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SGAS 903 Bloco D Lote 79 70390 030 Brasília DF T 55 61 3704 8884 www.udf.edu.br SUL EQ 704/904 Conj A 045 Brasília DF 3704 8888 NOÇÕES GERAIS DE OBRIGAÇÃO CONCEITO O Código Civil não traz a definição ficando a tarefa de conceituar obrigação. Por isso precisamos da doutrina para delimitar o que seria obrigação. Assim, conceitua Carlos Roberto Gonçalves “Obrigação é o vínculo jurídico que confere ao credor (sujeito ativo) o direito de exigir do devedor (sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação.” Para Maria Helena Diniz a obrigação gira em torno da ideia de direito romano quando determina que diante do vínculo jurídico estabelecido na obrigação, alguém está adstrito a dar, fazer ou não fazer alguma coisa. Por fim, vale ressaltar a definição traçada por Clóvis Beviláqua “Obrigação é a relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa economicamente apreciável, em proveito de alguém, que, por ato nosso, ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude de lei, adquiriu o direito de exigir de nós essa ação ou omissão.” ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL São três elementos constitutivos da relação obrigacional: - o subjetivo: os sujeitos da relação jurídica (sujeito ativo e sujeito passivo); - o objetivo ou material: atinente ao objeto, que se chama prestação (deve ser lícita, possível, determinada ou determinável e patrimonial); - o vínculo jurídico ou elemento imaterial: abstrato. FONTES DAS OBRIGAÇÕES Para Carlos Roberto Gonçalves temos as fontes das obrigações divididas em quatro espécies: - contrato: derivada do acordo de vontades (ex. contrato de locação); - quase-contrato: é também um ato lícito, mas não tem origem na convenção, se assemelhando ao contrato mas sem vontade das partes (ex. tutela e curatela); - delito: ato ilícito doloso, sendo ato praticado com intenção de causar dano a outrem. Gera obrigação de reparar o dano (ex. lesão corporal dolosa); Recredenciado pela Portaria Ministerial nº 125, de 02/02/2017, DOU nº 25, de 03/02/2017, seção 1, p. 13. SGAS 903 Bloco D Lote 79 70390 030 Brasília DF T 55 61 3704 8884 www.udf.edu.br SUL EQ 704/904 Conj A 045 Brasília DF 3704 8888 - quase-delito: é também um ato ilícito, mas culposo, involuntário. Baseia-se na imprudência, negligência ou imperícia do agente. (ex lesão corporal culposa). Contudo, para a majoritária corrente da doutrina de direito civil, temos como fontes do direito obrigacional: a) Lei (para Orlando Gomes a lei não poderia ser fonte imediata da obrigação, visto que essa somente cria uma obrigação se acompanhada de um fato jurídico); b) Contratos (pacífico na doutrina como fonte do direito das obrigações) Ex. contrato de compra e venda; c) Atos ilícitos e o abuso de direito (fonte com enorme aplicação na prática). Ex. abuso de direito do artigo 187 do CC; d) Atos unilaterais (são as declarações unilaterais de vontade) Ex. promessa de recompensa do artigo 854 a 860 do CC, da gestão de negócios dos artigos 861 a 875 do CC, do pagamento indevido do artigo 876 a 883 do CC e do enriquecimento sem causa do artigo 884 a 886 do CC; e) Títulos de crédito (são os documentos que trazem em seu texto e com caráter autônomo a existência de uma relação obrigacional de natureza privada). Referidos títulos são base dos estudos de direito empresarial e constam previstos nos artigos 887 e seguintes do CC. Recredenciado pela Portaria Ministerial nº 125, de 02/02/2017, DOU nº 25, de 03/02/2017, seção 1, p. 13.
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