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Resumo - Direito Administrativo-225

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SUJEITOS DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Quando falamos em “sujeitos” da improbidade administrativa, analisamos as pessoas
jurídicas envolvidas ou afetadas pelo ato de improbidade, seja na condição de autoras,
seja como vítimas.
Vale ressaltar que a presente análise é sob o ponto de vista do direito MATERIAL, ou
seja, será examinado o sujeito ativo do ATO de improbidade, isto é, quem praticou o ato
no mundo real. Não se está tratando aqui de sujeito ativo ou passivo sob o ponto de
vista processual, isto é, quem seria autor ou réu na ação de improbidade.
Assim, quando você ouvir falar em sujeito ativo ou passivo da improbidade, está se
falando do ATO e não do processo judicial. Não se deve, portanto, confundir sujeito
ativo/passivo do ato de improbidade com o legitimado ativo/passivo da ação de
improbidade. O sujeito ativo do ato de improbidade será legitimado passivo (réu) da
ação de improbidade; o sujeito passivo do ato, em regra, poderá ser legitimado ativo
(autor) da ação de improbidade.
Sujeito passivo (art. 1º)
Sujeito passivo é a pessoa jurídica, de direito público ou privado, que sofre os efeitos
deletérios do ato de improbidade administrativa. É como se fosse a “vítima” do ato de
improbidade.
A lista das pessoas que podem ser sujeito passivo do ato de improbidade está prevista no
art. 1º, caput e parágrafo único da Lei n. 8.429/92.
Como esse art. 1º é bem confuso, vamos organizá-lo:
Quem pode ser SUJEITO PASSIVO Exemplos
1) órgãos da Administração direta. União, Estados, DF, Municípios.
2) entidades da Administração indireta. Autarquias, fundações, associações públicas, 
empresas públicas, sociedades de economia 
mista.
3) empresas incorporadas ao patrimônio público. A doutrina critica essa previsão, considerando 
que, se a empresa foi incorporada, ela deixou de 
existir, fazendo parte agora do patrimônio 
público como órgão ou entidade.
4) empresas incorporadas ao patrimônio público 
ou de entidade cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com mais de 50% 
do patrimônio ou da receita anual.
Empresas públicas e sociedades de economia 
mista (o legislador foi redundante para reforçar 
a incidência da LIA).
5) entidades que recebam subvenção, benefício 
ou incentivo (fiscal ou creditício), de órgão 
público.
Entidades do terceiro setor (organizações 
sociais, OSCIP etc.), entidades sindicais, 
partidos políticos.
6) entidades cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de 50% do 
patrimônio ou da receita anual.
Sociedades de propósito específico, criadas para
gerir parcerias público-privadas (art. 9º, § 4º da 
Lei n. 11079/2004).

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