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SUJEITOS DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Quando falamos em “sujeitos” da improbidade administrativa, analisamos as pessoas jurídicas envolvidas ou afetadas pelo ato de improbidade, seja na condição de autoras, seja como vítimas. Vale ressaltar que a presente análise é sob o ponto de vista do direito MATERIAL, ou seja, será examinado o sujeito ativo do ATO de improbidade, isto é, quem praticou o ato no mundo real. Não se está tratando aqui de sujeito ativo ou passivo sob o ponto de vista processual, isto é, quem seria autor ou réu na ação de improbidade. Assim, quando você ouvir falar em sujeito ativo ou passivo da improbidade, está se falando do ATO e não do processo judicial. Não se deve, portanto, confundir sujeito ativo/passivo do ato de improbidade com o legitimado ativo/passivo da ação de improbidade. O sujeito ativo do ato de improbidade será legitimado passivo (réu) da ação de improbidade; o sujeito passivo do ato, em regra, poderá ser legitimado ativo (autor) da ação de improbidade. Sujeito passivo (art. 1º) Sujeito passivo é a pessoa jurídica, de direito público ou privado, que sofre os efeitos deletérios do ato de improbidade administrativa. É como se fosse a “vítima” do ato de improbidade. A lista das pessoas que podem ser sujeito passivo do ato de improbidade está prevista no art. 1º, caput e parágrafo único da Lei n. 8.429/92. Como esse art. 1º é bem confuso, vamos organizá-lo: Quem pode ser SUJEITO PASSIVO Exemplos 1) órgãos da Administração direta. União, Estados, DF, Municípios. 2) entidades da Administração indireta. Autarquias, fundações, associações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista. 3) empresas incorporadas ao patrimônio público. A doutrina critica essa previsão, considerando que, se a empresa foi incorporada, ela deixou de existir, fazendo parte agora do patrimônio público como órgão ou entidade. 4) empresas incorporadas ao patrimônio público ou de entidade cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual. Empresas públicas e sociedades de economia mista (o legislador foi redundante para reforçar a incidência da LIA). 5) entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo (fiscal ou creditício), de órgão público. Entidades do terceiro setor (organizações sociais, OSCIP etc.), entidades sindicais, partidos políticos. 6) entidades cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual. Sociedades de propósito específico, criadas para gerir parcerias público-privadas (art. 9º, § 4º da Lei n. 11079/2004).
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