais, um mundo de
grandes transformações por meio da competitividade global, das exigências promovidas
pelo mercado, pela falta de previsibilidade de algumas economias e, também, pelas
demandas dos stakeholders que se relacionam diretamente e indiretamente com sua área
de atuação. 
A inovação organizacional não se restringe, exclusivamente, à mudança das técnicas; ela
também se volta à mudança na forma de atuação gerencial, para a criação de valor
dentro de um contexto organizacional.
Nesse sentido, quanto mais fontes de informação utilizadas pela organização, maior o
grau de introdução de novas práticas gerenciais. Por outro lado, há que se considerar o
papel da gestão do conhecimento, visto que ela representa o processo de geração,
codificação e transferência desse ativo nas organizações.
Frente a isso, como encontrar soluções inovadoras para sua empresa/negócio?
GESTÃO DA INOVAÇÃO: CONCEITOS, HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS DE
GERENCIAMENTO
O âmbito organizacional está em constante ameaça pelas mudanças rápidas na
tecnologia e seus impactos na sociedade e no mercado. Nesse contexto, surge a
necessidade de inovar e de agir frente ao desconhecido. 
O posicionamento estratégico dos anos 1980 (conservador e pouco flexível) de
sobrevivência e manutenção de uma posição já conquistada no mercado deixou espaço
para uma nova abordagem, a partir dos anos 1990, que buscou vantagens competitivas
mais duradouras e focadas na inovação e no desenvolvimento das organizações.
Para ampliar sua compreensão da gestão da inovação, adaptamos, no quadro a seguir,
em ordem cronológica, as melhores definições do tema a partir do olhar de diferentes
autores:
Ano Autores Definição
1912 Schumpeter Nas economias capitalistas, o desenvolvimento econômico é dirigido
pelo impacto das inovações tecnológicas, as quais ocorrem por
meio de um processo dinâmico em que novas tecnologias
substituem as antigas.
1980 Haustein Define inovação como a capacidade da organização de produzir
novos produtos ou máquinas, bem como novas soluções
organizacionais no processo de produção e no mercado,
conectando a palavra inovação à mudança.
1982 Dosi Relaciona inovação a processos de aprendizagem e descoberta de
novos produtos, processos e formas de organização econômica.
1985 Peter
Drucker
A inovação é a ferramenta-chave dos gestores, o meio pelo qual
exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou
serviço diferente. 
1994 Friemann Contribui para a discussão afirmando que a inovação envolve a
aplicação dos conhecimentos técnico e científico com o objetivo de
solucionar problemas de produção e comercialização, auferindo
resultado positivo à organização.
1995 Collins e
Porras
As empresas visionárias são mais do que bem-sucedidas, são
duradouras; elas enfrentam contratempos e erram em alguma fase
da vida, no entanto — e este é um ponto muito importante — têm
uma incrível capacidade de recuperação, conseguindo vencer as
adversidades.
1999 Michael
Porter
A empresa deve buscar e não evitar as pressões e os desafios.
Parte da estratégia consiste em se beneficiar do ambiente do
próprio país, de modo a criar o ímpeto para a inovação, bem como
deve tratar os funcionários como colaboradores permanentes, para
estimular a melhoria das habilidades e da produtividade.
2005 Kim e
Mauborgne
A inovação sem valor tende a ser movida à tecnologia, promovendo
pioneirismo ou futurismo que talvez se situem além do que os
compradores estejam dispostos a aceitar e comprar.
2007 Freeman e
Soete
A inovação é muito mais que invenção. A invençãoenvolve a criação
de uma nova ideia e sua materialização, já a inovação, de forma
mais abrangente, engloba todas as atividades que são requeridas
para a comercialização de uma nova tecnologia.
2008 Nonaka e
Takeuchi
O modelo de diferenciação de valor incorpora, explicitamente, a
criação e a evolução de conceitos na organização e em sua
administração. A diferenciação de valor, descortina um novo
horizonte para a organização do processo de inovação do conceito
de produto.
2009 Stephen
Paul
Robbins
As organizações atualmente bem-sucedidas precisam fomentar a
inovação e dominar a arte da mudança ou serão candidatas à
extinção. O sucesso irá para as organizações que mantêm sua
flexibilidade, que, continuamente, aprimoram sua qualidade e
enfrentam a concorrência colocando um constante fluxo de produtos
e serviços inovadores no mercado.
A inovação nos leva por caminhos sempre arriscados, nunca antes percorridos e, por
consequência, nada fácil de prever. A todo momento, somos surpreendidos por novos
entrantes, novos produtos e modelos de negócios, e isso nos leva a acreditar que inovar é
arriscado, mas deixar de inovar é ainda mais.
Todos os setores estão sujeitos a influências externas que afetam seus negócios ao longo
do tempo, como foi o caso da ascensão tecnológica e o uso da internet. A maioria das
empresas precisou se adaptar de forma gradual e um tanto passiva, no entanto, o aspecto
principal foi a mudança de valor que essas tendências acarretaram para os clientes e
como impactam, atualmente, os modelos de negócios (KIM; MAUBORGNE, 2005). A
vantagem competitiva na geração da vida de um produto não garante a liderança na
próxima plataforma tecnológica; para se obter sucesso, não basta, simplesmente,
intensificar as estratégias de gestão existentes, os líderes devem pensar de maneira
diferente sobre como concorrer e ser lucrativo.
Observamos, ainda, que a maioria das empresas pensa em inovação quando seus
negócios atuais não estão atingindo resultados esperados, quando deveria ser pauta
constante das reuniões da diretoria. Além disso, é preciso fomentar uma cultura de
inovação entre os colaboradores das organizações, para que eles possam contribuir para
a criação e operacionalização de novos produtos e serviços inovadores, afinal, a boa ideia
para a inovação pode estar dentro de casa, e a busca por soluções criativas é o primeiro
passo para inovação.
Considerando o cenário global, a dificuldade de se obter diferenciação no mercado em
relação à concorrência é cada vez maior — fato que leva as organizações a repensar o
planejamento estratégico com ações mais dinâmicas e eficientes, que garantam uma real
vantagem competitiva e sua sobrevivência. 
Inovar é ação essencial para a organização obter vantagens competitivas e alcançar
melhor desempenho, e você está preparado para esse mundo da inovação? Como você
tem reagido às tendências tecnológicas dos últimos anos? Qual o impacto disso em seu
ambiente de trabalho?
PROCESSOS DE FOMENTO E ACOMPANHAMENTO DE PROJETOS
INOVATIVOS
Nestes tempos em que se acelerou o desenvolvimento técnico e científico como nunca
visto na história da humanidade, a inovação acaba por determinar a sobrevivência de um
projeto e ou negócio, além de ser um aspecto fundamental para que as organizações
alcancem e se mantenham em posição de liderança no mercado.
Para Bessant e Tidd (2009), as empresas inteligentes sabem o risco de ficar para trás no
ambiente turbulento e complexo dos dias atuais e investem tempo e esforço para criar
sistemas, estruturas e processos, a fim de garantirem um fluxo ininterrupto de inovação.
Nesse contexto, compreender o novo paradigma facilita a gestão da inovação nas
organizações, pois ele é muito mais propício para o desenvolvimento de um ambiente que
fomente a inovação de forma sustentável.
Na mesma linha, Campos (2002) destaca a relevância da gestão da inovação frente à
criatividade, ressaltando os fatores básicos que compõem a organização criativa:
• Recursos – dizem respeito a fundos, materiais, pessoas e informações
disponíveis para a realização do trabalho. Tais recursos, entretanto, podem ou não
ser usados de forma criativa.
• Técnicas – incluem competências no gerenciamento de inovação, presentes nos
distintos níveis da organização e voltadas para a concepção, o desenvolvimento e
a implementação de ideias criativas.
• Motivação – esse fator é considerado o componente mais importante, tanto no
nível individual como organizacional.
Portanto, os recursos e competências de gerenciamento tornam a inovação possível,
considerando a consolidação de uma política formal de pesquisa e desenvolvimento, bem
como o estabelecimento de métricas de avaliação com indicadores de desempenho
pertinentes para sua mensuração e tomada de decisão.
Implantar uma boa metodologia de gestão de projetos de inovação nas empresas é uma
das maneiras mais eficientes de se obter sucesso nos resultados técnicos e financeiros
das iniciativas. O projeto é uma iniciativa que demanda esforço temporário para a criação
de um produto ou serviço, ou seja, tem prazo definido e uma série de variáveis que pode
comprometê-lo. É exatamente por isso que precisa ser bem planejado, executado e
controlado.
Os projetos que envolvem inovação tecnológica são mais complexos, e a maior parte dos
riscos é desconhecida, por isso, a forma de gerenciamento requer mais cuidados e
métodos diferenciados. A gestão de projetos está, em grande parte, associada a uma
atividade específica e pontual, que permite que uma equipe atinja o objetivo com
qualidade. Nesse sentido, é preciso estar atento aos seguintes aspectos primordiais para
o sucesso de qualquer projeto:
• Tempo (datas e prazos).
• Especificações técnicas (escopo).
• Recursos (orçamento/custos).
Outro ponto importante é definir com clareza as principais etapas do projeto:
• Análise de necessidades – o ponto de partida do planejamento do projeto é a
formalização do resultado esperado (o que será entregue).
• Construção e planejamento – com base nas especificações, realiza-se a
construção do cronograma e do plano necessário para se chegar ao resultado
esperado (ponderar custos).
• Condução e direção – fase que requer mais habilidades interpessoais e
capacidade de resposta por parte do responsável, que deve monitorar a taxa de
execução, o nível de qualidade e identificar os pontos de atrito, os riscos, as
oportunidades, os desvios e, eventualmente, propor soluções.
• Encerramento e avaliação – um projeto atinge a sua fase final quando
alcança o seu objetivo. Por isso, é importante realizar o balanço final do projeto
com apontamento das lições aprendidas, para que futuros projetos se beneficiem
de boas práticas e evitem cometer os mesmos erros novamente.
Em cada fase da gestão do projeto, é essencial: comunicar-se regularmente com as
partes envolvidas; controlar desvios e antecipar riscos; adaptar perdas, a chegada de um
novo funcionário, novas tecnologias; e gerir pessoas (principal fator de sucesso ou
fracasso de um projeto).
O gerenciamento de projetos faz uso e, frequentemente, necessita de ferramentas para
uma melhor organização e condução. Um software de gerenciamento de projetos online
(SaaS) fornece informações em tempo real do status do projeto, permitindo respostas
mais ágeis em casos de necessidade. Funções como as de comunicação e colaboração
também agregam valor, pois permitem a interação com as equipes responsáveis por
planificar e implementar o projeto.
Existem diversos métodos de gestão de projetos interessantes e relevantes, escolher o
mais adequado depende do perfil do projeto, da empresa e de sua cultura:
• Agile: o método Agile permite o trabalho em modo interativo e, portanto, foca a
abordagem tática, em que eventos e mudanças imprevistas sãofacilmente
identificados. Atualmente, esse é o método mais popular para projetos inovadores.
• Scrum: é um conjunto de melhores práticas Agile, especialmente para projetos
criativos. O planejamento "Sprint" é uma característica importante desse método.
• PMBOK: é um guia para estruturar e reger o conhecimento em torno de um
projeto.
• Prince2: esse método foca 3 aspectos: organização, gestão e controle. Trata-se
de um método rigoroso utilizado para grandes projetos.
• PERT: O método de avaliação e revisão de programas é usado para demonstrar a
interdependência das tarefas a serem realizadas e o cálculo dos pontos críticos,
bem como permite uma visualização lógica de um projeto.
• O Método do Caminho Crítico (COM) – permite o planejamento de um
projeto com base em um modelo que inclui a lista de tarefas, suas dependências e
sua estimativa de tempo, ajudando a identificar o caminho mais crítico para
alcançar o objetivo.
É importante ressaltar que, no volátil ambiente de negócios dos dias atuais, a inovação é
fundamental para a competitividade da empresa, mas o desafio maior é projetar a própria
organização. Nesse contexto, algumas das mais ousadas iniciativas no cenário atual dos
negócios provêm de empresas que estão utilizando o design thinking para intensificar
suas iniciativas de inovação e impulsionar seu crescimento.
E você, como pode tornar sua empresa mais inovadora?
FONTES DE INFORMAÇÃO APLICÁVEIS À GESTÃO DA INOVAÇÃO
Um dos determinantes da inovação é a informação, que pode ser obtida de diversas
fontes. Sabemos que a inovação constitui elemento fundamental para melhorar o
desempenho organizacional, porém é preciso salientar que a capacidade de inovar
depende, dentre outros fatores, também da informação e do conhecimento.
Entende-se que a inovação é resultado da combinação de conhecimento existente com
novos conhecimentos, com base nas fontes de informação que estão acessíveis à
empresa, uma vez que a organização se reporta ao ambiente em busca de novos
conhecimentos para incorporar àqueles existentes, portanto, o processo de inovação é
suportado pelo conhecimento organizacional gerado ao longo de sua jornada.
Quanto mais fontes de informação utilizadas pela empresa, maior o grau de inovação em
práticas gerenciais. Dessa forma, admite-se que, para a inovação em práticas gerenciais,
são necessárias habilidade na aquisição, combinação e incorporação do conhecimento. 
É essencial identificar as fontes de informação utilizadas para fomentar a inovação, a fim
de auxiliar o governo na definição de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento
econômico e social, possibilitando aos gestores direcionar seus esforços para a inovação
de forma eficiente. Para compreender o relacionamento das fontes de informação e a
inovação em práticas de gestão, consulte os estudos desenvolvidos por Mol e Birkinshaw
(2009) com empresas inglesas e por Oyadomari (2013) com empresas brasileiras. O
estudo sobre o conhecimento em organizações teve início em meados da década de 1940
e vem ganhando relevância desde os anos 1980. Os teóricos consideram que existem
diferentes possibilidades para a dimensão ontológica do conhecimento individual, grupal,
organizacional e interorganizacional, bem como que esses diferentes níveis estão
interligados por processos sociais. Dessa forma, reconhece-se que a organização não
cria conhecimento por si só, visto que a base do conhecimento está radicada no
conhecimento humano (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
Por esse motivo, a abordagem que trata da criação do conhecimento organizacional visa
a distinguir os conhecimentos tácito e explícito que ocorrem da interação entre indivíduos.
Assim, o conceito de conhecimento organizacional, segundo Isidoro Filho e Guimarães
(2010), é entendido como “quaisquer informações, experiências, habilidades, crenças e
significados adquiridos por indivíduos e grupos a partir de interações com os ambientes
físicos e sociais e aplicados na ação ou prática em contextos organizacionais”.
As fontes de informações vêm sendo analisadas por diversos autores a partir de inúmeras
classificações, entre elas, apresentaremos a definição de Mol e Birkinshaw (2009):
• Fontes internas: dentro da empresa, outras empresas do mesmo grupo.
• Fontes de mercado: fornecedores de equipamentos, materiais, componentes
ou softwares, clientes ou consumidores, concorrentes, consultores, laboratórios
comerciais e empresas de pesquisa e desenvolvimento.
• Fontes profissionais: conferências e reuniões profissionais, associações
comerciais, revistas técnicas, bases de dados, feiras e exposições.
Podemos acrescentar os sistemas de controle de gestão (SCG) como fonte interna,
compreendendo um grupo de atividades do processo de gestão formado por sistemas e
processos formais integrados que utilizam informações para manter ou modificar os
padrões organizacionais. Além disso, os SCG oferecem suporte ao planejamento
estratégico da organização, contribuindo para a definição dos objetivos, bem como para o
acompanhamento deles, além de auxiliar possíveis ações corretivas. Nesse contexto, os
SCG geram informações para o planejamento e a avaliação nas organizações,
subsidiando a tomada de decisão e fomentando a inovação organizacional.
Saiba mais
Caro estudante, para que compreenda melhor esse universo da gestão da inovação,
sugerimos a leitura da obra O framework de inovação, que é uma referência prática para
a criação de um programa de inovação dentro das organizações.
YOGUI, R. Framework de inovação. 2015. Disponível em:
https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6470704433322876928. Acesso em:
27 jan. 2022.
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TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do conhecimento. São Paulo: Bookman, 2008.

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